domingo, 15 de julho de 2007

OS 5 DEGRAUS DO ARREPENDIMENTO - D.L.MOODY

OS 5 DEGRAUS DO ARREPENDIMENTO

Eu não me dirijo somente ao não convertido, porque sou daqueles que crêem que a igreja precisa se arrepender muito antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo. Acredito firmemente que o baixo padrão de vida cristã está mantendo muita gente no mundo e nos seus pecados. Se o incrédulo vê que o povo cristão não se arrepende, não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa. Assim, quero pregar tanto para os cristãos como para os não-convertidos, tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador. Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento: 1. Convicção. 2. Contrição. 3. Confissão de pecado. 4. Conversão. 5. Confissão de Cristo diante do mundo. Convicção Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem em suas velhas vidas. Nos últimos anos tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números. Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, eles serão carregados de volta para o mundo. Creio que é um erro lamentável conduzirmos tantas pessoas à igreja que nunca experimentaram a verdadeira convicção de pecados. O pecado no coração do homem é tão negro hoje quanto o foi em qualquer outra época. Às vezes penso que está mais negro. Porque quanto maior a luz que uma pessoa tiver, maior sua responsabilidade, e por conseguinte maior a sua necessidade de profunda convicção. Até que a convicção de pecados nos faça cair de joelhos, até que estejamos completamente humilhados, até que tenhamos perdido toda esperança em nós mesmos, não podemos encontrar o Salvador. Há três coisas que nos levam à convicção: (1) A Consciência; (2) A Palavra de Deus; (3) O Espírito Santo . Todos os três são usados por Deus. Muito antes de existir a Palavra escrita, Deus tratava com o homem através da consciência. Foi por isto que Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor Deus entre as árvores do Jardim do Éden. Foi isto que convenceu os irmãos de José quando disseram: 'Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos. Por isso', disseram eles (e lembre-se, mais de vinte anos haviam se passado depois que eles o venderam como cativo), ' por isso nos vem essa ansiedade'. É a consciência que devemos usar com nossos filhos antes de atingiram uma idade onde podem entender a Palavra e o Espírito de Deus. E é a consciência que acusa ou inocenta o ímpio. A consciência é 'uma faculdade divinamente implantada no homem, que o pede a fazer o que é certo'. Alguém disse que ela nasceu quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, quando seus olhos foram abertos e 'conheceram o bem e o mal'. Ela julga, mesmo contra nossa vontade, os nossos pensamentos, palavras, e ações, aprovando ou condenando-os de acordo com a sua avaliação de certo ou errado. Uma pessoa não pode violar sua consciência sem sentir a sua condenação. Mas a consciência não é um guia seguro, porque freqüentemente ela só dirá que uma coisa é errada depois de você a praticar. Ela precisa ser iluminada por Deus porque faz parte de nossa natureza caída. Muitas pessoas fazem o que é errado sem serem condenadas pela consciência. Paulo disse: 'Na verdade, a mim me parecia que muitas cousas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno' (At 26:9). A própria consciência precisa ser educada. Outra vez, a consciência freqüentemente é como um relógio despertador , que a princípio desperta e acorda, mas com o tempo a pessoa se acostuma com ele, e então perde o seu efeito. A consciência pode ser asfixiada. Creio que cometemos um erro em não dirigirmos as pregações mais para a consciência . Portanto, no devido tempo a consciência foi suplantada pela Lei de Deus, que no seu tempo foi cumprida em Cristo. Neste país cristão, onde as pessoas têm Bíblias, a Palavra de Deus é o meio que Deus usa para produzir convicção. A Bíblia nos diz o que é certo e o que é errado antes de você cometer o pecado, e assim o que você precisa é aprender e apropriar-se de seus ensinos, sob a direção do Espírito Santo. A consciência comparada à Bíblia é como uma vela comparada ao sol lá no céu. Veja como a verdade convenceu aqueles judeus no dia de Pentecostes. Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou que 'este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo'. 'Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?' (At 2: 36, 37). Em terceiro lugar, enfim, o Espírito Santo convence. Algumas das mais poderosas reuniões de que já participei foram aquelas em que houve uma espécie de quietude sobre o povo e parecia que um poder invisível se apoderava das consciências. Lembro-me de um homem que veio à reunião e no momento em que entrou, sentiu que Deus estava lá. Um senso de reverência veio sobre ele, e naquela mesma hora sentiu convicção e se converteu. Contrição A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humilhação de coração por causa do pecado . Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos . Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mãe, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: 'Mãe, sinto muito. Perdoe-me'. Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou. O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. 'Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.' 'Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus.' Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: 'Arrependam-se! Arrependam-se! ' Confissão de pecado Se tivermos verdadeira contrição, ela nos levará a confessarmos nossos pecados. Creio que nove décimos dos problemas em nossa vida cristã são resultado de não fazermos isso. Tentamos esconder e cobrir nossos pecados. Há muito pouca confissão deles. Alguém disse: 'Pecados não confessados na alma são como uma bala no corpo'. Se você não tiver poder, talvez seja porque há algum pecado que precisa ser confessado, alguma coisa em sua vida que necessita ser removida. Não importa quantos salmos você cante, ou a quantas reuniões você compareça, ou o quanto você ore e leia a sua Bíblia, nada disso encobrirá esse tipo de problema. O pecado deve ser confessado, e se o meu orgulho me impede de confessar, não devo esperar misericórdia de Deus nem respostas às minhas orações . A Bíblia diz: 'O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará' (Pv 28:13). Pode ser um homem no púlpito, um sacerdote por trás do altar, um rei no trono _ não me importo quem ele seja. O homem está tentando fazer isso há seis mil anos. Adão o tentou e falhou. Moisés o tentou quando enterrou o egípcio que matou, mas falhou. 'Sabei que o vosso pecado vos há de achar.' Por mais que você tente enterrar o seu pecado, este tornará a aparecer mais cedo ou mais tarde, se não for apagado pelo Filho de Deus. Se o homem nunca conseguiu fazer isso em seis mil anos, é melhor você e eu desistirmos de tentar. Há três maneiras de se confessar pecados . Todo pecado é contra Deus, e a Ele deve ser confessado. Há pecados que eu não preciso confessar a pessoa alguma no mundo. Se o pecado foi entre mim e Deus, devo confessá-lo sozinho no meu quarto. Não preciso cochichá-lo no ouvido de nenhum mortal. 'Pai, pequei contra o céu e diante de Ti.' 'Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os Teus olhos.' Mas se fiz algo errado a alguma pessoa, e ela sabe que a prejudiquei, devo confessar o pecado não somente a Deus mas também a esta pessoa . Se o meu orgulho me impede de confessar meu pecado, não preciso ir a Deus. Posso orar, posso chorar, mas isso não adiantará. Primeiro confesse àquela pessoa, e depois a Deus, e veja com que rapidez Ele lhe ouvirá e lhe enviará a paz. 'Se pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.' (Mt 5: 23, 24). Esse é o caminho bíblico. Há outra classe de pecados que devem ser confessados publicamente. Suponha que fui conhecido como um blasfemador, um alcoólatra ou um depravado. Se me arrependo de meus pecados, devo ao público uma confissão. A confissão deve ser tão pública quanto foi a transgressão. Muitas vezes uma pessoa dirá algo maldoso a respeito de outra na presença de terceiros, e então tentará apaziguar isso indo somente à pessoa prejudicada. A confissão deve ser feita de forma que todos os que ouviram a transgressão possam ouvir a confissão. Somos bons em confessar o pecado de outras pessoas, mas se experimentarmos um verdadeiro arrependimento, ficaremos mais que ocupados cuidando dos nossos próprios pecados. Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo. 'Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça' (1 Jo 1:9). Obrigado Senhor pelo Evangelho! Crente, se há algum pecado em sua vida, resolva confessá-lo, e seja perdoado. Não deixe nenhuma nuvem entre você e Deus. Garanta o seu título para a mansão que Cristo foi preparar para você . Conversão A confissão leva à verdadeira conversão, e não pode haver uma verdadeira conversão, até que se tenha dado esses três passos . Agora a palavra conversão significa duas coisas. Dizemos que uma pessoa é 'convertida' quando nasce de novo. Mas conversão também tem um significado diferente na Bíblia. Pedro disse: 'Arrependei-vos...e convertei-vos' (At 3:19). Existe uma versão que traduz assim: 'Arrependei-vos e voltai-vos'. Paulo disse que não foi desobediente à visão celestial, mas começou a pregar a judeus e gentios para que se arrependessem e se voltassem para Deus. Um certo teólogo de outra época disse: 'Todos nós nascemos de costas para Deus. O arrependimento é uma mudança de trajetória. É uma volta de cento e oitenta graus .' Pecado é afastar-se de Deus. Como alguém disse, é aversão a Deus e conversão para o mundo; enquanto que o verdadeiro arrependimento significa conversão a Deus e aversão ao mundo. Quando há verdadeira contrição, o coração está entristecido por causa do pecado; quando há verdadeira conversão, o coração fica liberto do pecado. Deixamos a velha vida, somos transportados do reino das trevas para o reino da luz. Maravilhoso, não é? A não ser que nosso arrependimento inclua essa conversão, não vale muito. Se alguém continua em pecado, é a prova de uma profissão inútil. E como bombear água para fora do navio, sem tampar os vazamentos. Salomão disse: 'Se o povo orar... e confessar teu nome, e se converter dos seus pecados... '(2 Cr 6:26). Oração e confissão não seriam de proveito nenhum enquanto o povo continuasse em pecado. Vamos prestar atenção à chamada de Deus. Vamos abandonar o velho caminho perverso. Voltemos ao Senhor, e Ele terá misericórdia de nós, e ao nosso Deus, porque Ele perdoará abundantemente. Confissão de Cristo Se você é convertido, o próximo passo é confessar isso abertamente . Ouça: 'Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação' (Rm 10:9, 10). A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento . Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstração, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso. Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo! Autor: Dwight L. Moody

A trombeta esta soando mas ninguém se preocupa- David Wilkerson

A trombeta esta soando mas ninguém se preocupa

De todos os profetas do Velho Testamento, Amós fala mais claramente aos nossos dias. A profecia que ele traz se aplica à nossa geração, como se fosse recortada das manchetes de hoje. Em verdade, a mensagem de Amós é uma profecia dupla; foi dirigida não apenas ao povo de Deus em seus dias, mas também à igreja de agora, em nosso tempo.
Amós descreve Deus como um leão que ruge, pronto para atacar Israel com julgamento: “Rugiu o leão, quem não temera? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Amós 3:8). O profeta declara: “Deus se levantou como um leão que ruge, pronto para atacar a presa. E ao ouvir esse rugir do leão, tenho de avisar”.
O Senhor estava usando Amós para despertar Israel. Qual era a mensagem? Resposta: Deus estava prestes a enviar julgamento sobre o povo, devido à malignidade e corrupção devastadoras.
Naturalmente, Deus nunca julga um povo sem primeiro levantar vozes proféticas para o prevenir. “Certamente, o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (3:7). Agora, Amós vendo a nuvem do juízo se formando, é compelido a dizer: “Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” (3:6). A mensagem de Amós aqui é de fazer a gente ferver por dentro: “Deus fez soar a trombeta de advertência para Seu povo. Mas ninguém se alarmou”.
Neste exato instante, muito poucos querem ouvir mensagem que tenha a ver com julgamento. O nosso país já está coberto pelo medo. Esperamos outro ataque terrorista a qualquer momento. E a economia se mostra mais árida do que nunca. As pessoas dizem: “Não dá para agüentar mais”.
Mas o Senhor fala segundo o Seu querer. E Seu Espírito nos provê forças para ouvir Sua palavra, entregue por ungidos servos. O nosso Senhor irá fielmente capacitar Seu povo para suportar seja o que for.
Amós Dirige Suas Profecias Primeiramente ao Povo de Deus, à Igreja de Concessões.
Ao profetizar, Amós se dirige às nações gentílicas em torno de Jerusalém. Certamente esses pagãos cairíam sob a ira de Deus. Eles estavam roubando as fronteiras de Israel, travando guerra contra ele, e matando seus filhos.
Contudo, agora Amós diz: “Ouvi a palavra que o Senhor fala contra vós outros, filhos de Israel” (Amós 3:1). O rugir do leão era contra o próprio Israel. O povo de Deus estava prestes a ser punido por corromper a pura adoração ao Senhor: “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi; portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades” (3:2).
Há uma lei divina que ressoa por todas as escrituras. Ela diz, basicamente: “Quanto maior a medida da graça derramada sobre um povo, maior será o julgamento que cairá sobre esse povo, se a graça de Deus for desprezada”. Se um povo recebeu muita verdade, ele é mais responsável. E se corromper essa verdade, seu julgamento será dobrado.
Agora mesmo, Deus certamente está julgando os Estados Unidos por sua corrupção. Fico pensando em todos os modos pelos quais a nossa nação tem removido o nome de Deus do público. Na minha infância e juventude, aprendi que os Estados Unidos eram um país cristão, fundado por homens piedosos que buscavam liberdade para adorar o Senhor em verdade. Naturalmente, a África do Sul e outros países afirmam ter tido a mesma origem.
Não tenho dúvida de que Deus abençoou certas nações como a nossa, para ajudar a evangelizar o mundo. Em sua infância, esse país, entre todas as nações da terra, foi aquele que mais enviava missionários. Os Estados Unidos enviaram pastores, mestres e evangelistas por todo o globo. Enquanto isso, um povo santo dentro do país refreava as ondas de iniqüidade. Líderes piedosos, pastores dedicados e congregações zelosas se levantavam para honrar o nome do Senhor.
Mas a iniqüidade começou a vir em abundância. O nome de Deus foi zombado. E nosso país acabou se tornando obcecado pelo prazer. Nos voltamos para os ídolos de riqueza, prosperidade, ganho material. E rapidamente perdemos o zelo e a compaixão pelos perdidos. Agora deixamos de ser um país que envia muitos missionários. Em vez disso, estamos exportando um evangelho de prosperidade, e de ambição.
Em Seu grande amor e sabedoria, o Senhor tem procurado purificar a nossa nação com correções severas. Ele permite secas, inundações, colapsos financeiros, furacões, mudanças drásticas do tempo. Ele está soando a trombeta alto. Mas ninguém está ficando alarmado por causa disso.
Muitos ministros declaram: “Deus não é asssim. Não é Ele que está por trás dessas tragédias. Tudo isso é obra do diabo”. Não dá para eu dizer o quanto esses ministros me deixam irritado com isso. Eles não conhecem a Bíblia. Preste atenção às seguintes palavras de Amós:
• “...vos deixei de dentes limpos em todas as vossas cidades e com falta de pão em todos os vossos lugares; contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor”. Deus está dizendo claramente ao povo, que Ele está prestes a causar um colapso econômico em seu meio.
• “Além disso, retive de vós a chuva, três meses ainda antes da ceifa; e fiz chover sobre uma cidade e sobre a outra, não; um campo teve chuva, mas o outro, que ficou sem chuva, se secou” (4:7). O Senhor claramente controla o clima, seja ele bom ou mau.
• “Andaram duas ou três cidades, indo a outra cidade para beberem água, mas não se saciaram” (4:8). Deus controla a seca. E agora mesmo, estados inteiros estão tendo de racionar água.
• “Feri-vos com o crestamento e a ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras, devorou-a o gafanhoto” (4:9). Nos últimos meses, Nova York foi invadida por enxames de bezouros japoneses. Esta peste está matando árvores em Central Park, e destruindo vastos acres de floresta ao norte.
• “Feri-vos” (4:9). Quem é o responsável por todas essas coisas? Deus quer que fique bem claro em nossas mentes: Ele está por trás de tudo. “Enviei a peste contra vós outros à maneira do Egito; os vossos jovens, matei-os à espada, e os vossos cavalos, deixei-os levar presos, e o mau cheiro dos vossos arraiais fiz subir aos vossos narizes; contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor” (4:10).
Você não pode me dizer que o Senhor não está por trás de todos os julgamentos que estamos experimentando. Muitos ministros apresentam Deus como um avô bonzinho e meio caduco. É claro, o Senhor é misericordioso e traz graça. Mas o quê esses pastores não entendem é que os julgamentos de Deus são a Sua misericórida e a Sua graça. Ele está dizendo: “Voltem para mim. Tive de enviar essas correções para purificar a nação, e receber sua atenção. Vocês chegaram tão fundo no pecado, que ficaram cegos. Agora julgamento é a única linguagem que entenderão. Tudo isso é por causa do amor que tenho por vocês”.
Amós Profetiza um Duplo Julgamento: Sobre a Nação e Simultaneamente Sobre a Igreja
Amós fala dos julgamentos de Deus como “grandes tumultos” (Amós 3:9). A palavra tumulto significa estado de confusão. Em outras palavras, o país será levado ao caos e a transtornos através de grandes ataques de violência e terror.
“Porque...não sabe fazer o que é reto, diz o Senhor, e entesoura nos seus castelos a violência e a devastação” (3:10). O que Amós quer dizer aqui quando se refere a palácios? Ele está falando do que chamaríamos grandes negócios ou enormes corporações.
Pense nos acontecimentos que têm se desenvolvido em nosso país atualmente. Inúmeros dentre os mais respeitados grupos de negócios na história estão sendo denunciados por “entesourar nos seus castelos”. Presidentes de instituições confiáveis trapacearam os acionistas através de práticas fraudulentas de contabilidade. Dispensaram milhares de empregados. Enquanto isso, construíram enormes pés de meia para si próprios. Enquanto empobreciam alguns, asseguravam riquezas para seu próprio benefício.
Amós declara: “Os teus castelos serão saqueados” (3:11). Essas corporações, antes inabaláveis, agora estão falindo. Wall Street treme. Contudo, mais terrível do que tudo, Amós prediz uma peste de medo, devido a ataques de terror de costa à costa: “Um inimigo cercará a sua terra, derribará a tua fortaleza” (3:11). Será que as palavras do profeta poderiam vir em hora mais certa? Ele avisa: “Um inimigo vai jogar longe a sua coroa de esplendor. Esses palácios de poder e bens nos quais vocês se gloriam, serão arrasados até o solo”.
Após tudo isso, um leão econômico aparecerá, devorando a riqueza e a prosperidade daqueles que se enriqueceram pelo roubo: “Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas ou um pedacinho da orelha, assim serão salvos os filhos de Israel que habitam em Samaria com apenas o canto da cama” (3:12).
Quando um leão se apossa da presa, ele devora até chegar ao osso. É exatamente isso que Amós diz que o inimigo fará com os luxuosos ricos. Ele não vai deixar nada senão reduzidos restos das riquezas conseguidas ilegalmente. Amós lhes diz: “Vocês achavam estar seguros por causa dos milhões guardados. Mas um leão urrando vai devorar tudo; quando acabar, não vai sobrar nada senão carcaça”.
Amado, hoje a mesma trombeta de advertência está soando novamente nos Estados Unidos. Mas muito poucas pessoas estão ficando alarmadas com isso.
Deus Diz Que ao Visitar Com Seus Julgamentos as Nações, Também Visitará a Igreja.
As escrituras afirmam que o julgamento começa pela casa de Deus. Na verdade, antes de atacar qualquer nação, o Senhor revelará Sua ira na igreja: “Ouvi e protestai contra a casa de Jacó...No dia em que eu punir Israel, por causa das suas trangressões, visitarei também os altares de Betel” (Amós 3: 13-14). A casa de Jacó aqui representa a igreja, o povo de Deus.
Pense no que Amós profetiza nesse ponto: Deus certamente julgaria toda nação que se virasse contra Ele. Ele permitiria que adversários ímpios pilhassem e aterrorizassem estas nações. E toda pessoa que se voltasse para os prazeres do mundo e para a corrupção, seria humilhada e diminuída. Contudo, em meio à todas essas coisas, a primeira preocupação de Deus ainda seria a Sua igreja. Ele se preocupa com o Seu povo, com aqueles que se chamam pelo Seu nome.
Não importa se o governo remove o nome de Deus das moedas, dos tribunais, das escolas e dos lugares públicos. Nada disso faz sofrer o Senhor mais do que o mal presente em Sua igreja. Deus ri das tentativas tolas dos ímpios em empurrá-Lo para fora da sociedade. O dia de acerto de contas dessas pessoas já chegou. Nesse exato momento elas estão sendo visitadas pela Sua ira. Mas quem mais fere o Senhor é a Sua própria família. Ele se magoa mais profundamente pela corrupção de Seus filhos.
O Senhor então focaliza o quê estava ocorrendo nos altares de Israel. O nome Betel quer dizer “casa de Deus, local de pura adoração”. No passado foi dito o seguinte sobre esses altares: “O Senhor está neste lugar” (Gênesis 28:16). Em verdade, Jacó chama Betel de “temível lugar” (v. 28:17). Com isso ele quis dizer lugar de reverência, porque Deus manifestou Sua presença lá.
Betel é onde Jacó recebeu a visão da escadaria subindo ao céu. Era um lugar santo de adoração, onde Deus encontrava os que O buscavam em pureza. Com freqüência, por toda a história de Israel, o Senhor referiu a Si próprio como “o Deus de Betel”. E certa ocasião, Ele instrui Jacó a retornar a Betel para restaurar os altares.
Em resumo, Deus estava dizendo a Israel: “Vou julgar sua nação corrupta. O mundo vai tremer por causa da guerra e da violência que virá sobre vocês. Vou mandar enchentes, secas, pestes, ferrugem nos vegetais. A economia será demolida, suas riquezas serão devoradas. No entanto, ao mesmo tempo em que faço essas coisas, também visitarei Betel. Vou derramar julgamento sobre o Meu povo, porque corrompeu os Meus altares. Vou puni-lo por causa da adoração iníqua”.
Isso já tinha acontecido anteriormente em Betel. Quando Jeroboão se tornou rei, ele corrompeu a adoração: “Pelo que o rei...fez dois bezerros de ouro; e disse...vês aqui teus deuses...Pôs um em Betel e o outro, em Dã. E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia...para adorar...e...constituiu sacerdotes que não eram dos filhos de Levi” (I Reis 12:28-31).
Primeiro, Jeroboão erigiu ídolos nos lugares de adoração. Depois pegou elementos criminosos da sociedade, pessoas cujo coração não estava em Deus, e os nomeou sacerdotes. A adoração em Israel se corrompeu inteiramente, porque provinha de corações iníquos e maus. Então, desde o reinado de Jeroboão até os dias de Amós, Deus depreciou Betel, considerando-o um lugar de miscigenação, mistura. E Ele finalmente julgou essa falsa adoração. Ele derrubou o altar, e acabou com ele.
Hoje, permanece um espírito de Betel na igreja. É uma posição de apostasia espiritual. E sua principal característica é uma adoração de miscigenação programada para atrair multidões. É uma demonstração exterior da carne, cheia de zelo e exuberância. Mas não tem nenhuma santidade. E é uma armadilha que está enlaçando muitos nesses últimos dias. Quanto mais essas pessoas crêem que essa adoração é de Deus, mais cegas se tornam. E o Senhor está pronto para julgar tudo isso. Ele avisa: “Se você está envolvido nessa adoração corrupta, estará apenas multiplicando os pecados”.
Novamente Deus volta a falar: “Oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai ofertas voluntárias, e publicai-as” (Amós 4:5). Por que Ele diz isso? É porque a lei proibia levedo em carne oferecida para ser consumida pelo fogo (v. Levítico 2:11). Além disso, pão com fermento era só para os sacerdotes. Igualmente, toda oferta voluntária de pão deveria trazer “bolos asmos amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite” (7:12).
Essas ofertas não fermentadas serviam como ilustração. Significavam preces que fossem puras. Por todas as escrituras, o fermento é visto como um tipo de pecado carnal. Era às vezes usado para se referir à lepra. A mensagem de Deus aqui é clara: “As suas ofertas de louvor estão cheias de carnalidade. Só aceito sacrifícios santificados, ofertados por mãos limpas e corações puros. Não pode haver fermento, nenhuma indulgência carnal, na Minha presença”. “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3-4).
Exteriormente os adoradores de Betel eram muito religiosos. Zelosamente faziam os sacrifícios à toda manhã. E eram fiéis no dízimo e nas ofertas. Novamente, Deus insiste: “Cada manhã, trazei os vossos sacrifícios e...os vossos dízimos” (Amós 4:4). Ele via tais pessoas começar cada dia com louvor e adoração. Alegravam-se ao ir às reuniões de louvor. Em verdade, o movimento de adoração de Betel ficou tão popular, que se extendeu às cidades da região, de Betel a Gilgal, a Berseba.
Mas o Senhor avisava a todos: “Porém não busqueis a Betel, nem venhais a Gilgal, nem passeis a Berseba...Betel será desfeita em nada” (5:5). Deus estava prestes a derrubar tudo. Ele consumiria todos os sacrifícios fermentados de louvor e adoração. Por que? Porque “deitais por terra a justiça” (5:7).
Graças a Deus Pelos Altos, Aceitáveis e Santos Louvores Que Sobem Até Ele
Deus ainda possui um remanescente santo e separado, cujos sacrifícios de louvor são puros. São santos piedosos que não estão presos aos cuidados do mundo. O seu louvor tem o som de poderosas águas que jorram. E estão quebrantados diante do Senhor, em santa reverência por Ele. Desta reverência provêm gloriosos gritos de louvor.
Porém multidões dentro da igreja estão sempre procurando coisa nova. Desejam maneiras novas e estimulantes de se adorar a Deus. Então buscam altares de Betel, onde o louvor é alto e alegre. Mas a adoração nesses lugares é dirigida por homens que não pranteiam pelo pecado existente na casa de Deus. Seu louvor pode ser exuberante e cheio de cores. Mas inexiste a verdadeira presença de Cristo. E inexiste proteção contra os enganos da carne.
Provavelmente foi estimulante tomar parte nas reuniões de louvor em Betel. Mas os adoradores não tinham interesse nas coisas de Deus. Eles não ajudavam os pobres, nem atendiam ao necessitado. Antes, seu louvor era cheio de carnalidade e fermento. Amós previne: “Buscai ao Senhor...para que não irrompa na casa de José como um fogo” (Amós 5:6). Igualmente, desejo oferecer esse aviso do Senhor: o seu pastor não está pregando uma palavra que expõe o pecado? Não há uma repreensão piedosa, um chamado ao arrependimento, uma advertência para abandonar o pecado? Então você provavelmente está adorando em um altar de Betel. E corre grande perigo de ser enganado.
Deus declarou: “Visitarei também os altares de Betel; e as pontas do altar serão cortadas e cairão por terra” (3:14). Essa palavra é devastadora. No Velho Testamento, o altar de madeira do templo tinha quatro pontas nos cantos. Essas pontas eram cobertas por metal, e tinham a forma de chifres de carneiro. Os chifres representavam o direito do santuário. Agarrando-se a eles, o infrator da lei se colocava sob a graça salvadora e protetora de Deus. Quando era menino, ouvi muitos antigos santos dizendo: “Estou seguro, Senhor. Me agarrei nas pontas do altar”.
Vemos esse tipo de santuário ilustrado na vida de Adonias, filho de Davi. Esse rebelde tinha tentado usurpar o trono de Israel. Mas o outro filho de Davi, Salomão, determinou prisão e morte para Adonias. Em pânico, Adonias fugiu para o templo, e se agarrou às pontas do altar. Sua vida foi poupada.
Agora Deus estava dizendo a Amós que cortaria essas impressionantes pontas de proteção. O Senhor iria arrancar as pontas do altar, e jogá-las ao chão. Isso significava que o povo não ficaria mais sob Sua proteção. Pelo contrário, ficaria sujeito a grande engano. Não teriam nenhuma segurança contra falsos doutrinas, ou falsa adoração.
Tenho Visto os Terríveis Resultados da Adoração Num Altar Sem Pontas
Na África, multidões de todo o mundo vêm para ouvir um homem que diz ter recebido profecias de Deus no ventre materno. Especialmente os americanos, viajam às centenas para receber “profecia pessoal” deste homem. Mas a mensagem é totalmente não bíblica, e blasfema. São pessoas que buscam, na ignorância, e estão caindo no engano.
Num estado dos Bálcãs, uma profetiza afirma guiar pessoas à viagens para o inferno. Ela foi feiticeira, e diz uma vez ter estado, ela mesma, no inferno. Ela orienta as pessoas para se deitarem no chão e liberar a mente, enquanto as guia à uma viagem imaginária por onde ela já passou. As pessoas se aglomeram em torno dela para a experiência. Mas nada disso é bíblico, é absurdo total. Em verdade, há algo do mal na base deste trabalho.
No Brasil, um evangelista promete curar câncer por 1.000 dólares. Também faz exorcismo por uma taxa. Tem um número enorme de seguidores, e está ficando rico com suas declarações. Porém, é totalmente não bíblico - um engano completo.
Os próprios Estados Unidos se tornaram os maiores vendedores de evangelho enganador. Como? Os cristãos se tornaram analfabetos biblicamente. Não se preocupam mais em ler a palavra de Deus. Não querem mais jejuar ou gastar tempo em oração. Em vez disso, correm para lá e para cá, em busca de ensinos que agradem à carne, ministrados por algum evangelista que faça concessões.
Como multidões de crentes caem nesses enganos? Como se desviam com tanta facilidade? Como tantas pessoas ficam tão cegas à obras falsas da carne? Amós nos responde o porquê: suas muralhas de proteção caíram, por causa do pecado. Deus removeu as pontas do altar. E as pessoas perderam todo o discernimento. Esses crentes estarão entre os primeiros a abraçar o anticristo.
Deus Diz que ao Visitar Sua Igreja, Ele Fechará Tudo Que Estiver Contaminado
Em todas as vinhas [igrejas] haverá pranto, porque passarei pelo meio de ti, diz o Senhor. Ai de vós que desejais o Dia do Senhor! Para que desejais o Dia do Senhor? É dia de trevas e não de luz...Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles...Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene” (Amós 5:17-24).
A mensagem de Deus é clara: enquanto Sua justiça não começar a jorrar em nosso meio, purificando nossos corações, não seremos capazes de Lhe dar verdadeiro sacrifício de adoração. Louvor proveniente de corações cheios de lascivia e cobiça, são senão barulho aos Seus ouvidos. Ele não aceitará a adoração daqueles que buscam só prazer, ou se recusam a perdoar os outros.
No meio de todas essas advertências proféticas, Amós traz essa palavra de esperança: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis. Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez o Senhor, Deus dos Exércitos, se compadecerá do restante de José” (5:14-15).
Insisto com você: leve a sério a mensagem de Amós. Busque o Senhor de todo o coração. Permita-se ser julgado por Sua palavra. Confesse e abandone o pecado. Então Deus o abençoará dando discernimento. Você saberá se está adorando em um altar de Betel. E será capaz de adorá-Lo em Espírito e em verdade.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"