domingo, 16 de fevereiro de 2014

A APOTEOSE DO CORDEIRO
  Extraído do Blog Aproximação ao Apocalipse, Cap 24

“Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra”. Apocalipse  5:6.

COMO UM FILHO DO HOMEM, O REI DA GLÓRIA

Irmãos; vamos continuar com a ajuda do Senhor em sua presença, a consideração deste livro que nos faz bem-aventurados.
Bem aventurado todo aquele que ouve as palavras deste livro do Apocalipse, e as guarda. Hoje chegamos à consideração do capítulo 5. No capítulo 4 vimos a descrição sumária do apóstolo João a respeito da cena celestial; uma cena que era necessário apresentar para que os seguintes capítulos da revelação tivessem um maior sentido. No capítulo 4 nos descreveu o trono de Deus com seus vinte e quatro anciãos, os quatro seres viventes, a adoração da criação à Deus por causa de Sua criação. No capítulo 5 também temos adoração, já não somente a Deus, mas também ao Cordeiro, e já não somente pela criação, mas também pela redenção. Este capítulo 5 é extremamente importante; e para entendê-lo, devemos recordar aquelas passagens que na introdução desta seção estivemos vendo; e quisera eu que comecemos primeiro, em Daniel 7, onde em poucas palavras nos resume algo que aqui com muito mais detalhe nos descreve. Há frases que de maneira sintética nos dizem o assunto central e logo nos detalham em outros lugares como neste caso de Apocalipse. Em Daniel 7:13, diz o profeta: “13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. 14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído”. Esta visão aparece no capítulo 7 de Daniel, onde Deus lhe mostra outros reino, outros impérios que aconteceriam na história da humanidade, como o da Babilônia, representado por aquele leão; como o do Medo-Pérsa representado por aquele urso; como o da Grécia representado por aquele leopardo; como o de Roma representado por essa besta, a qual no final saem dez chifres dela e dentre os quais surge um chifre blasfemo referindo-se ao anticristo; ou seja, do que foi o império romano surgiria a situação atual dos reino dentre os quais está gerando um governo mundial. Mas logo aparece um reino estabelecido Por Deus, um reino dos Santos do Altíssimo; e o curioso é que ao referir-se a esse reino, Daniel não apresenta somente a segunda vinda, mas apresenta a ascensão e a segunda vinda em conjunção. Por isso vos rogo que olhem comigo de novo ali o verso 13: “Olhava eu na visão da noite, e eis aqui com as nuvens do céu vinha um como um filho do homem, que veio (não diz até a terra, não diz até o monte das oliveiras, a não ser) até o Ancião de dias, (ao Pai) e lhe fizeram aproximar-se diante dele”. Quando o senhor Jesus depois de morto e ressuscitado subiu aos céus, a vista de suas testemunhas, seus discípulos, uma nuvem lhe cobriu e da nuvem Ele foi à mão direita do Pai. Então aqui quando aparece nas nuvens do céu, Ele aparece vindo até o Ancião de dias. Claro que depois da mão direita do Pai, Ele também virá nas nuvens e das nuvens recolherá a seus escolhidos nas nuvens e virá também com todos os Santos à terra; mas esta vinda nas nuvens que aparece aqui em Daniel 7:13, começa com a ascensão; o reino do Senhor começa da ascensão. Já em sua vida pública já estava o rei, mas estava em suas provas; já passou as provas, então ressuscitou e ascendeu, subiu às nuvens e voltará nas nuvens a continuar estabelecendo seu reino aqui na terra; mas Ele já subiu nas nuvens, já foi à mão direita do Pai e já se sentou, e como disse o Senhor Jesus: “Toda potestade me é dada nos céus e na terra” (Mt.28:18); Ele subiu para receber toda potestade. Como em uma das parábolas Ele disse que se foi longe a receber o reino (Lc. 19:12); ou seja, Ele recebe o reino à mão direita do Pai e ali já exerce o reino; como diz em Hebreus, já vemos ele coroado de glória e majestade; seu corpo está sendo preparado para segui-lo nesta posição e vencer como Ele venceu e assentar-se com Ele como Ele se assentou com seu Pai tendo vencido.

Mas a questão chave é esta: Ele morreu, ressuscitou e ascendeu e foi apresentado, diz o verso 13, e lhe fizeram aproximar-se diante do Ancião de dias; o Filho diante do Pai. E o que aconteceu quando o Filho foi recebido em glória? “7 Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória. 10 Quem é esse Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória” (Sl. 24:7,10). Ele recebeu do Pai, glória e honra, para que todos honrem ao Filho como honram ao Pai. Neste capítulo 5, vamos ver como aquela adoração que se dirigia a Deus assim que divindade, agora é também dirigida ao Cordeiro assim que Verbo encarnado, como homem, para que todos honrem ao Filho como honram ao Pai.

No capítulo 4 está como se honra ao Pai; no 5 está como se honra ao Filho como ao Pai. Os versos 13 e 14 de Daniel 7 resume o desenvolvimento dos selos e como os selos continuam com as trombetas e as trombetas continuam com as taças. Diz Daniel: “14 E foi dado domínio, glória e reino”; como disse Jesus: toda potestade me é dada nos céus e na terra; e como disse São Pedro, e como disse São Paulo: foi feito Senhor e Cristo. Quando o apóstolo Pedro, tendo curado a um coxo na porta Formosa, se reuniu muita gente e ele pregou, entre as coisas que ele disse à multidão disse: é necessário que o céu o receba, que o céu retenha o Filho do Homem, ao Senhor Jesus, até que cheguem os tempos da restauração de todas as coisas (At. 3:21); ou seja, Ele ascendeu e é necessário que se assente à mão direita do Pai, como diz o Salmo 110, até que todos os seus inimigos lhe sejam postos por estrado de seus pés. Então, o que vamos ver no desenvolvimento de Apocalipse 5 e Apocalipse 6 onde aparecem os selos, e logo em sua continuação as trombeta e as taças, é este desenvolvimento que aparece aqui resumido: veio um como um Filho de homem, que veio até o Ancião de dias, e foi dado reino, etc. e seu reino sem fim; ou como diz: foi feito Senhor e Cristo; ou também: “Sente-se à minha direita até que ponha seus inimigos por estrado de seus pés”. A maneira como Deus submete ao Filho todas as coisas, é a que aparece no desenvolvimento dos selos com a continuação das trombetas e as taças.

Vamos ler uma expressão de Paulo pelo Espírito Santo em 1 Coríntios 15:22: “22 Porque assim como em Adão todos morrem, também em Cristo todos serão vivificados”. Vem falando da vitória sobre seus inimigos, onde o último inimigo é a morte; em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados; quer dizer, todos os inimigos e até o último serão vencidos em Cristo. “23 Mas cada um em sua devida ordem: Cristo, as primícias; (Cristo é as primícias da ressurreição, da vivificação; foi o primeiro em ressuscitar de entre os mortos em incorrupção para nunca mais morrer, em glória) logo os que são de Cristo, em sua vinda”. Aqui o apóstolo não faz divisões de sua vinda, somente fala de sua vinda e que os que são de Cristo serão vivificados em sua vinda; refere-se à segunda, claro. “24 Logo o fim, (aí se refere ao reino do milênio e à Nova Jerusalém) quando entregar o reino ao Deus e Pai, (mas agora fixem-se nas frases seguintes) quando tiver suprimido todo domínio, toda autoridade e poder. 25 Porque preciso é que ele reine até que tenha posto a todos seus inimigos debaixo de seus pés. 26 E o último inimigo que será destruído é a morte”. Então nos damos conta de que Ele ascendeu. Filho, sente-se à minha direita, até que ponha todos seus inimigos por estrado de seus pés. Então, o Filho se sentou para que todos seus inimigos, e o último, a morte, sejam-lhe submetidos. Por isso Ele diz: quando tiver suprimido todo domínio, toda autoridade e poder. Por isso lemos em Daniel, que diz: tirou poder e autoridade daquelas bestas; embora lhes permitiu vida por um pouco mais de tempo, mas lhes tirou seu poder, sua autoridade.

Quando o Filho ascendeu, todo poder nos céus e na terra foi dado, Ele já o tem. Ele já está em glória e majestade, Ele já está reinando, a Ele já foi dado o reino, Ele já é o Senhor, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, Ele é o que move todos os fios da história e Ele está movendo-os neste sentido. Filho: sente-se à minha direita, até que ponha todos seus inimigos por estrado de seus pés. O que o Senhor está fazendo é revelar, mostrar, expor seus inimigos e derrotá-los. Toda a história da ascensão, até a segunda vinda de Cristo, é uma exposição de seus inimigos para ser derrotados e submetidos sob seus pés. Então, sente-se para isto. É necessário que Ele reine, até que tenha submetido todos seus inimigos. Este "que Ele reine", refere-se à ascensão. Ele ascendeu, veio nas nuvens, chegou até o Pai, porque subiu e uma nuvem o recebeu, apresentou-se ante o Pai e foi dado todo poder, toda autoridade. Isso que está em versículos resumidos tanto aqui em Daniel, como em outras passagens que mencionamos, está detalhado em Apocalipse 5, Apocalipse 6, continua com o 7, com o 8, desenvolvido com as trombetas e as taças.

UM POUCO DE CRÍTICA TEXTUAL

Com esse pano de fundo, vamos ler Apocalipse 5. Primeiro, façamos uma leitura corrida para aproveitar e fazer as correções de crítica textual, tendo comparado os manuscritos mais antigos, porque vocês sabem que Reina Valera se apóia no códice 1 que fez Erasmo, que é um códice tardio. Como o Apocalipse é tão delicado que não se pode adicionar nem tirar nada, devemos procurar ir aos códices mais antigos, mais confiáveis. Enquanto leio, pois, vou fazer as cotações de crítica textual para ajustar esta tradução que é tardia, a uma versão dos manuscritos mais antigos e logo voltar sobre nossos passos e examinar o que temos lido: “1 E vi na mão direita do que estava sentado no trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. 2 E vi um anjo forte que apregoava à grande voz: Quem é digno de abrir o livro e desatar seus selos? 3 E ninguém, nem no céu nem na terra nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem mesmo olhá-lo. 4 E chorava muito”. A palavra “eu”, não aparece nos manuscritos mais antigos, mas por subentender-se, alguns escribas posteriores acrescentaram-na. “4 E chorava muito, porque não se achou a ninguém digno de abrir o livro, nem de lê-lo, nem de olhá-lo. 5 E um dos anciãos me disse: Não chore. Eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de David, venceu para abrir o livro e desatar seus sete selos. 6 E olhei, e vi que no meio do trono e dos quatro seres viventes, e em meio dos anciãos, estava em pé um Cordeiro como imolado, que tinha sete chifres, e sete olhos, os quais são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”. Na expressão “os sete espíritos”, a palavra [sete] colocam-na os críticos textuais entre parêntese quadrados, posto que ao compará-los manuscritos mais antigos, uns dizem sete e outros não o dizem; então não há maneira de saber qual dos dois textos é o seguro; se o que disser: os sete espíritos ou o que diz os espíritos. Os manuscritos, inclusive os mais antigos se dividem; uns dizem os sete espíritos, outros dizem os espíritos, de maneira que os que têm que tratar estas questões com todo cuidado puseram a palavra sete, mas a puseram entre parêntese quadrados para explicar que alguns não o dizem e outros sim o dizem, e não se sabe qual dos dois é o mais antigo. “7 E veio, e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono. 8 E quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos se prostraram diante do Cordeiro, todos tinham cítaras, (a palavra é kítaras, cítaras) e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos Santos”. Aqui no verso 9 e no verso 10 é onde devemos ter mais atenção à tradução, segundo os mais antigos manuscritos: “10 E cantavam um novo cântico dizendo: Digno é de tomar o livro e de abrir seus selos; porque você foi imolado, e com seu sangue, os (com ele, a eles, a expressão é autou [αυτου] em grego) redimiste para Deus, de toda linhagem, língua, e povo e nação; 10 e os (com ele) fez para nosso Deus reino e sacerdotes, e reinarão sobre a terra.” É o texto mais puro, repito: “porque tu fostes imolado e com seu sangue os redimiste para Deus, de toda linhagem, língua e povo e nação, e os tem feito para nosso Deus reino e sacerdotes, e reinarão sobre a terra.

 11 E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes e dos anciãos e seu número era miríades de miríades e quilíades de quilíades, (aqui o resumiram dizendo: milhões de milhões; no grego diz: miríades de miríades e quilíades de quilíades) 12 que diziam a grande voz: O Cordeiro que foi imolado é digno de tomar o poder, as riquezas, a sabedoria, a fortaleza, a honra, a glória e o louvor. 13 E a tudo criado que está no céu e sobre a terra, e debaixo da terra, e sobre o mar; (epi, sobre o mar) e a todas as coisas que neles há, ouvi dizer: Ao que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, a honra, a glória e o poder, pelos séculos dos séculos. 14 Os quatro seres viventes diziam: Amém; e os vinte e quatro anciãos se prostraram sobre seus rostos e adoraram ao que vive pelos séculos dos séculos”.

A ADORAÇÃO AO CRIADOR E AO REDENTOR

Como dizíamos no início, a adoração a Deus aqui já não é só pela criação, mas pela redenção, e é uma adoração a Deus e ao Cordeiro, para que todos honrem ao Filho assim como honram ao Pai.

Vocês podem ver a comparação, quando vemos, por exemplo, no capítulo 4:8, onde aparecem os seres viventes, dizendo: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus Todo-poderoso, que era, que é, e o que há de vir”; e logo estes anciãos dizem o que diziam no versículo 11: “Senhor, digno é de receber a glória e a honra e o poder porque você criou todas as coisas, e por sua vontade existem e foram criadas”. Vocês vêem que aqui a adoração é ao Criador; a honra, o poder, porque por sua vontade existem; você criou todas as coisas e por sua vontade existem e foram criadas; mas fixem-se em que no capítulo 5, a adoração aparece do verso 9: “Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto”; aqui é pela redenção. “e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação; 10 e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.”; e logo todas aquelas multidões no verso 12, dizem: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. Aqui agora é ao Cordeiro, ao Filho. Honrem ao Filho como se honra ao Pai e honra-se-lhe pela redenção.

“13 Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, (junto ao Pai e ao Filho, a Deus e ao mediador Jesus Cristo homem; conjuntamente) seja o louvor, (igualmente, ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o mesmo louvor, a mesma) e a honra, (a mesma)  e a glória e o (mesmo)  e o domínio, pelos séculos dos séculos”.

Então, irmãos, vocês podem ver que os quatros seres viventes diziam: Amém, ou seja, os mesmos seres celestiais estavam de acordo; todo o céu, toda a criação representada nos seres viventes reconhecendo que ao Filho terá que ser dado também a glória junto com o Pai. Isto foi uma revelação absoluta, uma coisa impossível de sofrer para os judeus e os muçulmanos que não conheceram ao senhor Jesus; mas, irmãos, aqui se vê a diferença entre o capítulo 4 e o 5, e se vê como o Filho é entronizado.
Voltemos agora com mais minúcia, voltando nossos passos do versículo 1 do capítulo 5. Primeiro no 4 havia descrito o trono, mas não tinha mencionado nada de um livro; tinha mencionado ao que estava no trono, sua semelhança, os outros anciãos, os seres viventes, a adoração, etc., mas não havia dito nada de um livro; mas aí havia um livro; de repente a atenção do João foi dirigida a um livro: “1 E vi na mão direita (na mão direita, ou seja que significa o poder, a potência do Senhor como Todo-poderoso, onipotente, que pode fazer o que Ele quiser) de que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos”. Esses livros eram em forma de cilindro, não eram livros em forma de códice, pois isto foi uma modalidade que os cristãos introduziram: o livro no formato de códice; o formato era de cilindro; então esses cilindros se enrolavam e saía um selo que correspondia a uma parte, seguia outro selo, seguia enrolando-se e outro selo, havia sete selos; o livro estava escrito por dentro e por fora. É muito interessante que o livro não está escrito só por dentro, mas sim também está escrito por fora, como aquele cilindro que viu o profeta Ezequiel. Não sei se vocês recordam. Podemos ir ali em Ezequiel capítulo 2. Vocês vão ver que ali também a Ezequiel foi mostrado um livro dessa maneira.

Aí Deus está falando com profeta. Em Ezequiel 2: 8 lhe diz: “8 Mas você, filho do homem, ouça o que eu te falo; não seja rebelde como a casa rebelde; abre sua boca e come o que eu te dou. 9 E olhei, e eis aqui uma mão estendida para mim, e nela havia um rolo de livro.

10  o estendeu diante de mim, e estava escrito por diante e por detrás; (que é o que diz aqui por dentro e por fora) e tinha escritas nele, lamentos e lamentações e ais. 1 Me disse: Filho do homem, come o que achaste; come este rolo de livro, e vê e fala à casa de Israel”. É o mesmo o que depois foi dito a João, que tinha que comer o rolo de livro da profecia desse livro; o rolo de livro era escrito por diante e por detrás, ou seja, por dentro e por fora. É muito interessante isso, porque nos mostra como se fosse dois aspectos da revelação: uma primeira aparência é por fora e um sentido místico interior, que é por dentro. O livro é escrito por dentro e por fora; há algo que se vê à primeira vista e algo mais que se vê um pouco depois que se aprofunda.

UM LIVRO SELADO ATÉ O TEMPO DO FIM

Vemos o livro em Apocalipse 5: “selado com sete selos”. Em outras ocasiões Daniel não entendeu o que Deus lhe falou nas profecias; inclusive nessas profecias que era toda uma história que lhe contava, a culminação do plano de Deus; Daniel não entendeu, e lhe disseram: “Mas você, Daniel, fecha as palavras e sela o livro até o tempo do fim” (Dn. 12:4). Quer dizer que o que estava escrito neste rolo de livro de Apocalipse 5, era um mistério; ninguém a não ser Deus, conhecia. Deus tinha em seu coração um propósito, um programa. Quando Deus disse: “Façamos ao homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine ele sobre os peixes do mar, as aves dos céus, as bestas, em toda a terra, e em todo animal que se arrasta sobre a terra” (Gn. 1:26), Deus revelou um propósito eterno que Ele tinha, mas o homem caiu; esse reino que conteria e expressaria a glória de Deus ficou detido, e qual seria a maneira para que esse reino pudesse dar-se e o propósito de Deus pudesse cumprir-se? Então, Deus teve que adiantar aos poucos um plano de salvação, lhes revelando de pouquinho: sacrificou um animal, cobriu com as peles a Adão e a Eva, e logo foi prometendo que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente e logo resultou que a semente da mulher seria também semente de Abraão, e seria também da tribo de Judá, e seria também um descendente de Davi e que morreria na cruz, que ressuscitaria e que reinaria; ou seja, que Deus foi adiantando pouco a pouco, abrindo pouco a pouco seu propósito; mas se não tivesse sido por Cristo, ninguém teria sido salvo, ninguém saberia para que existimos, ninguém poderia concluir com Deus o propósito que Ele tinha quando nos criou. De maneira que não havia ninguém digno de entender o programa de Deus.

Do que tratava este livro? Quando o vemos aqui selado com sete selos, vamos responder o mesmo que respondeu João quando olhava a todas as partes; ninguém era digno de abri-lo, nem de lê-lo, nem sequer de olhá-lo. Quando nós vemos ali somente um livro selado com sete selos, ficamos com a mesma incógnita, com a mesma desesperança com que ficou João. Graças a Deus que Cristo trouxe para luz a vida e a imortalidade e deu a conhecer o programa de Deus, o propósito de Deus, e revelou o que estava no livro; e quando nós vemos o que estava nesses selos e vemos como se vão desenvolvendo e no que terminam, quando todos esses selos são abertos, vemos que a culminação é a instauração do reino de Deus e de seu Cristo; então o que esses selos continham era o programa de Deus, ou como lhe chama no Novo Testamento, a economia de Deus, as etapas, o que Deus faria, o que Cristo faria, o que o Pai faria nos céus e na terra para que no final o reino de Deus fosse plenamente estabelecido.

Aqui neste livro O Senhor começa a nos mostrar como primeiro, ninguém era digno de abrir o livro; logo o Cordeiro abriu o livro; logo vamos ver como foi abrindo selo por selo e vamos vendo que nos mostram esses selos abertos e ao final vemos no que termina tudo, para levar adiante seu propósito eterno e à economia divina, o programa de Deus, para que no cumprimento dos tempos se dê o reino de Deus como Ele o quis, com o homem corporativo e glorificado, desde antes da fundação do mundo, e quando no princípio disse: Façamos ao homem para isto, isso vai ter cumprimento quando os livros forem abertos efetivamente pelo Cordeiro de Deus. Então, a abertura do livro trata do plano de Deus, pelo que Deus faz. Quando Deus disse: Filho, sente-se à minha direita e eu vou fazer algo, vou pôr debaixo de seus pés todos seus inimigos. É necessário que você reine até que tenha suprimido toda potência, reino e nação e até a morte, aqui vemos que o Cordeiro é o que recebe do Pai, o domínio, o reino, a capacidade de abrir o livro e o programa de Deus começa a desenvolver-se.

Quando lemos a história universal à luz destes sete selos abertos pelo Cordeiro, entendemos que o Pai tem a seu Filho à mão direita, que esteve trabalhando, que nada escapou de sua mão, que Ele dirige toda a política da terra, todas as guerras, todos os acontecimentos, terremotos; não há nada que lhe escape de seu controle e que Ele está utilizando todas as coisas para submeter aos pés de Cristo todas as coisas para que logo seu Filho entregue o reino ao Pai. Isso é a grandes traços o que significam estes selos; depois temos que vê-los um por um. “2 E vi um anjo forte que apregoava a grande voz: Quem é digno?” Aqui a pergunta é extremamente séria, a pergunta é por dignidade. “Quem é digno de abrir o livro e desatar seus selos?”; ou seja, quem é digno de cooperar, ver o propósito de Deus e levá-lo a cumprimento? Quem é digno de desatar os selos do livro, quem é digno de fazer que o que está oculto no plano de Deus tenha cumprimento e se desenvolva? Quem é digno? E houve um tempo para que se apresentasse qualquer candidato e não sabemos quanto foi esse tempo, mas o fato é que ninguém nem no céu, começa pelo céu; no céu não havia nenhum digno, nem na terra, nem debaixo da terra. Também havia pessoas debaixo da terra, porque a Bíblia fala de pessoas debaixo da terra; ninguém podia abrir o livro, ou seja, trazer para luz a cumprimento do programa de Deus, para que o propósito eterno de Deus se cumpra, a economia de Deus no cumprimento dos tempos, seja estabelecida com Deus em seu reino. “4 E chorava muito”; claro, este era João; e deve ter sido um bom tempo para tomar consciência da indignidade; ninguém, nem anjos, nem sequer querubins, nem anciãos, ninguém era digno de entender o que era o que Deus tinha em seu coração e como Deus vai levar a cabo; ninguém era digno e Ele deu tempo à criação para pronunciar-se, e João não chorou um pouquinho, chorou muito. “4 E chorava muito porque não se achou ninguém digno (nem sequer ele, João) de  abrir o livro, nem de lê-lo, nem de olhá-lo”. Nem olhá-lo, Meu Deus! “5 E um destes ancião me disse: (aí se prova que João não era destes anciãos, ele está em outro plano) Não chore”. Mas o deixou chorar um tempo porque era necessário tomar consciência da indignidade das criaturas para trazer adiante o plano de Deus; só um no céu e na terra, que é seu Filho, seu Verbo, é o que pode cumprir o plano de Deus.

O ÚNICO DIGNO

“Eis aqui que o Leão da tribo de Judá, (usando a profecia de Jacó a Judá, aqui fala do Leão da tribo de Judá) a raiz de Davi”.

Embora Cristo seja chamado de o Filho do Davi, aqui neste caso não aparece como Filho de Davi, porque aqui é questão de dignidade.

Quando vai se falar de profecia, sim claro, no tempo cronológico, Ele é o Filho de Davi, mas aqui se está falando da dignidade Dele, a raiz de David; Ele é antes de Davi; era o Espírito de Cristo o que fez viver a Davi no qual Davi viveu em vitória e profetizar o que profetizou; era Cristo em Davi profetizando, por isso aqui lhe chamam a Raiz de Davi e não o Filho de Davi. “A raiz de Davi, venceu”.

Para abrir o livro teria que ter vencido uma prova. Houve uma prova nos céus e muitos anjos caíram, e houve uma prova na terra e todos os homens caíram, exceto um homem, o Verbo de Deus que veio como um menino, fez-se homem e se chamou Jesus, o Cristo do Presépio, o Nazareno. “venceu (que interessante!) para abrir o livro e desatar seus sete selos”. Em outra parte diz que morreu e ressuscitou para ser Senhor. Aqui diz que venceu para abrir o livro e desatar seus sete selos; ou seja que há uma relação: abrir o livro e desatar seus sete selos é assenhorear, é sentar-se à mão direita do Pai e começar a exercer da mão direita do Pai uma autoridade nos céus e na terra para submeter todas as coisas, derrubar todo domínio, toda potestade, toda outra rivalidade, toda outra cabeça que se levante. Por isso, naquela parábola o Senhor diz que quando aquele homem, aquele rei, foi receber seu reino, veio, e quando voltou, chamou a seus servos, passou a seus servos pelo tribunal de Cristo, deu-lhes seu respectivo galardão ou seu castigo, e disse: e os que não queriam que eu reinasse decapite diante de mim (Lc. 19:11-27); ou seja que ficaram sem cabeça os que queriam ser cabeça em lugar da única Cabeça legítima; a única Cabeça legítima é o Senhor Jesus. Ele se sentou à mão direita e a história está expondo a soberba do homem; pessoas que pretendem ser cabeça; aí o último vai ser o anticristo, que vai ser o mais soberbo, e Deus está expondo para então derrubá-lo; exatamente, derrubá-lo e até a morte, até o último inimigo. O que está fazendo o Senhor à mão direita do Pai? Expondo e derrubando; sobe um império e cai, sobe outro império e cai; todos falando contra Cristo, apresentando outras idéias, apresentando outras propostas, e Deus lhes dá permissão por um tempo, e sobem e caem; sobem e caem; todos os reinos vão caindo. Sobe Babilônia, cai; sobe Média e Pérsia, cai; sobe a Grécia, cai; sobe Roma, cai; sobe este mundo atual e cai; sobe a outra besta fazendo cair fogo do céu sobre a terra e mandando às pessoas fazerem uma marca e também cai; sobe o anticristo e também cai. O diabo tem permissão depois dos mil anos de reunir as pessoas, e cai; todos caem. Então vem a ressurreição, primeiro a dos justos, logo a de todos para ser julgados, e também todos caem; ou seja, Ele era o único digno de levar a cumprimento o propósito de Deus, a economia divina. Continua dizendo: “venceu”; não foi um presente, não, “venceu”; foi uma luta, foi uma prova para abrir o livro; o que Deus queria por fim o obteve com alguém, com seu próprio Filho, e agora pela graça de seu Filho Ele introduz nessa graça aos que a recebam, deu-lhes poder também de serem feitos filhos de Deus e entrar na prova do reino para reinar com Cristo.

“6 E olhei, e vi que no meio do trono (no meio do trono) e dos quatro seres viventes e em meio dos anciãos, estava em pé um Cordeiro como imolado, (a palavra no original grego, dá a idéia de ser recém imolado, porque aqui Ele acabava de morrer, ressuscitar e ascender, e por isso não era somente como imolado, a não ser recém imolado) que tinha sete chifres, e sete olhos, os quais são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”. Interessante que aqui é o Cordeiro que foi imolado o que aparece com a plenitude do poder; os sete chifres representam na Bíblia o poder. No mundo aparece a besta com dez chifres; Alexandre Magno como um chifre que se quebrou e saíram outros quatro chifres; os chifres significam autoridade, significam o poder; mas aquele a quem Deus lhe dá a plenitude do poder, ou seja, que tem sete chifres, é o Cordeiro.

Diz: porque lhe deu potestade sobre toda carne para que dê vida eterna aos que lhe deu.

Cristo tem todo poder. Toda potestade me é dada no céu e na terra: sete chifres. Também seu reino, que está representado pela Igreja, apareceu em sete períodos representados em sete candeeiros, porque a igreja por agora é o âmbito do reino de Deus, do reino dos céus; por agora é a Igreja. Daí que apareça o Cordeiro com sete chifres. “E sete olhos, os quais são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”. Interessante que quando pela primeira vez aparecem estes sete olhos são designados como os olhos de Jeová.

Leiamo-lo em Zacarias 4:10: “Os que menosprezaram o dia das pequenas coisas se alegrarão, e verão o prumo na mão de Zorobabel. Estes sete (porque recordem que foi mostrado um candeeiro com sete lâmpadas resumindo a obra do Senhor) são os olhos de Jeová, que percorrem toda a terra”. Recordem que no capítulo 3 tinha aparecido no versículo 9: “Eis aqui aquela pedra que pus diante de Josué"; essa era uma figura, Josué sumo sacerdote, uma pedra que ia ser esculpida, assim como a Igreja vai ser edificada e está diante de Cristo; Ele é o Sumo Sacerdote real. O verdadeiro Josué é Cristo que edificará a Igreja tipificada por esta pedra a ser esculpida diante de Josué. “9 Aquela pedra que pus diante de Josué; sobre esta única pedra há sete olhos; eis aqui eu gravarei sua escultura”. Deus está olhando o objetivo de Deus, que  é esculpir essa pedra. Deus tem um objetivo e toda sua atenção está centrada no objetivo de esculpir essa pedra, que é edificar a casa de Deus, o corpo de Cristo; “e tirarei o pecado da terra em um dia”. Quando a igreja for edificada, então o pecado será tirado da terra em um dia, que para o Senhor é como mil anos; no milênio será tirado o pecado da terra. “10 Naquele dia, diz Jeová dos exércitos, (esse dia é o milênio) cada um de vós convidará a seu companheiro, debaixo de sua videira e debaixo de sua figueira”.

Estes sete olhos que aparecem aqui como de Jeová, aqui em Apocalipse aparecem no Cordeiro; como quem diz: o Cordeiro é o veículo e a representação exata que não fica em nada pequeno ao próprio Deus. Jeová que é o que realiza sua obra, é o que tem os sete olhos, é o que vê tudo, é o que entende tudo, é o que está concentrado no que está fazendo, em seu propósito, e agora aparece isso mesmo, mas no Cordeiro; o Cordeiro é o agente que representa perfeitamente a Deus, que entende; por isso é o Superintendente universal; sete olhos; e diz aqui que esses sete olhos são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra; quer dizer, Deus vê, mas não somente para entender, a não ser para dirigir, para infundir; às vezes com um só olhar entendemos o que terá que fazer; os olhos não são somente para olhar, são para que entendamos o que temos que fazer. Esses olhos são espíritos enviados por toda a terra, o Espírito de Deus em sete, para realizar o propósito divino.

RECONHECIMENTO, EXALTAÇÃO E ADORAÇÃO AO CORDEIRO

Apocalipse 5:7: “E veio, (como dizia ali em Daniel, que fizeram-lhe aproximar-se diante Dele, como quem diz: passa, é você o que merece fazer isto) e tomou o livro da mão direita do que estava sentado no trono”. Agora sim os céus e a terra saberão para que existe o universo, o que era que Deus queria e como vai levar isto por meio deste Ungido, este Cristo, o único Cristo, seu Filho, o Cordeiro recém imolado, mas ressuscitado, ascendido e glorificado. “E tomou o livro da mão direita do que estava sentado no trono. 8 Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes (os que representam a criação) e os vinte e quatro anciãos (aquele sacerdócio angélico) prostraram-se diante do Cordeiro”. Até aqui durante todo o tempo de sua existência imemorial na cronologia celestial, eles se tinham prostrado diante de Deus, que é, que era e que há de vir. Como que diante de um homem? Mas aqui pela primeira vez se prostram diante de um homem; já Deus o tinha adiantado quando na visão da glória de Deus apareceu um como semelhante ao Filho do Homem, sentado em um trono como de safira sobre os querubins.

 Aqui aparece este Homem. “8 Logo que tomou o livro, (não foi coisa pequena tomar o livro; isto é algo muito grande) os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”. Vêem aqui todas as súplicas dos Santos pedindo do Senhor sua graça, pedindo ao Senhor sua ajuda, que o Senhor os conduza a ser vencedores, que os conduza a poder cooperar com o Senhor; agora tudo isso tem sentido; sem o Cordeiro todas as súplicas ficavam sem resposta, mas agora estes anciãos que são anjos ministradores apresentam essas taças de ouro cheias de incenso. Assim como tomamos um tempo para ver a Arca do Pacto, outro tempo para a mesa dos pães da proposição, outro tempo para o candeeiro, precisamos tomar um tempo para o altar de ouro e o incensário; possivelmente em um acampamento se Deus permitir. Mas aqui aparecem, irmãos, as orações como incenso.

Vocês sabem que o incenso está composto de várias coisas: de incenso mesmo que é à parte, mas ao incenso puro era acrescentado estoraque, que é uma espécie de mirra; unha aromática, que é uma espécie de casca de ovo de um animal; também gálbano, que é uma resina, e todas não é que cheirem muito bem, não cheiram muito bem, cheiram a morte, representam a morte de Cristo em nossas orações; esses elementos que acrescentam ao incenso são elementos sagrados. Nenhuma oração vem como incenso sozinho; o incenso traz as espécies; ou seja, unidos em Cristo é que nós vamos à presença de Deus. Esses três elementos: estoraque, unha aromática e gálbano que são as espécies que se põem ao incenso, representam os três distintos aspectos da morte de Cristo; mas o incenso representa a ressurreição de Cristo, e é porque Ele morreu e ressuscitou que em seu nome podemos nos apresentar na presença de Deus e receber de Deus resposta. Graças a Deus que o que Deus queria também foi pedido pelos Santos e também foi pedido no nome único em que se podiam responder as orações. “ tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. 9 E cantavam um cântico novo”; este é novo; até aqui eles não tinham cantado isto; até aqui sabiam que Deus os tinha criado, mas não sabiam o que tinha começado com esses homens perversos; mas derrepente eles venceram, o único, o Cordeiro que os redimiu, e agora eles se prostram ante o Cordeiro e cantam um cântico novo no céu; no céu se ouve um cântico novo, um cântico de redenção; agora Deus é louvado e o Cordeiro pela redenção. “ Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto”. Aí está, sobre a base de seu sacrifício até a morte, porque se humilhou ao máximo, Deus também o exaltou ao máximo e lhe deu um nome que é sobre todo nome para que no nome de Jesus, o Senhor, se dobre todo joelho nos céus, na terra e debaixo da terra; e aqui tudo isto se inicia; já João o vê culminado depois uns versos mais adiante. “Digno é de tomar o livro e de abrir seus selos; porque você foi imolado, e com seu sangue os redimiste para Deus”. Agora Deus pode ter o que queria. Quando disse: Façamos ao homem, um homem corporativo, a nossa imagem, que o leve a Ele, a nossa semelhança, e que reine, que assenhoreie, um rei; agora é possível graças ao Cordeiro. “Redimiste-os para Deus, (não só redimidos para salvar do inferno, mas também para Deus, para que vivam, já não vivam para si, a não ser para aquele que morreu e ressuscitou por eles; que os sujeita ao Pai) de toda linhagem (graças a Deus, toda linhagem; Deus não exclui a ninguém, sempre haverá um remanescente, até nos povos mais terríveis) e língua e povo e etnia; (a palavra “nação”, aqui é “etnia) 10 e os tem feito para nosso Deus...”; já é considerado como um fato, “reino e sacerdotes”.

Por isso Jesus disse na cruz: “está consumado”; para Deus não há mais necessidade de esperar que as coisas que já foram feitas no espiritual, se concretizem no natural. “10 E os tem feito para nosso Deus, reino (a palavra aqui não é “reis” em plural, mas “reino”, porque todos os reis juntos formam um reino) e sacerdotes, e reinarão sobre a terra”. Por fim, o que Deus havia dito: “Façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e assenhoreie nos peixes do mar, nas aves dos céus, nas bestas, em toda a terra, e em todo animal que se arrasta sobre a terra”, ao fim, “reinarão sobre a terra. 11 E olhei, e ouvi (o que vimos e ouvimos) a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e seu número era miríades de miríades e quilíades de quilíades, 12 que diziam em grande voz: O Cordeiro que foi imolado...”.

Que precioso! Todo o céu reconhecendo; o reconhecimento começa no céu, mas termina também na terra. Pai, que se faça sua vontade aqui na terra como se faz no céu (MT. 6:10).

 Aqui começa no céu; até aqui só o céu, muitos anjos, seres viventes, anciãos, “miríades de miríades, quilíades de quilíades, 12 que diziam em grande voz: o Cordeiro que foi imolado é digno (isso é o que se perguntou, quem é digno?) de tomar o poder, (outros têm o poder, o diabo o roubou, desonraram ao Pai, mas agora há alguém que tomará; é digno de tomar; então o que é o que vai fazer o Cordeiro quando começa a abrir os selos? Em cada selo que abre acontece uma coisa; isso que acontece quando abre os selos, é a maneira Dele tomar o poder) as riquezas, a sabedoria, a fortaleza, a honra, a glória e o louvor”.

Tudo isso começou no céu, mas agora João viu o efeito porque João está nos lugares celestiais, não está no tempo da cronologia natural, a não ser na cronologia celestial. Primeiro viu os seres celestiais, mas agora ele também viu a terminação de tudo isto, porque isto se desenvolve por etapas, isto já foi conseguido aqui, e as etapas culminarão nisto que foi conseguido. “13 Ouvi também a toda criatura (já não somente os anjos) que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem (João viu o cumprimento, o que poderíamos dizer na linguagem dos profetas e de Pedro pregando em Atos, a restauração de todas as coisas, a todos, todas as coisas que há nestas coisas criadas) Ao que está assentado no trono, e ao Cordeiro, (ao Pai e ao Filho junto) seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos (os eons dos eones). 14 Os quatro seres viventes (aqueles que tinham adorado primeiro e ouviram logo às criaturas, a todas as criaturas na restauração de todas as coisas, adorar ao Senhor) diziam: Amém; (eles concordaram) e os vinte e quatro anciãos se prostraram sobre seus rostos e adoraram ao que vive pelos séculos dos séculos.” João estava vendo o que Ele merece; até debaixo da terra se confessará Seu nome, como o diz Filipenses 2: “10 Para que no nome do Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra; 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor”.


Irmãos, o 5 é um capítulo da apoteose do Cordeiro. A única apoteose legítima, a única que é digna de permanecer eternamente; toda apoteose dos homens ou dos demônios está destinada a ser decapitada, a ser destruída; até que tenha suprimido toda autoridade, potência, todo outro nome que se nomeia e estabelecer o único nome. Que todos honrem ao Filho como honram ao Pai, porque o Pai ama ao Filho e lhe mostra todas as coisas que faz. Só Ele sabia isso, o Pai assim que Deus, mas o Cordeiro venceu como homem; como Deus Ele sabia tudo, mas como homem Ele cresceu, aprendeu e foi digno, e lhe revelou a maneira como submeter todas as coisas. Agora o Cordeiro está à mão direita do Pai; tudo o que está acontecendo é o desenvolvimento destes selos que vamos ver, mediante Deus, na próxima ocasião; é a história. A história está resumida nestes selos; a história, seus princípios básicos, da ascensão de Cristo está resumida. Se os historiadores estudassem quais são os princípios da história? Há grandes historiadores como Arnold Toynbé, um famoso historiador que escreveu como sete volumes de estudos sobre a história, tratando de descobrir quais eram as leis da história pelas quais se desenvolviam, cresciam e caíam as civilizações; tratando de estudar a história e descobrir o fio condutor; isso não o puderam fazer os historiadores, mas neste livro dos selos aparecem os princípios que dirigem a história, quem é o que governa a história e para onde vai a história; a submeter-se ao Filho, para que o Filho submeta ao Pai todas as coisas; essas são as forças que se movem na história e cujos princípios aparecem aqui nestes cavalos quanto à história deste mundo e no que acontece ao outro lado depois. Mediante Deus depois vamos nos deter mais nisto, mas isto é já a continuação e o mesmo marco da ascensão de Cristo, do reino de Cristo, do governo de Cristo sobre a história, do sentido da história à luz do trono do Filho de Deus. Vamos orar irmãos, agradecer ao Senhor que possamos entender a história de maneira cristã à luz do trono de Deus e do Cordeiro?

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

 A OUTRA BESTA

Extraído do blog Aproximação ao Apocalipse, postagem de em Fev 2014.

E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão”. Ap. 13:11.

Comentários de crítica textual

Vamos abrir a palavra, irmãos. Hoje com a ajuda do Senhor chegamos já na segunda parte do capítulo 13 de Apocalipse. Apocalipse 13:11-18. Vamos fazer, como costumamos, uma leitura inicial desta versão de Reina-valera, revisão de 1960*, e realmente são poucos os ajustes ao texto grego que terá que se fazer aqui; de todos os modos façamo-lo. “11 E vi ( em Reina-valera ao invés de “E vi” se lê “depois vi”)  subir da terra outra besta”; a palavra que aqui se traduziu “depois”, realmente é a palavra “kai” que quer dizer: “e” ou “também”, ou “igualmente”; aqui ao se traduzir “depois”, dá a impressão como se cronologicamente fora uma continuidade; realmente a palavra é simplesmente  “kai”, ou seja, “e”: “11 E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão. 12 Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença; e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. 13 E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; 14 e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava (a palavra poderia ser traduzida com mais exatidão: “extravia”) os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia”.

No verso seguinte, que vamos ler, o tradutor resumiu para ser um pouco mais estética a tradução, porque o apóstolo João utiliza três vezes a expressão “a imagem da besta”; assim completa neste versículo; aqui na primeira vez disse a frase completa; depois disse só “imagem”, depois se referiu a ela através do artigo “a adorassem”; mas João foi totalmente explícito; João citou três vezes “a imagem da besta”. Diz Reina-valera de 1960: “15 Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.”; o que João disse no grego foi: “lhe Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta”; a palavra “fôlego”, mais exatamente é “espírito”, é a palavra “pneuma”; no sentido mais íntegro é “ infundir espírito à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse”; volta e acrescenta “para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.”; a frase final: “e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Ele volta a mencionar pela terceira vez: “a imagem da besta”).

E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, 17 para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

 Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule (a palavra é literalmente “calcule”, faça a conta) o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”. Assim dizem os mais antigos e a maioria dos manuscritos; uns pouquíssimos manuscritos, um de Ticônio, outro do códice C e alguns outros minúsculos dizem: seiscentos e dezesseis, mas os mais antigos todos dizem: seiscentos e sessenta e seis. A razão pela qual dizem seiscentos e dezesseis é por causa de Nero; quando se diz Neron Kaiser; quando se somam as letras com seu valor numérico tanto em hebraico como no grego, Neron Kaiser , ou seja o César Nero, dá seiscentos e sessenta e seis; só que em latim não se diz Neron com n, mas se diz Nero; ao faltar a letra n, dá seiscentos e dezesseis. Por isso alguns  dos manuscritos, muito poucos, dizem seiscentos e dezesseis; quando Ireneu existia acontecia isso; porque ele é muito próximo à João, porque Ireneu foi discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo de João; já no tempo do próprio Ireneu, em seus próprios escritos, diz que algumas cópia de manuscritos erradamente diziam seiscentos e dezesseis, mas ele, que tinha falado com os que conheceram João, que foram Policarpo e Papias, ele sabia que era seiscentos e sessenta e seis. Assim dizem a maioria dos manuscritos e os mais antigos. De todas as maneiras é bom que os irmãos saibam que alguns poucos dizem seiscentos e dezesseis; certamente para adaptá-lo à codificação de César Nero em latim, porque em hebraico dá certo, em grego dá certo; em latim dá só seiscentos e dezesseis. Como Ticônio escreveu em latim, ele fez essa adaptação assim. Então, irmãos, isto era o comentário de crítica textual, crítica baixa,  não é verdade? Crítica textual, ou seja, do texto.

Relação de Apocalipse e Daniel

Agora, passemos a considerar a exegese do que estamos vendo. nos lembremos em primeiro lugar de que esta passagem se encontra na segunda parte de Apocalipse. A primeira parte apresenta o esqueleto básico, que vai do capítulo 1 ao capítulo 11; e logo, do capítulo 12 até o 22, que é a segunda parte, começa a dar os detalhes do que na primeira parte se mencionou à grandes traços. Já a besta que sobe do abismo foi mencionada no capítulo 11, na passagem  das duas testemunhas; mas pode ser que alguém ficará sem saber qual é esta besta que sobe do abismo; então na segunda parte entra já com mais detalhe a descrever esta besta. Eu tinha recomendado aos irmãos, que para que pudéssemos entender melhor Apocalipse, que estudássemos o livro de Daniel, porque as figuras que aparecem no livro do Apocalipse têm seu início em Daniel. Apocalipse é o último livro da Bíblia; não o último que se escreveu, porque realmente João escreveu primeiro Apocalipse quando estava em Patmos, e logo, quando retornou a Éfeso, escreveu o evangelho e as epístolas; mas João é o que termina toda a Bíblia. Todos os outros escritores foram anteriores a João; João foi o último escritor inspirado, e de fato o Apocalipse é o livro que culmina a Bíblia. Havemos dito que a Bíblia sem Apocalipse seria uma história sem conclusão; o Apocalipse é o que dá conclusão  à Bíblia, e tudo o que aparece em Apocalipse tem seu início no resto da Bíblia, de Gênesis até o final.

Conotações da palavra “a besta”

De maneira que este assunto das bestas, para se poder entender em Apocalipse, temos que considerar Daniel. Vocês recordam que em Daniel capítulo 7 aparecem quatro grandes bestas que saem do mar. Uma primeira besta representando ao império babilônico, aquele leão com asas de águia, os caldeus e os assírios, as duas asas do império babilônico; logo veio uma segunda besta semelhante a um urso que se elevava mais de um lado que do outro, que são os medos e os persas, porque os persas eram mais fortes que seus aliados os medos; uma terceira besta semelhante a um leopardo, o império grego, ao que lhe saíram quatro asas, porque ao morrer Alexandre o grande, ele dividiu entre seus quatros gerais o reino; e a quarta besta de Daniel 7 era uma besta terrível, que se refere ao império romano; e diz que dessa quarta besta saíram dez chifres, e no meio desses dez chifres saiu um chifre blasfemo que falava grandes coisas, que pensou em trocar os tempos e a lei, que perseguia os Santos do Altíssimo; ou seja, é o anticristo, o filho de perdição, o homem de pecado, ou a besta, como lhe chamam.

Vejamos que, quando se fala da palavra “a besta”, tem uma conotação muito mais ampla; a besta significa todo esse império, toda essa civilização, claro que encabeçada por um personagem; então sempre que falamos da besta temos que levar em conta dois aspectos: o aspecto de civilização, o aspecto de império, e necessariamente junto com os dois, o aspecto do emcabeçamento desse império; ou seja, a besta é todo o império.

Estas quatro bestas são, pois, 1) o Império Babilônico; mas lógico, o império babilônico era encabeçado por Nabucodonosor, logo por Nabonido, logo por Evil-Merodak ou por Belssazar; então o rei da Babilônia encabeçava o império babilônico; 2) o mesmo passava com o Império Persa, Ciro encabeçava o império persa, depois Cambises, depois Esmerdis Bardilla, depois Dario Hispastes, depois Xerxes, depois Artaxerxes; mas todos eles eram o rei da Pérsia; 3) o mesmo passou com a Grécia; o império grego é toda uma civilização, mas o que encarnava a direção do império grego era Alexandre o Grande, esse primeiro chifre que foi quebrado e saíram quatro em seu lugar, os quatro generais de Alexandre, que dividiram o império) o mesmo passa com o Império Romano; o império romano foi que muitos séculos; o império romano foi o que mais durou; a quarta besta de Daniel 7 era a besta mais terrível, mas os Césares: Julho César, César Augusto, Tibério, Calígula, Claudio, Nero e todos os outros que vieram depois, são o império romano. Depois veio o Papa e ocupou o lugar que antes ocupavam os imperadores, ou pelo menos pretendia a autoridade de ungi-los.

Origem do supremo pontificado de Roma

Constantino se fez cristão, transladou-se para Constantinopla, e um dos sucessores de Constantino, que se chamou Graciano, ele renunciou à coroa imperial no sentido do título religioso de supremo pontífice; o supremo pontificado da Babilônia tinha sido herdado pelos reis de Pérgamo; tinham chegado à cidade de Pérgamo onde estava o trono de Satanás; ali se adorava a serpente queue se chamava Esculápio; e logo o título de supremo pontífice, o mesmo que tinha passado da Babilônia à Pérgamo, passou ao imperador romano, e o imperador romano era o supremo pontífice; todos foram herdando. Quando o imperador Graciano, sucessor de Constantino, não imediato, recusou o título de supremo pontífice, então Dâmaso, bispo de Roma, assumiu esse título para si mesmo; de maneira que o supremo pontificado da Babilônia, que passou à Pérgamo e aos Césares de Roma, continuou através do papado; e de fato o papado romano não é hoje como era no passado; o papado foi também político. Todos os Estados Pontifícios tinham seus exércitos, pretendia nomear,  inclusive, aos reis, e inclusive, a um imperador, Henrique IV, da França, tratou de tirar-lhe a obediência dos súditos, até que o imperador teve que se humilhar ante o Papa romano, e descalço pedir perdão a Gregório VII, o Papa Hildebrando; ou seja que Roma, pelo papado e os imperadores, a prostituta sobre a besta, segue em continuação à identidade da antiga besta; e dessa quarta besta saem os dez chifres, que é a mesma situação na estátua de Daniel 2, que são os dez dedos da estátua. A cabeça de ouro corresponde ao leão, a primeira besta; os peitos de prata correspondem ao urso, a segunda besta; o ventre e as coxas de bronze da estátua, correspondem ao leopardo alado, a Grécia; e as duas pernas de ferro da estátua corresponde a Roma, uma besta horrível; mas das duas pernas de ferro saem dez dedos, mescla de ferro com barro, que se chama em Daniel um reino dividido; não é ele quem chama assim; ele recebe isso de Deus; um reino mas dividido, ou seja, a situação do que antes foi o império romano convertido agora em uma multidão de países, mas fazendo alianças entre si;  ele chama de “um reino”; ainda que sejam muitos, porque se aliarão mas não se unirão; entretanto, é um reino. Essa é a situação atual, mas que se projeta a dominar o mundo inteiro; e como na vez passada dizíamos, já no projeto da constituição do planeta terra está dividido o mundo em uma federação de dez setores, e esses dez setores conformando o governo do mundo; é um desenvolvimento.

Os Estados Unidos na profecia

Daniel nos diz que são só quatro bestas, e que depois receberão o reino os Santos do Altíssimo; ou seja que os dez chifres e o anticristo se consideram como a prolongação ou o desenvolvimento da quarta besta de Daniel capítulo 7. Quando vamos ao Apocalipse 13, o que estudamos na vez passada do verso 1 até o verso 10, vimos como todas essas coisas que caracterizavam às bestas anteriores como o leão, como o urso, como o leopardo, aparecem mescladas e sintetizadas na besta final; tinha boca de leão, tinha pés de urso, tinha corpo de leopardo; e víamos que é a influência e a síntese, o ecletismo das civilizações anteriores juntas para a parte final, para o governo final. A besta final será uma síntese de todo o humanismo, de todo a contribuição das civilizações humanas mescladas em um governo mundial; mas então a gente diz: Senhor, se nós, por tantas coisas que estão acontecendo, damo-nos conta de que seu reino está realmente perto, Israel já está outra vez em sua terra, o sistema do 666 já está bem adiantado, as coisas já estão “no ponto”, então o que acontece com o resto da civilização? Que lugar tem na profecia? Já vimos que a China tem seu lugar nos reis do Oriente; ali estão os reis do Oriente, ali está a China, pode ser Vietnã, pode ser o Japão, Camboja, o extremo Oriente; vemos que a Rússia já está lá, Europa está, o rei do sul também está, está o mundo muçulmano, inclusive o terceiro mundo associado, Venezuela associado com o mundo muçulmano através do petróleo, a OPEP; vemos o Ocidente, mas e quanto a América? Quanto aos Estados Unidos? o mundo ocidental? Será que não há lugar nenhum? Um império tão grande como o que é hoje em dia os Estados Unidos, e não tem lugar na profecia? será que Deus não sabia nada disso?

Mas olhem o que diz aqui. Estamos em Apocalipse 13:11; justo no capítulo 13. Estados Unidos da América nasceu com o número 13 desde o começo: 13 estados, as 13 estrelas, as 13 raias iniciais da bandeira; se você olhar o dinheiro dos Estados Unidos, ali aparece o selo dos Estados Unidos; aparece aquela águia com 13 flechas, com 13 plumas; o número 13 sempre identificou aos Estados Unidos; e claro que quando João escreveu, ele, pois, escreveu sem capítulos, mas quando o que ele escreveu se dividiu por seções, caiu justamente no número 13 esta outra misteriosa besta.

Então olhem o que diz aqui: “11 E vi outra besta”; além do império mundial que vem da antigüidade no oriente médio e Europa, ou seja, o velho mundo, além disso, Deus lhe mostrou outra besta. Disse-lhes no princípio que deverá se levar em conta os dois aspectos: o aspecto de império, que é o da besta, e o aspecto da liderança, que é o rei. Porque aqui vamos ver primeiro o aspecto da besta, ou seja, o aspecto imperial, o aspecto político; já mais adiante veremos que esta besta se identifica com o falso profeta.

O aspecto imperial da besta da terra

Aqui no capítulo 13, A esta outra besta com chifres de cordeiro que fala como dragão não é chamada ainda de “o falso profeta”; aqui está se falando sobre o aspecto imperial; já no capítulo 16 aparece essa trindade satânica: o dragão, a besta, e o falso profeta, que deles saíam três espíritos imundos para reunir a todos para a batalha do Armagedom; levar os reis da terra para reuní-los para pelejar contra Cristo. Já no capítulo 19 aparece outra vez o falso profeta que fazia sinais diante da primeira besta. Percebemos, pois, de que esta segunda besta que aparece aqui em Apocalipse 13 é o mesmo falso profeta; só que há um aspecto imperial, e há também um aspecto final que será encabeçado por um personagem. Assim como a besta foi muita gente, mas no final será o anticristo, uma pessoa, assim também esta outra besta é um império mas no final será uma pessoa; será como dizer: o João Batista do falso Cristo, do anticristo; como João Batista foi o que preparou o caminho à Cristo, assim o anticristo que se fará passar por Cristo de Deus e se sentará no templo de Deus como Deus, ele também tem seu precursor, que lhe prepara o caminho que é o falso profeta; mas o falso profeta está identificado com esta segunda besta que aparece aqui em Apocalipse 13.

Então vamos nos deter no que nos diz desta besta, primeiro no aspecto imperial, e olhemos se não foi assim e se agora mesmo ante nossos olhos não é assim a história. Diz: “11 E vi outra besta que subia da terra”; subia já não do mar como as outras, mas sim da terra. As pessoas que estão no mundo, as nações, são consideradas como o mar, mas o Senhor nos tira; a Igreja são os tirades do mar; e aqui aparece esta outra besta, este outro império, mas este outro império já não é o velho mundo, este outro império já não é Babilônia, já não é Pérsia, já não é o Egito, nem Assíria, anteriores a Babilônia, nem tampouco é a Grécia, nem tampouco é Roma, porque esses já estão aqui na primeira parte de Apocalipse 13; é outro império que está diante dele, associado com ele, seu aliado; são os Aliados do Ocidente; Deus o vê aqui: “E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão”. Vemos que esta besta era supostamente cristã; aparentemente era uma civilização cristã; as outras eram abertamente pagãs, mas aqui aparece um império que parece ser cristão, com dois chifres de cordeiro; e o que é que surgiu no Ocidente depois do desenvolvimento que houve na Europa? surgiu a Inglaterra e surgiu os Estados Unidos; isso é o que veio depois da civilização ocidental européia. O que surgiu depois deles e frente a eles, e ao lado deles, e trabalhando juntos e trabalhando agora para um governo mundial? O que surgiu? O império anglo-americano, os ingleses e os americanos; eles não são católico romanos; eles dizem que são protestantes, dizem queue são cristãos, mas essa é uma cristandade nominal, não é um verdadeiro império cristão. Os chifres são de cordeiro, mas fala como dragão, ou seja é pseudo-cristão; por isso se chama esse personagem que encabeçará a parte final “o falso profeta”. Aqui não aparece ainda como o falso profeta; aqui fala da besta; terá que se comparar com as outras bestas que sempre foram impérios, foram reino; e claro, dirigidos por uma pessoa.

Ocidente prepara a plataforma do anticristo

“12 Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença”. Aqui vemos que é outro império, outra civilização que surge frente à que havia; a que havia, a final, era Roma; depois de Roma sobrevém o reino dividido, a situação atual do Ocidente, e na presença do Ocidente surge a outra; uma frente à outra, e não brigando, não; associadas; a Aliança do Ocidente, a aliança ocidental com a América. Note como diz: “Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença”. Aí está a outra, está a Europa, está a Comunidade Européia, preparando-se já para colocar seu personagem, mas junto com eles à frente, associados, está esta outra besta, supostamente cristã, mas que fala como dragão, que tem o mesmo objetivo globalista de pôr a plataforma ao anticristo; aparece aí, “e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.”; ou seja, a primeira besta. A outra besta, a que prepara o ambiente da globalização para o anticristo, e isso não é o que vemos com nossos próprios olhos agora? de onde é que surge esse assunto do código de barras para controlar primeiro os mantimentos, as mercadorias, mas logo às pessoas? Quem são os que estão dirigindo tudo? Não é o Ocidente? Não é o Ocidente o que lidera isto? e lidera em conivência com a Europa Ocidental. Diz: “e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.”. Significa que o Ocidente, tanto a Europa como a América, é o que está preparando a plataforma do anticristo; é uma preparação; primeiro a nível que já se vê muito claro, digamos, imperial, de civilização; mas aparecerá um personagem final que dirigirá isto para o campo religioso; isto é uma mescla do econômico, do político e do religioso.

antes de que possa haver o religioso tem que haver um instrumento de coesão, porque Satanás não vai ser adorado opcionalmente, não; quem não o adorar vai perder a cabeça; mas então antes de que se possa forçar o sistema religioso, tem queue se preparar algo político; os dez chifres têm que dar autoridade à besta; este falso profeta  tem que preparar, fazer que a terra o adore; mas antes de que se possa dar o político, tem queue se dar o econômico; não se poderá comprar nem vender; ou seja, através de um acerto econômico forçarão uma unidade política, e quando já a economia forçar a política, virá o religioso; porque através da abertura econômica, através das novas realidades econômicas se necessitam entidades políticas que se adaptem à nova realidade da inter-relação econômica, da globalização; porque agora são nações. Uma coisa é o internacional, outra coisa é o global. O internacional passa ao global através do econômico; antes havia autarquias, cada nação se bastava para si mesmo, agora não; agora estão dependendo uma da outra; portanto, os estados nacionais ficaram insuficientes para controlar o governo mundial; necessita-se uma entidade mundial que se corresponda com a realidade econômica, que é a que está sendo usada para criar a plataforma política e a econômica; é a plataforma que vai criar a religiosa. Não vai se chegar ao religioso enquanto você ainda for independente econômica e politicamente. Quando já não puder ser independente no sistema globalista, aí sim as pessoas estarão prontas para serem, por coerção, obrigadas a adorar a este personagem mundial; ele não forçará nada primeiramente; a primeira metade da semana setenta são pactos internacionais.

Fogo do céu

O Senhor disse que era necessário atar o joio em molhos para queimá-los; não disse isso na parábola do trigo e o joio? Bom, o que é todo este mundo de globalismo, de abertura econômica, de inter-relação, de transferência eletrônica de recursos, etc., pactos de comércio, o Alca? Podemos pôr um montão de nomes; esse é o joio sendo atado em molhos para ser queimado. Então essa é a primeira parte; a primeira parte é econômica, a segunda parte é política; uma vez que controlem a subsistência das pessoas, já vão ser obrigados a adorar religiosamente; porque o Senhor é adorado voluntariamente, e Ele não quer o que não seja voluntário; mas o diabo não, ele quer obrigar a ponto da morte, não é assim? Assim está fazendo o diabo. Então olhem o que diz no verso 13:

“13 E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens”. Os homens ficam assustados pelo poderio do fogo do céu que tem esta outra besta, esta segunda besta com chifres de cordeiro; dizendo-se civilização cristã; até os presidentes são protestantes; mas fala como dragão; tudo vai, não segundo a Bíblia, mas segundp à globalização do anticristo; não viram aqui? “E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens”. Quem são os que controlam as nações com fogo do céu? Como parou a segunda guerra mundial? Quem foi o que pôs  bombas em Hiroshima e Nagasaki? Não foi América?  E aí venceram; todo mundo dizia, o que vamos fazer? Não podem nos dar trabalho e nos acabam. Quem entrou no Panamá, ou em Granada, ou na Líbia? Ou no Afeganistão? Ou em qualquer outra parte com fogo do céu? Sempre é a América. América é a que faz descender fogo do céu, e todo mundo fica atemorizado. Iraque, quem o fez? A América do Sul? Se olharmos a história onde há outro império que seja pseudo-cristão e que tenha a mesma autoridade que tem a Europa, e que faz descer fogo do céu? Onde há outro? Busque-o em outra parte, onde há? Não há outro; temos que ver à luz da história.

antes de que as coisas acontecessem, lógico que havia cumprimentos tipológicos, sempre foi assim; as profecias de Daniel foram cumpridas parcialmente, tipológicamente, por Antíoco Epifanes; mas logo Jesus tomou e as pôs para o futuro; de onde Antíoco Epifanes foi somente uma figura, a besta que era, mas não é e será; ou seja que a verdadeira já não é a tipología, a não ser a definitiva; vem depois, no final.

Adiantamentos tipológicos da besta

De maneira que sempre há um adiantamento tipológico. Notem que Nabucodonosor também fez uma grande estátua de seu deus Marduk, e fez que todo mundo a adorasse, e o que não a adorasse, morria; e queriam que Daniel a adorasse, e queriam que também o fizessem esses três jovens amigos de Daniel. Bom, isso é uma figura; já desde o começo quis fazer uma imagem da besta para ser adorada; ainda no tempo quando João escreveu isto, já esse mesmo espírito tratava de fazer isso; ou seja, quando o diabo quer chegar a algo, ele tenta fazer fora de tempo e se cumpre parcialmente algo; não é o definitivo, é sua primeira intenção.

Note que Nero foi o primeiro 666; e como Nero se suicidou, os historiadores da época de Nero, diziam que não havia se suicidado, e que ia voltar outra vez, e falavam de Nero redivivo, ou seja revivido, e diziam que Domiciano, que era César no tempo de João, era esse Nero revivido; e assim como houve esse Nero revivido, os imperadores colocavam uma estátua de si mesmos e se faziam adorar; e o sacerdócio pagão era o que colocava essas estátuas em todas as cidades do império romano, especialmente na Ásia Menor, especialmente em Esmirna, e faziam adorar ao imperador através da estátua. Já estamos vendo esse mesmo espírito, querendo fazer as coisas através de uma estátua física; a fez primeiro Nabucodonosor, fez também Nero e Domiciano; em outra época, Antíoco Epifanes colocou a estátua de si mesmo; ele disse ser Theo Epífanes, ou seja, ele disse que ele era Júpiter Olímpico; fez uma estátua dele e a pôs no Lugar Santo do templo em Jerusalém e fez sacrificar porcos no altar do templo santo. Não recordam que assim diz a história?

Os dois chifres de cordeiro

Significa que o final já teve seus cumprimentos típicos; por isso quando lemos estes capítulos podemos ver a parte tipológica; mas na parte tipológica não terminou tudo. Se você olhar o tempo atual, o tempo atual se ajusta à profecia, inclusive mais que os cumprimentos tipológicos, amém, irmão?  Você encontrou algum outro império depois dos impérios europeus? Começaram por lá os impérios no Egito, esse é o norte da África; Assíria, é na Ásia; Babilônia é na Ásia; Pérsia é na Ásia;  cada vez vão se aproximando mais, mas a Grécia já é a Europa; Roma já é a Europa. Mas depois disso você viu na história levantar-se algum outro império além dos europeus, que são os últimos? Não há outro, irmão, não há outro, a não ser a Inglaterra e Estados Unidos da América; dois chifres de cordeiro, porque são civilizações que se disseram cristãs. Os ingleses fizeram uma oferenda para comprar o códice sinaítico; é um país cristão que se interessa pela Bíblia; no princípio se apoiaram na Bíblia, mas agora o mesmo príncipe é ocultista. No princípio os Estados Unidos começou com os tripulantes do Mayflower; o navio Mayflower. Foram 52 famílias de peregrinos, os pais originais que fugiam das guerras de religião na Europa, e vieram aos Estados Unidos e fundaram uma nação cristã para que houvesse liberdade; mas prestem atenção em que depois não vai haver liberdade, mas cresceu com o cristianismo. Estados Unidos chegou a ser uma potência do Ocidente pelo Cristianismo; seu poder foi cristão; por isso seus chifres são de cordeiro, mas resulta falando como dragão, resulta em acordo com Satanás.

Roma: a besta que foi ferida

Apocalipse 16 diz que da boca do dragão, a besta e o falso profeta saíam três espíritos imundos para reunir os reis da terra e reuní-los para a batalha do Armagedom; e os quais dirigiam isto? o dragão, a besta e o falso profeta. Significa que o Ocidente está sendo dirigido por Satanás para a globalização, para a plataforma de seu filho da perdição, o anticristo. Quem está trabalhando? América e Europa, e mais a América; porque se você falar de ti mesmo quem te vai acreditar? Mas foi João Batista o que falou de Jesus, e assim é o falso profeta o que fala da besta, e aparece aqui no verso 14: “14 e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra, (não é a mesma besta, é outra besta, é outro império, mas associado, trabalhando em comum acordo; a Aliança do Ocidente, a Aliança Atlântica) mandando aos moradores da terra (notem) que façam imagem à besta que tem a ferida de espada e viveu.” Nos versos 12 e 14 diz que agora é a besta a que tinha a ferida de espada e viveu. Quando lemos a primeira parte, era uma das cabeças que foi ferida, mas agora é a última besta a que foi ferida. por que? porque o Egito não foi ferido, nem Assíria, nem Babilônia, nem Pérsia, nem Grécia; mas Roma sim foi ferida; a Roma pagã caiu e foi substituída pela Roma sacra e papal; o que era o império romano pagão chegou a ser o sacro império romano com os imperadores cristãos com Carlo Magno, a dinastia carolíngia,  Carlos V, etc. com os Papas; e então essa besta, no princípio, quando lhe descrevia, era uma das cabeças; ou seja, o império romano que era uma das partes da civilização humana; uma dessas cabeças era o império romano, mas agora é a última, porque depois de Roma não há outro.

Mas Roma tem um servidor que Daniel não nos havia dito isso, mas nos disse Deus por João; sem tirar a outra besta, nos mostrou seu servo; já sabemos quem está servindo à globalizalção, e olhem onde leva as coisas: “engana os moradores da terra com sinais que lhe permitiu fazer”. Se no econômico e no político é assim, imaginem no religioso; imagine a confusão religiosa, imagine o ecletismo, imagine a fusão, através da nova era, de todas as religiões e todas as confissões; imagine isso. Porque aqui leva não só a comprar e a vender, mas também a adorar; pois aqui está misturado o religioso com o econômico e com o político.

O papel da ONU

e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta”. Claro que em um primeiro sentido uma imagem pode ser algo físico; a imagem que fez Nabucodonosor foi uma imagem física de seu deus Marduk; e fazia que todos os súditos do império adorassem à imagem; foi físico; Antíoco Epifanes também fez uma imagem de si mesmo e se chamou Júpiter Olímpico e a pôs no templo de Jerusalém e o profanou; também foi algo físico; os imperadores romanos também faziam a estátua  deles mesmos e mandavam que fossem adoradas, mas não somente isso é uma imagem. A palavra imagem abrange muitas coisas e não podemos apenas dar somente um significado à palavra imagem; a palavra imagem não é só algo físico; sem negar que pode haver algo físico, sem negar isso, terá que se deixar mais espaço para entendimento da palavra “imagem”. O que é uma imagem? Uma imagem é uma representação, e esta besta mundial é o império mundial que abrange toda tribo, língua e nação; por isso é mundial; tem uma representação, não só física, não só material.

Onde está representada a civilização atual hoje? Onde se tomam as decisões globais hoje? Nas Nações Unidas; as Nações Unidas são a representação de todas as nações do mundo, e todas as medidas de tipo global se tomam nas Nações Unidas. O que são as Nações Unidas? A representação de todo o mundo, do sistema global; por isso os Estados Unidos não quer fazer as coisas sozinho, sempre procura aliados Através da ONU; se a ONU der o requisito, eles atuam em nome da ONU; mas fixem-se em como esta imagem serve à besta, se dão conta? E como a outra besta, a de chifres de cordeiro, também serve à besta. No fim, toda organização econômica, política, religiosa mundial, tudo vai servir ao diabo e ao anticristo, tudo. Isso é o que está acontecendo agora, olhe por onde você o olhar; no religioso, no político, no econômico, tudo está se unificando e globalizando para que haja um governo luciferiano mundial. Todos lhe servem; servem-lhe o Ocidente, serve-lhe a ONU, ele quer que todo mundo entre nesse culto.

Antes você trabalhava e lhe davam seu dinheiro, agora não; agora o põem em um banco, e te dão um cartão para que outro administre o seu dinheiro. Sabem o que aconteceu na Argentina? Com um só decreto as pessoas ficaram sem direito de usar suas economias; um só decreto do Presidente fez o curralzinho financeiro, e tudo o que você ganha, que é dele, você não o tem, não pagam a você, pagam a um sistema, e você o retira aos pouquinhos; mas realmente eles são os que trabalham com seu dinheiro; um só decreto fez que as pessoas não tivessem acesso ao que era deles, por que? porque Satanás está criando uma situação econômica para controlar. Pelo que ele mais teme é da gente independente, a pessoas que acreditam em Deus, a pessoas que não precisam depender do sistema; isso é o que eles não querem. Fazem todo o possível para controlar, controlar e controlar cada vez mais. Teremos que estar em alerta e não nos deixar enredar nessa rede, porque diz a Bíblia que haverá uma rede; mas que o justo passará. Rede foi desdobrada aos nossos passos, diz a Bíblia: o ímpio tende a rede, mas o justo passa de largo. Oxalá passemos de largo diante desta rede que o diabo já tem bem desdobrada.

Infusão de espírito à imagem da besta

“15 Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta”. Se tomarmos no sentido físico, sempre o ocultismo usou as estátuas, as figuras para que os demônios atuem; até uma estátua de uma virgem que chora e um montão de coisas, não é verdade? Sempre foi normal no ocultismo. Não diz São Paulo em 1ª Coríntios 10 que os que adoram os ídolos, adoram aos demônios? A mesa dos ídolos se chama mesa dos demônios; ou seja que os demônios usam a idolatria; lógicamente que há uma idolatria física. Essa palavra imagem é a que aparecia na moeda. Quando perguntaram ao Senhor se era lícito dar tributo à César, ele disse: me dêem uma moeda, e perguntou: De quem é esta imagem? Ou seja, a imagem era uma imagem do imperador mas que estava na moeda, e aqui vemos também a moeda sendo utilizada; ou seja o dinheiro, já não vai ser o dinheiro de moedas e notas. Antes era a troca, logo se fez que o sal fosse a moeda, depois, o cobre, logo o ouro, depois os cheques, o papel moeda, agora são os cartões de crédito, até que por fim vai ser a marca da besta; muito prático porque já não lhe podem assaltar nem te levar ao caixa para tirar o dinheiro, mas sim cada qual vai ser obrigado a levar essa marca na frente, ou na mão direita; vai ser algo físico que tem um sentido espiritual e uma aplicação mais ampla.

Uma mão marcada é algo físico, a frente marcada é algo físico; mas o que representa essa marca? A palavra do grego que se traduz marca é Charagma, com a mesma letra com que se escreve Cristo; essa palavra aplicava ao selo onde aparecia o rosto do imperador; ou seja que ter a fronte marcada embora seja algo físico, representa que seu pensamento concorda com o espírito globalista satânico do anticristo. Que sua mão esteja marcada pode que seja algo físico, que através de uma pequeno chip eles podem seguir por satélite, e o satélite pode dar a ordem de te matar; isso já existe; então também significa que seu trabalho, seu trabalho, pertence ao anticristo; está vivendo para o diabo, para o sistema; como os antigos israelitas fazendo tijolos para faraó, agora é fazendo tijolos para o anticristo, pensando como ele e trabalhando para ele; eles cada vez estão dominando mais às pessoas.

Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse”. Se for, e será uma parte, digamos a parte física, será um milagre ocultista como já aconteceram milagres em outras épocas; milagres de estátuas falando, vírgens chorando e sangrando e todas essas coisas, mas também no sentido mais amplo, ou seja na imagem, na representação do globo estão as ordens; ali se dá a ordem para que aquele que não se submeter à globalização, simplesmente morra.

A marca da besta

Já lhes contei a outra vez que vi uma notícia no Tempo, de Remará, que traziam para a Colômbia um navio cheio de guilhotinas, mas não para cortar papel, mas para cortar cabeças. O que faziam vindo guilhotinas para a Colômbia? Eu acredito que o que a guerrilha pede são metralhadoras; mas quem pedirá guilhotinas? Tiveram-nas que jogar ao mar porque estavam por afundar; mas vejam que é uma notícia que saiu na época; numa equena coluna jornalística, mas fala muito. “e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.”; os que não adorasse à imagem da besta, ou seja, a essa representação do império mundial; dá a ordem de matar ao que não se submeter.

“16 Y E fez que a todos, (todos, aqui nem os grandes milionários ficam fora, inclusive eles estão colaborando) pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal (um Charagma, ou seja um selo de propriedade) na mão direita, (na física, mas que representa seu trabalho, para quem trabalha) ou na fronte; (como pensa, e também fisicamente) 17 para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse (três coisas ou uma das três) o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. São três coisas que teremos queue levar em conta: a marca, é o Charagma, o selo; o nome ou o número; que ninguém pudesse comprar nem vender, Se dão conta? É o controle da economia. Aqui primeiro veio Makro da Holanda, e no começo só podia comprar e vender o que tivesse o cartão; claro, como ninguém comprava, então agora abriram venda sem cartão; mas isso mostra qual é o espírito, se dão conta? Agora se fazem propaganda na televisão: Olhem, estão fazendo fila? por que você está pagando com dinheiro? por que não paga com cartão? mas com cartão também se terá que fazer fila; isso é pura mentira; preparando totalmente as pessoas para que não controlem suas próprias coisas, e sabe porque? as pessoas aceitam; ai eles atropelam, e se ninguém protesta, seguem atropelando.

Eu recordo quando lá nos Seguros Sociais e no INTRA começaram a dizer que já não vão pagar mais a ti, mais vão  te dar uma conta no banco e te dão um cartão; somente houve na época duas pessoas que protestaram; no Seguro foi Alejandro Pacheco, que depois saiu daí, e no INTRA, a doutora Amparito; ela disse: me pagam com dinheiro como sempre, eu não tenho que ir e vir ao banco, perdendo tempo; me pagam no escritório; e ela conseguiu que lhe paguassem com dinheiro; ela fez isso; mas outros, inclusive os cristãos, não fizeram; porque e se me expulsarem, e depois não me pagarem? e é assim que o diabo vai tomando passos atropelados; ele atropela, e isso vai  fazer com que ninguém possa comprar nem vender. No mundo econômico, as lojinhas, mercadinhos, vendinhas estão se acabando, e tudo é através de grandes supermercados e de grandes coisas, e logo já não será com dinheiro, mas com transferência eletrônica de recursos que agora está em cartões mas daí passa à marca; através da marca, simplesmente passa a mão e um scanner e aparecem todos os teus dados e aparece sua conta corrente, então aí se tira do teu e se transfere ao supermercado. Parece muito prático, não é verdade?  Mas o que receber a marca não terá repouso de dia, nem de noite, e terá úlceras; a bateria que se usa para os chips, produz úlceras, e a Bíblia diz que quem tem essa marca terá úlceras. Que bom que o Senhor nos avisou de todas estas coisas; as coisas que devem acontecer logo. “para que ninguém pudesse comprar ou vender”. É bom ter coisas, como pés de manga, como uma pequena horta, como poços artesianos, como pequenas propriedades; porque se não puder comprar, pode comer; isso é o que eles não querem, e cada vez as leis vão tratar de impedir que você possa ter algo em que possa ser independente de seu sistema, mas nós já sabemos, temos que procurar ser o mais independentes do sistema que possamos; que Deus nos ajude; Ele nos guardará.

Seu número será 666

“18 Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule (terá que contar; a palavra é “calcule”, ou seja, com contas, a palavra vem de “pedras”; antes se contava com pedras, assim como os chineses contam com bolinhas, os ábacos, não é verdade? Então esse é o verbo que se usa aqui; terá que se contar, terá que se fazer a conta, não aparece aberta, terá que calculá-la) o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”. Este será o número final que identificará o nome dessa pessoa. Na história várias pessoas apareceram já com este número; são os cumprimentos típicos; não é o cumprimento definitivo. Pessoas que estão nessa linha; o primeiro: Nero César, porque sempre o nome dos imperadores era com o César, é 666; mas os títulos que depois teve o papado e que até hoje tem o papado, também dão 666; inclusive no princípio do império romano. Dizia Ireneu que era o reino latino, porque ele identificou essa quarta besta; é o reino latino, e a palavra latinos se diz: lateinos. Ireneu fez o cálculo, lateinos 666; o aplicou a Roma, ao Império Romano, ao papado, vicarius filii dei é 666, logo também diclvx 666; ordinarius ovilis cristi pastor, todos são títulos papais também dão 666; ou seja que o 666 sempre esteve no império romano; tei tão, que esse era outro nome que eles tinham, dá 666; agora, o código de barras dá 666; esses dois numerous pequenos mais larguinhos são 666, por que? porque é do sistema sexagesimal dos sumérios; os sumérios não eram decimais, eles trabalhavam com o 6, tudo eles contavam em 6, e esse sistema é o que se utiliza agora em computadores e tudo, e por isso aparece o 666, ou seja, que o 666 está aparecendo por muitas partes, porque certamente há um anticristo definitivo; mas disse João: “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora” (1ª João 2:18). Isso significa que há um definitivo final e há outros que trabalham sob esse mesmo espírito, que estão nessa mesma onda. Terá queue se seguir analisando os personagens finais; todos os personagem que apareça na Europa querendo governar, todos os que queiram trabalhar em pró de algo mundial, devemos fazer a análise, lendo seus números, porque o Senhor nos deu isto para com entendimento calcularmos. Temos que estar alertas; tudo o que pareça global, ecumênico, interbancário, intereconômico, interpolítico; de todas as coisas que são joio atado em molhos, teremos que fugir. Diz Provérbios 1:17: “Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave”. Significa que se a ave ver que estão colocando a armadilha, não vai passar ali; então que o Senhor nos abra os olhos para que se o ímpio arme a rede, nós passemos de largo.

Valor numérico das letras

As letras têm valor numérico; no hebraico, cada letra tem seu valor numérico; por exemplo Alef, é o número 1, Bet, é o número 2, Guimel é o número 3, Dálet é o número 4, Hei é o número 5. Também no grego cada letra tem um valor: Alfa é o 1, Beta é o 2, Gama é o 3, Delta é o 4, Epsilon é o 5; tão logo chega aos 10, passa dos 10 aos 20, do 30 aos 40, aos 50, até o 100; logo vai de 100 aos 200, aos 300. Vocês podem ver aqui comigo no Salmo 119; o Salmo 119 é um salmo onde aparecem as letras hebraicas; inclusive se você tiver um lápis ou uma caneta, à frente da letra, ponha o valor numérico. No Salmo 119 você vê que diz: Alef, então coloque o 1, isso vale 1; depois Bet, vale 2; depois Guimel vale 3; o Salmo 119 está dividido em 22 seções que são as 22 letras do alefato hebreu; diz-se alefato porque começa pelo Alef. Em grego se diz alfabeto porque começa com Alfa; em espanhol se diz alfabeto porque começa A, b, c, d. Salmo 119: alef vale 1, bet vale 2, guimel vale 3, dálet vale 4, hei vale 5, vau, a letra vau é como uma vírgula larga, essa vale 6; e vocês vêem na Internet www, o duplo v, é a letra vau, 666; na Internet www ponto tal, vauvauvau, 666.

Vocês vêem o baloto ( símbolo de uma lotérica), está uma mão assim: um seis, outros seis e o outros seis. O 6 aparece por muitas partes. Zain vale 7, jato vale 8, tet vale 9; yod, essa é a j que é como um apóstrofo, que é a letra menor, essa vale 10; depois de yod vem caf que é a k, vale 20; depois lambam vale 30, mem 40, nun 50, sámec 60, ayin 70, p 80, tsade 90, cof 100, resh 200, sem 300 e tau 400. A palavra Roma em hebraico se diz Romiti, e também dá 666; Nero César: 666.

Irmãos, até o Bill Gates dá 666. Isto é para estar completamente alertas.

Irmãos, hoje o irmão Richard escutou a notícia de que hoje o primeiro homem já fez mercado com o chip na mão direita, essa é a notícia de hoje. Também clonaram a primeira mulher e a chamaram Eva.

vamos fazer o exercício : Roma se escreve em hebraico com as letras reshvaumemyodtau e yod; agora escrevamos seu respectivo número: Resh, 200; vau, 6; mem, 40; yod, 10; tau, 400, e yod 10, total 666. Se dão conta como se faz? Cada letra tem um valor numérico, Roma é Romiti. busca-se cada letra com seu equivalente em número, ou seja que se calcula, somando.

Façamos outro exercício com o Vicarius Filii DeiVicarius: A letra v vale 5 em latim, o i vale 1, a c vale 100, o outro i 1, o outro v, 5; isso soma 112. Filiio primeiro i vale 1, a l, 50; outros dois i, 2; isso soma 53; 112 mais 53 são 165. Dei: o d vale 500, e o i, 1. Total 666. E Diclvx é outro dos títulos que usam também em Roma, e dá 666, de acordo ao valor numérico de cada letra.

encontrou-se em hebraico, em caldeu, em grego, em latim, porque são as letras que têm valor numérico; você as contas e te dá exatamente; até o nome do Bill Gates aparece com 666. É um personagem misterioso norte-americano que está pagando vacinas.
Irmãos, vamos parar aqui. Oremos. ?

Continua com: As primicias.


Versão da Bíblia usada na tradução para o português JFA RA.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"