sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O vencedor não sofrerá dano da segunda morte- Arcadio Sierra Díaz

O vencedor não sofrerá dano da segunda morte

"Ao que vencer, não sofrerá o dano da segunda morte" (Ap. 2:11).O Senhor aqui fala a todos os crentes, e particularmente aos de Esmirna. De que têm de ser vencedores neste caso? Satanás, o máximo que nos pode causar, se o Senhor permitir, é fazer uso da morte contra nós, e ele pode usar os poderes do Estado e das instituições religiosas de toda índole, mesmo as eclesiásticas de tipo cristão. Vemos em toda a história que há muitas instituições e organizações que pretendem ter o hereditário direito de ser a legítima Igreja ou povo do Senhor, e delas os vencedores recebem perseguição e tribulação, ou pelo menos o menosprezo, difamação mediante libelos, programas de rádios e outros meios. Isso é a realidade da história da Igreja em todos os tempos, mas o Senhor já o havia advertido. A vitória aqui se trata da fidelidade ao Senhor até a morte. Satanás sabe que está derrotado, e a vitória a conquistou Jesus Cristo, o Filho de Deus, mediante o derramamento de seu precioso sangue na cruz, vertido até a morte, mas com o resultado de uma poderosa ressurreição e gloriosa ascensão ao Pai nos céus, enviando logo Seu Santo Espírito e dando vida à Igreja, que é Seu Corpo, a qual faz efetiva a sentença contra Satanás agora, e em especial aos vencedores. irmão, se és infiel terminas em derrota. Se foges do sofrimento, foges de todo compromisso que inclusive te pode levar até o martírio, estás em derrota. Se amas mais tua própria vida e não estás disposto a oferecê-la pelo Senhor, sofrerás o dano da segunda morte. Mas Façamos uma curta analise destes conceitos. Para entender isto é fundamental que saibamos que há duas categorias de crentes, os vencedores e os derrotados. Quando a Escritura fala de vencedores, é porque há cristãos derrotados. Os vencedores são os cristãos que, no marco da Palavra de Deus, são crentes espirituais normais, e os derrotados são os crentes carnais. Um cristão carnal é um crente anormal. Os crentes de ambas categorias são salvos pela eternidade, alguns serão salvos assim como pelo fogo, é como dizer , sendo castigados. Assim como não é o mesmo a vida eterna que a coroa da vida, tampouco se deve confundir a morte eterna ou segunda morte com o dano da segunda morte. Sofrer dano da segunda morte se relaciona com o castigo temporal no reino milenar. Lemos em 1 Corintios 3:15:" se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.".Quando a Palavra de Deus diz que os vencedores não sofrerão dano da segunda morte, significa que os derrotados sim a sofrerão. Sofrer um castigo temporal na Geena, ou algum lugar parecido, é sofrer dano da segunda morte. Não sofrerão a segunda morte, mas se lhes causará dano, dor. Que não sofrerá a segunda morte nos diz João 10:27-28, assim:"27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.". "39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia." (João. 6:39). "Dos que me deste não perdi nenhum" (João. 18:9b).Note que diz que não perecerão jamais; não diz que o que se extraviar pelo pecado, se perde eternamente. O crente que peca, será julgado por seu pecado e castigado, mas não perde sua salvação. A salvação eterna não guarda nenhuma relação com nossas obras ou comportamento (Efésios 2:8-9).Ressurreição significa passar da morte para a vida. Como o veremos no capítulo sete, o crente deve passar por um processo de ressurreição. O normal é que todo crente experimente três ressurreições. Toda pessoa humana nasce morta em pecado; quando crê, é regenerado, experimenta o novo nascimento. Isto é a primeira ressurreição pessoal de que já falamos. O espírito passa da morte à vida quando cremos; mas vem logo uma segunda ressurreição: a alma vai experimentando sua ressurreição na medida em que nos ocupemos menos da carne e mais do espírito. Na prática esta é uma ressurreição progressiva na vida do crente, na medida que caminha com Cristo. A terceira é a ressurreição gloriosa, à última trombeta, quando vier o Senhor, que é a primeira das duas grandes ressurreições coletivas. É quando será ressuscitado o corpo. Também em Apocalipse 20:6 diz:"Bem aventurado e santo o que tem parte na primeira ressurreição; a segunda morte não tem autoridade sobre eles, senão que serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos".A diferença baseia-se em que a segunda morte é condenação eterna, e sofrer dano da segunda morte, é só uma disciplina temporal, durante a idade do milênio.Se alguém não é purificado em sua alma nesse tempo, o será na era vindoura, durante o tempo do reino milenar, para que na eternidade possamos estar com o Senhor, e sermos santos como Ele é Santo. Há coisas no crente carnal que estão de baixo da maldição em Adão, que devem ser quitadas, agora ou quando o Senhor venha e julgue à Igreja. Note que Paulo havia sido salvo eternamente quando ainda era um perseguidor da Igreja, após a visão que teve de Jesus cristo; e ele sabia isso. Mas foi chamado a um trabalho, não para ser salvo, senão para fazer a obra de Deus e poder entrar no reino. Ao analisar o capítulo 9 de 1 Coríntios, vemos que Paulo se refere a seu trabalho em relação com o reino, e no versículo 17 fala de que terá recompensa; no 18 fala de galardão; no 24 fala de prêmio; no 25 fala de receber uma coroa incorruptível. A manifestação do reino dos céus, será para os cristãos a manifestação de uma recompensa. Não obstante, nos versículos 26 e 27 diz:" 26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. ".Isto de ser eliminado ou reprovado, tem a conotação de ser desqualificado, recusado ante o tribunal de Cristo, não digno de receber o prêmio, ainda que houvesse sido salvo eternamente por graça mediante a fé em Cristo.Já temos dito que uma coisa é a vida eterna e outra é a coroa da vida. A vida eterna se recebe como um presente de Deus e a coroa da vida depende de nossas obras. A coroa da vida somente a recebe quem for fiel até a morte, o vencedor. Assim também encontramos o oposto à vida eterna, ou seja, A morte eterna, a segunda morte, o que a sua vez é diferente ao dano da segunda morte. Então, quando, em que tempo, se recebe a coroa da vida? Quando o Senhor vier, quando nos reuniremos com Ele nas nuvens e começar Seu tribunal para julgar à Igreja e se dê início à idade do reino dos céus, o milênio, e isso se traduz em que o vencedor há de reinar com Cristo no reino de Deus. Simultaneamente, o derrotado, o crente que não é fiel até a morte, ainda que não perde sua salvação, entretanto, não recebe a coroa da vida, senão que durante o milênio tem perdida e é submetido a sofrer o dano da segunda morte, que pode ser uma espécie de "corretivo" nas trevas exteriores." 25 Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. " (Mt. 16:25).O homem natural, morto espiritualmente, pela graça de Deus, e mediante a fé no Senhor Jesus, recebe a vida eterna. Posteriormente, quando voltar o Senhor, recebe a coroa da vida, sempre e quando for vitorioso, fiel até o ponto de estar disposto a dar sua vida pelo Senhor.

* Extraído do Livro El Vencedores y el Reino Milenario de Arcádio Sierra Dias

História da doutrina da Tri-unidade- Gino Iafrancesco

História da doutrina da Tri-unidade


O MONARQUIANISMO

A ORIGEM DO MONARQUIANISMO

Certamente que o gnosticismo foi a grande heresia do século II, a heresia mais importante do século terceiro foi o monarquianismo. A doutrina do Verbo dos apologistas, os chamados pais anti-gnosticos e dos pais alexandrinos (entende-se por pai, os irmãos que ocuparam posição na igreja do período apostólico) não produziu uma satisfação geral. Ao que parece, uma grande parte das pessoas comuns via esta doutrina com certa duvida, já que parecia que afetava seus interesses teológicos ou cristológicos, onde o interesse teológico era mais forte, a doutrina do Verbo como Pessoa divina separada, parecia por em perigo a unidade de Deus ou do monoteísmo; e onde o interesse cristológico estava em primeiro plano, a idéia que o Verbo estava subordinado ao Pai parecia comprometer a deidade de Cristo.

TRINDADE OU TRI-UNIDADE?

O termo “trindade” vem sendo usado faz aproximadamente mil e seiscentos anos, para tentar explicar a natureza de Deus. Quando os cristãos usam a palavra trindade (três), inconscientemente comunicam aos ouvintes um conceito politeísta. A palavra “trindade” foi cunhada a fim de referir-se à pluralidade que há em Deus, ao mesmo tempo em que manteria o pensamento da unidade divina. Foi uma escolha bem intencionada, mais infeliz.

Os termos “tri-unidade” ou “triuno” transmitem a idéia de que Deus é um só, ao mesmo tempo em que consiste em três pessoas.

A HISTÓRIA DA TRI-UNIDADE

Houve três correntes de estudiosos da bíblia que defenderam e tentaram implantar a teologia bíblica. Vejamos.

1. OS APOLOGISTAS: a pressão externa e interna exigia a defesa e exposição clara da verdade, dando assim origem à teologia. Por esta razão, aos primeiros pais (termo usado para os primeiros líderes que tiveram contato com os apóstolos do Senhor Jesus) que assumiram a defesa da verdade foram chamados de “apologistas”. Eles dirigiram suas apologias em parta aos governantes e em parte ao público que discutia as coisas. Seus objetivos imediatos eram o de apaziguar o temperamento das autoridades e das pessoas em geral que se diziam cristãs, e intentaram faze-lo estabelecendo seu verdadeiro caráter, e refutando as acusações proferidas contra o cristianismo; os apologistas estavam particularmente preocupados por fazê-lo aceitáveis às classes instruídas. Com este propósito, representaram o cristianismo com a mais elevada e mais segura filosofia, e puseram especial ênfase nas grandes verdades da religião natural: Deus, virtude e imortalidade, e falaram deles como o cumprimento de toda a verdade que se falava no judaísmo e fora dele. O trabalho dos apologistas foi feito em três áreas; a) Defensivo; b) Ofensivo e c) Construtivo. Defenderam o cristianismo mostrando que a vida e caráter dos que professam a fé cristã está marcada pela pureza moral. Acusaram aos judeus de um legalismo que perdia de vista o caráter tipológico; os acusaram de uma cegueira que os impedia de ver que Jesus era o Messias prometido pelos profetas. Atacaram ao paganismo denunciando o caráter indigno, absurdo e imoral da religião pagã; e particularmente a doutrina de seus deuses, em comparação com a unidade de Deus. Finalmente, sentiam que estavam incumbidos de estabelecer o caráter do cristianismo como a revelação positiva de Deus.

2. OS ANTI-GNOSTICOS: eles consideravam que o erro fundamental dos gnosticos estava em separar o Deus verdadeiro do Criador, o que qualificavam como uma concepção blasfema instigada pelo diabo. Pelo que enfatizaram o fato de que há sim um só Deus, que é também o Criador e Redentor, que deu a Lei e que também revelou o Evangelho. Este Deus é um e trino, uma só essência que subsiste em três pessoas.

3. OS ALEXANDRINOS: assim como em um século anterior, a sabedoria religiosa judaica se combinou com a filosofia helênica para produzir o tipo de pensamento representado por Filon, da mesma maneira nos séculos segundo e terceiro a sabedoria helênica e as verdades do Evangelho se combinaram, de uma maneira realmente surpreendente, para dar origem à teologia do tipo alexandrino. O intento empreendido por proeminentes teólogos foi utilizar as mais profundas especulações dos gnosticos na construção da fé da igreja. Para eles, ressurreição à interpretação alegórica da bíblia. As verdades da religião cristã foram convertidas em ciência.

O MONARQUIANISMO

Certamente que o gnosticismo foi a grande heresia do século II, a heresia mais importante do século terceiro foi o monarquianismo. A doutrina dos apologistas, dos anti-gnósticos e dos também chamados de pais alexandrinos não produziu uma satisfação geral. Parece que uma grande parte do povo comum via com duvidas esta doutrina, já que parecia que afetava seus interesses teológicos ou cristológicos. Onde o interesse teológico era mais alto, a doutrina do Verbo como Pessoa divina separada, parecia por em perigo a unidade de Deus, o monoteísmo; e onde o interesse cristológico estava em primeiro plano, a idéia que o Verbo estava subordinado ao Pai parecia comprometer a deidade de Cristo.

No decorrer do tempo os eruditos tomaram nota das duvidas do povo, e se propuseram a salvaguardar a unidade de Deus e a deidade de Cristo. Este deu lugar a duas formas de pensamento, às quais se denominou de Monarquianismo (nome que, pela primeira vez, foi dada a Tertuliano), ainda que estritamente falando, seria justo o aplicar somente a aquele tipo em que o interesse teológico é mais importante. Apesar de ser inapropriado, este termo segue em uso até o presente, para designar ambos tipos de monarquianismo.

· MONARQUIANISMO DINAMICO: Estava principalmente interessado em preservar a unidade de Deus, e estava completamente alinhado com a heresia Ebionita da igreja do primeiro século como também com o unitarianismo de hoje (seita criada no I século, por cristãos judeus, se caracterizava por ser composta principalmente por opositores ao apostolo Paulo, e era do tipo farisaico. Suas opiniões de Cristo eram que, Jesus era um homem normal, e que só se diferenciava dos demais homens, por que tinha maior sabedoria e retidão. Por esta razão Deus O escolheu para libertar o mundo do pecado; sendo que, o Cristo desceu sobre Jesus no batismo, como pomba, e o abandonou lá na cruz). As opiniões deles eram baseadas nas Escrituras e nas tradições. Vejamos alguns pontos que eles criam:

- O Verbo de Deus foi realmente consubstancia com o Pai, porém não era uma pessoa distinta na deidade. O Verbo podia ser identificado com Deus porque existia em Deus, assim com a razão humana existe no homem. O Verbo era meramente um poder impessoal presente em todos os homens, mas particularmente ativo no homem Jesus. Este poder divino, havendo penetrado progressivamente na humanidade de Jesus, de um modo que não o fez em nenhum outro homem, o deificou gradualmente, posto que o Jesus homem foi deificado, é digno da honrar divina, ainda que quando não se possa ser considerado como Deus no sentido estrito da palavra. Com esta formulação da doutrina do Verbo, era então sustentado que a unidade de Deus implicava, tanto unidade de pessoa como unidade de natureza.
- Diziam que o Verbo e o Espírito Santo eram meramente atributos impessoais da deidade.
- Defendiam o unitarianismo, ou seja, só um Deus e uma só pessoa.
- Defendiam principalmente, a humanidade de Jesus.

· MONARQUIANISMO MODALISTA, TAMBÉM CONHECIDA DE SABELIANISMO: foi denominado de modalista, porque concebia as três Pessoas da Deidade como diferentes modos em que Deus se manifesta. A grande diferença do M. Modalista com o M. Dinâmico está em que o M. dinâmico sustentava a verdadeira deidade de Cristo. O Monarquianismo Modalista foi muito mais influente. Interessava também em manter a unidade de Deus. Porém seu interesse primordial parecer ter sido cristológico, a saber, preservar a completa divindade de Cristo. Vejamos alguns pontos que eles criam:

- Criam nas três pessoas da deidade como diferentes modos em que Deus se manifesta na criação, na encarnação e na regeneração.
- Seu interesse principal parece haver sido cristológico, a saber, preservar a completa divindade de Cristo. No vaguear dessa seita, alguns chegaram a dizer que “o Pai chegou a nascer, sofrer e morrer;” outros disseram que “o Pai, mediante a mudança em seu modo de existir, literalmente chegou a ser filho de si mesmo”. Dizia que “quando o Pai ainda não havia nascido, Ele foi corretamente chamado, O Pai; porém quando submeteu ao nascimento, chegou a ser o Filho de si mesmo”.

A DOUTRINA DA TRI-UNIDADE

PONTOS DA CONTROVERSIA TRINITÁRIANA:

- O monarquianismo (Deus se manifestando de forma diferente em diferentes épocas, a cristologia, a unicidade de Deus, descrença do nascimento virginal),
- A teoria de que, o Pai e o Filho são substâncias pessoais;
- A doutrina da eterna geração, que implicava em subordinação do Verbo a Deus;
- A doutrina de que o Espírito Santo está subordinado ao Verbo e que foi também criado por Ele;
- A doutrina de que as três pessoas da tri-unidade eram de essência semelhante, porém não iguais;
- A doutrina da criação do Verbo;

Todos estes pontos são refutados. Os textos bíblicos são bem claros a este respeito; temos que cuidar bastante com as palavras no texto original, pois elas vão nos mostrar o verdadeiro sentido da palavra.

ECHAD OU YACHIYD

ECHAD

É uma palavra hebraica que fala de um, mas de um “um coletivo”; é um substantivo coletivo, é um substantivo que demonstra unidade; fala de uma unidade que contém varias unidades. É esta palavra que é usada para exprimir a unidade composta de DEUS. Existe uma pluralidade dentro da unidade de Deus; veja os exemplos:

- Deuteronômio 06: 04 e 05 - Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
- Gênesis 01:05 - Chamou Deus à luz Dia e às trevas , Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia. (está relacionado a dia e noite)
- Gênesis 02:24 - Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (está relacionado a os dois)
- Números 13:23 - Depois, vieram até ao vale de Escol e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas... (está relacionado as uvas no cacho).
- Esdras 02:64 - Toda esta congregação junta foi de quarenta e dois mil trezentos e sessenta".
- Jeremias 32:38 e 39: - Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho...

YACHIYD

É uma outra palavra hebraica que fala de um, só que agora fala de um “um absoluto”. Veja os exemplos:

- Gênesis 22:2 - Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em...
- Salmo 22:20 - Livra a minha alma da espada, e das presas do cão a minha vida. (única vida)
- Juízes 11:34 - Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, ..., e era ela filha única;
- Amós 8:10 - ...Farei que isso seja como luto por filho único.
- Zacarias 12:10 - ... Olharão para mim, a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito.

PLURALIDADE NO NOME DE DEUS

As palavras EL e ELOHIM, foram traduzidas do hebraico para o português com D maiúsculo “Deus”. No hebraico, essas palavras significam ambas “Todo-poderoso”. El é a forma singular enquanto que Elohim é a forma plural da palavra Deus. Em Êxodo 20:2 e 3 diz: “Eu sou o Senhor teu Deus... Não terás outros deuses diante de mim”. A palavra traduzida para Deus e deuses é a mesma, portanto é como se o versículo ficasse assim: “Eu sou o Senhor Teus Deuses, não terás outros deuses diante de mim”. No hebraico isso é possível, porém, não no português.

Vejamos alguns exemplos em Gênesis:

- 1:26 e 27 - Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, á imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou.
- 3:22 e 23 - ...Eis que o homem se tornou como um de nós... O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden.
- 11:7 e 8 - Vinde, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem...

TRI-UNIDADE OU POLITEÍSMO

Temos que tomar bastante cuidado para não confundirmos a tri-unidade com politeísmo. O que faz um Deus ser Deus é o fato Dele não ter começo e nem fim e ter um só propósito. Nos deuses da mitologia grega, vemos muitos deuses criados e não gerados e com propósitos os mais diversos. Na tri-unidade divina, vemos os aspectos de um só propósito nas três pessoas e também vemos o fato de ser gerado; nascido, porém não criado. Se prestarmos bastante atenção nas palavras, veremos isto mui claramente.

JESUS É DEUS:

- Salmo 45:6 e 7: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amas a justiça e odeias a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros.
- Salmo 110:1 - disse o Senhor ao meu Senhor: assenta-te a minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.
- Gênesis 19:24 - Então fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra.
- Isaías 9:6 e 7 - Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.
- João 10:30 - Eu e o Pai somos um.
- Mateus 3:16 - Logo que foi batizado, Jesus saiu da água. O céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele. E do céu veio uma voz, que disse: -Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria!

O ESPÍRITO SANTO PROCEDE DE DEUS O PAI:

- Gênesis 1:2 A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
- Êxodo 35:31 e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento em todo artifício,

O ESPÍRITO SANTO PROCEDE DE DEUS O FILHO:

- Atos 16:7 defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.
- Filipenses 1:19 Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação,
- João 14:26 mas o Consolador o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito
- João 16:7 - Mas eu vos digo a verdade convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.

QUEM VEREMOS NO CÉU?

Temos que tomar cuidado com afirmações precipitadas. Temos que nos lembrar que hoje somos pessoas limitadas dentro do tempo e espaço. Quando deixarmos este corpo ou quando ele for transformado não estaremos sujeitos às limitações da carne. Temos também que considerar que o Filho sempre foi aqui na terra a manifestação de Deus. Sempre que Deus se manifestou, isso foi feito na pessoa do Filho. Deixaremos apenas alguns versos aqui.

- Apocalipse 5:13 - Então ouvi todas as criaturas que há no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, isto é, todas as criaturas do Universo, que cantavam: "Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro sejam dados o louvor, a honra, a glória e o poder para todo o sempre!"
- Apocalipse 4:5 - Do trono saíam relâmpagos, estrondos e trovões. Diante dele havia sete tochas acesas, que são os sete espíritos de Deus.
- Hebreus 1:3 - O Filho brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus. Ele sustenta o Universo com a sua palavra poderosa. E, depois de ter purificado os seres humanos dos seus pecados, sentou-se no céu, do lado direito de Deus, o Todo-Poderoso.

O RESULTADO FINAL: A trindade de pessoas. Cada uma das três pessoas possui a essência inteira e é, por tanto, idêntica com a essência e com cada uma das outras pessoas. O Pai se caracteriza por ser “não gerado”, o Filho por ser “gerado” e o Espírito Santo por “proceder”. A relação entra as três pessoas se descreve como uma relação de “mútua interpenetração ou de existência recíproca sem, no entanto, se misturarem”.

Autor: Gino Iafrancesco

Irmãos em Cristo Jesus.

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Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"