sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Armadura de Deus - Arcadio Sierra Diaz

Extraído do Livro " Os Vencedores e o Reino Milenar" Disponível para download no Filho Varão.
A Bíblia registra uma luta da Igreja contra o inimigo de Deus, as forças malignas das trevas; e o Senhor nos ordena vestir-nos com toda a armadura de Deus, para podermos sair vitoriosos nesse inevitável enfrentamento; porque é necessário que lutemos no Senhor, em Seu poder, e não no nosso. O vestir-nos com a armadura de Deus é uma ordem, um mandato de Deus, e uma necessidade para nós, não é opcional; Mas o por a armadura é um ato voluntário nosso, um exercício voluntário. Toda arma meramente humana não serve para esta luta, e sim de estorvo." 10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Ef. 6:10-13). Aqui a Igreja é apresentada como um guerreiro, mas o lamentável é que nem todos estão vestidos com esta armadura. Muito poucos, os vencedores, estão vestidos com toda a armadura de Deus; outros só tem parte dessa armadura, e o resto, a maioria, não tem nada. Levemos em conta que nós vemos as pessoas com nossos olhos físicos, mas detrás das pessoas (carne e sangue) estão os ventríloquos, os verdadeiros inimigos de Deus, os anjos rebeldes que ostentam neste século os poderes malignos de Satanás, o qual conta com uma organização sofisticada nos lugares celestes, os ares, e exercem seu poder sobre as nações do mundo. Cada nação tem seu próprio príncipe das trevas (Daniel 10:20) dentro dessa organização, a qual a sua vez maneja uma verdadeira hierarquia de poderes e especialidades a seu cargo, para infringir dano à Igreja e às nações, que estão regidas e escravizadas por essas trevas. Mas devemos estar firmes na vitória de Cristo, que é nossa própria vitória, por quanto Satanás e suas hostes de maldade estão destinadas a serem vencidas por nós; por isso devemos resistir, ou seja, estar firmes. Paulo toma a armadura de Deus, em sua parte externa, de modelo do soldado romano de seu tempo, o qual era muito famoso por sua disciplina e vigilância. A armadura consta das seguintes partes:

O cinto da verdade. "Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade" (v. 14a). Cingir-se com cinto tem a conotação de estar pronto para a ação, neste caso para a batalha espiritual; mas é necessário que nos cinjamos com a verdade, a qual é Cristo, o qual verteu seu sangue por nós. Como comeram o cordeiro os hebreus, no dia de sua liberação? "Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão" (Ex. 12:11a). Quanto mais conhecemos a Deus e a Seu Cristo, mais temos consciência que Ele é nossa única verdade e realidade cotidiana, em nosso andar como cristãos. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).

A couraça da justiça. A couraça era a parte da armadura que revestia e protegia o peito do soldado romano, ou seja, nossa consciência. " e vestindo-vos da couraça da justiça " (v. 14b). Cristo tem sido feito por Deus nossa justificação, e dessa justiça temos sido revestidos desde que cremos, a qual tem se convertido em nossa couraça em nossa condição de soldados; a obra de Cristo na cruz nos tem feito justos, mas em nossa luta contra Satanás, devemos ter nossa consciência limpa e protegida com a justiça de um coração reto diante de Deus e dos homens, o qual é a vida de Cristo em nós; porque Satanás constantemente está nos acusando, e não devemos permitir que essas acusações definhem nossa fé e nossa confiança no Senhor. Se nossa consciência não nos acusa, não devemos permitir que sejamos atemorizados e envergonhados pelo inimigo.

O calçado do evangelho. "Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz" (v. 15). O homem estava inimizado com Deus, mas o Senhor Jesus em Sua obra na cruz serviu de mediador para estabelecer a paz, tanto com Deus como com os homens; essa é a disposição fundamental do evangelho, com o qual devemos estar calçados e parados firmemente. Agora estamos parados sobre a rocha firme, e nessa posição entramos com confiança a participar na batalha espiritual. Devemos caminhar com o Senhor na paz que Ele nos tem conquistado; não em nossa própria paz, nem na paz dos homens. Já não caminhamos sobre a terra, porque não somos deste mundo. A salvação separa aos crentes da terra suja, e nos faz livres. Além disso, nosso testemunho exige que estejamos em paz com Deus e com os homens.

O escudo da fé. "embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno " (v.16). O escudo era uma arma defensiva para o soldado romano, para se proteger tanto das flechas como dos ataques com espada, lança ou outras armas da época. O escudo é fundamental para se proteger dos ataques do inimigo. O escudo do soldado romano era de couro, ou de metal; mas o escudo do crente é a fé. Há crentes que carecem de fé, logo não tem o escudo para apagar os dardos de fogo e ataques do maligno, como as dúvidas, as tentações, os enredos mentirosos, as incitações e propostas ao pecado. Outros crentes têm um escudo muito pequeno, com o qual só poderão apagar certos dardos, mas não todos, pois sua fé não é o suficientemente grande; e outros, os menos, tem um escudo grande; são os vencedores.

O capacete da salvação. "Tomai também o capacete da salvação" (v.17a). O capacete era a parte da armadura antiga que resguardava a cabeça e o rosto, de modo que é fácil entender que, na guerra espiritual, o capacete da salvação de Deus guarda a mente do crente, seu intelecto, de ansiedades, preocupações, acusações, temores, vergonha, ameaças de Satanás, que vão diretamente dirigidas a nossa mente, para nos debilitar, nos desorientar e nos prostrar em uma situação de derrota e culpabilidade. Mas temos sido salvos por Deus em Cristo; agora somos filhos de Deus, e é Cristo quem vive em nós permanentemente. Satanás continuamente está lançando seus dardos em nossa mente. Satanás sabe que é na mente do homem onde se maquinam e perfilam todas as coisas, e por isso é na mente dos crentes onde se livram as grandes batalhas contra o inimigo, pois os argumentos e pensamentos pertencem à mente.Lemos em 2 Coríntios 10:3-6: "3 Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne.4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,6 e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão". Para entrar a participar na guerra espiritual é necessário andar conforme o espírito; daí que as armas devem ser espirituais, poderosas em Deus, para poder derrubar fortalezas do inimigo. Todos os que desobedecem a Deus são portadores das fortalezas de Satanás; por isso todo pensamento deve ser levado cativo à obediência a Cristo.

A espada do Espírito. "e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (v.17b). A espada É a única peça da armadura que é usada para atacar o inimigo. Cristo é o Verbo de Deus encarnado, e a Bíblia é a Palavra de Deus (gr. logos) inspirada pelo Espírito Santo, ou soprada pelo alento de Deus (gr. theopneustos), de maneira que quando é usada a palavra específica (gr. rhema) para dar um golpe mortal e contundente ao inimigo, é o próprio Cristo falando por Seu Espírito e pela Palavra. As Escrituras têm sido deturpadas e manipuladas abundantemente através da história, em tal forma que essas deturpações têm facilitado o caminho para introduzir heresias na Igreja do Senhor, contribuindo às múltiplas divisões sustentadas com aparente respaldo bíblico. Eis ai o grande perigo, que apoiados com uma falsa base bíblica, se protocolize a divisão do Corpo de Cristo. O zelo religioso não é de Deus, nem o orgulho sectário, nem a vanglória do progresso humano. Tudo isso tem causado muito dano à unidade da Igreja; tem se quebrantado a verdadeira expressão da unidade do Corpo do Senhor. Daí que deve se usar a espada do Espírito no Espírito e pelo Espírito. É de suma importância saber qual é a versão bíblica em nosso idioma que guarde mais fidelidade com os manuscritos originais.

A oração. "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (v.18). A oração não está relacionada dentro da armadura de Deus, mas é o elemento indispensável para receber a armadura e usá-la convenientemente no momento apropriado.

O manto da humildade. Mesmo os vencedores vestidos com toda a armadura de Deus têm seus perigos, e caso se descuidem, podem cair de qualquer altura de onde se encontrem; não importa o grau de maturidade espiritual que se tenha. Diz 1 Co. 10:12: "Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia". O brilho da armadura, pode deslumbrar ao vencedor que se descuida, e em vez de fixar os olhos no Senhor, fixa em si mesmo; não tem consciência de que sua armadura não tem proteção para suas costas, onde pode ser ferido pelos dardos do inimigo, dardos chamados orgulho; e já ferido, vai se enchendo de certa auréola ao redor de si mesmo, e, sem se dar conta, vai se debilitando espiritualmente de tal maneira que ao final não tem forças suficientes para sustentar a espada e o escudo (a Palavra de Deus e a fé), e como conseqüência vem o engano quanto à Palavra e quanto à fé, e começa a declarar que já não necessita usar a espada e o escudo; e no final se despojará a si mesmo de toda a armadura.Então, qual é o remédio preventivo? Os reis, os grandes deste mundo e os cristãos orgulhosos, se cobrem com um manto de púrpura, mas o manto do cristão vencedor é a outra cara da moeda; o manto que nos cobre as costas dos dardos da altivez é a humildade, a pobreza no espírito. 1 Pedro 5:5b-6 diz: "sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.6 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte". O vestido de humildade é a vestidura de um escravo em aptidão de serviço. O altivo faz alarde por cima dos demais; é depreciativo. O orgulhoso se enche tanto de confiança em si mesmo, que chega o momento em que crê que já não necessita usar a Palavra de Deus, a fé e a confiança no Senhor, e a armadura em geral, e é enredado facilmente no engano de toda índole. Todo guerreiro necessita de toda a armadura de Deus, mas vestido de humildade, " 4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Co. 10:4-5).A guerra contra os demônios não se faz com as habilidades da carne; nem com força carnal e física, nem com eloqüência natural, nem com sabedoria humana, nem derrubando às pessoas ao chão nas reuniões; não estamos lutando contra os homens. Por tanto, as armas devem ser espirituais, poderosas em Deus. Os dardos do inimigo vão dirigidos a encher nossa mente de argumentos e raciocínios que nos induzem à fofoca, à busca de faltas em nossos irmãos, à acusação, à falta de perdão, ao egocentrismo, ao juízo injusto, aos zelos e contendas, ao repúdio, à amargura, à luxúria; mas um dos mais fortes e devastadores ataques vem do orgulho. Em troca, a Palavra de Deus nos insta a sermos "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos" (Ro. 12:6). Devemos estar vigilantes, porque abundam as falsas roupas de humildade.Diz Mateus 5:3: "3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus". Com este versículo, o Senhor no sermão do monte começa a descrição da verdadeira natureza dos que são aptos para participar no reino dos céus; e todas as características descritas, são o pólo oposto do cristão orgulhoso. Diante de Deus, o humilde tem a posição mais alta, porque reflete a plenitude de Deus e de Sua graça; porque Tiago 4:6 diz: "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes". Então, amados irmãos, para que não nos deslumbre o brilho da armadura e nos impeça ver a verdadeira natureza do inimigo, devemos tapá-la com o manto da humildade.

O amor. Por Seu Santo Espírito, o Senhor nos tem dado dons espirituais, como ferramentas para nosso trabalho nesta era, e como antecipação dos poderes do mundo vindouro; mas o mais excelente, importante e poderoso de todas as ferramentas recebidas da parte do Senhor é o amor do Pai. Muitos, como os coríntios, buscam os dons exteriores, mas o amor é a maneira excelente de exercê-los, e é a expressão de Deus dentro de nós como vida e alento.A natureza de Deus é amor (1 Jo 4:16), e a expressão desse amor é o que nos leva a ser espirituais. Podemos ter uma magnífica compreensão da Palavra de Deus, podemos ter todos os dons espirituais, podemos compreender todos os princípios do reino, podemos possuir uma fé gigantesca, mas se carecemos do amor do Pai, nada somos.Não temos conseguido compreender, todavia, o suficiente e em sua justa medida o capítulo 13 da primeira epístola aos Coríntios. Quanto mais nos alimentamos de Cristo, mais cheios somos de Seu amor, porque Ele, que é amor, vai se apoderando de todo nosso ser; não só do espírito, mas também da alma e todas suas faculdades, e até do corpo. O Senhor tem vindo a viver dentro de nós para sempre; nunca se afastará de nós; esta é Sua casa; mas devemos buscar que Ele nos encha de Seu Espírito e de Seu amor para que lhe sejamos fiéis; Seu amor nos livra do egocentrismo, e nos faz ver mais além de nosso contorno físico. Saturados de Seu amor, poderemos ter a visão do terceiro céu, e pregá-lo. Com o amor, podemos manejar a armadura de Deus com eficácia.

De quê espírito sois? - Gino Iafrancesco

Extraído do Blog http://mensajesgiv.blogspot.com e traduzido pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS
DE QUÊ ESPÍRITO SOIS?

Vamos a 1ª a Timoteo 4:12: "Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza".

Penso que se entende muito claro cada palavra até onde diz: amor: mas logo diz outra palavra, que é, dentre todas as seis, a carga do Espírito para a presente consideração.É a palavra "espírito" (em minúscula); logo menciona fé e pureza. Mas há algo que se chama "espírito" em minúscula; e gosto que esteja em minúscula, porque esta envolvendo ao espírito da pessoa.

Em que espírito está a pessoa?. Há algo que se chama aqui "espírito".

Sê exemplo de...espírito. A carga específica é: sê exemplo em espírito. Em quê espírito estou?, Em que espírito esta a pessoa? Que é isso do espírito? Sê exemplo em espírito.

Disso também se fala em Lucas 9:51-56.

Estas coisas se discernem precisamente com o espírito. Isto existe e é precioso; mas é algo que não tem sabor exterior, que não tem cor, mas que no âmbito espiritual é preciosíssimo. O espírito se aprecia com o espírito. Recebes em teu espírito a capacidade de tocar o espírito; o espírito toca o espírito; nosso espírito toca o espírito da pessoa, da comunidade, da época.

Existe, pois, algo misterioso que é o espírito, e é de grande valor; as pessoas se tocam no espírito. Não se tocam meramente no corpo, a mente, a emoção, senão que se tocam no espírito.
Nosso espírito percebe em quê espírito está a pessoa; se está em um espírito luminoso, ou se está em um espírito tenebroso.
Lemos em Lucas acerca de Jesus: "Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém".
Por causa de esse espírito não lhe receberam. Como se sofre quando não se é recebido!. Mas é fácil quando somos recebidos. Os discípulos se enalteceram quando vieram ao Senhor sendo injuriados; eles inclusive até tinham fé com ardor, como para dizer: Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu, como fez Elias, e os consuma?
Mas escutem o que lhes respondeu o Senhor Jesus no v.55: "Vós não sabeis de quê espírito sois".
Que contraste de espírito!.
De quê espírito sois? Quê espírito estão canalizando? A quê espírito estão dando lugar no ambiente? Que espírito está contaminando?
Jesus lhes fala de tal maneira, para esclarecer-lhes em quê espírito estão, e também para mudar-lhes de espírito.
O Senhor não vai julgar a uns com o paradigma de outros, senão que tem em conta o paradigma de cada um.

A declaração séria é: Vós não sabeis de que espírito sois. Às vezes um não se dá conta em que espírito está. Não é questão meramente de palavras e aparências; aparentemente até se pode ser muito "bíblico", mas muitas vezes não se está no espírito correto. Sê exemplo em espírito. Então, as pessoas que são espirituais, discernem o espírito. Às vezes se é facilmente enganado pelas aparências; mas os que são pessoas que tem o espírito já treinado para discernir o espírito das coisas, o espírito que se está movendo no ambiente, se dão perfeitamente conta como e até onde se está levando a água para o moinho alheio. Às vezes há uma aparente calma, mas discerne que há algo no ambiente; como costuma se dizer: "uma calmaria” Este assunto é de sumo valor para Deus: Em quê espírito se fazem as coisas, em quê espírito se expressam as palavras; porque na realidade é como se um pudesse ser de vários espíritos, segundo a ocasião. Quando o Senhor diz: de quê espírito sois, é como se dissesse: -vocês não se dão conta sobre a classe espírito, tão diferente a mim, que lhes tocou. Às vezes não nos damos conta sobre qual espírito nos tem tocado e em que espírito estamos; e as vezes não queremos nos dar conta, ainda que nossa consciência nos adverte muito baixinho que não estamos no espírito correto.
A Palavra de Deus nos diz que existem contaminações de carne e de espírito.
Disso podemos ler, por exemplo, em 2ª a Coríntios 7:1. “purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito”. No livro de Jó se fala de que o paladar degusta as palavras; é como se fosse um paladar espiritual. Não somente há, pois, contaminação da carne, senão também do espírito. Se eu não estou no Espírito de Cristo, então eu mesmo posso contaminar. Às vezes contaminamos, e às vezes podemos também ser contaminados.
Às vezes, em certo ambiente, se move determinado espírito. Podemos dizer que em cada sociedade, em cada grupo, se move um determinado tipo de espírito. Por isso o Senhor, em Apocalipse, fala dos anjos das igrejas; pois cada igreja e cada época está em um determinado espírito e em uma determinada tônica que se manifesta em sua respectiva liderança.

Às vezes tudo isto pode ser muito sutil. Sucedem as coisas, sendo influência a classe de espírito em que estamos. De quê espírito somos? Nosso espírito deve ser purificado.
Nosso entendimento às vezes fica curto para interpretar as coisas do espírito.
Mas quando teu espírito tem sido treinado por Deus, então tu podes discernir no espírito.
Olhemos também Efésios 4:22-24.
No v.23 diz: " e vos renoveis no espírito do vosso entendimento (mente)". Nossa mente pode ser renovada ou contaminada. Às vezes vivemos sob paradigmas e sentimentos de opressão. Às vezes somos muito duros, ou às vezes muito relaxados.

O Senhor tinha e tem equilíbrio entre a graça e a verdade. Como necessitamos aprender a sermos verdadeiros, cheios de graça e de verdade. O senhor Jesus conseguiu combinar Nele a graça e a verdade. Que espírito tão equilibrado!, não contaminado, senão libertador.
Observemos sempre que espírito está circulando, e vigiemos se nossa mente ou sentimentos estão sendo contaminados. Em que espírito se está atuando? Jesus disse: vós nem sempre o sabeis. A Laodicéia mandou escrever que não se dava conta de ser coitada e miserável e de estar cega e nua.

Quando Jesus ia a Jerusalém, sabia para quê ia; por isso pode perdoar aos samaritanos.
Se estamos em um bom espírito, nos podemos ajudar mutuamente.
Mas Satanás é como um roedor que quer sempre danificar o ambiente.
O inimigo quer sempre danificar nosso espírito; o diabo quer danificar o espírito da comunidade.
Mas devemos ser como Isaque, que mesmo que repetidamente os filisteus lhe soterravam os poços, ele continuava abrindo poços até que não puderam mais soterrar. Devemos ser como Isaque, figura de Cristo, para não permitir que Satanás nos mantenha presos de um mal espírito.
Limpemo-nos de toda contaminação da carne e do espírito.

Tesouros na Terra ou no Céu? - W. Kelly

Extraído do site www.verdadespreciosas.com.ar e Traduzido pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS
Mateus 6:19-21
Cristo, como ninguém, conhecia perfeitamente a todos os homes, e não tinha necessidade de que ninguém lhe desse testemunho do homem (João 2:24-25). O homem busca tesouros na terra. Não necessariamente esses tesouros que o atraem são ouro ou bens materiais. Podem ser prazeres, poder ou posição social. Alguns põem seu coração em obter fama nas letras ou na erudição, nas ciências ou na arte. Outros se enamoram da poesia, da oratória ou da Filosofia. A posição de juiz ou de advogado no Tribunal, o exercito ou as forças armadas, o governo civil ou a política, a filantropia ou inclusive o púlpito, ordinariamente falando, alimentam a ambição de outros tantos. Estes objetos, e todo outro similar, que atraem o coração do homem, são tesouros na terra e estão por baixo da fé à qual é chamado o cristão: a fé no Deus invisível e eterno. “Não ameis ao mundo, nem as coisas que estão no mundo. Se alguém ama ao mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, os desejos da carne, os desejos dos olhos, e a soberba da vida, não provém do Pai, senão do mundo. E o mundo passa, e seus desejos; mas o que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1.ª João 2:15-17).

Ouçamos as palavras do Salvador acerca da armadilha mais comum para o homem: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:19-21).

Os tesouros no céu são as coisas de cima, onde está Cristo assentado à destra de Deus (Colossenses 3:1). Nestas coisas temos de por nossa mente, não nas coisas que estão na terra (Colossenses 3:2). Porque estamos mortos com Cristo paras as melhores coisas da terra, dos rudimentos do mundo que Israel tinha como sua religião; e nossa vida está escondida com Cristo em Deus (v. 3). A cruz de Cristo pôs fim a todas aquelas sombras e ordenanças; e, em conseqüência, o cristão esta crucificado para o mundo, e o mundo para ele (Gálatas 4:14). Se ele verdadeiramente é de Cristo, é de caráter celestial ao estar unido a Cristo, mesmo que esteja todavia sobre a terra, e leve a imagem de Adão, terreno, até que Ele venha (1.ª Coríntios 15:47-49).

Não os deixeis persuadir pelos incrédulos gestos de desprezo e burlas daqueles que tratam de rebaixar ao nível dos demais objetos mundanos vossos verdadeiros objetos. Estes últimos estão muito por cima do mundo, ou da terra habitada porvir, bendita como o será quando Cristo e seus santos reinarem sobre ela. Nossa própria porção está no céu, e com Cristo ali. Que nenhum engano os prive do que os revela o Espírito Santo enviado do céu, sobre o qual as Epístolas falam de uma maneira muito mais ampla a comparação do que os discípulos eram capazes de sobrelevar quando seu Senhor estava ainda aqui em baixo, como ele nos diz (João 16:12).

O mais sábio dos homens não tem a capacidade de julgar o que Deus quer para seus filhos agora. O Novo Testamento é mais claro que a água em quanto a que Ele quer ter aos seus como não pertencentes ao mundo; efetivamente, o Senhor declara de forma explícita que eles não são do mundo da mesma maneira que Ele não é do mundo (João 17:14). “Como está escrito: Coisas que olho não viu, nem ouvido ouviu, nem tem penetrado no coração do homem, são as que Deus tem preparado para os que o amam. Mas Deus no-las revelou a nós pelo Espírito; porque o Espírito tudo esquadrinha, mesmo o mais profundo de Deus” (1.ª Coríntios 2:9-10). Estes são tesouros que o Senhor nos chama a guardar no céu. E nada pode roubá-los, como se se pode fazer com os tesouros da terra por ação da corrupção ou da violência.

Não digamos que semelhante meta está fora do alcance do crente. O estaria, por certo, se não contássemos com a graça de Deus que nos dá o poder para realizá-lo. Mas temos a Cristo como Cabeça no alto, “e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.” (Colossenses 2:19). Sua graça basta para alguém que atravessa as circunstâncias mais quebrantadoras. E se temos tal Advogado no alto, temos a um não menos divino para trabalhar em nós aqui em baixo a fim de que sejamos fortalecidos no homem interior (Efésios 3:16). Foi assim como outrora uns foram capazes de gloriarem-se na fraqueza —nunca de pecados— para que o poder de Cristo faça sua morada neles (2.ª Coríntios 12:9).

Umas últimas palavras para os que não conhecem ao Salvador, todavia. Se tu continuas a ter dúvidas acerca da salvação de tua alma, como poderias deixar passar este dia sem resolver este ponto diante de Deus? Ele enviou a seu Filho para ti, para que possas viver por Ele, e para que Ele, o Senhor Jesus, morra por ti, se, por teus pecados. Veja a Deus no nome do Salvador crucificado para tuas necessidades, para tuas culpas e para tu ruína espiritual. Jesus nunca recusou a todo aquele que, consciente de seus pecados, recorre a Ele. O Pai quer que honres assim ao Filho, que declara solenemente: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão” (João 5:24-25). Não sejas, pois, incrédulo, senão crente; confia na graça de Deus e tudo o que te falta te será dado no mesmo amor. É Seu gozo abençoar ao crente.

W. K.

A Restauração de Pedro - C.H. Mackintosh

www.verdadesvivas.com.br

O assunto destas linhas trata da maneira como o Senhor restaura o seu povo quando ele se desvia. É abordado de forma compreensiva e é baseado na maneira como o Senhor restaurou a Pedro segundo o registro do evangelho de João 21.
Um estudo cuidadoso de João 21.1-19 nos capacitará a traçar três tipos distintos de restauração, a saber:
Restauração de consciência, Restauração de coração e Restauração de posição.
RESTAURAÇÃO DE CONSCIÊNCIA
Não podemos estimar suficientemente o valor de uma consciência sã, clara e não reprovada. É muito óbvio que Pedro a possuía na tocante cena “junto ao mar de Tiberíades”. E contudo ele havia caído a pouco tempo antes – caído vergonhosa e gravemente. Ele havia negado o seu Senhor, praguejando e jurando. Todavia ele foi restaurado. Uma olhada de Jesus havia liberado as profundas fontes de seu coração e suscitado um fluxo de lágrimas de amargura. Contudo, não foram as suas lágrimas que fizeram isso, mas o amor que as provocou, o qual veio a ser a base de sua completa restauração de consciência. Foi o imutável e eterno amor do coração de Jesus, a eficácia divina do sangue de Jesus e o preponderante poder da advocacia de Jesus que conferiu à consciência de Pedro a intrepidez e a liberdade tão admiravelmente apresentada na memorável ocasião que está diante de nós.
Neste capítulo final do Evangelho de João, o Salvador ressuscitado é visto cuidando de Seus pobres, fracos e errantes discípulos. Ele valeu-Se das necessidades básicas deles para Se tornar conhecido aos seus corações em perfeita graça. Havia uma lágrima a ser enxugada, uma dificuldade a ser resolvida, um temor a ser aquietado, um coração despojado a ser contentado, uma mente descrente a ser corrigida? Jesus estava presente em toda a plenitude e multiplicidade de Sua graça para atender todas essas coisas. Quando eles tinham saído para passar uma noite em infrutífera labuta, o Senhor Jesus tinha os Seus olhos fixos neles. Sim esse mesmíssimo Jesus que tinha morrido na cruz para salvá-los de seus pecados, agora “estava na praia” para restaurá-los de seu desgarramento, reuni-los em volta de Si mesmo e satisfazer todas as suas necessidades.
Mas observemos minuciosamente as evidências de uma consciência completamente restaurada, como apresentada por Simão Pedro. Ele não pôde esperar pelo barco ou pelos seus companheiros-discípulos para estar aos pés de Jesus. Ele atirou-se ao mar, o que equivale a dizer: “Eu preciso ser o primeiro a estar com o meu Salvador ressuscitado”. Ninguém tem tal pretexto a não ser o pobre, vacilante e fracassado Pedro.
A confiança de Pedro era irrestrita, e isto veio a ser gozo para o coração de Jesus. O amor aprecia demonstrações de confiança; gosta de ser confiado. Que ninguém pense estar honrando Jesus ao ficar hesitando, permanecendo à distância, alegando ser indigno. Contudo é muito difícil para alguém que tem se desviado recobrar a sua confiança no amor de Cristo. Tal pessoa – pode ver claramente que um pecador é bem vindo a Jesus, não importando quão grande são ou quantos tenham sido os seus pecados. Mas a dúvida se interpõe por pensar que no caso de um cristão desviado a coisa é completamente diferente. Contudo, a Palavra de Deus diz: “Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões” (Jeremias 3.22). O amor do coração de Jesus não sofre variação. Indubitavelmente é triste cair, errar, desviar-se, porém, é ainda mais triste quando, tendo sucumbido, duvidamos do amor de Jesus ou de Sua graciosa prontidão para nos restaurar novamente.
Amado leitor, você tem caído? Você tem errado? Você tem perdido o doce senso do favor divino? Se a sua resposta for afirmativa, o que você deve fazer? Simplesmente isto: “Volte!”. Esta é a palavra que Deus tem para o desviado. Volte em plena confissão, em auto-juízo e na mais plena confiança no infinito, imutável amor do coração de Cristo. Não meça o coração de Jesus com os seus próprios pensamentos. Satanás lhe manteria a uma distância de desalento desse precioso Salvador que lhe ama com um amor eterno. Mas você só tem de fixar o seu olhar no sangue, na advocacia e no coração de Jesus para dar uma resposta triunfante a todas as terríveis sugestões do inimigo e a toda inquietação de seu próprio coração. Lembre-se sempre que o Senhor Jesus ama ser confiado.
RESTAURAÇÃO DE CORAÇÃO
O coração tem de ser restaurado assim como a consciência. O que muitas vezes ocorre é que, embora a consciência seja perfeitamente limpa quanto a certos atos, as raízes de onde esses atos brotam não foram alcançadas ainda. Os atos são vistos no exterior da vida diária, mas as raízes são ocultadas bem no fundo do coração. Elas podem ser desconhecidas para nós mesmos e para outras pessoas, mas estão totalmente desveladas aos olhos dAquele com quem temos de prestar contas.
Essas raízes devem ser alcançadas, expostas e julgadas; isso é necessário antes que o coração se encontre numa condição reta aos olhos de Deus. Observem o modo extremamente gracioso em que o nosso bendito Senhor age para alcançar as raízes no coração de Pedro, Seu querido e honrado servo: “Depois de terem comido” (João 21.15). Não antes. Não havia alusão ao passado, nada que pudesse causar um abatimento no coração ou trazer uma nuvem sobre o espírito, e isto enquanto uma consciência restaurada estava se deleitando na companhia de um amor que não sofre variação. Esta é uma excelente característica moral. Isso caracteriza o procedimento de Deus com todos os Seus santos. A consciência é colocada em descanso na presença de um amor infinito e eterno.
Mas é necessário que ocorra uma atuação mais profunda para alcançar a raiz das coisas no coração. Quando Simão Pedro, na plena confidência de uma consciência restaurada, lançou-se aos pés de seu Senhor ressurreto, ele recebeu aquele gracioso convite: “Vinde, comei”. Mas, “depois de terem comido”, Jesus toma Pedro à parte a fim de partilhar à sua alma a luz da verdade; o intento desse gesto é que ele pudesse discernir a raiz de onde todo o seu fracasso emanou. Essa raiz era a auto-confiança. Ela o levou a se colocar acima dos outros discípulos e dizer: “Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim” (Mateus 26.33-35).
Essa raiz tinha que ser exposta. Por isso, depois de terem comido, o Senhor disse a Pedro: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes outros?” (João 21.15). Esta era uma pergunta oportuna e ela foi bater no fundo do coração de Pedro. Três vezes ele havia negado o Seu Senhor e agora por três vezes o Senhor desafia o seu coração – porque a raiz precisa ser alcançada, caso se tenha em vista algum resultado bom e permanente.
Não adianta simplesmente ter a consciência purificada dos efeitos produzidos na vida prática. É necessário que também se faça o julgamento moral daquilo que os produziu. Isto não é suficientemente compreendido e tomado em consideração, e é por isso que as raízes estão sempre brotando novamente, dando os seus frutos com crescente poder. Isto nos dá a mais amarga e penosa obra, que poderia ser toda evitada se as raízes das coisas fossem julgadas e mantidas sob julgamento.
Conhecemos nossas raízes? Sem dúvida que é difícil, muito difícil conhecê-las. Elas são profundas e numerosas: orgulho, vaidade pessoal, cobiça, irritabilidade, ambição. Essas são algumas das raízes do caráter, a origem da motivação das ações sobre as quais uma censura apropriada deve ser praticada. Devemos deixar a natureza saber que o olho do auto-juízo está continuamente sobre ela. Temos de continuar com a luta sem interrupção. Talvez ocasionalmente tenhamos de lamentar algum fracasso, mas precisamos manter a luta, porque a luta é um sinal de vida. Precisamos recordar a realidade dos fatos: nenhuma coisa boa habita na carne. Que Deus o Espírito Santo nos fortaleça para esta vigilância contra a carne.
RESTAURAÇÃO DE POSIÇÃO
Quando a consciência tem sido completamente purificada e o coração, com suas muitas raízes julgadas, há uma preparação moral para o nosso perfeito caminho. O perfeito amor de Jesus tinha afugentado todo temor da consciência de Pedro. As Suas três perguntas tinham revelado as raízes no coração de Pedro. Agora Ele lhe diz: “Quando eras mais moço tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.”(João 21.18-19)
Foi com estas mesmas palavras que o Senhor havia começado com Pedro como Seu discípulo. Naquela ocasião ele também havia dito: “Segue-me” (Mateus 4.19). Eis aqui em duas palavras a senda do servo de Cristo: “ Segue-me”. O Senhor acabara de dar a Pedro a mais doce garantia de Seu amor e confiança. Ele havia, não obstante todos os fracassos passados de Pedro, confiado aos seus cuidados tudo aquilo que neste mundo era querido ao Seu coração de amor: os cordeiros e as ovelhas de Seu rebanho. Na prática, Ele lhe havia dito: “Se você tem afeto por Mim, apascenta os Meus cordeiros, pastoreia as Minhas ovelhas”. Agora, numa breve mas compreensível expressão vocal, Ele revela a Pedro o seu perfeito caminho: “Segue-me”.
RESTAURAÇÃO DE CAMINHO
Isto é suficiente e abrange tudo o mais. Se queremos seguir a Jesus, devemos manter continuamente os nossos olhos n’Ele. Devemos observar as Suas pegadas e andar nelas. Quando tentado à semelhança de Pedro a “voltar-se” para ver o que este ou aquele está fazendo, ou como o faz, precisamos ouvir as palavras de correção do Senhor: “Quanto a ti, segue-me” (João 21.20a e 22b). Este deve ser o nosso principal e todo envolvedor negócio, aconteça o que acontecer. Milhares de coisas podem surgir para perturbar e atrapalhar. O diabo nos tentará a olhar aqui e ali, a olhar para esta ou para aquela pessoa, a imaginar que podemos fazer melhor noutro lugar, ou a imitar o labor de algum companheiro de jornada. Tudo isto é rebatido por tais marcantes palavras: “Segue-me”.
O que para isso nos é necessário é a vontade subjugada – o verdadeiro espírito de um servo que espera no Mestre para conhecer a Sua mente. É mais fácil estar ocupado do que estar quieto. Quando Pedro era “mais moço” ele andava por onde queria; mas quando tornou-se mais “velho” ia para onde não queria. Que contraste entre o jovem, inquieto, ardente e vigoroso Pedro indo para onde bem queria e o velho, amadurecido, dominado e experiente Pedro indo para onde não queria (pois agora estava sujeito ao Senhor). Que misericórdia ter a vontade subjugada – ser capaz de dizer do fundo do coração: “Contudo, não se faça a minha vontade, e, sim, a tua” (Lucas 22.42)

Liberação e andar no Espírito- W Gschwind

Extraído do site http://www.creced.ch/index.html , Traduzido pelos irmãos da cidade de Alegrete
COMO POSSO SER LIBERTO DO PODER DO PECADO?
Os jovens crentes na fé experimentam com freqüência muito gozo em seu novo caminho, mas também tentações e dúvidas. Este texto tem por meta ajudar, por meio da Palavra de Deus, àqueles que começam o caminho para seguir a Cristo e encontram o seguinte problema: «Compreendi que meus pecados foram perdoados pelo nome de Jesus; mas como posso ser liberto agora do poder do pecado?»


Sou ainda pior que antes de minha conversão!


Imagina-se que um homem enterrado sob um desmoronamento Esteja morto. Sobre seu peito há toda classe de pedras, pequenas e grandes. Ele não se da conta disto; não lhe pesam, está morto. Mas se seu coração se pusesse a bater de novo e voltasse à vida, então veria e sentiria as pedras. Viria a ser um peso insuportável para ele.Sucede ao crente mais ou menos o mesmo. Antes de sua conversão você estava morto em seus "delitos e pecados" (Efésios 2:1). Então, de nenhum modo podia discernir o mal: você era "trevas" (5:8). Havia perdido toda sensibilidade moral, era alheio à vida de Deus (4:18-19).Agora já não é assim. Pela fé em Jesus, o Filho de Deus, tens a vida em você (João 5:24). Verdadeiramente se da conta de seu estado diante de Deus, estado no qual havia vivido até agora. E se pergunta espantado:


Como posso sair deste estado?

Pelo sangue de Jesus fostes lavado de teus pecados. Mas há sempre novos pecados. Você quer se libertar do desmoronamento do qual falamos antes, e não pode. Dá um passo a diante e imediatamente retrocede um passo. Desde que quis seguir a seu Salvador e ser semelhante a Ele, lhe parece que o pecado recobrou vida em você. Vê a lei do pecado em seus membros, e tem que fazer o que aborrece. Não me estranharia que exclame: "Miserável de mim! quem me livrará deste corpo de morte?" (Romanos 7:9, 15, 23, 24).


É impossível melhorar o "velho homem"


Sua luta sob o desmoronamento era necessária. Todos devemos aprender a reconhecer que nossa velha natureza, o "velho homem", está irremediavelmente corrompido. Temos que perder toda confiança em nossas próprias forças. Por natureza, todos viemos a ser "inúteis" (Romanos 3:12) como os detritos da lixeira: um cântaro quebrado, a ninguém pode ser útil; um guarda-chuvas rasgado, ninguém o quer reparar.Deus não espera absolutamente nenhum esforço por melhorar de nossa parte. É Ele quem, de maneira divinamente perfeita, nos tirou de nosso miserável estado.


Por Jesus Cristo, Deus nos livrou de nosso "velho homem"!

Cristo não foi à cruz só a causa de nossos pecados. Não sofreu somente pelo que fizemos, senão também pelo que somos. Se você vê à cruz pode dizer: «Na pessoa de meu Substituto, encontrei o fim de meu velho homem». Enquanto a isto você pode descansar plenamente nas claras afirmações da Palavra de Deus: "Nosso velho homem foi crucificado juntamente com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, a fim de que não sirvamos mais ao pecado". "Porque somos sepultados juntamente com Ele (Cristo) para morte pelo batismo" (Romanos 6:6, 4). Que liberação!Este ato divinamente grande não cobra valor somente quando você começa a senti-lo, senão desde o momento que crer que é também por você que o Senhor Jesus cumpriu sua obra de redenção na cruz. Isto lhe faz exclamar: "Graças dou a Deus, por Jesus Cristo Senhor nosso" (7:25).


Deus lhe deu uma nova natureza

Você é "nascido de novo". Isto é devido a sua obediência à Palavra de Deus e pela ação do Espírito Santo ou, segundo a expressão do Senhor Jesus, é nascido "da água e do Espírito" (Jo 3:5). Agora tem uma nova natureza. Cristo é sua vida, e ao mesmo tempo o modelo sobre o qual esta vida em você vai a se desenvolver.O Espírito tomou a direção de sua vidaAgora o Espírito de Deus habita em você. Tomou a direção de sua nova vida, da qual Jesus é o centro, o objeto e o alvo. O Espírito deseja dirigir-lhe de noite e de dia, em seu trabalho e em seu tempo livre, entre seus semelhantes e na solidão. Sua meta é despertar e aprofundar nossos afetos ao Pai e a seu Filho Jesus Cristo.


Um governo oposto

A Escritura chama nossa atenção sobre o fato de que temos a "carne" em nós. Esta palavra não se refere a uma parte de seu corpo, pelo contrário a um poder oposto que habita em nós. A lista aparece em Gálatas 5:19-21: fornicação, imundícia, orgias, zelos, e muitas outras coisas mais.Esta carne quer dominar sobre seu espírito, tomar sua alma e fazer de seu corpo um servo dócil. Se o conseguir, então tudo o que produzirá sua vida será pecado.O fato de que a "carne" esteja em você não deve pesar sobre sua consciência. Isto não é um pecado. Entretanto, esta carne corrompida não deve influenciar mais em absoluto em nós. E como impedir a ação nefasta dessa oposição? A única solução eficaz é seguir o conselho de Deus: "Andai no Espírito, e não satisfaçais os desejos da carne" (Gálatas 5:16).


O ANDAR NO ESPÍRITO
Qual é a natureza do Espírito Santo que habita em mim?

Não nos é difícil compreender que o Espírito Santo, pessoa divina que habita em nós, é perfeito. É o Espírito de Deus, e, por isso, possui todas as suas características: "É luz e não há nenhuma treva nEle " (1 Jo 1:5). "É amor" (4:8). É o "Espírito da vida" (Romanos 8:2), da verdade (Jo 15:26; 1 Jo 5:6, 8), "de sabedoria" (Efésios 1:17), "de poder, de amor e de domínio próprio" (2 Timoteo 1:7). O fruto que produz nossa vida corresponde igualmente a sua natureza: "amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gálatas 5:22).


A "carne", que estará em mim todo o tempo que viva na terra, é totalmente oposta ao "Espírito", e seu caráter não mudará jamais


O compreendemos facilmente. Já faz muito tempo suspiramos a causa da corrupção de nossa «velha natureza» e não nos estranhamos de que na Palavra, a "carne" seja totalmente condenada, como tampouco de que suas obras mencionadas ali sejam somente coisas negativas e condenáveis. São as que já temos enumerado antes: "adultério, fornicação, imundícia, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, pleitos, zelos, iras, contendas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedeiras, orgias, e coisas semelhantes a estas" (Gálatas 5:19-21).


Posso andar só "pelo Espírito" ou só "segundo a carne"


«É justamente o que não entendo», me dirá talvez. «Entre os domínios destes dos inimigos irreconciliáveis que buscam governar-me, não há uma zona neutra onde eu possa seguir minha vida em paz?» A resposta é simples: ou faço a vontade de Deus, boa, agradável e perfeita, ou faço minha própria vontade. Entre a obediência e a desobediência não há um meio termo.Como Saul, posso oferecer holocaustos e sacrifícios a Deus. Mas se não os faço como a Palavra de Deus me manda, esses sacrifícios são ante Deus um pecado de desobediência e de vontade própria (1 Samuel 13 y 15).Como Rúben, posso ficar "entre os redis, para ouvir os balidos dos rebanhos" (Juízes 5:16), pensando que não há mal nele. Entretanto, se sei que o inimigo está no país, e que ameaça a muitos com a morte, e até com a morte eterna, então minha inatividade vem a ser uma desobediência culpável.Posso também ir a enterrar a meu pai. Mas se os cuidados com minha família tomam a prioridade sobre Jesus em minha vida, então este exercício, mesmo que seja motivado por amor, não resulta do "Espírito" senão da carne" (Mateus 8:21-22).Não existe nenhuma zona neutra entre o âmbito onde "o Espírito" atua em minha vida e o lugar onde a "carne" se põe em evidencia. Se continuo na busca desta zona neutra, isto prova que não entreguei completamente minha vida ao Senhor.Você sabe como funciona um carro. Avança ou retrocede. Não pode fazer outro movimento. O apóstolo Paulo andava "pelo Espírito" em toda fidelidade. Por isto prosseguia "à meta, ao prêmio do supremo chamamento de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:14). Demais, pelo contrário, havia marchado um tempo com o apóstolo, logo se deteve e, pior ainda, retrocedeu, "amando este mundo (Filemom24; 2 Timoteo 4:10). Você pode imaginar quão rapidamente aumentava o afastamento de um a respeito do outro. Que tristeza!«Os que temos morrido pro pecado, como viveremos ainda nele?» (Romanos 6:2), pergunta o apóstolo. Só o Espírito Santo deve orientar as decisões de meu coração e dirigir minha marcha.

Como posso fazer diferença entre o que é "do Espírito" e o que é da “carne"? Não é sempre fácil!


O ovo da fêmea do cuco se parece ao do pássaro do ninho no que o pôs. Uma pessoa não esperta nos pode diferenciar facilmente. Do mesmo modo, com freqüência parece difícil ao que não anda desde há muito tempo no caminho da fé fazer diferencia entre o que é da "carne" e o que é do "Espírito", especialmente quando se trata de algo que se está gerando e que ainda não leva frutos visíveis.Inclusive se esse discernimento é em certa medida questão de experiência, não obstante é mais importante ter um coração não partido, dirigido a Cristo na glória, como Paulo (Filipenses 3), e um olho bom, como o cego de nascença que Jesus havia curado (Jo 9). Até um cristão avançado, se não mantém a vigilância, pode ser confundido por uma criança na fé que possui estas duas coisas. A Palavra de Deus diz:
"Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, desde agora, haverá guerras contra ti" (2 Crônicas 16:9).
"34 São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.35 Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas.36 Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz." (Lucas 11:34-36).
Deus deu a Abraão uma direção muito simples: "Anda diante de mim e sê perfeito" (Gênesis 17:1). Freqüentemente coisas simples como estas nos ajudam a ver claramente: «Isto me aproxima do Senhor Jesus, ou me afasta Dele? É-me útil tal coisa em seu serviço?»

Qual deve ser minha meta? Semeio "para o Espírito" ou "para a carne"? (Romanos 13:14; Gálatas 6:8).

Mais de um crente, e sobre tudo entre os jovens, tem freqüentemente a impressão de que têm realizado um grande esforço para vencer o desejo da carne e dizer «não» ao mundo e ao pecado.Mas a pergunta mais apropriada é: Semeio "para o Espírito" ou "para a carne"? Tanto o bem como o mal implicam uma preparação. E temos que ser vigilantes a respeito ao que preparamos. Podem semear más sementes em lugar de flores, por fertilizantes nas plantas más ao invés de fazê-lo às boas. Quais então vão crescer e se fortificar?A Palavra de Deus é a boa semente (Lucas 8:11). Propago-a ricamente em meu coração por meio de uma leitura constante, acompanhada por oração? Medito e vivo desta Palavra? (Salmo 119:148; Mateus 4:4) Deixo que a Palavra de Cristo more em abundancia em mim? (Colossenses 3:16) Sou um praticante da Palavra ou um ouvinte ? (Tiago 1:22-25).O mundo entra tão facilmente nas famílias dos filhos de Deus -mesmo naqueles que estão longe de lugares de prazeres carnais e de pecado- sob a forma de livros ou de escritos de toda classe. Muitas coisas que vem desta maneira são como um «fertilizante» para nossa carne, e a faz crescer e se desenvolver. Os desejos resultantes se mostram muito pronto fortes e exigentes. Quão difícil é vencer ao mundo quando se o ha deixado encher o coraçãoComo sucedeu a queda de Davi? Ao cair a tarde, estava recostado fora sem fazer nada! Joabe, todos os servos de Davi, assim como todo Israel, estavam no fogo da batalha contra o inimigo; mas o rei, recostado à sombra, não fazia nada! Necessitamos então estranhar-nos dos maus pensamentos que cativaram seu coração e o conduziram a um horrível pecado? (2 Samuel 11:1-17). Nenhum meio é mais propício para o desenvolver da "carne" que a ociosidade (Provérbios 6:10-11; 1 Timoteo 5:13). Por isso os crentes da ilha de Creta, expostos especialmente a esse perigo, deviam procurar "ocupar-se em boas obras" (Tito 1:12; 3:8). Escutemos, nós também, esta exortação, e sejamos zelosos em "boas obras, as quais Deus preparou de antemão" para cada um de nós (Efésios 2:10).1) Nota do E.: Ave que habita especialmente na Europa. Põe seus ovos nos ninhos de outros pássaros.

Autoridad y Poder - C.H Mackintosh

http://www.verdadespreciosas.com.ar/

Si hubo un momento en la historia de la iglesia profesante en que fue más necesario que nunca tener autoridad divina para la senda cristiana, y poder divino para andar en ella, ese momento es precisamente el presente.

Son tantas las opiniones antagónicas, las voces discordantes, las escuelas opuestas, las partes contenciosas, que, por todos lados, corremos peligro de perder nuestro equilibrio y de ser arrastrados quién sabe adónde. Vemos a los mejores de los hombres poniéndose en lados opuestos del mismo asunto; hombres que, hasta donde llega nuestra apreciación, parecen tener un ojo sencillo para la gloria de Cristo, y tomar la Palabra de Dios como su sola autoridad en todas las cosas.

¿Qué, pues, ha de hacer un alma sencilla? ¿Qué actitud ha de tomar uno frente a toda esta situación? ¿No habrá un puerto tranquilo y seguro donde poder anclar nuestra pequeña embarcación, lejos de las feroces olas del agitado y tempestuoso océano de las opiniones humanas? Sí, bendito sea Dios, lo hay. Y el lector puede experimentar en este mismo momento la profunda bendición de echar el ancla allí. Es el dulce privilegio del más simple hijo de Dios, del más sencillo niño de Cristo, tener autoridad divina para su senda y poder divino para avanzar por ella —autoridad para su posición, y poder para ocuparla— , autoridad para su servicio, y poder para llevarlo a cabo.

¿En qué consiste? ¿Dónde está? La autoridad se encuentra en la palabra divina; el poder, en la presencia divina. Así pues —bendito sea Dios—, todo hijo de Dios puede saber esto; es más, debiera saberlo, para la firmeza de su camino y el gozo de su corazón.

Al contemplar la condición actual de los cristianos profesantes en general, uno se ve sorprendido con este tan lamentable hecho, a saber, que tan pero tan pocos están preparados para encarar las Escrituras en todos los puntos y en todo asunto personal, doméstico, comercial y eclesiástico. Una vez que la cuestión de la salvación del alma ha sido resuelta —y ¡ay, cuán raramente está verdaderamente resuelta!— entonces, la gente en realidad se considera en libertad de desprenderse del sagrado dominio de las Escrituras, y de arrojarse sobre las perdidas aguas turbulentas de la opinión y la voluntad humanas, donde cada cual puede pensar, elegir y actuar por sí mismo.

Ahora bien, nada es más cierto que esto: que cuando se trata simplemente de una cuestión de opinión humana, de la voluntad del ser humano, o del juicio del hombre, no hay una sombra de autoridad, ni una partícula de poder. Ninguna opinión humana tiene alguna autoridad sobre la conciencia; ni tampoco puede comunicar ningún poder al alma. Puede aceptarse en la medida de su propio valor, pero no tiene autoridad ni poder para mí. Debo tener la Palabra de Dios y la presencia de Dios, de lo contrario, no puedo dar un solo paso. Si algo, no importa qué, viene a interponerse entre mi conciencia y la Palabra de Dios, no sé dónde estoy, no sé qué hacer ni hacia adonde dirigirme. Y si alguna cosa, no importa qué, viene a interponerse entre mi corazón y la presencia de Dios, quedo absolutamente desprovisto de poder. La Palabra de mi Señor es mi único directorio; Su morada en mí y conmigo, mi único poder. “Mira que te mando… tu Dios estará contigo.”

Pero puede que el lector se sienta dispuesto a preguntar: «¿Es realmente cierto que la Palabra de Dios contiene amplia guía para todos los detalles de la vida? ¿Me dice, por ejemplo, adónde debo ir el día del Señor; y qué he de hacer desde el lunes por la mañana hasta el sábado por la noche? ¿Me dirige en mi senda personal, en mis relaciones domésticas, en mi posición comercial, en mis asociaciones y opiniones religiosas?»

Muy ciertamente que sí. La Palabra de Dios nos prepara o equipa enteramente para toda buena obra (2.ª Timoteo 3:17), y ninguna obra para la cual ella no nos prepare, puede ser buena, sino mala. Por lo tanto, si usted no puede encontrar autoridad para el lugar adonde va el día del Señor —no importa dónde sea— debe, inmediatamente, dejar de ir. Y si no puede encontrar autoridad para lo que hace el lunes, usted debe, inmediatamente, dejar de hacerlo. “Ciertamente el obedecer es mejor que los sacrificios, y el prestar atención que la grosura de los carneros” (1.º Samuel 15:22). Confrontemos honestamente la Escritura. Inclinémonos bajo su santa autoridad en todas las cosas. Sometámonos humilde y reverentemente a su dirección celestial. Renunciemos a todo hábito, a toda práctica, a toda asociación —de la naturaleza que fuere, o aprobada por quien fuere— para los cuales no tenemos la autoridad directa de la Palabra de Dios, y en las cuales no podemos gozar del sentido de Su presencia, de la vida de Su apreciativo talante.

Éste es un punto de la más seria importancia. Sería de hecho imposible que el lenguaje humano expresase con la debida fuerza o en los términos adecuados, la inmensa importancia de la absoluta y completa sumisión a la autoridad de la Escritura en todas las cosas —sí, y lo decimos con énfasis— en todas las cosas.

Una de nuestras mayores dificultades prácticas al tratar con las almas, surge del hecho de que ellas no parecen tener ninguna idea de someterse en todas las cosas a la Escritura. No quieren confrontarse con la Palabra de Dios, ni consentir en ser enseñados exclusivamente por sus sagradas páginas. Credos y confesiones; formulaciones religiosas; mandamientos, doctrinas y tradiciones de los hombres: estas cosas sí serán oídas y se someterán a ellas. A nuestra propia voluntad, a nuestro propio juicio, a nuestras propias opiniones de las cosas, les serán permitidos amplio lugar. La conveniencia, la posición, la reputación, la influencia personal; el utilitarismo; la opinión de los amigos; los pensamientos y el ejemplo de buenos y grandes hombres; el miedo de lastimar o de causar ofensa a aquellos a quienes amamos y estimamos y con quienes pudimos haber estado asociados por largo tiempo en nuestra vida y servicio religiosos; el temor de que piensen que seamos presuntuosos; querer evitar a toda costa la apariencia de juzgar o de condenar a muchos a cuyos pies nos sentaríamos de buena voluntad: todas estas cosas actúan y ejercen una muy perniciosa influencia en el alma, e impiden la plena entrega de nosotros mismos a la suprema autoridad de la Palabra de Dios.

¡Quiera el Señor en su gracia avivar nuestros corazones en relación con este solemne tema! ¡Quiera Él conducirnos, por su Santo Espíritu, a ver el verdadero lugar, valor y poder de su Palabra! ¡Que esa Palabra se establezca en nuestras almas como la única regla plenamente suficiente, de modo que todo —no importa qué— lo que no se halle basado en su autoridad, sea absolutamente rechazado sin la menor vacilación! Entonces podemos esperar hacer progresos. Entonces nuestra senda será como “la senda de los justos, como la luz de la aurora, que va en aumento hasta que el día es perfecto” (Proverbios 4:18). ¡Nunca estemos satisfechos, en relación con todos nuestros hábitos, con todos nuestros caminos, con todas nuestras asociaciones, con nuestra posición religiosa y con nuestros servicio, con todo lo que hacemos y con todo lo que no hacemos; con el lugar adonde vamos y adonde no vamos, hasta que podamos verdaderamente decir que tenemos la aprobación de la Palabra de Dios y la luz de Su presencia! Aquí, y solamente aquí, yace el profundo y precioso secreto de LA AUTORIDAD Y EL PODER.

C. H. M.

O Pecado Imperdoável - C. H. Mackintosh

Extraído do Site www.verdadespreciosas.com.ar e Traduzido pelos Irmãos da Cidade de Alegrete-RS

(Resposta a uma carta)


Circulam muitas falsas noções acerca do tema ao que você chama nossa atenção; e muitos —como você— estão
atribulados a respeito. Se nos pergunta continuamente acerca do «pecado imperdoável» e do «pecado contra o Espírito Santo». Se você ler com cuidado Mateus 12:24-32, verá que nosso Senhor fala da “ blasfêmia contra o Espírito Santo”, de qual eram culpáveis os judeus apóstatas. Para estes não havia perdão, nem podia haver. O que podia se fazer por aqueles que não só recusavam ao Filho senão que também resistiam ao Espírito Santo, e atribuíam Sua bendita operação a Belzebú? Eles não podiam ser perdoados nem no “século” da lei nem no do Messias. Em resumidas contas, nesta passagem se trata inteiramente de uma questão que concerne à apóstata nação de Israel, abandonada à irremediável perdição. Sabemos que, justamente antes do começo da época milenar, haverá um remanescente arrependido para a qual se abrirá uma fonte, e que esse remanescente constituirá o núcleo da nação restaurada. Mas este é um tema demasiadamente amplo para considerá-lo aqui. Simplesmente agregamos que o fato de que você seja levado a imaginar que tem cometido o «pecado imperdoável», a nosso juízo é uma tentação de Satanás. Então, tire de sua mente, querido amigo, que você jamais tem sido culpável de nenhum pecado que não possa ser apagado por esse sangue que nos limpa de todo pecado. Muitos acham dificuldade em 1.ª João 5:16: “Há pecado para morte”. Cremos que esta é uma questão dos atos governamentais de Deus. Aprendemos, por 1.ª Coríntios 11:30, que Deus visita a seu povo com enfermidade e ainda mesmo com a morte, segundo a causa de seus maus procedimentos; mas em nenhuma destas passagens existe algum pensamento acerca de um «pecado imperdoável». Não cremos que nenhum pecador, neste “ano aceitável” (Lucas 4:19), neste “dia da salvação” (2.ª Coríntios 6:2) esteja fora do alcance do perdoador amor de Deus e do sangue expiatório de Jesus. Aqueles que recusam o Evangelho serão abandonados a um “poder do engano” (2.ª Tessalonicenses 2:10-12). Mas esse terrível momento todavia não tem chegado. “O Dia da vingança” (Isaías 63:4) permanece retido na longânime misericórdia de Deus.

C.H.M.

Cristo, A Luz da Inteligencia Espiritual - William Kelly

Extraído do site www.verdadespreciosas.com.ar e Traduzido para o Português pelos irmãos da Cidade de Alegrete-RS
Deus, quando comunica algo ao homem, nunca o faz de forma obscura. Seria uma teoria monstruosa supor que Deus, quando dá uma revelação, o faz de maneira tal que resulte impossível que a entendam aqueles a quem quis dirigi-la. O que é que faz que todas as Escrituras resultem tão difíceis? Não é sua linguagem. Uma surpreendente prova disso podemos ver no fato de que se alguém pergunta que parte do Novo Testamento considero que é a mais profunda, logo me referiria às epístolas de João; e digo mais, afirmo que não há nenhuma outra parte que esteja expressada em linguagem mais simples que estas mesmas epístolas.

As palavras não são as dos autores ou redatores deste mundo. Tampouco os pensamentos são enigmáticos nem cheios de alusões estranhas e abstrusas. A dificuldade da Escritura se estriba no fato de que ela é a revelação de Cristo para as almas que tem seus corações abertos pela graça para recebê-la e para valorizá-la. Pois bem, João foi um que havia sido admitido a esta graça de maneira preeminente. De todos os discípulos, ele foi o mais favorecido na intimidade da comunhão com Cristo. Ele foi assim, certamente, quando Cristo andava sobre a terra; e João foi especialmente utilizado pelo Espírito Santo para nos dar os pensamentos mais profundos do amor e da glória pessoal de Cristo.

A verdadeira dificuldade da Escritura consiste, pois, no fato de que seus pensamentos estão infinitamente por cima de nossa mente natural. Para entender a Bíblia, devemos renunciar ao “eu”. Devemos ter um coração e olhos para Cristo, ou, do contrário, a Escritura se converterá em uma coisa ininteligível para nossas almas; enquanto que, quando o olho é sensível, o corpo inteiro está cheio de luz. Por isso podemos encontrar um homem erudito, completamente errado, por mais que seja cristão. Bem pode ver-se impedido de entender as epístolas de João ou o Apocalipse, podem ser demasiadamente profundos para ele; enquanto que, por outra lado, podemos achar a um homem muito simples que, se bem pode não ser capaz de entender plenamente estas Escrituras ou de explicar cada porção das mesmas corretamente, não obstante bem pode gozar delas; pois estas Escrituras comunicam pensamentos inteligíveis a sua alma, provendo além disso, consolo, orientação e proveito.

Inclusive se se tratasse de eventos do porvir, da Babilônia e da besta, o homem sensível encontra ali grandes princípios de Deus que, por mais que se achem no livro considerado como o mais obscuro de todos os livros da Escritura —o Apocalipse—, não obstante tem um efeito prático em sua alma. A razão é que Cristo está ante ele, e Cristo é a sabedoria de Deus em todo sentido. Não se trata, naturalmente, de que pode entendê-lo por ser ele ignorante, senão de que pode fazê-lo apesar de sua ignorância. Tampouco porque um homem seja erudito, é capaz de entrar nos pensamentos de Deus. Já seja ignorante ou douto, há um só caminho: o olho que vê o que se refere a Cristo. E quando se tem isso firmemente fixo ante a alma, creio que Cristo vem a ser a luz da inteligência espiritual da mesma maneira que o é da salvação. E o Espírito Santo constitui o poder que permite compreender; mas Ele nunca dá essa luz exceto através de Cristo. De não ser assim, o homem então tem um objeto ante si que não é Cristo, e, portanto, não pode entender a Escritura, a qual revela a Cristo. O tal está tratando de forçar as Escrituras em apoio de seus próprios objetivos, qualquer que sejam, pervertendo desta forma a Escritura. Esta é a verdadeira chave de todos os erros a respeito da Escritura. O homem agrega seus próprios pensamentos à palavra de Deus, e elabora um sistema que não tem nenhum fundamento divino.

A Morte, O Estado Intermediário e a Ressureição - B. Anstey

Extraído do Site www.verdadesvivas.com.br

Muitas das questões que temos, com respeito ao estado intermediário e o estado eterno das pessoas que partiram, talvez nunca sejam satisfatoriamente respondidas enquanto estivermos aqui neste mundo. No entanto, nunca deveríamos deixar que as coisas que não entendemos venham estragar nosso gozo das coisas que entendemos nas Escrituras. A Bíblia não foi escrita para meramente satisfazer a curiosidade humana, mas para nos ocupar com o Senhor Jesus Cristo que é o único capaz de encher nossos corações e nossas mentes. Todavia, muitas coisas concernentes a vida (para a alma) e a incorruptibilidade (para o corpo) foram trazidas à luz pelo evangelho (2Tm 1.10). Deus tem tido prazer em revelar estas coisas a nós para que tenhamos a "completa certeza da esperança" (Hb 6.11). De outro modo, "se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Co 15.19). Os comentários que se seguem são alguns fatos que sabemos sobre a morte, o estado intermediário e a ressurreição.


A MORTE

Cada pessoa é composta de três partes: o espírito (a parte inteligente de nosso ser que tem consciência de Deus), a alma (a fonte das emoções, apetites e desejos) e o corpo (a parte física) (1Ts 5.23). Há pelo menos três diferentes tipos de morte mencionadas nas Escrituras: a morte física que ocorre com o corpo quando a alma e o espírito se separam dele (Tg 2.26; 2Co 5.8 "deixar o corpo"; Gn 35.18 e 49.33; Jó 14.10; Ec 12.7; Lc 23;46; At 7.59); há a morte espiritual, na qual todos os homens se encontram antes da salvação, estando separados de Deus por causa dos seus pecados (Ef 2.1,5; Lc 15.24,32); e há a "segunda morte" que é a separação eterna de Deus pelo juízo (Ap 20.6,14).

A causa da morte é o pecado (Rm 5.12, 6.23). A morte, entretanto, não significa extinção, pois todos os mortos "para Ele vivem" (Lc 20.38). Os homens gostam de pensar que a morte é fim da existência de modo que possam escapar das conseqüências de seus pecados, mas as Escrituras falam que "aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo" (Hb 9.27). O corpo é mortal (sujeito à morte como vemos em Rm 6.12, 8.11; 1Co 15.53,54; 2Co 4.11) mas a alma e o espírito são imortais. E assim como a Bíblia nos diz que há somente dois modos de viver: "para si" ou "para Ele" (2Co 5.15), também nos diz que há somente dois modos de morrer: "no Senhor" (Ap 14.13) ou "em nossos pecados" (Jo 8.24). Morrer "no Senhor" é morrer estando salvo e seguro de todo juízo sob a proteção da obra consumada de Cristo e assim gozar de eterna bênção com Ele para sempre. Morrer "em nossos pecados" é sair deste mundo eternamente condenado pelo juízo. A morte do crente é preciosa à vista do Senhor (Sl 116.15) enquanto que a morte de um incrédulo é algo que o Senhor não tem prazer (Ez 33.11) pois, Ele não quer que nenhum pereça (2Pe 3.9).

A morte de um crente é chamada de "dormir" e se refere particularmente ao corpo uma vez que a alma não dorme (Mt 27.52 "corpos de santos que dormiam"; II Sm 7.12; Jo 11.11; At 7.60, 13.36; 1Co 11.30, 15.6,18,20,51; 1Ts 4.14, 5.10). Deus pode permitir que a morte tenha lugar para um crente por três razões: primeiro, para a glória de Deus (i.e., como um mártir, ver Jo 11.4, 21.18,19; Fp 1.20); segundo, porque seu serviço para o Senhor já está completo (At 13.36; 2Tm 4.7; 2Pe 1.14) e, finalmente, sob a mão disciplinar de Deus, é possível para um cristão que se comporta mal neste mundo que Deus em sua sabedoria o chame para o lar (Jo 15.2; At 5.1-11; 1Co 11.30; Tg 5.20; I Jo 5.16). Depois que Cristo ressuscitou de entre os mortos e conseguiu vitória sobre a morte (Ap 1.18), a morte agora é referida como pertencente ao crente em Cristo (1Co 3.21,22). Esse "rei dos terrores" (Jó 18.14) que mantém as pessoas em medo é agora somente um servo para o Cristão ao trazê-lo imediatamente na presença de Cristo quando sua vida termina seu curso aqui neste mundo (Fp 1.23).


O ESTADO INTERMEDIÁRIO

Seol e Hades
Seol (em hebraico do antigo testamento) e Hades (em grego do novo testamento) são uma e a mesma coisa.[1] Enquanto a morte é a condição do corpo sem a alma e o espírito, seol ou hades é a condição da alma e do espírito sem o corpo. A morte demanda o corpo, hades pede pela alma e espírito. Hades é uma condição ao invés de um lugar de almas e espíritos que partiram e simplesmente significa "o mundo do invisível". É uma condição temporária de pessoas que deixaram o corpo num intervalo entre a morte e a ressurreição. É também chamada de estado de separação (ou intermediário) uma vez que a morte separou a alma e o espírito do corpo. Seol ou Hades são expressões vagas usadas em geral para descrever os espíritos que partiram sejam eles justos ou injustos, salvos ou perdidos[2]. Assim é aplicado para ambos, o Senhor Jesus Cristo (At 2.27,31, 13.35) e os santos (1Co 15.55), tanto quanto para os perdidos (Lc 16.23, etc.). Pessoas neste estado fora do corpo são totalmente conscientes tendo memórias e emoções, etc. (Lc 16.23-25), mas não têm conhecimento das coisas que estão acontecendo no presente neste mundo, uma vez que estão em outro (Jó 14.21; Ec 9.5; Isaias 63.16; I Sm 28.15-19 quando trazido para cima, Samuel teve de ser informado da condição presente de Israel). O fato de que "os mortos não sabem coisa nenhuma" (Ec 9.5) não significa que eles não têm consciência ou que não existam. O contexto de Eclesiastes diz respeito às coisas "debaixo do sol" (Ec 1.3, etc), ou seja, neste mundo. Você não sabe o que está acontecendo exatamente agora no palácio de Buckingham, porque você não está lá, mas isto não significa que você está inconsciente. Você simplesmente não está lá para saber.

Na versão inglesa Autorizada de King James, hades é, infelizmente, traduzida como "inferno".[3] Isto pode confundir algumas pessoas, pois inferno, é o lugar final e eterno do condenado e é distintamente diferente do hades, o estado temporário daquele que partiu. Os seguintes versos no NT (versão de Jo Ferreira de Almeida), onde está "inferno" deveria ser "hades": Mt 11.23, 16.18; 1Co 15.55; Ap 1.18, 20.13-14.

Desde a vinda de Cristo temos agora o privilégio de saber mais a respeito da condição de "fora do corpo" (hades). Há uma divisão no hades entre os justos e os injustos e um grande abismo está colocado entre eles de modo que ninguém pode passar de um para outro (Lc 16.26). Sabemos agora que os justos no hades estão no paraíso e os injustos estão em prisão. Uma ilustração foi usada por A. C. Hayhoe no passado e ajuda a entender esta divisão. O salão de reuniões onde ele vivia foi construído de tal modo que ao entrar você imediatamente estava diante de um patamar onde de um lado havia escadas que levavam para o andar superior e, do outro lado, escadas que levavam para o porão. Caso você visse alguém, andando na rua, entrar nesse prédio e desaparecer porta adentro (o que ele estava comparando com a morte), não veria exatamente, como um observador externo, se ele se dirigia ao andar superior ou ao porão. O mesmo ocorre quando alguém passa pela morte. O corpo vai para a sepultura e a alma e espírito vão para o hades: para o paraíso ou prisão.


Paraíso
Os justos no hades estão no paraíso com Cristo (Lc 23.43; 2Co 12.1-4; Ap 2.7). Paraíso significa "o jardim das delícias" e descreve o estado dos justos repousando em bênção consciente. O apóstolo Paulo compara isto com o terceiro céu (2Co 12.1-4; Mt 18.10). Ele também se refere ao crente nesta condição como estando "despido" (2Co 5.4) e que é "muito melhor" que estar vivo neste corpo neste mundo (Fp 1.23). Os Judeus criam que Abraão, o patriarca deles, estava no mais alto lugar de felicidade. Assim quando o Senhor falou de Lázaro estando no "seio de Abraão" eles puderam entender claramente que Ele se referia ao seu estado de bênção (Lc 16.22).

Agora que podemos falar mais especificamente do estado desencarnado do justo estando no paraíso, hades, o termo mais vago e geral quase desaparece quando aplicado ao crente que partiu. É usado só uma vez nas epístolas com respeito aos santos (1Co 15.55). Para ilustrar isto poderíamos falar de uma pessoa que conhecemos que tenha ido para a Inglaterra, mas após saber de seu particular paradeiro, diríamos que ela (a pessoa) se encontra em Londres, Inglaterra morando com a família real. Tal é o caso com o crente que partiu deste mundo através da morte. Ele não está simplesmente no hades, mas "com Cristo" no paraíso (Lc 23.43; Fp 1.23).


Prisão
Os injustos no hades estão em uma prisão (Is 24.21-22 "os reis da terra"; 1Pe 3.19-20). É um estado temporário onde as almas e espíritos dos pecadores que partiram estão confinadas esperando pela sentença final no grande trono branco (Ap 20.11-15). Enquanto neste confinamento eles estão sofrendo tormentos (Lc 16.23-24; Is 57.20-21). Embora esta prisão dos espíritos que partiram seja somente um estado temporário, os que entram nela têm seu destino irrevogável e eternamente selado.

Alguns ficam perplexos quanto ao que significa Cristo pregando "aos espíritos (homens) em prisão" (1Pe 3.18-20) e supõem que Ele deve ter ido, após sua morte, com a missão de dar aos perdidos uma última chance de escaparem. Esta suposição é, certamente, um erro. O fato de que foi pregado aos espíritos em prisão é inegável, mas foi quando eles eram homens sobre a terra que Cristo lhes pregou pelo Espírito através de Noé (Gn 6.3; 1Pe 1.11, 3.18-19). Eles rejeitaram a pregação e conseqüentemente estão agora em prisão. O fato de que lhes foi pregado mostra assim que não estão neste lugar de prisão injustamente, mas a pregação teve lugar quando eles estavam na terra e não após Cristo ter morrido.

O abismo
O abismo (Lc 8.31; Ap 9.1-2,11, 11.7, 17.8, 20.1-3) é o lugar temporário de confinamento para os espíritos angélicos maus. Os anjos maus serão lançados no abismo quando o reino de Cristo se estabelecer na terra (Is 24.21-22). Alguns anjos maus já estão lá (2Pe 2.4; Jd 6). Eles permanecerão lá até o grande dia de julgamento no fim do Milênio (os mil anos de reinado de Cristo) que neste tempo serão lançados no lago de fogo (2Pe 2.4; Jd 6; Mt 35.41). Satanás também será preso no abismo durante o Milênio (Ap 20.1-3) após o qual ele será lançado no lago de fogo (Mt 25.41). "Tartarus" (2Pe 2.4 "no mais profundo da escuridão" como traduzido na versão de J. N. Darby) aparentemente é um lugar especial de confinamento solitário no abismo no qual alguns dos anjos caídos estão sendo temporariamente mantidos devido à malignidade pessoal deles (Jd 6). Anjos não são sujeitos à morte e nem participam da ressurreição (Lc 20.35-36).


RESSURREIÇÃO

Assim como a morte (física) é a separação da alma e espírito do corpo (Tg 2.26), a ressurreição é a reunião da alma e espírito com o corpo (Lc 8.55). O túmulo é a custódia temporária do corpo, hades é a custódia temporária da alma e espírito. Todos que morrem, sejam justos ou injustos, irão experimentar a ressurreição. Mas não serão todos ressuscitados simultaneamente. Há duas ressurreições (Jo 5.29; At 24.15). A "primeira ressurreição" (Ap 20.4-6) chamada de "ressurreição da vida" (Jo 5.29) ou "ressurreição dos justos" (Lc 14.14) é a ressurreição somente das pessoas justas. Esta ressurreição é referida como a ressurreição "de entre os mortos" (Mt 17.9; Fp 3.11; Cl 1.18, etc) porque ela é uma coisa seletiva na qual os justos são tirados de entre os maus. A primeira ressurreição tem lugar em três fases: primeiro, "Cristo as primícias" (1Co 15.23; Mt 28.1-8), então, "os que são de Cristo na Sua vinda" (1Co 15,23, 1Ts 4.15-18), depois por último, aqueles que se voltam a Deus durante o período da tribulação e são martirizados (Ap 6.9-11, 15.2) são ressuscitados no fim dos sete anos (Ap 14.13, 20.4). Todos que participam da primeira ressurreição gozarão de uma porção celestial com Cristo e reinarão com Ele sobre a terra (Ap 5.9-10). A segunda ressurreição, chamada de "ressurreição de condenação" (Jo 5.29), ou "ressurreição dos injustos" (At 24.15) é a ressurreição das pessoas más que morreram em seus pecados. Eles ressuscitarão juntos depois dos mil anos de reinado (Milênio) de Cristo (Ap 20.7, 11-15) para ficarem diante do "grande trono branco" e receberão sua sentença após o julgamento. Todos que participam desta ressurreição, que é o resto dos mortos, serão lançados no lago de fogo para sempre.

Glória
Ressurreição para o crente é o completo e final aspecto de livramento do todo o efeito e conseqüência do pecado. Quando a primeira ressurreição tiver lugar na vinda do Senhor (arrebatamento) cada filho de Deus que partiu deste mundo pela morte será ressuscitado com corpos incorruptíveis (1Co 15.51-55 "isto que é corruptível se revestir de incorruptibilidade"; 1Ts 4.15-18). Os corpos dos cristãos passarão por uma transformação quando forem arrebatados para encontrar com o Senhor nos ares (1Co 15.52-54 "isto que é mortal ser revista de imortalidade"). Os corpos dos santos (aqueles que ressuscitaram e os que foram arrebatados) serão glorificados como o corpo do Senhor Jesus Cristo que Ele mostrou aos seus discípulos na ressurreição (Fp 3.21; Rm 8.17,30; Lc 24.39-43). Quando glorificados os santos não aparentarão seus defeitos e envelhecimento, etc, mas estarão no "orvalho da mocidade" (compare Salmo 110.3 com Fp 3.21). Os santos irão também reconhecer uns aos outros naquele dia, como Pedro, Tg e Jo reconheceram Moisés e Elias no monte da transfiguração (Lc 9:28-36). Além de terem corpos glorificados os santos irão também experimentar uma moral permanente em semelhança à de Cristo (1Jo 3.2). A natureza caída e pecaminosa será erradicada para sempre (Hb 11.40, 12.23 "feitos perfeitos"). O apóstolo Paulo fala desse estado glorificado como sendo "revestidos da nossa habitação, que é do céu" (2Co 5.1-2). Também se faz referência a isso como a fase final da salvação dos santos a qual lhes foi dita que esperassem por ela (Rm 5.9, 8.11,19-25, 13.11; Hb 9.28; 1Pe 1.5). Assim a morte será "tragada pela vitória" (1Co 15.54). Mais que isto, na aparição de Cristo (depois de sete anos de tribulação), os santos em estado glorificado serão revelados ao mundo como associados com Cristo (2Ts 1.10). Eles viverão e reinarão com Ele sobre a terra no reino Milenar (Ap 20.4-6). Este estado glorificado é eterno (2Tm 2.10).

Freqüentemente ouvimos cristão dizerem dos entes queridos que partiram para estar "com Cristo" em um estado intermediário ("despidos") como estando agora na glória.[4] O estado glorificado é aquele em que os santos serão trazidos após a vinda do Senhor (arrebatamento). Cristo está na glória agora (1Pe 1.21; 2Co 3.18) e está aguardando para trazer Seus santos para ali na Sua vinda. Os santos "fora do corpo" estão no presente "com Cristo" mas não glorificados como Cristo ainda.


Inferno, o lago de fogo
Depois que o reinado de mil anos de Cristo (o Milênio) terminar, terá lugar a segunda ressurreição. O restante dos mortos que são os maus (uma vez que os justos ressuscitam na primeira ressurreição), será levantado para ficar diante do "grande trono branco" sobre o qual o Senhor se sentará como Juiz. Os livros serão abertos e suas vidas reveladas. Conseqüentemente, irão receber a sentença que lhes cabe do julgamento e serão enviados para a perdição eterna no lago de fogo (Ap 20.5,11-15). O lago de fogo é o lugar dos condenados e foi preparado para o diabo e seus anjos, mas todas as criaturas más e não arrependidas, incluindo homens e mulheres responsáveis serão encontradas lá no final (Mt 25.41,46; Ap 20.15, 21.80). A expressão "lago de fogo" é linguagem simbólica descrevendo a punição eterna do perdido. Um lago é um lugar onde rios e correntes de água terminam. Tudo que flui para ele é coletado e confinado lá. Fogo é um símbolo de julgamento nas Escrituras. Assim o lago de fogo é o lugar de confinamento sob o juízo de Deus.

Cada pessoa lançada no lago de fogo será lançada lá viva, pois eles estarão ressuscitados nesse tempo. Seus corpos serão constituídos para durar por eras eternas: nunca morrerão, mas existirão eternamente na segunda morte no lago de fogo. Não haverá crianças ou pessoas mentalmente desabilitadas, pois elas não atingiram a idade de responsabilidade em suas vidas. Deus é fiel e justo em não permitir que qualquer destes "pequeninos" pereça em uma eternidade perdida (Mt 18.10-14; II Sm 12.23, Gn 18.25). Eles estão todos sob a proteção do sangue de Cristo mesmo que não sejam inteligentemente aptos para apreciar o valor dele. As pessoas que forem para o lago de fogo serão seres humanos responsáveis que tiveram plena oportunidade para receber e crer no testemunho que Deus lhes deu de Si mesmo, mas conscientemente rejeitaram. Também não haverá ninguém lá no lago de fogo arrependido de seus pecados ou genuinamente pesaroso pelo que fizeram quando em seus corpos aqui na terra. Haverá "choro", mas será em autocomiseração. Haverá também "ranger de dentes", mas será como insultos e maldições lançadas contra Deus (Mt 8.12, 13.42,50, 24.51, 25.30).

"Inferno" e “lago de fogo” são o mesmo lugar. Será a habitação final e eterna dos perdidos. "Inferno" é a palavra usada para traduzir "Gehena" que é uma palavra grega usada para traduzir as palavras hebraicas "Vale de Hinom". O "Vale de Hinom" é um vale ao sul de Jerusalém para onde se dirigia o esgoto. Nela existia um fogo chamado "Tofete" (2 Reis 23.10, Is 30.33) queimando constantemente dia e noite com o propósito de consumir o refugo da cidade (Is 66.24). "Gehena" aparece no NT doze vezes e é corretamente traduzido por "inferno" ou "inferno ardente"[5] (Mt 5.22,29,30, 10.28, 18.9, 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6). Vai também além do sentindo literal de "Vale de Hinom" referindo-se também ao lugar de eterno juízo.

Ao contrário da crença popular, não há ainda pessoas no inferno (lago de fogo). As primeiras pessoas colocadas lá serão a Besta e o Falso Profeta (Ap 19.20). Pessoas perdidas estão no presente em prisão no hades, sofrendo tormentos, mas estas pessoas irão mais tarde ser consignadas, depois de ressuscitadas, para o inferno para sempre. Para ilustrar a diferença entre a condição temporária do perdido, na prisão do hades, e o lugar final eterno do perdido no lago de fogo, suponha que uma pessoa é pega quebrando a lei e ao ser apreendida é colocada na cadeia municipal (um lugar temporário de confinamento). Ela é mantida lá até o dia de seu julgamento quando for levada diante do juiz e sentenciada por seus maus feitos. Ela é então colocada na penitenciária estadual onde servirá sua pena. A cadeia municipal representaria a prisão no hades e a penitenciária estadual o inferno (lago de fogo).

O diabo e seus anjos que serão confinados no abismo serão também lançados no lago de fogo (Mt 25.41), de modo que toda criatura má e sem arrependimento terá sua parte na eterna perdição.

Eterna perdição (2Ts 1.9; Fp 3.19; Mt 7.13; 2Pe 2.1,12, 3.16, etc.) que será a porção do perdido, não significa o cessar de existência como alguns aniquilistas ensinam. Por exemplo, se você pegou um machado e destruiu uma mesa magnificamente construída o que resta é um material imprestável num monte de entulho no chão na mesma quantidade que havia naquela bela e útil mesa. Uma vez destruída nunca terá mais a utilidade de quando foi feita. O homem foi criado para a glória de Deus (Ap 4.11). Se ele for para a perdição eterna ele não mais serve para o propósito que foi criado. Isto é chamado de perdição "eterna" porque não há recuperação para esta condição. Ela é eterna (Mc 3.29).

Assim, considerando o destino do perdido em eterna separação de um Deus que é luz e amor, sejamos mais solenes ao ver que isso logo será a porção daqueles que não crêem em Deus e não obedecem ao evangelho de Cristo.



[1] "Dicionário Bíblico Conciso" p. 357, "J. N. Darby translation", Salmo 6.5 (nota de rodapé), Mt 11.23 (nota de rodapé), F. W. Grant, "Facts and Theories as to a Future State" p. 144, "Help and Food", vol. 14, p. 140, vol. 21, p. 138, H. E. Hayhoe, "Paradíse", p. 2, A. J. Pollock, "Hades and Eternal Punishment", p. 3,10-12. Há ocasiões, entretanto, quando seol é ainda mais abrangente incluindo também a sepultura onde o corpo jaz (Gn 37.35, 42.38, 44.29,31; Nm 16.30,33; I Rs 2.6,9; Sl 49.15, 141.7).

[2] J. N. Darby, "Collected Writings", vol. 13, p. 179, C. E. Stuart, "The Unclothed State", p. 6, W. Scott, "The Book of Revelation", p. 49, 414, F. W. Grant, "Facts and Theories as to a Future State", p. 151, "Help and Food", vol. 14, p. 140, vol 30, p. 57, "Scripture Truth", vol.28, p.247.

[3] A versão de Jo Ferreira de Almeida em português também traduz hades como "inferno" em algumas passagens.


[4] J. N. Darby, "Collected Writings", vol. 31, p. 179, p. 185.

[5] Há uma grande diferença entre hades e gehena. Embora ambas sejam traduzidas como "inferno" na versão de Jo Ferreira de Almeida, somente gehena deveria ser traduzida como "inferno". Hades não é o inferno, mas gehena é. Hades é uma condição, gehena é um lugar (onde a pessoa como um todo, incluindo o corpo, é lançada como lemos em Mt 5.29,30, 10.28, 18.8,9). Hades é temporário (Ap 20.14), gehena é eterno (Mc 9.43). Hades afeta a alma (At 2.27,31), gehena afeta ambos o corpo e a alma (Mt 10.28).

O Homem Interior e o Homem Exterior - Christian Chen

O que significa eu interior e eu exterior ? " Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia " (2 Co 4:16). Aqui há duas frases maravilhosas. Nosso homem exterior corrompe-se dia após dia, contudo nosso homem interior renova-se dia a dia. Isso significa que o homem interior corresponde ao nosso eu interior e o homem exterior corresponde ao eu exterior. O corpo e a alma são o homem exterior. Quando alguém toma decisões neste homem exterior de amar ou de odiar, essa decisão está relacionada ao eu exterior. Mas o espírito do homem com o próprio Espírito, ou Espírito Santo e o espírito do homem, são o novo homem. A Característica do Novo Testamento - o Homem Interior Segundo a Palavra de Deus, o cristão tem o homem interior e o homem exterior. Na época do Novo Testamento, a característica é o homem interior, porque esta é a época do Espírito Santo. Isso é algo completamente novo, diferente da época do Antigo Testamento. No Novo Testamento, o Espírito Santo foi dado a cada cristão e fez habitação em cada um; se seguirmos Sua liderança, se andarmos no espírito, este homem interior será renovado dia a dia. Que o homem exterior se corrompa a cada dia. Eu fui crucificado, que ele cresça e eu diminua. Esse é o segredo de nosso viver hoje! Você pode afirmar que faz alguma coisa, que ama seus inimigos, mas você não é você quem ama, ninguém pode amar em seu homem exterior, em seu homem natural; a antiga natureza é incapaz de amar. No entanto, amamos e vivemos, mas esse viver é segundo o Espírito Santo. Demos graças ao Senhor por isso. Os cristãos são como um paradoxo. O cristão tem de viver essa vida o tempo todo. Se seu homem interior estiver sendo renovado dia após dia, ele se tornará cada dia mais forte e crescerá até a maturidade. Maturidade não significa ter uma mente brilhante e conhecer a Bíblia muito bem. Alguém pode até tornar-se professor de Teologia, pode ter uma alma grandiosa, seu homem exterior pode ser grandioso. Mas e seu homem interior? Ele está sendo renovado a cada dia? Isso é muito importante! Para que Sejais Fortalecidos no Homem Interior " Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior " (Ef 3:16). Esse versículo mostra-nos que o homem interior precisa ser fortalecido. A maior parte do tempo nosso homem interior é fraco, mas Paulo ora para que Deus nos conceda que sejamos fortalecidos mediante seu Espírito. Na realidade, Paulo ora para que nosso homem interior seja fortalecido mediante seu Espírito. Nosso homem interior precisa ser fortalecido com poder, e esse poder é um poder interior. Como sabemos disso? Se continuarmos lendo, imediatamente veremos: " Sejais fortalecidos com poder mediante seu Espírito ". Então o Espírito Santo que habita em nós nos fortalecerá. O Capítulo 1 de Efésios fala-nos sobre o poder da ressurreição, o poder da ascensão. Esse poder é maior que o poder da criação, é o poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos. E esse mesmo poder fez com que Cristo subisse aos céus. Esse é o poder do qual Paulo fala aqui. Os cristãos precisam desse poder, então o Espírito Santo os fortalece com o poder da ressurreição e da ascensão. Que privilégio nós temos! Que poder habita em nós! Possa nosso homem interior, não o homem exterior, ser fortalecido. Algumas pessoas costumam exibir-se quando tem algum dom, parecem maravilhosas, mas somos todos fracos em nosso homem interior. A Vida Vitoriosa Qual será o resultado se o homem interior for fortalecido com o poder da ressurreição e da ascensão por meio do Espírito Santo? Essa pessoa estará sempre na realidade daquele poder, daquela ressurreição; em outras palavras, a vida tragará toda a morte. Mesmo quando tiver problemas físicos, esse poder vivificará seu corpo. Algumas vezes, por exemplo, quando nos preparamos para ir à reunião de oração, o inimigo nos ataca, então ficamos cansados, não temos desejo de orar. No entanto, se resistirmos ao inimigo, o poder da ressurreição fortalecerá nosso homem interior, a morte será tragada e experimentamos o poder da ascensão, e iremos orar com nossos irmãos. Descobriremos que estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais, que todos os problemas estão debaixo de nossos pés. É assim que vivemos uma vida vitoriosa. A Bíblia diz que seremos arraigados e alicerçados em amor. "Habite Cristo em vosso coração". Cristo habita no espírito do homem, porque Paulo disse: "O Senhor seja com o teu espírito". Não há dúvida que Cristo e o Espírito Santo habitam no espírito do homem. Quando o homem interior é fortalecido, a vida dentro do espírito começa a expandir-se. A alma humana é muito forte, é como uma grande muralha para o Espírito Santo no espírito do homem. É como se o Espírito Santo estivesse dentro de uma prisão, entre paredes. A vida de Cristo deseja sair, deseja alcançar nossa mente, nossa vontade e emoções, mas aquela parede é muito forte. Nosso homem exterior é muito forte, ele recusa ser quebrantado. Mas, graças a Deus, quando nosso homem interior é fortalecido, a vida de Cristo não estará mais aprisionada, poderá ser liberada, e descobriremos que Cristo habita em nosso coração. Habitação de Cristo no Homem Leia sua Bíblia com o auxílio de uma concordância e procure o significado da palavra "coração". Coração inclui mente, emoção e vontade e também a consciência do espírito do homem. É no coração que se estabelece a comunicação entre espírito e alma. Quando o homem interior é fortalecido, Cristo não apenas habita no espírito do homem, Ele expande Sua esfera de atuação até a alma. Ele não apenas habita no espírito do homem, mas começa a governar sua alma; em outras palavras, Ele passa habitar em seu coração, faz de seu coração Sua morada. Nosso Senhor não deseja apenas visitar nosso coração, Ele deseja fazer habitação ali. Quando Ele habita em nossos corações, Ele governa nossa mente, emoção e vontade. Dessa forma, nossa alma será transformada, pensaremos, então, como Cristo pensa, amaremos como Cristo ama. Estaremos sendo transformados de glória em glória, transformados à imagem de Cristo. O Espírito Santo forma Cristo em nós, não apenas no espírito, mas também em nosso coração. Então Ele encontra Seu lugar de habitação e, ao mesmo tempo, nós encontramos nosso lugar de habitação, porque estaremos arraigados e alicerçados em amor. O amor é nosso fundamento. Não apenas Cristo encontrou Seu lar, nós também encontramos o nosso. O fundamento de nossa vida é o amor de Cristo. Esse amor é amplo, profundo e alto. Isso é maturidade. Hoje é como se Cristo estivesse sem lar; Ele está no espírito do homem, mas está aprisionado porque nossa vontade é muito forte. Quando dizemos não ao Senhor, é como se Ele estivesse aprisionado por nossa alma, porém se nosso homem interior for fortalecido pelo Espírito, então Cristo expandirá Sua esfera de atuação até nossos corações, transformará nossos corações em Sua moradia. Sabemos que o espírito do homem é o lugar de habitação de nosso Senhor. Será que seu homem interior está suficientemente forte a ponto de o Espírito poder penetrar sua alma e Cristo fazer Sua habitação ali? Quando Cristo faz Sua habitação ali, nós também encontramos nosso lar. Então encontramos nosso descanso. Descobrimos que nossa casa está arraigada em amor. O amor é o fundamento dessa casa. Essa casa é a casa de Deus, a própria igreja. Com isso, podemos entender quão importante é o homem interior, ele precisa ser renovado dia após dia. Precisamos tomar a nossa cruz a cada dia, esse é o processo de crescimento diário, é assim que crescemos. Nosso crescimento no Senhor é gradual, e nosso homem interior precisa ser fortalecido. Cristo não apenas estará em nosso espírito, mas poderá habitar em nossos coração para que estejamos alicerçados em amor, um amor que excede todo entendimento. Precisamos conhecer esse amor juntamente com todos os santos, por isso o espírito do homem é muito importante. O homem interior pode crescer até a maturidade e, quando isso acontece, descobrimos que estamos cheios de Cristo, e não encontramos nada de nós mesmos. Isso é maturidade. Que o Senhor fale ao nosso coração. Autor: Christian Chen Extraído do livro, Andai no Espírito – Christian Chen – Edições Tesouro Aberto

Os Desapontamentos da Vida- John Nelson Darby

Artigo extraído do site www.delciomeireles.com
“Fui Eu que Fiz isto” (1 Reis 12:24) Os desapontamentos da vida são na realidade apenas determinações do meu amor. Tenho uma mensagem para ti hoje, meu filho. Vou segredá-la suavemente ao teu ouvido, a fim de que as nuvens anunciadoras da tempestade, quando aparecerem, sejam douradas de glória, e para que os espinhos, que porventura cerquem o teu caminho, sejam afastados. A mensagem é curta – uma simples frase, mas deixa que entre no fundo do teu coração e que seja para ti como almofada onde possas descansar a tua cabeça fatigada: “FUI EU QUE FIZ ISSO”* Você nunca imaginou que tudo o que te diz respeito, diz respeito a Mim Também? “Porque aquele que tocar em vós toca na menina do Meu olho” (Zc 2:8). Você é precioso para mim, e é por isso que me interesso especialmente pelo seu crescimento espiritual. Quando a tentação te assalta e o inimigo “vem como uma inundação”, quero que você saiba que “isto vem de mim”. Eu sou o Deus das circunstâncias. Você não foi colocado onde está por acaso, e sim porque este é o lugar que escolhi para você. Você não pediu para ser humilde? Saiba que o lugar onde você está é o único onde poderás aprender bem esta lição. É por intermédio de tudo quanto te rodeia e até dos que te cercam que a Minha vontade em você se cumprirá. Você tem dificuldades monetárias? Custa-te viver com o que tens? “Eu é que fiz isto”. Porque Eu possuo todas as coisas. Quero que recebas tudo, e que dependas inteiramente de Mim. As minhas riquezas são ilimitadas (Fl 4:19). Prova-me para que se não diga a teu respeito: “Contudo, não creu no Senhor seu Deus”.
* Você está passando pela noite escura da aflição? “Eu fiz isto”. Deixei-te sem qualquer auxílio humano para que ao voltares para Mim, encontres consolação eterna (2 Tess 2.16,17).
* Você está desiludido com algum amigo em quem você confiou? “Fui Eu que Fiz isto”. Permiti esse desapontamento para que você pudesse aprender que Eu, Jesus, sou o teu melhor Amigo. Eu te livro de cair, combato as tuas lutas. Anseio por ser o seu confidente.
* Alguém disse coisas falsas sobre você? Não fique preocupado; vem para mais perto de Mim, debaixo das minhas asas, longe de qualquer troca de palavras, porque “Eu farei sobressair a tua justiça como a luz e o teu juízo como o meio dia” (Salmo 37:6). Onde estão os teus planos? Você se sente esmagado e abatido? “Fui Eu que fiz isto”. Não foi você quem fez os seus planos, e depois Me pediu para abençoá-los? Eu quero fazer os teus planos. Eu quero assumir toda a responsabilidade, porque ela é pesada demais e você não poderia realizá-la sozinho (Êx 18:18).
* Você já desejou alguma vez fazer qualquer coisa de grande importância no teu trabalho por Mim? E, em vez disto foi posto de parte, talvez num leito de dor e sofrimento? “Fui Eu que fiz isto”. Não podia prender a tua atenção doutra forma, enquanto estavas tão ativo. Desejo ensinar-te algumas das Minhas lições mais profundas. Somente aqueles que aprenderam esperar pacientemente é que podem Me servir. Os Meus melhores trabalhadores são, às vezes, aqueles que estão fora do serviço ativo, pois assim eles podem aprender a manejar melhor a arma que se chama Oração.
* Foste chamado de repente a ocupar uma posição difícil, cheia de responsabilidade? Vai, conta Comigo! Dou-te esta posição, cheia de dificuldades, porque “O Senhor teu Deus, te abençoará em tudo quanto fizeres” (Dt 15:18).
* Ponho hoje nas tuas mãos o vaso de óleo santo. Tira tudo quanto quiseres meu filho, para que todas as circunstâncias que possam levantar-se diante dos teus pés, cada palavra que te magoe, qualquer coisa que prove a tua paciência, cada manifestação da tua fraqueza, sejam ungidas com este óleo santo. Não esqueça que, interrupções são instruções divinas. A dor que você sofrer será na medida em que você Me enxergar em todas as coisas. Portanto, aplica o teu coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós, ”Porque elas são a vossa vida” (Dt 32:46,47).
Este manuscrito foi achado na Bíblia de John Nelson Darby, depois do seu falecimento

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

Arquivos do blog