É propósito de Deus que Seu Amado Filho tenha a primazia sobre todas as coisas. Leremos o texto de Colossenses, Capítulo 1, versos 15 a 18. "O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência." Conquanto nos versos de 15 a 17 lemos que a primazia de Cristo sobre toda a existência seja declarada, é evidente que ainda não é reconhecida por homens e demônios. Aqui no mundo, porém, a Igreja, o Seu corpo, testemunha da verdadeira primazia de Cristo. "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou." (Rm 8:37). Vimos anteriormente que a criação de Deus sofre com as conseqüências do pecado. (cf.Rm 8:19-23) Em resumo, a criação perfeita de Deus sofreu uma degeneração, necessitando portanto, de uma regeneração, ou seja, "ser criada de novo". Para a concretização deste propósito soberano de Deus, era necessário que tudo o que divergiu através de Adão pelo pecado, fosse agora convergidos em Cristo. "Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos." (Rm 5:17-19). Alguém já disse que"A justiça de Cristo declarada na alta corte de justiça é nossa absolvição completa e final" O único meio estabelecido por Deus através do qual Ele providenciou para a reconciliação de todas as coisas consigo mesmo é através de Cristo. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação." (II Co 5:17-19) Deus Pai prometeu a Seu Filho antes da fundação do mundo uma humanidade redimida (cf. Tt 1:2 c/ II Tm 1:9), e esta família espiritual de reis e sacerdotes como nação santa, aguardam "novos céus e nova terra". (cf. II Pe 3:13) Entretanto, isto somente tornou-se possível através de uma obra redentora do Filho de Deus. "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." (Lc 19:10) Para isto era necessário a remoção e destruição da causa de desavença na obra da criação. Cristo Jesus assumiu a cruz para que por Sua morte aniquilasse o princípio e o autor da desarmonia na criação. "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão." (Hb 2:14-15) No nascimento de Jesus, Ele compartilhou nossa carne e sangue, porém sem pecado; na sua morte Ele levou nosso castigo quando foi feito pecado por nós para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. (cf. II Co 5:21).Assim que, a cruz de Cristo marcou a derrota do diabo e suas pretensões, e declarou a vitória de Cristo e o eterno desígnio de Deus segundo o seu consentimento em Cristo. "Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;" (Ef 1:9-10) A palavra "convergir", no verso 10, tem o sentido de "encabeçar", ou seja; que tudo seja afluído para Cristo para que Ele seja o cabeça sobre todas as coisas. Isto se torna ainda mais claro lendo os versos 20 a 22 deste mesmo capítulo. "Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja," (Ef 1:20-22). Agora pela igreja, os diversos aspectos da sabedoria de Deus tornam-se conhecidos dos principados e potestades nas regiões celestiais. Cristo Jesus quando foi crucificado atraiu a todos a Si mesmo, destruindo a inimizade pela cruz e através de Sua ressurreição foi constituído por Deus; Rei dos reis e SENHOR dos senhores. Graças a Deus, os cristãos não têm uma sexta-feira sombria, mas um domingo de ressurreição. Cristo vive! Ele ressuscitou dentre os mortos e nele fomos regenerados para uma viva esperança. "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (I Pe 1:3). Irmãos, é através do evangelho - morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (cf. I Co 15:1-4) - , que a imagem divina nos é restaurada, pois Cristo é a imagem do Deus invisível. "Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." (II Co 4:3-4) Nele fomos unidos e Ele mesmo nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro Deus e a vida eterna. "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (I Jo 5:20). Aleluia! Cristo é a imagem de Deus. Levi Cândido, Barueri-SP
Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Cristo é a Imagem de Deus- Levi Cândido
Mensagem enviada pelos irmãos de Barueri-SP
"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;" (Hebreus 1:1-3)As Escrituras Sagradas nos mostram que Deus criou todas as coisas, tanto as dos céus, como as da terra, tudo foi criado em Cristo. "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele". (Cl 1:16) No princípio da criação podemos entender pelas Escrituras que tudo era perfeito, bom e reto. O propósito de Deus, antes mesmo da criação de todas as coisas, é que Seu Filho ocupe o lugar de preeminência sobre toda criação, existente nos céus e na terra. Também podemos compreender pelos relatos bíblicos, que o pecado teve o seu início em um dos anjos criados (Lúcifer), e passou a reinar através dele sobre a criação, maculando a perfeita imagem divina que havia sobre a "primeira criação". Disto depreende-se a necessidade de uma obra redentiva pelo Criador, a fim de restaurar a Sua imagem que fora esfacelada pelo pecado, para o prosseguimento do Seu supremo propósito, segundo o Seu beneplácito que propusera em Cristo. Dando prosseguimento ao nosso raciocínio, segundo a revelação da Palavra de Deus, podemos cientificar-se da perfeição, bondade e retidão existentes sobre toda a criação no princípio, começando-se com os entes angélicos criados pelo Senhor Deus, passando-se consecutivamente à criação material e ao homem. Logo após este enfoque, consideraremos a origem do pecado e suas conseqüências na criação, e finalmente, concluiremos nossa reflexão com a gloriosa obra redentiva de Deus em Cristo Jesus, convergindo Nele, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra. Como esboço para a nossa avaliação, consideraremos então:
1. A CRIAÇÃO PERFEITA DE DEUS NO PRINCÍPIO
2. A DEGENERAÇÃO DESTA CRIAÇÃO PELO PECADO
3. A REGENERAÇÃO EM CRISTO – SEGUNDO O BENEPLÁCITO DA VONTADE DE DEUS
1. A CRIAÇÃO PERFEITA DE DEUS NO PRINCÍPIO
Deus é o criador por excelência de todas as coisas no principio. "No princípio criou Deus os céus e a terra". (Gênesis 1:1). Através das Escrituras Sagradas podemos entender que a realidade espiritual precede a realidade física. A hierarquia angelical teve a sua constituição antes mesmo da criação do mundo e do homem. "Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pós as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam"? (Jó 38:4-7). Observem irmãos, que quando os fundamentos da terra estavam sendo lançados pelo Criador, as estrelas da alva e todos os filhos de Deus alegremente cantavam e rejubilavam. Um certo pensador já nos deixou registrado num comentário bíblico, que "O que é inanimado, proclama a glória de Deus sem palavras; O que é espiritual, glorifica-O em linguagem que transcende à compreensão humana". (ver Salmos 148:1-6). Os filhos de Deus, antes da fundação da terra, pressupõe-nos que eram os seres espirituais: anjos, arcanjo, querubins, serafins, tronos, soberanias, principados, potestades, etc, que constituem a hierarquia angelical, criados no princípio nas regiões celestiais. Estes entes celestes foram criados no princípio de um modo semelhante à situação do homem, isto é, santos e sem pecados, e posteriormente vieram a cair por sua própria rebeldia ao Criador. As Escrituras nos falam sobre a perfeição destes seres antes do surgimento do pecado. "e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;" (Jd 6). Este estado original faz alusão à perfeição existente nestes seres antes do pecado."Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." (Ez 28:13-15). Notem irmãos; a expressão "perfeito eras nos teus caminhos desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti...", leva-nos à compreensão de que o pecado teve a sua origem neste referido querubim, e à partir dele estendeu-se à toda criação. Pois está escrito em Tiago 1:13-15 o seguinte: "Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." Aqui está evidente a origem do pecado. O irmão Glênio F. Paranaguá fez a seguinte observação: "Ora, se Deus não pode tentar a ninguém e por isso não poderá ser um tentador, e se não havia ninguém para tentar naquela ocasião, logo a tentação deste Querubim foi auto-induzida pela sua condição de criatura volitiva que desejava ser o Criador." No princípio não somente os entes angélicos eram perfeitos em sua constituição, também podemos compreender que tudo o que o Senhor Deus criou no princípio do mundo recebeu o selo de sua provação. "No princípio criou Deus os céus e a terra. E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto". (Gn 1:1,27,31). As obras de Deus revelam sua bondade, sua sabedoria, seu amor, seu poder, sua providência e os atributos do seu reino, e nesta contemplação os santos O adoram como o único objeto do seu louvor. (ver Salmo 8).
2. A DEGENERAÇÃO DESTA CRIAÇÃO PELO PECADO
Como vimos anteriormente, tudo o que o SENHOR Deus criou no principio tinha o selo da autenticidade de sua aprovação. Porém, o que era bom no início, dentro do contexto da criação, sofreu as implicâncias do pecado, tornando-se imperfeito, desintegrado e ficando subjugado à influencia maligna. Podemos verificar segundo a ordem cronológica da criação, que a primeira crise existente, ocorrera no céu, mais propriamente no Paraíso, e logo se estendeu ao homem e criação. Lemos nas Escrituras sobre a realidade desta crise no Paraíso, o que provocou a queda de Lúcifer e seus seguidores. "Estiveste no Éden, jardim de Deus...E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." (Ez 28:13a ; Is 14:13-14) Embora a referência imediata aplica-se ao Império e queda da Babilônia após sua exaltação, não se deixará aludir-se aqui uma aplicação à Satanás que , ao exaltar-se contra Deus, foi rebaixado até ao inferno. Quanto mais alto alguém quer chegar, mais para baixo terá que descer. Também podemos constatar que não somente este querubim pecou, como também parte dos entes angélicos o seguiram em sua rebelião, endossando e adotando o pecado de rebeldia diante do Criador. "Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;"(II Pe 2:4 ; Jd 6) Porém, não somente estes anjos aqui descritos pecaram, não guardando o seu estado original, vemos também o homem e a criação perfeita sendo degenerados pelo pecado. "Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias. Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram." ( Ec 7:29 ; Rm 5:12 ) O homem e a própria criação que era boa sofrem os efeitos devastadores do pecado. Podemos ler na epístola de Paulo aos Romanos, capítulo 8 versos 19 a 23 sobre este fato. "Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo." Alguém já fez o seguinte comentário: "A queda cósmica que aqui deparamos encontra-se implícita na Bíblia de Gênesis 3 até Apocalipse 22:3 (nunca mais haverá maldição). A criação que Deus declarou boa ficou sujeita à vaidade e frustração quando o pecado entrou no mundo por Adão. Deus a sujeitou em esperança da redenção na revelação dos filhos de Deus na segunda vinda de Cristo. O novo corpo da ressurreição que receberemos (I Co 15:51-54) suplantará o corpo mortal que nos liga à natureza, que nessa altura também será renovada, redimida do cativeiro da corrupção." Mas graças a Deus por Jesus Cristo nosso SENHOR. Nenhum dos Seus planos podem ser frustados; "o que Ele começou na alma ou no mundo levará até ao fim. Aos Seus propósitos Ele não renunciará."
3. A REGENERAÇÃO EM CRISTO (CONFORME O BENEPLÁCITO DA VONTADE DE DEUS)
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
As Três Partes do Homem- Arcadio Sierra Diaz
Extraído do Livro "Los Vencedores y el Reino Milenário" que está sendo traduzido para o Português. Orem por nós!
Para compreender melhor o que significa ser um cristão vencedor, é necessário conhecer que o homem está composto, não de duas, mas de três partes: espírito, alma e corpo.
Quando Deus fez o homem, varão e mulher, o fez pensando em Seu Filho, e pensando na Igreja, porque não era bom que Seu Filho estivesse só, mas que tivesse uma esposa idônea; Deus fez o homem para chegar a ter uma família, um lugar, e edificar uma casa para morar eternamente; e Deus fez o homem com um propósito definido e dotado das partes convenientes para que pudesse cumprir esse propósito. Deus queria que o homem fosse semelhante a Cristo. Diz Gênesis 2:7:
" Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. ".
Analisando um pouco, vemos que do pó da terra formou o corpo do homem; em sua narina soprou fôlego (hebreu neshamaj, vento, espírito) de vidas (no original está no plural, jayim), porque ao soprar o espírito e reacionar com o corpo, teve origem a alma, e o homem veio a ser então um ser vivente (hebreu nephesh hayah, ser vivente ou alma vivente). Portanto, na regeneração o homem veio a ter várias classes de vidas: vida biológica (no corpo), vida psíquica (na alma) e vida zoé ou pneumática (no espírito), que é a vida divina, a vida não criada, a vida eterna que nos deu Deus no dia de nossa regeneração, pois sem a vida do Senhor, o espírito humano existe mas não tem vida divina. Lemos em 1 Tessalonicenses 5:23:
"O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo."
"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb. 4:12).
Nestas citações e em outros lugares da Bíblia, vemos que Deus nos fez, seres humanos, dotados de três partes ou princípios bem diferenciados, que são: espírito, alma e corpo; partes com as quais estamos capacitados para ter relação com Deus e os seres espirituais, consciência de nós mesmo e comunicação com o mundo que nos rodeia, respectivamente. Mediante os sentidos do corpo biológico e suas operações vitais nos comunicamos com as coisas físicas; mediante a alma temos consciência de nós mesmos, pois na alma estão assentadas o conjunto de funções psíquicas próprias de nosso ego, e que determinam nossa personalidade, tais como a mente que gera os pensamentos, a vontade para tomar as determinações, e as emoções, que estão relacionadas com o amor, o ódio, a tristeza, a alegria, a amargura, o gozo, a introspecção, etc...; ou seja, a mente determina o que penso, a emoção o que sinto e a vontade o que quero. Mediante o espírito temos comunicação com Deus, quando somos regenerados pelo Espírito de Deus com base no haver crido na obra redentora do Senhor Jesus na cruz. Uma vez que temos crido, somos regenerados, nascidos de novo no Espírito, porque Deus nos faz partícipes de Sua vida eterna, de Sua natureza divina (2 Pedro 1:4), e vem morar em nosso espírito por Seu Espírito. Nosso espírito humano, para ter esta relação íntima com Deus, está provido de certas faculdades tais como a intuição, a consciência e a comunhão.
O Espírito Santo mora no espírito do crente. O espírito humano foi projetado para que more no Espírito de Deus. Diz em Romanos 8:9-10: "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça". De conformidade com a Palavra de Deus, temos sido feitos assim pelo Senhor, para que dentre todos os homens, os que crêem no Senhor Jesus Cristo, os redimidos pela obra do Senhor Jesus na cruz, e ressurreição e ascensão, e que compõem a Igreja, seja um templo santo de Deus; e o Senhor Jesus está edificando esse tabernáculo entre nós os redimidos. "¿Não sabeis que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co. 3:16). O Novo Testamento fala da construção do tabernáculo verdadeiro. Por exemplo, Efésios 4:11-12 diz: "11 e Ele mesmo (Cristo) constituiu a uns, apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas; a outros, pastores e mestres, a fim de aperfeiçoar aos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo". No Antigo Testamento encontramos um tipo, ou uma maquete ou figura deste verdadeiro templo do Senhor. Essa figura a encontramos no tabernáculo, ou templo portátil que Yahveh ordenou Moisés que lhe fizessem no deserto; e mais tarde no templo que Salomão lhe construiu em Jerusalém. No livro de Êxodo encontramos em detalhe a descrição do tabernáculo, o qual constava de três partes principais: o átrio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
Nós, a Igreja, no Novo Testamento somos o verdadeiro tabernáculo que Deus está construindo para Sua morada eterna. Somos o verdadeiro templo de Deus. Se compararmos as três partes do homem com as três partes principais do tabernáculo, encontramos suas correspondentes similaridades. Até o átrio tinham acesso todas as tribos dos israelitas e mesmo gentios prosélitos; era a parte mais aberta do templo; corresponde a nosso corpo, que é a parte mais externa de nosso ser, por meio do qual nos comunicamos com tudo o que nos rodeia por meio dos sentidos.
No Lugar Santo do tabernáculo só podiam entrar os sacerdotes, e é comparado com nossa alma, que é a parte que segue ao corpo, a qual já não pode ser penetrada por outros seres; a alma tem sua intimidade, a intimidade de nossa própria personalidade. No Lugar Santo do tabernáculo estava o candeeiro de ouro, a mesa e os pães da proposição e o altar de ouro de incenso. Até ali podiam entrar os sacerdotes a ministrar ao Senhor, e oferecer-lhe azeite, incenso e pão; mas não o resto dos israelitas. Em nossa alma residem, como temos dito, nossa vontade humana, nossa mente e as emoções, que caracterizam nossa personalidade e individualidade, e até onde, em condições normais, não tem acesso as demais pessoas, como se podem fazer com nosso corpo por meio dos sentidos: vista, olfato, gosto, ouvido, tato.
Mas no tabernáculo havia uma terceira parte ainda mais íntima, o Lugar Santíssimo, onde estava a arca do pacto de madeira de acácia, coberta de ouro por todas as partes, e dentro da qual estava uma urna de ouro que continha um pouco de maná, a vara de Arão que havia florescido; e as tabuas do pacto trazidas do Monte Sinai por Moisés. Em cima da arca estavam dois querubins de glória, que cobriam com sua sombra o propiciatório; ou seja, a tampa da arca, onde era oferecido o sangue dos sacrifícios. Estes querubins eram guardiões da glória e da justiça de Deus, e velavam, simbolicamente, que o sumo sacerdote se aproximasse do propiciatório não sem sangue. Mas analise o leitor as seguintes palavras de Hebreus 9:7-8:
"7 mas, no segundo (aqui se refere ao Lugar Santíssimo do tabernáculo), o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo,8 querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido ".
No Lugar Santíssimo não podia entrar ninguém; era o lugar central e mais íntimo do tabernáculo; ali só podia entrar o sumo sacerdote uma vez ao ano, no Yon kippur, o dia da expiação, que era o dia décimo do mês sétimo judeu. O Lugar Santíssimo estava separado do Lugar Santo por meio de um véu, tipo do véu que separa aos homens de Deus, e enquanto não haja revelação ou se rasgue o véu, o homem não tem capacidade para conhecer a Deus nem a Seu Cristo. No Lugar Santíssimo se manifestava a glória de Deus, a Shekiná, a habitação ou presença de Deus. Nosso espírito é o Lugar Santíssimo de nosso ser humano, feito por Deus para Sua habitação. Assim o Senhor faz Sua habitação corporativa, Sua Igreja. Logo diz nos versículos 9 e 10:
"É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma. ".
Diz aqui a Palavra de Deus que chegaria um tempo de reformar as coisas, e que o antigo tabernáculo é apenas símbolo para o tempo presente. Símbolo de quê? Do verdadeiro templo de Deus, Sua Igreja, a vida corporativa da Igreja. Para entender o delicado tema da doutrina bíblica da salvação é necessário, pois, fazer uma clara diferença entre o corpo, a alma e o espírito no homem. Se não se faz uma clara diferença sobre isto, a confusão é grande. Não confundas a alma e o espírito. O homem é um ser tripartido. Qual é o objetivo de Deus ao fazer o homem composto de três partes? A respeito, a Bíblia diz em Zacarias 12:1: " Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel. Fala o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. ". Aparece o espírito do homem como se para Deus fosse o mais importante de toda sua criação. Vai do maior ao menor: do céu e sua imensidão concentra sua atenção na pequenez da terra, e logo no espírito do homem. O Senhor tem um especial interesse no espírito do homem.
O espírito é o lugar secreto do Senhor, onde a luz é Deus; ali o homem se une e se comunica com Deus. As funções do espírito são: a consciência, ou seja, a luz e guia de Deus para discernir o bom do mal, independentemente de todo conhecimento da mente e opiniões exteriores (Romanos 8:16); a intuição, que se relaciona com a voz e o ensinamento de Deus no espírito humano para perceber os movimentos do Espírito Santo e as revelações de Deus (Atos 18:25); e a comunhão, por meio da qual adoramos e servimos a Deus no espírito e temos intimidade com Ele (João 4:23; Romanos 1:9).A alma é o eu da pessoa, pois ali está a sede de sua personalidade, dado que é o assento da mente (pensamentos), vontade (faculdade de decidir), de onde emana sua responsabilidade e seu poder de decisão, e as emoções da alma, que são seus afetos, seus sentimentos e suas paixões; ou seja, nossas simpatias e antipatias. Na alma estão todas as faculdades que determinam nossa individualidade e nossa personalidade. A alma, como sede da vontade e personalidade do homem, enlaça e fusiona o corpo com o espírito, e por meio da alma o espírito pode submeter o corpo a sua obediência, a fim de sublimá-lo. Mas pode suceder o contrário, por meio da alma o corpo pode atrair ao espírito para que ame ao mundo e as coisas que estão no mundo. Mas o anterior depende da vontade do homem, assentada na alma.
O cristão deve ter clareza, e saber diferenciar e separar as funções do espírito e as da alma; não confundir, por exemplo, os meros pensamentos da alma com a intuição do espírito (Hebreus 4:12). Antes da queda do homem, o poder da alma estava totalmente abaixo o domínio do espírito. O espírito era o amo, a alma era apenas o administrador, e o corpo era o servo. Isto temos que ter presente para compreender todo o relacionado com nossa salvação, e a vitória ou derrota no andar com o Senhor.
Para compreender melhor o que significa ser um cristão vencedor, é necessário conhecer que o homem está composto, não de duas, mas de três partes: espírito, alma e corpo.
Quando Deus fez o homem, varão e mulher, o fez pensando em Seu Filho, e pensando na Igreja, porque não era bom que Seu Filho estivesse só, mas que tivesse uma esposa idônea; Deus fez o homem para chegar a ter uma família, um lugar, e edificar uma casa para morar eternamente; e Deus fez o homem com um propósito definido e dotado das partes convenientes para que pudesse cumprir esse propósito. Deus queria que o homem fosse semelhante a Cristo. Diz Gênesis 2:7:
" Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. ".
Analisando um pouco, vemos que do pó da terra formou o corpo do homem; em sua narina soprou fôlego (hebreu neshamaj, vento, espírito) de vidas (no original está no plural, jayim), porque ao soprar o espírito e reacionar com o corpo, teve origem a alma, e o homem veio a ser então um ser vivente (hebreu nephesh hayah, ser vivente ou alma vivente). Portanto, na regeneração o homem veio a ter várias classes de vidas: vida biológica (no corpo), vida psíquica (na alma) e vida zoé ou pneumática (no espírito), que é a vida divina, a vida não criada, a vida eterna que nos deu Deus no dia de nossa regeneração, pois sem a vida do Senhor, o espírito humano existe mas não tem vida divina. Lemos em 1 Tessalonicenses 5:23:
"O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo."
"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb. 4:12).
Nestas citações e em outros lugares da Bíblia, vemos que Deus nos fez, seres humanos, dotados de três partes ou princípios bem diferenciados, que são: espírito, alma e corpo; partes com as quais estamos capacitados para ter relação com Deus e os seres espirituais, consciência de nós mesmo e comunicação com o mundo que nos rodeia, respectivamente. Mediante os sentidos do corpo biológico e suas operações vitais nos comunicamos com as coisas físicas; mediante a alma temos consciência de nós mesmos, pois na alma estão assentadas o conjunto de funções psíquicas próprias de nosso ego, e que determinam nossa personalidade, tais como a mente que gera os pensamentos, a vontade para tomar as determinações, e as emoções, que estão relacionadas com o amor, o ódio, a tristeza, a alegria, a amargura, o gozo, a introspecção, etc...; ou seja, a mente determina o que penso, a emoção o que sinto e a vontade o que quero. Mediante o espírito temos comunicação com Deus, quando somos regenerados pelo Espírito de Deus com base no haver crido na obra redentora do Senhor Jesus na cruz. Uma vez que temos crido, somos regenerados, nascidos de novo no Espírito, porque Deus nos faz partícipes de Sua vida eterna, de Sua natureza divina (2 Pedro 1:4), e vem morar em nosso espírito por Seu Espírito. Nosso espírito humano, para ter esta relação íntima com Deus, está provido de certas faculdades tais como a intuição, a consciência e a comunhão.
O Espírito Santo mora no espírito do crente. O espírito humano foi projetado para que more no Espírito de Deus. Diz em Romanos 8:9-10: "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça". De conformidade com a Palavra de Deus, temos sido feitos assim pelo Senhor, para que dentre todos os homens, os que crêem no Senhor Jesus Cristo, os redimidos pela obra do Senhor Jesus na cruz, e ressurreição e ascensão, e que compõem a Igreja, seja um templo santo de Deus; e o Senhor Jesus está edificando esse tabernáculo entre nós os redimidos. "¿Não sabeis que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co. 3:16). O Novo Testamento fala da construção do tabernáculo verdadeiro. Por exemplo, Efésios 4:11-12 diz: "11 e Ele mesmo (Cristo) constituiu a uns, apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas; a outros, pastores e mestres, a fim de aperfeiçoar aos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo". No Antigo Testamento encontramos um tipo, ou uma maquete ou figura deste verdadeiro templo do Senhor. Essa figura a encontramos no tabernáculo, ou templo portátil que Yahveh ordenou Moisés que lhe fizessem no deserto; e mais tarde no templo que Salomão lhe construiu em Jerusalém. No livro de Êxodo encontramos em detalhe a descrição do tabernáculo, o qual constava de três partes principais: o átrio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
Nós, a Igreja, no Novo Testamento somos o verdadeiro tabernáculo que Deus está construindo para Sua morada eterna. Somos o verdadeiro templo de Deus. Se compararmos as três partes do homem com as três partes principais do tabernáculo, encontramos suas correspondentes similaridades. Até o átrio tinham acesso todas as tribos dos israelitas e mesmo gentios prosélitos; era a parte mais aberta do templo; corresponde a nosso corpo, que é a parte mais externa de nosso ser, por meio do qual nos comunicamos com tudo o que nos rodeia por meio dos sentidos.
No Lugar Santo do tabernáculo só podiam entrar os sacerdotes, e é comparado com nossa alma, que é a parte que segue ao corpo, a qual já não pode ser penetrada por outros seres; a alma tem sua intimidade, a intimidade de nossa própria personalidade. No Lugar Santo do tabernáculo estava o candeeiro de ouro, a mesa e os pães da proposição e o altar de ouro de incenso. Até ali podiam entrar os sacerdotes a ministrar ao Senhor, e oferecer-lhe azeite, incenso e pão; mas não o resto dos israelitas. Em nossa alma residem, como temos dito, nossa vontade humana, nossa mente e as emoções, que caracterizam nossa personalidade e individualidade, e até onde, em condições normais, não tem acesso as demais pessoas, como se podem fazer com nosso corpo por meio dos sentidos: vista, olfato, gosto, ouvido, tato.
Mas no tabernáculo havia uma terceira parte ainda mais íntima, o Lugar Santíssimo, onde estava a arca do pacto de madeira de acácia, coberta de ouro por todas as partes, e dentro da qual estava uma urna de ouro que continha um pouco de maná, a vara de Arão que havia florescido; e as tabuas do pacto trazidas do Monte Sinai por Moisés. Em cima da arca estavam dois querubins de glória, que cobriam com sua sombra o propiciatório; ou seja, a tampa da arca, onde era oferecido o sangue dos sacrifícios. Estes querubins eram guardiões da glória e da justiça de Deus, e velavam, simbolicamente, que o sumo sacerdote se aproximasse do propiciatório não sem sangue. Mas analise o leitor as seguintes palavras de Hebreus 9:7-8:
"7 mas, no segundo (aqui se refere ao Lugar Santíssimo do tabernáculo), o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo,8 querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido ".
No Lugar Santíssimo não podia entrar ninguém; era o lugar central e mais íntimo do tabernáculo; ali só podia entrar o sumo sacerdote uma vez ao ano, no Yon kippur, o dia da expiação, que era o dia décimo do mês sétimo judeu. O Lugar Santíssimo estava separado do Lugar Santo por meio de um véu, tipo do véu que separa aos homens de Deus, e enquanto não haja revelação ou se rasgue o véu, o homem não tem capacidade para conhecer a Deus nem a Seu Cristo. No Lugar Santíssimo se manifestava a glória de Deus, a Shekiná, a habitação ou presença de Deus. Nosso espírito é o Lugar Santíssimo de nosso ser humano, feito por Deus para Sua habitação. Assim o Senhor faz Sua habitação corporativa, Sua Igreja. Logo diz nos versículos 9 e 10:
"É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma. ".
Diz aqui a Palavra de Deus que chegaria um tempo de reformar as coisas, e que o antigo tabernáculo é apenas símbolo para o tempo presente. Símbolo de quê? Do verdadeiro templo de Deus, Sua Igreja, a vida corporativa da Igreja. Para entender o delicado tema da doutrina bíblica da salvação é necessário, pois, fazer uma clara diferença entre o corpo, a alma e o espírito no homem. Se não se faz uma clara diferença sobre isto, a confusão é grande. Não confundas a alma e o espírito. O homem é um ser tripartido. Qual é o objetivo de Deus ao fazer o homem composto de três partes? A respeito, a Bíblia diz em Zacarias 12:1: " Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel. Fala o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. ". Aparece o espírito do homem como se para Deus fosse o mais importante de toda sua criação. Vai do maior ao menor: do céu e sua imensidão concentra sua atenção na pequenez da terra, e logo no espírito do homem. O Senhor tem um especial interesse no espírito do homem.
O espírito é o lugar secreto do Senhor, onde a luz é Deus; ali o homem se une e se comunica com Deus. As funções do espírito são: a consciência, ou seja, a luz e guia de Deus para discernir o bom do mal, independentemente de todo conhecimento da mente e opiniões exteriores (Romanos 8:16); a intuição, que se relaciona com a voz e o ensinamento de Deus no espírito humano para perceber os movimentos do Espírito Santo e as revelações de Deus (Atos 18:25); e a comunhão, por meio da qual adoramos e servimos a Deus no espírito e temos intimidade com Ele (João 4:23; Romanos 1:9).A alma é o eu da pessoa, pois ali está a sede de sua personalidade, dado que é o assento da mente (pensamentos), vontade (faculdade de decidir), de onde emana sua responsabilidade e seu poder de decisão, e as emoções da alma, que são seus afetos, seus sentimentos e suas paixões; ou seja, nossas simpatias e antipatias. Na alma estão todas as faculdades que determinam nossa individualidade e nossa personalidade. A alma, como sede da vontade e personalidade do homem, enlaça e fusiona o corpo com o espírito, e por meio da alma o espírito pode submeter o corpo a sua obediência, a fim de sublimá-lo. Mas pode suceder o contrário, por meio da alma o corpo pode atrair ao espírito para que ame ao mundo e as coisas que estão no mundo. Mas o anterior depende da vontade do homem, assentada na alma.
O cristão deve ter clareza, e saber diferenciar e separar as funções do espírito e as da alma; não confundir, por exemplo, os meros pensamentos da alma com a intuição do espírito (Hebreus 4:12). Antes da queda do homem, o poder da alma estava totalmente abaixo o domínio do espírito. O espírito era o amo, a alma era apenas o administrador, e o corpo era o servo. Isto temos que ter presente para compreender todo o relacionado com nossa salvação, e a vitória ou derrota no andar com o Senhor.
Assinar:
Postagens (Atom)
Irmãos em Cristo Jesus.

Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"