sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O Pecado, os Pecados e o Pecador-Watchman Nee


O Pecado, os Pecados e o Pecador
(Extraído do Livro o Evangelho de Deus)

O Caráter desta Reunião — o Ensino do Evangelho
Hoje iniciamos uma série de reuniões de estudos bíblicos. Porém, antes de
iniciarmos, gostaria primeiramente de dizer algumas palavras acerca da natureza destas
reuniões. Não sei se há alguns aqui que estão conosco pela primeira vez. Alguns que vêm
pela primeira vez acham muito difícil localizar nosso endereço. Muitos se queixam de que a
rua onde nos encontramos é de difícil localização. Alguns até mesmo disseram que, apesar
de estarem de fato sentados aqui, não sabiam como sair daqui após a reunião. Eles não
sabiam que caminho tomar para chegar àquela loja de automóveis que viram enquanto
vinham para cá, e não sabem como caminhar de lá para a parada de bonde ou para a
parada de ônibus. Muito embora estivessem aqui, não estavam seguros e dificilmente
poderiam lembrar-se do caminho pelo qual vieram. Esse é o caso de muitos cristãos em sua
vida cristã. Se você lhes perguntar se crêem no Senhor, eles dirão que sim. Porém, se lhes
perguntar como foi que creram, eles dirão que não têm certeza. Eles não têm clareza
alguma acerca da maneira pela qual foram salvos.
As reuniões que teremos agora não são um reavivamento nem reuniões de
evangelização. E, embora o assunto dessas reuniões seja o evangelho, elas não são
reuniões de evangelização. Não estaremos pregando o evangelho desta vez; em vez disso,
estaremos ensinando o evangelho. Por que precisamos ensinar o evangelho? Muitos foram
salvos e se tornaram cristãos, mas ainda não sabem como se tornaram cristãos. O que
vamos fazer hoje é dizer às pessoas como é que elas se tornaram cristãs. Em outras
palavras, estamos dizendo-lhes que elas tomaram o sentido sul a partir da Rua Aiwenyi e
caminharam diretamente para aquela loja de automóveis que viram, que dali viraram para
Wende Lane onde estamos agora, deram alguns passos em direção à janela do nosso salão
de reuniões, viraram na entrada do nosso salão e caminharam até um cesto de lixo à porta
do salão de reuniões e, em seguida, entraram no salão. Desta vez não estaremos
persuadindo as pessoas a entrar; pelo contrário, estaremos dizendo-lhes como entraram.
Se aqui houver alguns que não creram no Senhor, podem ficar desapontados. O que
vamos fazer desta vez é mostrar aos que creram como é que creram. Alguns irmãos e irmãs
podem ter muita clareza do evangelho; talvez até já saibam sobre o que estamos falando.
Porém espero que o Senhor nos abençoe e nos conceda nova luz. Você precisa saber que
estas reuniões são de estudo bíblico e destinam-se aos que creram, mas não sabem como
creram. Dessa vez não estou tentando encorajá-lo ou reavivá-lo. Estou simplesmente lhe
mostrando a direção. Em outras palavras, nessas reuniões nada mais sou do que um guia
turístico.
O Pecado, Os Pecados, O Pecador
Começarei com um princípio muito básico com respeito ao evangelho. Contudo,
espero que a cada reunião avancemos um pouco. Nesta primeira reunião, nosso tema é um
assunto que a maioria das pessoas não gosta de ouvir, mas é inevitável. Nosso assunto
nesta reunião é o pecado, os pecados e os pecadores.
A Bíblia dá muita atenção à questão do pecado. Somente quando tivermos clareza
acerca do pecado é que poderemos compreender a salvação. Se quisermos conhecer sobre
o evangelho de Deus e sobre a salvação de Deus, primeiro precisamos saber o que é o
pecado. Devemos ver inicialmente como o pecado nos afetou e como nos tornamos
pecadores. Só então teremos clareza da salvação de Deus. Vamos primeiro considerar o
ABC. Precisamos ver o que é pecado, o que são pecados e quem é pecador.
A Diferança entre Pecado e Pecados
Podemos facilmente dizer que a diferença entre pecado e pecados é que pecado é
singular e pecados é plural. Entretanto, precisamos distinguir claramente entre pecado e
pecados. Se você não consegue diferenciar os dois, será impossível ter clareza da sua
salvação. Se uma pessoa não tem clareza da diferença entre pecado e pecados, mesmo
que seja salva, sua salvação provavelmente é uma salvação obscura. Que é pecado de
acordo com a Bíblia? E que são pecados? Permitam-me dar uma breve definição primeiro.
Pecado refere-se àquele poder dentro de nós que nos motiva a cometer atos pecaminosos.
Pecados, por outro lado, refere-se aos atos pecaminosos individuais, específicos, que
cometemos exteriormente.
Que é pecado? Não gosto de utilizar termos tais como “pecado original”, “a raiz do
pecado”, “a fonte do pecado” ou similares. Estes termos são criados por teólogos e são
desnecessários para nós agora. Seremos simples e consideraremos essa questão a partir
da nossa experiência. Sabemos que há algo dentro de nós que nos motiva e nos obriga a ter
certas inclinações espontâneas, que nos induz para o caminho da concupiscência e paixão.
De acordo com a Bíblia esse algo é o pecado (Rm 7:8, 16-17). Todavia, não há somente o
pecado interior que nos obriga e induz, há também os atos pecaminosos individuais, os
pecados, os quais são cometidos exteriormente. Na Bíblia, os pecados estão relacionados
com a nossa conduta, enquanto o pecado está relacionado com a nossa vida natural.
Pecados são os cometidos pelas mãos, pelos pés, pelo coração, e mesmo por todo o corpo.
Paulo refere-se a isso ao falar dos feitos do corpo (Rm 8:13). Então, que é o pecado? O
pecado é uma lei que controla nossos membros (Rm 7:23). Existe algo dentro de nós que
nos leva a pecar, a cometer o mal e esse algo é o pecado.
Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas
Escrituras que precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos.
Esses oito capítulos mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos
encontramos uma característica notável: do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados,
no plural, é mencionada; a palavra pecado, no singular, jamais é mencionada. Mas, de 5:12
até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado, não pecados. Do capítulo 1 até
5:11, Romanos mostra-nos que o homem tem cometido pecados diante de Deus. De 5:12
em diante, Romanos mostra-nos que tipo de pessoa o homem é diante de Deus: um
pecador. Pecado refere-se à vida que possuímos. Antes de Romanos 5:12 nenhuma
menção há de mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser
vivificado e, sim, que os pecados individuais que alguém cometeu precisam ser perdoados.
De 5:12 em diante, temos a segunda seção. Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós
como uma lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer os
pecados, os atos pecaminosos. Por isso há necessidade de sermos libertados.
Os pecados têm a ver com a nossa conduta, e para isso a Bíblia mostra-nos que
precisamos de perdão (Mt 26:28; At 2:38; 10:43). Porém, o pecado é o que nos incita, induznos
a cometer os atos pecaminosos. Por isso, a Bíblia mostra-nos que precisamos de
libertação (Rm 6:18, 22). Certa vez encontrei um missionário que falava sobre “o perdão do
pecado”. Imediatamente levantei-me, apertei sua mão e perguntei: “Onde na Bíblia se diz
‘perdão do pecado’?” Ele argumentou que existiam muitos casos. Quando lhe perguntei se
podia encontrar um para mim, ele disse: “Que você quer dizer? Não é possível encontrar
nem sequer um lugar que diga isso?” Eu disse-lhe que em toda a Bíblia, em nenhum lugar
são mencionadas as palavras o perdão do pecado; em vez disso, a Bíblia sempre fala de
“perdão de pecados”. Os pecados é que são perdoados, não o pecado. Ele não acreditou
em minhas palavras, então foi procurar em sua Bíblia. Finalmente me disse: “Sr. Nee, é tão
estranho. Toda vez que essa frase é usada, um pequeno s é adicionado a ela”. Creio que
você pode ver que os pecados é que são perdoados, não o pecado.
Os pecados são exteriores a nós. Eis por que precisam ser perdoados. Contudo, algo
mais está dentro de nós, algo forte e poderoso que nos leva a cometer pecados. Para isso
precisamos não de perdão, mas de libertação. Precisamos ser libertados. Tão logo não
estejamos mais sob seu poder e nada tenhamos a ver com ele, estaremos em paz. A
solução para os pecados vem do perdão. Entretanto, a solução para o pecado vem quando
não estivermos mais debaixo do seu poder e não tivermos mais nada a ver com ele. Os
pecados estão relacionados com as nossas ações e são cometidos um por um. Eis por que
precisam ser perdoados. O pecado, porém, está dentro de nós e precisamos ser libertados
dele.
Portanto, a Bíblia nunca diz “perdão do pecado”, mas “perdão dos pecados”.
Tampouco a Bíblia fala sobre ser “libertado dos pecados”. Posso assegurar-lhes que a Bíblia
nunca diz isso. Pelo contrário, a Bíblia diz que somos “libertados do pecado”, em vez de
libertados dos pecados. A única coisa da qual precisamos escapar e ser libertados é daquilo
que nos incita e nos induz a cometer pecados. Essa distinção é feita de modo bastante claro
na Bíblia. Posso comparar os dois desta forma:
De acordo com a Bíblia, o pecado está na carne; enquanto os pecados estão na
nossa conduta.
O pecado é um princípio dentro de nós; é um princípio da vida que temos. Os
pecados são atos cometidos por nós; são atos em nosso viver.
O pecado é uma lei nos membros. Os pecados são transgressões que cometemos;
são atividades e atos reais.
O pecado está relacionado com o nosso ser; os pecados estão relacionados com o
nosso agir.
Pecado é o que somos; pecados é o que fazemos.
O pecado está na esfera da nossa vida; os pecados estão na esfera da consciência.
O pecado está relacionado com o poder da vida que possuímos; os pecados estão
relacionados com o poder da consciência. Uma pessoa é governada pelo pecado em sua
vida natural, mas ela é condenada em sua consciência pelos pecados cometidos
exteriormente.
Pecado é algo considerado como um todo; pecados são coisas consideradas caso a
caso.
O pecado está no interior do homem; os pecados estão diante de Deus.
O pecado requer que sejamos libertados; os pecados requerem que sejamos
perdoados.
Pecado diz respeito à santificação; pecados se relacionam com a justificação.
Pecado é uma questão de vencer; pecados é uma questão de ter paz no coração.
O pecado está na natureza do homem; os pecados estão nos hábitos do homem.
Figurativamente falando, o pecado é como uma árvore e os pecados são como o fruto
da árvore.
Podemos tornar essa questão clara com uma simples ilustração. Ao pregar o
evangelho, freqüentemente comparamos o pecador a um devedor. Todos sabemos que ser
devedor não é algo agradável. Contudo devemos lembrar que uma coisa é alguém ter
dívidas; e outra coisa é ter disposição para contrair dívidas. Uma pessoa que toma
empréstimos seguidas vezes não se importa tanto com o fato de usar dinheiro alheio. A
Bíblia diz que os cristãos não devem ser devedores (Rm 13:8); eles não deveriam tomar
emprestado dos outros. Uma pessoa com tendência a tomar emprestado pode pedir
duzentos ou trezentos dólares de alguém hoje e, depois, dois ou três mil dólares de outro
amanhã. E mesmo que seja incapaz de pagar suas dívidas e seus parentes ou amigos
tenham de pagá-las por ele, após uns poucos dias ele começará a pensar em pedir
emprestado novamente. Isso mostra que tomar emprestado é uma coisa, mas ter tendência
para o empréstimo é outra. Os pecados descritos pela Bíblia são como débitos exteriores,
enquanto pecado é como o hábito e a disposição interiores, é como a mente que tem a
inclinação de tomar emprestado facilmente. Uma pessoa com tal mente não irá parar de
tomar emprestado simplesmente porque alguém pagou seus débitos. Pelo contrário, ela
pode até mesmo tomar emprestado ainda mais, porque os outros agora estão pagando suas
dívidas.
Essa é a razão de Deus não tratar apenas com o registro dos pecados, mas também
com a inclinação para o pecado. Podemos ver a importância de lidar com os pecados, mas é
igualmente importante lidar com o pecado. Somente ao vermos ambos os aspectos é que o
nosso entendimento sobre nossa salvação será completo.
Quem é Pecador?
Agora precisamos fazer a pergunta: Quem é pecador? Creio que alguns dos irmãos
aqui são cristãos por mais de vinte anos. Alguns até mesmo têm trabalhado pelo Senhor por
mais de quinze anos. Minha pergunta pode ser considerada como um dos ABC’s da Bíblia.
Quem é pecador? Creio que muitos responderão que pecador é alguém que peca. Se
verificar no dicionário, temo que seja esta a resposta que você obterá: pecador é o que peca.
Porém, se ler a Bíblia, terá de rejeitar esta definição, porque não é que os que pecam sejam
pecadores, mas pecadores são os que cometem pecados. Que significa isso? Muitos entre
nós leram o livro de Romanos. Ouvi muitos dizerem que Paulo, para provar que no mundo
todos são pecadores, mencionou no capítulo três que todos pecaram e carecem da glória de
Deus (v. 23). Deus busca justos e não encontra nenhum; Ele procura os que O entendam e
que O buscam, e não encontra nenhum; todos mentiram e se extraviaram (vs. 10-13).
Portanto, parece que Paulo está dizendo que no mundo todos são pecadores. Mas seja
cuidadoso. Não seja rápido demais para dizer isso. Será que Romanos 3 menciona de fato o
pecador? Se alguém puder encontrar a palavra pecador em Romanos 3, eu irei agradecerlhe
por isso. Onde pecador é mencionado neste capítulo? Por favor, repare que pecador
nunca é citado aqui. Alguns dizem que por Romanos 3 falar sobre o homem pecando, isso
prova que o homem é um pecador. Contudo, Romanos 3 não menciona o pecador. É
Romanos 5 que fala sobre o pecador. Portanto, precisamos fazer a distinção: Romanos 3
fala sobre o problema dos pecados e Romanos 5 fala sobre o problema do pecador. Tudo o
que Romanos 3 nos diz é que todos pecaram. Somente em Romanos 5 é-nos dito quem são
os pecadores.
Todos que nasceram em Adão são pecadores. Isso é o que Romanos 5:19 nos diz.
Se ler a J. N. Darby’s New Translation (Nova Tradução da Bíblia de J. N. Darby), você verá
que ele usou as palavras tendo sido constituídos pecadores. Todos somos pecadores por
constituição. Ao escrever um currículo, há dois itens que você deve colocar. Um é o seu
local de nascimento e outro é a sua profissão. De acordo com Deus, somos pecadores por
nascimento, e por profissão somos os que pecam. Por sermos pecadores por nascimento,
seremos sempre pecadores, quer pequemos ou não.
Certa vez eu estava conduzindo um estudo bíblico com os irmãos em Cantão. Disselhes
que existem dois tipos de pecadores no mundo — os pecadores que pecam e os
pecadores morais. Entretanto, quer seja um ou outro, você ainda é um pecador. Deus diz
que todos os que nasceram em Adão são pecadores. Não importa que tipo de pessoa você
seja; uma vez que foi gerado em Adão, é um pecador. Se você peca, é um pecador que
peca. E se você não pecou ou para ser mais preciso, se você pecou menos, é um pecador
moral ou um pecador que peca pouco. Se é uma pessoa nobre, você é um pecador nobre.
Se se considera santo, você é um pecador santo. Em qualquer caso, ainda é um pecador.
Hoje, o maior engano entre os homens é considerar um homem como pecador somente
porque ele pecou; se não pecou, ele não é considerado um pecador. Porém, não existe tal
coisa. Pecando ou não, desde que seja homem, você é pecador. Desde que tenha nascido
em Adão, você é pecador. Um homem não se torna pecador porque peca; pelo contrário, ele
peca porque é pecador.
Portanto, meus amigos, lembrem-se da Palavra de Deus. Somos pecadores; não nos
tornamos pecadores. Não precisamos nos tornar pecadores. Certa vez eu falava com um
irmão. Havia uma garrafa térmica em frente a ele, e ele disse: “Aqui está uma garrafa
térmica. Se ela orar: ‘Eu quero ser uma garrafa térmica’, que acontecerá?” Eu disse: “Ela já é
uma. Não precisa ser uma”. O mesmo ocorre conosco, uma vez que sejamos algo, não há
necessidade de nos tornarmos este algo.
Embora nossos pecados sejam perdoados, permanecemos pecadores. Podemos até
chamar-nos de pecadores perdoados. Mas muitos acreditam que não mais são pecadores.
Acham que se afirmarmos que somos pecadores, isso significa que não conhecemos o
evangelho tão bem. Isso pode não ser toda a verdade. Paulo não disse que seus pecados
não foram perdoados. Mas ele disse que era um pecador (1 Tm 1:15). Você viu a diferença
aqui? Se perguntasse a Paulo se os pecados dele foram perdoados, ele não poderia ser tão
humilde a ponto de dizer não. Mas Paulo poderia humildemente dizer que é um pecador. Ele
não poderia negar a obra de Deus nele. Contudo, ele tampouco poderia negar sua posição
em Adão. Embora tenhamos recebido a graça em Cristo, Deus não removeu completamente
o problema do pecado; nós ainda somos pecadores. O problema do pecado não será
plenamente solucionado até que o novo céu e a nova terra apareçam. Entretanto, isso não
significa que não tenhamos recebido uma salvação completa. Não me entendam mal. Em
poucos dias trataremos desse ponto.
O que devemos ver clara e corretamente é que toda pessoa no mundo é um pecador.
Quer tenha pecado ou não, uma vez que seja um ser humano, você é um pecador. Quando
alguns ouvem o evangelho, gastam o tempo todo pensando em quantos ou quão poucos
pecados têm cometido. Mas diante de Deus há somente uma questão: Você está em Cristo
ou em Adão? Todos os que estão em Adão são pecadores, e desde que seja um pecador,
nada mais precisa ser dito.
Por que, então, Paulo teve de dizer-nos em Romanos 1, 2 e 3 sobre todos os pecados
que o homem comete? Estes poucos capítulos mostram-nos que pecadores pecam. Os
primeiros três capítulos de Romanos provam que um pecador é conhecido pelos pecados
que comete. Romanos 5, porém, diz-nos que tipo de pessoa um pecador na verdade é. Uma
vez fui a Jian, em Kiangsi, e uma noite encontrei um irmão que é guarda de segurança. Ele
não acreditou que eu fosse um pregador e um obreiro do Senhor. Ali estava um problema.
Sou um obreiro do Senhor e um servo de Cristo, mas ele não acreditava. Portanto, eu tinha
de provar a ele quem eu era. Dei-lhe muitas provas. Por fim ele acreditou. Da mesma
maneira, nós já somos pecadores. Mas não nos foi provado. Os três primeiros capítulos de
Romanos provam que somos pecadores. Eles nos dão as evidências. Mostrando-nos que
pecamos de tais maneiras, esses capítulos provam-nos que somos pecadores. O capítulo
cinco diz que somos pecadores, mas os três primeiros capítulos provam que somos
pecadores.
Deixe-me relatar outra história. Em Fukien, havia alguns ladrões e seqüestradores
que haviam sido cristãos, ainda que fosse somente de nome. Embora fossem ladrões e
seqüestradores, a consciência deles ainda estava de certa forma um tanto sensível; quando
percebiam que haviam seqüestrado um pastor ou um pregador eles o libertavam sem
resgate. Pouco a pouco, quando alguém era seqüestrado dizia que era pregador ou pastor
desta ou daquela denominação. Que fizeram os ladrões? Após algum tempo, eles
descobriram uma maneira. Toda vez que alguém se dizia ser um pastor, os ladrões pediamlhe
que recitasse os dez mandamentos, a oração do Senhor, e as bem-aventuranças. Os
que conseguissem recitar deviam ser pastores e, assim, deixavam-nos ir. Ouvi essa história
recentemente e achei-a muito interessante. Se você fosse um pastor, tinha de provar. Os
ladrões exigiam que aquelas pessoas lhes provassem que eram pastores. Da mesma forma,
Deus quer provar-nos que somos pecadores. Sem nos provar isso, podemos esquecer quem
somos nós. Esse é o motivo de Romanos 1—3 enumerar todos aqueles pecados. É para nos
mostrar que somos pecadores. Após tantos fatos apresentados ali, foi-nos provado que
somos pecadores.
Portanto, nunca se deve pensar que são os muitos pecados que nos fazem
pecadores. Já faz muito tempo que somos pecadores. Não nos tornamos pecadores após
estes pecados serem cometidos. Precisamos estabelecer este fundamento claramente. Hoje
você pode sair à rua, encontrar qualquer um, tomá-lo pela mão e dizer-lhe que é pecador. Se
ele disser que não pode ser um pecador porque não assassinou ninguém ou não ateou fogo
na casa de ninguém, você pode dizer-lhe que ele é um pecador que nunca matou ninguém
nem ateou fogo na casa de ninguém. Se alguém lhe diz que nunca roubou nem cometeu
fornicação, você pode dizer-lhe que ele é um pecador que nunca roubou nem cometeu
fornicação. Não importa quem encontre, você pode dizer que ele é um pecador.
Em todo o Novo Testamento, somente Romanos 5:19 nos diz quem é pecador. Todos
os outros lugares no Novo Testamento nos dizem o que o pecador faz. Somente este único
lugar nos diz quem o pecador é. Um pecador pode fazer um milhão de coisas, mas não são
essas coisas que o constituem pecador. Uma vez que seja nascido em Adão, ele é pecador.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

A NOVA CRIAÇÃO- Ruth Paxson

A NOVA CRIAÇÃO- Ruth Paxson


Quando o Espírito Santo trouxe à vida do crente uma nova natureza, ele abriu a porta para uma união viva e orgânica entre o cristão e Cristo. Cristo e o cristão são então um. Mas o que é ser cristão? É ter o Cristo glorificado em nós em real presença e poder.
“Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em min; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” ( Gl 2:20)
Cristo vive em mim. Você pode dizer isto? Paulo podia. Mas note a ordem das suas palavras. Primeiro: “Estou crucificado com Cristo”, então “ Cristo vive em mim”. O destronamento do ego precede e abre o caminho para a entronização de Cristo.
Ser um Cristão é ter a vida de Cristo como nossa vida de tal forma e num grau tal que possamos dizer como Paulo: “ Para mim o viver é Cristo”, isso significa que Cristo agora vive em você, seja em Hong Kong, ou nos Estados Unidos, na Europa ou em qualquer outro lugar, de forma tão verdadeira como viveu em Cafarnaum ou Caná. É assim com você?
Ser cristão significa possuir a semente divina que foi plantada em nosso espírito interior no novo nascimento, desabrochando em crescente conformidade com sua vida perfeita. é ser diariamente “transformado à sua semelhança de glória em glória”. Estamos assim sendo transformados?
Ser um Cristão é ter Cristo como a vida da nossa mente, coração e vontade, para que Ele seja aquele que pensa através de nossa mente, ame através de nosso coração e queira através da nossa vontade. É ter Cristo preenchendo nossas vidas numa medida sempre crescente, até que não tenhamos vida a parte dele. É assim que ele preenche você?
Contudo, posso ouvir alguns Nicodemos modernos dizer, como isso pode ser? Como posso viver tal vida em meu lar onde não recebo ajuda ou aprovação antes escárnios, onde tenho vivido por tanto tempo uma vida de derrota? Como posso ter uma vida coerente em meu círculo social que está impregnado de mundanismo e fraqueza, onde Cristo nunca é mencionado ou mesmo considerado? Como posso viver uma vida espiritual em um local de trabalho onde todos ao meu redor vivem completamente na carne? Como posso até mesmo viver no mais alto plano em minha igreja quando ela é mundana e modernista, e não sou alimentado ou ensinado?
Bem, você não pode viver essa vida, mas Cristo pode. Cristo em nós pode vive-la em todo e qualquer lugar. Ele a viveu na terra em um lar onde era incompreendido e caluniado, no meio de pessoas que o ridicularizavam, zombavam dEle, se opunham a Ele e finalmente o crucificaram. Todo o objetivo dessa mensagem hoje é para mostrar que não temos que viver essa vida, mas que Cristo deseja e é capaz de vive-la em nós.
Essa é a verdade que Cristo em princípio ensinou na sua última conversa com seus discípulos. Ele disse-lhes que partiria para longe deles e eles queriam saber como poderiam viver sem Ele. porém ele assegurou-lhes que estaria com eles em uma presença espiritual muito mais vital e real do que o relacionamento que formalmente tiveram com ele. A vida da videira se tornaria a vida das varas.
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”( Jô 15:5).
Depois que ensinou, orou sobre isso. Foi o encargo da sua oração de Sumo Sacerdote.
“Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.” ( Jô 17:26).
Você já refletiu sobre essas duas palavras desta oração? “ Eu neles”, estas simples, mas significativas palavras exalam o mais profundo desejo do coração de Cristo em relação aos seus. É seu ardente desejo de ser um com o Cristão.
Paulo se prendeu a essa gloriosa verdade e ela se prendeu a ele. Ela esta entretecida na urdidura e trama da sua experiência pessoal. Não havia nada além disso para Paulo. Para ele isso era vida no plano mais alto.
“ Cristo em vós” era o centro de suas mensagens às igrejas. Ela ressoava com toda clareza em todo ensino e pregação de Paulo.
“aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;”(Cl 1:27).
“ Cristo em nós” era o sentimento de todo serviço missionário de Paulo. Ele tinha um único alvo e meta em toda forma de trabalho executado, que cristo pudesse ser formado em cada convertido. “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” ( Gl 4:19).
Cristo é o centro do cristão; Cristo é a periferia do cristão; Cristo é tudo no meio. Como Paulo colocou “ Cristo é tudo em todos”. Cristo é a vida da nossa vida.
“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.” (Cl 3:4)
Ele é isto para você? A história espiritual da cada cristão poderia ser escrita em duas fases: “ Tu em Mim” e “ Eu em Ti”. Na consideração de Deus, Cristo e o cristão se tornam um de tal maneira que Cristo está tanto no céu como na terra e o cristão está tanto na terra como no céu. O Cristo no céu é a parte invisível do cristão. O cristão na terra é a parte visível de Cristo. Esse é um pensamento chocante. Sua plena significação é que você e eu devemos trazer Cristo do céu para a Terra para que os homens possam ver quem Ele é e o que ele pode fazer em uma vida humana. É ter a vida de Cristo vivida em nós em tal plenitude que o vendo em nós os homens sejam atraídos a Ele em fé e amor.

(Do Livro “ Rios de Águas Vivas” [ Rivers of Living Water])

domingo, 15 de julho de 2007

OS 5 DEGRAUS DO ARREPENDIMENTO - D.L.MOODY

OS 5 DEGRAUS DO ARREPENDIMENTO

Eu não me dirijo somente ao não convertido, porque sou daqueles que crêem que a igreja precisa se arrepender muito antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo. Acredito firmemente que o baixo padrão de vida cristã está mantendo muita gente no mundo e nos seus pecados. Se o incrédulo vê que o povo cristão não se arrepende, não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa. Assim, quero pregar tanto para os cristãos como para os não-convertidos, tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador. Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento: 1. Convicção. 2. Contrição. 3. Confissão de pecado. 4. Conversão. 5. Confissão de Cristo diante do mundo. Convicção Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem em suas velhas vidas. Nos últimos anos tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números. Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, eles serão carregados de volta para o mundo. Creio que é um erro lamentável conduzirmos tantas pessoas à igreja que nunca experimentaram a verdadeira convicção de pecados. O pecado no coração do homem é tão negro hoje quanto o foi em qualquer outra época. Às vezes penso que está mais negro. Porque quanto maior a luz que uma pessoa tiver, maior sua responsabilidade, e por conseguinte maior a sua necessidade de profunda convicção. Até que a convicção de pecados nos faça cair de joelhos, até que estejamos completamente humilhados, até que tenhamos perdido toda esperança em nós mesmos, não podemos encontrar o Salvador. Há três coisas que nos levam à convicção: (1) A Consciência; (2) A Palavra de Deus; (3) O Espírito Santo . Todos os três são usados por Deus. Muito antes de existir a Palavra escrita, Deus tratava com o homem através da consciência. Foi por isto que Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor Deus entre as árvores do Jardim do Éden. Foi isto que convenceu os irmãos de José quando disseram: 'Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos. Por isso', disseram eles (e lembre-se, mais de vinte anos haviam se passado depois que eles o venderam como cativo), ' por isso nos vem essa ansiedade'. É a consciência que devemos usar com nossos filhos antes de atingiram uma idade onde podem entender a Palavra e o Espírito de Deus. E é a consciência que acusa ou inocenta o ímpio. A consciência é 'uma faculdade divinamente implantada no homem, que o pede a fazer o que é certo'. Alguém disse que ela nasceu quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, quando seus olhos foram abertos e 'conheceram o bem e o mal'. Ela julga, mesmo contra nossa vontade, os nossos pensamentos, palavras, e ações, aprovando ou condenando-os de acordo com a sua avaliação de certo ou errado. Uma pessoa não pode violar sua consciência sem sentir a sua condenação. Mas a consciência não é um guia seguro, porque freqüentemente ela só dirá que uma coisa é errada depois de você a praticar. Ela precisa ser iluminada por Deus porque faz parte de nossa natureza caída. Muitas pessoas fazem o que é errado sem serem condenadas pela consciência. Paulo disse: 'Na verdade, a mim me parecia que muitas cousas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno' (At 26:9). A própria consciência precisa ser educada. Outra vez, a consciência freqüentemente é como um relógio despertador , que a princípio desperta e acorda, mas com o tempo a pessoa se acostuma com ele, e então perde o seu efeito. A consciência pode ser asfixiada. Creio que cometemos um erro em não dirigirmos as pregações mais para a consciência . Portanto, no devido tempo a consciência foi suplantada pela Lei de Deus, que no seu tempo foi cumprida em Cristo. Neste país cristão, onde as pessoas têm Bíblias, a Palavra de Deus é o meio que Deus usa para produzir convicção. A Bíblia nos diz o que é certo e o que é errado antes de você cometer o pecado, e assim o que você precisa é aprender e apropriar-se de seus ensinos, sob a direção do Espírito Santo. A consciência comparada à Bíblia é como uma vela comparada ao sol lá no céu. Veja como a verdade convenceu aqueles judeus no dia de Pentecostes. Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou que 'este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo'. 'Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?' (At 2: 36, 37). Em terceiro lugar, enfim, o Espírito Santo convence. Algumas das mais poderosas reuniões de que já participei foram aquelas em que houve uma espécie de quietude sobre o povo e parecia que um poder invisível se apoderava das consciências. Lembro-me de um homem que veio à reunião e no momento em que entrou, sentiu que Deus estava lá. Um senso de reverência veio sobre ele, e naquela mesma hora sentiu convicção e se converteu. Contrição A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humilhação de coração por causa do pecado . Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos . Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mãe, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: 'Mãe, sinto muito. Perdoe-me'. Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou. O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. 'Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.' 'Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus.' Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: 'Arrependam-se! Arrependam-se! ' Confissão de pecado Se tivermos verdadeira contrição, ela nos levará a confessarmos nossos pecados. Creio que nove décimos dos problemas em nossa vida cristã são resultado de não fazermos isso. Tentamos esconder e cobrir nossos pecados. Há muito pouca confissão deles. Alguém disse: 'Pecados não confessados na alma são como uma bala no corpo'. Se você não tiver poder, talvez seja porque há algum pecado que precisa ser confessado, alguma coisa em sua vida que necessita ser removida. Não importa quantos salmos você cante, ou a quantas reuniões você compareça, ou o quanto você ore e leia a sua Bíblia, nada disso encobrirá esse tipo de problema. O pecado deve ser confessado, e se o meu orgulho me impede de confessar, não devo esperar misericórdia de Deus nem respostas às minhas orações . A Bíblia diz: 'O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará' (Pv 28:13). Pode ser um homem no púlpito, um sacerdote por trás do altar, um rei no trono _ não me importo quem ele seja. O homem está tentando fazer isso há seis mil anos. Adão o tentou e falhou. Moisés o tentou quando enterrou o egípcio que matou, mas falhou. 'Sabei que o vosso pecado vos há de achar.' Por mais que você tente enterrar o seu pecado, este tornará a aparecer mais cedo ou mais tarde, se não for apagado pelo Filho de Deus. Se o homem nunca conseguiu fazer isso em seis mil anos, é melhor você e eu desistirmos de tentar. Há três maneiras de se confessar pecados . Todo pecado é contra Deus, e a Ele deve ser confessado. Há pecados que eu não preciso confessar a pessoa alguma no mundo. Se o pecado foi entre mim e Deus, devo confessá-lo sozinho no meu quarto. Não preciso cochichá-lo no ouvido de nenhum mortal. 'Pai, pequei contra o céu e diante de Ti.' 'Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os Teus olhos.' Mas se fiz algo errado a alguma pessoa, e ela sabe que a prejudiquei, devo confessar o pecado não somente a Deus mas também a esta pessoa . Se o meu orgulho me impede de confessar meu pecado, não preciso ir a Deus. Posso orar, posso chorar, mas isso não adiantará. Primeiro confesse àquela pessoa, e depois a Deus, e veja com que rapidez Ele lhe ouvirá e lhe enviará a paz. 'Se pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.' (Mt 5: 23, 24). Esse é o caminho bíblico. Há outra classe de pecados que devem ser confessados publicamente. Suponha que fui conhecido como um blasfemador, um alcoólatra ou um depravado. Se me arrependo de meus pecados, devo ao público uma confissão. A confissão deve ser tão pública quanto foi a transgressão. Muitas vezes uma pessoa dirá algo maldoso a respeito de outra na presença de terceiros, e então tentará apaziguar isso indo somente à pessoa prejudicada. A confissão deve ser feita de forma que todos os que ouviram a transgressão possam ouvir a confissão. Somos bons em confessar o pecado de outras pessoas, mas se experimentarmos um verdadeiro arrependimento, ficaremos mais que ocupados cuidando dos nossos próprios pecados. Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo. 'Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça' (1 Jo 1:9). Obrigado Senhor pelo Evangelho! Crente, se há algum pecado em sua vida, resolva confessá-lo, e seja perdoado. Não deixe nenhuma nuvem entre você e Deus. Garanta o seu título para a mansão que Cristo foi preparar para você . Conversão A confissão leva à verdadeira conversão, e não pode haver uma verdadeira conversão, até que se tenha dado esses três passos . Agora a palavra conversão significa duas coisas. Dizemos que uma pessoa é 'convertida' quando nasce de novo. Mas conversão também tem um significado diferente na Bíblia. Pedro disse: 'Arrependei-vos...e convertei-vos' (At 3:19). Existe uma versão que traduz assim: 'Arrependei-vos e voltai-vos'. Paulo disse que não foi desobediente à visão celestial, mas começou a pregar a judeus e gentios para que se arrependessem e se voltassem para Deus. Um certo teólogo de outra época disse: 'Todos nós nascemos de costas para Deus. O arrependimento é uma mudança de trajetória. É uma volta de cento e oitenta graus .' Pecado é afastar-se de Deus. Como alguém disse, é aversão a Deus e conversão para o mundo; enquanto que o verdadeiro arrependimento significa conversão a Deus e aversão ao mundo. Quando há verdadeira contrição, o coração está entristecido por causa do pecado; quando há verdadeira conversão, o coração fica liberto do pecado. Deixamos a velha vida, somos transportados do reino das trevas para o reino da luz. Maravilhoso, não é? A não ser que nosso arrependimento inclua essa conversão, não vale muito. Se alguém continua em pecado, é a prova de uma profissão inútil. E como bombear água para fora do navio, sem tampar os vazamentos. Salomão disse: 'Se o povo orar... e confessar teu nome, e se converter dos seus pecados... '(2 Cr 6:26). Oração e confissão não seriam de proveito nenhum enquanto o povo continuasse em pecado. Vamos prestar atenção à chamada de Deus. Vamos abandonar o velho caminho perverso. Voltemos ao Senhor, e Ele terá misericórdia de nós, e ao nosso Deus, porque Ele perdoará abundantemente. Confissão de Cristo Se você é convertido, o próximo passo é confessar isso abertamente . Ouça: 'Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação' (Rm 10:9, 10). A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento . Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstração, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso. Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo! Autor: Dwight L. Moody

A trombeta esta soando mas ninguém se preocupa- David Wilkerson

A trombeta esta soando mas ninguém se preocupa

De todos os profetas do Velho Testamento, Amós fala mais claramente aos nossos dias. A profecia que ele traz se aplica à nossa geração, como se fosse recortada das manchetes de hoje. Em verdade, a mensagem de Amós é uma profecia dupla; foi dirigida não apenas ao povo de Deus em seus dias, mas também à igreja de agora, em nosso tempo.
Amós descreve Deus como um leão que ruge, pronto para atacar Israel com julgamento: “Rugiu o leão, quem não temera? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Amós 3:8). O profeta declara: “Deus se levantou como um leão que ruge, pronto para atacar a presa. E ao ouvir esse rugir do leão, tenho de avisar”.
O Senhor estava usando Amós para despertar Israel. Qual era a mensagem? Resposta: Deus estava prestes a enviar julgamento sobre o povo, devido à malignidade e corrupção devastadoras.
Naturalmente, Deus nunca julga um povo sem primeiro levantar vozes proféticas para o prevenir. “Certamente, o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (3:7). Agora, Amós vendo a nuvem do juízo se formando, é compelido a dizer: “Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” (3:6). A mensagem de Amós aqui é de fazer a gente ferver por dentro: “Deus fez soar a trombeta de advertência para Seu povo. Mas ninguém se alarmou”.
Neste exato instante, muito poucos querem ouvir mensagem que tenha a ver com julgamento. O nosso país já está coberto pelo medo. Esperamos outro ataque terrorista a qualquer momento. E a economia se mostra mais árida do que nunca. As pessoas dizem: “Não dá para agüentar mais”.
Mas o Senhor fala segundo o Seu querer. E Seu Espírito nos provê forças para ouvir Sua palavra, entregue por ungidos servos. O nosso Senhor irá fielmente capacitar Seu povo para suportar seja o que for.
Amós Dirige Suas Profecias Primeiramente ao Povo de Deus, à Igreja de Concessões.
Ao profetizar, Amós se dirige às nações gentílicas em torno de Jerusalém. Certamente esses pagãos cairíam sob a ira de Deus. Eles estavam roubando as fronteiras de Israel, travando guerra contra ele, e matando seus filhos.
Contudo, agora Amós diz: “Ouvi a palavra que o Senhor fala contra vós outros, filhos de Israel” (Amós 3:1). O rugir do leão era contra o próprio Israel. O povo de Deus estava prestes a ser punido por corromper a pura adoração ao Senhor: “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi; portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades” (3:2).
Há uma lei divina que ressoa por todas as escrituras. Ela diz, basicamente: “Quanto maior a medida da graça derramada sobre um povo, maior será o julgamento que cairá sobre esse povo, se a graça de Deus for desprezada”. Se um povo recebeu muita verdade, ele é mais responsável. E se corromper essa verdade, seu julgamento será dobrado.
Agora mesmo, Deus certamente está julgando os Estados Unidos por sua corrupção. Fico pensando em todos os modos pelos quais a nossa nação tem removido o nome de Deus do público. Na minha infância e juventude, aprendi que os Estados Unidos eram um país cristão, fundado por homens piedosos que buscavam liberdade para adorar o Senhor em verdade. Naturalmente, a África do Sul e outros países afirmam ter tido a mesma origem.
Não tenho dúvida de que Deus abençoou certas nações como a nossa, para ajudar a evangelizar o mundo. Em sua infância, esse país, entre todas as nações da terra, foi aquele que mais enviava missionários. Os Estados Unidos enviaram pastores, mestres e evangelistas por todo o globo. Enquanto isso, um povo santo dentro do país refreava as ondas de iniqüidade. Líderes piedosos, pastores dedicados e congregações zelosas se levantavam para honrar o nome do Senhor.
Mas a iniqüidade começou a vir em abundância. O nome de Deus foi zombado. E nosso país acabou se tornando obcecado pelo prazer. Nos voltamos para os ídolos de riqueza, prosperidade, ganho material. E rapidamente perdemos o zelo e a compaixão pelos perdidos. Agora deixamos de ser um país que envia muitos missionários. Em vez disso, estamos exportando um evangelho de prosperidade, e de ambição.
Em Seu grande amor e sabedoria, o Senhor tem procurado purificar a nossa nação com correções severas. Ele permite secas, inundações, colapsos financeiros, furacões, mudanças drásticas do tempo. Ele está soando a trombeta alto. Mas ninguém está ficando alarmado por causa disso.
Muitos ministros declaram: “Deus não é asssim. Não é Ele que está por trás dessas tragédias. Tudo isso é obra do diabo”. Não dá para eu dizer o quanto esses ministros me deixam irritado com isso. Eles não conhecem a Bíblia. Preste atenção às seguintes palavras de Amós:
• “...vos deixei de dentes limpos em todas as vossas cidades e com falta de pão em todos os vossos lugares; contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor”. Deus está dizendo claramente ao povo, que Ele está prestes a causar um colapso econômico em seu meio.
• “Além disso, retive de vós a chuva, três meses ainda antes da ceifa; e fiz chover sobre uma cidade e sobre a outra, não; um campo teve chuva, mas o outro, que ficou sem chuva, se secou” (4:7). O Senhor claramente controla o clima, seja ele bom ou mau.
• “Andaram duas ou três cidades, indo a outra cidade para beberem água, mas não se saciaram” (4:8). Deus controla a seca. E agora mesmo, estados inteiros estão tendo de racionar água.
• “Feri-vos com o crestamento e a ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras, devorou-a o gafanhoto” (4:9). Nos últimos meses, Nova York foi invadida por enxames de bezouros japoneses. Esta peste está matando árvores em Central Park, e destruindo vastos acres de floresta ao norte.
• “Feri-vos” (4:9). Quem é o responsável por todas essas coisas? Deus quer que fique bem claro em nossas mentes: Ele está por trás de tudo. “Enviei a peste contra vós outros à maneira do Egito; os vossos jovens, matei-os à espada, e os vossos cavalos, deixei-os levar presos, e o mau cheiro dos vossos arraiais fiz subir aos vossos narizes; contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor” (4:10).
Você não pode me dizer que o Senhor não está por trás de todos os julgamentos que estamos experimentando. Muitos ministros apresentam Deus como um avô bonzinho e meio caduco. É claro, o Senhor é misericordioso e traz graça. Mas o quê esses pastores não entendem é que os julgamentos de Deus são a Sua misericórida e a Sua graça. Ele está dizendo: “Voltem para mim. Tive de enviar essas correções para purificar a nação, e receber sua atenção. Vocês chegaram tão fundo no pecado, que ficaram cegos. Agora julgamento é a única linguagem que entenderão. Tudo isso é por causa do amor que tenho por vocês”.
Amós Profetiza um Duplo Julgamento: Sobre a Nação e Simultaneamente Sobre a Igreja
Amós fala dos julgamentos de Deus como “grandes tumultos” (Amós 3:9). A palavra tumulto significa estado de confusão. Em outras palavras, o país será levado ao caos e a transtornos através de grandes ataques de violência e terror.
“Porque...não sabe fazer o que é reto, diz o Senhor, e entesoura nos seus castelos a violência e a devastação” (3:10). O que Amós quer dizer aqui quando se refere a palácios? Ele está falando do que chamaríamos grandes negócios ou enormes corporações.
Pense nos acontecimentos que têm se desenvolvido em nosso país atualmente. Inúmeros dentre os mais respeitados grupos de negócios na história estão sendo denunciados por “entesourar nos seus castelos”. Presidentes de instituições confiáveis trapacearam os acionistas através de práticas fraudulentas de contabilidade. Dispensaram milhares de empregados. Enquanto isso, construíram enormes pés de meia para si próprios. Enquanto empobreciam alguns, asseguravam riquezas para seu próprio benefício.
Amós declara: “Os teus castelos serão saqueados” (3:11). Essas corporações, antes inabaláveis, agora estão falindo. Wall Street treme. Contudo, mais terrível do que tudo, Amós prediz uma peste de medo, devido a ataques de terror de costa à costa: “Um inimigo cercará a sua terra, derribará a tua fortaleza” (3:11). Será que as palavras do profeta poderiam vir em hora mais certa? Ele avisa: “Um inimigo vai jogar longe a sua coroa de esplendor. Esses palácios de poder e bens nos quais vocês se gloriam, serão arrasados até o solo”.
Após tudo isso, um leão econômico aparecerá, devorando a riqueza e a prosperidade daqueles que se enriqueceram pelo roubo: “Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas ou um pedacinho da orelha, assim serão salvos os filhos de Israel que habitam em Samaria com apenas o canto da cama” (3:12).
Quando um leão se apossa da presa, ele devora até chegar ao osso. É exatamente isso que Amós diz que o inimigo fará com os luxuosos ricos. Ele não vai deixar nada senão reduzidos restos das riquezas conseguidas ilegalmente. Amós lhes diz: “Vocês achavam estar seguros por causa dos milhões guardados. Mas um leão urrando vai devorar tudo; quando acabar, não vai sobrar nada senão carcaça”.
Amado, hoje a mesma trombeta de advertência está soando novamente nos Estados Unidos. Mas muito poucas pessoas estão ficando alarmadas com isso.
Deus Diz Que ao Visitar Com Seus Julgamentos as Nações, Também Visitará a Igreja.
As escrituras afirmam que o julgamento começa pela casa de Deus. Na verdade, antes de atacar qualquer nação, o Senhor revelará Sua ira na igreja: “Ouvi e protestai contra a casa de Jacó...No dia em que eu punir Israel, por causa das suas trangressões, visitarei também os altares de Betel” (Amós 3: 13-14). A casa de Jacó aqui representa a igreja, o povo de Deus.
Pense no que Amós profetiza nesse ponto: Deus certamente julgaria toda nação que se virasse contra Ele. Ele permitiria que adversários ímpios pilhassem e aterrorizassem estas nações. E toda pessoa que se voltasse para os prazeres do mundo e para a corrupção, seria humilhada e diminuída. Contudo, em meio à todas essas coisas, a primeira preocupação de Deus ainda seria a Sua igreja. Ele se preocupa com o Seu povo, com aqueles que se chamam pelo Seu nome.
Não importa se o governo remove o nome de Deus das moedas, dos tribunais, das escolas e dos lugares públicos. Nada disso faz sofrer o Senhor mais do que o mal presente em Sua igreja. Deus ri das tentativas tolas dos ímpios em empurrá-Lo para fora da sociedade. O dia de acerto de contas dessas pessoas já chegou. Nesse exato momento elas estão sendo visitadas pela Sua ira. Mas quem mais fere o Senhor é a Sua própria família. Ele se magoa mais profundamente pela corrupção de Seus filhos.
O Senhor então focaliza o quê estava ocorrendo nos altares de Israel. O nome Betel quer dizer “casa de Deus, local de pura adoração”. No passado foi dito o seguinte sobre esses altares: “O Senhor está neste lugar” (Gênesis 28:16). Em verdade, Jacó chama Betel de “temível lugar” (v. 28:17). Com isso ele quis dizer lugar de reverência, porque Deus manifestou Sua presença lá.
Betel é onde Jacó recebeu a visão da escadaria subindo ao céu. Era um lugar santo de adoração, onde Deus encontrava os que O buscavam em pureza. Com freqüência, por toda a história de Israel, o Senhor referiu a Si próprio como “o Deus de Betel”. E certa ocasião, Ele instrui Jacó a retornar a Betel para restaurar os altares.
Em resumo, Deus estava dizendo a Israel: “Vou julgar sua nação corrupta. O mundo vai tremer por causa da guerra e da violência que virá sobre vocês. Vou mandar enchentes, secas, pestes, ferrugem nos vegetais. A economia será demolida, suas riquezas serão devoradas. No entanto, ao mesmo tempo em que faço essas coisas, também visitarei Betel. Vou derramar julgamento sobre o Meu povo, porque corrompeu os Meus altares. Vou puni-lo por causa da adoração iníqua”.
Isso já tinha acontecido anteriormente em Betel. Quando Jeroboão se tornou rei, ele corrompeu a adoração: “Pelo que o rei...fez dois bezerros de ouro; e disse...vês aqui teus deuses...Pôs um em Betel e o outro, em Dã. E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia...para adorar...e...constituiu sacerdotes que não eram dos filhos de Levi” (I Reis 12:28-31).
Primeiro, Jeroboão erigiu ídolos nos lugares de adoração. Depois pegou elementos criminosos da sociedade, pessoas cujo coração não estava em Deus, e os nomeou sacerdotes. A adoração em Israel se corrompeu inteiramente, porque provinha de corações iníquos e maus. Então, desde o reinado de Jeroboão até os dias de Amós, Deus depreciou Betel, considerando-o um lugar de miscigenação, mistura. E Ele finalmente julgou essa falsa adoração. Ele derrubou o altar, e acabou com ele.
Hoje, permanece um espírito de Betel na igreja. É uma posição de apostasia espiritual. E sua principal característica é uma adoração de miscigenação programada para atrair multidões. É uma demonstração exterior da carne, cheia de zelo e exuberância. Mas não tem nenhuma santidade. E é uma armadilha que está enlaçando muitos nesses últimos dias. Quanto mais essas pessoas crêem que essa adoração é de Deus, mais cegas se tornam. E o Senhor está pronto para julgar tudo isso. Ele avisa: “Se você está envolvido nessa adoração corrupta, estará apenas multiplicando os pecados”.
Novamente Deus volta a falar: “Oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai ofertas voluntárias, e publicai-as” (Amós 4:5). Por que Ele diz isso? É porque a lei proibia levedo em carne oferecida para ser consumida pelo fogo (v. Levítico 2:11). Além disso, pão com fermento era só para os sacerdotes. Igualmente, toda oferta voluntária de pão deveria trazer “bolos asmos amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite” (7:12).
Essas ofertas não fermentadas serviam como ilustração. Significavam preces que fossem puras. Por todas as escrituras, o fermento é visto como um tipo de pecado carnal. Era às vezes usado para se referir à lepra. A mensagem de Deus aqui é clara: “As suas ofertas de louvor estão cheias de carnalidade. Só aceito sacrifícios santificados, ofertados por mãos limpas e corações puros. Não pode haver fermento, nenhuma indulgência carnal, na Minha presença”. “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3-4).
Exteriormente os adoradores de Betel eram muito religiosos. Zelosamente faziam os sacrifícios à toda manhã. E eram fiéis no dízimo e nas ofertas. Novamente, Deus insiste: “Cada manhã, trazei os vossos sacrifícios e...os vossos dízimos” (Amós 4:4). Ele via tais pessoas começar cada dia com louvor e adoração. Alegravam-se ao ir às reuniões de louvor. Em verdade, o movimento de adoração de Betel ficou tão popular, que se extendeu às cidades da região, de Betel a Gilgal, a Berseba.
Mas o Senhor avisava a todos: “Porém não busqueis a Betel, nem venhais a Gilgal, nem passeis a Berseba...Betel será desfeita em nada” (5:5). Deus estava prestes a derrubar tudo. Ele consumiria todos os sacrifícios fermentados de louvor e adoração. Por que? Porque “deitais por terra a justiça” (5:7).
Graças a Deus Pelos Altos, Aceitáveis e Santos Louvores Que Sobem Até Ele
Deus ainda possui um remanescente santo e separado, cujos sacrifícios de louvor são puros. São santos piedosos que não estão presos aos cuidados do mundo. O seu louvor tem o som de poderosas águas que jorram. E estão quebrantados diante do Senhor, em santa reverência por Ele. Desta reverência provêm gloriosos gritos de louvor.
Porém multidões dentro da igreja estão sempre procurando coisa nova. Desejam maneiras novas e estimulantes de se adorar a Deus. Então buscam altares de Betel, onde o louvor é alto e alegre. Mas a adoração nesses lugares é dirigida por homens que não pranteiam pelo pecado existente na casa de Deus. Seu louvor pode ser exuberante e cheio de cores. Mas inexiste a verdadeira presença de Cristo. E inexiste proteção contra os enganos da carne.
Provavelmente foi estimulante tomar parte nas reuniões de louvor em Betel. Mas os adoradores não tinham interesse nas coisas de Deus. Eles não ajudavam os pobres, nem atendiam ao necessitado. Antes, seu louvor era cheio de carnalidade e fermento. Amós previne: “Buscai ao Senhor...para que não irrompa na casa de José como um fogo” (Amós 5:6). Igualmente, desejo oferecer esse aviso do Senhor: o seu pastor não está pregando uma palavra que expõe o pecado? Não há uma repreensão piedosa, um chamado ao arrependimento, uma advertência para abandonar o pecado? Então você provavelmente está adorando em um altar de Betel. E corre grande perigo de ser enganado.
Deus declarou: “Visitarei também os altares de Betel; e as pontas do altar serão cortadas e cairão por terra” (3:14). Essa palavra é devastadora. No Velho Testamento, o altar de madeira do templo tinha quatro pontas nos cantos. Essas pontas eram cobertas por metal, e tinham a forma de chifres de carneiro. Os chifres representavam o direito do santuário. Agarrando-se a eles, o infrator da lei se colocava sob a graça salvadora e protetora de Deus. Quando era menino, ouvi muitos antigos santos dizendo: “Estou seguro, Senhor. Me agarrei nas pontas do altar”.
Vemos esse tipo de santuário ilustrado na vida de Adonias, filho de Davi. Esse rebelde tinha tentado usurpar o trono de Israel. Mas o outro filho de Davi, Salomão, determinou prisão e morte para Adonias. Em pânico, Adonias fugiu para o templo, e se agarrou às pontas do altar. Sua vida foi poupada.
Agora Deus estava dizendo a Amós que cortaria essas impressionantes pontas de proteção. O Senhor iria arrancar as pontas do altar, e jogá-las ao chão. Isso significava que o povo não ficaria mais sob Sua proteção. Pelo contrário, ficaria sujeito a grande engano. Não teriam nenhuma segurança contra falsos doutrinas, ou falsa adoração.
Tenho Visto os Terríveis Resultados da Adoração Num Altar Sem Pontas
Na África, multidões de todo o mundo vêm para ouvir um homem que diz ter recebido profecias de Deus no ventre materno. Especialmente os americanos, viajam às centenas para receber “profecia pessoal” deste homem. Mas a mensagem é totalmente não bíblica, e blasfema. São pessoas que buscam, na ignorância, e estão caindo no engano.
Num estado dos Bálcãs, uma profetiza afirma guiar pessoas à viagens para o inferno. Ela foi feiticeira, e diz uma vez ter estado, ela mesma, no inferno. Ela orienta as pessoas para se deitarem no chão e liberar a mente, enquanto as guia à uma viagem imaginária por onde ela já passou. As pessoas se aglomeram em torno dela para a experiência. Mas nada disso é bíblico, é absurdo total. Em verdade, há algo do mal na base deste trabalho.
No Brasil, um evangelista promete curar câncer por 1.000 dólares. Também faz exorcismo por uma taxa. Tem um número enorme de seguidores, e está ficando rico com suas declarações. Porém, é totalmente não bíblico - um engano completo.
Os próprios Estados Unidos se tornaram os maiores vendedores de evangelho enganador. Como? Os cristãos se tornaram analfabetos biblicamente. Não se preocupam mais em ler a palavra de Deus. Não querem mais jejuar ou gastar tempo em oração. Em vez disso, correm para lá e para cá, em busca de ensinos que agradem à carne, ministrados por algum evangelista que faça concessões.
Como multidões de crentes caem nesses enganos? Como se desviam com tanta facilidade? Como tantas pessoas ficam tão cegas à obras falsas da carne? Amós nos responde o porquê: suas muralhas de proteção caíram, por causa do pecado. Deus removeu as pontas do altar. E as pessoas perderam todo o discernimento. Esses crentes estarão entre os primeiros a abraçar o anticristo.
Deus Diz que ao Visitar Sua Igreja, Ele Fechará Tudo Que Estiver Contaminado
Em todas as vinhas [igrejas] haverá pranto, porque passarei pelo meio de ti, diz o Senhor. Ai de vós que desejais o Dia do Senhor! Para que desejais o Dia do Senhor? É dia de trevas e não de luz...Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles...Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene” (Amós 5:17-24).
A mensagem de Deus é clara: enquanto Sua justiça não começar a jorrar em nosso meio, purificando nossos corações, não seremos capazes de Lhe dar verdadeiro sacrifício de adoração. Louvor proveniente de corações cheios de lascivia e cobiça, são senão barulho aos Seus ouvidos. Ele não aceitará a adoração daqueles que buscam só prazer, ou se recusam a perdoar os outros.
No meio de todas essas advertências proféticas, Amós traz essa palavra de esperança: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis. Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez o Senhor, Deus dos Exércitos, se compadecerá do restante de José” (5:14-15).
Insisto com você: leve a sério a mensagem de Amós. Busque o Senhor de todo o coração. Permita-se ser julgado por Sua palavra. Confesse e abandone o pecado. Então Deus o abençoará dando discernimento. Você saberá se está adorando em um altar de Betel. E será capaz de adorá-Lo em Espírito e em verdade.

Estes Homens Estiveram com Jesus- David Wilkerson

Estes Homens estiveram com Jesus

Em Atos 3, um pouco após a ressurreição, encontramos Pedro e João indo ao templo para adoração. Bem ao lado da porta do templo assentava-se um mendigo que havia sido aleijado desde o nascimento. Esse homem jamais havia andado um passo na vida; diariamente tinha de ser carregado à porta do templo para ganhar a vida com a mendicância.
Quando o mendigo viu Pedro e João se aproximando, lhes pediu esmolas. Pedro lhe respondeu: "Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou" (Atos 3:6). Pedro então orou pelo mendigo, dizendo: "em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!" (3:6). Instantaneamente, o homem foi curado; louco de alegria, começou a correr para o templo, pulando, gritando: "Jesus me curou!"
Todos no templo se maravilharam com o que viam. Reconheceram o homem como sendo o aleijado que há anos mendigava junto ao templo. Quando Pedro e João viram a multidão se formando, começaram a pregar a Cristo. Ousadamente insistiram: "Arrependei-vos,pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados" (3:19).
Milhares foram salvos: "Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil" (Atos 4:4).
Porém, enquanto Pedro e João pregavam, os líderes da sinagoga "sobrevieram... ressentidos" (4:2). Estes pastores apóstatas ficaram bravos por Deus haver feito um milagre através dos discípulos de Jesus. E responderam lançando Pedro e João na cadeia.No dia seguinte, levaram os dois discípulos a juri. E todas as autoridades religiosas de Jerusalém estavam presentes: "...reuniram-se...Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote" (4:6). Esses elevados e poderosos homens perguntam aos discípulos: "Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?" (4:7).
Que falsidade! Esses homens sabiam perfeitamente o nome de Quem estava sendo pregado. Tinham visto um aleijado correndo por lá, berrando que Jesus o havia curado. Eles tinham visto 5.000 pessoas confessando os pecados e invocando o nome de Cristopara serem purificados. Eles tinham visto alguns de seus próprios sacerdotes se convertendo, confessando que haviam ajudado a crucificar o Filho de Deus. Esses líderes sabiam que havia poder no nome de Jesus. Mas propositalmente ficavam cegos a isso.
Subitamente, Pedro foi encorajado pelo Espírito Santo. Ele responde aos líderes: "...o Seu nome é Jesus Cristo de Nazaré, o homem que vocês crucificaram poucas semanas atrás.Deus O levantou dos mortos. E agora Ele é o poder que curou este homem. Ninguém pode ser salvo por qualquer outro nome. Vocês estão perdidos se não invocarem o nome de Cristo" (vide Atos 4:9-12).
Os líderes da sinagoga ficaram abismados. As escrituras dizem: "admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus" (4:13). A expressão "reconheceram" vem da raíz que quer dizer: "perceberam através de um sinal perceptível". Poder havia se apoderado de Pedro e João. E isso os diferenciou de todos os outros que haviam aparecido no tribunal. Esse poder ficou tão óbvio e claro para todos, que os líderes "nada tinham que dizer em contrário" (4:14).
E qual foi o sinal que diferenciou Pedro e João? Era a presença de Jesus. Eles possuíam a semelhança e o Espírito do próprio Cristo. Os líderes da sinagoga concluíram: "Crucificamos Jesus. Contudo, Ele ainda continua falando hoje - operando milagres, pregando arrependimento, tocando as pessoas - através destes dois iletrados".
Naquele preciso momento, Pedro e João estavam cumprindo o mandamento de Jesus para testemunhar dele "começando por Jerusalém". Veja, eles estavam testificando através da presença de Cristo em suas vidas. Igualmente, creio que esse será o poderoso testemunho de Deus nestes últimos dias. Isso não virá só através da pregação. Virá também através de homens e mulheres que "estiveram com Jesus": fechando-se com Ele, gastando tempo em Sua presença, buscando-O de todo coração e alma. O Espírito Santo diferenciará tais servos com o Seu poder. E o mundo dirá deles: "Tal pessoa esteve com Cristo".
Aqui estão quatro marcas que diferenciam aqueles que estiveram com Jesus:
1. Eles Têm Fome Por Mais de Cristo
Os que gastam tempo com Jesus, nunca se satisfazem: sempre querem mais. Seus corações continuamente gritam para conhecerem melhor o Mestre, para ficarem mais próximos dEle, para crescerem no conhecimento dos Seus caminhos.
Paulo afirma: "E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo" (Efésios 4:7). "...a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Romanos 12:3). O que é essa "medida" da qual Paulo fala? Significa uma quantidade limitada. Em outras palavras, todos recebemos uma certa quantidade do conhecimento salvador de Cristo. Para alguns crentes, essa medida inicial é só o que vão querer sempre. Só querem de Jesus o suficiente para ficarem livres do juízo, para sentirem-se perdoados,terem uma boa reputação, para suportarem uma hora na igreja todos os domingos. São pessoas que estão no esquema de "manutenção". E dão a Jesus só os ingredientes básicos: freqüência à igreja, uma oração resmungada a cada dia, talvez uma olhada rápida nas escrituras. Em resumo, são cristãos que evitam chegar muito perto de Jesus. Eles sabem que se lerem muito a Sua palavra, ou se passarem algum tempo orando, o Espírito Santo irá fazer algumas exigências de sua vida. E se há algo que não querem mudar, é o seu estilo de vida. Em suas cabeças, se forem conhecendo Jesus, tudo que eles valorizam irá correr risco.
Mas Paulo deseja isso para cada crente: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos...profetas...evangelistas...pastores e estres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos...até que todos cheguemos...pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Efésios 4:11-15).
Paulo está dizendo, basicamente: "Deus concedeu esses dons espirituais para que vocês possam ser cheios do Espírito de Cristo. Isso é crucial, porque os enganadores vão chegar para lhes roubar a fé. Se vocês estiverem arraigados em Cristo, e amadurecidos nEle, jamais qualquer doutrina enganadora irá lhes influenciar. Mas a única maneira de crescerem até essa maturidade, é querendo mais de Jesus".
Nem todo cristão aspira este tipo de maturidade. Muitos cristãos preferem um evangelho que só fale de graça, amor e perdão. Naturalmente, essas são verdades bíblicas maravilhosas. Mas segundo Paulo, isso é leite básico, e não é a carne que uma vida amadurecida requer. Como você vai poder crescer até a plena estatura em Cristo, se recusa-se a ouvir um evangelho que o estimule a buscar o Senhor, e a andar em Sua santidade?
Hebreus nos diz: "...quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal" (Hebreus 5: 12-14).
O escritor está dizendo: "Vocês receberam bons ensinos e pregações o tempo suficiente. Nestas alturas, já deveriam ser mestres. Porém, depois de todos estes anos, vocês estão do mesmo jeito que estavam no dia em que foram salvos. Vocês nada conhecem da carne da palavra de Deus. Ainda são imaturos, sem crescimento pleno em Sua justiça".
Tristemente, é por isso que tantos cristãos aceitam toda nova moda que chega. Facilmente se desviam, e vão atrás de obagens. Contudo, um crente amadurecido não é facilmente tirado de seu posto de oração. Ele sabe que é aí que fica o verdadeiro reavivamento. E seu discernimento sempre cresce, porque gasta o seu melhor tempo com Jesus.
Muitos dentre os nossos leitores têm expressado frustração quanto à igreja sem vida, ou quanto aos sermões apagados de seus pastores. Dizem o seguinte: "Não conseguimos achar uma comunidade com fogo. Temos fome, mas não estamos crescendo". Alguns acabam as cartas com uma nota de reclamação. Porém outros prosseguem dizendo que resolveram simplesmente gastar mais tempo com Jesus, em oração e com a palavra. Suas cartas são facilmente distintas das outras. O Espírito de Cristo emana de todas as linhas.
Você provavelmente conhece esses servos. Estão sempre ansiosos para compartilhar uma verdade nova que descobriram através do seu tempo com o Senhor. Afinal, tudo que preenche o seu coração, você não consegue evitar que apareça em sua vida. Em contraste, ouça a conversa dos outros cristãos; eles são fissurados em esportes, cinema, TV, Internet, moda, penteados. Dá para você ver o quê mais consome o seu tempo, e a sua energia. São marcados pelo costume, pelo vício.
Mas os que estão fechados com Jesus estão sendo preparados para os dias à frente. Já estão recebendo a consolação de Cristo, no fundo de suas almas. E mesmo o mundo inteiro estando em pânico, estes crentes permanecem em paz.a mendicância.Quando o mendigo viu Pedro e João se aproximando, lhes pediu esmolas.
2. Eles Têm Ousadia e Autoridade Espiritual Santas
Quanto mais uma pessoa fica com Jesus, mais se torna como Cristo, em pureza, santidade e amor. Por sua vez, seu caminhar puro produz nele grande ousadia para Deus. As escrituras dizem: "Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leão" (Provérbios 28:1). A palavra intrépido nesse versículo significa seguro, confiante. É exatamente este tipo de intrepidez que os líderes da sinagoga viram em Pedro e João.
A Bíblia não entra em muitos detalhes quanto à essa cena. Porém, posso lhe assegurar que os líderes religiosos orquestraram de modo a que fosse toda pompa e cerimônia. Primeiro, os dignatários solenemente ocuparam seus assentos aveludados. A seguir, chegaram os parentes dos altos sacerdotes. Finalmente, em um momento de silenciosa expectativa, os altos sacerdotes togados foram passando, caminhando firmes ao longo da nave para o trono de julgamento.
Tudo isso foi programado para intimidar Pedro e João. Era como se os líderes estivessem dizendo: "Dê uma boa olhada, escadores. Vejam o poder e a autoridade que estão enfrentando. É melhor que vocês conversem com calma com esses líderes. Eles são homens importantes e muito considerados".
Mas os discípulos não ficaram intimidados em absoluto. Eles haviam estado com Jesus por muito tempo. Imagino Pedro pensando: "Vamos lá, vamos começar a reunião. É só me entregar o púlpito, e me soltar. Trago uma palavra de Deus para esta reunião. Obrigado Jesus, por permitir que eu pregue Teu nome a estes que odeiam a Cristo".
De repente, o escrivão da corte grita para os discípulos: "Levantem-se e encarem o juíz". Pedro e João olham para cima e vêem o sumo sacerdote mirando-os em silêncio de pedra. O sacerdote então profere com voz bem formal: "Por qual poder, e no nome de quem vocês fizeram isso?" Ou, em outras palavras: "Somos a lei aqui. E não lhe demos autoridade para fazerem essas coisas. Então, sob que autoridade vocês agiram?"
O versículo seguinte começa: "Então, Pedro, cheio do Espírito Santo..." (Atos 4:8). Isso me diz que Pedro não ia dirigir uma conferência qualquer. E que não iria ficar quieto ou reservado. Pedro era um homem possuído por Jesus, explodindo com o Espírito Santo. Lembre-se, os dois discípulos tinham acabado de chegar do cenáculo. Fala-se de "estar com Jesus": Pedro e João haviam estado em comunhão com o Cristo ressurrecto. E agora Pedro estava possuído pelo Espírito do próprio Senhor ressurrecto. Aquelas pessoas na sinagoga estavam prestes a experimentar o fogo dos céus.
Ao falar, não vejo Pedro parado num lugar, falando calmo. Pelo contrário, o vejo andando pela corte, gesticulando e gritando: "Ó anciãos de Israel, vocês me perguntam 'Na autoridade de quem esse homem foi curado?' Vou lhes dizer".
Segundo Atos 4, o sermão de Pedro só tem quatro versículos. Mas creio que esse seja só um sumário do que o apóstolo pregou. Imagino Pedro dizendo: "Ouçam, todos vocês. Foi no nome de Jesus Cristo que esse milagre foi operado. Aconteceu unicamente por Sua autoridade. Vocês lembram-se dEle, pois O crucificaram. Mas Deus O levantou dos mortos. Ele vive. E tudo que viram hoje foi realizado pelo Seu poder."
A Intrepidez que Pedro Possuía Não Era Uma Palavra Condenatória, aos Berros, Desrespeitosa
Já lemos que "o justo é seguro e confiante como o leão" (v. Provérbios 28:1). Primeiro de tudo, os servos de Deus são seguros em sua identidade em Cristo. E segundo, se mantém seguros na justiça de Jesus. Portanto, nada tem a esconder. Podem se apresentar diante de qualquer um com a consciência limpa.
Pedro tinha este tipo de segurança ao pregar. O seu objetivo não era julgar ou diminuir os líderes religiosos. Ele só queria que eles vissem seu pecado e se arrependessem. É por isso que faz um apelo ao altar, dizendo: "porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).
Paulo registra igual, declarando primeiro: "Tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus" (I Tessal. 2:2). A seguir, alguns versos adiante, o apóstolo deixa claro: "Nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos" (v. 7).
Aqueles que gastam tempo na presença de Jesus se tornam seguros. É por isso que não têm medo de dizer a verdade. Porém não precisam trazer a mensagem com voz autoritária. Em qualquer circunstância, pregam o evangelho em amor e misericórdia.
Nos dias que virão, é importante possuir essa segurança de intrepidez. Os ventos do politicamente correto já tornou o nome de Jesus uma ofensa para muitos. Breve, muitos crentes vão enfrentar perseguição, e os despreparados vão desistir por causa da pressão. Vão acabar se acovardando diante dos que odeiam a Cristo.
Durante minhas recentes pregações no leste europeu, um pastor polonês me falou sobre uma atitude que teve de tomar durante os anos comunistas. Ele trabalhava numa fábrica, e o chefe lhe comunicou que os líderes do Partido viriam para uma importante reunião. O Partido estaria recepcionando dignatários estrangeiros, e precisavam do pastor para interpretar. Meu amigo concordou, com uma condição: "Sou cristão. Sirvo a Jesus. Então não vou beber". Ele sabia que o vodka corria solto nestas reuniões, e lhe pediriam que participasse. Mas o chefe concordou em que ele não teria de beber nada.
No dia seguinte, assim que começou a reunião, foi passado o vodka. O líder comunista serviu-se, e a seguir o chefe. Mas quando a garrafa chegou ao pastor, ele recusou. Todos ficaram olhando alarmados. Insistiram que bebesse com eles. O líder do partido lançou o olhar sobre o chefe, como dizendo: "Por que ele não está bebendo? Será que acha que é melhor do que nós?" O chefe lançou um olhar furioso ao pastor. Mas ainda assim o ministro disse não.
O meu amigo se preparou para ser preso imediatamente. Ele poderia ser perseguido, torturado, separado dos entes queridos por anos. Contudo, em sua cabeça, não havia dúvidas quanto a obedecer. Ele não tinha medo absolutamente nenhum. Por que? Porque havia se trancado com Jesus. Essa é a única maneira de alguém nestas circunstâncias possuir tamanha força.
No dia seguinte, seu chefe lhe chamou. "Você tem sorte", disse. "O líder do Partido me convocou depois da reunião; disse que se alguma vez precisar de alguém de confiança para alguma missão especial, ele quer você".
Aqueles líderes se maravilharam com a segurança e a confiança do pastor. Eles sabiam que ele nada temia, incluindo a morte. Até os ímpios reconhecem que esta ousadia só vem de se estar com Jesus.
3. Eles Têm Evidência Física,Visível de Que Deus Está com Eles
Enquanto Pedro e João ficaram aguardando o pronunciamento do julgamento, o homem curado estava ao lado deles. Lá, em carne e osso, estava a prova viva de que Pedro e João haviam estado com Jesus. Agora, os dirigentes da sinagoga os observavam, e "vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário" (Atos 4:14). Os líderes se juntaram, cochichando "O que podemos fazer? Para todo mundo de Jerusalém está claro que praticaram um milagre real. E não podemos negá-lo" (v.4:16). Então deixaram que os discípulos se fossem.
O que Pedro e João fizeram quando foram libertados? "Procuraram os irmãos e lhes contaram quantas cousas lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos" (4:23). Os santos em Israel alegraram-se com os dois discípulos. E então oraram: "Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus" (4:29-30). Basicamenteoraram assim: "Deus, obrigado pela ousadia que o Senhor deu a nossos irmãos. Mas sabemos que isso é apenas o começo. Por favor, conserve-nos intrépidos para falarmos com segurança santa. E conceda evidência visível de que o Senhor está conosco".
Sem dúvida, Pedro e João haviam visto o olhar de resignação no rosto do sumo sacerdote, quando este percebeu que eles haviam estado com Jesus. Pedro deve ter dado uma piscadela para João e dito: "Se eles soubessem. Eles só se lembram que estivemos com Jesus algumas semanas atrás. Eles não entendem que temos estado com o Mestre ressuscitado desde então. Acabamos de estar com Ele, no cenáculo. E agora, hoje de manhã, estivemos com Ele quando oramos na cela da prisão. E assim que sairmos daqui, vamos encontrá-Lo de novo, junto com os irmãos".
É isso que acontece com homens e mulheres que passam tempo com Jesus. Quando saem do tempo gasto com Cristo, Ele fica com eles por onde quer que forem.
4. Eles Estão Preparados Para Qualquer Crise
Quando estoura uma crise, você não tem tempo para se edificar em oração e fé. Mas aqueles que têm estado com Jesus estão sempre prontos.
Um casal escreveu a nosso ministério há pouco, em um espírito que revela que haviam estado com Jesus. A carta descreve uma tragédia inimaginável. Sua filha de 24 anos havia saido com uma amiga, quando um homem louco as raptou. Ele as levou para um lugar isolado, onde deixou que a amiga da filha fosse embora. A seguir assassinou a filha de maneira horrenda.
Quando a polícia descobriu o acontecido, o casal entrou em choque. Os amigos e vizinhos se perguntavam: "Como um pai vai conseguir sobreviver à uma tragédia destas? Como vão viver com uma tragédia destas na cabeça?" Contudo, em uma hora, o Espírito Santo veio àquele casal em dores, trazendo consolação sobrenatural. É claro, nos dias de dores que seguiram-se, os pais em meio ao sofrimento continuaram perguntando a Deus por que. Porém, o tempo todo, experimentaram descanso e paz divinos.
Todos os que conheciam esses pais ficaram surpresos com a sua calma. Acontece que aquele casal estava preparado para a hora de crise. O tempo todo souberam que Deus jamais permitiria que algo lhes ocorresse sem um propósito subjacente. E quando chegou a terrível notícia, eles não se despedaçaram.
Na verdade, os pais e os filhos que sobreviveram logo começaram a orar pelo criminoso. As pessoas da cidade não conseguiam aceitar isso; elas pediam sangue. Mas o piedoso casal falou e ensinou sobre a habilidade de Deus em prover força, não importando o tipo de enfrentamento. O povo da cidade reconheceu a força deles como vindo unicamente de Jesus. Em pouco tempo, começaram a comentar sobre o casal: "São ummilagre. Eles são de Jesus realmente".
Vi um exemplo desta força visível em Moscou, onde falei a 1.200 pastores. Esses ministros tinham vindo de toda a Rússia, até da distante Sibéria. Ao falar, o Espírito Santo me levou a lhes perguntar se alguns deles estavam pensando em abandonar o ministério. Centenas correram à frente, todos buscando oração. Pensei: "Senhor, eu não esperava isso. O que desejas que eu faça com todos estes pastores?"
O Espírito Santo me lembrou dos meses que eu havia gasto em oração por esses ministros. Ele também me lembrou do amor que Deus havia colocado em meu coração por eles. Em verdade, Ele me havia dirigido a orar para que cada um dos pastores que viesse à conferência, voltasse para casa curado e encorajado. Agora eu compreendia que Deus estava respondendo essa oração, de um jeito que eu nunca poderia imaginar. Eu havia estado com Jesus todos aqueles meses atrás, e agora Ele estava comigo ali. O Espírito sussurou: "Ore por eles em nome de Jesus. Eu os restaurarei".
Enquanto orava, um quebrantamento santo caiu sobre aqueles homens. Logo veio o terno pranto e o louvor de júbilo. Testemunhei milagres visíveis de cura e renovação entre aqueles pastores. Há pouco, nosso contato na Rússia nos escreveu falando da operação duradoura do Espírito desde aquele dia: "Estamos ouvindo testemunhos de todas as partes. Os pastores voltaram às congregações dizendo, 'Voltei paraexaltar a Jesus.'"
Durante uma reunião na Rússia, falei com um pastor que havia ficado preso por dezoito anos. O rosto deste homem visivelmente brilha com Cristo. Hoje, ele supervisiona 1.200 igrejas na Rússia. Porém suportou sofrimentos incríveis na prisão. "Jesus foi real para mim", testifica, "mais real do que algum dia poderia imaginar".
Devido a seu caráter semelhante a Cristo, o ministro era respeitado por todos na prisão, tanto pelos presidiários endurecidos quanto pelos perversos guardas. Até que um dia, o Espírito Santo sussurou ao pastor: "Você será libertado em três dias". E mandou o ministro testificar a respeito disso.
O pastor imediatamente comunicou isso à esposa e à igreja - a respeito da revelação do Espírito Santo. E aí começou a contar aos outros prisioneiros o que Deus lhe havia dito. Eles riram dele com escárnio, dizendo: "Ninguém jamais saiu daqui". Os guardas também zombaram dele, com insultos: "Você morre aqui, pastor".
Quando chegou o terceiro dia, e o céu das primeiras horas da noite escureceu, um guarda olhou dentro da cela para o pastor, e balançou a cabeça. "Belo Deus que você tem", zombou. Aí, pouco depois das 11 da noite, o auto-falante soou. Uma voz chamou o nome do pastor. "Venha imediatamente ao escritório", anunciou. "Você está livre."
Todos os prisioneiros e guardas ficaram perplexos. Ao sair, o pastor se despediu de cada um deles, e desejou-lhes felicidades. Por final, ao atravessar o portão da prisão, viu a esposa esperando por ele, com flores. Ao abraçá-la, o pastor voltou o olhar para a prisão onde havia ficado dezoito anos. Os prisioneiros estavam todos às janelas. E gritavam com o máximo que seus pulmões permitiam: "Deus existe! Deus existe! Deus existe!"
Deus havia lhes dado prova vísivel. E isso aconteceu através deste piedoso pastor, que havia estado com Jesus a cada dia de sua sentença de dezoito anos.
Que maior prova de Deus poderia haver, do que uma única vida transformada pelo poder sobrenatural de Cristo? Que se possa dizer de você: "Este homem, esta mulher, esteve com Jesus". E que ninguém possa negar isso.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Porta Aberta X Porta Fechada

  • Porta Aberta X Porta Fechada

  • Amados Irmãos, meu coração exulta ao ler o livro de apocalipse, pois o fim está próximo! Ap 1: 3

    Apocalipse 3:8 Conheço as tuas obras, eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar, que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
    Ao lermos a carta à igreja em Filadélfia , percebemos que a única das sete igrejas descritas em Apocalipse 2 e 3 que é louvada pelo Senhor é a igreja em Filadélfia, Filadélfia vive a vida cristã normal, Filadélfia não nega o nome do Senhor mesmo tendo pouca força; e o Senhor, que se apresenta como aquele que tem a chave de Davi, abre a porta à Filadélfia para exibir as riquezas do Reino dos céus. No capítulo 4 versículo 1 do livro de Apocalipse, João relata que viu uma porta aberta: “Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.” João, o discípulo a quem Jesus amava (João 21:20), vivia o amor fraternal, é comum dizer entre os irmãos que João era o apóstolo do amor, ele declarou em 1 João 4:8 “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor ( ágape)” e o fruto de uma comunhão com o Pai e o Filho gera o Amor pelos irmãos, 1 Jo 1 : 7 “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”O amor fraternal é uma manifestação do amor ágape, não podemos ver se um irmão ama a Deus; se perguntarmos aos irmãos se elas amam a Deus, vai ser muito difícil achar algum irmão que diga não, mas se os observarmos e constatarmos que eles verdadeiramente, fraternalmente amam aos irmãos então podemos dizer que eles amam a Deus, eles têm comunhão com Deus. o Amor de Deus rasgou-lhes o véu que a alma põe no espírito, enchendo todo o seu espírito alma e corpo, não há defeitos, ou pontos de vista, ou doutrina ou denominações que apaguem esse ardente amor pelos irmãos, amor esse que vem da comunhão com o Pai e o Filho Cristo Jesus. essa é a razão pela qual Filadélfia foi louvada! E assim como o Senhor abriu uma porta no céu a João, ele Abriu uma porta também à igreja em Filadélfia. O Senhor revela riquezas à Filadélfia, o Senhor mostra o seu supremo propósito à Filadélfia, como um pai empresário mostra os seus negócios a um filho maduro que herdará a empresa, sendo que, uma das cláusulas para se herdar a empresa é que filho realmente esteja pronto para governar a empresa, amadurecido, em perfeita harmonia com o pai, seu prazer é fazer a vontade do pai, se caso o filho sair da comunhão com o pai dizendo como disse o filho pródigo em Lucas 15:12 “o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.” Note que na parábola o que vai embora não é maduro, é o mais moço, que não tinha maturidade para compreender que a riqueza está no pai, note a resposta que o pai dá ao filho mais velho (Lucas 15:31 Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.). O filho mais moço pediu sua parte da herança e foi gastar tudo consigo mesmo ( EU). Ele ficou deslumbrado com a riqueza quando deveria ficar deslumbrado com o pai, do qual vem toda a riqueza. podemos comparar a esse moço da parábola do filho pródigo com a igreja em Laodicéia , eles fixaram-se na riqueza, nos tesouros e não no Senhor que outrora os abriu a porta, se ensoberbeceram com a excelência da revelação. Ontem, na reunião de oração, comentei com os irmãos a respeito das riquezas que temos recebido do Senhor, são tantas verdades que diariamente nos são revelada que chegamos a ficar deslumbrados com tamanha fartura, porém tudo isso sem a vida do Senhor Jesus, é como mostrar o ouro no escuro, o ouro só é valido mostrado à luz, o ouro mostrado no escuro não tem beleza, não brilha e pode ser facilmente confundido com qualquer outra pedra, embora seja ouro, e isso tem acontecido com muitos irmãos. eles estavam na condição de Filadélfia, na comunhão com Deus, vivendo o amor fraternal não fingido e então o Pai os abriu a porta, e revelou a eles, de acordo com o grau de maturidade que atingiram, os tesouros, as verdades que o tempo e as heresias diabólicas tentaram apagar, o Senhor lhes deu uma coroa e lhes revelou o reino. A luz que dá forma e beleza a todas essas verdades é o Senhor, ele é a Verdade! a sã doutrina é morta sem o Senhor ! Ele é a Vida. Permita-me fazer uma ilustração: Os irmãos em Filadélfia são aqueles que viram que aquele que detém a chave de Davi lhes abriu a porta e lhes revelou as riquezas do Reino dos céus, porém nada se compara, para esses irmãos, à riqueza que é Cristo Jesus. seus olhos estão fitos no Senhor da Glória, nada brilha mais que sua preciosa face, eles receberam uma coroa e foram advertidos à conservarem o que tem; e o que eles tem? Eles tem comunhão com o Pai e o Filho, Cristo Jesus, que lhes enche o espírito alma e corpo ao ponto de declararem, como João, que Deus é Amor e viverem diariamente 1 Pedro 1:22 “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,” Porém, alguns “mais moços” quando viram as riquezas que o Senhor lhes revelou e conhecendo que eles tem parte nessas riquezas, fecharam a porta e deixaram o Senhor lá fora e se gabaram dizendo: Ap3:17 “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”, agora temos a visão! somos maduros!! Só quem esta na nossa visão entrará no reino! Embora haja muitos nomes e denominações, nós Somos o Corpo de Cristo! óh Senhor Jesus!!
    Mas o Senhor, que está lá fora diz: Ap 3:17 “e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” Sem a luz Quão grandes trevas são suas riquezas! Suas visões são silhuetas sombrias! E o senhor continua dizendo: Apocalipse 3:20 “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” O senhor também chama a Laodicéia para vencer essa situação e promete recompensa ao que vencer. Apocalipse 3:21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
    Amados, que o Senhor, através de seu Santo Espírito, nos conduza a permanecermos em comunhão com ele mesmo! sabemos que as iniqüidades o tiram do centro de nossas vidas fazendo que o amor se esfrie, Mateus 24:12 “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos”. iniqüidade, pelo dicionário Aurélio, significa falta de equidade, que significa disposição de reconhecer os direitos do próximo, ou seja: “E por se multiplicar o EU, Cristo se esfriará em quase todos” Os tesouros das revelações sem Cristo, enriquecem o Eu. Tornando-nos religiosos frios e sem vida.
    Glória a Deus, pois vemos que Filadélfia permanece até o fim! Mesmo com pouca força eles não estão incluídos nos “quase todos” de Mt 24 :12.
    Mateus 24:13 “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” Salvo de que?. Apocalipse 3:10 responde: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.”
    Sejamos Sóbrios e Vigilantes! Laodicéia é uma condição não reconhecida e vivida por muitos! se perguntarmos aos irmãos se eles são Laodicéia, todos serão unânimes em dizer que não! Mas ela existe e fica pertinho de Filadélfia.

terça-feira, 22 de maio de 2007

USO E ABUSO DA LÍNGUA- Parte III Por Derek Prince

SETE REMÉDIOS

Chegamos agora aos remédios para esses sete problemas com a língua, e por
estranho que pareça, o número dos remédios é sete também! O remédio número um é reconhecer que o abuso da língua é um problema do coração.
Já vimos em Mateus 12.33,34 que o problema está no nosso coração. Além disso, Tiago 3.10-12 diz: “De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas, ou a videira, figos? Tão pouco fonte de água salgada pode dar água doce”. Assim, novamente se compara o coração com a árvore, e as palavras que saem com o fruto. Provérbios 4.23, uma das minhas passagens prediletas, diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. O que sai da sua boca vem do seu coração. A boca é o barômetro do coração. Remédio número dois: Confesse os seus pecados e seja purificado. Muitas pessoas não gostam de usar a palavra “pecado” para descrever suas faltas no uso da língua. Mas palavras erradas constituem pecado. Quando as encararmos como pecado, começaremos a ver resultados. Enquanto as tolerarmos, nos desculparmos, ou
tentarmos nos esquivar da responsabilidade, não haverá modificação. 1 João 1.9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Deus tem um remédio para os problemas da língua, mas enquanto não os
reconhecermos como pecado, confessando e nos arrependendo deles, e buscando de Deus o perdão e a purificação, não estamos aceitando o remédio de Deus. Remédio número três: Recuse o mal, entregue-se a Deus.
Há uma dupla decisão que precisamos tomar. Paulo diz em Romanos 6.12,13 que primeiro devemos recusar que os membros do nosso corpo sejam usados como instrumentos de injustiça e pecado. Diga ao diabo: “Você não pode ter minhas mãos; você não pode ter meus pés; e acima de tudo, não pode ter minha língua. Quando Jesus morreu, ele comprou a minha língua junto com todo o meu ser, e, Satanás, não vou deixar que você domine a minha língua”.
Segundo, entregue-se a Deus e os seus membros como instrumentos de justiça sob a obediência. Diga deliberadamente a Deus que você quer que sua língua seja um instrumento de justiça e que a está entregando a ele para este fim.
Remédio número quatro: compreender por que você tem uma língua.Se você não compreender isso, nunca há de entrar verdadeiramente naquilo que Deus lhe oferece. Por que Deus pôs uma língua na sua boca? As Escrituras nos
esclarecem.
No Salmo 16.9, o salmista Davi diz: “Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória: também a minha carne repousará segura”. A que Davi se referia quando disse “a minha glória”? Encontramos a resposta em Atos 2.26, onde Pedro cita este salmo: “Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou”. Sua glória é a sua língua. Por quê? Porque lhe foi dada para um supremo propósito: glorificar a Deus. Sua língua é a sua glória. Se você puder alcançar essa verdade e meditar sobre ela e agir sobre ela, sua vida será revolucionada.
Remédio número cinco: resolva louvar a Deus. Louvor é resultado de uma decisão. Foi por isso que Davi disse: “O meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores” (Sl 57.7). Uma vez eu disse: “Mesmo que o telhado caia,
vou louvar ao Senhor”. No momento, eu estava pregando longe de casa, e telefonei para casa para perguntar: “Como estão as coisas?” “Tudo bem”, veio a resposta, “o telhado caiu.” Fui apanhado pelo meu próprio testemunho e tive que dar graças! Vamos examinar uma das decisões de Davi. O título introdutório de Salmo 34 nos conta que Davi estava na corte do rei filisteu, fugindo para salvar a sua vida, e fingindo ser maluco. Nesta época, ele tomou a decisão: “Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios. Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome”
Primeiro você toma uma decisão individual: “Eu vou agir assim”. Depois, você
encontra outras pessoas de igual pensamento, e diz: “Vamos fazer isso juntos”. Porém a decisão individual vem primeiro. Remédio número seis: Lembre-se de Cristo, seu sumo sacerdote. Aqui está uma verdade importantíssima. Cristo é o nosso sumo sacerdote, que intercede por nós, e que nos representa diante de Deus no céu. O que você diz com a sua boca limita o que ele pode fazer por você no céu. Se fizer uma confissão fraca, você terá um sumo sacerdote fraco em seu favor, pois ele é o sumo sacerdote da sua confissão. Hebreus 3.1 diz: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus”. Ele é o
sumo sacerdote das suas palavras. Se você cerrar os seus lábios, ele terá nada para dizer a seu respeito. Hebreus 10.21,23 o expressam dessa forma: “E tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus... guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar”. Faça sua confissão, continue fazendo e não pare. É isto que significa em português claro. Remédio número sete: Submeta-se à disciplina do Corpo de Cristo. Esta é a última recomendação. Uma área da nossa vida que está inquestionavelmente sujeita à disciplina do Corpo é a maneira pela qual falamos uns sobre os outros. Se você estiver sujeito à disciplina do Corpo, não falará a respeito de outras pessoas, porque, por uma razão, será embaraçoso você ter que ir pedir-lhes perdão. E se você não for pedir perdão, estará caminhando para um apuro pior ainda. Portanto, é melhor
ficar livre disso desde o princípio. Vamos examinar a passagem de Mateus 18.15-17: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só.” Isso é disciplina. Não vá contar a todos os outros primeiro. Esta seria a reação da maioria dos cristãos. Se alguém me ofender, não falo com ele – falo com
todos menos com o irmão que me ofendeu. Depois se torna quase impossível curar a ruptura. “Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça”. “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.”Isso é disciplina, e todos estamos sujeitos a ela se formos membros do Corpo de Cristo. Agora, há dois aspectos disso: Primeiro, se alguém cometer algo que considero errado, o que devo fazer? Devo ir à pessoa para curar a ruptura. Na maioria dos casos,se você agir assim, a ruptura será curada. Depois, há outro lado – e é aí que a maioria das pessoas cai. Quando alguém vai a você e diz: “Você sabe o que o irmão Antônio falou sobre mim? Você sabe como ele está me tratando?”, você tem que responder: “Você já conversou com o irmão Antônio?” Se a resposta for “não”, você tem que dizer: “Então não converse comigo”. Essa é a verdadeira disciplina. De outra forma, você se torna um cúmplice posterior, em termos jurídicos, e responsáveis por explodir a situação e criar uma ruptura no Corpo de Cristo. É aí que a maioria de nós tropeça. Em Provérbios 25. 23 diz: “O vento norte traz chuva, e a língua caluniadora, o rosto irado”. Se aparecer uma língua caluniadora, deve aparecer também o rosto irado. É legítimo ser irado. Não receba a pessoa que proferir palavras caluniadoras. Se pessoas vierem constantemente ao seu lar para contar histórias sobre os outros, diga-lhes que sua sala não é um depósito de lixo. Se quiserem se dispor do seu lixo, que procurem outro lugar. Em conclusão, depois de ler essa mensagem, se você reconheceu que tem pecado com a sua língua, ou tiver algum dos problemas que descrevemos, sugiro que você aplique estes sete remédios, e confesse o seu problema agora como pecado. Se tiver ferido um outro crente, pode ser necessário ir a ele e pedir que lhe perdoe. Enfrente a verdade sobre o
seu pecado e peça que Deus lhe perdoe. Peça que ele o purifique, e então creia que recebeu dele o perdão e a purificação.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

Arquivos do blog