domingo, 20 de maio de 2007

USO E ABUSO DA LÍNGUA- Parte I Por Derek Prince

Na cabeça há sete orifícios naturais. Todos vêm em pares – dois ouvidos, dois olhos,
duas narinas – com exceção da última, que é a boca. Suponho que ninguém desejaria duas
bocas. A maioria de nós já tem problemas suficientes com uma!
Se você fosse às Escrituras fazer um estudo sistemático e completo de tudo que elas
dizem sobre a língua, os lábios, a boca, as palavras e a conversação, gastaria muitas horas.
Qualquer concordância completa terá páginas de referências destas palavras. Aliás, duvido
que haja outro assunto individual que ocupe mais espaço nas Escrituras que o uso da nossa
língua e boca.
Creio que quando Deus concedeu ao homem a habilidade de falar inteligentemente,
com frases e idéias consecutivas, estava validando a afirmação de que Deus criou o homem
à sua própria imagem. Quando Deus confiou ao homem o poder de falar, estava confiandolhe
sua própria autoridade e habilidade criativa, pois foi através das palavras de Deus que
toda a criação veio à existência.
Como diz o Salmo 33.6: “Os céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro de sua
boca o exército deles”; e em Hebreus 11.3: “Pela fé entendemos que foi o universo formado
pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”.
Nenhum poder confiado a qualquer de nós tem maiores implicações para o bem e para o
mal que o poder da palavra. Conseqüentemente, é razoável que consideremos com muita
atenção a maneira com que empregamos este poder.

INSTRUÇÃO GERAL

Mateus 12 é um dos capítulos mais penetrantes do Novo Testamento. Uma parte das
palavras de Jesus aqui refere-se à língua. Ele está falando sobre a árvore e os seus frutos.
“Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo
fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus?
Porque a boca fala do que está cheio o coração” (vv.33,34).
O coração é a árvore, e a boca é o fruto da árvore. A árvore (o coração) é conhecida
pelo fruto (as palavras). O que sai da sua boca demonstra o que está no seu coração. Jesus
prossegue, aplicando isto especificamente às nossas palavras.
“O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro
tira coisas más” (v.35). Não existe um nível intermediário entre o bem e o mal. Ou é bom até
o fim, ou é mau até o fim. É a mesma corrente do início ao fim. Não pode se alterar.
“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no
dia de juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás
condenado”(vv. 36.37). Em última análise, o destino da nossa alma é determinado pelas
nossas palavras. Teremos que dar conta de cada palavra frívola que pronunciamos.

USO E ABUSO DA LÍNGUA


Deus nunca usa palavras vãs. Ele sustenta cada palavra que profere. E nos diz: “Que suas
palavras sejam assim. Não use palavras vãs. Se usar, terá que dar conta delas”.
A epístola de Tiago provavelmente examina o assunto da língua de forma mais
completa e penetrante que qualquer outra parte do Novo Testamento. Olhe apenas para um
versículo: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes
enganando o próprio coração, a sua religião é vã” (1.26).
Não quero me tornar pessimista ou crítico, mas para mim, com este golpe de caneta,
foram riscados setenta e cinco por cento da religião atual. As pessoas que praticam religião
não têm domínio sobre a sua língua. E a Bíblia diz: “Se você não dominar a sua língua, sua
religião é vã”.

Nenhum comentário:

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

Arquivos do blog