quinta-feira, 24 de maio de 2007

Porta Aberta X Porta Fechada

  • Porta Aberta X Porta Fechada

  • Amados Irmãos, meu coração exulta ao ler o livro de apocalipse, pois o fim está próximo! Ap 1: 3

    Apocalipse 3:8 Conheço as tuas obras, eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar, que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
    Ao lermos a carta à igreja em Filadélfia , percebemos que a única das sete igrejas descritas em Apocalipse 2 e 3 que é louvada pelo Senhor é a igreja em Filadélfia, Filadélfia vive a vida cristã normal, Filadélfia não nega o nome do Senhor mesmo tendo pouca força; e o Senhor, que se apresenta como aquele que tem a chave de Davi, abre a porta à Filadélfia para exibir as riquezas do Reino dos céus. No capítulo 4 versículo 1 do livro de Apocalipse, João relata que viu uma porta aberta: “Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.” João, o discípulo a quem Jesus amava (João 21:20), vivia o amor fraternal, é comum dizer entre os irmãos que João era o apóstolo do amor, ele declarou em 1 João 4:8 “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor ( ágape)” e o fruto de uma comunhão com o Pai e o Filho gera o Amor pelos irmãos, 1 Jo 1 : 7 “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”O amor fraternal é uma manifestação do amor ágape, não podemos ver se um irmão ama a Deus; se perguntarmos aos irmãos se elas amam a Deus, vai ser muito difícil achar algum irmão que diga não, mas se os observarmos e constatarmos que eles verdadeiramente, fraternalmente amam aos irmãos então podemos dizer que eles amam a Deus, eles têm comunhão com Deus. o Amor de Deus rasgou-lhes o véu que a alma põe no espírito, enchendo todo o seu espírito alma e corpo, não há defeitos, ou pontos de vista, ou doutrina ou denominações que apaguem esse ardente amor pelos irmãos, amor esse que vem da comunhão com o Pai e o Filho Cristo Jesus. essa é a razão pela qual Filadélfia foi louvada! E assim como o Senhor abriu uma porta no céu a João, ele Abriu uma porta também à igreja em Filadélfia. O Senhor revela riquezas à Filadélfia, o Senhor mostra o seu supremo propósito à Filadélfia, como um pai empresário mostra os seus negócios a um filho maduro que herdará a empresa, sendo que, uma das cláusulas para se herdar a empresa é que filho realmente esteja pronto para governar a empresa, amadurecido, em perfeita harmonia com o pai, seu prazer é fazer a vontade do pai, se caso o filho sair da comunhão com o pai dizendo como disse o filho pródigo em Lucas 15:12 “o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.” Note que na parábola o que vai embora não é maduro, é o mais moço, que não tinha maturidade para compreender que a riqueza está no pai, note a resposta que o pai dá ao filho mais velho (Lucas 15:31 Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.). O filho mais moço pediu sua parte da herança e foi gastar tudo consigo mesmo ( EU). Ele ficou deslumbrado com a riqueza quando deveria ficar deslumbrado com o pai, do qual vem toda a riqueza. podemos comparar a esse moço da parábola do filho pródigo com a igreja em Laodicéia , eles fixaram-se na riqueza, nos tesouros e não no Senhor que outrora os abriu a porta, se ensoberbeceram com a excelência da revelação. Ontem, na reunião de oração, comentei com os irmãos a respeito das riquezas que temos recebido do Senhor, são tantas verdades que diariamente nos são revelada que chegamos a ficar deslumbrados com tamanha fartura, porém tudo isso sem a vida do Senhor Jesus, é como mostrar o ouro no escuro, o ouro só é valido mostrado à luz, o ouro mostrado no escuro não tem beleza, não brilha e pode ser facilmente confundido com qualquer outra pedra, embora seja ouro, e isso tem acontecido com muitos irmãos. eles estavam na condição de Filadélfia, na comunhão com Deus, vivendo o amor fraternal não fingido e então o Pai os abriu a porta, e revelou a eles, de acordo com o grau de maturidade que atingiram, os tesouros, as verdades que o tempo e as heresias diabólicas tentaram apagar, o Senhor lhes deu uma coroa e lhes revelou o reino. A luz que dá forma e beleza a todas essas verdades é o Senhor, ele é a Verdade! a sã doutrina é morta sem o Senhor ! Ele é a Vida. Permita-me fazer uma ilustração: Os irmãos em Filadélfia são aqueles que viram que aquele que detém a chave de Davi lhes abriu a porta e lhes revelou as riquezas do Reino dos céus, porém nada se compara, para esses irmãos, à riqueza que é Cristo Jesus. seus olhos estão fitos no Senhor da Glória, nada brilha mais que sua preciosa face, eles receberam uma coroa e foram advertidos à conservarem o que tem; e o que eles tem? Eles tem comunhão com o Pai e o Filho, Cristo Jesus, que lhes enche o espírito alma e corpo ao ponto de declararem, como João, que Deus é Amor e viverem diariamente 1 Pedro 1:22 “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,” Porém, alguns “mais moços” quando viram as riquezas que o Senhor lhes revelou e conhecendo que eles tem parte nessas riquezas, fecharam a porta e deixaram o Senhor lá fora e se gabaram dizendo: Ap3:17 “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”, agora temos a visão! somos maduros!! Só quem esta na nossa visão entrará no reino! Embora haja muitos nomes e denominações, nós Somos o Corpo de Cristo! óh Senhor Jesus!!
    Mas o Senhor, que está lá fora diz: Ap 3:17 “e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” Sem a luz Quão grandes trevas são suas riquezas! Suas visões são silhuetas sombrias! E o senhor continua dizendo: Apocalipse 3:20 “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” O senhor também chama a Laodicéia para vencer essa situação e promete recompensa ao que vencer. Apocalipse 3:21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
    Amados, que o Senhor, através de seu Santo Espírito, nos conduza a permanecermos em comunhão com ele mesmo! sabemos que as iniqüidades o tiram do centro de nossas vidas fazendo que o amor se esfrie, Mateus 24:12 “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos”. iniqüidade, pelo dicionário Aurélio, significa falta de equidade, que significa disposição de reconhecer os direitos do próximo, ou seja: “E por se multiplicar o EU, Cristo se esfriará em quase todos” Os tesouros das revelações sem Cristo, enriquecem o Eu. Tornando-nos religiosos frios e sem vida.
    Glória a Deus, pois vemos que Filadélfia permanece até o fim! Mesmo com pouca força eles não estão incluídos nos “quase todos” de Mt 24 :12.
    Mateus 24:13 “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” Salvo de que?. Apocalipse 3:10 responde: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.”
    Sejamos Sóbrios e Vigilantes! Laodicéia é uma condição não reconhecida e vivida por muitos! se perguntarmos aos irmãos se eles são Laodicéia, todos serão unânimes em dizer que não! Mas ela existe e fica pertinho de Filadélfia.

terça-feira, 22 de maio de 2007

USO E ABUSO DA LÍNGUA- Parte III Por Derek Prince

SETE REMÉDIOS

Chegamos agora aos remédios para esses sete problemas com a língua, e por
estranho que pareça, o número dos remédios é sete também! O remédio número um é reconhecer que o abuso da língua é um problema do coração.
Já vimos em Mateus 12.33,34 que o problema está no nosso coração. Além disso, Tiago 3.10-12 diz: “De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas, ou a videira, figos? Tão pouco fonte de água salgada pode dar água doce”. Assim, novamente se compara o coração com a árvore, e as palavras que saem com o fruto. Provérbios 4.23, uma das minhas passagens prediletas, diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. O que sai da sua boca vem do seu coração. A boca é o barômetro do coração. Remédio número dois: Confesse os seus pecados e seja purificado. Muitas pessoas não gostam de usar a palavra “pecado” para descrever suas faltas no uso da língua. Mas palavras erradas constituem pecado. Quando as encararmos como pecado, começaremos a ver resultados. Enquanto as tolerarmos, nos desculparmos, ou
tentarmos nos esquivar da responsabilidade, não haverá modificação. 1 João 1.9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Deus tem um remédio para os problemas da língua, mas enquanto não os
reconhecermos como pecado, confessando e nos arrependendo deles, e buscando de Deus o perdão e a purificação, não estamos aceitando o remédio de Deus. Remédio número três: Recuse o mal, entregue-se a Deus.
Há uma dupla decisão que precisamos tomar. Paulo diz em Romanos 6.12,13 que primeiro devemos recusar que os membros do nosso corpo sejam usados como instrumentos de injustiça e pecado. Diga ao diabo: “Você não pode ter minhas mãos; você não pode ter meus pés; e acima de tudo, não pode ter minha língua. Quando Jesus morreu, ele comprou a minha língua junto com todo o meu ser, e, Satanás, não vou deixar que você domine a minha língua”.
Segundo, entregue-se a Deus e os seus membros como instrumentos de justiça sob a obediência. Diga deliberadamente a Deus que você quer que sua língua seja um instrumento de justiça e que a está entregando a ele para este fim.
Remédio número quatro: compreender por que você tem uma língua.Se você não compreender isso, nunca há de entrar verdadeiramente naquilo que Deus lhe oferece. Por que Deus pôs uma língua na sua boca? As Escrituras nos
esclarecem.
No Salmo 16.9, o salmista Davi diz: “Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória: também a minha carne repousará segura”. A que Davi se referia quando disse “a minha glória”? Encontramos a resposta em Atos 2.26, onde Pedro cita este salmo: “Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou”. Sua glória é a sua língua. Por quê? Porque lhe foi dada para um supremo propósito: glorificar a Deus. Sua língua é a sua glória. Se você puder alcançar essa verdade e meditar sobre ela e agir sobre ela, sua vida será revolucionada.
Remédio número cinco: resolva louvar a Deus. Louvor é resultado de uma decisão. Foi por isso que Davi disse: “O meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores” (Sl 57.7). Uma vez eu disse: “Mesmo que o telhado caia,
vou louvar ao Senhor”. No momento, eu estava pregando longe de casa, e telefonei para casa para perguntar: “Como estão as coisas?” “Tudo bem”, veio a resposta, “o telhado caiu.” Fui apanhado pelo meu próprio testemunho e tive que dar graças! Vamos examinar uma das decisões de Davi. O título introdutório de Salmo 34 nos conta que Davi estava na corte do rei filisteu, fugindo para salvar a sua vida, e fingindo ser maluco. Nesta época, ele tomou a decisão: “Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios. Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome”
Primeiro você toma uma decisão individual: “Eu vou agir assim”. Depois, você
encontra outras pessoas de igual pensamento, e diz: “Vamos fazer isso juntos”. Porém a decisão individual vem primeiro. Remédio número seis: Lembre-se de Cristo, seu sumo sacerdote. Aqui está uma verdade importantíssima. Cristo é o nosso sumo sacerdote, que intercede por nós, e que nos representa diante de Deus no céu. O que você diz com a sua boca limita o que ele pode fazer por você no céu. Se fizer uma confissão fraca, você terá um sumo sacerdote fraco em seu favor, pois ele é o sumo sacerdote da sua confissão. Hebreus 3.1 diz: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus”. Ele é o
sumo sacerdote das suas palavras. Se você cerrar os seus lábios, ele terá nada para dizer a seu respeito. Hebreus 10.21,23 o expressam dessa forma: “E tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus... guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar”. Faça sua confissão, continue fazendo e não pare. É isto que significa em português claro. Remédio número sete: Submeta-se à disciplina do Corpo de Cristo. Esta é a última recomendação. Uma área da nossa vida que está inquestionavelmente sujeita à disciplina do Corpo é a maneira pela qual falamos uns sobre os outros. Se você estiver sujeito à disciplina do Corpo, não falará a respeito de outras pessoas, porque, por uma razão, será embaraçoso você ter que ir pedir-lhes perdão. E se você não for pedir perdão, estará caminhando para um apuro pior ainda. Portanto, é melhor
ficar livre disso desde o princípio. Vamos examinar a passagem de Mateus 18.15-17: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só.” Isso é disciplina. Não vá contar a todos os outros primeiro. Esta seria a reação da maioria dos cristãos. Se alguém me ofender, não falo com ele – falo com
todos menos com o irmão que me ofendeu. Depois se torna quase impossível curar a ruptura. “Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça”. “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.”Isso é disciplina, e todos estamos sujeitos a ela se formos membros do Corpo de Cristo. Agora, há dois aspectos disso: Primeiro, se alguém cometer algo que considero errado, o que devo fazer? Devo ir à pessoa para curar a ruptura. Na maioria dos casos,se você agir assim, a ruptura será curada. Depois, há outro lado – e é aí que a maioria das pessoas cai. Quando alguém vai a você e diz: “Você sabe o que o irmão Antônio falou sobre mim? Você sabe como ele está me tratando?”, você tem que responder: “Você já conversou com o irmão Antônio?” Se a resposta for “não”, você tem que dizer: “Então não converse comigo”. Essa é a verdadeira disciplina. De outra forma, você se torna um cúmplice posterior, em termos jurídicos, e responsáveis por explodir a situação e criar uma ruptura no Corpo de Cristo. É aí que a maioria de nós tropeça. Em Provérbios 25. 23 diz: “O vento norte traz chuva, e a língua caluniadora, o rosto irado”. Se aparecer uma língua caluniadora, deve aparecer também o rosto irado. É legítimo ser irado. Não receba a pessoa que proferir palavras caluniadoras. Se pessoas vierem constantemente ao seu lar para contar histórias sobre os outros, diga-lhes que sua sala não é um depósito de lixo. Se quiserem se dispor do seu lixo, que procurem outro lugar. Em conclusão, depois de ler essa mensagem, se você reconheceu que tem pecado com a sua língua, ou tiver algum dos problemas que descrevemos, sugiro que você aplique estes sete remédios, e confesse o seu problema agora como pecado. Se tiver ferido um outro crente, pode ser necessário ir a ele e pedir que lhe perdoe. Enfrente a verdade sobre o
seu pecado e peça que Deus lhe perdoe. Peça que ele o purifique, e então creia que recebeu dele o perdão e a purificação.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Empecilhos para uma oração eficaz- David Wilkerson

Empecilhos para uma oração eficaz


Por toda a Bíblia encontramos a ordem para que o povo de Deus ore o tempo todo. Devemos orar quando estamos bem, e quando estamos mal. E devemos orar em todas as ocasiões -- em períodos de alegria e saúde, bem como de doença e depressão; épocas de descanso e prosperidade, bem como de tristeza e pesar. Não interessa qual a nossa situação, devemos orar sem cessar.
Eu acredito que todo cristão sincero deseje orar. Mas, claro, nem todos agimos de acordo com este desejo. Mesmo crentes maduros relaxam na oração. Quando chegam a investir tempo em oração, acham difícil e cansativo, e rápidamente perdem o interesse.
Quando pergunto a meus amigos por que acham tão difícil orar, a maioria encolhe os ombros. Seu amor por Jesus é genuíno, e eles têm muita vontade de orar. Mas ficam frustrados por não serem mais persistentes na oração.
Após muita oração e estudo da palavra de Deus, acredito que o Senhor me lançou alguma luz sobre este assunto. Aqui estão cinco empecilhos usuais para a oração eficaz:
1. Alguns Têm Dificuldade em Acreditarque Suas Orações São Aceitas
Mesmo tendo ouvido a pregação do evangelho da graça por muitos anos, alguns cristãos ainda não confiam que são aceitos diante do Senhor. Nada tira a vontade de orar mais do que isso. Simplesmente não dá para acreditar que suas preces são aceitas, a menos que acredite que você é aceito. E enquanto não definir isso -- enquanto você não se convencer de que pode se achegar ao trono de Deus sem condenação -- você nunca experimentará a oração eficaz.
Paulo nos diz que Deus nos adotou simplesmente porque nos amou: "segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado" (Efésios 1:5-6). O Senhor lhe adotou por nenhuma outra razão senão por Seu grande amor por você.
Voce pode dizer: "Sei que a palavra de Deus diz que sou aceito, e sei que Jesus me deu acesso direto ao trono da graça. Mas estou muito envergonhado para me aproximar. Ainda luto contra forte tentação. E ainda peco ocasionalmente. Não consegui vitória total; por isso, a única oração que consigo expressar é '"Deus, me ajude"'.
Deixe-me fazer-lhe uma pergunta simples: você ama Jesus? Você é Seu filho, e é Ele seu Sumo Sacerdote que intercede por você? Então, conforme as escrituras, não importa o que você fez -- você tem o direito de chegar à Sua presença, para achar toda a misericórdia e graça de que necessita. Na verdade, é justamente numa hora destas que Ele atua como seu Sumo Sacerdote:
"Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno" (Hebreus 4:15-16).
Cristo está nos dizendo: "Sim, posso discernir cada pensamento seu, bom ou mau. Eu enxergo todo seu desejo secreto, todos seus atos e lascívias secretos. Mesmo assim ainda lhe convido a se achegar ousadamente ao Meu trono. Desejo lhe dar toda a graça e misericórdia que você necessita tão desesperadamente".
Todavia, muitas vezes os cristãos não agem de acordo com a oferta do Senhor. Ao contrário, toda vez que cedem à uma tentação e pecam, eles tendem a fugir de Deus. Eles pensam, "como o Senhor pode me receber, se O desapontei tantas vezes na mesma área? Eu não posso me achegar a Ele em relação a isso. Ele foi misericordioso comigo muitas vezes anteriormente. Não penso que vá me apoiar desta vez".
Não muito tempo atrás, um marido desesperado me escreveu: "Tornei-me viciado em pornografia. Não sei como aconteceu -- fiquei profundamente preso a isso. Estou sofrendo tanto com este pecado, que desprezo a mim mesmo. Já o confessei à minha esposa e ao Senhor. E sei que ainda amo Jesus de todo meu coração. Mas simplesmente não consigo me libertar. Eu hesito em me achegar a Ele com este pecado, pois Ele deve estar irado comigo. Diga-me, irmão David -- Deus pode me perdoar?".
Este homem ama siceramente o Senhor. Mas ele também está doente, precisando muito de um médico. Sim, ele pecou contra a luz que lhe foi dada. Mas a realidade continua - Jesus veio para ser médico para os doentes, os aflitos, os endemoninhados, e para os que estão em prisões, inclusive na prisão da pornografia. Cristo ainda é o Sumo Sacerdote deste homem.
Mesmo assim, este crente preso está dizendo, com todas as letras: "O convencimento do meu pecado me deixa fora da sala do trono". Eu digo a ele: "Corra ao seu lugar secreto (de oração) e derrame o coração diante do trono da graça. Obtenha toda a misericórdia que Jesus tem para você. Então, após ter recebido Seu amor, mortifique seu pecado através do poder dado pelo Espírito Santo".
Alguns cristãos pensam que suas orações não serão aceitas por terem deixado de orar por muito tempo. Durante meses, ou mesmo anos, o Espírito de Deus os tem encorajado a irem ao lugar secreto. Ele (o Espírito) faz isso procurando por eles e convencendo-os, através de inúmeros sermões, e de uma consciência abrasadora. Mas ao longo do tempo, estas pessoas construíram um reservatório de culpa. Elas sabem orar, mas não o fazem.
Este foi o protesto de um marido não crente, que nunca ia à igreja com a esposa. Toda vez que ela lhe pedia para ir, ele dizia: "Eu me sentiria um hipócrita, pois nunca vou nas outras ocasiões". Finalmente, na vez em que cedeu e foi com ela, ele foi salvo.
Sob o estímulo do Espírito, certa vez enviei um grande donativo financeiro a um homem que havia me prejudicado muito. Seis meses se passaram, sem confirmação de recebimento. Claro, eu não estava buscando gratidão - eu tinha simplesmente obedecido a ordem de Deus para amar e abençoar esse homem. Finalmente uma carta chegou. O homem explicou: "Não respondi imediatamente porque achei que não tinha palavras para lhe agradecer. Eu não podia acreditar que você faria tal coisa, após todoeste tempo. Levou todo este tempo para eu juntar coragem para dizer obrigado".
Muitos cristãos são como este homem. Eles não conseguem acreditar que Deus poderia perdoar, amar e se preocupar com eles após todo o tempo que O desprezaram. Então simplesmente não vão até Ele. Mas, se eu consigo perdoar e bendizer alguém que me feriu e desprezou, quanto mais nosso Senhor vai perdoar e abençoar Seu povo?
Deus declara em Jeremias: "O meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta" (Jeremias 2:32). Todavia, logo no capítulo seguinte, o Senhor encoraja: "Mas, ainda assim, torna para mim, diz o Senhor" (Jeremias 3:1). Não importa o quanto possamos ter menosprezado o nosso Senhor na oração, Ele ainda nos espera de braços abertos. Porém, tristemente, mesmo com tal misericórdia nos aguardando, muitos ainda não querem voltar: "mas não voltou" (3:7).
2. Alguns Sentem-se Culpados Por OraremSó Quando Estão com Problemas
Quando alguns cristãos são atingidos por problemas, eles caem sobre suas faces e oram como se a casa estivesse pegando fogo. Mas entre as crises, eles raramente chegam a orar, se é que oram. A maioria tem vergonha de admitir isso. Eles pensam assim: "Claro, eu clamo a Deus quando um filho meu se acidenta; oro desesperadamente quando descubro que um de meus queridos tem alguma doença séria. As únicas vezes que oro é quando chego ao fim da linha".
Amado, eu não condeno isso, porque a Bíblia não condena. As escrituras nos dizem:
"Atendeu à oração do desamparado e não lhe desdenhou as preces" (Salmo 102:17). Deus nunca rejeitará nossas preces só porque nós as oferecemos numa crise.
"Famintos e sedentos, desfalecia neles a alma. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (107: 5-6).
Estes versos descrevem pessoas que clamaram porque tinham chegado ao fim da linha. Contudo Deus não os condenou, dizendo "Vocês só estão Me invocando porque estão com problemas. Onde estavam nas horas boas?". Não - Ele respondeu suas orações sem resalvas.
"Desceram até os abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas atribulações. Fez cessar a tormenta" (107: 26-29).
Será que Deus repreendeu essas pessoas por clamarem a Ele em meio às tormentas? Não - Ele as livrou, e acalmou a tempestade.
Por que Deus nos responde tão misericordiosamente quando O invocamos na crise, apesar de que não O buscamos em outras ocasiões? Ele faz isso por um motivo: Ele deseja que retornemos para Ele após, em gratidão. "Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações...Então, se alegraram com a bonança...Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens" (107: 28-31).
Creio que Deus está dizendo: "Faço qualquer coisa para ter comunhão com você. Então, se isso significa que tenho de lhe curar e abençoar durante a crise, para lhe trazer ao lugar secreto (de oração), então farei isso".
Houve vezes em que entrei em meu lugar de oração cheio de problemas, provações, e confuso. Nessas ocasiões despejei minha alma inteira para Deus. Não precisei de ninguém que me escrevesse uma oração para que eu recitasse. Em verdade, nunca fui ao lugar secreto com um manual de oração. E nunca guardei lista escrita para me lembrar como orar. Simplesmente não creio que o Espírito Santo responda à oração em lata. Antes, Deus deseja preces que venham do coração.
Pense nisso - se eu desejar lisonjear minha esposa Gwen, não vou ficar decorando sonetos de Shakespeare para recitar à ela. Isso simplesmente não seria eu mesmo, e ela sabe disso. Em vez disso direi, "Oi, meu bem - eu te amo". Isso seria eloqüência simples - pois viria diretamente do meu coração. E Deus deseja este mesmo tipo de prece simples e eloqüente de Seu povo. Para Ele, a mais elevada forma de oração é a ação de graças por Sua bondade, vinda de um coração grato.
3. Alguns, Erroneamente Acham que a OraçãoTem de Ser em Voz Alta, Chorosa e Exaustiva.
Erroneamente, achamos que nossas orações não serão eficazes diante de Deus a menos que lutemos com Ele como Jacó, que oremos em voz alta três vezes por dia como Daniel, ou que acabemos exaustos após guerrearmos espiritualmente. É claro, há vezes em que oração fervorosa assim é apropriado. Mas temos de livrar nossa mente da noção de que Deus não vai nos ouvir se não elevarmos nossa voz enquanto oramos.
Essa concepção errônea é uma das razões porque convertidos tímidos, de fala mansa, não desenvolvem o hábito da oração. Eles ouvem cristãos amadurecidos fazendo orações flamejantes, rugindo, falando de tomar os céus pela violência - e se intimidam. Eles pensam: "Nunca vou conseguir orar assim; orar em público me assusta. Espero que nunca me peçam para orar na igreja".
Gwen, minha esposa, e eu nos assentamos para jantarmos com alguns casais cristãos recentemente, e pedi a um dos esposos que orasse agradecendo. Ele rapidamente sussurrou para mim, "Pastor, por favor - peça para outra pessoa". Sei que esse querido irmão ora com freqüência quando está só. Contudo ficou envergonhado em fazer uma oração antes da refeição.
Eu creio que Deus entende isso. É claro que há uma hora para orar alto - para prantear e angustiar, chorar intensamente, elevar nossa voz e não dar descanso a Deus até que responda. Afinal de contas, o próprio Jesus orou em voz alta quando estava no jardim.
No entanto, podemos ter todo esse fervor sem emitir um som. Nossas preces podem ser tão fervorosas, poderosas e eficazes sem elevar a voz. Esse foi o caso de Ana, que orava diligentemente para ter um filho:
"Com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente" (I Samuel 1:10). "Demorando-se ela no orar perante o Senhor, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada" (1:13).
Eli acusa Ana de estar bêbada. Mas essa mulher temente a Deus responde: "Não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o Senhor...porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora" (1:15).
Ao derramar a alma perante Deus, Ana não proferiu uma única palavra. Porém sua profunda intercessão e integridade moveram os céus. E o Senhor abençoou essa mulher de oração com um filho - o profeta Samuel, que se tornaria voz piedosa em Israel.
Tal como Ana, às vezes nós também podemos ficar muito fracos, atormentados ou confusos para elevarmos nossas vozes a Deus. Algumas vezes, só conseguimos chorar diante dEle. Eu já estive assim. Muitas vezes me dirigi ao lugar secreto de oração com tanto esgotamento, sofrimento, tanta exaustão e depressão, sem saber o que fazer, que nada tinha a oferecer ao Senhor. Eu só conseguia me sentar em Sua presença e dizer, "Por favor, Deus - me abrace. Preciso de Ti".
Davi descreve essa experiência no Salmo 6:
"Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor" (6:1). Os problemas de Davi eram tão terríveis, que ele se convenceu de que Deus estava zangado com ele, e o castigava severamente devido a algum pecado oculto.
"Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados" (6:2). A situação de Davi era tão grave, que enfraqueceu seu corpo, e confundiu sua mente.
"Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, Senhor, até quando?" (6:3). Davi não conseguia entender porque estava levando tanto tempo para que Deus o livrasse. Ele clama: "Senhor, quando Tu vais me tirar dessa situação?".
"Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago. Meus olhos de mágoa se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários" (6:6-7). Davi estava tão atormentado pelo sofrimento atroz, que chorava a noite inteira, sem conseguir dormir.
Finalmente, Deus trouxe a Davi uma revelação. Ela o inspira tanto, que ele se levanta e ordena que seus inimigos demoníacos fujam: "Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade, porque o Senhor ouviu o meu lamento" (6:8).
Como Davi foi capaz de receber essa revelação? Ela veio porque Deus ouviu o seu choro: "o Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor acolhe a minha oração" (6:9). Cada lágrima de Davi era uma prece, cada gemido era sua voz elevada ao alto. E o nosso Senhor é fiel para ouvir o clamor de todos que O invocam.
4. Alguns Enfatizam a Oração MentalExcluindo a Prece em Voz Alta
Já vimos a eficácia da oração silenciosa, tranqüila. Em verdade, quando Paulo fala de "orar sem cessar", creio que esteja se referindo à oração mental - o tipo de oração que você pode oferecer enquanto está no carro, no ônibus, limpando a casa, cuidando do jardim, durante uma reunião de negócios. (Tive de interceder continuamente durante muitas das reuniõesde negócios de nossa igreja, junto às empreiteiras e advogados em Nova York.)
Porém é raro só a oração mental ser suficiente em nossas vidas. Se a oração mental é o único tipo de oração que oferecemos ao Senhor, nunca teremos poder eficaz sobre o pecado. E não desfrutaremos das profundidades de intimidade que poderíamos ter com Jesus. Cristo nos instrui: "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e...orarás a teu Pai, que está em secreto" (Mateus 6:6).
Recebo ajuda abençoada toda vez que brado em oração ao Senhor. Às vezes chego a ir para o meio do mato, saio do carro e fico andando, levantando os braços aos céus, clamando a Deus. Desabafo a Ele a minha dor e a minha frustração pelo clamor, até entender que prevaleci na minha provação.
Creio que Davi também fez esse tipo de oração em voz alta. Ele registra no Salmo 3:
"Senhor, como tem crescido o número dos meus adversários!" (Salmo 3:1). Davi viu os inimigos aumentando por todos os lados.
"São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele" (3:2). As pessoas tinham desistido de Davi, e diziam que que o caso não tinha mais jeito.
"Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde" (3:4). Finalmente, Davi clama ao Senhor em busca de socorro. Qual foi o resultado do seu clamor? "Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta" (3:5). Davi recebeu paz por ter pronunciado seus clamores em voz alta a Deus. Ele testifica: "Não tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados" (3:6).
5. A Oração Eficaz é Impossível Sem a Ajuda do Espírito Santo
Nenhum ser humano tem inclinação natural para a oração. E ninguém pode orar de maneira eficiente por vontade ou disciplina próprias. Oração consistente jamais pode ser obtida pelo estoicismo ou determinação humanos.
O desejo e a habilitação para orar vêm só por sermos habitados pelo Espírito Santo. Sem Sua assistência integral, simplesmente não conseguimos orar - porque não sabemos como. Paulo escreve: "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convem, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rom. 8:26).
O Espírito Santo também mantém nossas preces focalizadas em Jesus. Enquanto oramos, Ele de modo sobrenatural vai nos abrindo a compreensão das palavras de Cristo, assim como do resto das escrituras. Por outro lado, é perigoso orar com a mente em ponto morto, indiferente. Contudo, para surpresa minha, muitos cristãos fazem isso. Estão convencidos de que se deixarem a mente vazia durante a oração, qualquer voz que ouvirem será de Deus. Amado, é por aí que entra o engano.
Cristãos têm escrito ao nosso ministério declarando-se ser uma das duas "testemunhas" mencionadas no livro do Apocalipse. Como eles chegaram à tal revelação? Eles sustentam: "Uma voz me disse enquanto eu orava".
Porém há um engano acima de todos os outros entre os que nos escrevem. Uma voz lhes diz: "Você vai receber uma enorme quantidade de dinheiro, que vai permitir que você se dedique totalmente à obra de Deus. E então ganhará líderes e nações para o Senhor". Alguns cristãos viveram sob tal engano por décadas. Como receberam tal revelação? Eles afirmam: "Eu orei, esvaziei a mente, e esperei que Deus falasse".
Todas as vezes que vamos orar, necessitamos vincular nossa mente à palavra de Deus: "levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo". Devemos estabelecer nossas mentes sobre as escrituras, buscar Sua face, e confiar no Espírito Santo para nos guiar soberanamente.
Deve ofender terrivelmente o Espírito de Deus ver um mundo de multidões cegas espiritualmente orando com fervor, enquanto os cristãos continuam negligenciando seu lugar secreto de oração. Veja:
Os muçulmanos aos milhões se ajoelham e rezam em direção à Meca de três a cinco vezes ao dia. Não importa onde estejam, eles ousadamente colocam um cobertor sobre o chão e se prostram, sem se preocupar com o quê os outros pensam deles.
Os judeus em todo o mundo oram e cantam - nos aviões, ônibus, em shoppings - sem se preocupar com o quê os outros estão pensando.
Os católicos no mundo inteiro rezam com têrços, dizem o Salve Rainha e o Pai Nosso, acendem velas para os mortos - nunca se preocupando com o quê os outros estão pensando.
Os monges budistas rezam interminavelmente, girando continuamente rodas de oração. Os Hare Krishnas cantam por horas, até caírem em exaustão. Pagãos se levantam cedo e ficam acordados até tarde, rezando, cantando, tocando sinos - nas esquinas, na frente das lojas, nos templos e mesquitas. Do outro lado da rua de nosso prédio em Nova York, vejo um guru religioso do oriente dando voltas em seu apartamento todas as noites, cantando e rezando aos seus deuses por uma ou duas horas.
No entanto, o Deus único - o único que pode responder orações - continua sendo desprezado. Enquanto o mundo perdido reza fervorosamente aos seus deuses e ídolos, os cristãos evangélicos continuam orando esporadicamente. Nós raramente invocamos o nosso Senhor, ou gastamos tempo com Ele. Contudo, Ele nos ofertou o Seu próprio Espírito para nos ensinar a orar a Ele, para a nossa própria bênção e bem.
Eu lhe faço essa pergunta: você verdadeiramente quer ter uma vida de oração com consistência? Se quer, peça que o Espírito Santo lhe ensine. Ele habita em você, pois foi derramado sobre todos os crentes. Simplesmente submeta-se à Sua direção.
Ele colocará um espírito de gratidão em seu coração. E colocará em você um desejo de orar. Você poderá estar ocupado com algo durante o dia quando, subitamente, uma motivação para orar virá sobre si. À medida que responder à essa solicitação, você encontrará sua língua liberta - e um rio de piedosa oração fluirá de sua alma.

Uso e Abuso da Língua- parte II por Derek Prince


PROBLEMAS DA LÍNGUA
ParteII

PROBLEMAS DA LÍNGUA
Vamos examinar sete problemas específicos que encontramos relacionados com a
língua.
O problema número 1 é falar demais.
A seguir temos duas passagens que tratam desta questão. “No muito falar não falta
transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10.19). “Porque da muita
ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras” (Ec 5.3).
Se alguém conversa o tempo todo, está simplesmente demonstrando a todos o que
realmente é, pois a voz do tolo se conhece pela multidão das suas palavras. Além disse,
lembre-se das palavras de Jesus: “Porque a boca fala do que está cheio o coração”. Uma
língua irrequieta denota um coração irrequieto. Uma pessoa que não pode ficar calada não
está tranqüila, por mais que fale sobre paz e alegria. Em todas essas coisas, ela proclama
sua inquietude interior pelo que flui continuamente da sua boca.
O problema número 2 são palavras vãs.
Como já tratamos deste problema nos parágrafos anteriores, vamos apenas
mencioná-lo aqui. Em Mateus 12.36, que já citamos, está escrito: “Digo-vos que de toda
palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo”. No Sermão da
Montanha, há um versículo paralelo: “Seja porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que
disto passar, vem do maligno” (Mt 5.37).
A história da linguagem é uma história de palavras cujo significado se perde pelo
abuso delas. Pense em palavras como “fantástico”. Hoje elas não têm significado algum,
porque se as pessoas querem empregar uma palavra forte para impressionar os outros,
usam essas palavras. Enfatizar exageradamente destrói rapidamente o efeito de uma
palavra. A melhor maneira de impressionar os outros não é empregar palavras
impressionantes; é simplesmente dizer o que você quer dizer.
O problema número 3 é o fuxico.
Eu não brinco com o fuxico, porque é algo terrível. Embora seja verdade que os
homens também fuxicam, basicamente concordo com o comentário de Ern Baxter que diz:
“Fuxico é o risco ocupacional das mulheres”. A mulher normal da nossa sociedade tem muito
mais tentação e oportunidade de fuxicar do que o homem. Entretanto, estou ciente de que o
homem também fuxica.
Vamos ver o que a Bíblia diz a respeito do fuxico. “Não andarás como mexeriqueiro
entre o teu povo: não atentarás contra a vida do teu próximo” (Lv 19.16). “As palavras do
maldizente são doces bocados, que descem para o mais interior do ventre” (Pv 18.8).
Você sabia que é possível literalmente matar uma pessoa através de palavras? Sei de
casos reais onde ministros morreram sob o opróbrio, vergonha e feridas de línguas
maliciosas. Jeremias 18.18 diz que os inimigos de Jeremias falaram: “Vinde, firamo-lo com a
língua, e não atendamos a nenhuma das suas palavras”. Muitos servos de Deus morreram
de feridas causadas pela língua.
No Novo Testamento, examinaremos duas passagens: “Além do mais aprendem
também a viver ociosas (falando a respeito de mulheres na igreja), andando de casa em
casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem”
(1 Tm 5.13).
“Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como
quem se intromete em negócio de outrem” (1 Pe 4.15).
Você não acha interessante o intrometido ser classificado junto com os assassinos,
ladrões e malfeitores? A maioria dos religiosos ficaria horrorizada ao ser classificado como
um assassino, ladrão ou malfeitor – no entanto, muitos deles são intrometidos.
O problema 4 é a mentira.
Vamos começar novamente no livro de Provérbios. “Seis coisas o Senhor aborrece, e
a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue
inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,
testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16-
19).
Das sete coisas abominadas pelo Senhor, três se relacionam com a língua: a língua
mentirosa, a testemunha falsa, e o que semeia contendas entre os irmãos. Provérbios 12.22
confirma isto, quando diz: “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor”. “Abominação”
é a palavra mais forte que se pode usar para descrever o que desagrada a Deus. Por outro
lado, no final do versículo lemos: “mas os que obram fielmente são o seu prazer”.
Encontramos mais um versículo sobre mentir no Apocalipse, onde há três
advertências a respeito do perigo de mentir nos últimos dois capítulos. Apocalipse 21.8 diz:
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no
lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.
Todos os mentirosos são destinados para o lago de fogo. Não quero estender-me
nesse assunto, mas sejamos honestos – há muitos cristãos mentirosos. Embora eu não seja
o juiz, fico me perguntando o que lhes acontecerá no último dia. Não quero ignorar a Palavra
de Deus que afirma que todos os mentirosos acabarão no lago de fogo. Creio que isto
significa literalmente o que está escrito; contudo, lembremos também que sempre há
arrependimento para aqueles que quiserem voltar-se a Deus.
O problema número 5 é a bajulação.
Creio que a maioria das pessoas não entende o perigo da bajulação, e nem o quanto
é desagradável a Deus. Como pregador da Palavra, aprecio a genuína gratidão e sou
estimulado pelas expressões de estima das pessoas que me ouvem; entretanto, aprendi a
vigiar contra bajulação, pois muitos servos de Deus têm se enredado por meio desse
instrumento. Eu poderia citar os nomes de diversos homens que foram bajulados a ponto de
serem cativados e de perderem os seus ministérios.
O Salmo 12 diz: “Socorro, Senhor! Porque já não há homens piedosos: desaparecem
os fiéis entre os filhos dos homens. Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios
bajuladores e coração fingido. Corte o Senhor todos os lábios bajuladores, a língua que fala
soberbamente” (vv. 1-3). São palavras bem claras, e outra vez acho que a maioria das
pessoas concordaria que há uma abundância de insinceridade entre o povo religioso – uma
riqueza de palavras açucaradas que no fim não significam nada. Tome cuidado com
pessoas de lábios bajuladores!
O problema número 6 são palavras precipitadas.
Provérbios 29.20 diz: “Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior
esperança há para o insensato do que para ele”. Esta é uma afirmação muito penetrante.
Não diga tudo que sente na hora que sente. Se você fizer assim, acabará entrando em
problemas sérios. Aprenda a se dominar.
No Salmo 106 temos um quadro bem trágico de Moisés, que perdeu o privilégio de
guiar o povo de Deus para a terra prometida por causa de uma frase impetuosa que
pronunciou. Nada poderia melhor nos mostrar até que ponto Deus é exigente quanto à
nossa maneira de falar do que esse acontecimento com Moisés.
Os filhos de Israel estavam se queixando da falta de água, e Deus ordenou a Moisés:
“Volte ao povo, e fale à rocha. Quando você falar, a água sairá”.
Da outra vez, Moisés havia tirado água da rocha, ferindo-a com a sua vara. Agora, por
estar realmente irado com o povo, ao invés de fazer como Deus ordenou, ele feriu a rocha
outra vez e disse: “Precisamos tirar água para esses rebeldes?” Deus o honrou, e a água
saiu, mas depois numa conversa particular com Moisés, Deus disse: “Moisés, você perdeu o
privilégio de guiar o meu povo para a terra prometida, porque não me honrou com as suas
palavras.”
Salmo 106.32,33 refere-se a isso: “Depois o indignaram nas águas de Meribá, e, por
causa deles, sucedeu mal a Moisés, porque irritaram o seu espírito de modo que falou
imprudentemente com seus lábios”. Você sabia que quando seu espírito se provoca, muitas
vezes você fala imprudentemente? Isto é falar precipitadamente, e Deus nos adverte a esse
respeito.
O problema número 7 são palavras negativas.
Este é um dos “pecados respeitáveis” praticados regularmente por pessoas religiosas.
Normalmente não é considerado pecado. “Não tenho fé.” “Não creio que conseguirei o
dinheiro a tempo.” “Tenho certeza que será preciso fazer uma operação.” As palavras
podem ser muito educadas, respeitáveis e religiosas, mas em muitos casos são inaceitáveis
a Deus.
Muitas vezes, cavamos nossas próprias sepulturas com nossas bocas. Há muitas
pessoas mortas hoje que não deveriam ter morrido. Morreram por causa daquilo que
falaram.
Darei um exemplo de Números 13, onde temos a história dos doze espias que foram
enviados para a terra prometida. Os doze espias viram a mesma coisa e tiveram a mesma
experiência. Não houve diferença entre suas circunstâncias nem entre sua procedência. Dez
voltaram dizendo: “Oh, é uma boa terra, mas está cheia de gigantes. As cidades são
muradas até os céus, e sentimo-nos como gafanhotos aos nossos próprios olhos”. Dois
espias disseram: “É uma terra maravilhosa. Entremos para possuí-la”.
O contraste entre os dois pontos de vista pode ser visto claramente em Números
13.30,31: “Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Eia! Subamos, e
possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela. Porém os homens que
com ele tinham subido, disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais
forte do que nós”. Josué e Calebe disseram: “Somos capazes”; os outros dez falaram: “Não
somos capazes”. Cada um selou o seu próprio destino pelo que disse. Aqueles que
disseram que não podiam subir, realmente não puderam. Aqueles que disseram que podiam
subir, puderam de fato subir. Selaram seu próprio destino pelo que disseram, e assim
acontece vez após vez com os cristãos até hoje.

domingo, 20 de maio de 2007

USO E ABUSO DA LÍNGUA- Parte I Por Derek Prince

Na cabeça há sete orifícios naturais. Todos vêm em pares – dois ouvidos, dois olhos,
duas narinas – com exceção da última, que é a boca. Suponho que ninguém desejaria duas
bocas. A maioria de nós já tem problemas suficientes com uma!
Se você fosse às Escrituras fazer um estudo sistemático e completo de tudo que elas
dizem sobre a língua, os lábios, a boca, as palavras e a conversação, gastaria muitas horas.
Qualquer concordância completa terá páginas de referências destas palavras. Aliás, duvido
que haja outro assunto individual que ocupe mais espaço nas Escrituras que o uso da nossa
língua e boca.
Creio que quando Deus concedeu ao homem a habilidade de falar inteligentemente,
com frases e idéias consecutivas, estava validando a afirmação de que Deus criou o homem
à sua própria imagem. Quando Deus confiou ao homem o poder de falar, estava confiandolhe
sua própria autoridade e habilidade criativa, pois foi através das palavras de Deus que
toda a criação veio à existência.
Como diz o Salmo 33.6: “Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro de sua
boca o exército deles”; e em Hebreus 11.3: “Pela fé entendemos que foi o universo formado
pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”.
Nenhum poder confiado a qualquer de nós tem maiores implicações para o bem e para o
mal que o poder da palavra. Conseqüentemente, é razoável que consideremos com muita
atenção a maneira com que empregamos este poder.

INSTRUÇÃO GERAL

Mateus 12 é um dos capítulos mais penetrantes do Novo Testamento. Uma parte das
palavras de Jesus aqui refere-se à língua. Ele está falando sobre a árvore e os seus frutos.
“Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo
fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus?
Porque a boca fala do que está cheio o coração” (vv.33,34).
O coração é a árvore, e a boca é o fruto da árvore. A árvore (o coração) é conhecida
pelo fruto (as palavras). O que sai da sua boca demonstra o que está no seu coração. Jesus
prossegue, aplicando isto especificamente às nossas palavras.
“O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro
tira coisas más” (v.35). Não existe um nível intermediário entre o bem e o mal. Ou é bom até
o fim, ou é mau até o fim. É a mesma corrente do início ao fim. Não pode se alterar.
“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no
dia de juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás
condenado”(vv. 36.37). Em última análise, o destino da nossa alma é determinado pelas
nossas palavras. Teremos que dar conta de cada palavra frívola que pronunciamos.

USO E ABUSO DA LÍNGUA


Deus nunca usa palavras vãs. Ele sustenta cada palavra que profere. E nos diz: “Que suas
palavras sejam assim. Não use palavras vãs. Se usar, terá que dar conta delas”.
A epístola de Tiago provavelmente examina o assunto da língua de forma mais
completa e penetrante que qualquer outra parte do Novo Testamento. Olhe apenas para um
versículo: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes
enganando o próprio coração, a sua religião é vã” (1.26).
Não quero me tornar pessimista ou crítico, mas para mim, com este golpe de caneta,
foram riscados setenta e cinco por cento da religião atual. As pessoas que praticam religião
não têm domínio sobre a sua língua. E a Bíblia diz: “Se você não dominar a sua língua, sua
religião é vã”.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Houve peleja no céu- David Wilkerson

Houve peleja no céu" (Apocalipse 17:7).
Atualmente ouvimos muita conversa a respeito de guerra contra o terrorismo. Ouvimos de uma guerra chamada jihad, de guerra na Palestina, ameaças de guerra na Coréia do Norte. Nunca na história houve um período de tantas guerras assim por toda a terra.E tais conflitos são enormemente divulgados, por causa da comunicação instantânea que temos agora. Quase imediatamente, recebemos informes de explosões, emboscadas, número de mortos.
Estou convencido de que estas são as guerras e os rumores dos quais Jesus falou. E exatamente como Jesus profetizou, o coração das pessoas não está agüentando o medo. As guerras que estamos vendo estão causando pavor por toda a terra.
Contudo tais guerras são todas escaramuças e conflitos menores; são sintomas de uma guerra muito maior. Entenda, há na realidade apenas uma guerra se travando - e essa guerra que está acima de todas as demais, está tendo lugar no céu. É uma guerra entre Deus e o diabo.
Essa peleja foi declarada há séculos e séculos atrás. Apocalipse diz: "Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos" (12:7). O dragão representa Satanás e todos os anjos caídos que ele enganou. Enquanto estava no céu, Lúcifer reuniu tais hordas de anjos para se levantarem contra Deus. Ele queria usurpar a autoridade de Deus e ocupar o Seu trono.
Mas o diabo perdeu essa primeira batalha. "Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles" (12:8). Deus disse a Satanás: "Não há mais lugar para você na minha presença". E Ele o lançou para fora do céu, junto com os anjos que haviam se rebelado com ele. Eles foram lançados a um mundo que a Bíblia diz era vazio e sem forma.
Ora, Satanás já havia enganado os anjos que o seguiram; e quando Deus criou a humanidade, Satanás se determinou a enganá-la também. Se ele não podia ser Deus, se vingaria destruindo a semente de Deus; então iniciou essa guerra no jardim do Éden, contra os primeiríssimos homem e mulher.
Satanás tentou Eva primeiro e depois Adão. E quando causou sua queda, parecia que havia conseguido uma grande vitória. O paraíso agora se tornara fechado para o homem. Satanás e suas hordas devem ter gozado de maldosa satisfação por essa vitória. E a batalha travada por eles foi uma declaração de guerra contra Deus e toda a Sua semente.
Há ainda uma guerra acontecendo no céu. Mas Satanás não luta essa peleja a partir do céu, e nem do inferno. Não, Satanás caiu no vazio sem forma, do qual Deus criou a terra. E uma vez Deus tendo criado o homem para habitá-la, Satanás estabeleceu o seu assento de poder lá.
As escrituras deixam tudo isso muito claro: "Nem mais se achou no céu o lugar deles" (12:8). "O dragão se viu atirado para a terra" (12:13). "Ai da terra e do mar, pois o diabo cresceu até vós, cheio de grande cólera" (12:12).
A Rebelião de Satanás Não Pegou Deus de Surpresa
Ainda antes da fundação do mundo, Deus arquitetou um plano de guerra para derrotar o diabo. O Senhor iria criar o homem segundo a Sua imagem; e permitiria que o homem tivesse livre arbítrio. Assim sendo, o homem seria testado e provado. Em verdade, seria colocado bem no meio de um campo de guerra, bem junto à estrutura de poder de Satanás.
O homem caiu naquele primeiro teste, na batalha que Satanás venceu no Éden. E desse momento em diante, o diabo continuou a enganar o homem. Durante o tempo de Noé, Satanás conseguiu enganar o mundo todo. De toda a população da terra, só oito almas foram salvas. Isso prosseguiu durante séculos, com Satanás enganando nações inteiras. Ele manteve poder sobre o Egito antigo, sobre Sodoma e Gomorra, e por algum tempo, até sobre o povo escolhido por Deus, Israel. Em verdade, é desencorajador ler a história de Israel nessa guerra entre Deus e Satanás.
No primeiro momento que Deus colocou a Sua mão sobre Israel, o diabo reconheceu isso. O Senhor realizou obras sobrenaturais para o Seu povo, libertou-o com milagres, deu lhe grandes revelações do Seu amor. Contudo, por quarenta anos após o Êxodo Satanás incitou a rebelião, a idolatria e a sensualidade em Israel. Ele trouxe para o seu meio prostitutas, homossexuais, profetas possuídos por demônios. Finalmente, quando chegou a hora de se entrar na Terra Prometida, só dois israelitas que haviam saído do Egito escaparam do engano, Josué e Calebe.
Mais uma vez, Satanás deve ter curtido maligno prazer. Parecia que todas as batalhas aconteciam do jeito dele; e continuou tendo vitórias através de enganações insufladas por demônios. Ele possuiu todos os países em torno de Israel: os babilônios, os filisteus, moabitas, hititas, cananeus e os reinos do norte. Finalmente, Satanás lançou o seu olhar sobre os filhos de Israel que haviam sobrevivido.
Esses israelitas tinham entrado em Canaã com Josué depois que seus pais morreram no deserto. Parecia o raiar de um novo dia para o povo de Deus. Mas Satanás foi atrás dessa geração através de enganos ainda maiores. Ele trouxe a idolatria, a fornicação e falsos profetas; introduziu a adoração demoníaca de Baal, Astaroth e Molech. As escrituras apresentam essa geração continuamente adorando ídolos "nos lugares altos". E continuamente rejeitando o Santo de Israel.
Acho esse capítulo da história de Israel totalmente frustrante. Pense bem nisso: esse povo havia assistido seus pais morrendo sob condenação no deserto; tinham visto pais e avós sucumbindo a mortes terríveis. Na verdade por quarenta anos, essa geração mais jovem tinha ido de um funeral a outro, enterrando os mais velhos a torto e a direito. Porém, mesmo depois de testemunharem todas estas coisas, eles ainda se voltavam para a adoração demoníaca de ídolos.
Nos séculos seguintes, Satanás gozou de vitória após outra sobre a semente de Deus. Ele possuiu os reis de Israel de Acabe até Jeroboão e Manassés - homens ímpios que derramaram sangue inocente livremente. Por fim, o último capítulo de Juízes revela até que ponto o povo de Deus caiu.
Os últimos capítulos de Juízes é o relato horrível e doloroso de como uma turba enlouquecida de homossexuais sodomizou a concubina de um sacerdote, e a deixou semimorta. Quando o sacerdote a encontrou, decapitou o cadáver e enviou pedaços do corpo às doze tribos de Israel. O incidente termina em guerra civil no povo de Deus, em relação aos direitos homossexuais. Milhares de israelitas são mortos.
O livro de Juízes termina com essas palavras terríveis, de arrepiar: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25).
Digo-lhe o seguinte: esse é o desígnio de Satanás para todas as gerações. Ele conseguiu com sucesso derrubar toda adoração verdadeira em Israel. Ao final de Juízes, homens mulheres e crianças faziam o quê bem queriam. E isso é exatamente o quê Satanás está alcançando nesse momento, em nossa geração. Ele está tentando tornar proscrita a Bíblia, ou seja, suprimi-la através da lei, fazendo-a parecer totalmente irrelevante. Todo mundo é encorajado a interpretar a palavra de Deus à sua própria maneira. Trata-se de uma enganação trazida diretamente do inferno.
A verdade é a seguinte: havia um rei em Israel no fim do livro de Juízes. Esse rei era Satanás. Ele governava não só o mundo pagão, mas também a nação escolhida por Deus. A essa altura, o diabo parecia ter vencido a batalha inteiramente. Ele e os seus demônios pareciam invisíveis em sua peleja contra o céu.
Deus Foi Paciente, Pois Tinha Um Plano de Conquista Completa
O Senhor não ficou preocupado com as vitórias de Satanás. Sim, Ele se entristeceu com a contínua degradação do Seu povo para o pecado e a morte. Mas Deus já tinha um plano de guerra em ação.
Finalmente, na "plenitude dos tempos", Deus enviou o Seu Filho ao campo de batalha. Cá estava Deus encarnado, entrando pessoalmente no campo de batalha. O Senhor estava afirmando: "A batalha agora mudou. Eu estou assumindo o comando. Satanás não prevalecerá mais. Isto é o começo do fim da guerra no céu. E a vitória é minha".
Deus então deixou o diabo informado, afirmando, "Levantarei um exército; e o meu Filho será o capitão deste exército. Ele terá uma igreja feita de uma noiva sem pecado, inculpável, imaculada e santa. E esta igreja será edificada sobre um alicerce: Jesus Cristo, o Filho de Deus".
Quando ocorreu o nascimento de Jesus em Belém, isto enviou estremecimento por todo o acampamento de Satanás. Todos os demônios gritaram: "É o filho de Deus! Ele vai tirar todo o nosso poder e domínio; e governará e reinará como rei. Não conseguimos derrotar Deus no céu - como vamos vencer essa peleja contra o Seu Filho? Temos de matá-lo no berço".
Oh, o quanto os emissários do diabo tentaram destruir Cristo criança. As escrituras dizem que toda criança do sexo masculino abaixo de certa idade por toda aquela região foi morta, tudo na tentativa de se matar Jesus. Mas essa era uma batalha que Satanás não poderia vencer. Deus iria prevalecer.
No tempo escolhido por Ele, Deus plantou uma cruz bem no meio do campo de batalha. E sobre essa cruz Ele pôs Seu Filho. O sangue de Cristo caiu e se derramou sobre o campo de batalha. E gota a gota, ele iniciou um dilúvio poderoso e purificador, poderoso para lavar os pecados de toda a humanidade.
Naquela hora, Jesus soltou um grito que trovejou por toda a criação: "Está consumado". Quando Satanás e seus demônios ouviram isso, eles tremeram e se agitaram; conscientizaram-se de que estava tudo acabado. Devem ter guinchado: "É o nosso fim! O Filho de Deus nos esmagou; nos expôs publicamente ao desprezo; roubou todo o poder que tínhamos sobre as pessoas. Não podemos mais ter ninguém que esteja sob o Seu sangue".
Três dias mais tarde,outro grito poderoso foi ouvido: "Cristo ressuscitou!". Foi o momento mais negro da vida de Satanás. Em um instante, a guerra subitamente virou. Apocalipse descreve isso assim:
"Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram" (Ap. 12:10-11).
Qual foi o poder que Satanás perdeu naquele instante? Foi a habilitação para acusar qualquer pessoa que havia sido purificada pelo sangue de Jesus. O diabo não poderia mais prender um crente nas correntes da culpa, do medo ou da condenação. Foi lhe roubado todo o poder de enganar ou destruir os que vivem pela fé no sacrifício de Cristo. Ele deixou de ter domínio sobre todo aquele que confia em Jesus.
Deus estava fazendo uma declaração legal a todos os que creriam em Seu Filho: "Você foi liberto. O poder do diabo não pode lhe prender se você confia no poder do sangue de Jesus Cristo. Inexiste poder sob os céus que possa lhe derrubar".
Há Agora Dois Reinos
Primeiro, havia o reino de Deus e de Seu Filho, Cristo. E segundo, havia o reino de Satanás e seus anjos caídos. Um reino era o reino da luz, o outro um reino de trevas. Já vimos como o diabo tentou roubar o reino dos céus ao longo da história; ele conseguiu vitórias durante os dias de Noé, durante os anos de Israel no deserto, e no tempo de Juízes. Mas Cristo prevaleceu sobre tudo isso.
É aqui que voltamos para Apocalipse 12:12: "Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta". Esse "pouco tempo" se iniciou no Calvário. Desde então, Satanás tem ficado cada vez mais exasperado; e cada vez mais irado com a aproximação do seu julgamento.
Alguns versículos adiante, uma mulher é mencionada: "A serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio" (12:15). Eu creio que essa mulher seja a noiva de Cristo, o remanescente vencedor. As escrituras dizem que este remanescente será constituído de uma poderosa hoste, cujos integrantes nenhum ser humano conseguirá contar. Incluirá todas as pessoas ao longo da história que tornaram Jesus seu Senhor.
A seguir lemos: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (12:17). Sim, Satanás está enfurecido com todo crente. Mas se ousar tocar-nos, estará tocando a menina dos olhos de Deus.
O quê vemos acontecendo no mundo bem agora é um esforço de última trincheira para destruir a noiva de Cristo. O diabo lançou um grito de tudo ou nada. E está liberando todo seu arsenal para tentar derrubar o eleito de Deus.
As Escrituras Chamam o Ataque de Satanás de: Uma Enchente Como Rio, Arrojada de Sua Boca
Essa enchente, é uma inundação de iniqüidade. E Satanás a leva contra a mulher, para tentar afastá-la da proteção do sangue de Cristo. Jesus preveniu que nos últimos dias a iniqüidade iria abundar. E por causa dessa inundação de iniqüidade, o amor de muitos crentes se esfriaria (v. Mateus 24:12).
Vejo Satanás em seu centro de comando, latindo ordens: "Tomem conta da mídia! Encham a mente dos ímpios de luxúria. Façam com que seus desejos carnais os levem à pornografia. Depois enviem estes homens para molestar crianças".
O resultado é uma rajada de impiedade que o mundo jamais viu. Mas especialmente dolorosa é a carnificina perpetrada contra crianças. Veja:
. Filmes violentos têm entorpecido a mente de muitos cristãos que gostam deles. E agora atos sexuais nos filmes têm trazido perversão além do que se poderia crer. O nosso ministério recebe relatos sobre alunos do primeiro grau de só seis ou sete anos, que tentaram estuprar garotinhas de sua idade ou menos. Quando perguntados o porquê disso, responderam: "Vi isso num vídeo do papai e da mamãe".
. Há agora mais de 300.000 sites pornográficos na Internet. Esses sites contêm as imagens mais vis e depravadas que a humanidade já viu. O pior é que criancinhas estão entrando neles até por acaso. Suas delicadas mentes estão sendo expostas a imagens que as prejudicarão durante anos.
. Casamentos homossexuais estão prestes a se tornarem lugar-comum. Alguns jornais já mostram casais gays nas páginas de casamentos. Agora um número crescente de escolas de primeiro grau está se preparando para ministrar no currículo "Como viver o estilo de vida homossexual". Criancinhas estão prestes a serem doutrinadas dentro das especificidades da vida homossexual.
. A militância homossexual tem forçado caminho, atingindo as camadas mais altas da igreja. A denominação Episcopal recentemente ordenou um homossexual confesso, como bispo. Quando a cerimônia acabou, o novo bispo se virou e segurou a mão do namorado.
Satanás tem trazido o engano do homossexualismo cada vez mais para dentro da igreja, e as crianças mais uma vez são as vítimas. Mais e mais padres homossexuais estão sendo descobertos, e condenados por molestarem crianças sob seus cuidados.
. O mundo da moda deixou de ser apenas malicioso, como também começou a exibir nudez. É uma tentativa de chocar,feita por uma indústria que se deu à sensualidade desavergonhada. Mas Satanás pretende que ela influencie o povo de Deus, especialmente os jovens crentes. Essa sutil tendência demoníaca objetiva o desgaste da resistência ao sensualismo.
. Há um ressurgimento à bebedeira desenfreada entre os adolescentes. Até mesmo o Wheaton College, uma faculdade que durante décadas foi um padrão de santidade, agora permite o álcool. A razão? Querem atrair professores mais eruditos - quer dizer, que bebem. Mais faculdades cristãs claro que vão seguir o exemplo. Toda uma geração de jovens crentes vai sofrer, sendo incitados a uma iniqüidade que de outro modo não buscariam.
Veja estes outros exemplos recentes do ataque final de Satanás:
. A um astro de cinema que concorre ao cargo de governador da Califórnia, foi dito que venceria simplesmente se descobrissem algum tipo de escândalo lhe envolvendo. Foi lhe dito que ter um caso extraconjugal faria dele um herói aos olhos das pessoas; e aumentaria sua popularidade, ganhando mais votos.
. Uma enchente de leis está sendo produzida num esforço final para remover para sempre o nome de Deus, da sociedade. Dois senadores americanos lançaram esse projeto de lei. Essa lei impediria o mandado de todo juiz que creia em Deus ou tenha qualquer tipo de fé.
Você provavelmente leu sobre a famosa determinação de um juiz dos EUA. Ele ordenou a remoção de um entalhe em granito dos Dez Mandamentos das dependências de um edifício público no estado de Alabama. Enquanto isso, fez seus despachos de um prédio federal que tem uma estátua de Zeus na entrada.
No começo eu achava que estas coisas feriam profundamente o coração de Deus. Mas agora creio que o Senhor ri desses insignificantes esforços do homem. Por que? Porque Deus está agindo no meio de milhões de jovens, escrevendo Sua lei em seus corações. E nenhum juiz da terra pode removê-la deles.
Se Parece a Você Que o Diabo Está Ganhando, Espere Um Pouco
Quero lhe mostrar o quê ainda vai acontecer nessa peleja no céu entre Cristo e Satanás. A Bíblia afirma: "O Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a" (Romanos 9:28). Deus está dizendo: "Vou acabar essa guerra breve. Farei um trabalho rápido".
Você pode se perguntar: "Então, o quê Deus está esperando? Por que não agiu ainda? Está claro que chegamos a um ponto crítico. Cadê a poderosa mão de Deus?".
Tiago nos dá a resposta: "Sede, pois, irmãos ,pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas" (Tiago 5:7). Resumindo: Jesus está pacientemente esperando por almas. Ele está aguardando que a ultimíssima colheita seja recolhida.
A maioria dos estudiosos bíblicos acha que "as primeiras chuvas" (ou "chuva temporã") às quais Tiago se refere seja o Pentecostes. Quanto às últimas chuvas (ou "chuva serôdia"), eu creio que as estamos vendo agora mesmo. O quê melhor descreve as últimas chuvas de Deus do que a florescente igreja subterrânea de milhões de pessoas na China Comunista? Esse corpo de crentes cresceu milagrosamente em poucas e rápidas décadas. Nos anos que cercaram a Segunda Guerra Mundial, quando os últimos missionários deixaram a China, a igreja lá era um movimento pequenino e agonizante. Então, unicamente pelo Espírito de Deus, de algum modo ela explodiu a partir de um punhado de bolsões isolados - se transformando numa obra poderosa da qual o mundo nunca soube.
E a queda da Cortina de Ferro? Ninguém esperava ver o Comunismo acabar durante o nosso tempo de vida. No entanto, Deus produziu isso da noite para o dia. Exatamente no dia em que escrevo essa mensagem, o jornal New York Times informa que o governo da Rússia está agora se pronunciando contra o aborto em termos morais.
Até países islâmicos linha-dura estão vendo estas últimas chuvas do evangelho. Satélites agora irradiam as boas novas sobre países muçulmanos através de mensagens do rádio e da TV. Quando um evangelista pregou no Paquistão o ano passado, mais de 50.000 pessoas assistiram.
Sim, as últimas chuvas chegaram. O mundo todo está sendo cheio das boas novas de Jesus Cristo. Então, quando podemos esperar que o Senhor aja?
O próprio Jesus nos diz: "Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados" (Mateus 24:22). Ele está dizendo: "Ninguém sabe o dia ou a hora da minha volta. Mas eu vou adiantar isso".
Veja outra vez a afirmação de Paulo: "O Senhor executará a sua palavra sobre a terra" (Rom. 9:28). A raiz grega para "executará" aqui quer dizer "golpeará rápido". Deus está dizendo: "Será rápido. Vou esperar pacientemente que a colheita acabe; mas aí me moverei com rapidez para julgamento".
De repente, da noite para o dia, testemunharemos julgamentos que nunca vimos antes. Irá acontecer numa hora em que densas trevas tiverem coberto a terra... quando ao islamismo for concedido grande poder e autoridade...quando o anticristo tiver se levantado para proferir grandes blasfêmias...quando parecer que Satanás sobrepujou tudo que é santo e justo...quando escarnecedores zombarem quanto ao dia da volta do Senhor ...quando a obsessão pelo prazer atingir o ápice, e os pecados do mundo elevarem-se aos céus.
É nesse momento que ouviremos o Leão de Judá rugindo. Em apenas um momento, ele acabará com a guerra. Ele vai declarar: "Chega. Chega de desculpas para o pecado".
João previu o dia quando o Senhor virá cabalmente executar sua obra na terra. Ele o descreve assim:
"Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Apocalipse 19:11-16).
Aqui em Nova York, as pessoas muitas vezes perguntam: "Onde você estava no 11 de setembro?". Ou, "Onde você estava quando acabou a luz, no grande apagão?". A minha pergunta para você é: "Onde você estará quando Jesus vier? Qual será a situação do seu coração quando o Rei dos reis executar Sua cabal obra de julgamento? O quê você estará fazendo quando Ele vier acabar a guerra?".
Possamos todos nós ser achados sob o Seu precioso sangue, ocultos na fenda da Rocha.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Deus é Soberano

Deus é Soberano
Arthur W. Pink : Livro Deus é Soberano
Publicação: 22/02/2007
"Quem está regendo os acontecimentos na terra hoje? Deus ou o diabo?"
Capítulo 1 -
A SOBERANIA DE DEUS E A ATUALIDADE
Quem está regendo os acontecimentos na terra hoje? - Deus ou o diabo? Que Deus reina supremo no céu é geralmente conhecido, porém, que ele reina supremo na terra, neste mundo (aqui debaixo), é quase universalmente negado (2 Co 4.4 - o diabo é o ‘deus´ deste mundo); Quem, entretanto está dirigindo as coisas no mundo hoje - Deus ou o diabo? MUNDO HOJE: Há um cenário de confusão e de caos que nos confronta por toda parte. O pecado e a ilegalidade predominam. Até em nosso meio, homens perversos e impostores estão, de fato, se tornando cada vez piores, hoje em dia tudo parece desconjuntado no mundo: tronos têm problemas e caem, povos entram em revoltas, nações guerreiam e às vezes ninguém sabe o porquê. A civilização é um fracasso... (em seus serviços, escolas, igrejas, famílias...), quando lemos ou assistimos ao jornal, vemos que a agitação, a insatisfação, a ilegalidade permeiam por todos os lugares e ninguém pode prever dentro de que tempo outra grande guerra começará. Questões como essas fazem muitos perguntarem se Deus, realmente, está no governo desse mundo e não o diabo. A.W. Pink se propõe a ver como anda a IGREJA HOJE. Embora estejamos no vigésimo primeiro século, Cristo continua sendo (Is 53.3) “desprezado e o mais rejeitado” pelos homens. Muitos estudiosos declaram que o cristianismo é um fracasso devido ao que hoje é ‘normal´ em nosso meio (sonegar, divorciar, adulterar, sair na playboy, ser crente e dançarina de pagode, freqüentar bingos, boates, sair para beber, quem está namorando ir num motel, participar de swing de casais, mentir para se dar bem, falar palavrão, adolescentes e jovens que ficam, ... e na boca dos quais o papo é sempre homem (ou mulher). E o que Deus está fazendo? Ele está vendo e ouvindo? Se está, será que está impotente e indiferente? Há pastores e líderes que dizem que Deus não pode interferir sobre as coisas que acontecem neste mundo. Por exemplo, disseram que Deus não poderia por fim a 2ª Guerra Mundial e não teve capacidade de pôr fim a ela. Eles afirmavam que as condições estavam além do controle de Deus. Pastores disseram isso. Coisas como estas dão a impressão de ser Deus quem governa o mundo? Pink questiona várias vezes: Quem está dirigindo as coisas nesta terra atualmente - Deus ou o diabo? Que impressão fica na mente de um homem/mulher do mundo que, de vez em quando freqüenta um culto evangélico? Pink sugere que estes homens/mulheres do mundo têm crido que Deus é um frustrado, mais digno de nossa compaixão do que de nossa adoração. Olhando para o mundo hoje, para toda a falta de moral e respeito, educação e honestidade, amor, espiritualidade, ódio, vingança, tudo não parece indicar que o diabo tem mais a ver com as coisas desta terra do que Deus? Segundo Pink, isso depende de como um homem está andando neste mundo. Se é pela fé, ou pelas aparências? Pink diz que temos andado pouco pela fé. Nossa época é, especificamente, uma época de irreverência e conseqüentemente uma época de livre vontades: se o marido quer sair no feriado porque se sente melhor com os amigos do que com a esposa e os filhos, ele o faz, porque a final de contas, ele é ‘livre´, se eu quero sair na noite, beber um pouco, talvez ficar com alguém, posso fazê-lo também, afinal, sou ‘livre´. Uma onda que invade o mundo é: você é livre para fazer o que você quiser! Isso começa no lar, pois vivemos numa época de decadência e desaparecimento da autoridade dos pais; o filho já não entende o que é autoridade dos pais. Isso é só o começo da história da vida de alguém que não consegue obedecer a nenhuma autoridade. É por isso que Deus não é levado a sério hoje. Quem está regendo as coisas na terra, hoje em dia - Deus ou o diabo? Que dizem as Escrituras? Se cremos em suas declarações, não existem dúvidas. A Bíblia afirma que Deus está no trono do universo, que o cetro está em suas mãos, que ele dirige todas as coisas “conforme o conselho da sua vontade”. Deus criou todas as coisas e domina e reina sobre todas as obras das suas mãos. Pink afirma que Deus é o Todo-Poderoso, que sua vontade é irreversível, que ele é soberano e absoluto sobre cada recanto deste universo. Ou Deus domina, ou é dominado; ou impera, ou é subordinado; ou cumpre sua própria vontade, ou ela é impedida por suas criaturas. Deus sabe de tudo que está acontecendo na vida de cada ser humano. Ele está tratando seus problemas, inquietações e pecados conforme Ele entende ser a melhor forma de tratar. Por isso, nunca deveríamos dizer que estamos sendo oprimidos, que estamos passando por tribulações ou problemas porque Deus se esqueceu de nós, ou porque o diabo está nos oprimindo. Tudo o que acontece com o ser humano é por propósito de Deus para o seu crescimento. Deus sabe de tudo. Ele é soberano sobre os céus e sobre a terra; e se importa conosco. Muitos homens estão desesperados quanto a uma possível crise nacional e mundial, mas Deus não. Ele nunca se surpreende. Quando acontece alguma coisa na vida de um homem do mundo, ele logo entra em pânico, porém, quando as mesmas coisas acontecem para o crente, a Bíblia diz para ele: Não Temas. “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Todas as coisas incluem os sofrimentos! Paulo diz isso em Rm 8 de 17 a 23. O cristão deve crer que o sofrimento coopera para o bem, que a tribulação coopera para o bem, que todos os seus problemas cooperam para o seu bem. Segundo Pink, quando crermos assim, tudo o que há de ruim (parece ser ruim) nessa vida passará a ter um novo sentido, um sentido bom por estar dentro do propósito de Deus para o nosso crescimento e para a Glória Dele. Pink reconhece que nós, muitas vezes, não compreendemos, nem aceitamos o que Deus faz. Mas a Bíblia diz que em todas as coisas Ele age para o nosso bem supremo. A Bíblia nos dá muitos exemplos disso (um deles é José). Muitos supõem que Deus é apenas um espectador distante, que não interfere de maneira direta nos assuntos da terra. Pink então expõe um exercício feito por ímpios: “isso acontece na mente de um incrédulo porque ele observa a relação de Deus com seus problemas da seguinte forma: ele olha para os seus problemas e tenta entender como Deus permitiu que aquilo acontecesse com ele ”. Logo Pink expõe um exercício sugerido aos cristãos: “nunca tente entender os problemas partindo do mundo até chegar a Deus (isso só trará idéias na sua cabeça de que Deus não tem qualquer ligação com sua vida ou o mundo). Comece, porém, com Deus e venha gradualmente até o mundo, até seus problemas, e aí sim, muitas coisas ficarão claras (Deus é Santo..., Deus é justo..., Deus é fiel..., Deus é onipotente..., Deus é onisciente..., etc.).
Capítulo 2 - A SOBERANIA DE DEUS - DEFINIÇÃO Segundo Pink, no passado, a expressão Soberania de Deus era mais bem entendida por muitos. Hoje, porém, mencioná-la é como falar em uma língua desconhecida. Dizer que Deus é soberano é, simplesmente, dizer que Deus é Deus, Onipotente, que governa as nações (como diz Sl 22.28), e que Ele é o Único soberano. É tratar do Deus da Bíblia. Pink trata da relação entre o Deus da Bíblia e o Deus de hoje. Para ele, o Deus de hoje é uma mera caricatura, um desenho deplorável, uma “burlesca imitação” do Deus da Bíblia. Muitos hoje têm dito crer num Deus que está fazendo de tudo, o melhor que pode, para salvar a humanidade, mas que muitos têm reagido contrariamente a Sua proposta de salvá-los. Pink diz que isso nada mais é do que dizer e pensar que Deus é impotente e que a vontade da criatura, dos seres humanos, é onipotente. A.W. Pink deixa claro que Deus é Soberano e, como tal, faz o que bem quer. Deus faz o que Ele quer para quem Ele quer
Capítulo 3 - A SOBERANIA DE DEUS NA CRIAÇÃO A soberania marca todos os seus caminhos e modos de ser. Deus é soberano mesmo antes da criação. Ele podia decidir se criaria ou não. Segundo o seu prazer, Ele decidiu criar a vasta graduação do universo ao invés de uma completa uniformidade. Pink nos leva a fazermos o seguinte exercício: “ Dirija o seu olhar para os céus ... agora pense em nosso planeta ... considere o reino animal ... considere o reino vegetal ... considere as hostes celestiais ... Deus é soberano e tudo executa segundo Sua vontade e para o seu próprio beneplácito considerando somente a Sua glória ”. Com quem compararíamos Deus? Capítulo 4 - A SOBERANIA DE DEUS NA ADMINISTRAÇÃO
• A princípio vê-se a tremenda necessidade de Deus reinar sobre o nosso mundo, de ocupar o trono, de ter o governo sobre seus ombros e de controlar as atividades e o destino de suas criaturas. • O GOVERNO DA MATÉRIA INANIMADA. Deus é visto, nas Escrituras, dominando sobre toda matéria inanimada. É ele quem ordena aos ventos, à terra, ao mar, ao ar, ao fogo, à água, a tudo, e, por isso, quando nos queixamos do clima, na verdade estamos nos queixando de Deus e seu soberano governo. • DEUS GOVERNA AS CRIATURAS IRRACIONAIS É incrível como as Escrituras estão repletas de exemplos da soberania e do governo do Senhor sobre a vida animal na Terra. Todos cumprem a vontade dEle, independente da situação, todos lhe obedecem. • DEUS GOVERNA OS FILHOS DOS HOMENS Em Pv 19:21 temos um ótimo exemplo disso quando lá aprendemos que os passos do homem (não dos crentes, mas, de todos os homens) são dirigidos pelo Senhor dando a prova de que este é governado ou controlado por Deus. Segundo A.W. Pink: “é ridículo que os cacos de barro da terra contendam com a gloriosa Majestade celestial. Tal é o nosso Deus; adorai-O.” • DEUS GOVERNA OS ANJOS, TANTO OS BONS COMO OS MAUS. Um exemplo desse governo de Deus exposto no Antigo Testamento encontra-se em 1 Cr 21:15,27. Os anjos estão sempre atentos à voz do Senhor. No texto de 1 Crônicas lemos um anjo destinado à Jerusalém para destruí-la ouvindo um Basta de Deus, ordenando que ele (o anjo) embainhe sua espada. Já no Novo Testamento temos o exemplo do governo de Deus sobre os anjos maus exposto na pessoa de Jesus, em especial quando ele se depara com uma legião de demônios os quais lhe suplicam que hes conceda permissão para entrarem nos porcos. Nas Escrituras está claro o governo de Deus sobre os anjos, tanto bons quanto maus. Todos estão sob o controle de Deus. Segundo Pink: “Nenhum movimento de qualquer astro, nenhum piscar de qualquer estrela, nenhuma tempestade, nenhum ato de qualquer criatura, nenhuma ação humana ou missão de anjos, nenhum dos atos de satanás - nada, em todo o vasto universo pode acontecer, sem que faça parte do eterno propósito de Deus”. Capítulo 5 - A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO Não se pode argumentar que um dia chegou o momento em que eu me dispus, desejoso de receber a Cristo como Salvador, pois, só o Senhor é quem pode me dar uma disposição para a mudança. Pelo fato dEle ser soberano e fazer tudo com lhe agrada, ninguém pode questionar-lhe a razão dEle não dispor o coração de todos. Crer que muitos rejeitam a Cristo e que essa é a razão deles não serem salvos é apenas parte da verdade; a parte humana. Mas, há também o lado divino que, caso não seja ressaltado, Deus será, como diz Pink: “despojado de sua glória”.
• A SOBERANIA DE DEUS PAI NA SALVAÇÃO. Rm 9 é, talvez, a passagem mais enfática quanto à soberania de Deus. Deus está reivindicando o direito indispensável de fazer o que quiser com que Ele criou e que lhe pertence. Inúmeros exemplos bíblicos são dados para ressaltar não só o governo divino na história do Antigo Testamento, mas também, a eleição incondicional gratuita de um povo. O que é interessante nessa dinâmica divina é que Ele escolheu ‘as coisas fracas do mundo´. Interessante que os objetos da escolha divina são estes, os quais têm o propósito de engrandecer a graça divina. ‘O Propósito´ dessa escolha é que esses eleitos fossem “santos e irrepreensíveis perante ele”. ‘O Motivo´ dessa escolha foi o amor. Um ponto muito interessante abordado por A.W.Pink é a incoerência em dizer que pelo fato de Deus ter escolhido alguém para a salvação, que essa pessoa será salva, quer queira quer não. Nada na Bíblia direciona para isso. Porém, direciona para o fato de que Deus indicou os meios pelos quais o fim dos predestinados fosse concretizado por meio da obra do Espírito Santo e da fé na Verdade.
• A SOBERANIA DE DEUS FILHO NA SALVAÇÃO A grande questão discutida neste ponto foi: Por quem Cristo morreu? Cristo tinha uma determinação quando foi à cruz. Tinha, segundo Pink, um propósito de extensão limitada, pois, se o propósito de Deus fosse salvar toda a humanidade, logo todos os seres humanos deveriam ao final de tudo serem salvos. O propósito predeterminado da morte de Cristo foi morrer somente pelos eleitos. O propósito da expiação limitada implica assim, numa eleição, numa escolha que o Pai fez de certas pessoas para a salvação delas. João 6.37,39 é um dos textos apresentados por Pink para defender a Soberania de Deus sobre o Filho e a Salvação: “...todo o que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora ... que nenhum eu perca de todos os que me deu...”. Cristo satisfez a ira divina e substituiu o homem culpado, morrendo o justo pelos injustos. Ainda dentro desse aspecto limitido da expiação, até o sacerdócio de Jesus, em favor de quem Ele está intercedendo, é limitado. Hebreus 7.25 é um texto muito claro nisso “... vivendo sempre a interceder por eles...”. Pink pensou um pouco sobre a razão de alguns não receberem a Cristo: será que a causa disso ocorrer é que o coração destas pessoas se encontra muito duro ao ponto de que Cristo não consegue entrar neles? Pink nega isso e diz que isso seria negar a onipotência de Cristo, quando, na verdade, não se deveria tratar de disposição ou indisposição do pecador, mas de Cristo querer!
• A SOBERANIA DE DEUS ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO Na trindade, todos desempenham um papel um em nossa salvação. O Pai é responsável pela predestinação, o Filho pela propiciação, e o Espírito Santo pela nossa regeneração. É o Espírito Santo que realiza Sua obra em nós. Por mais que queiramos encontrar nas Escrituras evidências para as razões do porquê que alguns ficam de fora do Reino de Deus e outros não, não encontraremos senão que é pelo fato de o Espírito Santo não operar neles. O Espírito Santo é soberano no desempenho de seu poder e age como o vento, soprando para aonde quer. Capítulo 6 - A SOBERANIA DE DEUS EM OPERAÇÃO No sexto capítulo A.W. Pink questionou sobre se Deus predestinou tudo o que acontece. Será que Ele pré-escreveu que tudo o que hoje está acontecendo, ou mesmo os acontecimentos atuais (dos alegres aos mais trágicos), e tudo o que acontecerá amanhã? O autor lida com essa questão, a princípio, deixando bem claro que a presciência de Deus não é a causa dos eventos, mas os efeitos de seu propósito eterno. Nada acontece sem que Deus tenha antes o determinado. O autor cita o exemplo da Crucificação e que nada podemos saber que sucederá sem que Deus, antes, não o tenha dito que acontecerá. Ao lidar com a questão sobre o grande propósito de Deus para esse mundo e toda a raça humana o autor, A.W. Pink, diz que a grande finalidade de tudo o que Deus criou é a glória dEle (cita Ap 4.11; Sl 19.2). Igualmente, o homem foi criado por Deus para manifestar a Sua glória. Após isso Pink trata de um Método de Deus lidar com os Justos . Menciona quatro pontos principais sobre os quais fundamenta sua pressuposição: 1)Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder vivificante ; 2) Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder dinamizante ; 3) Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder orientador ; 4) Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder preservador . Ao falar sobre o Método de Deus lidar com os Ímpios Pink chega a quatro conclusões: 1) às vezes Deus exerce sobre os ímpios uma influência restringente - para que não consigam ; 2) às vezes Deus exerce sobre sobre os ímpios uma influência abrandadora - por meio da qual os influencia a fazerem algo contrário à inclinação natural deles, para fazer algo que promoverá a glória de Deus e a Sua causa ; 3) às vezes, Deus exerce sobre os ímpios uma influência direcionadora - para que o mal que pretendiam fazer resulte em bem ; e, 4) Deus também endurece o coração de homens ímpios e cega o entendimento dos mesmos. Capítulo 7 - A SOBERANIA DE DEUS E A VONTADE HUMANA Neste capítulo A.W. Pink trata sobre a doutrina do “livre-arbítrio”. Diz que essa é uma doutrina popular ensinada na maioria dos púlpitos, a doutrina da livre vontade humana diante do Espírito Santo. Diz que hoje é vergonhoso, que atrai desagrado, alguém dizer que não crê no Livre-Arbítrio da vontade humana. Pink começa rebatendo com o texto de Rm 9.16: “... não depende de quem quer ... mas de usar Deus a sua misericórdia ...”. Cita também o Senhor Jesus em João 5.40: “... não quereis vir a mim para terdes vida ...”. Segundo Pink, o que vai fazer diferença entre um grupo e outro será o fato de os convertidos renderem-se ao Espírito Santo, enquanto que os não-convertidos resistem. Porém, para evitar o orgulho Pink lembra-nos de Efésios 2.8: “... isto não vem de vós , é dom de Deus ...”. Mencionando sobre a natureza e a escravidão da vontade humana, Pink cita que o pecado é que é livre, mas em uma só direção: para cair, pecar. Cita Rm 6:20 dizendo que o pecador é livre para fazer o que quiser, “mas o seu prazer é cair no pecado”. Ao tratar sobre a incapacidade da Vontade Humana, o autor traz a idéia de que o púlpito evangélico moderno transparece que o poder está no pecador de ser salvo ou não. Pink diz: “Infelizmente, um morto nada pode fazer, e, por natureza, os homens estão mortos nos delitos e pecado (Ef 2.1)”. Para Pink, se essa doutrina fosse realmente pregada e crida haveria mais dependência do Espírito Santo, para Ele atuar com poder e opera milagres, e “menos confiança em nossas tentativas de ‘ganhar homens para Cristo´”. Concluindo esse capítulo Pink trata da seguinte questão: Por que pregar o evangelho, se os homens não têm capacidade de responder favoravelmente a ele ? Pink responde a essa questão de forma simples dando ênfase em que não se deve pregar o evangelho porque se crê que o homem possui o poder de escolha (livre-arbítrio) e, assim, torna-se apto a receber a Cristo, mas, porque recebemos um mandamento de devemos pregar. Capítulo 8 - A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO O autor inicia rebatendo a idéia (também moderna) de que o homem pode mudar seu destino por sua vontade é ‘endeusar´, tornar suprema a vontade da criatura, “destronando” o Senhor. Para A.W. Pink, os benefícios que resultam da oração seriam: 1) Deus tornar-se-á mais real para aqueles que oram; 2) se alguém não orar deixará de desfrutar comunhão com Deus e com tudo e com tudo que está envolvido nessa falta de comunhão. Deus conhece tanto Fim como Princípio e Ele não altera seus propósitos por causa de nossas orações. Isso seria impugnar a bondade de Deus e negar Sua eterna sabedoria. Segundo Pink, Deus ordenou que orássemos para que: 1) O próprio Senhor fosse honrado; 2) Porque Ele requer que O adoremos; 3) Porque ela redunda na glória de Deus; 4) Porque ela foi designada por Deus para ser uma bênção espiritual para nós; 5) Para que por meio dela procuremos nEle aquilo que precisamos. Portanto, como diz Pink, longe de serem inúteis, as orações são instrumentos, entre outros, por meio dos quais Deus cumpre seus decretos. Para A.W. Pink oração é mais do que um ato, é uma atitude, atitude de dependência de Deus. É reconhecer que somos fracos e incapazes, e é reconhecer nossas necessidades e expô-las diante de Deus. É o meio pelo qual podemos submeter nossa vontade à vontade de Deus. Capítulo 9 - A SOBERANIA DE DEUS E A NOSSA ATITUDE Segundo A. W. Pink, nossa atitude diante da Soberania de Deus dever ser um piedoso temor, uma obediência implícita, uma total resignação, uma profunda gratidão e alegria (e aqui, Pink nos lembra do caso de Jó, quando um desastre após outro caíram sobre ele e ele percebeu a mão de Deus em tudo e, ao invés de murmurar, lamentar a sua ‘má sorte´, deu glória a Deus), e uma atitude de adoração e culto. Capitulo 10 - O VALOR DESTA DOUTRINA Soberania de Deus, segundo Pink, não é meramente uma doutrina metafísica sem prática. É uma doutrina que causa um poderoso efeito sobre o caráter e a vida cristã. Ela é fundamental na Teologia Cristã. Pink usa ilustrações para demonstrar o valor dessa doutrina: “ela é como o centro de gravidade no sistema da verdade cristã; é o sol ao redor do qual se agrupam os astros menores; é o fio no qual as demais doutrinas são enfileiradas tal como um colar de pérolas; é um tônico divino a refrigerar-nos o espírito. Ela é e faz tudo o que dissemos e mais ainda, porque atribui a Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - a glória que Lhe é devida, colocando a criatura no correto lugar diante dEle - no pó”. Concluindo, A.W. Pink diz sob muitos aspectos, que a doutrina da Soberania de Deus: aprofunda nossa admiração pelo caráter Divino; é o firme alicerce do toda a verdadeira religião, repudia a heresia da salvação pelas obras (aqui Pink faz a confissão de que em seu ministério, como pregador, observou que seus sermões sobre ‘soberania de Deus´ têm tido mais sucesso na salvação de perdidos do que qualquer outro); leva a criatura a humilhar-se profundamente; confere um senso de absoluta segurança; oferece consolação na tristeza; produz um espírito de terna resignação; evoca um cântico de louvor; garante o triunfo final do bem contra o mal; e oferece um lugar de descanso para o coração.

Os Deveres Mútuos de Maridos e Esposas

Os Deveres Mútuos de Maridos e Esposas
Richard Baxter
Publicação: 08/03/2007
Em todos os lugares, pessoas descrentes e egoístas entram em todos os tipos de relações com um desejo de satisfazer a si mesmas e gratificar a própria carne, sem saber ou se preocupar com o que é requerido delas. Elas desejam a honra, ganho, ou prazer que seu relacionamento lhes proporcionará, mas não o que Deus e o homem requerem ou esperam delas [Gn. 2:18, Pv. 18:22]. A mente delas só se preocupa com o que poderão obter e não com o que elas deverão ser ou fazer. 1 Elas sabem o que querem que os outros façam para elas, mas não se preocupam sobre o que devem fazer para os outros. Este é o tipo de relacionamento que existe entre muitos casais. Nós deveríamos estar muito interessados em saber quais são os deveres nos nossos relacionamentos, e como nós podemos agradar a Deus em nossas relações. Estude e faça a sua parte, e Deus certamente fará a Dele.
I. O primeiro dever dos maridos é amar suas esposas (e as esposas seus maridos). Ef. 5:25,28,29,33 – "Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela"-"Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama" – "Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja" – "Não obstante vós, cada um de per si, também ame a sua própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite a seu marido". Veja Gn. 2:24. Alguns conselhos para manter o amor são os seguintes:
1. Em primeiro lugar, escolha uma boa esposa. Uma esposa que seja verdadeiramente boa e amável; cheia de virtude e santidade para com o Senhor. 2 2. Não case até que você esteja seguro que pode amar completamente. 3. Não seja muito precipitado, mas saiba com antecedência todas as imperfeições que podem tentá-lo a menosprezar sua futura companheira. 3 4. Lembre-se que é justo amar a quem abandonou todo o mundo por você. Alguém que está contente em ser sua companhia em seus labores e sofrimentos, em dividir todas as coisas com você, e que deverá ser sua companheira até a morte. 4 5. Lembre-se que as mulheres são criaturas normalmente afetuosas, apaixonadas, e como elas mesmo amam, assim elas esperam muito amor de você. 6. Lembre-se que você está debaixo do comando de Deus, e negar amor matrimonial para sua esposa é negar um dever que Deus impôs a você. Portanto, a obediência deve comandar seu amor. 7. Lembre-se que vocês são "uma só carne"; você a levou a abandonar pai e mãe e partir com você; 5 8. Leve mais em conta o bem que está em sua esposa, do que as suas faltas. Não deixe que a observação de suas falhas o faça esquecer ou ignorar suas virtudes. 6 9. Não aumente suas imperfeições até que elas o levem à exasperação. Desculpe-a até onde é certo no Senhor. Considere a fragilidade do sexo. Também considere suas próprias fraquezas, e o quanto sua esposa tolera em você. 7 10. Não incite o lado ruim de sua esposa, mas, sim, o que de melhor habita nelas. 8 11. Conquiste-a com amor e então ela o amará, e conseqüentemente, será amorosa. Amor produz amor, como o fogo aumenta o fogo. Um bom marido é o melhor meio para fazer uma esposa boa e amorosa. 9 12. Viva perante ela a vida de um prudente, humilde, amoroso, dócil, abnegado, paciente e santo cristão. 10
II. Os maridos e esposas devem viver juntos - 1 Cor 7:2-5.
III. Não só abomine o adultério, mas tudo aquilo que conduz à impureza e à violação de seu matrimônio [Mt. 5:31,32; 19:9; Jo. 8:4-5; Hb. 13:4; Pv. 22:14; Pv. 2:17; 1 Co. 6:15,19; Ml. 2:15; Pv. 6:32,35; Dt. 23:.2; Lv. 21:9; 18:28; Nm. 25:9; Jr. 5:7-9].
IV. O marido e a esposa devem deleitar-se no amor, companhia e vida um do outro. Quando o marido e a esposa têm o seu prazer um no outro, isto os une nos seus deveres, os ajuda a desempenhar suas funções com facilidade e a agüentar seus fardos; e é uma das partes principais do conforto do matrimônio [Pv 5:18,19].
V. É seu dever solene viver em quietude e paz. Evitar toda ocasião de ira e discórdia. A. - Reflexões que mostram a grande necessidade de evitar dissensão:1. Sua união conjugal pressupõe unidade. Você pode discordar da sua própria carne? 2. Dissensão com sua esposa trará dor e transtorno a sua vida inteira... Da mesma maneira que você não deseja ferir a si próprio e é rápido em cuidar de suas próprias feridas, assim você deveria perceber qualquer quebra na paz de seu matrimônio e depressa buscar cura. 3. O amor se esfria com as brigas, que fazem com que, em sua mente, sua esposa se torne indesejável para você. Ferir é separar; estarem unidos através dos laços matrimoniais, enquanto seus corações estão separados, é um tormento. Ser interiormente adversários, enquanto exteriormente marido e esposa, transforma sua casa em uma prisão. 11 4. A dissensão entre o marido e a esposa perturba toda a vida familiar; é como bois em juntas desiguais: nada se faz enquanto um luta com o outro.5. Isto os incapacita para adorar a Deus; vocês não podem orar juntos, nem discutir coisas divinas juntos, nem podem ajudar mutuamente as suas almas. 12 6. A dissensão torna impossível dirigir sua família apropriadamente.13 7. Sua dissensão o exporá à maldade de Satanás, e dará a ele ocasião para muitas, muitas tentações. 14 B - Conselhos para evitar dissensões: 1. Mantenham vivo seu amor um pelo outro. Ame sua esposa afetuosa e fervorosamente. O amor subjugará a ira; você não poderá ser rancoroso, por causa de pequenas coisas, com alguém que você ama afetuosamente; tampouco dirá palavras ríspidas, indiferentes, ou qualquer forma de ofensa. 15 2. Marido e esposa têm que mortificar os sentimentos de orgulho e egoísmo. 16 Estes são sentimentos que causam intolerância e insensibilidade. Vocês têm que orar e labutar por um espírito humilde, manso e quieto. Um coração orgulhoso é incomodado e provocado em cada palavra que pareça assaltar sua auto-estima.17 3. Não esqueçam que vocês dois são pessoas doentes, cheios de debilidades; e, portanto, esperem o fruto dessas debilidades um no outro; e não se surpreenda com elas, como se você não soubesse disto antes. Decidam ser pacientes um com o outro; lembrando que vocês tomaram um ao outro, como pessoas pecadoras, débeis, imperfeitas e não como anjos, ou como inocentes e perfeitos. 18 4. Lembrem-se ainda que vocês são uma só carne e, portanto, não fiquem mais ofendidos com as palavras ou faltas do outro, do que vocês ficariam se elas fossem suas. Zangue-se com as faltas de sua esposa na mesma medida que se zanga com você, pelas suas. Tenha a mesma intensidade de raiva e desgosto contra uma falta, quanto terá de empenho e determinação para remediá-la sem machucar e agravar a parte ferida. Isto transformará raiva em compaixão, e o levará a administrar cuidados para a cura. 19 5. Concordem previamente um com o outro que quando um de vocês estiver pecaminosamente bravo e transtornado, o outro, silenciosa e gentilmente, agüentará até que o irado volte à sanidade. 20 6. Tenham um olho no futuro e se lembrem que vocês têm que viver juntos até a morte, e devem ser o companheiro e o conforto da vida um do outro, e então vocês verão como é absurdo vocês discordarem e transtornarem-se mutuamente.21 7. Até onde você for capaz, evite todas as ocasiões de ira e discussão sobre os assuntos de seus familiares.22 8. Se você está tão bravo que não pode se acalmar, pelo menos controle sua língua e não fale palavras escarnecedoras e ofensivas, que abanarão o fogo e aumentarão a chama; não ventile sua raiva porque você somente alimentará sua vingança carnal. Mantenha-se calado, e você retornará muito mais cedo à sua serenidade e paz.23 9. Deixe o cônjuge calmo e racional falar cuidadosamente e submetendo suas razões ao outro (a menos que seja uma pessoa tão insolente que fará coisas piores). Normalmente algumas advertências sensatas e sérias, irão revelar-se como água fria na panela fervente. Diga ao seu cônjuge irado, "Você sabe que isto não deveria estar ocorrendo entre nós; o amor deve acalmar, e esta raiva causará arrependimentos. Deus não aprova isto, e nós não aprovaremos também quando esta discussão houver terminado. Esta disposição mental é contrária a uma disposição de oração, e este linguajar é contrário à linguagem de oração; nós temos que orar juntos; não façamos nada agora além de orar; de uma só nascente não pode brotar água doce e amarga", etc. Um pouco de calma e palavras condescendentes de razão, podem parar as torrentes, e reavivar a razão que a raiva quis sobrepujar.24 10. Quando vocês agirem pecaminosamente para com seu cônjuge, confessem um ao outro e peçam perdão, e unam-se em oração a Deus pedindo perdão; na próxima vez, isto agirá como um preventivo em vocês que, seguramente, se envergonharão por fazer novamente o que confessaram e pedirão perdão para Deus e para os homens.25
VI. Um dos deveres mais importantes de um marido para com sua esposa e de uma esposa para com o seu marido é ajudar um ao outro, cuidadosa, hábil e diligentemente no conhecimento, adoração e obediência a Deus, para que se salve e cresça na sua vida cristã. 1. Quando vocês negligenciam a alma um do outro, não demonstram amor.26 Vocês acreditam que têm almas imortais, e uma vida eterna de alegria ou miséria para viver? Então vocês têm que saber que seu grande cuidado e ocupação é cuidar dessas almas para a vida eterna. Portanto, se seu amor não ajuda um ao outro naquilo que deveria ser sua preocupação principal, ele é de pouco valor e de pouco uso. Tudo neste mundo é avaliado de acordo com sua utilidade. Um amor inútil ou improdutivo,é um amor sem valor, superficial, pueril, indesejado e os ajudará nas coisas insignificantes e infantis. Você ama sua esposa e a deixará no poder de Satanás, ou não ajudará a salvar sua alma? O quê! Ama-a, e deixará que vá para o inferno? Antes deixar que seja condenada do que se empenhar pela sua salvação? Nunca diga que a ama, se você não se esforça pela sua salvação. Então o que devemos dizer dos que não só negam sua ajuda, mas são empecilhos na santidade e salvação um do outro? [1Rs. 11:4, At. 5:2, Jó. 2:9] E ainda (o Senhor tenha clemência deste mundo miserável e pobre! Como é comum isto entre nós!) se a esposa é ignorante e descrente, ela usará todas as armas para fazer ou manter seu marido no mesmo estado dela; e se Deus pusesse qualquer inclinação santa no coração do seu marido, ela será como água para o fogo, para extinguir ou subjugar aquele sentimento; e se ele não for tão pecador e miserável quanto ela, ele não terá sossego. E se Deus abrir os olhos da esposa de um homem ruim e lhe mostrar a necessidade de uma vida santa e ela resolver obedecer ao Senhor e salvar sua alma, que inimigo e tirano seu marido será para ela (se Deus não o contiver); o próprio diabo não faz mais para evitar a salvação de almas do que os maridos e as esposas descrentes fazem um contra o outro. 2. Considerem também que vocês não estão vivendo na forma proposta para o casamento, se não estão ajudando suas almas.27 3. Considerem também que se vocês negligenciam suas almas, que inimigos vocês são um do outro, e como vocês estão se preparando para suas aflições perpétuas! Quando deveriam estar se preparando para sua feliz reunião no céu, vocês estão se preparando para o perpétuo horror.28 Então, sem um momento de hesitação, determinem viver juntos como herdeiros do céu, e cada um seja um auxiliador para a alma do outro. Para ajudá-los neste santo propósito, eu lhes darei algumas orientações, que, se fielmente praticadas, podem fazê-los ser bênçãos especiais um ao outro:
3.1. Antes que você possa ajudar a salvar a alma do seu cônjuge, tenha certeza quanto à sua própria salvação. Você deve ter um entendimento vívido e profundo das grandes questões eternas sobre as quais lhe é requerido falar aos outros. Se você não tem nenhuma compaixão para com a sua própria alma e a venderá por um momento de tranqüilidade e prazer, então certamente você não tem nenhuma compaixão para com a alma do seu cônjuge.29 3.2. Aproveite toda oportunidade que sua proximidade provê, para estar falando seriamente um ao outro sobre os assuntos de Deus e a salvação de vocês.30 Discuta sobre as coisas deste mundo não mais do que o necessário. Conversem sobre o estado e dever de suas almas para com Deus, e de suas esperanças do céu, tais como àqueles que consideram estes assuntos como seus principais interesses. E não falem leviana ou irreverentemente, ou de maneira rude, mas de maneira séria e sóbria, como se fossem aqueles que discutem as coisas mais importantes de todo o mundo [Mc.8:36]. 3.3. Quando o marido ou a esposa estiver falando seriamente sobre assuntos santos, que o outro tenha o cuidado de incentivar, e não extinguir, a conversa.31 3.4. Julgue de forma imparcial a condição espiritual do seu cônjuge; julgue a força ou fraqueza dos pecados e virtudes e das imperfeições existentes na vida dele; só assim, você poderá ser capaz de ajudá-lo convenientemente.32 3.5. Não lisonjeie, nem critique um ao outro de maneira tola.33 Faça tudo no verdadeiro e puro amor. Alguns estão tão cegos quanto às faltas de esposos, esposas ou filhos que não conseguem enxergar o pecado e a fraqueza que existem neles. Eles estão iludidos em relação à condição eterna de suas almas. A mesma coisa acontece com pecadores complacentes consigo mesmos e com suas almas; eles, obstinadamente, enganam a si mesmos para sua condenação. Esta auto-aprovação nada mais é do que o engodo do diabo para afastá-lo de um arrependimento eficaz e da salvação.Por outro lado, alguns não podem falar com o outro sobre suas faltas, sem amargura ou desdém, o que causará, em quem ouve, a recusa do remédio que poderia salvá-los. Se as advertências cotidianas que você faz aos estranhos devem ser oferecidas em amor, muito mais entre o marido e esposa. 3.6. Mantenha aceso seu amor, não cultive a distância, que somente fará com que os conselhos e reprovações do outro sejam desprezados.3.7. Não desencoraje seu cônjuge a instruir você, através de sua recusa em receber e aprender de suas correções.34 3.8. Ajudem-se mutuamente, através da leitura em conjunto de livros que convençam do pecado, perscrutem e apontem o caminho da vida. Os mais espirituais. Não desperdice o seu tempo com livros levianos, fracos e aguados. Tenham as mesmas amizades com as pessoas mais santas. Isto não significa negligenciar seus deveres um com o outro, já que toda a ajuda possível pode ser mais eficaz.35 3.9. Não encubra o estado de suas almas, nem esconda suas faltas um do outro. Vocês são uma só carne, e deveriam ter um só coração; e da mesma forma como é perigoso para um homem ignorar o estado de sua própria alma, assim também é muito pesaroso que o marido ou a esposa ignorem as áreas em que o outro necessita de ajuda.36 3.10. Evite, tanto quanto possível, opiniões diferentes na religião. 3.11. Se existirem compreensões religiosas diferentes entre vocês, estejam seguros que vocês administrarão isto com santidade, humildade, amor e paz, e não com carnalidade, orgulho, intolerância ou contenciosidade. 3.12. Não sejam nem cegamente indulgentes, nem muito críticos com relação às faltas e ao estado do cônjuge, permitindo a Satanás transformar suas afeições em hostilidade. 3.13. Se você é casado com uma pessoa descrente, mantenha, apesar disto, o amor que é requerido para o bem-estar da relação.37 3.14. Unam-se em freqüente e fervente oração. A oração força a mente à sobriedade, e move o coração com a presença e majestade de Deus. Também orem pelo outro quando vocês estão em secreto, pois Deus pode fazer aquilo que vocês mais desejam, no coração dos seus cônjuges. 3.15. Em último lugar, ajudem um ao outro através de uma vida exemplar. Seja você, o que deseja que seu marido ou esposa seja; supere-se na mansidão, humildade, caridade, submissão, diligência, abnegação e paciência.38
VII. Outro dever importante no matrimônio é ajudar na saúde e conforto de seus corpos. Não mimar a carne, ou estimular os vícios do orgulho, indolência, glutonaria ou os prazeres sensuais, um do outro; mas aumentar a saúde e vigor do corpo, deixando-o em boa forma para servir a alma e a Deus.
1. Na saúde, você deve ter o cuidado de providenciar ao seu cônjuge comida saudável e afastá-lo do que é nocivo a sua saúde, advertindo-o dos perigos da glutonaria e ociosidade, os dois grandes assassinos da humanidade.39, 2. Também na doença, vocês devem cuidar um do outro e não poupar esforços, financeiros ou físicos, pelos quais a saúde do outro possa ser restabelecida, ou suas almas confirmadas e consoladas.40 VIII. Outro dever de maridos e esposas é ajudar um ao outro na administração de seus negócios e propriedades. Não para fins mundanos, nem com uma mente mundana; mas em obediência a Deus que terá deles o labor, tanto como a oração pelo seu pão diário, e que determinou que do suor do seu rosto comessem seu pão, que em seis dias trabalhassem e fizessem toda sua obra, e ainda, que quem não trabalhasse não deveria comer. 41
IX. Também você deve ter cuidado em guardar o bom nome do seu cônjuge. Você não deve divulgar, mas encobrir as imperfeições um do outro. A reputação de um deve ser tão prezada para o outro como a dele própria. É uma prática pecaminosa e infiel de muitos, tanto de maridos como de esposas, tratar das faltas um do outro na presença de amigos, quando, o que deles é requerido é que, em amor, as encubram. Muitas pessoas impertinentes agravarão as faltas do cônjuge por trás dele. 42
X. É seu dever no matrimônio ajudar seu cônjuge na educação de seus filhos. 43
XI. É seu dever no matrimônio ajudar seu cônjuge em obras de caridade. 44
XII. Finalmente, é um grande dever de maridos e esposas, ajudar e confortar um ao outro na preparação para uma morte segura feliz. 45 1. Na saúde, vocês devem freqüente e seriamente lembrar um ao outro do dia em que a morte os separará; e viver juntos diariamente, como aqueles que estão aguardando a hora da partida... Reprove entre os dois qualquer lembrança desagradável quando a morte se aproximar. Se vocês vêem o outro entediado ou lento para com os assuntos espirituais, ou vivendo em vaidade, mundanidade, ou indolência, como se tivesse esquecido que morrerá brevemente, incite-o a fazer tudo, que a aproximação de tal dia requer, sem demora. 2. E quando a morte estiver perto, oh, então que abundância de ternura, seriedade, habilidade, diligência, será necessária para aquele que terá o último dever de amor para cumprir, para com a alma de um amigo tão íntimo que está partindo! Oh, então que necessidade haverá da sua mais sábia, fiel e diligente ajuda!... Aqueles que estão totalmente despreparados para morrer podem fazer pouco para preparar ou ajudar outros. Mas os que vivem juntos como herdeiros do céu e conversam na terra como companheiros de viagem para a terra da promessa, podem ajudar e encorajar as almas um do outro, e podem alegremente separar-se na ocasião da morte, enquanto esperam encontrar-se, dentro de pouco tempo, na vida eterna. --------------------------------------------------------------------- 1 Lc 6:31-32; 1Co 10:24; Gl 6:2; Fp. 2:4; 2 Tm 3:2; 1Jo. 3:17; Gn. 4:9; 1 Sm. 25:3-11; Es. 6:6; Is. 56:11; Jo. 6:262 Pv. 18:22; Pr. 19:13-143 Pv. 18:134 Mt. 5:32; Mt. 19:9; 1Co. 7:39; Cl. 3:19; Gn. 2:245 Mt. 19:5; Mc. 10:76 1 Co. 13:7; Fp. 2:37. Sl. 103:14; 1Co. 13:78 Pv. 10:129 Rm. 12:21; 1Pe. 3:910 Ef. 4:1; Cl. 1:10; 1Ts. 2:12; Pv. 11:30; 1Tm. 4:16; Tg 5:19-20; 1Pe. 3:1-211 Pv. 19:1312 Mt. 5:23; 1 Sm 15:2213 Mt 12:25; Mc 3:25; Lc 11:1714 Tg 1:13; 1Co. 7:5; Jó 2:915 Lv 19:8; Sl. 133:1; Pv. 15:17; Rm. 12:10; Rm. 14:19; Rm. 15:1; 1Co. 13:4-716 Lc. 9:23; Sl. 101:5; Pv. 16:5; Pv. 21:4; Pv 28:25; Mt 23:12; 1Pe. 5:617 Sl. 10:4; Os 7:10; Pv 13:10; Pv 28:2518 Jr 17:9; Rm. 7:24; 1Jo. 1:819 Ef. 4:26; Ef. 4:32; Tg 1:1920 Ef. 4:2; 1Co. 13:421 Ec. 9:9; Rm 7:222 Gn 2:2423 Gl 5:15; Tg 3:5,6,824 Pv 15:18; Mt 5:9; Sl. 85:825 Ef 4:32; Tg 5:1626 2 Co. 2:4; 2 Co. 12:15; 1Ts. 2:827 Gn 2:18 1Ts 5:11; Ef 4:16; Hb 12:15; 1Co. 7:5; Cl 2:19; Gn 35:2; Gn 35:4; Lv 19:17; Nm 16:27; Nm 16:3229 Gn 2:18; 2Co 13:5; Gl 6:3; Gn 25:29; Gn 25:3430 Cl 3:16; Hb 3:13; Hb 10:2431 Pv 27:6; Pv 15:12; Pv 15:31; Pv 15:3232 Hb 10:2433 Ef 4:15; Ef 4:26-5:934 Pv 29:135 Ef 4:11-1636 Tg 5:16; Ef 5:27-3237 1Co. 7:13-1438 1Pe 3:1; Jo 13:15; 1Tm 4:12; 1Co. 11:1; 1Ts 1:6; 2Ts 3:7-9;Tt 2:6; Tg 3:17; 2Pe 1:5-839 1Co. 6:19; Dt. 21:20; Pv. 23:21; Pv. 19:15; Pv. 6:9; v. 10:4;2 Ts 3:10 Pv 19:24; Pv 20:13; Pv 23:21; Pv 24:33; Is. 56:10;1Tm 5:1340 Ef 5:29, Jó 19:1741 Pv 31; Tt 2:5; 1Tm 5:14; 1Tm.5:8; Ex 20:9,11; Ge 3:19; 1Tm 3:10-1242 Tg 4:11; Pv 17:9; 1Pe. 4:843 Gn 18:19; Gn 35:2; Js 24:14; 1Tm 5:14; Pv 31:144 Hb 13:2; Gn 18:6; Rm 12:13; 2Co 9:6; Lc 16:9; 1Tm 3:2; 1Tm 5:10; Pv 11:20; Pv 11:28; Ne. 8:1; Pv 19:17; Jó 29:13; Jo 31:20 At 20:3545 Dt 32:29; Sl. 39:4; Sl. 90:12; Rm 14:8; Hb 13:14; 1Pe 1:17; Sl 3:5; Sl 37:37; Sl 49:15; Sl 73:24; Sl. 116:15; Pv 14:32; Ecc 7:1; Lc 16:22; Lc 23:43; 1Co 15:51-57; 2Co 5:1; 2Co 5:4; 2Co 5:8; Fp. 1:20-23; 1Ts 5:9; 2Pe 1:11; 2Pe 1:14; Ap. 14:13; Sl. 23:4

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

Arquivos do blog