sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Mistérios de Deus- Stephen Kaung

Mistérios de Deus
Stephen Kaung

Amados irmãos e irmãs.

Nós gostaríamos de agradecer ao Senhor por nos ter dado este privilégio de visitá-los. . É sempre um gozo, um enorme prazer ,encontrarmos com o povo de Deus, de todas os lugares.
Vós sois os amados do Senhor e também os nossos.
Agradecemos ao Senhor por nós ter dado este privilégio. Não vou pregar, necessariamente, neste momento, mas vou apenas compartilhar com vocês aquilo que é bem querido em nossos corações. Se nós abrirmos a carta de Efésios, capítulo 1, versos 9 e 10. ("9 desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 10 de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra;"); Colossenses capítulo 2, verso 1 até versículo 10 ("01 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face;
2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo,
3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.
4 Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes.
5 Pois, embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
6 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,
7 nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.
8 Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;
9 porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.
10 Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.")

Vamos ter mais uma palavra de oração.
Amado Senhor, nós queríamos te agradecer por nos reunir aqui esta noite, nós te agradecemos pela sua promessa preciosa, de que, onde dois ou três estiverem reunidos em teu nome, tu estarias ali no meio deles; nós realmente cremos que o Senhor está aqui; estamos todos nós diante de ti; fala Senhor porque os seus servos ouvem; nós te pedimos que o Senhor venha abençoar a sua palavra; que nos dê o Espírito de Sabedoria e Revelação; para que nos verdadeiramente possamos conhecê-lo e conhecer a Ti, isto é a vida eterna; e nós colocamos estes momentos nas tuas mãos a nossa expectativa de que o Senhor vai realmente nos abençoar. A Ti seja dada a Glória no nome do Nosso. Senhor Jesus Cristo. Amém.
Na Bíblia nós temos várias menções da palavra mistério ou mistérios. A palavra mistério, significa alguma coisa que está oculta ou que está aguardando para ser revelada.
É um segredo que precisa ser revelado. A palavra mistério, não é necessariamente algo que signifique mistério, ou algo neste sentido. Na verdade, esta palavra é usada mais freqüentemente para alguma coisa que é muito gloriosa.
Em 2 Tessalonissenses, capítulo 2, versículo 7, (7 Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;) temos o mistério da Iniquidade.
Em Apocalipse, capítulo 17, no versículo 5, (5 Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.) encontramos o mistério, da Grande Babilônia, e também no versículo 6, ( Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.
7 O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher), encontramos o mistério da mulher e da besta que a carregou.
Nestes dois casos, nós vemos, realmente, que estes mistérios são referentes a algo maligno.
E mesmo sendo maligno precisa ser revelado. De outra forma nós não seríamos capazes de os compreender.
Mas no restante das escrituras, quando a palavra mistério ou o seu plural são utilizadas, na realidade se referem a alguma coisa muito boa. Por exemplo em Romanos capítulo 11, nós encontramos que Paulo, ali menciona um mistério que tem a haver com Israel. Após a Plenitude, ou quando chegar o Tempo das Nações, Israel, será salvo. Em Mateus cap. 13, versículo 11,( Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido.), encontramos os mistérios do Reino dos Céus.
Em Primeiro Coríntios, capítulo 2,( 6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;
7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus pré ordenou desde a eternidade para a nossa glória;), é mencionado a Sabedoria de Deus, em um mistério., que está ligado com a glória para nós. Em primeiro Corintios, capítulo 15, versículo 51, Paulo menciona ali que há um mistério:( 51 ¶ Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,) Se você prosseguir e chegar a Efésios, ali você tem o mistério da Vontade de Deus, que Ele designou em si mesmo, segundo a sua Boa vontade, mesmo antes da fundação do mundo. Prosseguindo na carta aos Efésios, Cap. 5, você vai encontrar ali o Mistério de Cristo e a Igreja. Em Efésios, cap. 6, você tem então o Mistério do Evangelho das Boas Novas.
Em Colossenses, 1 versículos 26 e 27, (26 o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos;
27 aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;), encontramos as Riquezas da Glória do mistério concernentes às Nações, isto é Cristo em vós, a Esperança da Glória.
É claro em Col 2, 2(2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo,), onde encontramos que o mistério de Deus que é Cristo. Em I Tim, cap 3, 9, (9. conservando o mistério da fé com a consciência limpa.), temos o mistério da Fé, que nós poderemos guardar uma Sã Consciência. No mesmo capítulo, versículo 16, ( Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.) é colocado: Grande é o mistério da Piedade., que na realidade, é a semelhança com Deus..
Se formos até o Livro de Ap. 1, 20, (20 Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.), temos o Mistério dos Sete Candeeiros e das Sete Estrelas. No Cap 10, 7, - Quando a última trombeta soar, o Mistério de Deus é completo.
Encontro na Palavra de Deus endereços concernentes a estes Mistérios. Muitos são verdadeiramente gloriosos.
Para os nossos momentos hoje, gostaria de compartilhar, com vocês, o Mistério de Deus.
Irmãos e irmãs.
Deus é o grande Mistério de todo o Universo. Ele é o grande desconhecido. Ele é tão grandioso, que vai muito além da compreensão humana. O que nós conhecemos de Deus, é apenas que apraz a Ele revelar, a Si mesmo. Existem muitas coisas em Deus que nós nunca vamos compreender, porque Ele é infinito, e para a nossa mente finita, Ele está muito além da nossa compreensão.
Se Deus escondesse a si mesmo, ninguém iria conhecê-lo, mas nós agradecemos a Ele, porque Ele quer se revelar a Si mesmo, a nós. Segundo a nossa capacidade, Ele revela a Si mesmo. Um dos nomes do nosso Deus é "Jeová – que revela a si mesmo ".
É claro que você se lembra da história de Agar, no Cap 16 de Gênesis, onde se vê, que ela fugiu da sua senhora. O anjo do Senhor a encontrou, e Ele falou: "Volte e submeta-se a sua senhora".
Então Agar disse: 13 Então, ela invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê? ". – Um Deus que é visto, ou um Deus da visão. Lembrando o que o Apóstolo Paulo falou em Gálatas, Cap 1, 16, "Que aprouve a Deus revelar o seu Filho em nós". Realmente, nós temos que dar Graças a Deus, porque aprouve a Ele revelar seu Filho em nós, porque se Ele não se revelar a si mesmo, nós não seremos capazes de vê-lo.
O pouco que nós conhecemos Dele, é através de revelação. Sem a revelação que vem do alto, Deus seria um desconhecido. Mas com a sua revelação, é possível conhecer Dele aquilo que Ele deseja revelar a nós. Então, o nosso Deus, é um Deus que revela a si mesmo. Ele utiliza de diversas maneiras para se revelar a nós. Em primeiro lugar, Ele utiliza as coisas criadas para se revelar a si mesmo. Se você ler Rm 1, 19 e 20, onde é dito: "Aquilo que é conhecido de Deus, isto é, a sua divindade e seu poder eternos são feitos conhecidos através daquelas coisas que Ele criou. Quando nós vemos o sol a lua e as estrelas, e contemplamos todas as coisas que foram criadas, isso nos dá o conhecimento do poder eterno e da divindade do nosso Deus. Ele é poderoso, Ele é divino. Ele não é como nós humanos, fracos e sem qualquer poder. Contemple aquilo que Ele criou e que poder Ele tem demonstrado a nós. E quão Divino é aquilo que Ele revela a nós. É como o Salmista disse: "os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mão". Esta é uma das formas com que Deus se revela a nós . Em segundo lugar Deus se revela a nós através da história. Você se lembra quando o Apóstolo Paulo estava pregando em Atenas, no cap 17 do livro de Atos e ali dizia, que de uma vez só, Deus criou todas as nações, e que Ele determinou os limites, as fronteiras que cada nação ocuparia, para que eles pudessem buscar a Deus. Na verdade, a história, é uma das maneiras de Deus se revelar a Si mesmo. Ele mostra a nós que Ele está no controle, que as coisas não apenas acontecem e que o tempo está nas suas mãos, que Ele determina os limites de cada nação e, até mesmo, o quanto que uma nação vai durar está de acordo com a vontade Dele. Se nós estudarmos a história, nós veremos que Ele é a motivação por detrás de toda a história. Ele explica para nós o que é história. Algumas pessoas dizem que a história ( em inglês " history como His story ", isto é, Sua história, a história do Senhor Jesus ) é a sua Glória.
Em terceiro lugar, Deus também se revela através da Lei que Ele deu a Moisés e ao seu povo, retirando o seu povo do Egito e o trouxe para Si mesmo, os trouxe até o Monte Sinai, e ali lhes deu os Dez Mandamentos, mandamentos estes , que na verdade, revelam o caráter de Deus.
Os primeiros quatro mandamentos revelam para nós como Deus é Santo, que Ele é diferente, diferente completamente do resto do mundo. Ele é incomum, Ele é especial, é Singular, é extraordinário e Ele subsiste em Si mesmo. Isso é Santidade. Os quatro primeiros mandamentos nos revelam, então, que Deus é Santo. Os próximos seis mandamentos nos mostra que Deus é Justo e pelo fato de ser Justo e Reto, Ele deseja que o nosso relacionamento uns com os outros seja justo e reto. Através da Lei, Deus nos revela algo do seu caráter, e vemos também que Deus se revela através dos profetas dos tempos antigos.
Em Hebreus 1, 1, (1 - Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas ) , Deus revelou sua mente para o seu povo, o que Ele pensa a respeito dele, o que Ele deseja que ele seja, por meio das palavras proféticas, e melhor do que tudo, nos últimos dias, Deus, nos falou através do seu Filho. Somos gratos a Deus, porque Ele, Deus, tem tentado se revelar a nós, desejando que nós O conheçamos, e procurando as diversas maneiras para que nós o conheçamos, mas Graças a Deus, nos últimos dias Ele nos falou do seu Filho. Essa 'é a revelação verdadeiramente completa, a revelação Plena de Deus – Ele mesmo.
Em João, Cap 1,18 (18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem O revelou.) Ninguém conhece a Deus, mas o Filho que está no seio do pai declara. O Senhor Jesus, o Filho de Deus, veio até este mundo para declarar, como é Deus. E a sua declaração é a mais completa e a mais plena. Ninguém jamais viu a Deus, e ninguém jamais conheceu a Deus. Em Mateus capítulo 11 - ninguém conhece seu Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e àqueles a quem ele deseja revelar. Conclusão. - ninguém, neste mundo, verdadeiramente conhece a Deus.
As pessoas do mundo podem saber a respeito de Deus, mas ninguém conhece Deus, apenas o Filho, e ninguém conhece o Pai, senão aqueles à quem o Filho aprouve revelar.
Como nós queremos agradecer ao Senhor Jesus, por ter querido revelar o seu Pai a nós, para que possamos conhecer Deus, o nosso Pai. Tudo isso é revelado pelo seu Filho Unigênito, que não somente nos revelou o Pai, não apenas através Dele Ele declara o Pai, mas também Nele nós vemos o Pai. Sabemos que Ele veio a este mundo para nos mostrar, nos dizer, como é o Pai, e esta é a descrição completa do Pai. Ele veio a este mundo para nos mostrar o Pai, Ele mesmo. Em João Cap. 14, quando o Senhor Jesus disse, que estava partindo, e Felipe fez aquela pergunta; "Senhor; mostra-nos o Pai e nós ficaremos satisfeitos".
Jesus então lhe respondeu que tinha estado com eles todo este tempo e ainda pediam para que Ele lhes mostrasse o Pai? Não sabeis que eu estou no Pai e o Pai está em mim? E que, quem vê a mim, vê ao Pai. ?
Irmãos e irmãs. Nós vemos que, não apenas o Senhor Jesus veio nos dizer como é o Pai, nos descrever o Pai, mas Nele nós vemos o Pai. Nele mesmo. Agradecemos a Deus por isto. Queremos dar um passo além.
O Nosso Senhor Jesus, não apenas nos mostra o Pai, e não apenas Nele nós vemos o Pai, mas a Bíblia nos diz que Ele não é apenas a chave para o conhecimento de Deus, a chave para abrir o mistério de Deus. Mas quando você usa aquela chave e abre o mistério, o que você encontra ali em Deus? Você descobre que Cristo é o mistério de Deus, que o mistério de Deus é Cristo. Se você puder contemplar o Coração de Deus, e vamos supor que o coração de Deus fosse aberto para você. O que veríamos então, ali, no coração de Deus?
Tudo o que veríamos é o seu Filho. Só isso. Você não vai encontrar no coração de Deus nada mais do que o seu Filho, porque o mistério de Deus é Cristo. Em Ef 1, 9 ( desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo ) nos é feito conhecer o mistério da vontade de Deus, que aprouve a Ele mostrar o seu beneplácito, mesmo antes da fundação do mundo. Agora, mesmo antes da criação do mundo, na eternidade passada, Deus tinha um propósito. Deus é quem tem a vontade mais livre do Universo, de acordo com a sua boa vontade. Ele tem um propósito, segundo a sua boa vontade. Aquilo que deleita o seu coração, é aquilo que Ele deseja, aquilo que ele quer, e este então é o propósito eterno de Deus. Este propósito, em outras palavras, é um mistério. Foi oculto através das eras e das gerações. Ninguém sabia o que estava no coração de Deus, o que Ele queria, o que Ele buscava, o que Ele ansiava. Estava oculto, o que pode ser chamado de Segredo Máximo de Deus. E essa "coisa" tão confidencial era tão gloriosa e tão sagrada, ainda que Ele desejasse contar, Ele não pode, somente pode nos preparar para aquele dia em que Ele vai poder nos falar aquilo que Ele quer nos falar. Através de toda a época do velho testamento. Ele utilizou a criação, a história, a lei, os profetas, tipos, todos os meios e nos deu dicas aqui e ali, e Ele nunca nos falou " É isto o que Eu quero" Nós não sabemos muito bem o que Ele estava nos falando. Na realidade Ele estava trabalhando em direção àquele fim. Na época do Velho Testamento, com a Lei e com os Profetas, as pessoas nunca realmente sabiam o que Deus queria. Deus realmente sabe guardar segredo. Será que você consegue guardar segredo? Se nos soubermos um segredo, um segredo maravilhoso, a gente quer contar para todo mundo não conseguindo segurar. Mas Deus é alguém que pode guardar um segredo e pode guardá-lo até o momento exato, e só aí Ele revela aquele segredo. Aquele segredo manteve seu povo através das eras e das gerações, até que Ele finalmente enviou o seu Filho para este mundo. Então, após o seu filho ter completado a obra, através dos apóstolos e dos profetas Ele abre o segredo para nós. E aquele segredo é o seguinte: "" Na plenitude do tempo, todas as coisas convergirão em Cristo"". As coisas estão no céus e estão na Terra. Em outras palavras, lá no coração de Deus há apenas uma pessoa. No coração de Deus não há muitos planos, só há uma pessoa. O seu filho Unigênito, o seu filho amado. Aí está o seu coração... Ele deseja dar todas as coisas para o seu Filho..
Porque ele criou o Universo? Ele criou o Universo para o seu filho. Ele fez o seu Filho o herdeiro de todas as coisas. Algumas pessoas acham que o Universo foi criado para nós. Ledo engano. Foi criado para o seu Filho. Não apenas criado para o seu Filho, mas também no seu Filho, pelo seu Filho e para o seu Filho.
Em Colossenses cap 1, Quem é Cristo? Ele é a imagem do Deus invisível. Deus é invisível, mas Cristo fez que o Deus invisível, se tornasse visível. Ele é a imagem exata, ou em outras palavras, não há nada aquém. Ele é a revelação plena do Deus invisível. Deus, Ele mesmo, é invisível, mas seu filho, Cristo Jesus, fez Deus plenamente visível. Ao ver o Senhor Jesus nós vemos Deus. E não é nada aquém, mas a revelação Plena. No tocante ao relacionamento de Cristo com a criação, Ele tem a primazia, é o primogênito de toda criação. Nós sabemos que nas escrituras, o primogênito tem dois significados. O primeiro é o uso comum do primogênito, de acordo com o tempo. Se você nasceu primeiro, você é o primogênito. Numa família você pode ter muitos irmãos e irmãs, e aquele que veio primeiro, é chamado primogênito. Na Bíblia, você tem uma utilização especial para a palavra primogênito. Não tem nada a haver com o tempo. Tem a ver com a qualidade, significando Prioridade e Soberania. Por exemplo, em Êxodo capítulo 4, Deus enviou Moisés para falar ao Faraó que Israel era o seu primogênito, que deixasse seu povo ir, para que eles o pudessem servir. No tocante às Nações, o Egito era uma nação bem antiga, e então como Israel poderia ser a primogênita? Em relação ao tempo isto não seria possível.
Mas é a escolha de Deus.. É uma eleição especial. Deus dá a nação de Israel, a prioridade e a soberania.
De novo, no Salmo 89: Davi é o primogênito entre os Reis. Mas nós sabemos que do ponto de vista histórico, Davi não o era. Ele não foi o primeiro rei na nação de Israel, mas sim Saul. Considerando os reis deste mundo, houve muitos antes de Davi. De fato, quando os filhos de Israel pediram um Rei, eles queriam ter um Rei como as Nações tinham. Mas, então, o que significa ser Davi o primogênito? Significa que ele tem a prioridade e a soberania. Então, aquele primogênito em Colossenses, cap 1, não é a utilização comum da palavra primogênito. Algumas pessoas não entendem isto muito bem. Dizem que Cristo é o primogênito de toda a criação, e por isso Ele foi criado. Não. Ele não foi o primeiro a ser criado. A palavra primogênito aqui é uma utilização especial da palavra. Significa que Ele tem a Prioridade e a Soberania sobre toda a criação. Ele é antes de toda criação. Toda a criação foi criada Nele. O que nós entendemos por ser criado Nele? Nós não podemos imaginar, que em uma só pessoa coubesse toda a criação. O significado é que Ele é o arquiteto de toda a criação. Ele desenhou e projetou toda a criação. Toda a criação foi originada Nele, e Ele não era apenas o desenhista, o projetista ou o arquiteto. Se um arquiteto for bastante criativo, aquilo que ele projetar vai ser artístico. Aquilo que ele projeta, revela o seu caráter. Toda a criação Divina revela a glória do Senhor Jesus. Ele projetou todas as coisas.
E não apenas, projetou todas as coisas, mas toda a criação foi criada por Ele. Não foi apenas o arquiteto, mas foi também o engenheiro e o mestre de obras, construindo todas as coisas, e não apenas isto, mas toda a criação foi criada para Ele. Ele é o herdeiro de todas as coisas, o dono de toda criação. Esse é o nosso Senhor Jesus, aos olhos de Deus, o Pai. Quando Deus vê o seu Filho, Ele vê no seu filho, a imagem de Si mesmo. Quando Deus vê o seu Filho, Ele vê que toda criação foi feita Nele, para Ele e por Ele.
Tem que ser o Cabeça sobre todas as coisas. Tudo é para Ele, para a sua Glória, para o seu prazer, para a sua satisfação. É assim como Deus vê o seu Filho..
Nós vemos que isto não é verdadeiro apenas com toda a criação, mas verdadeiro também com a Nova criação. Ele é o cabeça da Igreja. Sabemos que a Igreja é uma nova Criação, e se alguém está em Cristo, ali está uma nova Criação. Todas as coisas passaram. Todas se tornaram novas. Todas são de Deus. Então a Igreja é a nova Criação e a Igreja é o povo de Deus. Ele é o cabeça. Todo o corpo sai do cabeça, e todo corpo está sobre a cabeça. O controle de todo o corpo está na cabeça. E o corpo tem que se submeter ao cabeça, e a Igreja deve se submeter ao cabeça, Cristo Jesus. Tudo começa no Cabeça, e o corpo deve executar a vontade do Cabeça.

Ele é o princípio. Ele é o princípio da nova criação. Nos sabemos que Adão foi o princípio. Ele foi o princípio da velha criação, da velha raça humana, mas no Nosso Senhor Jesus, é o Segundo Homem. Ele é um novo começo. Em Adão todos morreram. Mas em Cristo todos serão vivificados. Graças a Deus por isto. Ele é o primogênito da ressurreição dos mortos. Mais uma vez, aqui, encontramos a palavra primogênito .Ele é a primícia dos mortos. No velho testamento, Elias ressuscitou pessoas. No Novo, o Nosso Senhor Jesus, ressuscitou a Lázaro, e Pedro, também ressuscitou pessoas. Como podemos dizer que Ele foi o primeiro dentre os mortos? Aqui descobrimos mais uma vez que a questão é qualidade, prioridade, soberania.
Ele é a ressurreição e a vida. Se você quiser conhecer ressurreição, você vai conhecer a ressurreição nele e através dele. Todos os outros que ressuscitaram dos mortos não nos dão esta qualidade de ressurreição. Nós somos ressurretos juntamente com Cristo. A Igreja está sob o terreno da ressurreição, a base da redenção. Tudo aquilo que é antigo, já passou. E tudo aquilo que sai de Cristo, está sobre a base da ressurreição. Este é o seu relacionamento com a nova criação. Esta é a maneira como o Pai vê o Filho e esta também deve ser a maneira como nós devemos ver a Cristo.. É a vontade de Deus, que nós possamos ver o seu Filho como Deus o vê, mesmo que nós tenhamos crido no Senhor Jesus, irmãos e irmãs, a nossa visão de Cristo é tão pequena. Nós o conhecemos como nosso Salvador. Graças a Deus por isso, mas em verdade, Ele nos reconciliou com Deus, perdoou os nossos pecados, nos deu a vida Eterna. Damos graças a Deus pela sua salvação. Mas quando Deus olha seu Filho, quão grande é Cristo, quão imensamente grande é Cristo. E Deus deseja que nós vejamos a Cristo como Ele o vê.. Nós precisamos ter os nossos horizontes alargados, termos uma visão fresca de Cristo, vê-lo mais e mais, porque Ele é o centro da vontade de Deus. Tudo está Nele. Toda a plenitude da Divindade habita corporalmente Nele. Tudo aquilo que você puder conceber e pensar de Deus, no seu amor, na sua santidade, na sua justiça, na sua pureza, no seu poder, na sua sabedoria, ou em qualquer coisa que você pensar de Deus, toda a Plenitude da Divindade, habita corporalmente Nele. Tudo está em Cristo Jesus.. Todas as bençãos espirituais nos lugares celestiais, tudo aquilo que Deus pode fazer por você, tudo está em Cristo Jesus, e a Bíblia nos diz, que nós somos completos Nele, porque Ele é o Cabeça, e nós somos o Corpo. Ele é a Plenitude daquilo que enche tudo e em todos.
Isso é Cristianismo. Sabemos que os Colossenses, realmente amavam ao Senhor, porque na leitura da carta de Paulo menciona ter ouvido falar da fé dos habitantes de Colossos no Senhor Jesus e o seu amor para com todos os Santos e a sua permanência na Fé. Sabemos que são três as coisas mais importantes para um cristão: Fé, Esperança e Amor. Aqui encontramos os cristãos de Colossos, tendo Fé, tendo Esperança e tendo Amor. Tiveram então, um bom começo, e naquela ansiedade de crescer rápido , após terem crido no Senhor Jesus, queriam ser espirituais, instantaneamente. Se alguém vier para a gente e falar, que se nós fizermos isto e aquilo, nos transformaremos em espirituais, vamos pular de cabeça naquela proposta. É isto o que queremos. E os Colossenses queriam crescer rápido. Pensaram que crer no Senhor Jesus, era um processo um pouco moroso, parado. E de acordo com o que Paulo falava com eles, eles estavam bem devagar. Eles queriam ser mais rápido, instantâneos. E esta mentalidade também chegou até os cristãos, ou seja, se alguém chegasse e dissesse que se agíssemos de alguma forma, estaríamos transformados espiritualmente, todos iríamos naquela direção. Foi isto que os Cristãos de Colossos fizeram. Algumas pessoas chegaram para eles e disseram: "Se vocês querem ser plenos, completos, tem um jeito. Nós vamos te falar. Se você for iniciado desta forma, você vai ser diferente das outras pessoas, vai ser especial". E o que é isto?. Essa foi chamada então a Heresia de Colosso. E o que é esta Heresia de Colossos? É uma estranha combinação de duas coisas: combinação da filosofia pagã, com o ritualismo judaico. Por um lado você tem o gnosticismo . Professavam que tinham conhecimento. Queriam explicar todo o Universo. Confessavam que sabiam tudo. Se você for iniciado aí, você se tornaria uma pessoa especial. É uma especulação, e especulavam . Especulavam sobre as diversas emanações de Deus, e Cristo era uma das diversas emanações de Deus. Haviam muitas e muitas outras. É uma especulação filosófica e mística e era muito atraente para cada um, para a carne e para a mente humana, pois nós queremos sentir que nós sabemos, que somos tão espertos, que nós podemos conhecer coisas que outras pessoas, não conhecem e isto então, combinado com o ritualismo judaico, ou seja, coisas como: se você guardar, não tocar não fazer isto, guardar as festas, tudo vai dar certo e você será espiritual. Nós queremos fazer algo. E se nós podemos fazer algo, vamos fazer. Para nós não fazermos alguma coisa, e percebermos aquilo que Cristo fez por nós, isso é muito humilhante para a carne. Vemos então como estas coisas eram atraentes para essas pessoas.
Achavam que Cristo apenas não era suficiente. Buscavam a perfeição além de Cristo. Se desviaram da Verdade.
Aqui encontramos a Carta de Paulo para eles que dizia que eles tinham que permanecer na fé, uma vez que tendo recebido a Cristo, andai Nele, pois Cristo é o Caminho. Fora de Cristo não há qualquer caminho, e o Senhor Jesus disse que Ele era o Caminho a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Será que conseguiríamos chegar ao Pai através de outro Caminho? Desde o princípio até o fim, Cristo é o Caminho. Qualquer um que tentar outro caminho, descobrirá que ele não vai te levar ao Pai. Vai te conduzir à destruição
Cristo é o Caminho. Se você quiser conhecer a Deus, do princípio até o fim, cada passo do seu caminho, você tem que andar em Cristo. Fora de Cristo você não vai conhecer a Deus. Todas as suas experiências serão falsas, todos os ensinamentos serão falsos, porque aos olhos de Deus, há apenas o seu Filho. Tudo está no seu Filho, arraigado nEle. Que nós possamos ter a nossa fundação em Cristo e então, crescer nEle. Não permita que outros possam fazer você desviar, para coisas que são segundo os homens, segundo os elemento deste mundo e não segundo Cristo. Porque toda a Plenitude da Divindade, habita corporalmente Nele e nós somos completos Nele. A nossa Justificação está Nele, a nossa santificação está Nele, a nossa glorificação está Nele.
Lembremo-nos disto. Cristo é o mistério de Deus. Tudo o que precisamos saber a respeito de Deus está em Cristo. Não posso conhecer a Deus fora de Cristo. Tudo está em Cristo e Deus disse "Recebei a Ele, a Ele ouvi, obedecei a Ele". E se você fizer assim, então Deus vai se dar a conhecer através de Dele.
Amados irmãos e irmãs, que possa o coração de Deus tornar-se o nosso coração. Se Deus olha o seu Filho de determinada maneira, como poderemos nós olhar para o seu Filho de outra maneira? E se nós pudermos ver isto, isto vai trazer adoração ao nosso Coração. Vai tirar de nós aquele louvor e aquele amor para o Nosso Senhor Jesus Cristo, a razão pela qual, nós não O amamos como nos deveríamos, nos não O adoramos como deveríamos, e não O servimos como deveríamos, é porque nos não O vemos como deveríamos vê-Lo.
Que o Senhor possa abrir os nossos olhos, que Ele nos dê o Espírito de sabedoria e revelação, para que nos possamos vê-Lo. Retende o Filho, o Cabeça. Retende a Ele firmemente, e então nós seremos unidos, juntos, e então poderemos ministrar uns para os outros, crescer no conhecimento de Deus

Que o Senhor possa nos ajudar. Vamos orar.

Senhor Jesus. Nós nos lembramos do que disseste: Ninguém conhece ao Pai, senão o Filho. Senhor nos reconhecemos que nos não conhecemos o Pai. Fora de Ti não há qualquer maneira de Te conhecer, mas nós Te louvamos e agradecemos porque aprouve a Ti revelar o Pai em nós. Senhor, que Tu abras os nossos olhos para que nós possamos ver o Pai através de Ti, e que possamos ver a Ti através do Pai. Esta é a oração do nosso coração, que nós desejamos conhecê-Lo, porque conhecê-Lo é a vida eterna
Nos Te agradecemos no nome do Nosso Senhor Jesus.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

GUARDAR O SÁBADO OU NÃO

GUARDAR O SÁBADO OU NÃO

O cenário era aterrador. A montanha estava envolvida em uma camada de fumaça produzida por um fogo devastador. O chão tremia e uma voz de trombeta, mais alta que qual quer outra ouvida anteriormente, abafava o som do trovão retumbante enquanto os raios entremeavam os pronunciamentos do Deus Todo Poderoso. O homem, Moisés, tomou seu caminho montanha acima e desapareceu no inferno. Sem dúvida, ele também estava assustado. Seria natural se seus joelhos tremessem e se seu coração batesse forte dentro do peito conforme ele observava o dedo de Deus aparecer e inscrever Seus mandamentos em duas tábuas de pedra. O Altíssimo estava mostrando claramente que seus mandamentos não podiam ser violados. Esta terrível demonstração do poder de Deus pretendia produzir naqueles que a observavam um medo santo e solene que os faria obedecê-Lo.
Tal é a origem do que conhecemos como “Os Dez mandamentos”. Entretanto, é evidente que hoje eles não são tidos em tão alta consideração como foi no tempo em que foram falados pela primeira vez. Afinal, muitos cristãos parecem acreditar que Jesus veio para abolir tais decretos ameaçadores e substituí-los por admoestações muito mais agradáveis e fáceis de cumprir.
De fato, é freqüente entre os cristãos modernos (se não ensinado abertamente) que os mandamentos de Deus ao Seu povo devem ser olhados como “pequenas sugestões” em vez de qualquer tipo de ordenanças severas. Além disso, continua a suposição, as conseqüências da falha, a penalidade por quebrar qualquer das leis de Deus foram inteiramente removidas através de Jesus e assim, se nos moldamos ou não ao Seu padrão, não é realmente muito importante.
O apoio a esta presente indiferença da moderna cristandade para com as instruções de Deus e a evidente falta de temor a Deus é um engano básico referente ao Evangelho. O que Jesus veio fazer por nós e como Ele está cumprindo Seus objetivos não é bem compreendido por muitos crentes. A noção de “conseqüências” de qualquer tipo referente ao comportamento dos cristãos reduziu-se a um conto de fadas sobre ser grande ou pequena a mansão que receberemos ou quão luxuoso será o carro que dirigiremos quando nosso Senhor voltar com Sua recompensa. Tal espécie de evangelho superficial tem produzido adeptos igualmente superficiais. Uma falta de revelação concernente à Pessoa e aos propósitos do Deus vivo resultou em uma mensagem que tem muito pouco poder de transformar as vidas dos ouvintes. O “temor do Senhor” que deveria formar uma espécie de alicerce nas vidas dos crentes, tem sido tirado e substituído por um modo fácil e amplo que não tem lugar em nenhuma compreensão genuína do evangelho.
Isto nos leva ao propósito deste texto. É tentar, de maneira tanto bíblica quanto esclarecedora, apresentar o evangelho de uma nova perspectiva que tratará de algumas das modernas concepções erradas, tão predominantes entre nós. Vamos orar juntos para que Deus abençoe e use esta mensagem para Seus objetivos eternos.
Para começar, é importante afirmar que Jesus não veio para abolir a lei. Ao contrário, Ele veio para cumpri-la. Ele não apenas não eliminou as solicitações dos mandamentos de Deus. Ele realmente os elevou! Na realidade, os ensinamentos de Jesus elevaram as exigências sobre o povo de Deus ao invés de reduzi-las. Uma simples verificação sobre dois dos dez mandamentos tornará este fato muitíssimo claro.
Por exemplo, o sétimo mandamento nos proíbe de cometer adultério. Agora é possível a muitas pessoas obedecer a esta ordem. Elas podem entreter certos pensamentos e desejos sobre membros do sexo aposto particularmente atraentes. Elas podem até ter fortes impulsos nesta direção, mas elas, pelo poder de sua vontade ou por outros meios, são capazes de controlá-los e manter-se longe deste pecado. Esta abstinência os teria qualificado para serem julgados obedientes à lei nos dias de Moisés. Mas, quando Jesus veio, Ele tornou as coisas muito mais difíceis! Ele declarou que mesmo ceder em pensamento é tão mau quanto ter realmente cometido o ato. Isto torna a retidão impossível de um ponto de vista humano. Se você é honesto, admitirá comigo que pouquíssimos terão passado a vida sem um só tal pensamento. Aqui, nesta única lei, virtualmente cada um é considerado culpado.
O mandamento sobre “não matar” também faz parte do quadro. Não há dúvida de que houve tempo em nossas vidas em que outras pessoas nos ofenderam ou pecou contra nós e, conseqüentemente, nos fizeram excessivamente irados. Espero que fomos capazes de resistir à tentação de matá-los. Talvez a influência restritiva das aplicações da lei, tribunais e prisões tenham ajudado a fazer o trabalho de controlar nossos sentimentos mais fácil. Entretanto, está abstinência não atinge os padrões de Deus. No Novo Testamento, não apenas não somos livres para matar aqueles que nos incomodam, mas somos solicitados a perdoá-los. Não só não devemos abrigar ódio e amargura em nossos corações, mas Nosso Senhor insiste, em que amemos os nossos inimigos. Como isto é possível? Mais uma vez, domínio próprio não é suficiente. É necessário uma completa mudança de caráter. E assim é com o resto dos Dez Mandamentos. Os padrões do Novo Testamento são realmente muito mais altos que os do Velho. Espero que este pequeno exemplo é suficiente para demonstrar claramente que a retidão solicitada pelos ensinamentos de Jesus está muito acima daquela exigida pela lei.
A RETIDÃO DE DEUS
Eu creio que a reação imediata da maioria das pessoas com relação a isto é imaginar interiormente: “Como é possível tal coisa?” Como poderia viver alguém em tal completa perfeição, de maneira que nenhum pensamento, atitude ou ação pecaminoso pudesse mover-se em sua vida? Sabemos que os antigos judeus empenharam se por 1.450 anos para obedecer aos Dez Mandamentos. É também bem documentado que a história deste esforço foi de falhas contínuas. Assim, já que foi claramente provado por milhares de experiências, sem sombras de dúvidas, que o homem é incapaz de obedecer às ordens originais de Deus, como podemos compreender o fato do que Jesus aparentemente tornou as coisas ainda mais difíceis? Como podemos lidar com o fato de que o que Deus hoje requer de nós está mais distante do nosso alcance e além de nossa capacidade de modo a ser inteiramente impossível?
A resposta a esta questão é bastante simples ainda que absolutamente profunda. Para compreendê-la é imperativo que cada cristão chegue a uma profunda e inabalável compreensão do seguinte fato: Há apenas uma pessoa no universo que está à altura deste critério inacreditável o próprio Deus. Sua vida é a única vida que automaticamente e espontaneamente transpira genuína retidão. Ele é o único que é aprovado no teste. Veja bem, Deus de modo nenhum, precisa tentar ser reto. Ele apenas é! Ele não precisa tentar não olhar para revistas sujas ou evitar assistir novelas eróticas. Ele não está se esforçando para não mentir, trapacear, roubar ou tirar vantagem de alguém em seu próprio benefício. Ele não passa o tempo desejando ter coisas tão agradáveis quanto seus vizinhos. A verdade é que Deus nem mesmo pode ser tentado pelo pecado (Tiago 1:13). Ele simplesmente não está interessado. De fato, Ele o abomina. Deus manifesta retidão porque Ele é reto e é impossível para Ele ser de outro jeito.
Não deveria ser segredo para nós que em determinado momento da história, esta vida sobrenatural foi manifestada (1ª João 1:2). Esta incrível vida de retidão veio à terra na pessoa do Filho de Deus, Jesus Cristo. Nós lemos: “Nele estava a vida (de Deus)” (João 1:4). Este homem era o repositório da vida do Pai. Além disso, enquanto Ele andava neste planeta, Ele não funcionava pela sua própria vida, mas simplesmente vivia sua existência pelas inclinações da vida Divina que estava dentro Dele. Ele desvendou Seu segredo quando declarou: “Eu vivo pelo Pai” (João 6:57). Suas ações e mesmo Suas palavras não eram Dele mesmo mas simplesmente uma expressão da vontade do Pai que vivia dentro Dele. Ele afirmou: “As palavras que vos tenho falado, não falo por mim mesmo, mas o Pai que habita em mim, Ele faz as obras” (João 14:10). Assim, vemos que Jesus era verdadeiramente justo como resultado da própria vida de Deus dentro Dele, que o motivava.
UMA VIDA QUE NÃO É NOSSA
Isto então forma uma ilustração para nós hoje. É totalmente impossível para nós atingir os padrões de Deus. Mas, se somos crentes genuínos, este mesmo Jesus que viveu na Terra 2000 anos atrás e agradou ao Pai em cada aspecto, agora vive dentro de nós. E é a intenção do Pai que Seu próprio Filho, vivendo dentro de nós e vivendo a vida do Pai através de nós, cumpra todas as suas justas motivações. A própria vida de Deus deve se tornar a fonte de todos os nossos pensamentos, sentimentos e ações. Assim como Nosso Senhor era animado pela vida do Pai, nós também podemos ser uma expressão Dele mesmo.
Desta forma, nossas vidas manifestarão justiça. Desta forma, podemos atingir os padrões dados a nós no livro de Deus. Todavia é uma justiça que não é de nós mesmos (Fp 3:9). Não somos nós que atingimos as exigências, mas Um Outro que vive em nós e através de nós. Esta é a verdadeira “justiça da fé” (Fil 3:9). Esta fé nos traz para Deus e traz Deus para nós de uma maneira tão poderosa que o nosso próprio modo de viver é transformado. O evangelho genuíno não é uma mensagem de esforço próprio. A verdadeira justiça não é obtida pela nossas tentativas a melhorar. Na verdade ela se cumpre por uma substituição sobrenatural. Assim como Jesus agradou ao Pai permitindo-Lhe que vivesse através Dele, do mesmo modo nós também podemos agradá-Lo. Esta é a verdadeira vida cristã. É o “caminho estreito” sobre o qual Jesus falava. Qualquer outro é apenas uma imitação terrena. O desejo de Deus não é que nos tentamos viver para Ele mas sim que Ele possa viver Sua vida através de nós!
Você percebe isto? Você é capaz de sondar a profundidade do que isto significa? Que gloriosa liberdade! Que alívio e gozo! Agora somos livres da escravidão de tentar agradar a Deus. Agora Alguém que é infinitamente mais capaz irá fazê-lo por nós. O Jesus vivo que agradou ao Pai enquanto estava neste mundo, agora irá fazê-lo novamente e através de nós. Esta é uma revelação essencial que cada cristão deve enxergar. É algo que deveria ter um profundo impacto sobre sua experiência. É uma verdade que deveria começar a alterar nosso comportamento em um nível fundamental.
Se por um lado este grande fato nos fornece tremendo descanso por outro lado traz com ele uma responsabilidade enorme. Você vê, isto quer dizer que supõe-se que o povo de Deus deve ser verdadeiramente justo. Significa que ele deve ser santo. Ele realmente foi destinado por Deus não apenas a atingir o padrão da lei do Velho Testamento, mas os excedentes padrões elevados revelados por Jesus. Na verdade, Ele não veio para abolir a lei. Ao contráro, Ele veio para cumpri-la mais completamente que nunca. Ele veio para fazer com que milhares de homens e mulheres se tornem mais justos que possível. Sua intenção é que o que não pode ser feito pela força do homem na tentativa de obedecer à lei de Deus, possa agora ser cumprido por Seu Divino Poder trabalhando através de Seu povo. Agora Deus pode ter multidões expressando ao mundo verdadeira santidade e vencendo o diabo através do seu testemunho.
Confiantemente, todos os leitores perceberão que há uma grande diferença entre a idéia de “guardar” a lei e “cumprir” a lei. Guardar a lei é algo que envolve os esforços da carne para obedecer um padrão superficial. O cumprimento da lei é a chegada de “Quem” deu o padrão. Deixe-me dar um exemplo disto. Vamos supor que você nunca tenha encontrado minha adorável esposa, para ajudar você a conhecer um pouco sobre ela, eu poderia lhe mostrar um retrato dela. Examinando sua foto, você poderia saber um pouco sobre sua aparência, a cor de seus cabelos, sua altura e as feições de sua face. Entretanto, quando você a encontra pessoalmente, ela é o cumprimento do retrato. Você não precisa mais examinar a foto, ela agora está presente, perto de você. Na verdade, ela se sentiria ofendida se você a ignorasse e continuasse a olhar para a fotografia. Na mesma forma, Deus nos deu a lei e os mandamentos.
Eles são uma “fotografia verbal” Dele mesmo e de Sua justiça. Eles, obviamente, são verdadeiros, justos e bons, assim como a foto de minha esposa é uma representação perfeita dela mesma. Entretanto, a lei e os mandamentos são de algum modo incompleto porque é impossível descrever com palavras humanas a totalidade do que Deus é. Agora, entretanto, o “cumprimento” da lei já veio. A Pessoa descrita pelos mandamentos apareceu na Terra na pessoa de Jesus Cristo. Esta Pessoa “cumpre” a lei, simplesmente porque a lei era e é um tipo de definição daquilo que Ele é. Suas ações e palavras estão muito acima da lei porque a lei é uma mera sombra de tudo aquilo que Ele é. Para os fariseus, às vezes, suas atitudes e ações pareciam estar em contradição à sua compreensão da lei. Isto é porque eles compreenderam mal o significado da lei e Quem realmente estava por trás dela. Eles apenas olhavam para a foto e ignoravam a pessoa.
Tentar guardar a lei resulta em uma imitação humana daquilo que Deus é. Mesmo se as pessoas mais determinadas pela vontade pudessem “fazer tudo direito” isto nunca poderia resultar em justiça. Iria ser uma simples imitação de um ser humano. Nós lemos: “pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada” (Gal 2:16). Mesmo que pudéssemos fazê-lo, isto não seria aceitável diante de Deus. O que Deus está procurando é uma expressão real de Sua própria vida e natureza. Isto foi o que Ele viu em Seu Filho. E isto é também o que Ele está procurando em nós a plenitude de Sua vida saturando e permeando nosso ser de tal maneira que nós também nos tornamos uma expressão de Sua santidade. Todavia, como todos sabemos a verdadeira realização desta verdade gloriosa não é tão simples quanto possa parecer. De alguma forma, mesmo tendo esta vida sobrenatural vivendo em nós, não é somente Ele que expressamos. Muito freqüentemente, pensamentos, sentimentos e ações terrenas, pecados de todo tipo trabalham em nós e são expressos através de nós. Então, qual é o problema? Porque é que nem sempre manifestamos a natureza de Deus em nossas vidas diárias?
Na raiz deste dilema está o fato que ainda possuímos nossa velha vida. Assim como a vida de Deus é inteira e completamente justa, assim também nossa própria vida, aquela com a qual nascemos, é inalteravelmente poluída pelo pecado. Portanto, quando nos permitimos ser motivados por ele, naturalmente expressamos algo que é menos do que supremamente santo. Quando vivemos nossas próprias vidas, quando permitimos ao “ego” ser a nossa fonte de vida, os resultados são inevitavelmente pecadores e, portanto, rejeitados por Deus.
Isto então coloca o crente que está desejando ser santo e fazer a vontade de Deus, numa espécie de encruzilhada. A cada dia e, na verdade, a cada momento de cada dia os cristãos são obrigados a fazer uma escolha. Eles devem continuamente decidir por qual vida irão viver. Qual vida eles permitirão que os encha e os motive? A de Deus ou a deles mesmos? Qual vida será a inspiração deles, momento a momento?
Nosso Pai Celestial, em Sua grande sabedoria, não impõe o seu jeito sobre nós. Ao contrário, se manifestamos Sua vida, será o resultado de nossa perpétua escolha do Seu jeito. Se começamos a exibir Sua natureza, é porque dia a dia escolhemos permitir que Sua vida nos encha e domine o nosso ser. Além disso, significa que nós ao mesmo tempo decidimos negar a nossa própria vida que expresse a si mesma. Quão santo e precioso é que nosso Deus e Rei seja tão sensível aos nossos desejos! De modo inverso, quão terrível a responsabilidade de termos que escolher corretamente a cada dia.
GUARDE O SÁBADO
Agora chegamos ao assunto deste artigo, a guarda do dia de sábado. No Velho Testamento, quando Moisés recebeu os Dez Mandamentos, a ordenança do sábado era uma exigência referente aos empreendimentos do sétimo dia. Deus ordenou ao Seu povo que cessasse de fazer a maioria de suas atividades físicas para que pudessem focalizar suas mentes e atenções no trabalho Dele. Simplesmente, deviam parar o que estavam fazendo e descansar. Enquanto este parecia ser um mandamento fácil de ser cumprido, ele provava ser uma virtual impossibilidade. Havia sempre algo na vida do povo de Deus que os estava empurrando para a ação, mesmo quando era uma violação da vontade Dele.
Agora, se o decreto do Velho Testamento era impossível de guardar, o que dizer do padrão da Nova Aliança? Naquele tempo, os seguidores de Deus eram proibidos de trabalhar um dia em sete. Mas agora, ao Novo Testamento somos solicitados a não trabalhar absolutamente. Somos admoestados a “parar com suas próprias obras” completamente (Hb 4:10). O padrão do “descanso” foi elevado muito além das atividades de um dia. Agora está sendo aplicado à nossa inteira existência. Temos que entrar num descanso tal, que não somos mais “nós” que vivemos. Não apenas o sétimo dia mas todos os sete dias da semana são santos para Deus. Agora há apenas espaço para uma só pessoa–Jesus Cristo.
Isto então nos leva a um entendimento apropriado do verdadeiro evangelho. É a mensagem que afirma que há um “descanso” para o povo de Deus, no qual eles precisam entrar. Está disponível a nós a opção de parar de viver nossa vida por nossa própria motivação e entrar na experiência de ser animado por Deus. A genuína experiência do sábado não é outra senão aquela da qual estamos falando. É simplesmente permitir a Deus ser nossa vida e parar de viver por nós mesmos.
Quando compreendidas apropriadamente as ordens da Velha Aliança, são vistas simplesmente como tipos externos das realidades espirituais vindouras. São experiências terrestres que Deus nos deu para nos ensinar a compreender coisas espirituais. Referente à observação exterior do dia do sábado, as Escrituras nos dizem que isto era simplesmente uma sombra “do que haveria de vir, mas a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Col 2:17) NVI. Você vê isto? Sob esta luz, a verdadeira observação do Sábado torna-se uma das mais importantes revelações do Novo Testamento. Cessar de viver por nossa própria vida e submeter nossas habilidades à inspiração de um Outro, está verdadeiramente no centro de todos os pensamentos e intenções de Deus. É por isto que Jesus veio e morreu por nós. Foi para compartilhar conosco a vida Divina do Pai para que pudéssemos ser participantes de Sua natureza e sermos verdadeiramente retos.
Não admira que o Sábado seja um dos mais importantes dos mandamentos, sendo mencionado 137 vezes nas Escrituras. Não é surpreendente, portanto, que a sua observância seja levada tão a sério por Deus e que seja enfatizada muitas outras vezes pelos profetas quando detalhando as fraquezas do povo de Deus. A importância desta experiência, a centralização desta verdade é tão profunda que, se uma pessoa não a compreende, então ela realmente não começou a compreender a mensagem de Cristo. A guarda do verdadeiro sábado, que resulta na substituição da nossa velha e perecível vida pela nova e eterna vida de Deus, é absolutamente indispensável.
Você guarda o dia de sábado? Olha, não estou perguntando se você vai trabalhar fora ou se mexe em seu jardim no domingo. Nem estou interessado em discussões infrutíferas sobre se sábado ou domingo é o dia apropriado para adoração. Estas coisas pertencem inteiramente a outro campo. Se você está preso nelas, já está correndo sério risco de perder a realidade espiritual sobre a qual estamos falando.
O apóstolo Paulo estava temeroso disto quando falou aos crentes gálatas “Mas agora que conhecestes a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós” (Gal 4:9-11). Ele sabia que seus ouvintes tinham apenas compreendido a aparência superficial das Escrituras e negligenciado completamente a verdadeira mensagem. Sua apreensão era que guardando uma ordenança terrena, eles estivessem demonstrando que não tinham compreendido o verdadeiro sentido.
Esta é, então, queridos irmãos, nossa presente consideração. Estamos entrando na verdadeira experiência diária do sábado? Estamos verdadeiramente parando nossas próprias atividades e entrando no descanso de Deus? Estamos vivendo por nossa própria vida ou permitindo que a vida de Um Outro nos domine e controle? Quem é nossa motivação? A quem estamos expressando no dia a dia? Jesus virá em breve. Somente aqueles que amaram o sábado estarão prontos. Ouça a promessa de Deus “Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, (outro versão diz ‘falar suas próprias palavras’) então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue no altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai. É o Senhor quem fala” (Isaías 58:13,14).
HÁ ALGUMA CONSEQÜÊNCIA?
Há, entretanto, um outro lado desta consideração. Durante a lei, aquele que violasse o sábado devia ser executado. Aquele que se recusasse a parar de trabalhar era morto. Êxodo 31:15 diz: “Qualquer que no dia do sábado fizer algum trabalho, certamente será morto”. Este mesmo julgamento é repetido em Êxodo 35:2. Talvez você mesmo se lembre da história do homem que foi encontrado colhendo lenha para o fogo do sábado, quando os filhos de Deus estavam no deserto. A congregação estava um pouco insegura sobre o que fazer com este homem. Então o trouxeram a Moisés e a Arão que, então consultaram a Deus. E qual foi a resposta D’ele? “O homem seguramente deve morrer; toda a congregação deve apedrejá-lo no campo exterior” (Números 15:35).
Assim vemos que na velha Aliança as conseqüências de quebra do sábado eram extremamente severas. Deus mostrou claramente que este mandamento era sério e que não devia ser tratado com leviandade. Mas agora que já temos idéia do que significa o sábado durante a Nova Aliança, o que devemos pensar? É algo muito sério? Há alguma conseqüência? O cristão tem algo a temer referente à sua obediência a Deus no que concerne a entrar em descanso?
Tenho a impressão que a resposta da maior parte dos evangélicos é “não”. “Uma vez que você recebe a Jesus,” eles dizem, “não há mais nada a temer”. “Deus ama nos e não faria nada para punir ou causar algum desconforto a seus filhos”. Este é um pensamento abrandado e temo que muitos cristãos desejam desesperadamente aderir a ele. Entretanto, não é verdade. As Escrituras são totalmente claras sobre isto. Tanto agora como no futuro, Deus pode punir e disciplinar Seus filhos e irá fazê-lo! Hebreus 12:6 diz: “Pois o Senhor corrige ao que ama, e castiga a todo o que recebe por filho”. Esta palavra “castigar” de acordo com o dicionário Webster, significa “punir como chicoteando, disciplinar especialmente com um chicote, uma vara ou semelhante.” Amados irmãos, este não é um conceito da Velha Aliança, mas uma verdade do Novo Testamento.
O TRIBUNAL DE CRISTO
Sabemos pela Bíblia que todos nós iremos comparecer diante do tribunal de Cristo (II Cor 5:10). Ali recebemos uma recompensa por aquilo que fizemos durante o nosso tempo aqui na Terra, seja bom ou ruim. A maioria dos professores da Bíblia insistem que, sejam nossas ações “boas ou más”, receberemos uma bênção. Parecem pensar que Deus é um tipo de simplório que realmente não sabe ou não se importa como o Seu povo se comporta. Entretanto, a palavra “recompensa” não significa necessariamente uma coisa maravilhosa. Significa que ganharemos aquilo que merecemos. Se você acredita que pode plantar um estilo de vida pecador e colher as bênçãos de santidade, então você está enganado seriamente. É certo que “aquilo que o homem semear, isto será o que colherá” (Gal. 6:7). Este é um princípio inalterável. Quando o Senhor voltar, irá punir seus filhos desobedientes? Você pode estar absolutamente certo disto.
O próprio Jesus nos ensina que “o servo que conhecia a vontade do Senhor e não se preparou e não fez conforme a Sua vontade, será castigado com muitos açoites, mas o que não a soube e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe pedirá e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá” (Lucas 12:47-48). Isto é algo que acontecerá quando Jesus voltar para julgar Seu povo (veja o verso 43). Paulo segue esta afirmação sobre o tribunal de Cristo com estas palavras: “Portanto, conhecendo o temor do Senhor, procuramos persuadir os homens” (II Cor 5:11). Isto demonstra claramente que devemos temer algo se levamos vidas desobedientes.
Mas alguns irão discutir, “não está se referindo a descrentes?” Deixe-me perguntar-lhe; Quantos descrentes estarão diante do tribunal de Cristo? Lá não haverá nenhum não cristão. Somente cristãos serão arrebatados e ressurretos nesta hora e estarão diante do Trono de Jesus. Os descrentes, na verdade, serão julgados, mas somente mil anos mais tarde, no que é conhecido como “julgamento do Grande Trono Branco”. Portanto, o que é ensinado nas Escrituras sobre o tribunal de Cristo se refere apenas a cristãos. Note que Paulo usa a palavra “nós” referindo-se a ele mesmo e aos outros crentes. A Bíblia ensina também que o julgamento começa na casa do Senhor (1ª Pedro 4:17). Se Deus não julga corretamente sua própria casa, como poderá julgar o mundo com justiça?
Vamos ser bem claros sobre uma coisa aqui. Quando falamos sobre Deus punir Seus filhos desobedientes, não queremos dizer que eles “irão para o inferno” ou estarão perdidos. Deus não perde nem mata Seus filhos e filhas. Mas, como um Pai amoroso, Ele os disciplina, algumas vezes severamente, para o seu próprio benefício. Isto será especialmente verdadeiro em Sua vinda.
Alguns podem argüir sobre este fato, alegando que podemos ser perdoados e lavados pelo sangue de Jesus. Então, eles insistem, Deus não irá nos punir, mas nos perdoar. Não conheço nada mais precioso que o sangue de Jesus. É eficaz. É verdade que limpa todo pecado. O perdão amoroso de Deus é algo que está no centro do evangelho. Entretanto, antes que o sangue de Jesus possa operar, há uma condição importante. Precisamos nos arrepender e deixar o pecado. Nos tempos do Velho Testamento, quando alguém vinha trazendo uma oferta mas em seu coração não havia arrependimento e sim intenção de continuar no pecado Deus não aceitava a oferta de suas mãos. Ele os considerava hipócrita. Se Deus não aceitava o sangue de um animal de um hipócrita, quanto menos aceitaria o sangue de Seu precioso Filho para livrar um filho pecador de seu justo castigo, quando ele pretende permanecer no pecado.
Hb 10:26 diz: “Porque se voluntariamente continuarmos no pecado depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo e um ardor de fogo que há de devorar os adversários. Qualquer um que rejeitasse a lei de Moisés morreria sem piedade perante o testemunho de 2 ou 3 testemunhas. De quanto pior punição você supõe, ele será considerado merecedor, ele que pisoteou o filho de Deus, maltratou-o, considerou o sangue da aliança pelo qual foi santificado como uma coisa comum e insultou o Espírito da graça? Por que nós conhecemos quem disse: ‘a vingança é minha, Eu pagarei’, diz o Senhor. E, de novo, ‘o Senhor julgará o Seu povo’.”
Esta passagem se refere aos filhos de Deus que tentam tirar vantagem da graça e do perdão de Deus. Eles vivem vidas pecaminosas e acham que podem escapar com ela, suplicando pelo sangue de Jesus como se ele fosse uma tinta capaz de esconder o que eles são por dentro. Quando você se arrepende genuinamente e completamente, Deus é capaz de limpar e perdoar você (1ª João 1:9). Mas, se você não está pronto a deixar os seus pecados, não se iluda. Deus não é objeto de zombaria. Aquilo que você plantar, você também colherá (Gal 6:7,8). Ele irá julgar Seus filhos e filhas e eles irão receber exatamente o que merecem por sua obediência ou desobediência. Quando Ele voltar, será tarde demais para arrepender-se e receber perdão. O trono da graça será substituído pelo trono do julgamento.
Com tudo isto em mente, vamos retornar nossa discussão sobre o sábado. No coração e na mente de Deus este descanso é uma ordem extremamente importante. Hebreus 4:1 diz “Portanto, temamos que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus suceda parecer que algum de vós tenha falhado”. Aqui aprendemos que realmente há algo para “temer”. A experiência de parar de viver por nós mesmos e por nossa própria vida não é algo para cristãos “espirituais” e “desenvolvidos”. A expectativa de Deus é que todos nós experimentemos o descanso sabático. Jesus proporcionou uma maneira para todos os seus filhos serem liberto daquilo que eram. Ele morreu e ressurgiu para que nós também pudéssemos morrer para nós mesmos e viver pela sua vida da ressurreição.
Mas, e você? Tem usado seu tempo sabiamente para possuir tudo aquilo que o Senhor comprou para você? Você como servo sábio e fiel está experimentando o verdadeiro descanso de Deus todos os dias? Ou você está tirando proveito da graça e da bondade de Deus? Você está simplesmente vivendo por si próprio e por sua própria vida, procurando seu próprio prazer e falando suas próprias palavras? O sangue de Jesus é precioso para você ou apenas um jeito fácil de escapar à punição que você merece pelo tipo de vida que está levando?
Queridos amigos e irmãos, vamos examinar seriamente nossos corações por um momento. Verdadeiramente, todas às coisas estão “descobertas e patentes aos olhos Daquele a quem temos que prestar contas” (Hb 4:13). Servos sábios e fiéis estarão preparados para a Sua vinda.
DAVID W. DYER

Irmãos em Cristo Jesus.

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Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"