quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cristo é a Nossa Justiça- Levi Cândido

Artigo enviado pelo irmão levi Cândido, Barueri-SP


“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 5:18; 6:6-7; 8:1)

Houve um tempo em que estávamos em Adão. Como descendentes deste cabeça universal da raça humana, todos nós herdamos uma natureza corrompida, conseqüentemente, recebemos todas as implicações do pecado sobre nós. Quando Adão caiu em pecado, não pecamos pessoalmente, pois ainda não existíamos, todavia, como membros de sua linhagem, caímos com ele em adotar e endossar a sua rebelião contra Deus ao cometermos pecados pessoais. Éramos por isso, inimigos de Deus por causa de nossas obras malignas, separados da comunidade de Israel, estranhos à aliança da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Por natureza, éramos filhos da ira, estávamos sob a condenação eterna e merecíamos, indiscutivelmente, a justa sentença condenatória de Deus. “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, -pela graça sois salvos, Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”(Ef 2:4; Is 53:6 ; 1ª Pe 2:24).
O Justo Filho de Deus, Cristo, Ele que não conheceu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca, sim, Ele que era no princípio o Verbo, um com Deus, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai, o Sempiterno Deus, Se manifestou em semelhança de carne pecaminosa a fim de condenar o pecado em Sua própria carne, tornando-se Justiça de Deus para nós. “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (Rm 8:3; 4:25; 2ª Co 5:19). “Merecíamos a condenação, mas Ele nos justificou; merecíamos o inferno, mas Ele nos livrou; graça, absolutamente graça!” “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3:24-26).
Aleluia! Não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus! “Pagamento duplo, a justiça de Deus não pode demandar; primeiro da mão sangrenta do meu Penhor, e então, novamente da minha.” “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2ª Co 5:21) “A justiça de Cristo, declarada na alta corte de justiça, é nossa absolvição, completa e final.” Foi dentro deste contexto que nosso amado irmão Gino Iafrancesco declarou: “Deus não vai cobrar de você o que aceitou cobrar do Cordeiro!” Cristo Jesus Se nos tornou da parte de Deus nossa completa salvação: passada, presente e futura. Cristo mesmo é a dinâmica de todas as exigências de Deus. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,” (1ª Co 1:30) Irmãos e irmãs, não temos mais sabedoria alguma; agora, Cristo é nossa sabedoria. Não temos mais justiça alguma; agora, Cristo é nossa justiça. Não temos mais santificação alguma; agora, Cristo é nossa santificação. Não temos mais redenção alguma; agora, Cristo é nossa redenção. Cristo Se nos revela como resposta a todas as exigências de Deus. “Todas as nossas fontes são Nele” (ver Sl 87:7), o que equivale a dizer que sem Ele nada podemos e nada temos a não ser condenação eterna. Mas graças a Deus, ao que nos concerne o Senhor levará a bom termo, pois a Sua misericórdia dura para sempre e aos Seus propósitos Ele não renunciará. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.” (Rm 8:28-34) Glória Deus! Temos agora um Sumo Sacerdote diante de Deus, Cristo Jesus! Irmãos e irmãs precisamos considerar: a salvação de Deus é Cristo Jesus, a santificação é o crescimento de Cristo em nós, enquanto a glorificação é a transformação à semelhança de Cristo. Assim, temos o supremo propósito de Deus revelado: Cristo “revelado” em nós (Gl 1:15-16), Cristo “vivendo” em nós (Gl 2:20) e Cristo sendo “formado” em nós (Gl 4:19). Aleluia! Inseridos em Cristo pela soberana graça de Deus, fomos participantes da morte e ressurreição de Seu Filho e, deste modo, fomos sidos altamente favorecidos no Amado, no qual recebemos a plena justificação e vida, segundo a riqueza de sua graça, para louvor da sua glória. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,” (Ef 1:3) Graças a Deus por Jesus Cristo, Autor e Consumador de nossa fé. “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa.! (Gl 2:20; Rm5:1; Jr 23:6) Amém!

A Mulher e o Dragão- Gino Iafrancesco

Extraído do Livro "Aproximação ao Apocalipse" Tomo 2 Cap 46.

“1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas”. Apocalipse 12:1,3.

SEGUNDA PARTE DA PROFECIA

Vamos abrir o capítulo 12 do livro do Apocalipse. A partir deste capítulo proveniente da sétima trombeta, poderíamos dizer que chegamos à segunda parte da profecia do Apocalipse. A primeira parte vai do capítulo 1 ao 11, mas como o Anjo do Pacto, no capítulo 10, com o livrinho aberto, que fez ao apóstolo João comer, disse-lhe que era necessário que profetizasse outra vez; então essa segunda profecia, essa outra parte da profecia corresponde à segunda metade do livro do Apocalipse. Significa que a partir deste capítulo 12 estamos voltando a ver a profecia. A primeira profecia foi dos capítulos 1 ao 11; e agora, quando volta a profetizar, retoma de novo assuntos que já foram tratados na primeira parte, e como é lógico em Apocalipse, também assuntos que foram tomados em toda a Bíblia, e os desenvolve com mais detalhe; coisas que na primeira parte foram introduzidas, mencionadas, têm que ter um desenvolvimento mais detido na segunda parte. Era necessário profetizar outra vez. Agora começamos, como vão se dar conta, na outra profecia. Agora começa a falar de sinais: um sinal nos céus; já nesta segunda parte sim fala de sinais; na primeira parte falou das sete estrelas, dos sete candeeiros, dos sete selos e das sete trombetas; e agora começa aqui a segunda parte falando de sinais. Então vou ler primeiro todo o capítulo 12 com o objetivo de fazer uma revisão da tradução Reina-Valera de 60 que estamos lendo à luz dos manuscritos mais antigos; ou seja, no idioma original, para que possamos fazer depois a exegese com apóio nos textos mais exatos.

CONSIDERAÇÕES DE CRÍTICA TEXTUAL

Então, por favor, os que puderem seguir em suas Bíblias, vamos ler Apocalipse 12:1-18. Vai lhes Parecer estranho que diga 18, mas é realmente 18, pois a primeira parte do 13:1 é realmente o 18, onde termina a profecia do capítulo 12. Quando chegarmos aí vou lhes explicar. “1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”. Realmente diz: “Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”. Começa como normalmente começa João muitos versículos, com a palavra: “kai”, “E”. “2 E que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. 3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. 4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. 5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger (o verbo é: poimenoi, “pastorear”, não é reger, a não ser pastorear) todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. 6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.7 E (a palavra que aqui se traduz “depois”, é a mesma palavra “kai”, a palavra “e” ou “então”; é muito importante traduzi-la mais exato para que o cronológico não se distorça; não diz: “depois”, a não ser “E”) Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; 8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”.

“10E (ou “então”, pode-se traduzir igual: “kai”) Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. 11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.”. Fixem-se na variação no verso 12: “12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar” Essa palavra “os habitantes”, é uma frase adicionada por alguém que escreveu em alguns poucos manuscritos tardios; não aparece nos manuscritos mais antigos, nem em muitos manuscritos; é tardio, é agregado: “os que nele habitais”; realmente o texto diz: “12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. 13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; 14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. 15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. 16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca. 17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”. (Alguns poucos e tardios manuscritos lhe acrescentam “Jesus Cristo”, mas o manuscritos mais antigos dizem simplesmente “o testemunho do Jesus”.

Verso 18: “e se pôs em pé sobre a areia do mar”. O verso 18 se refere ao dragão: “e se pôs em pé sobre a areia do mar”. Os manuscritos maiores e mais antigos, dizem: “E se parou”, referindo-se ao dragão, “E se parou sobre a areia do mar”; ou seja, ele está a ponto de fazer o movimento que vai aparecer no capítulo 13. É o dragão o que dá poder à besta, como aparece no capítulo13; é ele o que se para sobre a areia do mar, e aí termina o capítulo 12, no verso 18. Assim o revisei no grego. Vocês podem comprovar por vocês mesmos.

O PRIMEIRO SINAL: A MULHER GRÁVIDA

Voltemos então, irmãos, para trás. Vamos deter-nos por agora primeiro no primeiro sinal; aqui aparece o sinal de uma mulher, e imediatamente junto com ela o sinal de um dragão, e essa mulher em angústia da iluminação para dar a luz um filho varão, e essa guerra que depois continua até sua culminação.

Quando vimos à hermenêutica do Apocalipse no início desta série, dizíamos que no Apocalipse estão os terminais de toda a Bíblia, que a Bíblia sem o Apocalipse seria um livro sem conclusão; a conclusão de toda a Bíblia está no Apocalipse; e se você tomar algo do Apocalipse, imediatamente isso está relacionado com toda a Bíblia no anterior; de maneira que para poder entender Apocalipse, precisamos entender a Bíblia, porque as figuras que aparecem em Apocalipse foram introduzidas ao longo de toda a Bíblia; de maneira que não podemos fazer a interpretação de um verso sem ir à própria Bíblia, que é a que se interpreta por si mesmo. Como diz um dito: A Bíblia se interpreta sozinha. Se aqui disser: mulher, se ali disser: “dragão”, se disser: “filho varão”, etc., em outra parte já deu o sentido original; assim não podemos interpretar Apocalipse a não ser com o resto da Bíblia.

O que aparece aqui no capítulo 12, esse conflito entre a mulher e sua semente, e o dragão e seus anjos, já tinha sido profetizado Por Deus no livro da Gênesis. A Gênesis é o livro onde estão as origens; e há uma primeira profecia bíblica que profetizou uma constante inimizade entre a mulher e sua semente, e a serpente. Isso que se iniciou em Gênesis, tem sua culminação em Apocalipse, mas a culminação em Apocalipse é segundo o que se profetizou em Gênese; de maneira que para poder interpretar bem Apocalipse 12, temos que ver os termos claros da profecia em Gênesis 3:15.

ENLACE ENTRE GÊNESIS E APOCALIPSE

Para entender melhor estas figuras, vamos então a Gênese 3:15. Esta palavra do Senhor é uma profecia. Deus falou com o Adão, falou com a mulher e lhe falou com a serpente; e olhem o que Deus falou com a serpente; a serpente sabe desde o começo; e por isso quando Satanás cai em Apocalipse 12, ele sabe que tem pouco tempo.

Leiamo-lo do 14, para poder, com a ajuda de Gênesis, interpretar Apocalipse 12: “E [Yahveh Elohim] Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, (porque enganou a Eva) maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida”.

Como se engordou esta serpente comendo pó! Alimentando-se de nossa carne; e chegou a engordar-se tanto que chegou a parecer como um dragão com sete cabeças e dez chifres; engordou-se bastante comendo pó. O verso 15 é um verso muito chave: “15 E porei (é Deus o que diz isto) inimizade entre ti...”; essa é a serpente que aparece no capítulo 12 de Apocalipse, chamada a serpente antiga; porque é a de Gênesis que se chama diabo e Satanás, o acusador dos irmãos, o grande dragão; é o mesmo personagem. Aqui em Gênesis se diz simplesmente a serpente; Apocalipse diz que é essa mesma serpente, mas lhe acrescenta os outros nomes. Diz Deus:

“15E inimizade entre ti (a serpente, que é o diabo, que é Satanás, que é o dragão) e a mulher, entre a tua descendência (a descendência da serpente; por isso Jesus lhes disse: filhos do diabo, que querem fazer a vontade de seu pai o diabo) e o seu descendente; (a semente da mulher, que equivale ao filho varão que nasce da mulher de Apocalipse 12) Este (a semente da mulher, ou seja o filho varão) te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.

AS DUAS SEMENTES ENFRENTADAS

Vemos que desde o começo da Bíblia Deus mostrou que havia duas correntes sobre a terra; a linha de Deus, que aqui se chama “a mulher”, e a linha da serpente ou do dragão. A semente da mulher vencendo ao dragão, esmagando sua cabeça, e inimizade entre o dragão e a mulher e entre a semente da mulher e a semente da serpente. Toda a história da humanidade consistiu que esta inimizade. Deus está levando adiante seu propósito através da mulher; e Satanás, o diabo, está levando seu propósito através de sua própria descendência, ou seja dos que estão com ele e os que seguem a ele. Isso é o que aparece outra vez em Apocalipse 12; não podemos ter Apocalipse 12 sem Gênesis 3. Aqui em Apocalipse 12 volta a aparecer essa mulher e volta a aparecer essa serpente. E um grande sinal há ou houve no céu, uma mulher; aqui está a mulher, a de Gênesis 3; logo dá alguns detalhes, vestida do sol, com a lua debaixo de seus pés, e sobre sua cabeça uma coroa de doze estrelas.

“2 E que, achando-se grávida, (aqui está a semente da mulher) grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.” É um sinal.

O SEGUNDO SINAL: O DRAGÃO

“3 Viu-se, também, outro sinal no céu: (agora esta é a serpente) e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra”. Vemos aqui a este dragão com todas essas descrições tão tremendas; é a mesma serpente, como vocês vêem que a chama no verso 9: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás”. Logo quando diz no verso 14: “e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto... fora da vista da serpente”, vocês se dão conta de que esta serpente é o mesmo dragão com cabeças, diademas e cauda; e quando no verso 15 diz: “Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher”, vocês vêem que o conflito, a inimizade, é da mulher e a serpente. Todo este capítulo apresenta essa inimizade.

A ESPOSA DO SENHOR

Vamos nos deter primeiro um pouquinho na mulher. Estes dois versículo 1 e 2, são somente dois versículos; mas como diz o dito que uma imagem fala mais que muitas palavras, aqui o Senhor com este sinal que mostrou ao João, está falando muitíssimo. Um sinal é um símbolo com uma mensagem; Deus dá uma mensagem através deste primeiro sinal no céu: Uma mulher. Detenhamos-nos primeiro na expressão: Uma mulher; toda a Bíblia mostra o princípio do matrimônio de Deus com seu povo, de Cristo com sua Igreja, de Gênesis, desde Adão e Eva. Romanos nos diz claramente, vocês sabem, que Adão é figura de que tinha que vir; e 2 Coríntios 11 nos diz que Eva é figura da Igreja. Diz: “3 Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim (de vós, da igreja) também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”. Aqui está comparando Eva com a Igreja, está comparando a Cristo com Adão; Adão é figura de Cristo e Eva é figura da Igreja. Sempre Deus falou com Seu povo, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, como a uma mulher. Há muitos versículos, que poderíamos olhar alguns deles, possivelmente não alcancemos a vê-los todos, mas olhemos alguns importantes; referidos tanto ao povo de Deus no Antigo Testamento como a sua continuação no Novo Testamento. Vamos ver alguns versos.

Comecemos olhando Isaías. Olhemos como fala Deus ali. Isaías 54:5. Primeiro diz do 1: “1 Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o SENHOR”. Notem que está falando em termos matrimoniais, de varão e fêmea, de marido e esposa; e é Deus falando com Seu povo. Então diz no verso 5: “5 Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra. 6 Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus”. Aqui em todo este capítulo, o Senhor é como o marido, e fala a seu povo como a uma esposa, como a uma mulher. Está claro ali?

Passemos agora a Jeremias. Olhem como fala Deus em Jeremias 3:14: “14 Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu sou o vosso esposo”. Vemos que a mulher está formada pelos filhos; todos os filhos formam a mulher; Seu povo são os filhos rebeldes, mas lhes diz: “Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu sou o vosso esposo”. Aqui Deus se apresenta outra vez como o marido. Jeremias 31:31-32: “31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR”. Deus fala como um marido, amém?

Passemos também a Oséias. Vocês recordam como tocou ao profeta Oséias casar-se com uma prostituta, porque Deus tinha que nos ensinar uma lição. Diz Deus em Oséias 2:19: “19 Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; 20 desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR”. Então aqui o Senhor é o que está falando claramente em termos de casamento.

O MARIDO NO NOVO TESTAMENTO

Olhemos também no Novo Testamento. Vamos a Mateus 9:15; já é o Novo Testamento, e Deus segue falando nesses termos; diz da seguinte maneira o Senhor: “15 Respondeu-lhes Jesus: (aos fariseus) Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento (Ele era o marido e seus discípulos eram sua esposa, a noiva) enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar”. Agora no Novo Testamento o marido é Deus o Filho; no Antigo Testamento é Senhor, Yahveh, mas já no Novo Testamento aparece o Verbo de Deus encarnado, Deus feito homem.

Vejamos também em João 3:29; esses são, digamos, alguns entre os principais versos. Neste versículo aparece esta figura tão preciosa; diz João o Batista a respeito de Cristo e a Igreja: “29 O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. 30 Convém que ele cresça e que eu diminua”. Aqui João o Batista está apresentando o Senhor Jesus como o marido; a Igreja, os discípulos de Jesus, como a esposa; e ele como o amigo do marido. Então a figura da mulher é uma figura mística que representa o complemento de Deus.

Deus disse de si mesmo falando em figura –porque Adão é figura de Cristo–, quando Deus disse: Não é bom que o homem esteja sozinho; então não é bom que um criador fique sem criação, verdade? Que um marido fique sem esposa; far-lhe-ei ajudadora idônea; é como Deus nos revelando Seu coração, que Ele quer dar Seu amor a uma Igreja; então o povo do Senhor, já seja do Antigo Testamento, começando da propria Eva, os patriarcas, Moisés, o povo de Israel e logo a Igreja do Senhor Jesus no Novo Testamento, todo o povo do Senhor em geral é comparado na Bíblia com uma mulher; assim é que aqui nesta visão o Senhor está apresentando a esta mulher; a mulher vestida do sol, isso tem haver com a Igreja; mas parada sobre a lua, que tem haver com o Antigo Testamento, que era figura, porque a lua é a que reflete a luz do sol; ou seja que a mulher está parada sobre a lua; quer dizer que nós descansamos no Antigo Testamento, mas estamos no Novo Testamento; e coroada com doze estrelas.

UM POEMA MATRIMONIAL

Vamos então a nos deter nestes detalhes desta mulher. Primeiro Vamos aos cantares 6:10; vocês sabem que Cantares é um poema matrimonial; o amor do marido pela esposa e da esposa pelo marido; entretanto, foi entendido por Israel como o amor de Deus com Seu povo, e pela Igreja como o amor de Cristo por Sua Igreja; de maneira que esse diálogo matrimonial entre o homem, figura de Cristo, e a mulher, figura da Igreja ou do povo de Deus, aparece neste poema místico de Cantares. Mas fixem-se em como se fala da esposa em Cantares 6:10. “10 Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol, formidável como um exército com bandeiras?” Essa é a descrição da esposa, da mulher mística, que é a criação de Deus, que tem que lhe acompanhar e lhe assistir.

QUEM É A MULHER?

No Antigo Testamento era Israel; no Novo Testamento é também Israel espiritual, é o corpo de Cristo, a Igreja, o corpo de Cristo que inclui judeus e os gentios; esse é o corpo de Cristo. Então esta mulher se refere ao povo de Deus, ou seja, o corpo da semente da mulher que brigaria contra o dragão e sua semente. Duas coisas estão acontecendo na terra: os impérios são o desenvolvimento do dragão com suas cabeças, e a mulher está tendo dores de parto; teve-os Israel para que viesse o Messias, tem-nos que ter a Igreja para que se forme Cristo nela.

Então olhemos o que diz aqui Apocalipse 12:1: “Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”.

NO ANTIGO TESTAMENTO A MULHER ERA ISRAEL

Isto se refere inicialmente ou primeiro a Israel. Vamos ver isso em Gênesis 37:9. Há um sonho que teve José, mas vocês sabem que José é uma figura de Cristo. José foi descartado por seus irmãos, e ele foi ao Egito e se casou com uma mulher gentia, com o Asenate, verdade? E chegou a reinar; é o mesmo que Cristo. José é uma figura de Cristo. José foi vendido por seus irmãos, foi posto em uma cisterna como o Senhor Jesus, foi vendido por quase 30 moedas de prata; José por 20, Jesus por 30; entretanto, da cisterna saiu à mão direita do poder, como o Senhor Jesus, e ali se casou com uma mulher gentia. Bom, José é uma figura de Cristo; por isso temos que ter isto nos dois sentidos: no sentido do Antigo Testamento, mas isso é figura do sentido do Novo Testamento; então o 37:9 nos mostra um sonho de José, e esse sonho de José revela o propósito de Deus para com Cristo.

“9 Teve ainda outro sonho e o referiu a seus irmãos, dizendo: Sonhei também que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim”. Onze, porque ele era a doze; esses eram os irmãos de José e eram essas estrelas; seu pai e sua mãe se representavam no sol e a lua; ou seja, que o povo de Israel estava representado no Jacó com sua esposa, que realmente aqui é Raquel, porque é a mãe de José, e seus onze irmãos; estão representados como o sol, a lua e as estrelas; assim em primeira instância esta mulher, no tempo do Antigo Testamento era Israel; Israel estava em dores de parto.

O MESSIAS É A SEMENTE DA MULHER

Diz Apocalipse 12:2: “2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz”. Quem é o que vai nascer dessa mulher? Vai a nascer um varão que está destinado a reinar do trono de Deus no céu, sobre todas as nações; esse varão é o Messias, é o Senhor Jesus; Ele é a semente da mulher; essa semente da mulher depois foi a semente de Abraão, foi da tribo de Judá, foi da família de Davi, e ao fim de contas foi o Messias. Então quando diz o versículo 5: “Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro” isso se refere ao Senhor Jesus.

Olhem o que diz o Salmo 2:9; é um Salmo precisamente messiânico; este filho varão é em primeiro lugar e principalmente como principal significado, o próprio Jesus Cristo, o próprio Messias. Embora todo esse Salmo seja precioso, mas se diz do Messias do 7: “7 Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. (Esse é o Messias) 8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança, (aí fala de pastorear as nações com vara de ferro) e as extremidades da terra por tua possessão. 9 Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro”. Isso se profetizou do Messias, do Filho de Deus, de Jesus Cristo. Jesus Cristo é em primeiro lugar esse filho varão, e só Jesus Cristo, já seja, sendo esperado por Israel; esses são os sofrimentos que teve Israel em sua história até a chegada de Cristo. Isso é em primeira instância; claro que agora o Messias se forma em nós, e continua, mas esse filho é Cristo; nenhum outro é esse filho. Cristo esperado pelo Antigo Testamento, e Cristo formado na Igreja.

Então vejamos outra passagem em Apocalipse 19:15, falando do Verbo de Deus que é Cristo: “Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro”. Essa mesma linguagem do filho varão da mulher o vemos aplicado no Antigo Testamento no Salmo messiânico 2 a Cristo, e no Novo Testamento em Apocalipse 19, a Cristo: “Ele as pastoreará”; essa palavra que se traduziu “regerá”, é poimenoia, é pastoreará, com vara de ferro; “e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso”. Então isso não se pode falar a não ser exclusivamente do Senhor Jesus Cristo; claro que Ele se forma em Seu corpo, mas o filho varão é o Senhor Jesus Cristo; esse é o filho varão. Isso dissemos para poder enriquecer o versículo 2 de Apocalipse 12, a respeito desta mulher: “que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz”.

O FILHO PRIMOGÊNITO É O MESSIAS

Vamos ver como também da Igreja se fala de estar grávida, o mesmo que de Israel se fala de estar grávida. Vamos ao Isaías 66:7-8: “7 Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores, nasceu-lhe um menino. 8 Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”. Mas qual é o filho primogênito e principal de Sião? É o Messias. Em Isaías 9:6, nos fala deste menino, deste filho; é uma profecia muito importante. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”; a quem? a nós, a Israel, à mulher no Antigo Testamento, que continua depois no Novo, porque vemos que no Novo a descendência da mulher tem o testemunho de Jesus. “6 Porque um menino nos nasceu, (este é o menino, este é o filho varão) um filho se nos deu, (este é o filho varão) o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; 7 para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo (aleluia!) do SENHOR dos Exércitos fará isto”. Fará o que? fará que Israel tenha este Messias e que este Messias tenha este primeiro reino pela Igreja, logo no Milênio, logo no céu novo e na terra nova pela eternidade, sem fim, sem limite.

Esta mulher de Apocalipse 12 é o povo de Deus em geral, incluídos os patriarcas, incluídas as doze tribos de Israel, incluída a Igreja; porque fixem-se no que se fala dela: Vestida do sol; o que representa o sol? O sol na Bíblia representa ao Senhor Jesus Cristo.

A MULHER NO ANTIGO TESTAMENTO E NO NOVO TESTAMENTO

Diz em Malaquias que Ele é o sol de justiça. Se esta mulher aparece vestida do sol, esse é um símbolo plenamente messiânico; quer dizer, que não pode ser excluída a Igreja, porque a Igreja está revestida de Cristo; ou seja que ali está incluída essa mulher na parte do Novo Testamento. Outro detalhe é: “Com a lua debaixo de seus pés”; significa que ela estava parada na lua; a lua é a que reflete a sombra do sol; o Antigo Testamento era a sombra do Novo Testamento; portanto, que a mulher vestida do sol esteja parada sobre a lua quer dizer que a Igreja no Novo Testamento é o cumprimento das profecias e da tipologia do Antigo Testamento. O Novo Testamento se explica com o Antigo, e o Antigo se explica com o Novo; a profecia está no Antigo, a tipologia está no Antigo, e sobre ela se para a Igreja; ou seja que esta mulher inclui tanto ao Antigo como ao Novo Testamento, e mostrando a base, a tipologia e a profecia no Antigo Testamento, mas o cumprimento e a realidade, a vestimenta do sol, no Novo Testamento.

O sol tem luz própria, é a realidade; a lua tem a luz refletida, é a tipologia; mas agora diz aqui: “e sobre sua cabeça uma coroa de doze estrelas”. Já vimos que nessas tipologias doze estrelas eram os filhos de Israel; mas vemos que os doze nomes dos filhos de Israel estão na Nova Jerusalém, que é a esposa final; a que começou sendo tipificada ao princípio da Bíblia e seguiu sendo tipificada e logo edificada, tem uma conclusão na Nova Jerusalém; e na Nova Jerusalém não só estão as doze portas com as tribos do Israel, mas também cada tribo será julgada por um dos doze apóstolos; e os doze alicerces do muro da Nova Jerusalém têm os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro; ou seja que o número doze é um número místico, é o número de completação final do reino, é 3 x 4. Três mais quatro é sete; ao princípio Deus termina com sete, mas logo 3 x 4 dá doze. Quando se refere ao Milênio é três mais quatro, sete; mas quando se refere à Nova Jerusalém é 3 x 4, doze. Por isso 144 é 12 x 12, verdade?

O número 12 é número de completação; significa que nesta mulher coroada de doze estrelas, essas doze estrelas estão revelando a identidade tanto de Israel com seus patriarcas e as doze tribos, como da Igreja fundamentada em Cristo, com os doze apóstolos do Cordeiro. Vemos, pois, que todos os símbolos apontam à mulher: a Igreja e Israel, Israel e a Igreja, os dois; o povo de Deus, aos que Deus chama esposa. Claro, há uma prostituta que não foi fiel ao Senhor, que se meteu com outros; então lhe chama prostituta; também é uma mulher que diz ser, sem ser; ou seja que é a divorciada, ou a viúva, embora o Senhor não morre; é em sentido espiritual. “A viúva”, assim se chamam a si mesmos os maçons, digitados por israelitas apóstatas.

A IGREJA COM DORES DE PARTO

Continua dizendo em Apocalipse 12:2: “que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, (em relação a Israel, trata-se deles esperando a vinda do Messias) sofrendo tormentos para dar à luz”. Mas quando já veio o Messias, agora o Messias tem que formar-se na Igreja e voltar outra vez. O Senhor se manifesta aos discípulos lá em João 16:21: “21 A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem. 22 Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar”. Cristo é o menino que nasceu em Israel, o Messias; Ele também decide formar-se na Igreja; por isso dizia São Paulo em Gálatas 4:19: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”; e logo em Efésios 4:13, diz Paulo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”.
De maneira que vemos que o filho varão que nasceu a Israel, é o Messias, que é o Senhor Jesus; Ele foi destinado a reinar, mas Ele veio e se sentou à mão direita do Pai; foi arrebatado para o trono de Deus e de seu Pai, e daí Deus começou a lhe pôr todas as coisas sob as plantas dos pés; e os quais somos os que nos submetemos primeiro? Nós a Igreja. Quando? Quando nós recebemos a Cristo como Maria que disse: Faça-se em mim segundo sua palavra; nós recebemos a Deus como Maria, porque Maria é uma figura de Israel, uma figura da Igreja; este filho é filho da Maria, mas Maria assim que parte de Israel; Maria assim que figura da Igreja; não é a virgem Maria somente. Maria é somente uma parte de Israel e um tipo da Igreja. Os católicos dizem que esta mulher de Apocalipse 12 é só Maria, não; Maria está incluída em Israel, e é tipologia da Igreja, mas não é só Maria; é todo o povo de Deus que tem a Maria e que tipifica Maria, mas não é sozinho Maria.

O FILHO VARÃO É CRISTO

Então agora diz: “Até que Cristo seja formado em vós”, e diz: “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”; ou seja que o Cristo destinado a reinar, reina através de formar-se na Igreja; ocorre, pois, que também na Igreja estamos em dores de parto até que Cristo seja formado em nós; mas este filho varão é Cristo. Agora, os vencedores são os que têm a Cristo formado; então o que disse Cristo? “Ao que vencer, dar-lhe-ei que se sente comigo em meu trono, assim como eu venci, e me sentei com meu Pai em seu trono”. Claro, Jesus Cristo é destinado ao trono, mas aos vencedores lhes promete sentar-se com Ele no trono; mas quando é que esse galardão será dado? Quando o Senhor vier.

“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”. As promessas aos vencedores se cumprem na vinda gloriosa de Cristo, na sétima trombeta, que estudamos na vez passada, porque a sétima e final trombeta é o tempo de dar os galardões. Este filho varão, que é Cristo formado na Igreja, e Cristo já tem a recompensa, já está à direita do Pai, já está coroado de honra e glória, mas agora Ele se está formando na Igreja, e a Igreja, se formos vencedores, também nos sentaremos com Ele, mas a partir de quando Ele vier; Ele primeiro tem que vir e nos dar o galardão, e o galardão se dá na sétima trombeta, que é a final.

UM GRANDE DRAGÃO ESCARLATE

Sigamos para cá e nos detenhamos no versículo 3: “Também apareceu outro sinal no céu”. Porque é que o problema não é somente na terra; é também no céu. Satanás podia apresentar-se no céu, acusar a Jó, acusar a Josué, filho do Josadaque, como em Zacarias 3; ele é o acusador e nos acusa também constantemente; seu trabalho consiste em acusar aos irmãos, esse é seu trabalho; isso é o que quer dizer diabo: acusador, enlodado, atirando lodo, sujando; põe-nos a rasteira para que caiamos e depois diz: olhe, este caído; mas ele é quem fez a rasteira. “iu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, (escarlate, cor de sangue, cor de assassinato; o diabo é chamado pai da mentira, homicida desde o começo) com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas”. Fixem-se em que este pretende fazer-se mais que Cristo. Cristo aparecia com sete chifres, mostrando a plenitude do poder, porque Ele é o Todo-poderoso; agora aqui aparece o dragão tendo sete cabeças.

Olhem que há uma correspondência, embora não exata, a não ser quase exata entre o dragão e a besta; as cabeças do dragão e as cabeças da besta; onde não está a correspondência é nas diademas; as cabeças do dragão são sete e tem sete diademas, em troca as diademas da besta estão nos dez chifres. Vamos comparar para fazer a correspondência e a diferença entre o dragão e suas cabeças e a besta e suas cabeças. O dragão e suas cabeças se refere a Satanás e os principados que estão com ele; em troca a besta se refere aos impérios, às civilizações governadas pelas potestades deste século; por isso se correspondem.

CORRESPONDÊNCIA ENTRE O DRAGÃO E A BESTA

Lemos em Apocalipse 13:1: “1 Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas”; em troca no dragão diz: “e em suas cabeças sete diademas”; ou seja, quem tinha a autoridade no mundo espiritual; o que em Efésios 6:12 se chama as potestades, governadores das trevas deste século, os principados malignos, como por exemplo, o príncipe da Pérsia que aparece em Daniel 10, que se corresponde com o império persa. O império persa é uma das cabeças da besta, e o príncipe da Pérsia é uma das cabeças do dragão; a cabeça do príncipe da Grécia de Daniel 10:20, é o espiritual; essa é uma cabeça do dragão; o império grego é uma das cabeças da besta, ou seja, uma civilização dirigida por essa classe de espíritos; então as cabeças do dragão, correspondem-se com as cabeças da besta, só que o poder, as diademas, no mundo espiritual estão nos principados, em troca no mundo político está nos dez chifres finais que lhe dão sua autoridade à besta ou anticristo.

Por isso na parte política da besta, é a besta a que tem os dez chifres e são os dez chifres os que têm as diademas, porque o poder político está nessa confederação que dá sua autoridade ao anticristo; em troca, no mundo espiritual quem tem o poder são esses príncipes: o príncipe da Pérsia, o príncipe da Grécia; mas antes de ter havido o príncipe da Pérsia, estava o príncipe da Babilônia, e antes do de Babilônia estava o de Assíria, e antes do de Assíria, estava o do Egito, porque o Egito foi um príncipe; aí está, o príncipe espiritual é uma cabeça do dragão, e o império Egípcio é uma cabeça da besta. Logo o império espiritual assírio é a segunda cabeça do dragão, o príncipe de Assíria, o espiritual; e logo a civilização assíria é a segunda cabeça da besta. Logo Babilônia, o príncipe de Babilônia, que é também de Satanás.

Vocês recordam que o rei da Babilônia é profetizado em Isaías 14 como sendo o diabo, porque o diabo é o que está detrás desses príncipes. Então esse príncipe da Babilônia é uma cabeça do dragão, e o império babilônico é uma cabeça da besta; a besta é o império político. Logo aparece, como diz Daniel 10, o príncipe da Pérsia e o império persa, a besta. Logo aparece o príncipe da Grécia e logo o império grego. Logo aparece o príncipe de Roma e o império romano. Depois de Roma vem o reino dividido, ou seja, o mundo atual, a Europa Ocidental, verdade? E aparece então com seu respectivo príncipe, que é a sétima cabeça; mas entre as sete há um oitavo, e esse oitavo é de entre os sete; esse é Satanás no espiritual, e o anticristo no político.

Satanás é o que dirige a todos os outros e é o que aparece depois no anticristo final; ou seja, é dentre os sete, o oitavo, mas é dentre os sete; então por isso é que ele tem essas cabeças, mas é o dragão mesmo; o dragão mesmo é o diabo, mas ele tem principados; ou seja, ele governa através desses principados, que são esses anjos caídos, potestades, governadores das trevas deste século.

Por isso em Apocalipse 12:3 fala de outro sinal: “um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças (já vimos quais são) e dez chifres”; os dez chifres são os finais, porque o governo final do dragão será o acordo da confederação destes dez que darão sua autoridade ao anticristo; por isso aparece também com dez chifres, só que no caso do mundo espiritual não são esses dez os que têm a diademas, mas no mundo natural sim são os dez que têm o poder político, ou seja, a besta com os dez chifres.

O DRAGÃO ARRASTA A TERÇA PARTE DOS ANJOS

Segue dizendo o verso 3 do capítulo 12: “e em suas cabeças sete diademas”. Essas diademas são das potestades malignas, desses príncipes que estão descritos na Bíblia. “4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra” Estes são os anjos que seguiram a Satanás. As estrelas representam anjos; por exemplo, os sete anjos das sete Igrejas de Apocalipse, eram as sete estrelas na mão direita do Filho do Homem; mas logo Satanás tem anjos, e por isso diz em Apocalipse 12:7: “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos”. Esses anjos caídos é a terça parte dos anjos de Deus que seguiram a Satanás; são estas estrelas que Satanás joga na terra; porque ele mesmo cai e seus anjos caem com ele; mas vão caindo pouco a pouco. Primeiro saem da presença de Deus, lá do monte santo; logo caem para a terra, logo caem para o abismo e ao final caem no lago de fogo; ou seja que os tombos da queda de Satanás são quatro principais; isso o vamos ver mais adiante e com mais detalhe.

Diz: “e o dragão se deteve em frente da mulher”; notem que esta é uma decisão do dragão; o dragão tem um negócio principal; ele sempre quer estar aí incomodando no que Deus quer fazer; sempre está aí à frente para destruir o que o Senhor quer fazer; está frente à mulher. A mulher está gemendo para dar a luz para que Cristo se forme nela, e o diabo está aí para atacar. Ah! No Novo Testamento Maria estava para dar a luz, e Herodes, que era um dos príncipes dirigidos por Roma, imediatamente dá a ordem para matar ao Messias; e o anjo tem que despertar a José e lhe dizer: te levante, te apresse; e teve que fugir a mulher, ou seja, teve que fugir Maria para guardar ao Filho de Deus; fugir ao Egito e logo voltar para outra cidade, antes de passar de novo a Nazaré, verdade? Então nos damos conta de como o dragão quis matar a esse Filho, ou seja, matar a Cristo. Agora não podem matar a Cristo, então querem destruir o que Cristo tem na terra; algo que o Senhor quer edificar, o diabo está aí perto.

Josué estava na presença de Deus e aí estava Satanás para lhe acusar, aí ao lado. Satanás sempre quer destruir o de Deus; ele sempre quer meter-se perto, ele não está longe; onde Deus está fazendo algo, ele quer destruí-lo e terá que estar alerta. Por isso diz: “se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, (assim como fez com Cristo, assim faz também com a Igreja, para que Cristo não se forme na Igreja) a fim de lhe devorar o filho quando nascesse”. Isso é o que quer Satanás. “5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, (Israel recebeu ao Messias) que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho (este que nasceu da mulher, que viveu 33 anos, que morreu e que ressuscitou) foi arrebatado para Deus até ao seu trono”. Não há arrebatamento para a Igreja a não ser apoiado no arrebatamento de Cristo, porque Ele ascendeu, e em virtude dessa ascensão a Igreja se senta com Ele em lugares celestiais e pode ser arrebatada; isto não pode separar-se de Cristo. “Seu filho (o Senhor Jesus) foi arrebatado para Deus até ao seu trono”. Claro, e aqueles em quem Cristo se formou, que são vencedores, também se sentarão com Ele em Seu trono quando Ele vier, estabeleça e dê os galardões, a última trombeta.

A MULHER FOGE AO DESERTO

Agora nos diz algo aqui no verso 6: “E a mulher fugiu ao deserto” Este é um princípio que sempre se repetiu. Notem no caso de Israel; acabava de sair do Egito, mas não podia ir pelo caminho direto à Canaã, porque em Canaã estavam os principados cananeus, aqueles gigantes; e os egípcios estavam por persegui-los; então eles tiveram que meter-se pelo deserto, ir ao deserto e ser preparados no deserto. antes de poder entrar na terra prometida tiveram que estar no deserto. Agora, José e Maria fugiram com Jesus ao Egito, e o Senhor Jesus teve que sair também ao deserto e ser tentado. Quando o Senhor disse à igreja primitiva que quando visse Jerusalém rodeada de exército, fugissem, eles tiveram que sair ao deserto e foram a Pella, cidade incrustada nas rochas montanhosas que fica na Transjordânia, ao outro lado do Jordão, o que era Amon e Moabe, o que hoje é a Jordânia; e também diz a Bíblia em Daniel 11:41 que essas províncias de Amon e Moabe escaparão da mão da besta, ou seja, Jordânia. Assim, a igreja primitiva fugiu; o Senhor ensinou à Igreja. Vocês recordam isso em Mateus 24 e Lucas 21: Quando virem a abominação desoladora, fujam aos Montes. Como aconteceu antes, assim será ao final, porque Deus restaura o que aconteceu.

Aqui diz: “E a mulher fugiu”; ou seja que o Senhor sempre a Seu povo, em todas as partes o faz fugir; só que alguns não fogem, alguns ficam no seu, e a esses os ataca Satanás; porque como não pode atacar aos que fogem, então ataca ao resto. Dão-se conta? O inimigo é terrível; se não puder contra o próprio Cristo, vai contra os vencedores; se não puder com os vencedores, vão com os que ficam por aí; esse é o diabo. Então diz: “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias”. Aqui aparece essa menção: mil duzentos e sessenta dias; aparece várias vezes; esses são os três anos e meio da grande tribulação, a segunda metade da semana setenta de Daniel. Aparece em Daniel 7, aparece em Daniel 9, aparece em Daniel 12, aparece em Apocalipse 11 duas vezes, aparece duas vezes aqui em Apocalipse 12, e uma vez no 13. Oito vezes aparece esse período da tribulação. Então diz aqui: “para que ali a sustentem por mil duzentos e sessenta dias”. Significa que o Senhor vai proteger a Seu povo para que fuja; o Senhor deu uma instrução de fugir quando há perseguição; o Senhor não disse que vamos pôr a cabeça assim gratuitamente.

A IGREJA PRIMITIVA FUGIU À PELLA

O Senhor deu uma ordem: “Quando lhes perseguirem nessa cidade, fujam à outra; porque de certo lhes digo, que não acabarão de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem”. O Senhor deu a ordem de fugir; e aqui diz que a mulher fugiu ao deserto; já a igreja primitiva, quando viu Jerusalém rodeada de exércitos, fugiu à Pella, fugiu para a Jordânia, verdade? E vamos ver uns versículos onde aparece essa fuga.

Vamos ao Daniel 11:41, que já o citei de cor mas quero que os irmãos o leiam, tenham-no: “Entrará também na terra gloriosa, e muitos sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: (aqui estão as províncias que escaparão do anticristo) Edom (que é o sul do Israel, ou seja o Neguebe, onde está preparado para os sefarditas; diz ao final de Abdias que Sefarade voltará para o Neguebe e o Neguebe será para o Sefarade; há um judeu antioquenho lá vendendo bandeja paisa (comida), no Neguebe, isso é ao sul do Israel) e Moabe, e a maioria dos filhos de Amon”. Quer dizer, o que hoje é o Jordânia e o sul de Israel; esses escaparão do anticristo. Pra onde fugiram os cristãos primitivos? Justamente a Pella, que ficava lá na Transjordânia; nessa região ao leste do Jordão.

Lemos Isaías 16:3-4. Os capítulos 15 e 16 é uma profecia sobre Moabe. A profecia sobre Moabe abrange os capítulos 15 e 16; o capítulo 17 é profecia sobre Damasco, Síria. Olhem como Deus diz de Moabe no 15:1: “Profecia sobre Moabe”. No contexto vemos Deus falando com Moabe, que hoje é a Jordânia; diz o Senhor assim em 16:3: “3 Dá conselhos, executa o juízo e faze a tua sombra (olhem como chama Moabe: sombra) no pino do meio-dia como a noite; esconde os desterrados e não descubras os fugitivos. 4 Habitem entre ti os desterrados de Moabe, serve-lhes de esconderijo contra o destruidor. Quando o homem violento tiver fim, a destruição for desfeita e o opressor deixar a terra”. Vemos que o anticristo perseguirá mas não alcançará esse lugar da Transjordânia, de Moabe; e aqui diz o Senhor que será refúgio para Seu povo; e já foi quando Tito, o general romano, atacou a Jerusalém no ano 70 D.C.; os cristãos fugiram a esse lugar e ali foram protegidos; mas isso acontecerá de novo para o final porque o anticristo não alcançará essas províncias.

O ARCANJO MIGUEL E A LUTA CONTRA O DRAGÃO

Então voltemos para Apocalipse 12:6: “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias”. E nesse contexto, ou seja no contexto da grande tribulação, dos três anos e meio, dos mil duzentos e sessenta dias, aí é quando se levanta Miguel; porque Miguel é o príncipe que está por Israel, assim como Cristo está pela Igreja; Miguel está por Israel, assim como o príncipe da Pérsia estava por seu império; o príncipe que está por Israel é Miguel. Já em Daniel 12 nos tinha falado desse levantamento de Miguel na grande tribulação. Daniel 12:1: “1 Nesse tempo (no tempo do anticristo; porque isso é o que diz no capítulo 11 do 31) se levantará Miguel, (é o arcanjo) o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo (do Israel); e haverá tempo de angústia (essa é a grande tribulação), qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, (aí é quando eles recebem ao Messias, reconhecem-no, no momento mais difícil se preparam para receber a Cristo) todo aquele que for achado inscrito no livro. 2 Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão”. Esse é o momento da ressurreição, mas antes da ressurreição está a batalha de Miguel; porque há o Armagedom das nações na terra, mas a luta do Miguel e seus anjos contra o dragão e seus anjos é um Armagedom que reúne todas as forças: as visíveis e as invisíveis que estão contra Deus, e as visíveis e invisíveis que estão Por Deus. Irmãos, não há maneira de escapar a esta guerra; estamos aqui para entender a guerra e nos preparar para a guerra.

Então diz Apocalipse 12:7: “7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; 8 todavia, não prevaleceram”. Notem que essa guerra ocorre durante a grande tribulação. Há primeiro um início da tribulação, há primeiro uns três anos e meio, há primeiro uns princípios de dores, há uma introdução de julgamento através das trombetas; mas há uma consumação do julgamento com as taças na grande tribulação; os princípios de dores começam antes da grande tribulação, vão acentuando na primeira parte da tribulação com as trombetas; mas a partir do primeiro ai, que é a quinta trombeta, aquela estrela cai à terra e abre o poço do abismo; essa estrela é a queda de Satanás, já em plena tribulação. Então olhem o que diz aí; há uma luta; damo-nos conta de que a luta é quando todas as nações se estão juntando contra Israel, verdade? Então aí o Senhor começa a preparar uma salvação para o Israel. O início do Armagedom também tem uma batalha nos céus; nossa luta não é contra carne e sangue, a não ser contra principados; o que ajuda a Israel é Miguel.

OS TOMBOS OU QUEDAS DO DRAGÃO

Diz: “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; 8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, (diz-o por todos os nomes para que não o identifiquem com outro) o sedutor de todo o mundo; (todo mundo está enganado pelo diabo, menos os escolhidos; se for possível, inclusive trataria de enganar aos escolhidos, mas o Senhor, porque são escolhidos, os guarda) sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”. Notem que esta é a segunda queda do dragão, o segundo tombo; o primeiro tombo da queda de Lúcifer está em Ezequiel 28; ali ele é jogado de entre o monte santo e as pedras de fogo, mas ainda segue nos ares. Ezequiel 28 nos diz a profecia. Leiamo-lo do versículo 14: “14 Tu eras querubim da guarda ungido, (esse é o diabo) e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. 16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste, (foi o primeiro iníquo nos céus) pelo que te lançarei, profanado (este é o primeiro tombo) fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras”.

Então o primeiro arremesso de Lúcifer foi do monte de Deus e de entre as pedras brilhantes; então ele ficou convertido no príncipe da potestade do ar. Por isso no segundo dia da criação, quando Deus faz a expansão, não diz que era bom; por quê? Porque esse era o espaço onde estava o príncipe da potestade do ar. Foi jogado do monte santo, de entre as pedras brilhantes, e tem acesso a acusar mas não para morar; então ele está nos ares e percorre a terra, mas ele tem acesso aos céus; inclusive os espíritos dele dão suas opiniões diante de Deus; às vezes Deus lhes permite fazer suas barbaridades, porque não o fariam sem permissão de Deus; mas vejamos o que segue dizendo aqui Ezequiel. Notem que quando fala deste primeiro tombo da queda de Satanás, que são quatro tombos, diz: “portanto te lancei (já é algo passado) profanado, do monte de Deus, e te exterminei, ó querubim cobridor, do meio das pedras de fogo.
17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lançar-te-ei (agora é futuro, é o segundo tombo) por terra; (primeiro foi jogado do monte santo e das pedras de fogo aos ares, e agora será jogado à terra) lançar-te-ei por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem”. E logo, depois da terra, é jogado, como diz Apocalipse 20, ao abismo.

Vamos a Apocalipse 20 a ver o terceiro tombo. Apocalipse 20:1, diz assim: “1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.2 Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; 3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações”. Enquanto está nos ares, engana às nações, mas no Milênio é o terceiro tombo de sua queda, ao abismo; agora é ao abismo por mil anos; mas logo depois dos mil anos, ele sai do abismo outra vez, e aí reúne às nações sobreviventes contra Cristo, e aí sim diz Apocalipse 20:10: “O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. Já é o tombo final de Satanás: o lago de fogo e enxofre. Primeiro, em sua queda, foi jogado, arrojado do céu; mas primeiro de onde? Do terceiro céu, digamos do monte santo e das pedras brilhantes, aos ares; logo depois dos ares é jogado à terra; então durante a grande tribulação, a partir da quinta trombeta, que é o primeiro ai, essa estrela cai à terra; sabe então que tem pouco tempo, só fica o resto da tribulação, porque depois da tribulação vem o Senhor, e ele é jogado ao abismo; no Milênio ele baixará ao abismo, e ao final irá ao lago de fogo, preparado precisamente para o diabo e seus anjos.

Então a queda de Satanás vai piso em piso, do quarto piso, ao terceiro, do terceiro ao segundo, etc. vai baixando os pisos subterrâneos.

O DRAGÃO LANÇADO DOS ARES À TERRA

Voltemos para Apocalipse 12:9: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra; (este é o segundo tombo de sua queda) e, com ele, os seus anjos”. Seus anjos também serão selados no abismo e também estarão com ele no lago de fogo para sempre. “10 Então”, (este então é o mesmo que “E”) “10 ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”.

Então notem, quando o Senhor Jesus ascendeu, Satanás foi julgado; agora diz Cristo à Igreja, que a Igreja tem que aplicar esse julgamento; quando Ele envia a Igreja, envia aos 70 –Lucas capítulo 10–, saíram os 70 e começaram a evangelizar, e ao retornar lhe disseram: “17 Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!18 Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago”. Essa queda de Satanás é progressiva, e a formação de Cristo na Igreja é progressiva, e são inter-relacionadas, digamos, inversamente proporcionais: enquanto Cristo se forma na igreja, Satanás fica mais esquecido, e será jogado do céu à terra e da terra ao abismo, e logo ao lago de fogo. É a autoridade de Cristo; já Cristo tem autoridade à mão direita do Pai, mas agora a Igreja tem autoridade e logo no Milênio, verdade?

Diz o verso 11: “11 Eles, pois (os irmãos; esses são os que diz aqui: os irmãos, nossos irmãos; aqui não está falando de outra coisa mas sim dos irmãos) o venceram (como se vence ao dragão?) por causa do sangue do Cordeiro (quando reconhecemos nossos pecados, não queremos permanecer neles, nem que eles permaneçam em nós, o sangue de Cristo nos limpa de todo pecado, somos limpos, somos desencardidos; mas além disso) e por causa da palavra do testemunho que deram”; o que acreditar com seu coração e confessar com sua boca; temos que proclamar a palavra de Deus, temos que dizer o que o Senhor tem feito contra Satanás, o que tem feito a nosso favor; temos que viver e confessar o que o Senhor é e o que o Senhor tem feito; o sangue nos limpa, as promessas nos asseguram o que é nosso e o confessamos, amém?

A VITÓRIA DO CRISTÃO

Confessamos com nossa boca e em nosso coração cremos que Jesus é o Senhor, que ressuscitou dos mortos, que sua morte é expiatória, que nos perdoou, que nos regenerou, que somos os filhos de Deus; a toda as pessoas atestamos de Cristo; essa é a arma contra Satanás, o sangue para nos limpar, e a espada do Espírito; é a única arma ofensiva; todas as demais partes da armadura são defensivas; a única arma ofensiva é a espada do Espírito, a palavra; confessar o que Deus diz e não outra palavra.

Irmãos, nós não temos que dizer outras palavras; muitos irmãos caem da fé, se não de tudo, pelo menos em parte, quando mesclam as palavras dos homens com as palavras de Deus; e o humanismo toma o lugar da fé, e a gente trata de acomodar-se e contemporizar com o mundo; e aí Satanás lhes está tirando a espada. Irmãos, nós, embora o mundo diga x, ou y, os evolucionistas digam isto, e aquilo filósofos, e aquilo ateus, nós dizemos o que Deus diz; nossa palavra é a palavra de Deus, não a palavra dos homens. A palavra de Deus tem que ser nossa palavra, como Deus diz; embora todos não concordem, nós concordamos com Cristo; somos cristãos, pensamos como Ele e falamos como Ele, amém, irmãos?

E a última coisa dos vitoriosos: Primeiro para vencer: o sangue do Cordeiro; segundo, a palavra do testemunho; terceiro: “e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”. Esta palavra “vida” é a vida de sua alma, de seu ego, a vida de suas emoções, a vida de suas opiniões, a vida de suas vontades; essa é a vida da alma: “e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”, estiveram dispostos a morrer. Senhor, não quero saber de nada, nem mesmo de mim mesmo, mas sim de Ti, e embora me custe a vida, só confio e descanso em ti; digo o que Você diz, embora me matem. Assim venceram; e logo por isso vemos em Apocalipse 20 aos que foram decapitados por causa do testemunho do Jesus, pela palavra de Deus, porque deram testemunho até a morte, vemo-los reinando mil anos com Cristo, amém?

“12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais”; os que moram nos céus são os anjos e os que morreram em Cristo; porque como Paulo disse: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”; “prefiro morrer e estar com Cristo”. Cristo não está debaixo da terra, Cristo está à mão direita do Pai, verdade? E Estevão não olhou para debaixo da terra mas sim olhou para Deus, dizendo: Senhor Jesus, recebe meu espírito, e Jesus estava sentado à mão direita do Pai. Então os que estão nos céus são os anjos de Deus e também os espíritos dos justos feitos perfeitos que estão esperando a ressurreição de seus corpos, que Deus trará com o Jesus no dia da vinda do Senhor, para que tomem seus corpos, unam-se conosco transformados, e o recebamos no ar e devamos reinar aqui no Milênio.

Então diz assim: “12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta”. Há duas iras na tribulação: a ira de Deus e a ira do diabo contra o povo de Deus; como diz 2 Tessalonicenses 2:6: “Porque é justo diante de Deus pagar com tribulação aos que lhes atribulam”. Então está a ira de Deus também. O diabo baixa com ira e o Senhor também baixa com ira. O diabo engana às pessoas lhe dizendo que vão vencer, que vão recuperar o paraíso perdido; os luciferianos dizem isso; mas é mentira, ele mesmo sabe que fica pouco tempo; então esse pouco tempo é o resto da tribulação.

AS DUAS ASAS DA GRANDE ÁGUIA

“13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão”. Perseguiu Israel e aos cristãos. Israel tinha ao Messias, e a Igreja é a que recebeu a Cristo para que se forme nela, ou seja, o povo de Deus, a civilização judaico-cristã, odiada pela civilização draconiana. “14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente”. O Senhor o advertiu: Quando virem a abominação desoladora no lugar santo, fujam; e há um lugar preparado para ela; e diz aqui que para fugir lhe deram as duas asas da grande águia. Como vamos interpretar essa frase: as duas asas da grande águia? Há uma série de interpretações. Alguns irmãos dizem que é os Estados Unidos, outros dizem que é o Brasil, outros dizem que é o Antigo e o Novo Testamento, mas nada se pode interpretar sem a Bíblia; terá que ver o que é o que a Bíblia diz das duas asas da águia para saber a que se refere, porque a Bíblia se interpreta sozinha.

Há dois versículos que interpretam esta frase. O primeiro está em Êxodo 19:4. Por favor fixem-se comigo na linguagem usada aqui pelo Espírito de Deus. Ali fala Deus ao povo: “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim”. Olhem como fala Deus; para Deus ter livrado providencialmente a Israel do Egito, primeiro lhes abriu o Mar Vermelho, os salvou, sepultou aos inimigos de Israel; antes fazia divisão entre uns e outros; luz para o Israel, escuridão para os outros; transtornou-lhes os carros; agora inclusive a terra abrirá a boca e tragará o rio que envia a serpente. Então Deus chama as asas de águia à providência milagrosa de Deus. Notem-se em Êxodo 19:4: “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim”. Alguns dizem que é em aviões; mas não necessariamente. Claro, podem ser aviões; claro que o Senhor pode usar aos Estados Unidos para bem e para mau, mas aqui se refere à providência de Deus.

Outro versículo está no Deuteronômio 32:11-12. Vamos ver como se fala ali: “Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, 12 assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho.”. Esta é o guiar providente de Deus; estar sob as asas de Deus é estar sob seu cuidado; essas são as asas da águia. Esta grande águia é o próprio Deus, não é os Estados Unidos, é o próprio Deus; as asas de águia é Seu cuidado, Sua providência; assim o diz Êxodo 19, assim o diz Deuteronômio 32:11-12, duas testemunhas; essa é a linguagem que usa Deus e o segue usando, e diz aqui em Apocalipse 12:14: “14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, (quer dizer, o amparo providente de Deus) para que voasse até ao deserto ( de diante do anticristo) ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente”.

EXÉRCITOS CONTRA A MULHER

“15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio”. O que é isso? A Bíblia usa essa linguagem para referir-se à perseguição dos exércitos; esse é um primeiro aspecto.

Vamos ver alguns versos em Isaías. Vamos ao Isaías 8:7-8: “7 eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; (refere-se ao Iraque) águas que encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras. 8 Penetrarão em Judá, inundando-o, e, passando por ele, chegarão até ao pescoço; as alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra, ó Emanuel”. Estes rios são exércitos, dão-se conta? Vamos ver outro verso. Isaías 17:12-13: “12 Ai do bramido dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas! 13 Rugirão as nações, como rugem as muitas águas, mas Deus as repreenderá, e fugirão para longe; serão afugentadas como a palha dos montes diante do vento e como pó levado pelo tufão”. Estas águas, é a invasão de povos.

Vejamos o mesmo em Jeremias 46:7-8: “7 Quem é este que vem subindo como o Nilo, como rios cujas águas se agitam?8 O Egito vem subindo como o Nilo, como rios cujas águas se agitam; ele disse: Subirei, cobrirei a terra, destruirei a cidade e os que habitam nela”. Este rio de águas são exércitos. Jeremias 47:2-3: “2 Assim diz o SENHOR: Eis que do Norte se levantam as águas, e se tornarão em torrentes transbordantes, e inundarão a terra e a sua plenitude, a cidade e os seus habitantes; clamarão os homens, e todos os moradores da terra se lamentarão, 3 ao ruído estrepitoso das unhas dos seus fortes cavalos, (notem essas águas que têm unhas) ao barulho de seus carros, ao estrondo das suas rodas. Os pais não atendem aos filhos, por se afrouxarem as suas mãos;” etc. etc.

CORRENTES SATÂNICAS

Vemos o que são essas águas; ou seja, quando diz aqui em Apocalipse 12:15: “E a serpente jogou de sua boca, depois da mulher, água como um rio”, as águas são as nações enviadas para perseguir Israel e aos cristãos; isso é o que são as águas como um rio; mas terá que abrir una janela para outro aspecto exegético que é o que está em Efésios 2:2, que os rogo que o tenham muito em conta para que não sejamos arrastados por esta corrente. Efésios 2:2 diz: “nos quais (pecados) andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar”. Significa que o diabo dirige a corrente do mundo, não somente os exércitos, mas também a economia, a indústria, os bancos, a filosofia, o esporte, a estética, a pornografia, etc., e nós em vez de viver na fé, na simplicidade, na simplicidade, somos arrastados pela corrente do mundo.

Se o diabo não nos pode perseguir por meio de exércitos, nos vai perseguir por meio de supermercados, programas de televisão e outras coisinhas; a corrente do mundo também são águas para arrastar à mulher, para nos apartar do Senhor; então terá que ter os dois aspectos, porque Satanás, se não poder atacar por fora para matar o corpo, ataca por dentro para “matar” a alma. Quando à igreja primitiva Satanás não a pôde destruir com perseguições, mas sim como dizia Tertuliano: o sangue dos crentes é como semente dos mártires que se multiplica, então Constantino pôs aos cristãos nos poderes do Estado, e assim “matou” a vida de muitos cristãos, mesclando-os com o mundo; ataca com a corrente da perseguição ou com a corrente do mundo. Se não atacar com críticas, ataca com aplausos, com adulações, com facilidades para tratá-los no mundo fácil, e terá que tomar cuidado.

Agora diz aqui em Apocalipse 12:16: “A terra, porém, socorreu a mulher, (a terra não é o sistema do mundo; é a terra; ela fugiu a seu lugar preparado e a ajudou a terra. Olhem o que fez a terra) e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca”. Haverá movimentos telúricos que destruirão exércitos, como quando Gogue e Magogue venham contra Israel; haverá terremotos, e também os impérios comerciais e bancários se desmoronarão; a terra com seus movimentos, inclusive abrindo sua boca como no tempo de Datã, Corá e Abirão, ajudou à mulher. Trata-se de movimentos telúricos, assim como o próprio Elias, como falaram estes profetas: que não chova durante o tempo de minha profecia, e não choveu mas sim até que ele quis; e que a água se converta em sangue, que haja piolhos e que haja escuridão, e que haja isto; são pragas ajudando à mulher para dificultar a Satanás a perseguição contra os judeus e os cristãos.

“17 Então (claro, não pôde contra a mulher, ah! mas há alguns irmãos que ficam por ali; alguns voltaram para Babilônia, ficaram em Babilônia em seus negócios; não pôde contra Cristo, vai contra os vencedores; não pôde contra estes, então se vai contra os da periferia) Irou-se o dragão contra a mulher; (porque lhe desbaratou todo seu plano pelos movimentos da terra que abriu sua boca) e foi pelejar com os restantes da sua descendência, (uma parte da descendência da mulher, porque os filhos de Deus formam a mulher; já não pôde com a maioria, digamos com o núcleo principal, então ficou um resto por aí) os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”. Não é somente contra os judeus, a não ser contra cristãos; têm o testemunho de Jesus; e como vai fazer guerra?

“17 e se pôs em pé sobre a areia do mar”. Satanás se coloca sobre a areia do mar para dar seu poder à besta; o dragão deu seu poder à besta; no capítulo seguinte veremos como sobe a besta do mar, e logo outra besta que persegue os Santos, etc. Vemos, pois, que Satanás utiliza o poder político, comercial, econômico, bancário e militar contra os filhos de Deus, contra Israel e contra a Igreja do Senhor. E os descendentes de Abraão seriam como as estrelas dos céus, quer dizer, a Igreja, e como a areia do mar, quer dizer, Israel. Quão israelitas não receberam a Cristo, receberão a outro; essa é a estratégia de Satanás, que funcionará até que o Senhor obre em Israel. vamos parar por aqui.

As quatro etapas da obra de Cristo- Arcadio Sierra Diaz

Extraído do Livro " Os Vencedores e o Reino Milenar" Voce^pode fazer o download do ebook aqui no Filho Varão.

O Senhor está edificando sua casa; esse é seu grande propósito. E para isso Deus tem se revelado por etapas. Na Bíblia vemos um processo ascendente dessa revelação divina ao homem. No começo, quando o homem pecou, Deus disse (à serpente): "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gn. 3:15). Aí aparece um começo de revelação de Deus para o curso da história e da economia divina. Essa serpente antiga se tem feito sentir na história da humanidade, e tem se desenvolvido tanto que chegou a ser um grande dragão com sete cabeças e dez chifres. Mas Deus também vem desenrolando seus propósitos; e formou para si a nação de Israel, por meio da qual manifesta-se ao mundo e dá testemunho de sua unidade, de seu poder, de sua palavra, de seus propósitos eternos, e da encarnação de Seu Verbo. Enquanto à manifestação do Filho de Deus, o Salvador, podemos ver quatro etapas definidas:


Primeira etapa. O Verbo divino estava com o Pai (Jo1:1,2); com Ele estava eternamente. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.2 Ele estava no princípio com Deus ".
Segunda etapa. Historicamente encarna por obra do Espírito Santo em uma mulher hebréia de uma família oriunda de Belém, descendentes do rei Davi. "14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai". ( Jo 1:14) " 20 Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles " (Mt. 1: 20-21). Cresceu como homem, é batizado, exerce seu ministério público.
Terceira etapa. Submete-se à morte na cruz, é sepultado e ressuscita ao terceiro dia; foi ascendido e glorificado. " Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. " (1 Co. 15:3-4). "Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus" (Hb. 10:12).
Quarta etapa. Seu Espírito desce a morar em nós os crentes. " 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós" (Jo. 14:16-17). " Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (At. 2:4). "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co. 3:16). Isto se reflete tanto no judaísmo como no cristianismo.

1. Para os judeus ainda não veio o Messias; se pode dizer que eles seguem na primeira etapa. Os judeus crêem que virá um Messias, mas não Deus encarnado.

2. Com relação aos católicos romanos, eles não sentem que são moradas de Deus. É algo completamente alheio a sua prática religiosa e ritual. Seus sacerdotes e teólogos vivem e ensinam a segunda etapa.

3. As organizações cristãs denominacionais em geral vivem a terceira etapa. Com freqüência pedem que desça o Espírito Santo sobre eles.

4. Mas há um grupo de irmãos que vivem na quarta etapa. Somos morada de Deus no Espírito. Agora Cristo está se formando em nós; Ele é nosso Senhor e Salvador, logo a Ele pertencemos, e tem vindo a morar dentro de nós, em nosso espírito. Isso significa que temos crido em Cristo como o fundamento da edificação da casa de Deus; mas o que havia em nós antes de que isso ocorresse? Se éramos religiosos, em que etapa estávamos? Para poder edificar sobre o único fundamento, primeiro tem que se destruir o que antes havia, derrubar o velho, tanto a nível pessoal como no institucional.Por exemplo em Marcos 13:1,2 diz: " 1 Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos: Mestre! Que pedras, que construções!
2 Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada".
Talvez os discípulos esperassem que Jesus falasse algo elogioso do que Herodes havia construído e embelezado; mas não; para poder edificar a igreja tem que se derrubar o judaísmo; e não somente ao judaísmo, senão também a todos os sistemas que tem se desviado do verdadeiro modelo da igreja bíblica. Esse antigo templo de Jerusalém já não podia dar morada a Deus, pois já se tratava somente da sombra ou a maquete do que é o verdadeiro edifício (Hb 8:5: 10:1)." Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós" (1 Co. 3:9).

Quando Paulo disse “nós” referia-se aos apóstolos, neste caso como os mestres de obra. "1 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef. 4:11,12). Nessa edificação da casa de Deus, cada santo tem alguma responsabilidade. Por que somos colaboradores de Deus? Porque fazemos parte da casa de Deus, somos moradas de Deus e templo de Deus. "16 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado " (1 Co. 3:16). Destruir o templo de Deus é dividi-lo. Ao entender uma pessoa que somos o corpo de Cristo e templo de Deus, pode ver a realidade dessa unidade, mas se busca a divisão, a está destruindo. O Senhor está edificando sua Igreja, O fundamento já está posto, é Cristo; uma pessoa já tem o fundamento quando tem recebido a Cristo pela fé. E estamos "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular" (Ef. 2:20). No Novo Testamento nós somos edificados tanto individual como corporativamente. Somos um corpo e formamos o templo do Senhor.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"