sábado, 15 de novembro de 2008

As Duas Árvores- David W Dyer


Por razões que estivemos discutindo nos capítulos anteriores deste livro, Deus desejou compartilhar Sua própria vida com o homem desde o princípio. Isto é evidenciado pela árvore da vida plantada no meio de jardim do Éden. Mas havia também uma outra árvore crescendo lá – uma árvore muito sinistro – a “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gen 2:9). Nós concluímos que a primeira árvore era o símbolo da vida de Deus, mas o que dizer desta outra? O que ela representa? Porque Deus permitiu que uma árvore com tais poderes devastadores crescesse lá, livremente disponível à Sua nova raça? Naturalmente que Ele deu-lhes aviso sobre ela. Sua Palavra solene foi falada claramente, de maneira que não houvesse chance de um erro. Entretanto, é igualmente óbvio que Deus lhes estava permitindo tomar suas próprias decisões no que se refere ao seu destino final. Em Sua infinita sabedoria, Ele permitiu que eles tivessem o livre-arbítrio. Se eles entrassem no plano maravilhoso que Deus tinha para eles, deveria ser por terem voluntariamente escolhido fazer isso, não porque tivessem sido forçados a fazê-lo. Então, desde o começo Adão e Eva foram colocados diante de uma escolha. Eles se encontraram diante de duas opostas possibilidades. Por um lado, havia a árvore da qual eles podiam comer livremente e, pelo outro, havia aquela da qual eles foram proibidos de comer. Enquanto foi permitido a eles não escolher nem um nem o outro, estas duas árvores, com tudo que elas representam, estavam sempre diante deles. Sua localização, “no centro do jardim,” deve ter feito delas o foco da atenção. Consequentemente, a decisão de comer ou abster-se de comer, nunca estava muito distante do pensamento deles. De uma maneira interessante, estas mesmas duas alternativas estão à disposição dos homens hoje. Tanto cristãos como não cristãos estão diariamente expostos a estas duas opções e a tudo o que elas envolvem. Embora não haja duas árvores físicas em frente a nós, o que elas representam está abundantemente à disposição. Já que nós, assim como o primeiro casal, somos realmente confrontados diariamente com esta escolha, é essencial que compreendamos o que ela significa. Embora Adão e Eva possam ter sido inocentes e não completamente cientes de tudo o que aquela decisão envolvia, nós não podemos alegar a mesma desculpa. O seu próprio exemplo, combinado com toda a revelação de Deus desde aquele tempo, nos fornece ampla evidência de qual é o caminho de Deus e também o que estas árvores produzem. Infelizmente, muitos dos filhos de Deus ignoram estas coisas. Demais dos crentes são completamente alheios ao significado destas realidades espirituais. Desta forma, eles facilmente se tornam vítimas dos enganos do inimigo, do mesmo modo que Eva foi seduzida (2ª Cor 11:3). Verdadeiramente, a Escritura diz: “Onde não há revelação, o povo se corrompe” (Prov 29:18). Estou com medo que o caminho para tudo o que Deus tem para nós está espalhado com os crentes machucados, feridos e “escravos” que estão tropeçando em escuridão. De algum modo, eles falharam em ver na luz de Deus como permanecer em Seu caminho estreito e foram pegados cativos pelo inimigo de nossas almas. Nós já discutimos o que era representado pela árvore da vida mas, para alguns leitores, algumas de suas conseqüências podem não estar perfeitamente esclarecidas. Como já vimos, é possível receber em nosso ser a vida de um Outro ser, podemos receber a própria vida de Deus. Já que este Outro é extremamente superior a nós mesmos em tudo, o que isto implica? Como tal coisa nos afetará? Para começar, parece lógico supor que esta Outra Vida, sendo tão maior que a nossa própria, tende a predominar. Na verdade, ela vai querer tomar posse. Isto é, naturalmente, o que Deus deseja fazer. Uma vez que Sua Vida está dentro de nós, Ele pretende tornar-se o chefe (“Senhor” é o termo das Escrituras). Seu desejo é que, cada vez mais, submetamos cada aspecto de nosso viver à Sua autoridade. Lemos nas Escritura que “em tudo Ele tem a primazia” (Col 1:18). Subitamente descobrimos que independência e “fazer nossa própria vontade” não são mais aceitáveis. Abrindo nossos corações a Ele, nós somos levados a uma situação em que não somos mais nossos próprios donos. Infelizmente muitas pessoas são “trazidas a Cristo” sem esta compreensão mais fundamental. São informados a respeito de um Salvador, mas não sobre um Senhor que terá domínio sobre eles. São encorajados a aceitar os benefícios que Deus dá, sem qualquer aviso sobre o compromisso que isto envolve. Muitos homens e mulheres são impelidos a “vir para Jesus” sem mesmo um entendimento que isto significa uma mudança radical na soberania de suas vidas. Entretanto, como estaremos vendo no restante deste livro, esta mudança não está apenas disponível, mas é essencial. Esta Vida para a qual fomos chamados não é apenas ua história de escola dominical. Nós nos relacionamos com o Deus do Universo e as implicações deste fato são realmente grandes. Então, se a completa submissão a esta nova Vida é a premissa central da árvore da vida, quais são as conseqüências da outra? Para compreender mais propriamente esta questão, primeiro precisamos olhar para um outro ser que foi criado antes da queda do homem. Lúcifer, a princípio talvez o maior e o mais santo dos anjos, é aquele de quem estamos falando. Tudo o que está simbolizado na árvore que traz a morte, pode ser delineado neste ser. Consequentemente, para compreender totalmente esta árvore e seus efeitos desastrosos, devemos também dar uma boa olhada em quem o diabo é e em como ele chegou ao que é hoje. No livro de Isaías descobrimos que este anjo agora caído é mencionado como o “filho da alva” (Is 14:12). Tal título provavelmente indica que ele foi formado durante os primeiros estágios do trabalho criativo de Deus. Possivelmente ele foi o primeiro ser criado. Ainda uma outra passagem ensina que ele era “perfeito e maravilhoso quando foi feito” (Ezequiel 28:12). É provável que este anjo fosse a mais poderosa, extremamente atraente criatura moldada por Deus e que, sendo assim, ele era o segundo, abaixo de Deus, na cadeia de comando do Universo. Muitos de nós achamos que esta era uma posição extremamente boa para se manter, mas para ele havia uma pequena irritação. Este lugar sublime na presença do Altíssimo, trouxe consigo uma exigência. Ele tinha que ser completamente submisso a Deus em cada detalhe. O PECADO DO LÚCIFER Um dia, Lúcifer começou a notar sua própria beleza. Não há dúvida que os demais anjos também o admiravam. Ele claramente imaginava que seu poder e inteligência não tinham paralelo entre eles. Ele não conhecia outro que tivesse tantas habilidades a não ser o próprio Deus. Seu desejo de realmente engrandecer-se a si mesmo e de exibir totalmente a sua grandeza, pouco a pouco começou a crescer. Conforme o tempo passava, o constrangimento de ser completamente obediente ao Pai e de usar toda a sua energia para servir somente a Ele, começou a lhe dar nos nervos. Aqui não havia lugar para auto-expressão. Todos os seus muitos talentos e tremenda criatividade estavam sendo desperdiçados por ser ele apenas um servo. Debaixo desta terrível escravidão, como ele poderia realmente conseguir a completa apreciação que ele realmente merecia? Então, como todos nós sabemos, com tais pensamentos fluindo em sua mente, a criatura a quem hoje nos referimos como Satanás, caiu em pecado. Eu creio que deveria ser muito esclarecedor para nós compreender como isto ocorreu. Lúcifer não começou cometendo adultério com a sua secretária. Ele não matou alguém inicialmente, nem roubou uma velha senhora andando na rua. Não, nenhuma destas coisa que parecem “tão más” para nós iniciou sua decadência. Pelo contrário, seu primeiro ato pecaminoso foi algo que a muitas pessoas parece extremamente natural. Ele tomou uma decisão – a decisão de tornar-se independente, a decisão dirigir sua própria vida. Ele disse: “Eu subirei”. “Eu exaltarei o meu trono”. “Eu serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13,14). Aqui ele rejeitou todas as restrições e começou a afirmar sua própria vontade, rebelando-se contra o Deus Todo-Poderoso. Este foi seu primeiro pecado. Ele deixou sua primeira posição de total dependência e submissão a Deus e começou a exercer sua própria vontade em busca de seu próprio prazer. Claro que o orgulho fazia parte disso. Mentira, adultério espiritual, roubo e assassinato vieram logo atrás. De fato, tudo o que é contrário à retidão de Deus tornou-se dele neste simples ato –rebelião – contra a única autoridade verdadeira. Com tudo isso em mente, agora nós podemos começar a examinar a Segunda árvore – a árvore do conhecimento do bem e do mal. Evidentemente, quando Adão e Eva foram criados, existia a falta de alguma coisa. Eles não possuíam a capacidade de discernir entre o bem e o mal. Isto então os colocou em uma posição onde eles tinham que depender de Deus. Conforme já discutimos previamente, em muitos aspectos eles foram feitos semelhantes ao seu Criador, mas nesta área de tomar decisões morais, eles eram forçados a confiar em Sua liderança e direção. Entretanto, havia uma árvore de compartilhar conhecimento, não muito distante. Havia uma outra “fonte,” um outro “caminho” operando no Universo e estava disponível para eles. Embora ele fosse proibido, tinha sua representação no Jardim do Éden. Provando desta árvore, o primeiro homem poderia ganhar algo que ele não possuía – independência. Uma mordida deste fruto e eles nunca mais precisariam estar em uma posição subserviente e dependente. eles poderiam ser como Deus. TRÊS ENGANOS SUTIS Esta foi exatamente a tentação que iludiu Eva e então corrompeu Adão. Quando a serpente veio para enredá-los em sua trama, ela o fez com grande sutileza. Não há dúvida de que o diabo compreendeu inteiramente as conseqüências de comer da árvore errada. Evidentemente ele já havia induzido muitos outros seres a segui-lo em sua rebelião e assim, já possuía bastante experiência. Quando falava a Eva, apelou para três elementos de fraqueza que ainda permanecem na raça humana hoje. De qualquer maneira, ele revelou a ela três coisas: Número 1 – esta árvore é deliciosa (a cobiça da carne). Número 2 – é extremamente boa de olhar (a cobiça dos olhos). Número 3 – apenas uma prova dela fará vocês sábios o bastante para serem independentes de Deus. (o orgulho da vida) ( 1ª João 2:16). Este foi o argumento decisivo. Apenas uma pequena mordida poria fim a esta desconfortável submissão a um Outro e a capacitaria com o que ela necessitava para levar sua própria vida. Interessante, são estas três mesmas atrações que ele usou para tentar o Senhor no deserto. Nenhuma tática nova foi usada ali. Primeiro, já que Jesus estava faminto, o diabo tentou convencê-lo a satisfazer suas necessidades transformando pedras em pão. (Por favor, lembre-se que foi o Espírito Santo que o levara ali e, portanto, o Pai era responsável pelo Seu bem-estar.) A seguir, ele trabalha com os seus olhos, mostrando-lhe todos os reinos do mundo e sua glória por um instante. Riqueza, honra e poder terreno estão completamente disponíveis para qualquer um que realmente vá atrás deles. Muitas pessoas hoje no mundo, e mesmo dentro da Igreja, estão descobrindo o poder da auto-afirmação. Claro que, se esta é a sua tendência, inclinar-se para louvar o inimigo de é também proveitoso. Entretanto, estou confiante que ele permitirá a alguns cristãos que estão interessados, passar por cima desta formalidade (pelo menos externamente). Se eles apenas usarem sua energia para promoverem a si próprios, e desse modo, construírem o reino escuro e egocêntrico do diabo isto será certamente suficiente. Finalmente, Satanás apelou para o ego. Ele disse algo como: “Se você é realmente grande, prove-o provocando uma grande cena que requeira a intervenção angélica. Mostre a todos quem você realmente é. Exiba-se completamente para que todos nós possamos admirá-lo. Não se importe com dependência de Deus. Se você é realmente o filho de Deus, você deve ter sua própria autoridade. Faça algo realmente extraordinário para afirmar sua independência e estabelecer sua própria personalidade” (Lucas 4:9-12). Como deveríamos ser gratos a Jesus porque Ele teve força para resistir a esta tentação! Ele era alguém que era verdadeiramente submisso ao Pai. Cada aspecto de Sua vida foi vivido em sujeição à vontade do Pai. A vida que Ele viveu, os trabalhos que executou e mesmo as palavras que Ele falou, estavam todos em perfeita harmonia com as direções do Alto (João 14:10). Ele veio a esta Terra não para fazer Sua própria vontade, mas a vontade daquele que O enviou (João 6:38). Infelizmente, Adão e Eva não possuíam a mesma força de caráter. A inocência deles não era igual à santidade de Cristo e assim mostrou não ser obstáculo para o inimigo. Quando confrontados com a possibilidade de ser tornarem seus próprios senhores, eles agarraram a oportunidade. Aparentemente, a serpente não levou longos anos de tentação para convencer Eva. Uma pequena sessão de auto-expressão era tudo o que era necessário para persuadi-la a violar a ordem claramente dada por Deus e voltar-se contra Ele. Ela viu diante dela, facilmente, a possibilidade de tornar-se “completa”, independente e autoconfiante. Ela pouco imaginava que outros “benefícios” viriam no mesmo pacote. Deus, com toda a razão, os tinha advertido a não compartilhar. No momento em que Lúcifer decidiu auto-afirmar-se, a escuridão precipitou-se sobre ele, colocando-se em oposição a Deus. Sua verdade, justiça, misericórdia, retidão, amor, humildade, majestade, etc., tinham que ser opostos em um ser que estava em rebelião contra Ele. Então o caráter de Satanás tornou-se a antítese de todas estas coisas. Crueldade, ódio, violência, mentira, decepção, vaidade, e muito mais tornou-se a marca registrada deste reinado. Esta única decisão de desobedecer mudou para sempre sua natureza gloriosa e formosura com que fora criado para uma natureza tão cheia de escuridão e do pior tipo de pecado. Tristemente, nossos primeiros ancestrais entraram em uma experiência semelhante. Sua única decisão de se rebelar também custou muito a eles. Embora haja no homem caído aquilo que é chamado “bom,” o mal que o homem é capaz de praticar está além da descrição. Quando Adão e Eva compartilharam deste fruto, sua verdadeira natureza foi mudada. Eles não eram mais inocentes e dependentes. Eles não mais precisavam confiar em Deus para instrução concernente a padrões morais. Eles tinham se tornado independentes – seus próprios senhores. Consequentemente, eles também se precipitaram na escuridão e corrupção. A ÁRVORE DO CONHECIMENTO Eu creio que é importante para nós tomarmos aqui algum tempo para analisarmos a árvore da qual veio esta tremenda decepção. Primeiro precisamos notar que é uma árvore do bem e do mal. A maioria das pessoas provavelmente imagina que é uma árvore apenas do mal e que a outra árvore, a árvore da vida, deve ser a árvore do bem. Entretanto, este não é o caso. Aqui nós vemos que o conhecimento do bem está também na árvore da qual Deus ordenou ao homem que não comesse. Compartilhar dela é pecado. Como podemos entender tal coisa? Para começar, precisamos entender que a árvore que causa a morte é principalmente a árvore do conhecimento. Esta não é simplesmente uma árvore do “bem e do mal”, mas também uma árvore que concede conhecimento àqueles que provam dela. Seu fruto tem o efeito de conferir a habilidade de distinguir entre o que é certo e o que é errado. Aqueles que compartilham dela podem saber por se mesmos a diferença entre o bem e o mal. Este “conhecimento” capacita os seus possuidores a serem seus próprios senhores. Eles podem então determinar seu próprio caminho na vida. É precisamente aqui que Adão e Eva ganharam sua independência. Com esta sabedoria e conhecimento, eles podiam analisar suas situações e condições, avaliar as vantagens e desvantagens das opções disponíveis e tomar uma decisão. Bem, você pode perguntar, o que há de errado com isto? O problema é justamente o que vimos no início deste capítulo. Tudo isso pode ser efetuado em completa independência de Deus. Tais decisões podem ser tomadas sem submissão e confiança no Altíssimo. Quando agimos deste modo estamos sendo nossos próprios deuses. Estamos tomando o curso de nossas vidas em nossas próprias mãos. Nós estamos agindo de acordo com nossa própria sabedoria e compreensão. Isto, certamente, é apenas natural. Todo mundo faz. De fato, desde a queda de Adão e Eva este é o modo pelo qual todos os simples mundanos conduzem suas vidas. Mas Deus está olhando para aqueles que retornarão à sua intenção original. Ele está procurando por aqueles que “não se estribam em seu próprio entendimento” (Prov 3:5). Seu desejo é para aqueles que serão guiados, não pela sua própria inteligência e sabedoria, não pela sua própria habilidade de decidir por eles mesmos, mas através de sua comunhão com Ele. Adão e Eva deveriam se tornar, como Jesus foi, uma expressão viva do Pai. Esta meta se cumpriria através da comunhão com o Pai e da submissão a Ele. Comer da árvore da vida teria trazido Sua vida para dentro deles. Desta forma, a manifestação de Deus em suas vidas seria o resultado de seu relacionamento íntimo com Ele. Se eles vivessem em companheirismo com o Pai, todos os Seus pensamentos, atitudes e caráter poderiam ser infundidos neles. Este relacionamento de dependência os faria expressar Sua piedade ao Universo. Seria uma espécie de retidão imposta que seria exibida através deles, mas que não começou com eles. Em vez desta gloriosa possibilidade, entretanto, eles adquiriram um tipo de conhecimento que os habilitava a existir sem Deus, simultaneamente recebendo tudo o que isto envolvia. Embora o caminho independente esteja ainda aberto para quem o escolher, os crentes em Jesus são chamados a compartilhar de uma outra árvore. Eles são chamados a entrar num relacionamento com o seu rei, que os guiará. De fato, Ele entrará neles e os guiará de seu interior. Ele os proverá de um sabedoria que não tem origem nesta Terra. Ele pode conduzi-los a fazer coisas que, do ponto de vista humano, são tolices. Ele os fará viver de um modo que faz um tremendo sentido do ponto de vista da eternidade, mas pode parecer ridículo àqueles que dirigem seus próprios caminhos de acordo com o ponto de vista do mundo. Veja, a sabedoria do mundo, fornecida pela árvore da morte, é tolice para Deus (1ª Cor 3:19). Pode parecer perfeitamente lógico, mas não leva em conta o ponto de vista divino. Pedro, usando seu próprio intelecto e sabedoria, pressionou Jesus a não ir para Jerusalém e morrer na cruz (Mat 16:21-23). Como parece natural e correto da perspectiva humana! Entretanto, de um ponto de vista celestial, era o trabalho e sabedoria de Satanás. Você pode ver como é perigosa a sabedoria humana? Você pode avaliar quão rebelde pode ser nosso próprio uso da sabedoria que nós recebemos? Adão e Eva não puderam. Para eles parecia bom e agradável. Parecia libertador. Forneceu a eles um meio de serem independentes e auto-suficientes. Como parece a você hoje? Você está atraído pelo pensamento de ser algo ou alguém? Ou você está atraído pela idéia de completa dependência de um Outro? COMO NÓS USAMOS A PALAVRA DE DEUS Enquanto nós estamos discutindo o conhecimento do bem e do mal, a capacidade de saber o que é certo e o que é errado, precisamos também mencionar o uso das Escrituras. A Bíblia nos foi dada por Deus. Toda a Palavra foi soprada de Sua boca (2ª Tim 3:16). É proveitosa para correção, repreensão e ensino em retidão. Nós não podemos e, de fato, nunca deveríamos desejar contestar este fato. Entretanto, também é verdadeiro que as Escrituras podem ser usadas erroneamente. Por exemplo, Satanás citou a Palavra de Deus na tentação de Jesus. Muitas e muitas pessoas, através dos séculos, incluindo algumas pessoas de Deus, têm usado incorretamente e torcido as Escrituras para sua própria destruição (Pedro 3:16). Os fariseus são um bom exemplo deste engano. Eles sabiam, pelos textos de Deus, onde o Messias deveria nascer, entretanto não foram adorá-Lo. Eles compreenderam que o preço do sangue não poderia ser aceito por uma oferta quando Judas devolveu o dinheiro (Mat 27:6). Entretanto, eles eram aqueles que o tinham pago! Eles liam as Escrituras diariamente para saber o que era certo e o que era errado, no entanto eles não vieram submeter-se a Jesus. Como é fácil comer da árvore errada! Também é possível usar a própria Bíblia para descobrir o que está certo e o que está errado, o que é bom e o que é mau e então usar este conhecimento para guiar nossas próprias vidas. Os hipócritas do tempo de Jesus não eram os únicos. Hoje também nós encontramos muitos que usam as Escrituras frequentemente, embora não estejam realmente submissos a Deus. Uma vez que descobrimos por nós mesmos o modo correto e o incorreto, este conhecimento nos torna poderosos para agir de uma maneira independente. Nós podemos viver nossas próprias vidas de acordo com os princípios bíblicos. Nós podemos conhecer o bem e o mal por nós mesmos, e tomar nossas próprias decisões de acordo. Este tipo de atitude não só é possível, mas é comum. Muitos cristãos imaginam que eles podem padronizar suas vidas de acordo com as leis bíblicas ou princípios do Novo Testamento e assim ser agradáveis a Deus. Eles cuidadosamente estudam as Escrituras, descobrem o que é certo e o que é errado, ou seja, bom ou mau e tentam viver pelo este conhecimento. Deste modo, eles cumprem as Escrituras “indo estabelecer sua própria retidão, eles não se submetem à retidão de Deus” (Rom 10:3). Espero que, por esta presente discussão, você pode começar a ver o erro desta estratégia. A questão aqui não é “certo ou errado.” Eles estão ambos na mesma árvore – a que causa a morte. Em vez disso, a questão é rebelião x submissão. Quando aprendemos a viver em comunhão com Deus e na dependência Dele, Ele é aquele que nos guiará. Ele é aquele que resolve nossos dilemas morais. Ele é aquele que nos dará compreensão de como e o quê devemos fazer. Uma caminhada verdadeiramente íntima com Deus engloba um grande grau de inocência infantil, sem saber muito como tratar com a vida e todos os seus problemas, mas crendo momento a momento no Pai. Certamente a Bíblia é um dos principais veículos através dos quais Deus se comunica conosco. Nossa preocupação é que deveríamos diariamente nos tornar mais dependentes Dele e menos auto-suficientes. Você sabia que a Bíblia pode causar morte espiritual? Em suas páginas ela diz exatamente isso. Paulo nos ensina que “a letra” da Bíblia mata (2ª Cor 3:6). Isto significa que é possível usar as Escrituras de um modo errado, que causa morte espiritual. Se nós tomarmos conhecimento bíblico em nossas próprias mãos e agirmos independentemente de Deus, tornamo-nos ministros de morte e escravidão. Como Eva, podemos comer da árvore da morte e compartilhar seu fruto com os outros. Nós podemos nos tornar pessoas cheias de conhecimento, conhecimento do que é certo ou errado, conhecimento do que deveríamos e do que não deveríamos fazer, conhecimento do que é bíblico e do que não é. Então, armados com este conhecimento, nós podemos passar esta informação a outros, na expectativa de que eles passem a agir conforme nós o fazemos. Este é o ministério da morte. CRISTANDADE MORTA Creio que você pode confirmar isso pela sua própria experiência. Você já encontrou cristãos que pensam que sabem tudo? Eles são mais corretos que todos em quase todas as coisas. Das páginas do livro de Deus eles sintetizaram um completo esquema doutrinário para governar seu comportamento. Embora haja pouco de seus ensinamentos que pareça estar errado, há um certo tempero na experiência que não parece correto. Está faltando a doçura de Cristo. As atitudes e o caráter de Cristo não estão dominando. Em vez disso, o que é demonstrado é um sentido de demanda, conformidade e auto esforço para tentar alcançar algum padrão. Este também é o ministério da morte. É comer da árvore do certo e errado, do bem e do mal. É usar a Palavra de Deus embora sem estar verdadeiramente submisso a Ele. Obediência às exigências da lei, nem seguindo alguns princípios, não é a mesma coisa que comunhão íntima com Nosso Senhor. Na Nova Aliança falta de intimidade com Deus é realmente rebelião contra Ele! Paulo, o apóstolo, explica que é o Espírito que dá vida. As mesmas palavras bíblicas que poderiam causar morte quando ministradas pelo homem natural, dão vida quando usadas pela autoridade e controle do Santo Espírito. Paulo disse que ele era um ministro da Vida (2ª Cor 3:6). Seu uso das santas Escrituras não era algo derivado de sua própria inteligência. Não era proveniente de estudo e memorização. Embora eu acredite que ele meditasse diariamente nas Escrituras, ele sabia como se submeter a Deus. Ele compreendia que não era qualificado para agir independentemente, interpretar e expor as coisas de Cristo por si próprio. Ele sabia ser um vaso sob o controle de Jesus. Ele sabia como comer da árvore da vida. Aqueles que compreendem este segredo transmitem uma impressão diferente. Este fruto também tem um sabor distinto. Emanando da personalidade daqueles que passam pela vida é o inequívoco sentido do divino. Há algo sobre eles que transmite a doçura Daquele a quem nós amamos. O ÚLTIMO MINUTO Talvez a precedente compreensão da vontade de Deus possa nos ajudar a entender porque muitas vezes nós temos que esperar até o último minuto pelo livramento sobrenatural. Quantas vezes nós clamamos a Deus, esperamos e esperamos pela Sua resposta e acabamos por tomar o assunto em nossas próprias mãos, assim como fez o rei Saul no Velho Testamento (1ª Sam 13:7-15). Nós precisamos aprender a depender completamente de Deus. De novo e outra vez Ele nos testará para ajudar-nos a ver quanto nós ainda confiamos em nossa própria força. Como temos visto, este assunto é muito íntimo ao Seu coração. Está no centro de Sua vontade no que concerne ao homem. A verdadeira Cristandade é uma vida vivida em completa dependência do Pai. Isto requer um relacionamento íntimo e diário com Ele. Sem isto, a única escolha é comer da árvore de conhecimento e, com o auxílio de seu fruto, tomar nosso próprio rumo. Como nós precisamos cultivar um relacionamento íntimo com Jesus! Somente deste modo estaremos compartilhando diariamente de Sua vida. É esta vida que nos preenche e nos guia durante todo o dia. E é esta vida que se derramará de nós para os outros em um ministério verdadeiramente espiritual. Jesus é a fonte desta vida. Ele explica que, se viermos a Ele, Ele fará de nós uma fonte de Vida (João 7:38-39) borbulhando, transbordando e transmitindo esta Vida a outros, por toda a parte. Em relação às coisas espirituais, há dois tipos de “conhecimento.” Um poderia ser chamado de conhecimento ao respeito de Deus. O outro é o conhecimento de Deus. O primeiro vem de um estudo mental da informação disponível, o segundo vem da intimidade com Ele. Estas, queridos amigos, são as duas árvores. Elas estão ambas disponíveis. Qual delas você escolhe?

Extraído do Livro " De Glória em Glória"

As Duas Naturezas- David W Dyer

O que temos visto nos capítulos anteriores deste livro é que Deus, desde o princípio, tinha um plano maravilhoso para o homem. Seu desejo mais profundo era criar um ser semelhante a ele mesmo, que pudesse se tornar Sua noiva. Nosso Deus não estava satisfeito em estar sozinho para sempre e moldou a humanidade com a capacidade de receber Sua própria vida eterna. Estando preenchido com a Sua vida, o homem poderia estar qualificado para entrar nesta indescritível união santa com Ele.
Este é, então o trabalho central do Universo hoje. O compartilhar da vida divina e a transformação do humanidade naquilo que ela necessita ser para preencher os desígnios sobrenaturais, estão no centro de tudo o que está ocorrendo nos mundos espiritual e físico. A falha em compreender esta revelação básica irá nos impedir de andar com Jesus e de trabalhar com Ele para cumprir Sua vontade na Terra.
Muitas pessoas supõem que quando o trabalho de Deus em nós estiver terminado, vamos acabar “voltando ao Éden”. Em outras palavras, elas crêem que Deus está tentando nos trazer de volta ao estado original em que Adão e Eva se encontravam no Jardim. Isto, eles presumem, seria a conclusão da santidade. Entretanto, isto não é verdade. Conforme examinamos estes primeiros homens que Deus fez, descobrimos sérias deficiências. Em seu estado original, eles nunca poderiam preencher os desígnios de Deus. Em primeiro lugar, conforme vimos nos capítulos anteriores, eles não contém a vida de Deus. Isto os desqualifica para entrarem em uma união matrimonial com Ele. Depois, vimos que eles não tinham uma natureza santa com a Dele.
Sim, Adão e Eva eram sem pecado. Muitos eruditos da Bíblia os descrevem como “inocentes”. Mas, como vemos, inocência e falta de pecado não são a mesma coisa que santidade. Deus é extremamente santo. Esta é a essência de Sua natureza. E, porque Ele é santo, nós lemos que “Ele não pode ser tentado pelo mal” (Tiago 1:13). O pecado não interessa a Ele. Não há nada, eu repito, nada em seu santo ser que esteja um pouquinho interessado no pecado. Na verdade, Ele odeia o pecado! Por outro lado, quando Adão e Eva foram tentados, o que aconteceu? Eles caíram e caíram rapidamente. Você vê, seu estado inocente não foi páreo para o diabo. Não era a mesma coisa que santidade de Deus.
Então, se a humanidade deve entrar em uma união matrimonial com o Altíssimo, algumas mudanças devem ocorrer em seu ser interior. Primeiro, precisamos receber Sua vida divina e, segundo, precisamos ter uma natureza santa. Nosso Deus diz: “Sereis santos, porque eu sou santo” (1ª Pedro 1:16). Além disso, lemos sobre “Santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Heb 12:14).
Em alguns grupos cristãos hoje, muitas pessoas gostariam de “passar por cima” da matéria de santidade. Elas afirmam que ser nascido de novo é suficiente e que a verdadeira retidão é algo que só iremos conseguir mais tarde, depois que morrermos. Uma pequena melhora está bem para eles, mas a séria livramento de todos os pecados é muito difícil e impraticável. “Afinal”, eles dizem, “quem você conhece que é realmente santo?” Outros tentam considerar santidade como algo que só existe na mente de Deus. Eles afirmam que nós já somos santos porque Deus nos vê como seres santos. Não precisamos ser retos verdadeiramente porque as ordens de Deus já foram cumpridas por Jesus e, portanto, santidade não é uma exigência. Estas idéias levantam muitas considerações sobre as quais não tenho espaço para tratar aqui, mas lidarei com elas em um capítulo subseqüente, “O sangue da Aliança”.
É suficiente dizer aqui que, conforme nós honestamente lemos o Novo Testamento, encontramos verdadeira santidade. Os Apóstolos eram pessoas santas. Os crentes do Novo Testamento eram constantemente obrigados a se purificar, a se abster do pecado, a evitar a tentação e prazeres sensuais. Aqui na Bíblia nós lemos sobre uma retidão que caiu sobre a Terra. Foi visível. As pessoas podiam vê-la mostrada nos discípulos. Não era algo irreal, como uma fabula imaginaria. Não era algo assim, mas um tipo de santidade que emanava das vidas dos seguidores de Jesus. Não estou dizendo que eles eram todos perfeitos, mas a maioria deles não estava mergulhada em pecados e vícios carnais, desculpando-se em dizer que Deus os considerava retos. Estes discípulos eram amorosos, longânimos, dadivosos e perdoadores, pessoas que odiavam o pecado. E o exemplo deles serve para todos nós. O modo como eles viviam é o modo como devemos viver neste mundo mau atualmente.
Isto então nos traz o ponto crucial da questão. Como isto é possível? Como podemos nós, seres humanos pecadores, ser sempre santos? Como podemos nos aproximar dos padrões de santidade de Deus. Para começar, precisamos compreender um princípio muito importante. Toda vida tem sua própria natureza. Por exemplo, um cachorro late porque ele tem dentro dele a vida de um cão. Latir é da natureza da vida de um cão. Na mesma maneira, uma macieira produz maçãs, pois é da sua natureza produzir este tipo de fruta. Este é um princípio inalterável no Universo que Deus criou. Você nunca vai ver cachorros cantando como passarinhos ou macieiras dando bananas, porque não é da natureza de suas vidas fazer estas coisas.
Do mesmo modo, os seres humanos pecam. É a natureza da vida caída para pecar que nós herdamos de Adão. Você nunca precisa ensinar crianças a pecar. Vem naturalmente. É um produto espontâneo da vida que está dentro deles. Eu conheço uma mulher cuja mãe pensava diferente. Ela pensava que o pecado era algo que se aprendia com os outros. Então, quando sua filha era pequena, ela a abrigou contra todas as más influências externas. Ela protegeu esta criança e a alimentou como uma plantinha tenra, livre de todo estímulo que a pudesse corromper. Então, finalmente, chegou o dia em que esta criança “perfeita” devia ser introduzida no mundo. A mãe levou sua preciosa filha para visitar uma outra garota na vizinhança. Bem, não demorou muito para que um desentendimento se levantasse entre as duas garotas e, em breve, a “criança perfeita” estava batendo na cabeça da outro garota com uma boneca. O pecado é um produto da vida caída que herdamos de nosso pai Adão.
Deixe-me esclarecer isto: as pessoas não estão sempre pecando, a cada minuto de cada dia. As macieiras nem sempre estão cheias de maçãs. Os cães não latem todo o tempo. Mas, eventualmente sim. É inevitável. Em um determinado tempo, a vida pecadora dentro da raça humana sempre produzirá frutos. É impossível que não demonstre sua natureza fazendo isso.
Exatamente da mesma maneira, santidade é um produto espontâneo da vida de Deus. Deus exibe retidão porque a vida dentro Dele é completamente “reta”. Ele é perfeita e puramente santo. Não há pecado escondido nas profundezas de Seu ser. Ele não tem trevas dentro Dele. Deus não está “tentando” ser santo. Ele apenas é. Além disso, nosso Deus é o único Ser do Universo que é assim. Portanto, há apenas único jeito de exibir esta mesma santidade. Precisamos ser enchidos com Sua vida santa, sem pecado. Isto é certo. O único modo de ser verdadeiramente justo é ter a vida justa dentro de você. Conforme você vive com esta vida, você expressa a natureza dela. Como esta vida perfeita se manifesta através do nosso ser, você exibirá uma maravilhosa santidade. Esta retidão não é “de nós mesmos” (Fil 3:9). Embora seja vista em você, é, na realidade, a retidão de “um Outro”. Eu creio que este fato importante merece se repetindo. O único modo de ser santo é viver pela vida de Deus. Quando recebemos Jesus, recebemos uma vida santa, não criada. E, quando vivemos por esta outra vida que recebemos, manifestamos a natureza desta vida.



VIVENDO PELO PAI
Jesus é um exemplo disto. Sem dúvida Ele recebeu uma vida humana de sua mãe, Maria. Mas, Ele também recebeu vida divina de Deus. Nosso maravilhoso Salvador, consequentemente, escolheu viver sua vida pela fonte maior. Ele disse: “como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai” (João 6:57). Jesus tinha o Pai vivo dentro Dele. Além disso, Ele “vivia pelo Pai”. Isto significa que cada aspecto de Sua vida era dominado pela vida do Pai. Seus pensamentos, Suas reações, mesmo as expressões em Sua face eram produtos da vida sobrenatural pela qual Ele estava vivendo. Portanto, Ele era uma completa expressão do Pai. Em tudo o que ele falou e fez, o Pai foi manifestado. Em outro lugar Jesus afirmou: “As palavras que vos falo, não falo por mim mesmo, mas o Pai que vive em mim, Ele fez as obras” (João 14:10). Você vê, Jesus não estava expressando a si próprio. Ele não estava falando Suas próprias palavras ou mesmo fazendo Suas próprias obras. Ele era submisso ao Seu Pai em cada detalhe de Seu ser. A vida do Pai estava fluindo através Dele e a natureza do Pai estava se derramando para fora Dele. Jesus era uma manifestação perfeita do Todo Poderoso.
Do mesmo modo, nós podemos viver por Jesus. (Por favor, não fracassar em entender isto. Esta pode ser uma das mais importantes revelações da Bíblia.) Nós podemos ser motivados em cada aspecto de nosso ser por uma vida sobrenatural. Jesus explica: “Como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim também, aquele que se alimenta de mim, por mim viverá” (João 6:57). Isto é realmente excitante. Nós podemos viver por uma outra vida. Nós podemos realmente ter uma vida substituta vivificando cada aspecto de nosso ser. E esta vida é santa. Esta vida é pura! Esta vida não pode ser tentada pelo pecado. É reta em todos os aspectos. Aleluia! Esta é uma grande e maravilhosa verdade. Nós, sim, meros seres humanos, nascidos de uma raça pecadora, podemos renascer para uma outra. Podemos nos tornar um dos filhos de Deus. Podemos receber a verdadeira vida de Deus e, então, vivendo por aquela vida, expressar Sua santa natureza ao mundo. Isto é verdadeira santidade. Isto não é algo que só existe na mente de Deus. Não é uma retidão invisível. Este tipo de retidão é real, prática e terrena. É algo que a Igreja de nossos dias precisa desesperadamente.
Esta é uma idéia maravilhosa, você pode dizer, mas como ela é possível? Estaremos explorando nos próximos capítulos deste livro vários aspectos desta questão, mas o mais importante é este que é revelado aqui no verso supra citado. Jesus nos instrui a comer Dele. Ele afirma que, se O comermos, seremos capazes de viver por Ele. Em outro lugar, Ele assegura que “a menos que comamos a carne do Filho do Homem e bebamos Seu sangue, não temos vida em nós mesmos” (João 6:53). Esta palavra “vida” aqui é a palavra grega ZOÉ, referente à vida de Deus, que já vimos nos capítulos anteriores. Então vemos que comer e beber Jesus é a chave para viver por Sua vida. Quando nos enchemos com Ele, Ele se manifesta através de nós.



A IMPORTÂNCIA DA COMUNHÃO
Isto então nos traz a questão da comunhão. Ter “comunhão” com alguém significa Ter um companheirismo íntimo com ele. Quando comungamos com alguém, ficamos juntos, abrimos nosso corações e temos uma troca íntima de idéias, palavras e sentimentos. Este significado da palavra “comunhão” é muito Bíblico. Também na Igreja hoje, nós temos comunhão. Isto se refere da Ceia do Senhor onde nós participamos juntos, comendo pão e bebendo vinho. O que podemos compreender disto é que ter camaradagem íntima com Jesus é o ato de comer e beber Dele. Quando entramos em Sua presença, abrimos nosso coração a Ele e temos uma intimidade espiritual, estamos compartilhando do corpo e do sangue de Jesus. Estamos tendo comunhão.
Esta comunhão íntima no espírito é uma parte essencial da vida cristã. Sem ela não teremos “vida em nós mesmos” (João 6:53). (Se você se considera cristão e não tem idéia do que significa comunhão com Deus, por favor, procure alguém que ande em intimidade com Deus para ajudá-lo. Não viva mais um único dia sem intimidade com Deus.) Companheirismo com Deus está no centro de uma genuína experiência cristã. É a essência de nossa caminhada cristã. Sem me tornar legalista, devo insistir que esta deve ser sua experiência diária.
Como podemos entrar em tal comunhão com Deus? Para começar, nós devemos experimentar um profundo e completo arrependimento. Devemos colocar para fora de nossas vidas, tudo aquilo que sabemos que desagrada a Deus. É impossível gozar de camaradagem íntima com Deus enquanto estivermos envolvidos em algo que sabemos que Ele não gosta. Pense sobre isto. Se você quiser passar um tempo agradável visitando um parente ou um amigo, mas está fazendo algo que ele desaprova, isto não afeta o tempo em que estão juntos? Certamente que sim. Do mesmo modo, quando estamos envolvidos em atividades ou atitudes que afligem o coração do Senhor, isto iria limitar nossa intimidade com Ele. Você não pode Ter uma doce comunhão com Jesus e ter pecado conhecido em sua vida. E sem esta comunhão você nunca estará “repleto” de Sua vida e nunca expressará Sua natureza. A única alternativa, então é esperar que ele pense que você é digno, quando você sabe que não é. Pessoalmente, eu creio que nós devemos ajustar nossas vidas conforme a Palavra de Deus, em vez de ficar procurando uma doutrina que nos desculpe por permanecermos do jeito que somos. Além disso, todos nós precisamos de uma completa e inteira consagração. Precisamos oferecer nossos corpos como “um sacrifício vivo” a Deus (Rom 12:1). Nosso corpo, nossa alma e nosso espírito precisam ser de Deus. Nossa mente, nossas emoções e nossa vontade precisam se render ao Seu controle. Nossos bens, nossas esperanças no futuro, nossos planos, nossas famílias, nossas finanças: todas estas coisas devem ser, completamente e sem reservas, oferecidas em Seu altar. Se não estivermos desejosos de obedecer Jesus em cada aspecto de nossas vidas, isto impedirá nossa comunhão com Ele. Crer em Jesus é uma coisa, segui-Lo para onde quer que Ele vá, é outra. Para Ter uma doce camaradagem com Deus, precisamos ser obedientes à Sua voz. Precisamos desejar ir com Ele onde quer que Ele vá. Jesus disse: “onde eu estiver, ali estará também o meu servo” (João 12:26).
Todos os cristãos precisam estar “cheios” do Espírito Santo. Isto também deve ser uma experiência nossa e não apenas uma doutrina. Não tenho interesse em debater quando ou como nós podemos ser cheios com o Espírito Santo de Deus. Eu só sei que isto é essencial e bíblico. Além disso, não vejo como é possível ser cheio com o Deus do Universo e não o saber. Para ser cheio como Espírito Santo de Deus, precisamos abrir completamente a Ele. Nossos corações precisam estar prontos e desejosos de receber o que Ele quer nos dar. Depois de nosso arrependimento e consagração, estamos então na posição de entregar nossos corações e nos abrir completamente. Ele nos encherá Dele mesmo. A dádiva do Espírito Santo é uma promessa de Deus. Procure-O e O achará. Se houver qualquer impedimento, Ele o revelará a você se o seu coração for sincero. Lembre-se que Deus nunca forçará ninguém. Você deve estar totalmente preparado e desejoso se está para receber tudo aquilo que Ele tem para lhe dar.



COMENDO A PALAVRA DE DEUS.
Deus é revelado em Sua Palavra. Então é para lá que devemos ir para a experiência de “comer” Dele. Podemos nos alimentar Dele em Sua Palavra. O profeta diz: “Suas palavras foram achadas, logo as comi; as suas palavras me foram gozo e alegria para o meu coração” (Jeremias 15:16). Quando abrimos nossas Bíblias, precisamos ao mesmo tempo abrir nossos corações para Ele. Precisamos procurá-Lo em Sua Palavra. Quando você lê a Bíblia, não se inquiete demais em tentar entender tudo. Em vez disso, gostaria de recomendar que você procure Ter comunhão com Deus em suas páginas. Permita que Ele fale com você. Ore a respeito do que Ele está revelando. Releia os versículos ou as passagens que Ele ilumina. Medite sobre o que Deus está revelando a você sobre Ele. Comungue com ele. Desta forma, você estará se alimentando espiritualmente. Isto fará você crescer e se encher da vida divina. Quando tal alimentação espiritual se torna um hábito diário seu, você começará realmente a “viver por Ele” (João 6:57). Então, espontaneamente começará a expressar a natureza de Deus ao mundo.
Como um cristão novo, eu li a Bíblia integralmente. Era um livro novo e vivo para mim. Mas, conforme o tempo passava, eu queria entender tudo, especialmente o livro do Apocalipse. Logo eu estava lendo a Bíblia com o pensamento de tentar entender tudo. Eu queria compreender as feras, os chifres, os três sapos e todo o resto desta fascinante revelação. Continuando neste caminho por algum tempo, comecei a notar um problema. Este livro santo, que anteriormente tinha sido tão vivo e tão renovador, tornou-se seco e o meu entusiasmo para lê-lo desvaneceu-se. Isto me fez clamar a Deus. Qual era o problema? Por que o meu tempo com a Sua Palavra era tão insatisfatório? Em resposta à minha oração, Deus me levou a um versículo. Dizia: “nele havia vida e a vida era luz dos homens” (João 1:4). Daí eu deduzi que é a vida Divina que produz iluminação. Tentar compreender a Bíblia não produz vida. Mas encher-me com Deus através da comunhão com Ele, não era apenas satisfatório, mas também, Ele estava revelando coisas de sua Palavra mim.



BEBENDO O ESPÍRITO DE DEUS.
Deus também é derramado sobre nós através do Seu Espírito. Não apenas podemos comer de Sua Palavra, mas também podemos beber profundamente do Seu Espírito. Tudo o que temos de fazer é abrir nossos corações e deixá-Lo derramar Dele dentro de nós. Tudo o que Ele é está disponível abundantemente a nós através do Seu Espírito. Ele não goteja. Não é dado escassamente. Derramar implica o esvaziar de alguma coisa. Ele não está dando um pouco por vez. Isto significa que nós podemos ter tudo aquilo que queremos. Se faltar um pouquinho em nosso gole, não é da parte de Deus. Seu desejo é que nós participemos tanto e tantas vezes quantas desejarmos.
Podemos beber do Espírito de Deus em oração. Quando entramos em Sua presença através do companheirismo com Ele, podemos beber de tudo o quanto Ele é. Orar no Espírito Santo é uma oportunidade maravilhosa de compartilhar da comunhão com Deus. Nestes momentos, tente permitir ao Espírito Santo guiar suas orações. Não tente orar somente sobre seus problemas. Você gostaria de ter um amigo que falasse o tempo todo sobre seus próprios problemas? Permita que o Espírito de Deus encha você e o dirija nestes momentos de intercessão e companheirismo. Na presença do Senhor é melhor ouvir do que falar (Ecl 5:1). O Pai Amoroso tem muito a revelar àqueles que têm um coração desejoso e receptivo.
Também nossos tempos de adoração são uma oportunidade de nos abrir amplamente e beber. Não apenas publicamente, mas nos nossos momentos a sós com Jesus, podemos beber do Seu Espírito através do nosso louvor. Quando adoramos, é importante nos humilharmos diante de Deus. Adoração” e “orgulho” são opostos. No nosso mundo atual, encontramos muito pouco da atitude de prostrar-se diante de alguém e louvá-lo. Entretanto, Deus é digno de tal louvor. Quando chegamos diante Dele com o coração aberto e humilde, a adoração espiritual se torna um tremendo gozo. De fato, não conheço maior prazer na Terra do que entrar profundamente em uma experiência de adoração diante do Trono de Deus. Isto também é beber do Espírito do Senhor.
Comer e beber de Jesus no Espírito nos encherá com Sua Vida. E, ser cheio de Sua Vida, resultará em manifestar Sua natureza. Verdadeira santidade e retidão são produtos da vida natural de Deus. É realmente uma coisa maravilhosa que nós, seres humanos, possamos ser animados pela vida de um Outro. Podemos permitir que uma vida Superior tome controle de nossas mentes, de nossos sentimentos e de nossas decisões. Nós, que fomos nascidos simples mortais, menores até mesmo do que os anjos, podemos receber uma vida “não-criada” e realmente ter esta vida animando nosso ser. Jesus pode ser nossa vida. Podemos nos tornar vasos que contém um grande tesouro. Em vez de expressarmos a nós mesmos e a nossa natureza caída, podemos permitir que Jesus revele a Si mesmo ao mundo através de nós. Nós podemos verdadeiramente “viver por Ele” (João 6:57). Nossa responsabilidade, portanto, é nos enchermos com Sua vida. A verdadeira comunhão é uma necessidade absoluta na vida cristã.
A vida divina manifesta a natureza divina. Não poderá nunca ocorrer de outra maneira. Somente a vida de Deus manifesta Sua natureza. Guardar a lei do Velho Testamento e os Dez Mandamentos, nunca poderá chegar a este mesmo alvo. A razão para isto é que estas ordenanças externas são “fracas” (Rom 8:3) porque elas operam através da carne. Obedecer a lei requer a operação de sua própria vontade e determinação. Requer seus próprios esforços. Envolve viver nossa própria vida. Embora uma pessoa muito forte possa conseguir chegar muito perto de “guardar a lei” e, portanto de uma retidão exterior, isto não satisfaz a verdadeira ordem de Deus. Nós lemos que “pelas obras da lei nenhuma carne será justificada à Sua vista” (Rom 3:20). Porquê não? É porque guardar a lei não penetra no coração do homem. Não pode mudar sua verdadeira natureza. Somente a substituição de nossa vida pela Vida Dele pode efetuar as mudanças que Ele realmente deseja.


IMITANDO DEUS?
O melhor que podemos fazer com nossos próprios esforços é chegar a um tipo de imitação de Deus. Quem deseja uma imitação? Certamente não Deus. Ele diz que a justiça que podemos conseguir por nossos próprios méritos é “trapos de imundície para Ele” (Isaías 64:6). Este contexto me faz lembrar de um foto que vi em uma revista: um chimpanzé vestido como um homem. Ele vestia casaco, gravata e um chapéu. Estava fumando um grande charuto. Muito embora ele estivesse vestido como um homem, todos podiam ver que era apenas um chimpanzé. Do mesmo modo, muitos crentes estão se esforçando muito para agir como Deus. Eles têm um certo código para se vestir, usam o cabelo de uma certa maneira. Há uma grande variedade de coisas que eles podem ou não podem fazer para parecer santos, assim como Deus. Mas, quem tem olhos espirituais pode ver que este é um cristianismo de chimpanzé. É uma imitação da coisa real. É apenas um ser humano tentando se vestir e agir como Deus. Quão tolo isto é!
Esta verdade não apenas se aplica a guardar a lei, mas também se aplica a viver pelos princípios do “Novo Testamento”. Embora muitos cristãos compreendam que guardar a lei nunca poderá satisfazer a Deus, eles estão tentando viver suas vidas segundo um “kit” de princípios neo-testamentários. Eles estudaram o livro do começo ao fim e também de trás para diante, e sintetizaram dele um completo “jogo” de faça e não faça, deve fazer e não deve fazer. Na verdade, há muitos professores bíblicos que cruzando o país, se não o mundo, propagando exatamente este tipo de cristandade. Eles crêem que não estão “guardando a lei”, mas que encontraram um novo modo de agradar a Deus, isto é, seguindo os princípios do Novo Testamento. Infelizmente, este método também não atingirá o padrão de Deus. Isto também ocorre pelos esforços da carne. Também é cristianismo de chimpanzé. Nosso Deus só está satisfeito com Seu Filho. Ele é “Aquele em quem o Pai se compraz” (Mat 17:5). É apenas quando Ele vê Seu filhos se manifestando através de nós que se contenta com o que vê. Somente a vida de Deus manifesta Sua natureza!
Nos últimos anos têm havido uma campanha chamada “o que Jesus faria?”. Segundo este método, somos aconselhados a, em cada situação, antes de falar ou agir, parar e tentar imaginar o que Jesus faria. Então somos instruídos a agir como Ele o faria. O fato de que as pessoas queiram expressar a Jesus é louvável. Não quero ser muito negativo. Mas a verdade é que este método nunca poderá se aproximar do santo mandamento de Deus. Em primeiro lugar, como podemos saber o que Jesus diria ou faria em determinada situação? É verdade que temos o Novo Testamento, onde podemos ler sobre muitas coisas que Jesus falou e fez. Entretanto, uma coisa que descobrimos lá é que Jesus era imprevisível. O que Ele fazia ou dizia era inesperado. É impossível para nós antecipar ou imitar suas palavras e ações.
A Segunda coisa que aprendemos é que Ele disse e fez tudo vivendo pelo Pai. O que precisamos desesperadamente hoje, não é uma imitação de Deus, mas uma expressão de Deus. O que o mundo necessita é ver Deus manifesto através de nós. Isto só pode se cumprir quando nós vivemos por um outra vida. O Santo Espírito que Deus nos deu não é apenas algum tipo de aditivo. Muitos cristãos parecem crer que, embora os judeus nunca tivessem cumprido a lei, como é evidenciado pela história judaica, os cristãos podem, pois eles têm um novo combustível em seu tanque - o Espírito Santo. Com este novo aditivo, agora eles têm o poder de fazer o que os judeus nunca puderam fazer. Por favor, entenda isto claramente. O Espírito Santo não foi dado para energizar a carne ou fortalecer a vida natural para que se possa viver como Deus. Isto está longe da verdade. Em vez disso, o espírito de vida (ZOÉ) em Cristo Jesus (Rom 8:2), foi enviado como uma substituição. A velha vida que foi herdada de Adão é defeituosa. Não pode ser concertada. Ela pode e irá pecar enquanto estiver ativa. Nenhuma quantidade de correção ou supressão poderá mudar sua natureza. A natureza da velha vida é pecar. Ela precisa ser substituída. As boas novas são que podemos receber e viver uma Outra Vida. Esta Vida sempre expressa a natureza divina.
Alguns podem, então, perguntar: Para que serve a Lei? E porquê foram escritos para nós tantos princípios no Velho e no Novo Testamento? Deus nos deu Sua Lei e os princípios por uma razão importante. É para nos mostrar o quão longe estamos de Sua retidão. É para nos convencer do pecado. Quando estamos agindo de uma maneira que não manifesta Deus, ela nos exporá. A Lei tem suas aplicação para “os injustos e insubordinados, para os ímpios e para os pecadores, para os profanos e os irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas e fornicadores, para os sodomitas, para os seqüestradores, para os mentirosos, para os perjuros, etc. (Tim 1:9,10). Os padrões de Deus não diminuíram. Apenas porque nós “morremos para a Lei” (Rom 7:4), apenas porque fomos perdoados, não significa que fomos liberados para pecar. Não! O padrão de vida de Deus é ainda maior. O que estamos dizendo aqui é que a retidão requerida por Deus nunca pode ser encontrada pela velha vida operando através da carne. Não importa quão bem intencionados, auto-controlados ou determinados possamos ser. Somente a vida de Deus pode atingir Seus padrões. Somente Ele é verdadeiramente santo.
A Lei e os princípios bíblicos são uma representação da santidade de Deus. Eles nos mostra, de um modo limitado, quão puro Ele realmente é. Suponha que eu pudesse mostrar a você um retrato de minha esposa. Você poderia ver a cor dos cabelos dela, seus olhos e sua bela face. Mas suponha que eu pudesse trazê-la para encontrar você. Como ela é melhor que o seu retrato! Ela se sentirá insultada se você continuar a olhar para o seu retrato e não prestasse atenção nela. Ela é o cumprimento de seu retrato. Do mesmo modo, Cristo é o cumprimento da Lei. Ele não é menos santo. Ele não nos dá permissão para pecar. Sua intenção é nos preencher com ele mesmo. Ele quer viver em nós e através de nós de um modo que a Lei seja uma mera sombra da retidão que Ele mostrará através de Seu povo.
Queridos amigos, oro para que nosso Pai lhes dê uma inteira compreensão destas coisas. Verdadeiramente é um mistério. Simples palavras nunca poderão transmitir a magnitude desta revelação que é “Cristo em vós, a esperança da glória” (Col 1:27). Minha esperança é que, de algum modo, através destas palavras, vocês possam ser estimulados a procurar mais por Deus e que vocês possam entrar em tal comunhão íntima com Ele que, com o tempo, vocês possam declarar como Paulo fez: “Não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim” (Gal 2:20).

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"