segunda-feira, 14 de maio de 2007

Deus é Soberano

Deus é Soberano
Arthur W. Pink : Livro Deus é Soberano
Publicação: 22/02/2007
"Quem está regendo os acontecimentos na terra hoje? Deus ou o diabo?"
Capítulo 1 -
A SOBERANIA DE DEUS E A ATUALIDADE
Quem está regendo os acontecimentos na terra hoje? - Deus ou o diabo? Que Deus reina supremo no céu é geralmente conhecido, porém, que ele reina supremo na terra, neste mundo (aqui debaixo), é quase universalmente negado (2 Co 4.4 - o diabo é o ‘deus´ deste mundo); Quem, entretanto está dirigindo as coisas no mundo hoje - Deus ou o diabo? MUNDO HOJE: Há um cenário de confusão e de caos que nos confronta por toda parte. O pecado e a ilegalidade predominam. Até em nosso meio, homens perversos e impostores estão, de fato, se tornando cada vez piores, hoje em dia tudo parece desconjuntado no mundo: tronos têm problemas e caem, povos entram em revoltas, nações guerreiam e às vezes ninguém sabe o porquê. A civilização é um fracasso... (em seus serviços, escolas, igrejas, famílias...), quando lemos ou assistimos ao jornal, vemos que a agitação, a insatisfação, a ilegalidade permeiam por todos os lugares e ninguém pode prever dentro de que tempo outra grande guerra começará. Questões como essas fazem muitos perguntarem se Deus, realmente, está no governo desse mundo e não o diabo. A.W. Pink se propõe a ver como anda a IGREJA HOJE. Embora estejamos no vigésimo primeiro século, Cristo continua sendo (Is 53.3) “desprezado e o mais rejeitado” pelos homens. Muitos estudiosos declaram que o cristianismo é um fracasso devido ao que hoje é ‘normal´ em nosso meio (sonegar, divorciar, adulterar, sair na playboy, ser crente e dançarina de pagode, freqüentar bingos, boates, sair para beber, quem está namorando ir num motel, participar de swing de casais, mentir para se dar bem, falar palavrão, adolescentes e jovens que ficam, ... e na boca dos quais o papo é sempre homem (ou mulher). E o que Deus está fazendo? Ele está vendo e ouvindo? Se está, será que está impotente e indiferente? Há pastores e líderes que dizem que Deus não pode interferir sobre as coisas que acontecem neste mundo. Por exemplo, disseram que Deus não poderia por fim a 2ª Guerra Mundial e não teve capacidade de pôr fim a ela. Eles afirmavam que as condições estavam além do controle de Deus. Pastores disseram isso. Coisas como estas dão a impressão de ser Deus quem governa o mundo? Pink questiona várias vezes: Quem está dirigindo as coisas nesta terra atualmente - Deus ou o diabo? Que impressão fica na mente de um homem/mulher do mundo que, de vez em quando freqüenta um culto evangélico? Pink sugere que estes homens/mulheres do mundo têm crido que Deus é um frustrado, mais digno de nossa compaixão do que de nossa adoração. Olhando para o mundo hoje, para toda a falta de moral e respeito, educação e honestidade, amor, espiritualidade, ódio, vingança, tudo não parece indicar que o diabo tem mais a ver com as coisas desta terra do que Deus? Segundo Pink, isso depende de como um homem está andando neste mundo. Se é pela fé, ou pelas aparências? Pink diz que temos andado pouco pela fé. Nossa época é, especificamente, uma época de irreverência e conseqüentemente uma época de livre vontades: se o marido quer sair no feriado porque se sente melhor com os amigos do que com a esposa e os filhos, ele o faz, porque a final de contas, ele é ‘livre´, se eu quero sair na noite, beber um pouco, talvez ficar com alguém, posso fazê-lo também, afinal, sou ‘livre´. Uma onda que invade o mundo é: você é livre para fazer o que você quiser! Isso começa no lar, pois vivemos numa época de decadência e desaparecimento da autoridade dos pais; o filho já não entende o que é autoridade dos pais. Isso é só o começo da história da vida de alguém que não consegue obedecer a nenhuma autoridade. É por isso que Deus não é levado a sério hoje. Quem está regendo as coisas na terra, hoje em dia - Deus ou o diabo? Que dizem as Escrituras? Se cremos em suas declarações, não existem dúvidas. A Bíblia afirma que Deus está no trono do universo, que o cetro está em suas mãos, que ele dirige todas as coisas “conforme o conselho da sua vontade”. Deus criou todas as coisas e domina e reina sobre todas as obras das suas mãos. Pink afirma que Deus é o Todo-Poderoso, que sua vontade é irreversível, que ele é soberano e absoluto sobre cada recanto deste universo. Ou Deus domina, ou é dominado; ou impera, ou é subordinado; ou cumpre sua própria vontade, ou ela é impedida por suas criaturas. Deus sabe de tudo que está acontecendo na vida de cada ser humano. Ele está tratando seus problemas, inquietações e pecados conforme Ele entende ser a melhor forma de tratar. Por isso, nunca deveríamos dizer que estamos sendo oprimidos, que estamos passando por tribulações ou problemas porque Deus se esqueceu de nós, ou porque o diabo está nos oprimindo. Tudo o que acontece com o ser humano é por propósito de Deus para o seu crescimento. Deus sabe de tudo. Ele é soberano sobre os céus e sobre a terra; e se importa conosco. Muitos homens estão desesperados quanto a uma possível crise nacional e mundial, mas Deus não. Ele nunca se surpreende. Quando acontece alguma coisa na vida de um homem do mundo, ele logo entra em pânico, porém, quando as mesmas coisas acontecem para o crente, a Bíblia diz para ele: Não Temas. “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Todas as coisas incluem os sofrimentos! Paulo diz isso em Rm 8 de 17 a 23. O cristão deve crer que o sofrimento coopera para o bem, que a tribulação coopera para o bem, que todos os seus problemas cooperam para o seu bem. Segundo Pink, quando crermos assim, tudo o que há de ruim (parece ser ruim) nessa vida passará a ter um novo sentido, um sentido bom por estar dentro do propósito de Deus para o nosso crescimento e para a Glória Dele. Pink reconhece que nós, muitas vezes, não compreendemos, nem aceitamos o que Deus faz. Mas a Bíblia diz que em todas as coisas Ele age para o nosso bem supremo. A Bíblia nos dá muitos exemplos disso (um deles é José). Muitos supõem que Deus é apenas um espectador distante, que não interfere de maneira direta nos assuntos da terra. Pink então expõe um exercício feito por ímpios: “isso acontece na mente de um incrédulo porque ele observa a relação de Deus com seus problemas da seguinte forma: ele olha para os seus problemas e tenta entender como Deus permitiu que aquilo acontecesse com ele ”. Logo Pink expõe um exercício sugerido aos cristãos: “nunca tente entender os problemas partindo do mundo até chegar a Deus (isso só trará idéias na sua cabeça de que Deus não tem qualquer ligação com sua vida ou o mundo). Comece, porém, com Deus e venha gradualmente até o mundo, até seus problemas, e aí sim, muitas coisas ficarão claras (Deus é Santo..., Deus é justo..., Deus é fiel..., Deus é onipotente..., Deus é onisciente..., etc.).
Capítulo 2 - A SOBERANIA DE DEUS - DEFINIÇÃO Segundo Pink, no passado, a expressão Soberania de Deus era mais bem entendida por muitos. Hoje, porém, mencioná-la é como falar em uma língua desconhecida. Dizer que Deus é soberano é, simplesmente, dizer que Deus é Deus, Onipotente, que governa as nações (como diz Sl 22.28), e que Ele é o Único soberano. É tratar do Deus da Bíblia. Pink trata da relação entre o Deus da Bíblia e o Deus de hoje. Para ele, o Deus de hoje é uma mera caricatura, um desenho deplorável, uma “burlesca imitação” do Deus da Bíblia. Muitos hoje têm dito crer num Deus que está fazendo de tudo, o melhor que pode, para salvar a humanidade, mas que muitos têm reagido contrariamente a Sua proposta de salvá-los. Pink diz que isso nada mais é do que dizer e pensar que Deus é impotente e que a vontade da criatura, dos seres humanos, é onipotente. A.W. Pink deixa claro que Deus é Soberano e, como tal, faz o que bem quer. Deus faz o que Ele quer para quem Ele quer
Capítulo 3 - A SOBERANIA DE DEUS NA CRIAÇÃO A soberania marca todos os seus caminhos e modos de ser. Deus é soberano mesmo antes da criação. Ele podia decidir se criaria ou não. Segundo o seu prazer, Ele decidiu criar a vasta graduação do universo ao invés de uma completa uniformidade. Pink nos leva a fazermos o seguinte exercício: “ Dirija o seu olhar para os céus ... agora pense em nosso planeta ... considere o reino animal ... considere o reino vegetal ... considere as hostes celestiais ... Deus é soberano e tudo executa segundo Sua vontade e para o seu próprio beneplácito considerando somente a Sua glória ”. Com quem compararíamos Deus? Capítulo 4 - A SOBERANIA DE DEUS NA ADMINISTRAÇÃO
• A princípio vê-se a tremenda necessidade de Deus reinar sobre o nosso mundo, de ocupar o trono, de ter o governo sobre seus ombros e de controlar as atividades e o destino de suas criaturas. • O GOVERNO DA MATÉRIA INANIMADA. Deus é visto, nas Escrituras, dominando sobre toda matéria inanimada. É ele quem ordena aos ventos, à terra, ao mar, ao ar, ao fogo, à água, a tudo, e, por isso, quando nos queixamos do clima, na verdade estamos nos queixando de Deus e seu soberano governo. • DEUS GOVERNA AS CRIATURAS IRRACIONAIS É incrível como as Escrituras estão repletas de exemplos da soberania e do governo do Senhor sobre a vida animal na Terra. Todos cumprem a vontade dEle, independente da situação, todos lhe obedecem. • DEUS GOVERNA OS FILHOS DOS HOMENS Em Pv 19:21 temos um ótimo exemplo disso quando lá aprendemos que os passos do homem (não dos crentes, mas, de todos os homens) são dirigidos pelo Senhor dando a prova de que este é governado ou controlado por Deus. Segundo A.W. Pink: “é ridículo que os cacos de barro da terra contendam com a gloriosa Majestade celestial. Tal é o nosso Deus; adorai-O.” • DEUS GOVERNA OS ANJOS, TANTO OS BONS COMO OS MAUS. Um exemplo desse governo de Deus exposto no Antigo Testamento encontra-se em 1 Cr 21:15,27. Os anjos estão sempre atentos à voz do Senhor. No texto de 1 Crônicas lemos um anjo destinado à Jerusalém para destruí-la ouvindo um Basta de Deus, ordenando que ele (o anjo) embainhe sua espada. Já no Novo Testamento temos o exemplo do governo de Deus sobre os anjos maus exposto na pessoa de Jesus, em especial quando ele se depara com uma legião de demônios os quais lhe suplicam que hes conceda permissão para entrarem nos porcos. Nas Escrituras está claro o governo de Deus sobre os anjos, tanto bons quanto maus. Todos estão sob o controle de Deus. Segundo Pink: “Nenhum movimento de qualquer astro, nenhum piscar de qualquer estrela, nenhuma tempestade, nenhum ato de qualquer criatura, nenhuma ação humana ou missão de anjos, nenhum dos atos de satanás - nada, em todo o vasto universo pode acontecer, sem que faça parte do eterno propósito de Deus”. Capítulo 5 - A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO Não se pode argumentar que um dia chegou o momento em que eu me dispus, desejoso de receber a Cristo como Salvador, pois, só o Senhor é quem pode me dar uma disposição para a mudança. Pelo fato dEle ser soberano e fazer tudo com lhe agrada, ninguém pode questionar-lhe a razão dEle não dispor o coração de todos. Crer que muitos rejeitam a Cristo e que essa é a razão deles não serem salvos é apenas parte da verdade; a parte humana. Mas, há também o lado divino que, caso não seja ressaltado, Deus será, como diz Pink: “despojado de sua glória”.
• A SOBERANIA DE DEUS PAI NA SALVAÇÃO. Rm 9 é, talvez, a passagem mais enfática quanto à soberania de Deus. Deus está reivindicando o direito indispensável de fazer o que quiser com que Ele criou e que lhe pertence. Inúmeros exemplos bíblicos são dados para ressaltar não só o governo divino na história do Antigo Testamento, mas também, a eleição incondicional gratuita de um povo. O que é interessante nessa dinâmica divina é que Ele escolheu ‘as coisas fracas do mundo´. Interessante que os objetos da escolha divina são estes, os quais têm o propósito de engrandecer a graça divina. ‘O Propósito´ dessa escolha é que esses eleitos fossem “santos e irrepreensíveis perante ele”. ‘O Motivo´ dessa escolha foi o amor. Um ponto muito interessante abordado por A.W.Pink é a incoerência em dizer que pelo fato de Deus ter escolhido alguém para a salvação, que essa pessoa será salva, quer queira quer não. Nada na Bíblia direciona para isso. Porém, direciona para o fato de que Deus indicou os meios pelos quais o fim dos predestinados fosse concretizado por meio da obra do Espírito Santo e da fé na Verdade.
• A SOBERANIA DE DEUS FILHO NA SALVAÇÃO A grande questão discutida neste ponto foi: Por quem Cristo morreu? Cristo tinha uma determinação quando foi à cruz. Tinha, segundo Pink, um propósito de extensão limitada, pois, se o propósito de Deus fosse salvar toda a humanidade, logo todos os seres humanos deveriam ao final de tudo serem salvos. O propósito predeterminado da morte de Cristo foi morrer somente pelos eleitos. O propósito da expiação limitada implica assim, numa eleição, numa escolha que o Pai fez de certas pessoas para a salvação delas. João 6.37,39 é um dos textos apresentados por Pink para defender a Soberania de Deus sobre o Filho e a Salvação: “...todo o que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora ... que nenhum eu perca de todos os que me deu...”. Cristo satisfez a ira divina e substituiu o homem culpado, morrendo o justo pelos injustos. Ainda dentro desse aspecto limitido da expiação, até o sacerdócio de Jesus, em favor de quem Ele está intercedendo, é limitado. Hebreus 7.25 é um texto muito claro nisso “... vivendo sempre a interceder por eles...”. Pink pensou um pouco sobre a razão de alguns não receberem a Cristo: será que a causa disso ocorrer é que o coração destas pessoas se encontra muito duro ao ponto de que Cristo não consegue entrar neles? Pink nega isso e diz que isso seria negar a onipotência de Cristo, quando, na verdade, não se deveria tratar de disposição ou indisposição do pecador, mas de Cristo querer!
• A SOBERANIA DE DEUS ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO Na trindade, todos desempenham um papel um em nossa salvação. O Pai é responsável pela predestinação, o Filho pela propiciação, e o Espírito Santo pela nossa regeneração. É o Espírito Santo que realiza Sua obra em nós. Por mais que queiramos encontrar nas Escrituras evidências para as razões do porquê que alguns ficam de fora do Reino de Deus e outros não, não encontraremos senão que é pelo fato de o Espírito Santo não operar neles. O Espírito Santo é soberano no desempenho de seu poder e age como o vento, soprando para aonde quer. Capítulo 6 - A SOBERANIA DE DEUS EM OPERAÇÃO No sexto capítulo A.W. Pink questionou sobre se Deus predestinou tudo o que acontece. Será que Ele pré-escreveu que tudo o que hoje está acontecendo, ou mesmo os acontecimentos atuais (dos alegres aos mais trágicos), e tudo o que acontecerá amanhã? O autor lida com essa questão, a princípio, deixando bem claro que a presciência de Deus não é a causa dos eventos, mas os efeitos de seu propósito eterno. Nada acontece sem que Deus tenha antes o determinado. O autor cita o exemplo da Crucificação e que nada podemos saber que sucederá sem que Deus, antes, não o tenha dito que acontecerá. Ao lidar com a questão sobre o grande propósito de Deus para esse mundo e toda a raça humana o autor, A.W. Pink, diz que a grande finalidade de tudo o que Deus criou é a glória dEle (cita Ap 4.11; Sl 19.2). Igualmente, o homem foi criado por Deus para manifestar a Sua glória. Após isso Pink trata de um Método de Deus lidar com os Justos . Menciona quatro pontos principais sobre os quais fundamenta sua pressuposição: 1)Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder vivificante ; 2) Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder dinamizante ; 3) Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder orientador ; 4) Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou poder preservador . Ao falar sobre o Método de Deus lidar com os Ímpios Pink chega a quatro conclusões: 1) às vezes Deus exerce sobre os ímpios uma influência restringente - para que não consigam ; 2) às vezes Deus exerce sobre sobre os ímpios uma influência abrandadora - por meio da qual os influencia a fazerem algo contrário à inclinação natural deles, para fazer algo que promoverá a glória de Deus e a Sua causa ; 3) às vezes, Deus exerce sobre os ímpios uma influência direcionadora - para que o mal que pretendiam fazer resulte em bem ; e, 4) Deus também endurece o coração de homens ímpios e cega o entendimento dos mesmos. Capítulo 7 - A SOBERANIA DE DEUS E A VONTADE HUMANA Neste capítulo A.W. Pink trata sobre a doutrina do “livre-arbítrio”. Diz que essa é uma doutrina popular ensinada na maioria dos púlpitos, a doutrina da livre vontade humana diante do Espírito Santo. Diz que hoje é vergonhoso, que atrai desagrado, alguém dizer que não crê no Livre-Arbítrio da vontade humana. Pink começa rebatendo com o texto de Rm 9.16: “... não depende de quem quer ... mas de usar Deus a sua misericórdia ...”. Cita também o Senhor Jesus em João 5.40: “... não quereis vir a mim para terdes vida ...”. Segundo Pink, o que vai fazer diferença entre um grupo e outro será o fato de os convertidos renderem-se ao Espírito Santo, enquanto que os não-convertidos resistem. Porém, para evitar o orgulho Pink lembra-nos de Efésios 2.8: “... isto não vem de vós , é dom de Deus ...”. Mencionando sobre a natureza e a escravidão da vontade humana, Pink cita que o pecado é que é livre, mas em uma só direção: para cair, pecar. Cita Rm 6:20 dizendo que o pecador é livre para fazer o que quiser, “mas o seu prazer é cair no pecado”. Ao tratar sobre a incapacidade da Vontade Humana, o autor traz a idéia de que o púlpito evangélico moderno transparece que o poder está no pecador de ser salvo ou não. Pink diz: “Infelizmente, um morto nada pode fazer, e, por natureza, os homens estão mortos nos delitos e pecado (Ef 2.1)”. Para Pink, se essa doutrina fosse realmente pregada e crida haveria mais dependência do Espírito Santo, para Ele atuar com poder e opera milagres, e “menos confiança em nossas tentativas de ‘ganhar homens para Cristo´”. Concluindo esse capítulo Pink trata da seguinte questão: Por que pregar o evangelho, se os homens não têm capacidade de responder favoravelmente a ele ? Pink responde a essa questão de forma simples dando ênfase em que não se deve pregar o evangelho porque se crê que o homem possui o poder de escolha (livre-arbítrio) e, assim, torna-se apto a receber a Cristo, mas, porque recebemos um mandamento de devemos pregar. Capítulo 8 - A SOBERANIA DE DEUS E A ORAÇÃO O autor inicia rebatendo a idéia (também moderna) de que o homem pode mudar seu destino por sua vontade é ‘endeusar´, tornar suprema a vontade da criatura, “destronando” o Senhor. Para A.W. Pink, os benefícios que resultam da oração seriam: 1) Deus tornar-se-á mais real para aqueles que oram; 2) se alguém não orar deixará de desfrutar comunhão com Deus e com tudo e com tudo que está envolvido nessa falta de comunhão. Deus conhece tanto Fim como Princípio e Ele não altera seus propósitos por causa de nossas orações. Isso seria impugnar a bondade de Deus e negar Sua eterna sabedoria. Segundo Pink, Deus ordenou que orássemos para que: 1) O próprio Senhor fosse honrado; 2) Porque Ele requer que O adoremos; 3) Porque ela redunda na glória de Deus; 4) Porque ela foi designada por Deus para ser uma bênção espiritual para nós; 5) Para que por meio dela procuremos nEle aquilo que precisamos. Portanto, como diz Pink, longe de serem inúteis, as orações são instrumentos, entre outros, por meio dos quais Deus cumpre seus decretos. Para A.W. Pink oração é mais do que um ato, é uma atitude, atitude de dependência de Deus. É reconhecer que somos fracos e incapazes, e é reconhecer nossas necessidades e expô-las diante de Deus. É o meio pelo qual podemos submeter nossa vontade à vontade de Deus. Capítulo 9 - A SOBERANIA DE DEUS E A NOSSA ATITUDE Segundo A. W. Pink, nossa atitude diante da Soberania de Deus dever ser um piedoso temor, uma obediência implícita, uma total resignação, uma profunda gratidão e alegria (e aqui, Pink nos lembra do caso de Jó, quando um desastre após outro caíram sobre ele e ele percebeu a mão de Deus em tudo e, ao invés de murmurar, lamentar a sua ‘má sorte´, deu glória a Deus), e uma atitude de adoração e culto. Capitulo 10 - O VALOR DESTA DOUTRINA Soberania de Deus, segundo Pink, não é meramente uma doutrina metafísica sem prática. É uma doutrina que causa um poderoso efeito sobre o caráter e a vida cristã. Ela é fundamental na Teologia Cristã. Pink usa ilustrações para demonstrar o valor dessa doutrina: “ela é como o centro de gravidade no sistema da verdade cristã; é o sol ao redor do qual se agrupam os astros menores; é o fio no qual as demais doutrinas são enfileiradas tal como um colar de pérolas; é um tônico divino a refrigerar-nos o espírito. Ela é e faz tudo o que dissemos e mais ainda, porque atribui a Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - a glória que Lhe é devida, colocando a criatura no correto lugar diante dEle - no pó”. Concluindo, A.W. Pink diz sob muitos aspectos, que a doutrina da Soberania de Deus: aprofunda nossa admiração pelo caráter Divino; é o firme alicerce do toda a verdadeira religião, repudia a heresia da salvação pelas obras (aqui Pink faz a confissão de que em seu ministério, como pregador, observou que seus sermões sobre ‘soberania de Deus´ têm tido mais sucesso na salvação de perdidos do que qualquer outro); leva a criatura a humilhar-se profundamente; confere um senso de absoluta segurança; oferece consolação na tristeza; produz um espírito de terna resignação; evoca um cântico de louvor; garante o triunfo final do bem contra o mal; e oferece um lugar de descanso para o coração.

Os Deveres Mútuos de Maridos e Esposas

Os Deveres Mútuos de Maridos e Esposas
Richard Baxter
Publicação: 08/03/2007
Em todos os lugares, pessoas descrentes e egoístas entram em todos os tipos de relações com um desejo de satisfazer a si mesmas e gratificar a própria carne, sem saber ou se preocupar com o que é requerido delas. Elas desejam a honra, ganho, ou prazer que seu relacionamento lhes proporcionará, mas não o que Deus e o homem requerem ou esperam delas [Gn. 2:18, Pv. 18:22]. A mente delas só se preocupa com o que poderão obter e não com o que elas deverão ser ou fazer. 1 Elas sabem o que querem que os outros façam para elas, mas não se preocupam sobre o que devem fazer para os outros. Este é o tipo de relacionamento que existe entre muitos casais. Nós deveríamos estar muito interessados em saber quais são os deveres nos nossos relacionamentos, e como nós podemos agradar a Deus em nossas relações. Estude e faça a sua parte, e Deus certamente fará a Dele.
I. O primeiro dever dos maridos é amar suas esposas (e as esposas seus maridos). Ef. 5:25,28,29,33 – "Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela"-"Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama" – "Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja" – "Não obstante vós, cada um de per si, também ame a sua própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite a seu marido". Veja Gn. 2:24. Alguns conselhos para manter o amor são os seguintes:
1. Em primeiro lugar, escolha uma boa esposa. Uma esposa que seja verdadeiramente boa e amável; cheia de virtude e santidade para com o Senhor. 2 2. Não case até que você esteja seguro que pode amar completamente. 3. Não seja muito precipitado, mas saiba com antecedência todas as imperfeições que podem tentá-lo a menosprezar sua futura companheira. 3 4. Lembre-se que é justo amar a quem abandonou todo o mundo por você. Alguém que está contente em ser sua companhia em seus labores e sofrimentos, em dividir todas as coisas com você, e que deverá ser sua companheira até a morte. 4 5. Lembre-se que as mulheres são criaturas normalmente afetuosas, apaixonadas, e como elas mesmo amam, assim elas esperam muito amor de você. 6. Lembre-se que você está debaixo do comando de Deus, e negar amor matrimonial para sua esposa é negar um dever que Deus impôs a você. Portanto, a obediência deve comandar seu amor. 7. Lembre-se que vocês são "uma só carne"; você a levou a abandonar pai e mãe e partir com você; 5 8. Leve mais em conta o bem que está em sua esposa, do que as suas faltas. Não deixe que a observação de suas falhas o faça esquecer ou ignorar suas virtudes. 6 9. Não aumente suas imperfeições até que elas o levem à exasperação. Desculpe-a até onde é certo no Senhor. Considere a fragilidade do sexo. Também considere suas próprias fraquezas, e o quanto sua esposa tolera em você. 7 10. Não incite o lado ruim de sua esposa, mas, sim, o que de melhor habita nelas. 8 11. Conquiste-a com amor e então ela o amará, e conseqüentemente, será amorosa. Amor produz amor, como o fogo aumenta o fogo. Um bom marido é o melhor meio para fazer uma esposa boa e amorosa. 9 12. Viva perante ela a vida de um prudente, humilde, amoroso, dócil, abnegado, paciente e santo cristão. 10
II. Os maridos e esposas devem viver juntos - 1 Cor 7:2-5.
III. Não só abomine o adultério, mas tudo aquilo que conduz à impureza e à violação de seu matrimônio [Mt. 5:31,32; 19:9; Jo. 8:4-5; Hb. 13:4; Pv. 22:14; Pv. 2:17; 1 Co. 6:15,19; Ml. 2:15; Pv. 6:32,35; Dt. 23:.2; Lv. 21:9; 18:28; Nm. 25:9; Jr. 5:7-9].
IV. O marido e a esposa devem deleitar-se no amor, companhia e vida um do outro. Quando o marido e a esposa têm o seu prazer um no outro, isto os une nos seus deveres, os ajuda a desempenhar suas funções com facilidade e a agüentar seus fardos; e é uma das partes principais do conforto do matrimônio [Pv 5:18,19].
V. É seu dever solene viver em quietude e paz. Evitar toda ocasião de ira e discórdia. A. - Reflexões que mostram a grande necessidade de evitar dissensão:1. Sua união conjugal pressupõe unidade. Você pode discordar da sua própria carne? 2. Dissensão com sua esposa trará dor e transtorno a sua vida inteira... Da mesma maneira que você não deseja ferir a si próprio e é rápido em cuidar de suas próprias feridas, assim você deveria perceber qualquer quebra na paz de seu matrimônio e depressa buscar cura. 3. O amor se esfria com as brigas, que fazem com que, em sua mente, sua esposa se torne indesejável para você. Ferir é separar; estarem unidos através dos laços matrimoniais, enquanto seus corações estão separados, é um tormento. Ser interiormente adversários, enquanto exteriormente marido e esposa, transforma sua casa em uma prisão. 11 4. A dissensão entre o marido e a esposa perturba toda a vida familiar; é como bois em juntas desiguais: nada se faz enquanto um luta com o outro.5. Isto os incapacita para adorar a Deus; vocês não podem orar juntos, nem discutir coisas divinas juntos, nem podem ajudar mutuamente as suas almas. 12 6. A dissensão torna impossível dirigir sua família apropriadamente.13 7. Sua dissensão o exporá à maldade de Satanás, e dará a ele ocasião para muitas, muitas tentações. 14 B - Conselhos para evitar dissensões: 1. Mantenham vivo seu amor um pelo outro. Ame sua esposa afetuosa e fervorosamente. O amor subjugará a ira; você não poderá ser rancoroso, por causa de pequenas coisas, com alguém que você ama afetuosamente; tampouco dirá palavras ríspidas, indiferentes, ou qualquer forma de ofensa. 15 2. Marido e esposa têm que mortificar os sentimentos de orgulho e egoísmo. 16 Estes são sentimentos que causam intolerância e insensibilidade. Vocês têm que orar e labutar por um espírito humilde, manso e quieto. Um coração orgulhoso é incomodado e provocado em cada palavra que pareça assaltar sua auto-estima.17 3. Não esqueçam que vocês dois são pessoas doentes, cheios de debilidades; e, portanto, esperem o fruto dessas debilidades um no outro; e não se surpreenda com elas, como se você não soubesse disto antes. Decidam ser pacientes um com o outro; lembrando que vocês tomaram um ao outro, como pessoas pecadoras, débeis, imperfeitas e não como anjos, ou como inocentes e perfeitos. 18 4. Lembrem-se ainda que vocês são uma só carne e, portanto, não fiquem mais ofendidos com as palavras ou faltas do outro, do que vocês ficariam se elas fossem suas. Zangue-se com as faltas de sua esposa na mesma medida que se zanga com você, pelas suas. Tenha a mesma intensidade de raiva e desgosto contra uma falta, quanto terá de empenho e determinação para remediá-la sem machucar e agravar a parte ferida. Isto transformará raiva em compaixão, e o levará a administrar cuidados para a cura. 19 5. Concordem previamente um com o outro que quando um de vocês estiver pecaminosamente bravo e transtornado, o outro, silenciosa e gentilmente, agüentará até que o irado volte à sanidade. 20 6. Tenham um olho no futuro e se lembrem que vocês têm que viver juntos até a morte, e devem ser o companheiro e o conforto da vida um do outro, e então vocês verão como é absurdo vocês discordarem e transtornarem-se mutuamente.21 7. Até onde você for capaz, evite todas as ocasiões de ira e discussão sobre os assuntos de seus familiares.22 8. Se você está tão bravo que não pode se acalmar, pelo menos controle sua língua e não fale palavras escarnecedoras e ofensivas, que abanarão o fogo e aumentarão a chama; não ventile sua raiva porque você somente alimentará sua vingança carnal. Mantenha-se calado, e você retornará muito mais cedo à sua serenidade e paz.23 9. Deixe o cônjuge calmo e racional falar cuidadosamente e submetendo suas razões ao outro (a menos que seja uma pessoa tão insolente que fará coisas piores). Normalmente algumas advertências sensatas e sérias, irão revelar-se como água fria na panela fervente. Diga ao seu cônjuge irado, "Você sabe que isto não deveria estar ocorrendo entre nós; o amor deve acalmar, e esta raiva causará arrependimentos. Deus não aprova isto, e nós não aprovaremos também quando esta discussão houver terminado. Esta disposição mental é contrária a uma disposição de oração, e este linguajar é contrário à linguagem de oração; nós temos que orar juntos; não façamos nada agora além de orar; de uma só nascente não pode brotar água doce e amarga", etc. Um pouco de calma e palavras condescendentes de razão, podem parar as torrentes, e reavivar a razão que a raiva quis sobrepujar.24 10. Quando vocês agirem pecaminosamente para com seu cônjuge, confessem um ao outro e peçam perdão, e unam-se em oração a Deus pedindo perdão; na próxima vez, isto agirá como um preventivo em vocês que, seguramente, se envergonharão por fazer novamente o que confessaram e pedirão perdão para Deus e para os homens.25
VI. Um dos deveres mais importantes de um marido para com sua esposa e de uma esposa para com o seu marido é ajudar um ao outro, cuidadosa, hábil e diligentemente no conhecimento, adoração e obediência a Deus, para que se salve e cresça na sua vida cristã. 1. Quando vocês negligenciam a alma um do outro, não demonstram amor.26 Vocês acreditam que têm almas imortais, e uma vida eterna de alegria ou miséria para viver? Então vocês têm que saber que seu grande cuidado e ocupação é cuidar dessas almas para a vida eterna. Portanto, se seu amor não ajuda um ao outro naquilo que deveria ser sua preocupação principal, ele é de pouco valor e de pouco uso. Tudo neste mundo é avaliado de acordo com sua utilidade. Um amor inútil ou improdutivo,é um amor sem valor, superficial, pueril, indesejado e os ajudará nas coisas insignificantes e infantis. Você ama sua esposa e a deixará no poder de Satanás, ou não ajudará a salvar sua alma? O quê! Ama-a, e deixará que vá para o inferno? Antes deixar que seja condenada do que se empenhar pela sua salvação? Nunca diga que a ama, se você não se esforça pela sua salvação. Então o que devemos dizer dos que não só negam sua ajuda, mas são empecilhos na santidade e salvação um do outro? [1Rs. 11:4, At. 5:2, Jó. 2:9] E ainda (o Senhor tenha clemência deste mundo miserável e pobre! Como é comum isto entre nós!) se a esposa é ignorante e descrente, ela usará todas as armas para fazer ou manter seu marido no mesmo estado dela; e se Deus pusesse qualquer inclinação santa no coração do seu marido, ela será como água para o fogo, para extinguir ou subjugar aquele sentimento; e se ele não for tão pecador e miserável quanto ela, ele não terá sossego. E se Deus abrir os olhos da esposa de um homem ruim e lhe mostrar a necessidade de uma vida santa e ela resolver obedecer ao Senhor e salvar sua alma, que inimigo e tirano seu marido será para ela (se Deus não o contiver); o próprio diabo não faz mais para evitar a salvação de almas do que os maridos e as esposas descrentes fazem um contra o outro. 2. Considerem também que vocês não estão vivendo na forma proposta para o casamento, se não estão ajudando suas almas.27 3. Considerem também que se vocês negligenciam suas almas, que inimigos vocês são um do outro, e como vocês estão se preparando para suas aflições perpétuas! Quando deveriam estar se preparando para sua feliz reunião no céu, vocês estão se preparando para o perpétuo horror.28 Então, sem um momento de hesitação, determinem viver juntos como herdeiros do céu, e cada um seja um auxiliador para a alma do outro. Para ajudá-los neste santo propósito, eu lhes darei algumas orientações, que, se fielmente praticadas, podem fazê-los ser bênçãos especiais um ao outro:
3.1. Antes que você possa ajudar a salvar a alma do seu cônjuge, tenha certeza quanto à sua própria salvação. Você deve ter um entendimento vívido e profundo das grandes questões eternas sobre as quais lhe é requerido falar aos outros. Se você não tem nenhuma compaixão para com a sua própria alma e a venderá por um momento de tranqüilidade e prazer, então certamente você não tem nenhuma compaixão para com a alma do seu cônjuge.29 3.2. Aproveite toda oportunidade que sua proximidade provê, para estar falando seriamente um ao outro sobre os assuntos de Deus e a salvação de vocês.30 Discuta sobre as coisas deste mundo não mais do que o necessário. Conversem sobre o estado e dever de suas almas para com Deus, e de suas esperanças do céu, tais como àqueles que consideram estes assuntos como seus principais interesses. E não falem leviana ou irreverentemente, ou de maneira rude, mas de maneira séria e sóbria, como se fossem aqueles que discutem as coisas mais importantes de todo o mundo [Mc.8:36]. 3.3. Quando o marido ou a esposa estiver falando seriamente sobre assuntos santos, que o outro tenha o cuidado de incentivar, e não extinguir, a conversa.31 3.4. Julgue de forma imparcial a condição espiritual do seu cônjuge; julgue a força ou fraqueza dos pecados e virtudes e das imperfeições existentes na vida dele; só assim, você poderá ser capaz de ajudá-lo convenientemente.32 3.5. Não lisonjeie, nem critique um ao outro de maneira tola.33 Faça tudo no verdadeiro e puro amor. Alguns estão tão cegos quanto às faltas de esposos, esposas ou filhos que não conseguem enxergar o pecado e a fraqueza que existem neles. Eles estão iludidos em relação à condição eterna de suas almas. A mesma coisa acontece com pecadores complacentes consigo mesmos e com suas almas; eles, obstinadamente, enganam a si mesmos para sua condenação. Esta auto-aprovação nada mais é do que o engodo do diabo para afastá-lo de um arrependimento eficaz e da salvação.Por outro lado, alguns não podem falar com o outro sobre suas faltas, sem amargura ou desdém, o que causará, em quem ouve, a recusa do remédio que poderia salvá-los. Se as advertências cotidianas que você faz aos estranhos devem ser oferecidas em amor, muito mais entre o marido e esposa. 3.6. Mantenha aceso seu amor, não cultive a distância, que somente fará com que os conselhos e reprovações do outro sejam desprezados.3.7. Não desencoraje seu cônjuge a instruir você, através de sua recusa em receber e aprender de suas correções.34 3.8. Ajudem-se mutuamente, através da leitura em conjunto de livros que convençam do pecado, perscrutem e apontem o caminho da vida. Os mais espirituais. Não desperdice o seu tempo com livros levianos, fracos e aguados. Tenham as mesmas amizades com as pessoas mais santas. Isto não significa negligenciar seus deveres um com o outro, já que toda a ajuda possível pode ser mais eficaz.35 3.9. Não encubra o estado de suas almas, nem esconda suas faltas um do outro. Vocês são uma só carne, e deveriam ter um só coração; e da mesma forma como é perigoso para um homem ignorar o estado de sua própria alma, assim também é muito pesaroso que o marido ou a esposa ignorem as áreas em que o outro necessita de ajuda.36 3.10. Evite, tanto quanto possível, opiniões diferentes na religião. 3.11. Se existirem compreensões religiosas diferentes entre vocês, estejam seguros que vocês administrarão isto com santidade, humildade, amor e paz, e não com carnalidade, orgulho, intolerância ou contenciosidade. 3.12. Não sejam nem cegamente indulgentes, nem muito críticos com relação às faltas e ao estado do cônjuge, permitindo a Satanás transformar suas afeições em hostilidade. 3.13. Se você é casado com uma pessoa descrente, mantenha, apesar disto, o amor que é requerido para o bem-estar da relação.37 3.14. Unam-se em freqüente e fervente oração. A oração força a mente à sobriedade, e move o coração com a presença e majestade de Deus. Também orem pelo outro quando vocês estão em secreto, pois Deus pode fazer aquilo que vocês mais desejam, no coração dos seus cônjuges. 3.15. Em último lugar, ajudem um ao outro através de uma vida exemplar. Seja você, o que deseja que seu marido ou esposa seja; supere-se na mansidão, humildade, caridade, submissão, diligência, abnegação e paciência.38
VII. Outro dever importante no matrimônio é ajudar na saúde e conforto de seus corpos. Não mimar a carne, ou estimular os vícios do orgulho, indolência, glutonaria ou os prazeres sensuais, um do outro; mas aumentar a saúde e vigor do corpo, deixando-o em boa forma para servir a alma e a Deus.
1. Na saúde, você deve ter o cuidado de providenciar ao seu cônjuge comida saudável e afastá-lo do que é nocivo a sua saúde, advertindo-o dos perigos da glutonaria e ociosidade, os dois grandes assassinos da humanidade.39, 2. Também na doença, vocês devem cuidar um do outro e não poupar esforços, financeiros ou físicos, pelos quais a saúde do outro possa ser restabelecida, ou suas almas confirmadas e consoladas.40 VIII. Outro dever de maridos e esposas é ajudar um ao outro na administração de seus negócios e propriedades. Não para fins mundanos, nem com uma mente mundana; mas em obediência a Deus que terá deles o labor, tanto como a oração pelo seu pão diário, e que determinou que do suor do seu rosto comessem seu pão, que em seis dias trabalhassem e fizessem toda sua obra, e ainda, que quem não trabalhasse não deveria comer. 41
IX. Também você deve ter cuidado em guardar o bom nome do seu cônjuge. Você não deve divulgar, mas encobrir as imperfeições um do outro. A reputação de um deve ser tão prezada para o outro como a dele própria. É uma prática pecaminosa e infiel de muitos, tanto de maridos como de esposas, tratar das faltas um do outro na presença de amigos, quando, o que deles é requerido é que, em amor, as encubram. Muitas pessoas impertinentes agravarão as faltas do cônjuge por trás dele. 42
X. É seu dever no matrimônio ajudar seu cônjuge na educação de seus filhos. 43
XI. É seu dever no matrimônio ajudar seu cônjuge em obras de caridade. 44
XII. Finalmente, é um grande dever de maridos e esposas, ajudar e confortar um ao outro na preparação para uma morte segura feliz. 45 1. Na saúde, vocês devem freqüente e seriamente lembrar um ao outro do dia em que a morte os separará; e viver juntos diariamente, como aqueles que estão aguardando a hora da partida... Reprove entre os dois qualquer lembrança desagradável quando a morte se aproximar. Se vocês vêem o outro entediado ou lento para com os assuntos espirituais, ou vivendo em vaidade, mundanidade, ou indolência, como se tivesse esquecido que morrerá brevemente, incite-o a fazer tudo, que a aproximação de tal dia requer, sem demora. 2. E quando a morte estiver perto, oh, então que abundância de ternura, seriedade, habilidade, diligência, será necessária para aquele que terá o último dever de amor para cumprir, para com a alma de um amigo tão íntimo que está partindo! Oh, então que necessidade haverá da sua mais sábia, fiel e diligente ajuda!... Aqueles que estão totalmente despreparados para morrer podem fazer pouco para preparar ou ajudar outros. Mas os que vivem juntos como herdeiros do céu e conversam na terra como companheiros de viagem para a terra da promessa, podem ajudar e encorajar as almas um do outro, e podem alegremente separar-se na ocasião da morte, enquanto esperam encontrar-se, dentro de pouco tempo, na vida eterna. --------------------------------------------------------------------- 1 Lc 6:31-32; 1Co 10:24; Gl 6:2; Fp. 2:4; 2 Tm 3:2; 1Jo. 3:17; Gn. 4:9; 1 Sm. 25:3-11; Es. 6:6; Is. 56:11; Jo. 6:262 Pv. 18:22; Pr. 19:13-143 Pv. 18:134 Mt. 5:32; Mt. 19:9; 1Co. 7:39; Cl. 3:19; Gn. 2:245 Mt. 19:5; Mc. 10:76 1 Co. 13:7; Fp. 2:37. Sl. 103:14; 1Co. 13:78 Pv. 10:129 Rm. 12:21; 1Pe. 3:910 Ef. 4:1; Cl. 1:10; 1Ts. 2:12; Pv. 11:30; 1Tm. 4:16; Tg 5:19-20; 1Pe. 3:1-211 Pv. 19:1312 Mt. 5:23; 1 Sm 15:2213 Mt 12:25; Mc 3:25; Lc 11:1714 Tg 1:13; 1Co. 7:5; Jó 2:915 Lv 19:8; Sl. 133:1; Pv. 15:17; Rm. 12:10; Rm. 14:19; Rm. 15:1; 1Co. 13:4-716 Lc. 9:23; Sl. 101:5; Pv. 16:5; Pv. 21:4; Pv 28:25; Mt 23:12; 1Pe. 5:617 Sl. 10:4; Os 7:10; Pv 13:10; Pv 28:2518 Jr 17:9; Rm. 7:24; 1Jo. 1:819 Ef. 4:26; Ef. 4:32; Tg 1:1920 Ef. 4:2; 1Co. 13:421 Ec. 9:9; Rm 7:222 Gn 2:2423 Gl 5:15; Tg 3:5,6,824 Pv 15:18; Mt 5:9; Sl. 85:825 Ef 4:32; Tg 5:1626 2 Co. 2:4; 2 Co. 12:15; 1Ts. 2:827 Gn 2:18 1Ts 5:11; Ef 4:16; Hb 12:15; 1Co. 7:5; Cl 2:19; Gn 35:2; Gn 35:4; Lv 19:17; Nm 16:27; Nm 16:3229 Gn 2:18; 2Co 13:5; Gl 6:3; Gn 25:29; Gn 25:3430 Cl 3:16; Hb 3:13; Hb 10:2431 Pv 27:6; Pv 15:12; Pv 15:31; Pv 15:3232 Hb 10:2433 Ef 4:15; Ef 4:26-5:934 Pv 29:135 Ef 4:11-1636 Tg 5:16; Ef 5:27-3237 1Co. 7:13-1438 1Pe 3:1; Jo 13:15; 1Tm 4:12; 1Co. 11:1; 1Ts 1:6; 2Ts 3:7-9;Tt 2:6; Tg 3:17; 2Pe 1:5-839 1Co. 6:19; Dt. 21:20; Pv. 23:21; Pv. 19:15; Pv. 6:9; v. 10:4;2 Ts 3:10 Pv 19:24; Pv 20:13; Pv 23:21; Pv 24:33; Is. 56:10;1Tm 5:1340 Ef 5:29, Jó 19:1741 Pv 31; Tt 2:5; 1Tm 5:14; 1Tm.5:8; Ex 20:9,11; Ge 3:19; 1Tm 3:10-1242 Tg 4:11; Pv 17:9; 1Pe. 4:843 Gn 18:19; Gn 35:2; Js 24:14; 1Tm 5:14; Pv 31:144 Hb 13:2; Gn 18:6; Rm 12:13; 2Co 9:6; Lc 16:9; 1Tm 3:2; 1Tm 5:10; Pv 11:20; Pv 11:28; Ne. 8:1; Pv 19:17; Jó 29:13; Jo 31:20 At 20:3545 Dt 32:29; Sl. 39:4; Sl. 90:12; Rm 14:8; Hb 13:14; 1Pe 1:17; Sl 3:5; Sl 37:37; Sl 49:15; Sl 73:24; Sl. 116:15; Pv 14:32; Ecc 7:1; Lc 16:22; Lc 23:43; 1Co 15:51-57; 2Co 5:1; 2Co 5:4; 2Co 5:8; Fp. 1:20-23; 1Ts 5:9; 2Pe 1:11; 2Pe 1:14; Ap. 14:13; Sl. 23:4

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"