sábado, 11 de dezembro de 2010

Dano da Segunda Morte- Gino Iafrancesco

DANO DA SEGUNDA MORTE

Há a possibilidade de que algum cristão não vencedor conheça o dano da segunda morte de maneira temporária, segundo a Escritura. É necessário entender isto; ou seja, que se é um cristão, o Senhor lhe é fiel; mas se sendo cristão viveu como alguém mundano, tem que conhecer, pelo menos em parte, o que merece sua conduta. Por isso o Senhor diz: “O que vencer, não sofrerá dano da segunda morte” – (Ap 2.11); mas não fala do que não vencer. Mas o que fala o Senhor do que não vencer? Vamos ler isso em Mateus; vamos ao evangelho de Mateus; palavras do Senhor Jesus para que nós temamos corretamente e não vivamos como cristãos uma vida irresponsável. Olhem o que diz o capítulo 5; primeiro lhes chamo a atenção ao início da conversa: “Vendo a multidão, subiu ao morro; e sentando-se, vieram a ele seus discípulos. 2E abrindo sua boca lhes ensinava, dizendo...” – (vv.1,2). A quem lhe está falando o Senhor Jesus? Aos discípulos, aos seus; não ao mundo. Diz: Bem aventurados vocês, os que chorais, porque sereis consolados. Vocês os pobres de espírito, porque vosso é o reino. O está falando a seus discípulos é todo o Sermão no Monte, desde as bem-aventuranças, é tudo falando o Senhor Jesus aos discípulos. Vocês sois o sal da terra. Vocês sois a luz do mundo. Não penseis, vocês, discípulos, e então, chega o verso 21, no contexto do Sermão no Monte; Jesus falando aos discípulos, não aos incrédulos: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e qualquer que matar será culpado de juízo. Mas eu vos digo que qualquer que se enojar contra seu irmão, será culpado de juízo” - (vv.21,22); note que Ele está falando aos seus discipulos: Néscio, (quanto mais algo pior) a seu irmão, será culpado ante o concílio; (será juízo, inclusive por várias pessoas) e qualquer que lhe diga: Louco, (como será algo pior) ficará exposto ao inferno de fogo< /strong>”. Se tu vês essa palavra no grego, não diz Hades, senão Geena; ou seja, que ficará exposto ao dano da segunda morte. Se não vencer, ficará exposto ao lago de fogo. Agora, será isso eternamente? Não, é temporário, porque o Senhor morreu pela pessoa que creu, mas porque creu, o Senhor é fiel, mas porque o outro foi infiel, conhecerá um pouco do que experimenta o perdido. Por isso a seguir diz: “Por tanto” – (v.23); fixem-se no que vai dizer a seguir, tem base no anterior; Ele acaba de dizer que se nós pecamos desta maneira contra os irm ãos, ou pode ser por exemplo, com a pornografia, se alguém olha uma mulher para cobiçá-la, já adulterou com ela em seu coração; e se ela se veste de forma a fazer-se cobiçar, também é responsável. E diz: melhor é do que entres no céu sem um olho; o diz a seus discípulos; que com ambos olhos ser jogado à Geena de fogo; isso, uma passagem temporário pelo fogo da Geena, chama-se o dano da segunda morte. O que vencer, não sofrerá dano da segunda morte, mas e o que não vencer? é como este irmão aqui, que é um irmão, que é um discípulo, mas que trata mal, odeia, aborrece a seu irmão, ou vive uma vida libertina dizendo que é cristão, diz que é irmão, mas se embebeda, fornica, mente, é egoísta, etc. etc., não luta contra si mesmo, senão que se dá a liberdade de pecar; sim, fala do Senhor, menciona ao Senhor, mas não corrige sua vida. O que vencer, esse sim, não sofrerá dano da segunda morte, mas e o que não vencer? “Por tanto, (fixem-se em que Ele vem falando em continuidade; o que vai dizer a seguir, é sobre a base do que disse, não é algo diferente do que Ele está falando; Ele está desenvolvendo a mesma idéia) se trazes tua oferta ao altar, e ali te lembras de que teu irmão tem algo contra ti, deixa ali tua oferenda adiante do altar, e anda, reconcilia-te primeiro com teu irmão, e então vêem e apresenta tua oferta. Põe-te de acordo com teu adversário logo – (vv.23-25); não é para ser lerdos nisto, não há que pensar que vamos ter muito tempo. Se o Senhor não, temos que andar de acordo com o caráter de Cristo formado em nós. Se não nos pusemos de acord o com os princípios da Palavra de Deus, se não confessamos nossos pecados e nos arrependemos, então que vai nos acontecer, é que iremos sofrer o dano da segunda morte. Para que não pensemos que isso é injusto, nem sempre se faz correções imediatas, porque então ninguém escaparia, todo mundo estaria aterrorizado; cada vez que alguém pecasse, ia morrer de medo, então todos iriam obedecer a Deus, mas ninguém iria amá-lo. Então, as vezes parece que Ele não faz nada, mas de vez em quando faz algo, antes do juízo, para que a gente tema. Então diz aqui: “Não seja que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz ao verdugo, e sejas jogado no cárcere. Em verdade te digo que não sairás dali, até...” – (vv.25,26). O dano da segunda morte, não é a segunda morte definitiva, ma s há o dano. Se a pessoa viveu como ímpio, conhecerá o que irá sofrer ímpio; mas como crente, quando tiver pago o último centavo, então sairá; mas até que não tenha pago o último centavo, não sairá dali: “Em verdade te digo que não sairá dali, (ali, o cárcere, e vem falando qual era esse cárcere: o inferno de fogo, ou seja, a Geena de fogo) até que pagues o último centavo”. Isso significa que o Senhor vai fazer justiça. O salmista diz que a afronta de cada pessoa se voltará sobre sua cabeça; como tu fizeste, se fará contigo; tudo o que saiu de ti, voltará sobre ti. Se sair ódio, receberás esse ódio; se julgaste com dureza, serás julgado com dureza. Se foste misericordioso, receberás misericórdia. Se não julgaste, não terás juízo, mas se ju lgaste, terás juízo com o mesmo juízo com que julgaste; ou seja que, irmãos, o dano da segunda morte quer dizer, algum castigo temporário; não diz que é eterno; diz: “até que pagues o último centavo”; é um castigo de servos.

SERVOS FIÉIS E INFIÉIS
Vamos ao evangelho de Lucas 12.41. Aqui se fala não dos incrédulos, senão dos servos, dos discípulos, dos irmãos, dos filhos de Deus, dos nascidos de novo. Diz: “Então Pedro disse: Senhor, dizes esta parábola a nós, ou também a todos? (a parábola do servo que devia estar esperando que seu senhor viesse; viver com a expectativa de encontrar ao Senhor) E disse o Senhor: Quem é o mordomo fiel e prudente ao qual seu senhor o porá sobre sua casa, para que a tempo lhes dê sua porção?” – (vv.41,42). Está falando dos servos, do ministério mesmo; não está falando do mundo inteiro. Quem é o mordomo ao qual seu senhor pôs sobre sua casa, para que lhes dê o alimento a tempo? Fala de servos que têm encomenda de Deus, e depois diz: “Bem-aventurado aquele servo ao qual, quando seu senhor vier, o achar fazendo assim”. Oxalá nos ache o Senhor dando alimento a Sua casa sempre. Diz o Senhor: “Em verdade vos digo, que lhe porá sobre todos seus bens. Mas se aquele servo (esse mesmo) disser em seu coração: Meu senhor demora em vir; (vou dar uma relaxada; é só por pouco tempo, pode ser que o Senhor não venha enquanto estou aqui dançando) e começar a golpear aos criados (tratar mal aos outros servos do Senhor) e às criadas, e a comer e beber e embriagar-se, (viver para a carne) virá o senhor daquele servo em dia que este não espera, e à hora que não sabe, e lhe castigará duramente, e lhe porá com os infiéis” – (vv.43-46). Qual é o lugar dos infiéis? O cárcere, a Geena; “e lhe porá com os infiéis”; aos servos infiéis; ou seja, que há castigo também; não só recompensa para os que vencerem, se não castigo para os que não vencerem de entre os servos. “Aquele servo que conhecendo a vontade de seu senhor, não se preparou, (há que se preparar para servir ao Senhor e ser achado fiel; as vezes não o servimos porque não nos preparamos; há que se preparar para o servir e o receber) nem fez conforme a sua vontade, receberá muitos açoites” – (v.47). Aqui não fala de eternidade, fala de parte e de muitos, não fala de eternidade, mas sim fala de castigo e castigo forte: “Mas o que sem saber fizer coisas dignas de açoites, será açoitado pouco; (nem todos terão o mesmo número de açoites, senão segundo o que tenha feito enquanto estava no corpo, seja bom, ou seja, mau; e o Senhor pagará a cada um segundo foram suas obras) porque a todo aquele a quem se deu muito, muito se lhe demandará; ao que muito se lhe tenha confiado, mais se lhe pedirá” – (v.48). Se lhe deu cinco, que fizeste com os cinco? Se lhe deu dois, não vai dizer que fizeste com os cinco, senão que fizeste com os dois? se lhe deu um, que fizeste com o um?

SALVO COMO POR FOGO
Vamos a 1 Coríntios 3. É somente para terminar de ilustrar um pouquinho isto ainda relativo à correção, o castigo, o dano que recebe o crente não vencedor. Em 1 Coríntios 3.12 e 13 diz: “E se sobre este fundamento (Jesus Cristo, o Senhor) alguém edificar ouro, prata, pedras preciosas, (são coisas de valor, ou se não) madeira, feno, palha, (o que fizemos para o Senhor foi pura palha) a obra de cada alguém se fará manifesta; porque o dia a declarará, pois pelo fogo será revelada; e a obra de cada um, o fogo a provará”. O ouro passa mais puro ao outro lado do fogo, o fogo não lhe faz nada, porém o purifica; o mesmo com a prata e com as pedras preciosas, saem mais preciosas; mas a madeira, o feno e a palha não saem do outro lado; eles ainda aumentam o fogo. “Se permanecer a obra de alguém que sobre edificou, (estes são crentes, estão no fundamento) receberá recompensa. Se a obra de alguém se queimar, ele sofrerá perda”. Fixem-se na palavra “sofrer” e fixem-se na palavra “perda”, mas não é da salvação, é sofrimento e é perda, mas não é perda da salvação, senão do galardão que é o reino no milênio; então se perde o galardão que é no milênio, onde estará durante o milênio? No cárcere, sofrendo o dano da segunda morte. Então diz aqui: “Se permanecer a obra de alguém que sobre edificou, receberá recompensa. Se a obra de alguém se queimar, ele sofrerá perda, conquanto ele mesmo será salvo, (é sofrimento, é perda, mas não da salvação, senão do galardão) como que pelo fogo”. Salvo pelo fogo, é alguém salvo que tem que passar pelo fogo. Coisa terrível! Então, irmãos, eu penso que o Senhor nos ajudou a entender um pouquinho. O que vencer não sofrerá dano da segunda morte. O Senhor não diz do que não vencer, mas aqui diz o que acontece com o servo mau, negligente, o que peca e não se arrepende, o que não corrige seus assuntos a tempo, entretanto está no caminho; então, irmãos, penso que essas palavras são importantes.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bem Aventurado os Mortos em Cristo- Lidia Fernandes

BEM-AVENTURADOS OS MORTOS EM CRISTO!

http://amigadoamigo.blogspot.com

“...BEM-AVENTURADOS OS MORTOS QUE DESDE AGORA MORREM NO SENHOR. SIM, DIZ O ESPIRITO PARA QUE DESCANSEM DOS SEUS TRABALHOS E AS SUAS OBRAS OS SIGAM.” ( Apocalipse 14.13).
Mais do que felizes são aqueles que vivem em Cristo! Viver em Cristo significa viver com Cristo quando formos chamados para encontrar com Deus. Bendita esperança!’
“...O JUSTO ATÉ NA SUA MORTE TEM ESPERANÇA.” ( Provérbios 14.32).
É maravilhoso aceitar a escolha de Jesus e decidir segui-lo. Nosso propósito não é apenas receber neste mundo o que Ele pode nos dar, mas, e principalmente viver para sempre em sua companhia!
Os que confessam a Jesus como Senhor das suas vidas não temem a morte. Pelo contrário:”E POR ISSO TAMBÉM GEMEMOS DESEJANDO SER REVESTIDOS DA NOSSA HABITAÇÃO CELESTIAL.” ( 2 Coríntios 5.2).
Enquanto que aqui na terra estamos cada dia a sofrer as aflições que Jesus disse que teríamos ( João 16.33), temos em mente o que disse o apóstolo Paulo:
“MAS DE AMBOS OS LADOS ESTOU EM APERTO, TENDO DESEJO DE PARTIR, E ESTAR COM CRISTO, PORQUE ISTO É AINDA MUITO MELHOR.”
(Filipenses 1.23).
Nada deve ser mais importante para o salvo do que a certeza de que um dia:
“ ...QUANDO ISTO QUE É CORRUPTIVEL SE REVISTIR DA INCORRUPTIBILIDADE, E ISTO QUE É MORTAL SE REVESTIR DA IMORTALIDADE, ENTÃO CUMPRIR-SE-Á A PALAVRA QUE ESTÁ ESCRITA: TRAGADA FOI A MORTE NA VITÓRIA.” ( 1 Corintios 15.54).
Os que morrem em Cristo descansam dos seus trabalhos e suas obras os seguem.
Procuremos trabalhar com material precioso como ouro, prata e pedras preciosas, meus amados, para que quando o Senhor nos chamar à prestação de contas do nosso trabalho, nós não tenhamos trabalhado inutilmente, com material perecível como palha, feno e madeira.
Se porventura alguém que nos lê neste dia em que se comemoram os finados, não sentir segurança da partida para estar com Cristo, aconselho a reavaliar a sua vida em Cristo.
Independente de freqüentar uma igreja evangélica ou de ser cristão, o mais importante é estar preparado para o encontro com Aquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz.
Existe o tempo de nascer e o tempo de morrer.( Eclesiastes 3.2). Ninguém pode fugir desta realidade. Os que aprouverem ao Senhor deixar vivos até o arrebatamento é propósito dele. Da nossa parte temos que estar preparados tanto para a morte quanto para o arrebatamento. São duas ocasiões certíssimas.
Mas como está escrito:
“...OS QUE MORRERAM EM CRISTO RESSUSCITARÃO PRIMEIRO...” ( 1 Tessalonicenses 4.16). Privilégio glorioso!
Portanto, meus amados:
“E QUALQUER QUE NELE TEM ESTA ESPERANÇA PURIFICA-SE A SI MESMO, ASSIM COMO TAMBÉM ELE É PURO.” ( 1 João 3.3).
Não devemos nos entristecer por causa dos que morreram. Podemos sentir saudades, mas, ao mesmo tempo saber que cada dia está mais perto de nos reunirmos todos no tribunal de Cristo para receber o galardão da herança e a coroa da vida que Ele prometeu a todos quantos forem fiéis! ( Apocalipse 2.10).
Aniversariantes PARABÉNS! Isaias 59.19

Dízimo: Lei ou Graça ou oquê?- James Almeida

Artigo enviado pelo irmão James Almeida

Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor, amados irmãos!

Gostaria imensamente de compartilhar de vossas valorosas contribuições, acrescentando, retirando, concordando ou negando, todo ou em parte, este estudo relativo aos DÍZIMOS.
A única intenção deste trabalho é esclarecer e edificar os milhões de crentes brasileiros que estão sendo explorados por pastores inescrupulosos, com respeito ao ato de dizimar.
Primeira Parte
Durante anos, temos visto as doutrinas ao redor do assunto do dinheiro, numa indução consideravelmente perversa. Certa vez, um ministro disse: "O segredo do verdadeiro poder sobre o diabo é o dízimo" e "O segredo de uma contínua relação com Deus é o dízimo."
O que é por demais preocupante é que numa igreja com cerca de 200 pessoas, ninguém hesitava, nem parecia reconhecer, que o legítimo Evangelho de Cristo estava sendo comprometido.
Peguem suas Bíblias, abandonem suas opiniões e vejamos o que ela realmente diz sobre este assunto.
1 - O dízimo antes da lei não era rotineiro, mas voluntário.
Os dois exemplos do dízimo antes da lei (em Gênesis) foram eventos únicos e voluntários, envolvendo mais do que dinheiro. O exemplo de Abraão foi o do dízimo entregue uma vez apenas, dos despojos de uma guerra (Hebreus 7:2; Gênesis 14:20). Visto como Abraão havia feito um voto de não tomar pessoalmente qualquer despojo dessa guerra, (Gênesis 14:22-24), aparentemente ele dizimou o que pertencia aos outros... ou o que poderia depois lhe pertencer. Nada existe na Escritura dizendo que Abraão tenha dado o dízimo de sua renda ou riqueza, em tempo algum.
Abraão recebeu uma bênção e em seguida deu o dízimo, aparentemente fora de um hábito social, sem qualquer mandamento divino para fazê-lo. (Gênesis 14 e Hebreu 7:1).
O exemplo único de Jacó, de dizimar, foi prometido SE Deus fizesse algo por ele, e a Escritura não esclarece se Jacó de fato o cumpriu (Gênesis 28:22). De qualquer maneira, estes dois exemplos esclarecem que o dízimo antes da lei não era obrigatório, mas voluntário. Visto como a Escritura só registra incidentes dessa uma única vez em que o dízimo foi dado (antes da lei), fica claro que essa não era uma prática rotineira... Também, tendo em vista que Jacó prometeu dizimar o que ele já possuía e lucrava (quer dizer, possuía totalmente, não em crédito ou mercadoria baseados em hipóteses), entende-se que ele pretendia dizimar sobre os lucros. Isso é importante e sobre os lucros discutiremos mais tarde.
Os que procuram tornar o dízimo estritamente baseado em dinheiro, obrigatório e rotineiro, afirmando ter ele existido "antes da lei", não estão ensinando como ele realmente foi dado, "antes da lei". Notem ainda as seguintes escrituras mostrando a natureza voluntária de como se ofertava antes da lei (Êxodo 35:5, 21,22,24, 29).
Alguns mestres da obrigação de dizimar usam as Escrituras exigindo que se TRAGA, em vez de DAR o dízimo, a fim de provar que este é obrigatório. Como veremos mais tarde, o dízimo na lei era obrigatório, enquanto as passagens que mencionam o dízimo ANTES DA LEI dizem que este era DADO.
Algumas considerações sobre Melquisedeque
Muito tem sido criado sobre o misterioso Rei de Salém (Jerusalém), em Gênesis 14, pelos mestres do dízimo obrigatório. A realidade, porém é que, no tempo de Abraão, dizimar era uma prática pagã e um hábito voluntário especial de aceitar uma regra criada. Usar o argumento de que o dízimo é hoje obrigatório porque Abraão o deu a Melquisedeque é ridículo, pelas seguintes razões:
- Primeira, Abraão dizimou voluntariamente os despojos de guerra, não a sua riqueza pessoal.
- Segunda, não havia qualquer ordem dada por Deus no sentido dele dizimar.
- Terceira, Abraão já havia sido abençoado pela vitória que Deus lhe dera (Hebreus 7:2; Gênesis 14:20,22,24). Nada existe na Escritura que diga ter sido a bênção sobre Abraão o resultado do seu dízimo.
- Quarta, o dízimo de Abraão foi um exemplo único.
A questão do sacerdócio de Melquisedeque é puramente judaica. Não é assunto gentílico, visto como os gentios nada tinham a ver com o sacerdócio levítico. Foram os judeus que tiveram problema em aceitar Cristo como o Sumo Sacerdote, porque Ele era da Tribo de Judá e não da Tribo de Levi, da qual os judeus haviam sido doutrinados que os sacerdotes deveriam sair. Essa é a razão do autor de Hebreus ter discutido amplamente o assunto em sua Epístola. Os judeus, obviamente, não podiam entender o sacerdócio de Cristo e o autor de Hebreus tentou explicá-lo. Lembrem-se que os levitas pagavam o dízimo do dízimo aos sacerdotes. O autor de Hebreus tentou explicar aos judeus que a Tribo de Levi ainda não havia nascido, estava no seio de Abraão e que eles, de fato, pagaram o dízimo ao sacerdócio eterno de Melquisedeque, ao qual pertencia Cristo, para assim reconhecer, mesmo indiretamente, o sacerdócio de Melquisedeque. O autor estava tentando mostrar aos judeus que o sacerdócio levítico era ineficiente e temporário, enquanto o de Melquisedeque era eterno e melhor. Os levitas ainda não nascidos, ao pagar o dízimo através de Abraão, não justificam uma doutrina obrigatória do dízimo, pelas quatro razões supracitadas.
É difícil os gentios entenderem estes assuntos, por serem eles basicamente irrelevantes à sua aceitação de Cristo. Os gentios não precisam tornar-se judeus para se tornarem cristãos e Paulo deixou claro ser errado colocar sobre eles o fardo das questões e obrigações judaicas.
Posso garantir que a legítima significação do aparecimento de Melquisedeque em Gênesis 14 é porque Abraão havia arriscado a vida para resgatar o seu sobrinho Ló. Este é o primeiro relato bíblico de alguém tentando salvar um homem, com total altruísmo. Lembrem-se que Abraão não poderia reter os despojos de guerra e recusou-se a fazê-lo. Sua única motivação para essa guerra foi salvar o sobrinho. Após o registro desse primeiro ato de altruísmo, repentinamente o Rei de Salém aparece com pão e vinho comunhão. Abraão passara no teste por ter querido sacrificar-se pelo próximo. Mais tarde, ele estaria concordando em sacrificar o próprio filho Isaque e temos aqui novamente um tipo de Cristo em forma de sacrifício e promessa.
Isso não faz muito mais sentido bíblico do que tentar torcer a Escritura, a fim de fazer parecer que Melquisedeque quis ensinar a obrigatoriedade do dízimo, especialmente em vista dos demais assuntos discutidos neste documento?
Segunda Parte
O dízimo no Velho Testamento era limitado aos alimentos produzidos pelos agricultores e pecuaristas.
Na Bíblia a palavra "Dízimo" nunca aparece isolada, mas sempre como "dízimo do alimento". O dízimo bíblico era sempre estritamente definido e limitado pelo próprio Deus. Os legítimos dízimos bíblicos, portanto, eram sempre:
1. Somente taxados sobre os alimentos;
2. Somente sobre as fazendas e os rebanhos;
3. Somente dos israelitas;
4. Somente de quem morava na Terra Santa, dentro das fronteiras nacionais de Israel;
5. Somente vigorando nos termos do Antigo Pacto;
6. Somente podendo receber aumento da mão de Deus.
Desse modo,
1. Itens não alimentícios não podiam ser dizimados;
2. Animais caçados e peixes não podiam ser dizimados;
3. Quem não fosse israelita não podia dizimar;
4. Alimentos que viessem de fora da Terra Santa não podiam ser dizimados;
5. Os dízimos legítimos não podiam acontecer, caso não existisse um sacerdócio levítico;
6. Os dízimos não podiam vir de coisa alguma feita pela mão do homem, como adquirido em caça ou pescado nas águas.
Quando se usa a expressão "dizimar tudo", conforme Levítico 27:30, precisa ser levado em conta que esse tudo se referia:
1. Da terra (Levítico 27:30); do rebanho (Levítico 27:32);
2. Do grão e do vinho (Números 18:27,28);
3. Do grão, vinho e óleo (Deuteronômio 12:17; 14:23; Neemias 13:5);
4. Do aumento da sementeira (Deuteronômio 14:22);
5. Do solo (Neemias 10:37);
6. Do alimento (Malaquias 3:10 e Mateus 23:23).
Negociantes, tais como carpinteiros (Jesus), pescadores (Pedro) e fabricantes de tendas (Paulo) não eram qualificados como pagadores de dízimos, visto como sua renda provinha da habilidade manual, em vez da prosperidade pela bênção pessoal de Deus sobre o que provinha de Sua Terra Santa. Trabalhadores diaristas nas fazendas não dizimavam porque os seus patrões já o faziam, pagando dízimos sobre os produtos colhidos.
A Lei da herança e da "porção dobrada" (Deuteronômio 27:17) eventualmente forçaria muitos israelitas a buscarem as cidades, para ali ganharem a vida como comerciantes.
O dízimo no Velho Testamento nunca era dado em dinheiro. Ele até podia ser cambiado por dinheiro, visto como não era dinheiro (Deuteronômio 14:24-26).
No Velho Testamento o dízimo "pertencia ao Senhor", por ter crescido na Terra de Deus, dentro das fronteiras de Israel, através do labor de um israelita. Se tais condições não fossem preenchidas, então ele não "pertencia ao Senhor".
Os dízimos não tinham outro propósito que não fosse o de sustentar os levitas que serviam os sacerdotes, os quais davam 1/10 dos seus dízimos aos sacerdotes. Era um pecado usar o dízimo para "qualquer outra finalidade". O "propósito do dízimo" nunca mudou. O dízimo jamais foi dado aos anciãos e aos pregadores na igreja. Será que os anciãos e os pregadores atuais não estariam "roubando a Deus", recebendo o dízimo e em seguida usando-o para um propósito totalmente diferente daquele usado na Antiga Aliança?
O dízimo do Velho Testamento, como quase tudo a que se refere o Livro de Levítico, era "santo" ou "muito santo" ao Senhor.
1. Ele só era "santo" porque provinha do que crescia na Terra Santa, através do povo de Deus na Antiga Aliança.
2. Era santo por ser um estatuto de adoração cerimonial.
3. A Igreja do Novo Testamento rejeita tudo o mais de Levítico, igualmente chamado "santo" ou "muito santo".
4. A Israel no Velho Testamento era ordenado não compartilhar os seus estatutos com nenhuma outra nação (inclusive a guarda do sábado e o dízimo) (Êxodo 23:32; 34:12,15; Deuteronômio 7:2).
5. O dízimo não era dado aos profetas nem aos rabinos. Por ser "santíssimo" ele podia se dado somente aos levitas (Números 18:9; Neemias 10:37). Seu único propósito era o de sustentar os levitas, os quais serviam aos sacerdotes. Embora os levitas fossem guardas, cantores, padeiros, artesãos e curtidores de animais, eles não eram sacerdotes.
O dízimo jamais foi usado para os missionários ou para pagar as despesas do Templo. Embora os sacerdotes recebessem 1/10 do dízimo, eles tinham outros meios de sustento (Números 18).
Quanto a Malaquias 3:8: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas", esta passagem pertence ao Velho Testamento, ao contexto da Antiga Aliança e nunca é citada na Nova Aliança (da Igreja). Comparem Malaquias 2:8-10; 3:7 e 4:4 com Neemias 10:28-29 e Deuteronômio 27:26.
Em Malaquias os sacerdotes tinham roubado Deus. Especialmente em Malaquias 1:6; 2:1 e 3:3, ele se dirige aos sacerdotes desonestos. Estes haviam roubado os dízimos dos levitas e as melhores ofertas de Deus. Neemias 13:10 diz: "Também entendi que os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam a obra, tinham fugido cada um para a sua terra". Vemos aqui que os sacerdotes tinham roubado os dízimos dos levitas, por isso a adoração no Templo havia cessado e estes voltaram à sua terra. (Ver Neemias 13:4-13; Malaquias 1:6-14 e 2:1 a 3:7).
Uma observação aos modernos cobradores do dízimo: Paulo diz em Gálatas 3:1: "Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las".
A audiência de Malaquias vivia sob as ordenanças da Antiga Aliança, as quais englobavam BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES [Será que os pregadores atuais estão conscientes de que também estariam sujeitos às maldições e não somente às bênçãos?]. As maldições gerais de Deuteronômio 27:26 foram reafirmadas pelos israelitas em Neemias 10:28, 29. Especialmente os sacerdotes já haviam sido amaldiçoados várias vezes em Malaquias, por quebrarem sua especial "Aliança em Levi" (Malaquias 2:1-10).
Malaquias 3:10: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes". Este dízimo era exclusivamente em alimentos. Este verso é totalmente mal compreendido e mal usado.
É muito fácil provar pela Palavra de Deus que "todos os dízimos" nunca foram para o Templo:
a) As cidades dos levitas devem ser levadas em consideração e Jerusalém não era uma delas. Os levitas e os sacerdotes moravam nas cidades dos levitas com as suas famílias e rebanhos. (Ver Números 35; Josué 20 e 21; 1 Crônicas 6; Números 13:10 e Malaquias 1:14). Israel era comandado a trazer os seus dízimos, primeiro às cidades levíticas. (Ver Neemias 10:37,38 e 2 Crônicas 31:15,19). Não faz sentido ensinar que 10% do dízimo eram levados ao Templo, quando a maioria dos levitas e sacerdotes não residia em Jerusalém.
b) As 24 áreas de percurso dos levitas e sacerdotes também devem ser consideradas. A partir dos Reis Davi e Salomão, eles foram divididos em 24 famílias. Essas divisões também foram postas em prática, no tempo de Malaquias, por Esdras e Neemias. Visto como somente uma família oficiava no Templo por uma semana, durante um certo tempo, não havia razão alguma para que TODOS os dízimos fossem enviados ao Templo, enquanto 98% destes eram destinados para alimentar os que se encontravam nas cidades levíticas (1 Crônicas 24:26; 28:13,21; 2 Crônicas 8:14; 23:8; 31:2; 15:19; 35:4,5,10; Esdras 6:18; Neemias 11:19,30; 12:24; 13:9-10; Lucas 1:5).
c) Por conseguinte, logo que o contexto das cidades levíticas, as 24 famílias de sacerdotes, os filhos menores, as viúvas, Números 18, 2 Crônicas 31, Neemias 10:13 e todo o livro de Malaquias forem avaliados, poder-se-á concluir que somente 1% a 2% de todo o dízimo eram entregues normalmente no Templo de Jerusalém (Neemias 13:4-13 e Malaquias 1:6 a 2:10)
d) Portanto, Deus estava apenas ordenando aos sacerdotes para trazerem toda a porção dos dízimos, porque eles a haviam roubado dos levitas, tendo mantido o melhor para si mesmos, enquanto ofereciam ao Senhor animais mancos e enfermos. (Ver Neemias 13:4-13; Malaquias 1:6 e 2:10).
A Igreja tem sido definida como uma organização e edifício local. Nesse caso, o único paralelo com o Templo do Velho Testamento (no qual habitava o Senhor) é agora o corpo dos crentes individuais, o Corpo de Cristo (onde Deus habita agora, conforme 1Coríntios 3:16, 17 e 6:19). NÃO existe paralelo algum com o edifício do Templo do Velho Testamento. Mais uma vez, lamentavelmente, os dízimos jamais foram usados para sustentar as atividades missionárias, especialmente fora das fronteiras da Terra Santa de Israel.
A Igreja não é um armazém, um edifício ou uma organização para receber e armazenar dízimos e alimentos. E o Novo testamento também não a chama assim. Ela é a assembléia dos sacerdotes cristãos. Durante vários séculos, após o calvário, os cristãos nem sequer tinham um edifício próprio onde pudessem adorar, pois o Cristianismo era uma religião ilegal. Eles recusavam-se a chamar os seus locais de adoração de "edifícios eclesiásticos", de "tabernáculos", ou "templos", etc. É um erro traduzir a palavra grega "ekklesia" como "igreja".
RESUMO:
1. Não existe paralelo algum entre os levitas do Velho Testamento e os líderes eclesiásticos do Novo Testamento. Os levitas eram apenas servos dos sacerdotes (Números 18:21-25; Neemias 10:37). Os sacerdotes do Velho Testamento recebiam apenas 1/10 de todos os dízimos dos levitas (Números 18:21-25; Neemias 10:37).
2. Os sacerdotes do Velho Testamento recebiam apenas 1/10 de todo o dízimo dos levitas (Números 18:25, 26; Neemias 10:38). Esse procedimento já não é usado em parte alguma no Cristianismo.
3. Os apóstolos em Atos 2 não recebiam dízimos, mesmo porque ainda estavam voluntariamente contribuindo para o sustento do Templo, por alguns anos mais, conforme é visto em Atos 15 e 21.
4. Os apóstolos em Atos não ficaram ricos, ensinando a doutrina do dízimo; eles compartilhavam sua riqueza com cada membro da Igreja, o que não acontece hoje em dia entre os ministros que ensinam o dízimo.
Hoje, as classes mais pobres e iletradas são as maiores vítimas das pessoas inescrupulosas, sendo facilmente enredadas na mágica do "fique rico depressa", tanto na loteria como no dízimo. Contudo, isso não funciona para a vasta maioria! De fato, pode ser obviamente demonstrado que Malaquias 3:10 não funciona! As estatísticas do Internal Revenue Service americano têm comprovado que os muito mais ricos são os que pagam as menores porcentagens à caridade, enquanto os paupérrimos dão a maior. Se Malaquias 3:10 realmente funcionasse com os cristãos da Nova Aliança, então os milhões de cristãos dizimistas pobres escapariam da pobreza, tornando-se o grupo de pessoas mais ricas deste mundo, em vez de permanecerem na pobreza. A teologia da prosperidade, cujos líderes são os mais ávidos dos dízimos, funciona exclusivamente para eles mesmos.
Qual o princípio usado pelos atuais pregadores do dízimo? Alguns afirmam que as leis morais ainda são válidas, enquanto os estatutos e condenações terminaram no Calvário. Entretanto, o ato de dizimar era um estatuto cerimonial de adoração e todos os outros de Levítico foram abolidos. Por que, então, só o dízimo permaneceu intocado??? Outros dizem que Deus repetiu em termos de graça aquilo que Ele desejava que a Igreja soubesse após o Calvário. Então, mais uma vez o dízimo não foi repetido. Deus disse a Israel no Pacto Antigo que dizimasse para sustentar o sacerdócio levítico e diz, meridianamente, que o sacerdócio levítico foi substituído pelo sacerdócio de cada crente (Hebreus 7:5,12,18,19; 4:16; 1Pedro 2:9 e Apocalipse 5:10).
Israel e os dízimos do Velho Testamento falharam miseravelmente em aperfeiçoar o Doador ou produzir missões. O sistema comprovou ser ineficiente, tendo sido substituído pela liderança do Espírito Santo, através da graça e das ofertas dadas por amor às almas perdidas. (Hebreus 7:18; 2Coríntios 3:10-18 e 2Coríntios 8). O dízimo era a base financeira do antigo sistema sacrifical já extinto, permitindo que este funcionasse. Quando tal sistema foi abolido, o seu aparelho de sustentação também o foi. Agora já não é necessário que haja dízimos para sustentar os sacerdotes para ouvir confissões e para outros sacrifícios... Por isso Hebreus diz, claramente, em 7:12; que "mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei".
Quanto ao argumento [sobejamente usado pelos cobradores do dízimo) de que o mesmo foi praticado antes da lei mosaica, este é extremamente fraco. Provérbios 3:9 diz: "Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos". Deus aqui não cita o dízimo, mas os ganhos do crente, que podem ser compartilhados com os pobres e com os necessitados físicos e espirituais.
Quanto às primícias, estas eram totalmente separadas dos dízimos. Enquanto as primícias e os primogênitos iam diretamente para as mãos dos sacerdotes (Números 18:12, 13, 17, 18), os dízimos iam diretamente para os levitas nas cidades levíticas (Números 18:21-24 e Neemias 10:37)... Os sacerdotes recebiam apenas 1/10 dos dízimos, conforme antes explanado.
O dízimo nunca foi um pilar [como a guarda do sábado] para os israelitas. Assim como não deve ser para os cristãos... A Igreja primitiva usou os recursos voluntários de mulheres, crianças, escravos e soldados, para espalhar o Evangelho de Cristo ao mundo conhecido, em menos de uma geração, um dos princípios do Novo Testamento.
Quanto à passagem de Mateus 23:23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas"... Esta passagem fala das coisas importantes da lei. Jesus promoveu o dízimo, sim... porque Ele era judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4:4). Em Mateus 23:2, 3, Ele mandou que os Seus discípulos obedecessem a todas as (milhares de) coisas ordenadas pelos escribas e fariseus. Isso porque o povo os considerava como os legítimos intérpretes da lei. Este é um texto relativo à Antiga Aliança - antes do Calvário - e não um texto da Nova Aliança, pois o próprio Jesus também falou "A lei e os profetas duraram até João" (Lucas 16:16). Do mesmo modo como Jesus não mandou que os enfermos gentios curados por Ele fossem se apresentar diante dos sacerdotes judeus, também não os instruiu a dizimarem pelo sistema levítico.
Não é possível que os crentes da Nova Aliança queiram se colocar sob as maldições da Antiga Aliança. A verdade é que os cristãos de hoje estão, SIM, "roubando Deus", deixando de carregar o fardo da preocupação pelas almas perdidas , estão roubando-O das almas que Ele poderia ganhar, se fossem mais interessados em Missões.
Deus já não habita em templos. As pessoas é que são a Casa de Deus e o Corpo de Cristo. Mesmo com tanta "revelação" grassando, hoje em dia, na igreja, eles não conseguem entender isso e continuam a buscar no Velho Testamento a ,extinta, glória do Templo.


Certa igreja gastou milhares de dólares na aquisição de aparelhos eletrônicos de som e em computadores. Mas não pôde ajudar um cristão carente, o qual, por motivo de doença, não dispunha de uma pequena quantia para não perder o seu veículo utilitário. A obra de Cristo e do Corpo de Cristo é mais do que os cofres da igreja e seus edifícios. Ela deve ser compartilhada com as necessidades das PESSOAS, em muitos níveis diferentes, onde quer que estas se encontrem.


Quem gasta dinheiro num ministério de presos, está gastando-o para Cristo. Quem alimenta o próximo faminto, está alimentando a obra de Cristo. Conquanto a igreja local não deva ser negligenciada, não existe qualquer Escritura dizendo que todo o dinheiro destinado a Deus tenha de entrar na igreja, para os cofres dos ministros. Muitos pregadores e igrejas até parecem pensar que o simples fato de dar para o Senhor é dar para eles. Certa vez escutei um deles dizer: "Se alguém à sua esquerda ou à sua direita precisar de pneus ou de muletas para o seu filho, você precisa dar o dízimo, antes de pensar nessas coisas". Esse pastor nunca leu a 1 Timóteo 5:8, que diz: "Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel"... Como se ajudar o irmão ou satisfazer as necessidades da família não fossem a verdadeira obra de Deus! Leiamos a história do Bom Samaritano. Quantos estão pagando aos outros para fazerem a sua obra. Estão pagando aos outros para que esses ministrem em seu lugar. Muitos estão dizimando por medo da ridícula "Maldição de Malaquias"', deixando o seu vizinho passar necessidade. Eles acham que somente após terem conseguido a sua "chuva de bênçãos financeiras" poderão ajudar os carentes. Essas igrejas procuram ainda a glória do Templo judaico, esquecendo a glória do templo do Novo Testamento... o Corpo de Cristo, que vive e respira.


Muitos "dizimistas fiéis" têm deixado de ajudar um casal de idosos carentes, a fim de darem o dízimo na igreja, porque ali sua ação será registrada, enquanto o ato de dar ao próximo ficará em segredo. Contudo Cristo nos mandou dar em secreto. Hoje existem incontáveis gigantescos edifícios eclesiásticos e todo tipo de ministério cristão na Mídia e na Internet, etc. Com toda essa construção de coisas será que o Cristianismo melhorou? Recentemente, quando via um certo programa "cristão" na TV, em casa, precisei desligar o aparelho, quando entrou um descrente, com vergonha da escandalosa petição mercenária de dinheiro. Por essas e outras é que só ligo a TV para ver o Jornal Nacional ou então novelas, para não precisar "me envergonhar do Evangelho, que antes era o poder de Deus e agora é dos pastores malaquianos"...


A desculpa é que o mundo não vai escutar a mensagem do evangelho, a não ser que você seja rico e bem sucedido, o que é uma tolice. Cristo não tinha onde reclinar a cabeça e mesmo assim as multidões afluíam para Ele. João Batista vivia como um eremita e mesmo assim as multidões corriam para ele. Muitos cristãos, no Livro de Atos, vendiam o que possuíam, para que as pessoas carentes tivessem o necessário. Mesmo assim, a mensagem deles foi tremendamente bem sucedida. Pelo que sei, nenhum dos apóstolos ficou conhecido como um bem sucedido homem de negócios, mas, mesmo assim, eles entregaram muito bem a sua mensagem.
A Bíblia ensina que nada há de errado com a prosperidade ou o sucesso obtidos, contanto que sejam apropriadamente manuseados.
Fraternalmente.
James

O Dízimo, tim tim por tim tim- Silvio Maria

Este artigo é parte de uma conversa que tivemos via e-mail com alguns irmãos da cidade de Rio Grande-RS sobre o assunto “dízimo”, e é publicado no blog http://www.alimentosolido.blogspot.com/ com o título:

"A SUPERSTIÇÃO DO DÍZIMO, O MITO DO DEVORADOR

"Paz do Senhor, irmão P. e irmã I.!!!
Fiquei muito feliz em ler aquilo que me escrevestes e me alegro muito em poder compartilhar com os irmãos aquilo que Deus tem mostrado à Sua Igreja ao longo das gerações. Afinal de contas, nós só podemos aprender mais do amor de Deus se tivermos comunhão com todos os santos (Efésios 3:18). Quero ressaltar que a minha vontade não é ter comunhão com os irmãos em doutrinas ou em coisas espirituais, mas em Cristo. Ele é a essência de tudo o que é espiritual.Também não me considero qualificado para falar sobre qualquer coisa, ainda mais quando se trata de um assunto tão "enervado" quanto o dízimo. Só podemos reconhecer que o Senhor Jesus é que tem "as palavras de vida eterna" (João 6:68). Só Ele pode falar, e nós só podemos escutar. Que os nossos corações amem mais e mais as Suas palavras.O nosso assunto hoje é o dízimo, e para falarmos sobre essa questão do dízimo é necessário ter em mente duas coisas:= Tudo o que há no Velho Testamento é figura (ou sombra) do Cristo que é plenamente revelado para nós no Novo Testamento (Col 2:17; Heb 8:5; Heb 10:1).Desde aquele animal que foi morto por Deus para que Adão e Eva tivessem vestes de peles (Gênesis 3:21); passando pelo Cordeiro Pascoal cujo sangue foi passado nas vergas das portas e cuja carne foi comida pelos filhos de Israel; e incluindo todas as cerimônias, e leis, e Salmos e Profecias do Velho Testamento, TUDO fala do Senhor Jesus Cristo. E no caso do dízimo não há exceção.= O segundo ponto que devemos lembrar é que Deus sempre quis uma nação de sacerdotes. Ele sempre desejou encontrar um povo que pudesse servi-lO em sua presença como uma só pessoa. Desde Israel isso foi assim.
Deus não queria que apenas os levitas e os da casa de Arão fossem sacerdotes, como vemos em Êxodo 19:6: "vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel".Israel deveria ser um reino de sacerdotes, mas eles falharam. Devido ao incidente do bezerro de ouro, só os levitas e a descendência de Arão puderam servir ao Senhor como sacerdotes.
Isso ficou assim até que veio Jesus, o Salvador. Por meio do sacrifício de Cristo Jesus, Deus hoje pode NOVAMENTE ter a Sua nação de sacerdotes, a Igreja. (1 Pedro 2:9; Apocalipse 1:6; 5:10; 20:6)
Por isso é que, nas cartas às Sete Igrejas do Apocalipse, Deus declara que ODEIA as obras e a doutrina dos nicolaítas, ou seja, daqueles que dominam sobre o povo [a palavra nicolaíta vem do grego nikao (dominar sobre)+ laos (povo ou laicado)=os nicolaítas são essa classe clerical (padres, pastores, sacerdotes) que toma para si o serviço sacerdotal, transformando-se em mediadores entre Deus e o povo, e impedindo o povo de Deus de exercer o sacerdócio de todos os crentes e tornando-o passivo e eternamente imaturo].= Sabemos que a Bíblia é dividida em Velho e Novo Testamento, por causa da Nova e da Velha Aliança.A Velha Aliança, a Lei, é a salvação por meio das obras. Na Lei, Deus diz: "Obedeça, e viverás".A Nova Aliança, da Graça, é a salvação gratuita pela fé em Cristo Jesus. Na graça, Deus diz: "Crê, e viverás".No e-mail que eu recebi, foram levantadas algumas questões que pretendo, se Deus permitir, responder na ordem em que foram trazidas.(questão 1) Abrão deu o dízimo a Melquisedeque. Isso prova que o dízimo não é da Lei, e que, portanto, devemos dar o dízimo.Ora, sendo que Deus é onisciente, Abrão TINHA que dar o dízimo a Melquisedeque.Isso para que, centenas de anos depois, o apóstolo Paulo pudesse explicar que o sacerdócio de Levi (o da lei) é menor que o de Melquisedeque (o de Cristo), como vemos em Hebreus 7:1-10:"1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou,2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz;3 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.4 Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos.5 Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão;6 entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles recebeu dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas.7 Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.8 Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive.9 E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. 10 Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste."Porque, sendo que Levi (estando nos lombos de Abrão) ofertou a Melquisedeque (que é feito semelhante ao Filho de Deus), logo Levi é menor que Melquisedeque. E, assim, Paulo prova que a lei é menor do que o sacerdócio da graça de Cristo!Esse é o significado e o objetivo da oferta dizimal de Abrão: dar provas irrefutáveis de que a lei é menor do que Cristo.Além disso, podemos destacar outros detalhes:= Abrão dizimou sobre os despojos de guerra, e não sobre aquilo que plantara ou frutificara;= Abrão só o fez UMA única vez;= Abrão o fez a Cristo, e não para sustentar a uma denominação.E, se queremos dar dízimos porque Abrão o fez, devemos também circuncidar a nós, aos nossos filhos, e aos nossos servos, assim como aos estrangeiros. Pois a circuncisão também foi praticada por Abraão (Gn 17:9-14).O dízimo dado por Abrão só aconteceu uma vez e era totalmente diferente do dízimo da lei mosaica, pois seu objetivo era totalmente diferente.(questão 2) Jacó também falou em dízimo em Gênesis 28:22. Portanto, o dízimo não é da Lei, e devemos cumpri-lo.Nesse momento, é válido lembrarmos uma coisa. Existem dois tipos de Aliança que podemos fazer com Deus: de Lei, ou de Graça.A lei exige que façamos algo para sermos salvos. Aquele que cumprir TODA a Lei será salvo por meio dela, mas aquele que tropeçar em UM só dos seus preceitos, pereçerá. Deus nunca teve a intenção de salvar ninguém por meio da lei, mas Ele fez uso dela pelo seguinte motivo:
"Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus." (Romanos 3:19)
E, assim, "todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (Romanos 3:23-24)Ou seja, Deus outorgou a Lei "tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus." (Romanos 3:26)Mas porque eu estou falando tudo isso sobre a Lei e a Graça? Porque eu estou dizendo que Deus não quer salvar ninguém pela Lei, mas sim pela graça?Vamos ler Gênesis 28, começando no versículo 12. Jacó está sonhando:"E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido. Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus ."Aqui vemos que Deus interpela Jacó e lhe promete duas coisas: terra e descendência. Deus não pede nada em troca. É de graça. É uma Aliança baseada na Graça de Deus.A mesma coisa aconteceu com Abrão. Deus prometeu a Abrão terra e descendência, e Abrão "creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça."(Gn 15-6). Esse "creu, e isso lhe foi imputado por justiça" não é nada mais do que o mesmo evangelho que nos foi anunciado (ver Gálatas 3:8).Então, o que vemos aqui é Deus reafirmando com Jacó a mesma aliança que foi feita com seu avô Abraão: se tu creres, viverás. Deus não pediu nada em troca. Foi Graça.Agora podemos continuar a leitura de Gênesis, a partir do versículo 18:"Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite. E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel. Fez também Jacó um voto, dizendo: SE Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, ENTÃO, o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo."
Aí vemos Jacó cometendo um grande erro. Deus já havia feito uma promessa a Jacó em sonhos sem pedir nada em troca. Mas Jacó achou que isso não era o suficiente e quis prometer dar algo em troca também. Ele prometeu três coisas: "o Senhor será o meu Deus", "a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus" e "de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo". Essa Aliança que Jacó quis fazer com Deus chama-se Lei. A promessa de Deus, nessas condições, não seria concedida gratuitamente, mas mediante o cumprimento dessas três coisas que Jacó disse.Jacó foi arrogante, e quis tratar com Deus na base da "troca", ignorando a bendita promessa que Deus já havia feito a Abraão.Depois que ele fez essa promessa, vemos que Deus não fala nada, Ele não quis saber dos dízimos de Jacó. Logo no versículo seguinte vemos Jacó chegando ao Oriente, onde conhece Labão, o sogro. Lá, ele foi enganado, explorado por muitos anos, chegou a fugir do seu sogro e o próprio Deus, lutando com ele, rompeu o tendão da sua coxa, deixando-o manco. Deus o fez passar por isso para que o seu ego ficasse mais fraco, e para que mais tarde ele pudesse dizer as seguintes palavras a seu irmão:"Quando Esaú olhou em volta e viu as mulheres e as crianças, perguntou:– Quem são esses que estão com você?– São os filhos que Deus, na sua bondade, deu a este seu criado – respondeu Jacó"(Gênesis 33:5)Jacó não confiou mais em si mesmo, nem na sua capacidade de ser fiel nos dízimos. Ele apenas descansou na bondade incondicional do Senhor, e como podemos ver em Heb 11:21, ele ainda era um homem quebrado quando, antes de morrer "abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão(símbolo da sua humildade diante de Deus), adorou."Deus não se agrada do cristão que espera ser amado por Deus pelo fato de ser um grande dizimista. Ele quer que nos aproximemos dEle sabendo que "estas são as coisas que Deus deu por Sua bondade".O filho que agrada o coração de Deus não é aquele que "está agitado e preocupado fazendo muitas coisas" para Cristo (Lc 10:41), mas é aquele que se assenta a seus pés e OUVE o que ele ensina.(questão 3) O Dízimo na LeiTendo visto que o dízimo de Abrão teve apenas o objetivo de demonstrar a superioridade de Cristo sobre a Lei; e que o dízimo de Jacó foi ignorado, antes Deus o quebrantou, para que fosse humilde na sua presença, cabe a nós verificarmos o que a Lei nos fala sobre o dízimo.Sabemos que a Lei não pode justificar a ninguém, mas quando Israel disse: "tudo o que Deus mandar faremos" (Ex 24:7), foi necessário que lhes fossem dados os inúmeros preceitos da Lei, para que reconhecessem a necessidade de um Salvador que, cumprindo a Lei, os desse vida e paz com Deus (Aleluia!!!).Uma questão interessante é que cada passagem bíblica sobre dízimo sempre contém instruções cerimoniais. Agregados aos dízimos lá estão as ofertas alçadas, os bodes, os sacerdotes, os levitas, o templo, etc.O dízimo não era dinheiro, em coerência com todos os textos bíblicos sobre o assunto, o dízimo era alimento.Isso mesmo, o povo trazia animais perfeitos para a casa do tesouro com três utilidades básicas: ser consumido pelo próprio dizimista perante o Senhor (Deut 14:23); sustentar o clero (Num 18:24) e socorrer os necessitados (Deut 14:28,29).Vamos fazer a leitura de Deuteronômio 14:22-29. Assim diz a Palavra do nosso Deus:"Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o Senhor, teu Deus, todos os dias."Aqui vemos que o dízimo era para ser comido pelo dizimista na presença de Deus no lugar determinado por Deus, o Templo. Continuando:"Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que o Senhor, teu Deus, escolher para ali pôr o seu nome, quando o Senhor, teu Deus, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;"Essa passagem desfaz o argumento dos que dizem "o dízimo não era dinheiro porque naquela sociedade era tudo trocado em forma de alimentos". Aqui vemos que Deus fazia questão de que o dízimo fosse alimento, porque aquilo devia ser comido na presença de Deus no lugar determinado, uma vez por ano (e não mensalmente, como é o salário de muitos que dominam as ovelhas de Cristo). Continuando:"porém não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem."Aqui vemos onde entram os levitas. Eles recebiam a mesma quantia destinada ao estrangeiro, ao órfão e à viúva porque eles não tinham herança de terra, nem podiam trabalhar em outra coisa senão na tenda da congregação. Hoje vemos muitos homens, que se intitulam sacerdotes e levitas, serem sustentados de forma regalada e luxuosa enquanto o irmão órfão, a irmã viúva e o irmão necessitado são esquecidos.Agora, uma pequena pergunta: se os pregadores são tão zelosos no assunto "dízimo", se eles pregam de maneira tão grave sobre isso, então porque eles não falam nada sobre o dizimista comer do seu próprio dízimo, e sobre o dizimista ofertar aos pobres e necessitados? Muito suspeito.
A SUPERSTIÇÃO DO DÍZIMO, O MITO DO DEVORADORPode o homem comprar uma benção? É triste a situação daqueles que dão dez por cento de sua renda para uma denominação e ficam aguardando por uma benção, geralmente de abastança.
A superstição é uma ferramenta perfeita nas mãos de líderes religiosos. Na Idade Média as pessoas acreditavam que comprando indulgências iriam diretamente para o céu. Quanto dinheiro o clero medieval amealhou explorando a superstição de milhares de sinceros! Hoje, líderes religiosos árabes enganam jovens humildes com a Doutrina da Guerra Santa. Eles criaram a supestição que garante o céu aos que morrerem em combate.
Assim também o é hoje: algumas pessoas estão tão aterrorizadas pelo mito do "devorador" contado pelos seus líderes religiosos que esquecem os outros irmãos necessitados, pensando que a oferta vale mais quando é dada a um "pastor".
Hoje, cristãos sinceros deixam de comprar gêneros de primeira necessidade, deixam seus filhos sem leite e voLtam à pé para casa, para pagar dízimos às suas igrejas.
Põem dez por cento de seus salários num envelope, participam de correntes disso e daquilo, lançam-no na salva de ofertas e saem aliviados. "Agora Deus vai me abençoar. Já cumpri a minha parte". A superstição é tão forte que alguns chegam a pagar dízimo com cheques pré-datados afim de se livrarem da maldição.
Devorador é para quem está na lei. Hoje a Bíblia diz que devemos nos sujeitar A DEUS, resistir ao Diabo, e ele fugirá de nós.A superstição é a contramão da graça. A superstição manda cumprir exigências a fim de se livrar das conseqüências. A graça já nos fez conseqüências do amor de Cristo. Ele tomou a iniciativa na cruz declarando que somos livres!!!Por meio dessas testemunhas, podemos ver que o dízimo do Velho Testamento é diferente do tão pregado dízimo das denominações. Hoje não se prega mais o comer na presença de Deus com alegria, não se prega a ajuda aos necessitados e a comunhão com os irmãos na presença de Deus. Hoje a ênfase é em sustentar a obra, pagar a manutenção do templo, a água, a luz da casa do "pastor", "sustentar o sacerdote".
Ora, no Velho Testamento, os dízimos iam para a Casa dos Tesouros do Templo. Hoje nós somos o edifício e a casa espiritual de Deus: "também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo ." (I Pd 2:5)Ora, no Velho Testamento, era necessário que pelos dízimos se sustentassem aqueles que serviam na tenda da congregação. Hoje, todos nós somos sacerdotes e servimos a Deus como uma pessoa só (1 Pedro 2:9; Apocalipse 1:6; 5:10; 20:6).Nós sabemos que nós não estamos na Lei. Lá na Lei eles tinham que dar o dízimo, sim. Para eles era algo literal. Mas para nós que estamos na Graça, o dízimo é sombra de Cristo!!!Sim, isso mesmo!!! O dízimo também é sombra e figura de Cristo!!! Se os holocaustos e todas as coisas do tabernáculo e da lei são sombra de Cristo, porque o dízimo é pregado como sendo dízimo? Porque só o dízimo é literal para nós? Muito estranho.= Em Êxodo, no capítulo 12, vemos que um cordeiro é morto e que seu sangue é passado nas vergas das portas; isso aconteceu para que o Senhor olhe para a justiça que está no sangue de Cristo e não haja condenação para os que estão debaixo do sangue do cordeiro, que é Cristo.Nesse mesmo capítulo vemos que a carne do cordeiro também é comida pelos que estavam dentro da casa. Isso significa que o cordeiro não só morreu pelos nossos pecados, mas também que ele se torna vida dentro de nós. Para nós cristãos, isso é símbolo do Espírito Santo que Ele fez habitar em nós.Bem, o dízimo é a mesma figura daquele cordeiro. As duas coisas tem o mesmo significado.Existe outra passagem em Deuteronômio que fala sobre dízimo. Está em Deuteronômio capítulo 12, versículos 6,7,11,12."6A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. 7Lá, comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo o que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor, vosso Deus. 11Então, haverá um lugar que escolherá o Senhor, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos feitos ao Senhor, 12e vos alegrareis perante o Senhor, vosso Deus, vós, os vossos filhos, as vossas filhas, os vossos servos, as vossas servas e o levita que mora dentro das vossas cidades e que não tem porção nem herança convosco."Aqui vemos uma cena: o dizimista traz para o templo animais perfeitos (simboliza Cristo). Esses animais são para holocaustos (totalmente queimado - Jesus na Cruz) e dízimos (comidos pelo dizimista, familiares, levitas, servos... - Cristo sendo vida dentro de nós para que possamos ter comunhão com nossos irmãos).Podemos ver, queridos hermanos, que Deus não está querendo nos exigir que demos o dízimo. Ele quer que vejamos Cristo como tudo para nós . Como o holocausto para o perdão dos pecados e como o dízimos que serão comidos na comunhão com os irmãos.(questão 4) A fala de Jesus sobre o dízimo em Lucas 11Com tudo o que já vimos sobre Lei e Graça, podemos ver que ele estava falando para fariseus. Homens que viviam na Lei. Ou que pelo menos tentavam viver pela Lei."O Senhor, porém, lhes disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior? Antes, dai esmola do que tiverdes, e tudo vos será limpo. Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudações nas praças. Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber!"Podemos ver que eles davam o dízimo, mas não estavam dando direito!! Porque seria melhor se eles esmolassem (socorressem os necessitados) do que desprezarem a justiça e o amor de Deus. Naquele tempo, segundo estudos arqueológicos, as melhores casas e palácios pertenciam ao sumo-sacerdote em Jerusalém. Hoje a coisa não é diferente: líderes religiosos espoliam o povo de Deus, enchem seus celeiros, constroem grandes casas, e até fazem lipoaspiração à custa das ofertas dos cristãos enquanto que no meio da Igreja há pessoas que não têm o que comer."Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?" Isaías 58:6(questão 5) A citação de Paulo em I Coríntios 9:14: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho"Mas não podemos também parar no versículo 14. Devemos ir até o 18:"Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho; eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo ; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho ! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. "Segundo a Bíblia, os pastores não são aqueles que dominam o rebanho (nicolaítas), mas são aqueles que servem o rebanho (ministros).Creio que não é necessário comentar muito sobre isso. Se um irmão realmente é chamado para pastor. Se Deus de fato pôs no seu coração o desejo de edificar, alimentar e consolidar algum irmão em Cristo, A ÚLTIMA COISA QUE ELE VAI FAZER É PEDIR DINHEIRO.Nessa passagem de I Coríntios nenhuma quantia é estipulada, nem dia de oferta é determinado como é hoje a prática nas denominações. Deus espera para que ofertemos, Ele não precisa apressar ninguém "para que a obra seja feita."ConclusãoO nosso desejo, nesses anos que temos caminhado com o Senhor, é que os irmãos sejam edificados e que sejam libertos dos fardos e jugos denominacionais.Vocês verão, amados irmãos, que "amar uma denominação é o maior obstáculo pra amar os irmãos" (W. Nee).Pelo e-mail que recebi, pude ver que vocês estão conscientes do sistema religioso que está existindo junto com a vida da Igreja. Esse sistema é criado por homens, segue as tradições e conveniências dos homens, e faz concessões à carne. Esse sistema divide o corpo de Cristo em várias denominações e placas, e isso não agrada ao nosso Deus, posto que somos um só Corpo.Isso é expressado perfeitamente em I Coríntios:"Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais."Porque Paulo está falando de forma tão forte com os irmãos. O que o leva a uma indignação tão grande? Vejamos:"Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um ."Não é isso que vemos hoje? Uns dizem "eu sou católico", outros "eu sou evangélico", "eu sou batista", "eu sou assembleiano". Acaso o Corpo de Cristo está dividido?Somos um com os nossos irmãos e temos comunhão com todos os que são salvos pela fé em Cristo Jesus, mas não podemos unir o nosso nome ao das denominações. Com todo o temor que temos em Deus declaramos que aquele que ama as denominações conhece pouco de Deus, é carnal, é criança em Cristo. Entendam bem irmãos, não falo contra os irmãos que tanto amo, mas sim contra esse sistema que distorce a Palavra de Deus e divide o Corpo de Cristo para satisfazer ao homem.Hoje Deus chama você para assumir a posição de um sacerdote. Saia do jugo desses que se dizem pastores, mas que querem manter as ovelhas sob o seu jugo! Abandone o sistema denominacional, cerimonial, religioso, e qualquer reunião que seja em nome de uma "Igreja" e não em nome de Cristo.Hoje Deus coloca diante de você uma decisão. Hoje Deus quer provar se você ama mais ao Senhor, ou se você ama a denominação, ou o culto, ou o pastor, ou determinada pessoa que está lá nos cultos..."...o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo:O Senhor conhece os que lhe pertencem.E mais:Aparte-se da iniqüidade todo aquele que professa o nome do Senhor."(II Tim 2:18)"Ouvi outra voz do céu, dizendo: sai do meio dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos "(Apocalipse 18:4)Que Deus abençoe os irmãos com essa palavra.Rogo-te, irmão P., que leve também essas palavras para que a irmã I. as leia.Quero que saibam, irmãos, que a nossa comunhão é em Cristo Jesus; e que embora certas palavras possam parecer "radicais", são fundamentadas na Palavra, no suor e sangue de muitos irmãos do passado, e nos ombros de servos amados de Deus, que deram a vida para que nós possamos ser livres do jugo dos homens e da divisão.Se o Senhor permitir, quero ter comunhão com os irmãos, em qualquer ocasião.Um abraço muito sincero

domingo, 28 de novembro de 2010

Rompendo com as estruturas Religiosas- Silvio Maria

Rompendo com as estruturas Religiosas - A voz que clama no Deserto
Evangelho de João cap. 1:23:

“Então, ele respondeu: eu sou a voz que clama no deserto, endireitai o caminho do Senhor como disse o profeta Isaías.”

Amados irmãos, esta palavra é um alerta, esta palavra é uma advertência.
Esta palavra tem como objetivo levar os genuínos filhos de Deus a retornarmos ao Supremo propósito do nosso Deus.
A colocarmos Cristo Jesus, como o centro de todas as coisas e fazer-mos tudo conforme a sua vontade.

O texto do Ev. de Jo cap.1:23 nos diz que João Batista respondeu aos religiosos que ele não era o Cristo.
João confessou e não negou.
Ele disse, eu não sou o Cristo.
Então os sacerdotes e levitas disseram: declara-nos quem és! Então João respondeu e disse:
“Eu sou a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor.”

Eu já vou me antecipando e vou dizer-lhes que o que tenho visto pelo mundo todo é a prova que o Senhor nosso Deus esta preparando a sua igreja para o maior acontecimento da história, que é a vinda de Cristo Jesus o nosso amado Senhor. Tenho visto e ouvido de homens e mulheres que estão dando passos concretos para a completa Restauração de todas as coisas, conforme Atos 3.21.
E é por isso que vou me utilizar de João Batista para nossa reflexão.
Nenhum estudioso das sagradas escrituras poderá negar que a vinda de João Batista pôs fim a dispensação da lei.
A pregação de João Batista pôs fim a dispensação da lei e deu inicio ao evangelho da graça, deu inicio ao evangelho da nova aliança em Cristo Jesus.
João Batista com sua pregação deu início a nova dispensação do nosso Deus.

João Batista não pregava no templo santo.
João Batista não pregava dentro da cidade santa.
João Batista não pregava no templo santo e também não pregava na cidade santa, porque o sistema religioso de Jerusalém havia se corrompido.

É por isso que João Batista deu início à nova dispensação bíblica pregando no deserto.
Pregava de maneira rústica, pregava sem guardar nenhum velho preceito da lei, indicando que a velha maneira de adorar a Deus já havia sido rejeitada.
A verdade é que o nosso Deus estava começando algo totalmente novo.


É por isso que João Batista começa pregando em primeiro lugar o arrependimento.
Para este novo começo era necessário um arrependimento era necessário uma mudança no modo de pensar, no modo de ver e no modo de viver.
É assim que João Batista pregava:
“Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus.” Mt 3:2.

João Batista veio pregando arrependimento e a pregação de João Batista não foi algo casual, a pregação de João Batista foi planejada pelo nosso Deus mediante o profeta Isaías.
João Batista veio da parte do nosso Deus como profetizou o profeta Isaías, para aplainar e endireitar o caminho do Senhor.

A nação de Israel havia se afastado da verdadeira adoração, haviam deixado a obediência às leis do Senhor e se corromperam.
É neste quadro que Deus o nosso Deus envia João Batista, pregando o arrependimento. No meio da religião judaica, Deus levantou João Batista para romper com todas as estruturas religiosas, e conduzir o povo de Deus ao verdadeiro arrependimento.
Deus o nosso Deus ao dar inicio a nova aliança, ao rejeitar a aliança velha, aliança da lei, teve que romper com todas as estruturas religiosas, pois elas já não eram mais a sua satisfação, já não eram mais a sua alegria.
Amados irmãos, João Batista era sacerdote por nascimento, segundo os preceitos da lei.

João batista deveria vestir-se de linho fino da vestimenta sacerdotal.
João Batista deveria como sacerdote por nascimento alimentar-se da comida sacerdotal, especialmente da flor de farinha e da carne dos sacrifícios oferecidos a Deus pelo seu povo.

Agora ouçam bem: João, João Batista fez tudo ao contrário: João batista se vestia de peles de camelos.
João Batista comia gafanhotos e mel silvestre.
Isso tudo não correspondia a religião tradicional, não correspondia ao sistema religioso com toda sua pompa e sua liturgia.
Deus o nosso Deus usou João Batista como foi profetizado pelo profeta Isaías, para dar um profundo golpe na mentalidade daqueles dias.
Deus levantou João Batista para dizer que Ele, O nosso Deus havia rompido com a velha dispensação da lei. E estava iniciando algo totalmente novo. Foi um duro golpe para os religiosos daqueles dias.

Ele usa as coisas loucas deste mundo para confundir as sabias. João se vestia de pele de camelo, o camelo era considerado um animal imundo, animal impuro. João Batista pregava no deserto, abandonando completamente a velha dispensação que se havia corrompido.
Deus o nosso Deus levantou João Batista contra o sistema religioso orgulhoso, dos que se achavam superiores, eles achavam que tinham mais conhecimento das escrituras do que qualquer outra pessoa, mas com todo o conhecimento se degradaram es e corromperam. Não agradando o coração do Senhor nosso Deus.

Mas não era só isso, além de sacerdotes e levitas havia também os saduceus que é um tipo dos modernistas dos nossos dias que não crêem no poder de Deus, mas crêem nas suas engenhosidades para fazer a obra de Deus.
Encerro dizendo que estamos novamente próximos de uma nova dispensação.
A dispensação da grande tribulação.
É tempo de assim como João Batista que deu início a uma nova dispensação, assim também o Senhor nosso Deus tem levantado muitos servos para romperem com as estruturas religiosas.
O que tenho visto e ouvido não tem surgido no meio de líderes religiosos, não tem surgido nos templos, nas grandes catedrais, não tem surgido nos seminários não tem surgido com os teólogos, mas tem surgido no meio de almas insatisfeitas com a condição da igreja e com as estruturas religiosas que impedem a comunhão do povo de Deus e impedem a verdadeira adoração à Cristo Jesus como nosso Senhor.

É tempo de rompermos com as estruturas religiosas é tempo de darmos início a nova dispensação.
Esses que se espoem são aqueles que fazem da igreja um meio de vida. A igreja não é um meio de vida. O povo de Deus não é um meio de vida. O povo de Deus não é um meio de sobrevivência.

O padrão do nosso Deus, é que não pode haver desavenças no meio do seu povo, e não pode haver disputas no meio do povo de Deus. Graças ao Senhor nosso Deus, pois Ele mesmo esta despertando o coração do seu povo.
É tempo de acabarmos com as mentiras de satanás que diz que lá no céu vai ser maravilhoso. Não , não e mil vezes não, a unidade do povo de Deus é pra já é agora.
Eu pergunto irmãos:
Lá no céu tem pecadores que necessitam salvação?
O versículo 21 de João 17 nos diz:
“que eles sejam um”
“Para que o mundo creia.”
O que o Senhor esta dizendo é que a unidade dos seus discípulos aqui na terra, não nos céus, unidade é aqui na terra,
mostrará ao mundo que O Seu amor foi derramado em nossos corações.
Se lermos a nossa bíblia com atenção veremos que os homens realmente espirituais como os Apóstolos zelavam pela unidade do povo de Deus.
É tempo de rompermos com as estruturas religiosas.
É tempo de rompermos com os dogmas dos homens.
É tempo de rompermos com aqueles que não entram no reino de Deus e também não deixam outros entrarem.

Que o Senhor continue levantando homens, como João Batista com coragem para romper com as estruturas religiosas, que Deus abra os nossos olhos pois o tempo esta próximo.


Extraído do programa “Para onde vamos como Igreja em Alegrete ? “
Rádio Gazeta 1370 Khz
Alegrete RS

As Dez Marcas do Homem Carnal- Richard Baxter

Os sinais de um homem carnal são estes:

1. Quando um homem em seu desejo de agradar seu apetite, não faz isto visando um objetivo mais elevado, ou seja, a sua preparação para o serviço de Deus, mas somente para seu próprio prazer (claro que ninguém faz tudo conscientemente visando o serviço de Deus. Entretanto, uma vida gasta no serviço de Deus é ausente do prazer carnal, de maneira geral).
2. Quando ele procura mais ansiosa e diligentemente a prosperidade do seu corpo do que de sua alma.
3. Quando ele não se abstêm de seus prazeres, mesmo quando Deus os proíbe ou quando ferem sua alma, ou quando as necessidades de sua alma clamam que os deixe. Mas ele tem que ter seu prazer, não importa o que lhe custe; e é tão persistente nisto, que não o pode negar.
4. Quando os prazeres da carne excedem os deleites em Deus, Sua Santa Palavra e caminhos, e as expectativas de prazer infinito. E isto não só na paixão, mas na estima, escolha e ação. Quando ele prefere estar em um jogo, ou festa, ou outro entretenimento, ou adquirindo boas pechinchas ou lucros do mundo, do que viver na vida de fé e amor, que seria um modo santo e divino de viver.
5. Quando os homens fixam suas mentes em planejar e estudar para fazer provisão para os prazeres da carne e isto ocupa o primeiro lugar em seus pensamentos e lhe é prazeroso.
6. Quando eles conversam, ou ouvem, ou lêem mais coisas agradáveis à carne do que àquelas que deleitam o espírito.
7. Quando eles amam a companhia de pessoas carnais, mais do que a comunhão dos santos, nos quais eles poderiam ser exercitados no louvor ao Seu Criador.
8. Quando eles consideram que o melhor lugar para viver e trabalhar é onde eles podem satisfazer sua carne. Eles preferem estar onde têm coisas fáceis e onde nada falta para o corpo, do que em lugares onde têm muito melhor ajuda e provisão para a alma, apesar da carne ser atormentada por isso.
9. Quando ele está mais disposto a gastar dinheiro para agradar sua carne, do que para agradar a Deus.
10. Quando ele não acredita ou gosta de nenhuma doutrina exceto a "crença-fácil" (isto é, a fé que não requer obediência aos ensinos bíblicos) e odeia a mortificação, que classifica como "legalismo" muito rígido. Por estes sinais e outros semelhantes, podemos facilmente conhecer o homem carnal.

A síndrome dos últimos dias

A síndrome dos últimos dias
Extraído do site http://www.osirmaosnacidaderj.com.br/

Mat.12:38-40 “Então alguns escribas e fariseus disseram: Mestre, queremos ver algum milagre feito por ti. Ele, porém, replicou: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas. Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra.”
Esta é a triste realidade dos nossos dias. Muitos estão em busca de sinais e maravilhas; sinais estes que o próprio tempo reserva na manifestação do filho da perdição, pois, se são os sinais que motivam a fé, então seremos testemunhas oculares de um laço que cairá sobre todos os moradores da terra.
Esta necessidade vã em busca de sinais é bem retratada quando o povo de Israel experimentou a tristeza de ter a carne entre os dentes no episódio das cordonizes.
O povo de Israel presenciou sinais e prodígios feitos pelo Senhor inúmeras vezes, mas bastava uma pequena dificuldade, e logo esqueciam completamente do Senhor; e relembravam o conforto do Egito.
Se o Filho do homem não tinha aonde reclinar a Sua cabeça, o que realmente queremos para nós?.
Sempre nessa natureza caída, os homens vão buscar os seus próprios interesses,e seus lugares altos ,e com isso mergulhar numa profunda idolatria do ego, assim como Jó que pôde entender a sua real situação diante do Senhor e confessar sua abominação, palavra intimamente ligada a outra que é “idolatria” .
Se são ídolos, então o povo de Israel é mergulhado em Babilônia com seus milhares de ídolos.
São sinais? O exemplo se repetirá.
Graças ao Senhor por Sua palavra, pois o apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios declara: “Ora estas coisas lhes aconteciam como figuras, e foram escritas para advertência de nós outros, a quem os fins dos séculos têm chegado.” I Co.10:11
Quantos filhos de Deus que somente conseguem dar crédito a pessoa do Senhor através dos sinais e de uma experiência mística? Quanta propaganda feita por homens que colocam os sinais acima do poder da vida ressurreta , e mais ainda de própria palavra!
O evangelho de Mateus apresenta o Senhor Jesus como Rei, e, de certa forma, encontramos passagens que demonstram a operação de feitos miraculosos. Todavia aquela geração colocava as manifestações sobrenaturais acima da autoridade do único e verdadeiro messias .
Até mesmo o próprio João, o Batista, enviou dois dos seus discípulos para argüir se o Senhor era mesmo o Cristo (ungido). Em um momento de dura prova ele fraqueja e, nesse momento de tribulação, ele necessita de uma evidência para dar suporte a sua fé. Naquele mesmo instante o Senhor opera alguns sinais e responde:
“os cegos vêem”, Primeira menção, um contexto fisico em contraste com o espiritual; temos visão física mas, e quanto a nossa visão espiritual?
Segunda: “os coxos andam”. E nós? andamos atrás de que ou de quem?
Terceira: “os leprosos ficam limpos”. E quanto a nossa purificação?
Quarta: “os surdos ouvem”. Fato evidente nas cartas que foram enviadas as 07 igrejas da Ásia. Um fato muito sério e real nos nossos dias: ouvidos tapados, ouvidos incircuncisos e a ausência marcante da unção de Deus, que é o colapso do cristianismo atual.
Quinta: “os mortos são ressuscitados”. Completa ausência de uma vida de ressurreição.
Sexta:“evangelho sendo anunciado aos pobres”. Este outro ponto define a tragédia do evangelho que vem sendo pregado nos nossos dias com a falta evidente do testemunho de Cristo e ainda, uma ênfase nesse evangelho (apóstata) da prosperidade que tanto tem se proliferado com a semelhança daqueles gafanhotos devoradores retratado no livro de Joel, tragando tudo que vêem pela frente, ou seja os crentes buscando bênçãos no mundo e não no Senhor.
Na realidade buscamos realmente o que? Bênçãos? Ou a Cristo?
Por isso o maior milagre de Cristo em nossas vidas primeiramente é receber Dele visão espiritual (cegos) para podermos andar em Sua presença (coxos); e na presença Daquele que é Santo, ficamos purificados (leprosos) e os nossos ouvidos são abertos (surdos) para Sua voz e a vida de ressurreição (mortos) penetra em nosso ser com todo o poder e assim podemos manifestar o verdadeiro testemunho de Cristo. Este é o verdadeiro sinal, uma vida com testemunho.(evangelho pregado aos pobres)
A luz é para ser manifestada para os homens verem as boas obras, para que o Pai seja glorificado nos céus primeiramente, pois na terra Ele tem homens que receberam Dele dádivas, talentos e dons. Por isso somos responsáveis, pois todos haveremos de prestar contas daquilo que recebemos Dele.
Algum filho de Deus pode dizer que não recebeu talento Dele?
Este é o maior sinal de vidas convertidas a Cristo, não conversões psicológicas mas sim vidas ressurretas demonstrando o que tem aprendido na prática e não na teoria. O Senhor é muito mais que palavras Ele é vida manifestada em nosso espírito.
Sim, somente com visão espiritual a igreja estará apta para discernir e ser restituída de todo tempo perdido com seus brinquedos e assim poder, em realidade, andar na presença do Senhor, numa vida prática e procurar ser um sacerdócio santo, limpo e purificado, no exercício da ministração dos sacrifícios que são espirituais. Somente assim o Senhor receberá por meio de Cristo a glória e, desta forma, o exercício sacerdotal segue o seu curso com o sangue tocando o lóbulo da orelha direita.
Só assim podemos ouvir o Senhor e a vida de ressurreição é manifestada ao mundo e a proclamação do evangelho têm o seu fundamento específico: “Cristo!”
Se observarmos as escrituras, um fato marcante é a abundante graça que havia em todos os irmãos nos primeiros passos da igreja, graça esta abundante porque possuíam um só coração e uma só alma e tinham tudo em comum.
A busca por sinais para confirmar a nossa fé afetará a nossa vida cristã.
Não estamos aqui para anular os prodígios, todavia o que qualificava e qualifica um ministério verdadeiro não são poderes miraculosos, conhecimento bíblico, eloquência ou ministrações para saciar ouvidos que precisam ser coçados. Muita palavra com falta de realidade. Hoje temos expositores da palavra que mais parecem matemáticos, profundos nas suas teorias, e nesse emaranhado filosófico de cálculos e mais cálculos burlam o que é verdadeiramente o que é espiritual, construindo os assuntos mais absurdos, distraindo a igreja do verdadeiro foco, fazendo com que ela perca o alvo, fugindo completamente da simplicidade que há em Cristo.
O que a igreja necessita são de “homens cheios do Espírito Santo...”. Estevão era um deles e sabemos muito bem o que o Senhor fazia pelas suas mãos e também não podemos esquecer o preço que ele pagou com a sua própria vida.
Sim, esta é a palavra : “testemunho” que em sua raiz é “martírio”.
Oh! Como gostamos de citar Hebreus 11 “os heróis da fé”; realmente são heróis da fé, mas uma fé que não foi motivada por sinais e sim por testemunho, palavra esta que governa todo o texto.
Foi pela fé que os antigos alcançaram bom testemunho, começa o escritor.
Abel alcançou testemunho diante de Deus e Ele mesmo é o único que pode dar testemunho.
Ah! O Deus que dá testemunho da Sua própria obra em nossas vidas! Não precisamos nos preocupar, basta descansar Nele.
E o que diremos de Enoque, aquele que foi trasladado e não foi achado?.
Alguém procura por ele; assim é o mundo busca o que é verdadeiro quando já é tarde demais. Então Deus tem o Seu agrado em Enoque pois alcançou testemunho diante Dele e por este testemunho foi trasladado.
E termina dizendo que todos eles alcançaram testemunho pela sua fé, todavia não alcançaram a promessa.
Será que alguém gostaria de ser lançado em um lugar cujo significado do nome é “meu destruidor”? Este é o nome de Patmos. Que cenário! Um velhinho jogado em um lugar que é para destruir, mas destruir o que em João?.Ainda falta algo?.
Quando vemos João chorando porque não havia ninguém nem no céu, na terra ou debaixo da terra para abrir o livro e romper os sete selos então podemos entender o quão frágeis ainda nós somos.
João está em Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho.
Naquele momento espetacular onde encontramos a apoteose de Deus, na qual o propósito eterno de Deus é revelado diante da criação.
Diante daquela situação, por um pequeno momento, João esquece que existe alguém que é digno de abrir o livro, pois foi proclamado que nem no céu, na terra ou debaixo da terra ninguém poderia abrir ou até mesmo nem sequer olhar para o livro com os sete selos .
No entanto existe alguém que está acima de tudo e sobre tudo, é Ele que está acima do firmamento, sobre as cabeças de criaturas terríveis em aspecto e tremendas em sua função, criaturas que fogem a nossa imaginação, ou seja , os querubins que carregam o trono de Deus.
Quando os querubins, no livro de Ezequiel, olham sobre as suas cabeças vêem um trono sobre o firmamento e o Filho do homen está assentado nele. Ele está acima dos céus dos céus.
É o Senhor Jesus, como um cordeiro ensanguentado que abre e rompe os sete selos.
João não precisa mais chorar, chegará o dia em que será tirado dos nossos olhos toda lágrima e não haverá mais morte, pranto, choro e dor.
Quanto a isso não sabemos quantos querem pagar o preço do anonimato; assim como as estacas do tabernáculo; são as únicas peças que não aparecem. Todavia sem elas o tabernáculo não poderia ser sustentado; simples estacas, mas são feitas de bronze, o material que representa a justiça de Deus.
Quantos não tentarão usar o argumento dos sinais, todavia sem o testemunho diante do Senhor no Seu tribunal alegando que expulsaram demônios, que curaram e até profetizaram em nome do Senhor e terão que enfrentar a dura realidade da resposta solene do Senhor: “Eu nao vos conheço”, ou seja, no literal “Vocês nunca tiveram intimidade comigo”.
A ausência da profunda intimidade com o Senhor desqualifica completamente aquilo que fazemos; todavia o conteúdo permanece, ainda que seja em uma talha de purificação. O objeto é impróprio para armazenar vinho, não foi feito para isso, era usado para a purificação dos judeus em seus ritos.
Isso é o que somos; uma estrutura de ritos e cerimoniais. Como gostamos do formalismo, como enfatizamos tanto a evidência de sinais e não devemos também esquecer de uma busca desenfreada por sabedoria.
Deveríamos tão somente dar a devida atenção ao Uníco que tem valor em nós, que é a pessoa bendita do Espírito Santo. O que Ele realiza tem a Sua aprovação. Mas quanto ao vaso, está a responsabilidade do relacionamento íntimo.
Em outra passagem bíblica os discípulos estão atravessando o mar da Galiléia de uma banda para outra, a uma distância de menos de 15 kilômetros. Uma tempestade vêm sobre eles e naquele momento de provas e lutas, pois se passaram horas e todavia não tinham chegado nem na metade do caminho. E é evidente que qualquer um naquela situação estaria clamando em oração para cessar a tempestade.
O evangelho de Marcos relata que o Senhor vinha sobre as águas. Um prodígio e tanto para os nossos olhos! É nessa hora de prova que o Senhor permite revelar qual é o nosso ângulo de visão. Se perdemos a visão correta Dele, começamos a ver fantasmas em tudo; surge um desequilíbrio místico, começamos a buscar sinais em tudo.
As provas, muita das vezes, revela o nosso campo de visão, que pode estar turvo e embaçado. Já não distinguimos se são homens ou árvores, se é o Senhor ou um fantasma, pois estamos passando muito tempo crendo apenas em um Cristo de milagres e esquecemos que Ele é Rei, servindo como escravo, e é Deus, sendo Filho do homem.
È o Cristo que cura e também o que não cura, permanecendo Deus todo poderoso e soberano.
E o Senhor vendo a tempestade sobre os discípulos tem o desejo de passar adiante deles.
Oh! Quanto necessitamos aprender a confiar Nele, mesmo sobre uma dura tempestade, mesmo que não haja sinal algum, mesmo que Ele não esteja no barco, ou esteja dentro dele. Ele tem o controle de tudo, e o desejo Dele é que possamos enfrentar as provas sabendo que Ele vai a frente, mesmo que em algumas situações, seja no vale da sombra da morte. O pastor das ovelhas nunca vai atrás como se estivesse empurrando as ovelhas. Ele sempre conduz indo a frente de tudo, com a Sua vara e o cajado para nos proteger das feras deste mundo; não estamos sozinhos, e no Seu profundo amor e paciência, porque Ele tinha o desejo de passar adiante, então pelo temor dos discípulos, Ele retorna, entra no barco e acalma a tempestade.
Quando não reconhecemos o Nosso Senhor nestes momentos de prova, perdemos a oportunidade de avançar em um estágio importante da nossa vida cristã.
Até quando estaremos atrás dos sinais, de profetas, profecias e outras coisas mais que com nossa atitude anulamos o senhorio de Cristo?
Parece que damos mais importância ao milagre da água transformada em vinho na qual já não distinguimos mais se o vinho é bom ou não, pois estamos debaixo de uma embriaguês de conhecimento sem prática, anulando o Único que é dono e superior ao próprio milagre.
Por outro lado encontramos também homens na posição do noivo das bodas de Caná, que tomam para si toda a glória do milagre do vinho, com o seu silêncio diante da pergunta do mestre sala.
O Senhor Jesus enfatiza em Mateus que muitos fariam sinais e maravilhas e que se fosse possível, enganariam até os escolhidos.
A questão é vivemos pelos sinais?
Ou tão somente vivemos em busca de uma realidade espiritual profunda com o Senhor para que, nos momentos de crise, possamos tão somente confiar Nele, pelo que Ele é e não pelo que Ele faz.
Se Ele não faz, não importa. Ele continua sendo o mesmo.
Como aqueles três jovens diante da fornalha “Se o Senhor quer nos livrar do fogo, amém, senão amém”.
Quando o Senhor estava no horto, Pedro retira a sua espada e corta a orelha de Malco, todavia o Senhor fala que bastava pedir uma legião de anjos e que tudo estaria resolvido. Imagine você: apenas um anjo fez um destruição terrível no arraial dos filisteus, quanto mais uma legião!
Não são os sinais que devem governar a nossa vida, e sim Cristo!.
Haverá momentos em nossa vida que deveremos nos calar diante das situações e procurar descansar tão somente Nele.
Imagina se Paulo em Filipos reivindica sua cidadania romana. Por certo ele não seria preso. Mas ele não reivindicou pois era sujeito ao governo do Espírito Santo que sabia muito bem o que tinha em Filipos. No seu silêncio, juntamente com Silas são presos e açoitados, e quando estão louvando ao Senhor um grande tremor de terra abala as estruturas da prisão e acontece algo mais importante do que aquele poderoso sinal: temos a conversão do carcereiro e sua família. Nasce ali a igreja em Filipos. Quão grandemente abençoados somos hoje pelo silêncio de Paulo. Temos a carta aos Filipenses.
Somente em outra ocasião Paulo usa o direito de sua cidadania.
Há momentos que devemos nos calar e outros que devemos falar.
Necessitamos de uma vida governada pelo Espírito Santo.
Apenas um sinal, diz o Senhor referindo-se ao profeta Jonas.
Jonas tem a sua jornada no ventre de um grande peixe, mas o Senhor teve a Sua jornada nas entranhas da terra experimentando a morte.
E Ele, sendo Deus, passa pela morte, aguardando o chamado celeste do Pai para a ressurreição.
Este é o maior sinal.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

Por que não se cala?- Daniel Rocha

POR QUE NÃO SE CALA?

“Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei… cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria” Jó 33.31-33
Correu o mundo a resposta que o rei Juan Carlos deu ao ditador venezuelano Hugo Chávez numa cúpula de governantes quando este disparou a falar em momento inoportuno: “Por que no te callas?”.
Vivemos a época da verborréia, que é a quantidade excessiva de palavras para dizer coisas de pouco conteúdo. Políticos, pastores, apologistas de diversas crenças, e “marqueteiros” em geral querem “vender o seu peixe”, e a vida é transformada num grande mercado onde os grupos disputam quem grita mais.
Acabamos entrando nessa onda. Há um ímpeto de responder a tudo. Não há tempo de digerir o que nos foi dito, pois tudo merece resposta imediata. Ocorre a poucos seguir o preceito bíblico de deixar para Deus, o Justo Juiz, a resposta, e permanecer em silêncio. Que importante lição nos dá Jesus, que diante do Sinédrio testemunhavam falsamente contra Ele, “guardou silêncio e nada respondeu” [Mc14.61].
No mundo da fé, a palavra tem sido usada para desvirtuar, ludibriar, e confundir. Diante de um grupo que pregava falsos fundamentos na igreja, Paulo suplica a Tito: “É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância!” (Tito 1.11). Também balbucio isso diariamente!
Em tempos de confusão de ruídos, vozes e multidões falando, é imperioso ao cristão apertar a tecla “pause”. Sossegue. Desligue o rádio, o CD, não ouça mais nada até ouvir a voz do teu ser.
É preciso silenciar o ser para poder escutar o corpo, suas sensações, suas dores e tensões; escutar a alma gemendo, mas inaudível quando não nos desligamos dos ruídos; escutar o outro, sem nenhuma pressa. E o mais sublime: escutar Deus sussurrando ao nosso coração, escutar Deus falando nas entrelinhas das canções, falando através da natureza, e falando pela Sua Palavra – diretamente, sem intermediários.
Há uma diferença qualitativa entre “ouvir” e “escutar”. Escutar é mais do que ouvir, é perceber, é levar em conta, considerar e ponderar. Ouvir atua apenas no campo dos sentidos, mas quem escuta percebe até mesmo aquilo que não foi dito. Nem sempre o que ouve escuta, porque escutar exige silêncio interior. Como diz o poeta:
“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma” (Alberto Caeiro)
A verdadeira transformação do ser não vem de fora, vem de dentro, do interior para o exterior. Deixar de escutar a voz interior é continuar convivendo com a tensão dos conflitos internos – justamente por não serem percebidos.
O Eterno deseja tanto nos falar que Ele se refere ao seu povo como uma amada a qual leva para o deserto, e lhe fala com ternura ao coração (Os 2.14). Deserto, lugar de prova, de silêncio, de solidão, de esvaziamento, lugar ideal para abandonar as ilusões. Mas é também no deserto que se ouve a voz das tentações. Ali é o espaço para o demoníaco manifestar suas intenções: “tudo te darei se prostrado me adorares” (Mt 4.9). Quem suporta esse tempo de silêncio e abandono sai dele fortalecido, não mais dominado pelas futilidades, nem pelas fantasias e obsessões. Seus fantasmas são deixados para trás.
“Somente em Deus ó minha alma, espera silenciosa…” [Sl 62.1]. É no silêncio que Deus fala, é no silêncio da noite, enquanto dormimos, que Deus age. Quando o Senhor quis se mostrar a um depressivo Elias escondido na caverna, primeiro veio um vento forte, depois um terremoto, e depois um fogo, mas o Senhor não estava em nenhum desses elementos poderosos. Finalmente, um “cicio tranqüilo e suave”. E lá se encontrava o Eterno.
Agora, o mais importante não é falar a Deus. É hora de escutar Deus. “Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei… cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria” (Jó 33.31-33). Há muita gente vivendo desatenta de Deus, absorta e mergulhada em seus afazeres, idéias e projetos. Deus deseja falar-lhes, mas eles acham que têm coisas mais “importantes” a fazer.
A voz de Deus num coração silencioso e atento traz repouso, um apaziguamento da alma. É o estado da simplicidade total, de quem aprendeu a descansar o olhar, e não anda à procura de grandes coisas, mas fez calar e sossegar a sua alma.
Por que não se cala?

O Que Realmente Importa- Daniel Rocha

Extraído do site preciosa semente



Há muito poucas coisas na vida que realmente importam. E saber reconhecê-las é prova de sabedoria. Por isso eu creio que não seja possível saber o exato valor das coisas enquanto a alma não for banhada pela luz que vem do Alto. Ou seja, se o Eterno não tocar profundamente o nosso coração, e não mudar os nossos olhos, teremos uma existência marcada por constantes erros de valores.

A ausência de Deus na vida do homem o impulsiona a gastar-se por “nada”, a lutar por “coisa nenhuma” e a se enriquecer com “contas de vidro”. É famosa a história do desbravador Fernão Dias que no século XVII se embrenhou pelo interior obcecado pela beleza das esmeraldas e morreu apertando entre às mãos um punhado de pedras verdes, que imaginava serem aquelas, quando na verdade tratava-se de um mineral sem grande valor.
Há muita gente com os olhos vidrados correndo atrás do vento, correndo atrás de prestígio, de reconhecimento, agarrados às coisas que imaginam serem preciosidades, e de repente os anos passam, a vida é perdida, e o prazer se esvai entre os dedos….
Conta-se que um milionário texano encontrou uma freira no Pacífico cuidando de leprosos, e lhe falou: -“Irmã, eu não faria isso por dinheiro nenhum do mundo”. E ela respondeu: -“Eu também não meu filho, eu também não”. Ela possuía a paz e a serenidade de alguém que descobriu o que realmente importava.
Não saber o que de fato importa na vida é perder-se em frivolidades, em sensibilidades, é se machucar por nada. Uma jovem médica infectologista foi trabalhar com pacientes terminais contaminados com o HIV. Questionada sobre o que isso mudou em sua vida, ela disse: -“Aprendi a me alegrar com as pequenas coisas… e perdi a paciência de lidar com pessoas que reclamam de tudo na vida”. Assim como ela também acabou minha paciência em lidar com cristãos mimados presos à futilidades.
Valorizar as pequenas coisas… não foi isso justamente o que Jesus veio nos ensinar? Ao homem que queria construir celeiros para armazenar sua produção, e passar o resto de seus dias comendo, bebendo e regalando-se, Ele chama de “louco” (Lc 12.20). Também é pedagógico o texto em que um jovem rico se aproxima do Mestre e pergunta o que precisa fazer para herdar a vida eterna. Jesus, olhando para ele, o amou e lhe propôs: “Uma coisa ainda te falta: vai vende tudo o que tens e dá aos pobres” (Mc 10.21). O jovem, sem dizer palavra, retirou-se dali triste, pois possuía muitas propriedades.
Que fique claro: o problema não está em possuir bens ou dinheiro, mas Jesus conhecia aquele coração e queria mostrar-lhe que o seu apego aos bens materiais deturpava-lhe a visão correta da vida, e por isso pediu a ele uma renúncia. Aquele jovem precisava resolver essa questão existencial. O mesmo vale para nós: o que precisamos renunciar?
“Marta, Marta, andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa…” (Lc 10.42).
Somos as “Martas” de hoje que correm, se fatigam, vivem ansiosas, necessitam de remédios para dormir – pois não conseguem se “desligar”…. Somos as Martas que transformaram a simplicidade da vida em uma busca sôfrega de “mais e mais”, aliados a uma preocupação excessiva com tudo que se refere ao amanhã.
Em sociedades competitivas como o Japão as crianças são incentivadas desde cedo a se destacarem. E a escola deixou de ser lugar de aprender, mas de competir. Tragicamente isso tem provocado as maiores taxas do mundo em suicídio infantil.
Edwin Aldrin foi o segundo astronauta a pisar no solo lunar, logo após Neil Armostrong. Ao retornar, a pergunta que ouviu de seu pai foi: “Por que você não foi o primeiro?”. Depois disso sofreu de depressão e alcoolismo por dezoito anos.
Creio que todos concordamos que não há maior prazer que “comer, beber e gozar do fruto do trabalho”, como ensina Eclesiastes. Mas o homem simples de fé reconhece que tudo isso “vem da mão de Deus, e separado Dele ninguém pode se alegrar verdadeiramente”. Ou seja, separado de Deus tudo perde o seu valor.
O Evangelho nos remete a uma nova forma de viver. Lançar um novo olhar é fundamental para a compreensão do exato valor das coisas. Para o Evangelho, o mais importante não é ser o primeiro, nem ter o melhor salário, ou obter maior reconhecimento….
Peça para o Pai lhe mostrar o que realmente é fundamental em sua vida. Você vai ficar surpreso ao descobrir que se trata de coisas simples às quais, quem sabe, nunca se importou de verdade.
Poucas coisas são necessárias para uma existência feliz. Espero que você faça as melhores escolhas.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

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