Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Três parábolas de juízo- Arcadio Sierra Diaz
Todo crente mundano, negligente e carnal, deverá enfrentar a vergonhosa realidade que aparece na Escritura. Analisemos um pouco três parábolas em Mateus, que se relacionam intimamente com a vinda do Senhor e o tribunal de Cristo. A do servo mau (Mat.24:45-51), a das virgens imprudentes (Mt. 25:1-13) e a do servo negligente (Mat. 25:14-30). Estas três parábolas são dirigidas à Igreja; para que a Igreja se “belisque”, sobre tudo em um tempo de tanta expectativa como o que vivemos. A igreja está atravessando por uma época de grandes e transcendentais acontecimentos.
A parábola do servo mau. Esta parábola fala de servos fiéis e infiéis. Aqui os servos representam os crentes no aspecto da fidelidade ao Senhor. A parábola fala de servos que estão à frente da servidão, onde deve ser fiel e prudente. Note que o Senhor aqui não usa a palavra filhos para chamar aos salvos, senão servos; pois como filhos já recebemos Sua vida; em troca, como servos, seremos julgados para receber ou não as recompensas. No começo, nos versos 45-47, a parábola fala de um servo vencedor, o qual receberá como recompensa ser posto sobre todos os bens do Senhor no reino. Essa é a bem-aventurança. Ali diz: " 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens ". Dar alimento a tempo está relacionado com ministrar a Palavra de Deus aos crentes, e tudo o que se refira a Cristo como vida da Igreja. O bom servo tem de dar alimento, não leis, a seus conservos. As leis quem dá é o Senhor. O labor do servo bom é dar, não buscar o seu próprio. O ser achado fiel, o bom servo será promovido a um cargo mais elevado no reino. "47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens".Mas nos versos 48-51 fala do servo mau, que, ainda que seja salvo, não é vencedor, trata mal aos demais crentes, se assenhoreia deles como se Deus o houvesse posto na igreja como um príncipe (1 Pe. 5:3), tem amizade e companheirismo com as pessoas mundana, não ama a vinda do Senhor nem lhe interessa o reino. O servo mau é um escravo de suas paixões e apetites. Ali diz: "48 Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes".O servo mau é levado por uma falsa doutrina. O servo mau pensa que o Senhor tarda em vir ou que talvez nunca virá, e isso lhe dá a oportunidade de viver uma vida descuidada para andar segundo suas próprias concupiscências (2 Pe. 3:3-4). O servo mau quer impor sua autoridade tratando mal a seus conservos. É possível que lhe joguem na cara sua conduta e isso o enfurece mais, ou busca duramente que os demais o reverenciem e se inclinem ante ele. Para uma pessoa, a vinda do Senhor (ou a morte da pessoa, é o mesmo, pois acarreta as mesmas conseqüências) é algo supremamente terrível. A morte, pois, o separará de muitas coisas que hoje ama e lhe entretém, deste mundo que tanto lhe atrai. O que espera a este servo mau quando se encontrar com o Senhor no juízo da igreja? Espera-lhe um castigo temporário. Necessitamos ganhar esta carreira aqui, não só para não sermos castigados temporariamente com os hipócritas, senão para receber o galardão, o prêmio, dos vencedores, como diz Paulo (1 Co. 9:24-27).Note que este servo é salvo, é um filho de Deus; fala de "meu Senhor"; nenhum ímpio chama "meu Senhor" ao Senhor Jesus; mas no dia em que a Igreja comparecer ante o tribunal de Cristo, esse servo será separado do Senhor e de Seu reino, e temporariamente posto no lugar onde irão os hipócritas. Não eternamente, senão que ali porá só "sua parte", conforme a sua falta.
A parábola das dez virgens. Em Mateus 25:1-13, encontramos a parábola das dez virgens, a qual está intimamente relacionada com o reino dos céus. Aqui as virgens representam aos crentes no aspecto da vida com o Senhor. O andar do crente com Cristo em santidade e obediência se relaciona intimamente com sua plenitude do Espírito Santo. Da constante plenitude do Espírito Santo em um crente depende sua perfeição na comunhão com Deus e com os demais irmãos, o conhecer o amor de Cristo e o de ser cheio de toda a plenitude de Deus (Efésios 3:19).O número dez é o número das nações, e significa que a Igreja está constituída por crentes de toda linhagem, de toda tribo, de todas as raças, línguas e nações do globo.*(2) Claro que, além da última geração de crentes, inclusive aos irmãos que já estão mortos na história ("cochilaram e dormiram", diz no verso 5)*(3). Algumas pessoas se confundem pensando que todas as virgens "dormem" espiritualmente; mas isso seria uma contradição. A metade das virgens são prudentes e a metade insensatas. Suas lâmpadas (o espírito de cada crente) representam que a Igreja, nesta era de trevas, leva o testemunho do Senhor, é morada do Espírito Santo de Deus; mas é necessário que cada lâmpada continuamente esteja plena de azeite de Deus (Seu Espírito), para que possa irradiar essa luz de Deus começando do interior; porque todo crente é responsável ante Deus de ser cheio do Espírito Santo. "O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR" (Pr. 20:27a). Lâmpada com azeite insuficiente não pode alumiar senão com uma luz muito tênue. "15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,16 remindo o tempo, porque os dias são maus.17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor " (Ef. 5:15-17). O néscio não aproveita bem o tempo, e como vive para si mesmo, não se interessa de qual seja a vontade do Senhor em determinados acontecimentos.
*(2) Cfr. Apocalipse 5:9. Não é uma casualidade que no capítulo 10 de Gênesis se descreve as gerações dos filhos de Noé, e que diga no versículo 32: " São estas as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram disseminadas as nações na terra, depois do dilúvio". Dos dez chifres (as nações globalizadas do último sistema mundial) da quarta besta surge um chifre que os dominará a todos (Dn. 7:7-8; Ap. 13:1; 17:3). No tabernáculo, as dez cortinas de Êxodo 26 representam à igreja. Relacione com a noiva de Cantares (1:5).
*(3) Quando se refere aos crentes, o sonho representa a morte, como em 1 Tes. 4:13-16; João 11:11-13; 1 Coríntios 11:30.
Todas as virgens saem do mundo ao encontro do Senhor, porque as virgens representam os santos, aos apartados do mundo para Deus; mas " As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas ". A vasilha é a pessoa de cada um, é sua alma (vasos de honra para Deus e habitação de Cristo). Todas as virgens tinham azeite em suas lâmpadas; todas eram salvas; todas tinham o Espírito Santo; mas há uma distinção entre as virgens prudentes e as insensatas: as insensatas não tinham reservas em suas vasilhas; de maneira que suas almas não conheciam a vida do Espírito; eram almas sem renovação e santificação. Eram crentes que se conformavam a este século, pois não haviam sido transformados por meio da renovação de seus entendimentos, de maneira que nesse estado não tinham capacidade para comprovar qual era a vontade de Deus em cada caso, em cada circunstancia (Romanos 12:2). Isto é sério, que Deus nos fale em nosso espírito e nós não possamos entender o que nos diz. "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Ef. 5:18). O enchimento do Espírito no crente deve ser continua e constante. Alguns pensam que isso se refere a um ato, mas se trata de um estado interior permanente para gozar da plenitude de Deus com os demais irmãos, pois somos um corpo. Ou somos néscios e seguimos postergando conhecer essa plenitude, ou somos sábios e buscamos essa provisão constante de azeite para nossas lâmpadas e nossas vasilhas com mais diligencia que ao ouro e a prata.Mas a meia noite, quando a humanidade estiver se debatendo na grande obscuridade da grande tribulação, se escutará a voz do arcanjo e a trombeta de Deus; já vem o Senhor, e ocorre a ressurreição e o arrebatamento da Igreja. O que sucederá então com os crentes que tendo o Espírito Santo não estejam suficientemente saturados Dele? A parábola não responde a todas as nossas interrogações, mas vemos tacitamente que os crentes néscios não pagaram um preço para serem cheios do Espírito Santo. Qual é o preço? Tampouco o declara, mas em outras partes da Escritura Sagrada o vemos. Por exemplo, renunciar ao mundo, carregar nossa própria cruz cada dia em obediência ao Pai, negar o eu; em nossa escala de valores pôr a Cristo em primeiro lugar, por cima de todas as coisas; estimar todas as coisas como perda por amor de Cristo. Todo crente que não pagar o preço agora, nesta vida, para ser cheio do azeite do Espírito, deverá pagar depois da ressurreição, pois todo crente deve ser aperfeiçoado, se não agora, será depois nas trevas exteriores. O Senhor agora está nos dando a oportunidade de que não desperdicemos os passos que Ele está tomando para levar a todos os Seus filhos à maturidade. Mas, por que se chamará preço? Porque se trata de renunciar a toda essa herança que recebemos e que vivemos em outro tempo em nosso velho homem. Isso é doloroso quando nos aferramos a essas coisas, costumes, pertences, vícios, amores, valores ancestrais, cujo centro não é Deus. Agora nosso tesouro é Cristo, e Deus nos tem escondidos nos lugares celestiais em Seu Filho. O demais sobra.Note que as cinco virgens insensatas chegam a tocar a porta depois que se fecha para iniciar as bodas com as prudentes, os crentes vencedores. Diz nos versos 10-13: "10 E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço ". Vemos, pois, que se relaciona com a vinda do Senhor e Seu juízo das obras da Igreja quando Ele estabelecer Seu tribunal. As cinco virgens insensatas, ainda que não perdem sua salvação, não são aprovadas para entrar nas bodas; não têm o vestido apropriado; não tem se ocupado a seu devido tempo em ter suficiente azeite. Quando no tribunal de Cristo, o Senhor dizer a alguém: Não os conheço; isso significa que essa pessoa jamais se interessou por ter comunhão com o Senhor, não se interessou por conhecer ao Senhor; e a salvação se relaciona com o conhecimento do Senhor (João 17:3). Enquanto estamos nesta terra, o Senhor nos dá a oportunidade de conhecer-lhe e obedecer-lhe, mas quando Ele vier e estabelecer Seu tribunal para julgar à Igreja, ali, nesse momento não é o Salvador senão o Juiz (Mateus 5:25) que estará julgando nossa conduta como filhos de Deus. Se as virgens insensatas não foram salvas, não poderiam estar aí tocando as portas do reino dos céus. Irmãos, é um privilégio grande o poder servir ao Senhor agora. É verdade que podemos estar muito ocupados em nossos próprios programas "espirituais", e não estar fazendo a vontade de Deus, e naquele dia receber a reprovação do Senhor (Mateus 7:21-23).Por outro lado, o estar cheio do Espírito Santo de outro irmão, não pode te servir. As virgens insensatas eram salvas pela cruz do Senhor Jesus Cristo, e depois de haver conhecido a grande salvação de Deus por Seu Filho unigênito, não viveram para Ele senão para elas mesmas; todo o tempo de crentes nesta terra foi lastimosamente desperdiçado.Para desfrutar do reino temos que entrar pela porta estreita. Mas nossa tendência natural é entrar pela porta larga, a que nos dá acesso a múltiplos gozos e vantagens terrenas. Os gozos terrenos não fazem muito atrativa a porta estreita. É como um paradoxo: a porta estreita nos leva a um caminho estreito e difícil, mas o caminho que nos levará ao reino e ao gozo do Senhor. Em Lucas 13:24-25 diz o Senhor: " 24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.25 Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois".
A parábola do servo negligente. Em Mateus 25:14-30 encontramos a mui conhecida parábola dos talentos. Consideramos que não há necessidade de transcrevê-la toda. Também começa falando do reino dos céus, porque tem a ver com o reino dos céus, e o que aqui aparece não se relaciona com a salvação eterna. O homem que entrega seus bens a seus servos é Cristo, e o ausentar-se do País é Sua ida aos céus depois de Sua gloriosa ressurreição. Os talentos são repartidos de acordo com a capacidade natural de cada crente, e essa capacidade tem relação com o que somos em nossa vida natural, nossa herança cultural e genética, nossos costumes, nossa vida social e nossa aprendizagem. Da forma em que havemos sido criados por Deus, uma vez temos crido, nessa mesma medida recebemos os dons do Espírito para pô-los a serviço do Senhor.Deus conhece exatamente do que podemos ser capazes de responder, e nessa mesma medida vai nos pedir contas. Aqui os vencedores, trabalham com os talentos (dons espirituais) recebidos do Senhor e para a glória do Senhor, em Sua vinda lhe entregam bons resultados. Estão, pois, representando aos crentes no aspecto do serviço. Estes servos, os vencedores, são aprovados e recebem seus galardões e entram a desfrutar do Senhor no reino milenar, mas sobre tudo o gozo é no aspecto interior. O Senhor não avalia nossa obra e a premia fundamentando-se na quantidade e o bom que possa ser, senão por nossa fidelidade no serviço. O Senhor quer que nos disponhamos a que o talento que temos recebido Dele seja usado ao máximo, com uma entrega absoluta, e de acordo com Sua vontade perfeita.Mas a parábola faz ênfase no servo que recebeu um só talento e o enterrou. O versículo 18 diz: "Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor". Com Freqüência é ressaltado os servos que recebem muitos talentos e se lhes tem em muita estima e até se lhes exalta; e os que recebem um, porque são menos dotados, eles mesmos se descuidam, não o utilizam bem ou definitivamente não o tem em conta, e o enterram; ou seja, que ao invés de trabalhar com seu talento, se envolvem com o mundo. Toda associação com o mundo tem em si o perigo de enterrar o dom que temos recebido do Senhor. Note que enquanto o Senhor não houver regressado, não tira de ninguém o dom (cfr. Ro. 11:29), senão que nós mesmos nos encarregamos de enterrá-lo com nossa associação com o mundo, ou em nosso próprio orgulho e ambições de tipo espiritual, ou ocupados em guardar nossa própria reputação. Resulta fácil encontrar qualquer pretexto mundano ou pessoal para não usar o dom que o Senhor tem depositado em nós, e desperdiçá-lo, escondendo-o. Às vezes queremos viver aqui como reis, e quando isto ocorre, nós mesmos somos os responsáveis de não sermos reis no reino com o Senhor.Diz o versículo 19: "Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles". Logo o Senhor Jesus Cristo regressa e acerta contas com seus servos no tribunal de Cristo, depois de transcorrida toda a idade da Igreja. Milhões de irmãos não têm nem a menor idéia de que o Senhor virá e a primeira coisa que vai fazer é instalar seu tribunal no ar para acertar as contas com seus servos que Ele comprou com Seu próprio sangue*(4). Diz Apocalipse 22:12: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras".
*(4) 1 Coríntios 7:22,23; 2 Co.5:10; Ro. 14:10; 1 Co. 4:5
Dizem os versículos 24-28 da parábola: "24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez". O fato de que este servo compareça ante o tribunal de Cristo, demonstra que foi ressuscitado ou transformado e trasladado com a Igreja, pois é salvo eternamente. Mas este servo falha em sua vida interior, conduta e obras diante do Senhor; conhecia ao Senhor mais objetiva que subjetivamente. Temos que trabalhar na obra do Senhor com o que recebemos do Senhor, partindo do zero; de conformidade com os resultados, estaremos participando do reino; e do servo negligente será tirado os dons espirituais e será desqualificado e lançado nas trevas exteriores, disciplinado, o tempo que for necessário.
A Armadilha da Justiça Prórpia- W.C.Moore
Extraído do Jornal "O Arauto da sua Vinda"
Os fariseus não estão todos mortos ainda. Hoje em dia, existem fariseus até mesmo dentro das igrejas mais espirituais. Por fora, eles aparentam ser justos, mas por dentro são “cheios de hipocrisia e iniqüidade” (Mt 23.28). Devo me perguntar: “Eu também estou nesse grupo?”.Observe a humildade de Davi quando Natã, o mensageiro de Deus, lhe falou a respeito do seu grande pecado, e a rapidez com que veio o perdão depois da confissão de Davi: “Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. Disse Natã a Davi: Também o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2 Sm 12.13). Davi precisou sofrer grandemente por causa do seu terrível pecado mas, após a sua completa confissão e o abandono dos pecados, ele foi totalmente perdoado.“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Somente diante da plena confissão é que Deus perdoará plenamente. “A ele [João Batista] vinha gente de Jerusalém, de toda a Judéia e ...confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão” (Mt 3.5-6). “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Pv 28.13).Mesmo sob o poderoso ministério de João Batista, alguns não se arrependiam. Ao rejeitar o mensageiro de Deus, estamos rejeitando o próprio Deus. “Todo o povo, até os publicanos, ouvindo as palavras de Jesus, reconheceram que o caminho de Deus era justo, sendo batizados por João, mas os fariseus e os peritos na lei rejeitaram o propósito de Deus para eles, não tendo sido batizados por João” (Lc 7.29-30).“Eu lhes garanto: Quem receber aquele que eu enviar, estará me recebendo; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Jo 13.20). “Aquele que lhes dá ouvidos, está me dando ouvidos; aquele que os rejeita, está me rejeitando” (Lc 10.16).Jó Aprende o que é QuebrantamentoTinha Jó necessidade de confessar quaisquer pecados? Em princípio não, porque não tinha consciência de nenhum. Entretanto, Deus viu que Jó poderia ir um pouco mais além na sua experiência de santidade, por isso permitiu que Satanás o atacasse para o seu próprio bem.Depois de todos os sofrimentos e provações que Jó suportou, Deus começou a falar com ele (Jó 38). Em Jó 40.3-5, vemos a resposta que ele deu ao Senhor: “Então Jó respondeu ao Senhor: Sou indigno; como posso responder-te? Ponho a mão sobre a minha boca. Falei uma vez, mas não tenho resposta; sim, duas vezes, mas não direi mais nada.”Essa não foi uma confissão completa, verdadeira, humilde e quebrantada diante da santa presença do Deus Todo-poderoso. É como se Jó dissesse: “Está bem, eu me calarei. Na verdade, penso que tu és muito duro comigo – uma pessoa justa como eu – mas não falarei mais nada. Calar-me-ei.”Sabemos que Jó não se tinha humilhado totalmente diante de Deus, porque o Senhor lhe disse: “Você vai pôr em dúvida a minha justiça? Vai condenar-me para justificar-se?” (Jó 40.8)Nada mais justo que nos humilhemos completamente diante de Deus, o Todo-poderoso, o Criador de todas as coisas, que deu o seu unigênito Filho para morrer uma morte cruel e vergonhosa por nossas pobres almas. É razoável e apropriado que coloquemos Deus em primeiro lugar nas nossas vidas.Quantas vezes o Senhor tem problemas com os “velhos” santos! Quantas e quantas vezes ele tem dificuldade em colocá-los numa posição humilde e honesta diante dele, na qual pode mostrar-lhes todo o seu favor. Oh, que terrível, que sutil é o pecado da justiça própria! Foram os líderes religiosos dos dias de Jesus que causaram a sua crucificação. É muito difícil para uma pessoa que tem uma reputação de santidade e de retidão humilhar-se completamente e confessar aberta e totalmente quando algum pecado é revelado na sua vida.A tendência é nos justificarmos, nos desculparmos, pôr a culpa nos outros, pôr a culpa nas circunstâncias, culpar até mesmo o próprio Deus – de tal modo que aparentemos não ser tão maus assim, afinal de contas. Oh, a falácia do coração humano! Que Deus nos ajude! “Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam. Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus” (Lc 16.14-15).Deus não faz acepção de pessoas. Se um lider religioso, como Saulo de Tarso, por exemplo, se humilhar e jogar fora todos os seus trapos de justiça própria, Deus terá misericórdia dele.Graças a Deus, Jó finalmente chegou a uma confissão humilde e completa. Em Jó 42.5-6, ele diz: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza”.Foi a partir desse momento que Deus começou a abençoá-lo poderosamente. Entretanto, foi somente depois que Jó orou por aqueles seus amigos atormentadores – orou por eles, não contra eles – que o Senhor lhe deu “uma porção dobrada”. “Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes” (Jó 42.10).Verdadeira Humildade de CoraçãoUma grande lição que aprendemos da experiência de Jó é esta: que independentemente dos anos de conversão que temos, do quanto Deus nos tem abençoado, do nível de santidade que tenhamos atingido –, Deus sempre quer que estejamos humildes diante dele. Se você foi salvo há quarenta anos, você deve se humilhar tanto quanto aquele bêbado ou aquela prostituta que vem ao altar agora clamando por salvação.“Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.12). “Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 18.14).Você é um líder religioso? Você é um cristão “experimentado”? Tome cuidado, meu amigo, para manter-se muito humilde diante de Deus. Afinal de contas, talvez você não seja tão grande assim aos olhos de Deus. Jesus falou aos líderes religiosos do seu tempo: “Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus” (Mt 21.31).Muito Cuidado com os Louvores dos HomensÉ extremamente perigoso obter uma posição em que você deseja os louvores dos homens ou aceita os elogios das pessoas. “Como vocês podem crer, se aceitam glória uns dos outros, mas não procuram a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.44). “Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês, pois assim os antepassados deles trataram os falsos profetas” (Lc 6.26).Você é um cristão? Foi “convidado” para a festa do casamento? (Mt 22.1-14). Então, tenha cuidado para que não esteja muito ocupado com outras coisas e negligencie aquele humilde caminho de oração, no qual sua maior preocupação não é o que as pessoas pensam de você, e sim como você pode melhor agradar a Deus. “Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” é o que lemos em Mateus 22.14 e 20.16.Quando alguém o critica, ou quando algum sermão o “atinge”, não procure revidar nem se defender. Em vez disso, diga: “Bem, talvez haja aqui algo que Deus quer que eu veja neste assunto. Talvez aquela crítica severa tenha alguma verdade, afinal de contas”. “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido” (1 Pe 5.6).“Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Tg 4.6). O próprio Deus resistiu a Jó até que Jó desistiu do seu orgulho e auto-justificação. Só depois que Jó humilhou-se e confessou totalmente foi que o Senhor lhe concedeu sua graça, seu favor, sua ajuda e a sua completa bênção.O Profeta Isaías Purificou-seIsaías era um profeta. Mas, um dia, teve uma visão da santidade de Deus e disse: “No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. . . Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.1,5).Graças a Deus que o Senhor encontrou Isaías exatamente na hora em que ele se humilhou e fez uma confissão completa: “Veja, isto [a brasa viva do altar] tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado” (Is 6.7). Mesmo um profeta tinha “culpa” e “pecado” que, até aquele momento, quando a luz da verdadeira presença de Deus brilhou no mais íntimo do seu coração, aparentemente não haviam sido percebidos.“Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!” (Tg 4.8)
Irmãos em Cristo Jesus.

Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"