Seguimos lendo 1 Coríntios 3: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (vv.11,12).Na edificação da casa de Deus há um único fundamento, que é Seu Filho Jesus Cristo, a pedra angular. Aqui figuram seis elementos com os quais se está edificando. Os três primeiros, ouro, prata e pedras preciosas, simbolizam a Trindade divina: Pai, Filho e Espírito Santo. Os três últimos, madeira, feno e palha, simbolizam o humano nessa sobre edificação; o último grupo se contrapõe ao primeiro, pois os pensamentos do homem não são os de Deus. Deus quer edificar sua casa com os três primeiros elementos. O ouro se refere à natureza divina, à vontade de Deus, o eterno, o que jamais se envelhece, o mais glorioso; ao passo que a madeira é a natureza humana, o que perece. Por exemplo, no tabernáculo o principal é Cristo, a arca, a qual estava feita de madeira de acácia (a humanidade de Cristo) recoberta de ouro (a divindade de Cristo). De maneira que caso se edifique em ouro significa que se está obedecendo à vontade de Deus consignada no Novo Testamento; mas se é em madeira, é porque se está obedecendo outras opiniões; é o que tem feito o cristianismo a partir do século V desta era. Mas se seguimos ao Senhor Jesus, devemos fazer sua vontade, e Ele veio fazer a vontade do Pai que o enviou. "Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra." (Jo. 4:34).
Antes que o Senhor nascesse em carne, o Pai já tinha preparado tudo, galáxias, sistemas solares, mares, continentes, tudo o necessário para que homem pudesse viver na terra e se pudesse encarnar seu Filho e salvar à Igreja. Deus não vai deixar o cumprimento de seus propósitos ao critério dos homens. O primeiro Adão falhou, mas o segundo Adão veio para vencer, a obedecer a Deus. A partir Dele, Cristo veio preparar para Deus uma nova raça humana, o verdadeiro homem à imagem de Deus.O Pai disse ao Filho o que devia fazer. "Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou" ( Jo 5:30 ). Por que insiste o Senhor Jesus nisto? Para nos dar exemplo de obediência. "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia " (Jo. 6:38-39).Voltemos a Efésios 2:19-22: "19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus,20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito ".
A que se refere aqui com o fundamento dos apóstolos? Refere-se ao Novo Testamento. Estamos em plena edificação do templo, e o Senhor quer terminar esse edifício com pessoas obedientes. Recorde-se que cada um de nós é uma pedra viva, com as quais o Senhor está edificando sua casa. Ele não busca montões de pedras mortas, nem sequer que haja montões de pedras por lá e outras por cá; Ele busca é que estejamos todos juntos para que possamos ser edificados. Quando Pedro confessou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivente, o Senhor lhe disse: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela ". (Mt 16:18)
O que edifica a Igreja é Cristo, e nós somos colaboradores; Ele conosco e nós com Ele. Se não edificamos com Ele, só estaríamos edificando com madeira. Já não seria Sua Igreja; de pronto estaríamos edificando nossas pequenas igrejas.O que é a Igreja? A palavra igreja vem do grego ekklesia (de ek, fora de, e klesis, chamamento). Usava-se entre os gregos esta palavra para se referir a um corpo de cidadãos reunidos para considerar assuntos de estado (At. 19:39). A igreja de Jesus Cristo (Mt. 16:18), a qual é seu corpo (Ef. 1:22; 5:22) é toda a companhia dos redimidos através da era presente. A Igreja universal do Senhor é a mesma que nasceu no dia de Pentecostes, dez dias depois de haver ascendido o Senhor à destra do Pai.Então vemos que nessa construção da Igreja, nós somos Seus colaboradores, que estamos sobre edificando, "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular" (Ef 2:20). Essa sobre edificação, quando se faz sobre o fundamento dos apóstolos e os profetas, ou seja, de acordo com o que eles pregaram e escreveram, deve ser em ouro, prata e pedras preciosas, o qual é a obra de Deus. Ali o ouro, o metal precioso por excelência, representa a natureza de Deus Pai, Sua vida, Sua glória, Sua justiça, Sua obra, Seus propósitos com a criação; a prata se relaciona com a redenção, a obra do Filho, pelo preço designado pelo Senhor (Zacarias 11:12; Mateus 16:15), e as pedras preciosas tem a ver com a manifestação e obra do Espírito Santo na Igreja e na vida de cada um de nós em particular. As pedras preciosas são carbonos purificados e trabalhados através do tempo com alta pressão e temperaturas elevadas.Infortunadamente, sobre esse mesmo fundamento, Jesus Cristo, Freqüentemente também costuma trabalhar por iniciativa própria, valendo-nos de nosso próprio ponto de vista, excluindo a vontade do Senhor; se abandonam os princípios do fundamento apostólico, do que eles deixaram registrado pela vontade de Deus, e é quando aparecem outros três elementos que de alguma maneira se relacionam com os três primeiros: madeira, feno e palha. Se alguém edifica em madeira, que representa a natureza do homem, essa obra se destrói, se converte em lixo. Temos por exemplo, a arca do pacto. Foi feita de madeira de acácia recoberta de ouro, pois era um tipo de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Também disse João o Batista em Mateus 3:10: "Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo".
Se alguém edifica em feno, que é uma planta de utilização periódica, essa sobre edificação também perece e não é eterna em comparação com a salvação eterna que nos assegurou o Senhor Jesus na cruz.Por último, pode ser que se edifique em palha, que são folhas secas, mortas, que caem das árvores quando seus tecidos se murcham e já não lhes chega seiva; isso simboliza as coisas de vistosa aparência, mas de uma fragilidade impressionante, são as coisas inúteis e de pouca sustância, ainda que a nós pareça que estamos fazendo muito bem, especialmente nas palavras e promessas; ou essa demasiada e inútil frondosidade de algumas árvores e plantas; todo o inútil com o qual cremos que estamos agradando ao Senhor, desprezando o verdadeiro trabalho do Espírito Santo em nós, comparado com as pedras preciosas. A maturidade de um crente se dá através de um processo e um árduo trabalho do Espírito do Senhor em nós e conosco, levando a cruz, negando-nos a nós mesmos, passando por provas.Deus nos deu sua vida na regeneração, o ouro; também nos tem redimido pela obra de Seu Filho, a prata, e também forja dentro de nós as pedras preciosas, para que sejamos a imagem de Seu Filho. Deus não troca as pedras preciosas por palha. A vida que Deus nos tem dado não é afetada pelo fogo. Os três primeiros, o de Deus, são materiais duradouros, e os três últimos são materiais combustíveis, perecíveis, por quanto simbolizam a obra do homem. Continuando, podemos tentar fazer uma comparação um pouco mais detalhada entre os três elementos de Deus e os três elementos do homem:
Ouro. O ouro é o primeiro elemento indicado para a sobre edificação da igreja. O ouro se relaciona com a obediência à vontade do Pai. Já temos visto que o Senhor tem estabelecido e ordena que a edificação de sua casa se efetue sobre o fundamento posto pelos apóstolos e profetas. "A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" (Ap. 21:14). O testemunho dos doze apóstolos do Cordeiro é fundamental, pois por meio deles o Senhor nos deixou no Novo Testamento os detalhes sobre esta edificação do templo. O modelo, pois, da Igreja do Senhor está no Novo Testamento. A edificação da igreja do Senhor deve ser sobre a base da unidade do Espírito, não da carne; a unidade só se pode realizar no amor na igreja de uma localidade. Obedecer à vontade de Deus para edificar a igreja, é sobre edificar em ouro. O ouro, portanto, se contrapõe à madeira. O ouro e a madeira se juntam na construção da arca do tabernáculo, autêntico tipo de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. "Também farão uma arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio será o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura, e de um côvado e meio, a altura.
11 De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadura de ouro ao redor " (Ex. 25:10-11).
Esses dois versículos nos falam do centro do tabernáculo. Agora nós somos o tabernáculo de Deus, e a arca (Cristo) a levamos dentro de nós, em nosso lugar santíssimo (nosso espírito regenerado).
Madeira. A madeira é o que se contrapõe ao ouro; a madeira é a natureza humana; o homem mortal. Mas nessa madeira vem Cristo a morar e trazer o ouro da natureza divina. Cristo vai desenvolvendo em nós. "Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mt. 3:10).
Não se refere às árvores do campo, senão aos homens que não dão fruto de arrependimento. Mateus 7:19 repete nas palavras do Senhor Jesus. Ele quer que cada um de nós demos abundante fruto; mas fora de sua vontade não podemos dar fruto. Deus quer que nos capacitemos para um trabalho em sua obra. Nós em nossa vida natural podemos ir adquirindo conhecimentos, escalando sucessos, inclusive posições de onde nos enaltecemos; mas à medida que Cristo se forma em nós, o Espírito Santo vai nos mostrando que há dentro de nós, e podemos ver os preceitos supersticiosos, os fundamentos filosóficos e religiosos. A religião do mundo se fundiu com a cristandade; da Babilônia passou esse espírito a formar o papado romano e do papado passou ao anglicanismo e dali aos batistas, aos presbiterianos, etc. A igreja do Senhor ficou cativa em um emaranhado de sistemas construídos com madeira, e o Senhor decidiu tirá-la dali, e continuar sua construção com ouro, prata e pedras preciosas. Tudo o que não edifica a casa de Deus em unidade do corpo de Cristo, é construído com madeira; e se queimará. Nós somos a assembléia dos santos; somos santos porque temos sido apartados para Deus. Na cristandade infiel tem se metido muito fundamento filosófico, muito judaísmo, muita construção de templos materiais, muitas leis e preceitos estatutários, muito nicolaísmo, muita religião babilônica, muita magia, comercialização com a Palavra de Deus, visualização, muito pense e faça-se rico. No começo se formaram as grandes denominações em torno de doutrinas; hoje se organizam em torno de lideranças e "ministérios".
Prata. Relaciona-se com o Filho de Deus, com a redenção na cruz. Tipifica a vida do homem redimido; na prata estamos envolvidos os redimidos; a sobre edificação com prata tem a ver com nosso andar com Cristo. O Cordeiro de Deus está intimamente ligado com sua cruz. Quando em Apocalipse João viu o trono de Deus, ali estava o Cordeiro imolado. Os Atos mais relevantes da história da humanidade são: a encarnação do Verbo de Deus, sua crucificação e ressurreição no corpo glorioso. Cristo ressuscitou para jamais voltar a experimentar a morte. Durante seu ministério Ele ressuscitou a Lázaro e a outros, mas eles voltaram a morrer. Cristo está edificando através da cruz; se nós não levamos nossa cruz e experimentamos a negação de nosso eu, não podemos edificar com Cristo. Através desse processo há revelação em nossas vidas, mas antes deve haver revelação do Pai acerca do Senhor Jesus como Salvador; se não há revelação ninguém pode crer em Cristo. Quem é Cristo para ti? Ninguém busca ao Senhor; é o Senhor o que nos busca. Ele sempre toma a iniciativa, nós jamais.Mateus 16:15: "Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?" Surge uma pergunta, qual é a rocha que menciona o Senhor? "Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus". Conhecer quem é Jesus é uma revelação do Pai. Já que o Pai te revelou quem sou eu e tu o confessas, então "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Agora deixas de ser Simão; agora és uma pedra viva para a construção de minha casa. A construção não é material; é uma casa espiritual. Sobre esta rocha, sobre o que acaba de confessar Pedro "edificarei minha igreja". Aí está o fundamento. A rocha é Cristo, e Pedro é uma pedra vida. "também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo" (1 Pe. 2:5). Cristo é a pedra viva, a pedra angular, e nós somos pedras vivas em Cristo. Nós somos "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito" (Ef. 2:20-22). O fundamento dos apóstolos e profetas é o Novo Testamento; eles foram testemunhas da encarnação do Verbo de Deus, de sua vida como homem, de sua morte, de sua ressurreição, de sua ascensão aos céus. Uns anjos de Deus se apresentaram e lhes disseram: " Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir" (At 1:11). O apóstolo Paulo também o viu, e também foi levado ao terceiro céu, e ali recebeu toda essa informação que nos transmite em suas cartas; e Paulo foi apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre.Então, quem sobre edifica? Os crentes em Cristo; mas essa sobre edificação pode ser errada; alguns podem estar edificando com madeira, feno e palha. De modo, pois que a sobre edificação com prata tem a ver com o Filho, com a redenção; a prata tipifica a vida do homem redimido, o andar com Cristo. Com a prata se paga um preço. José, o filho de Jacó, é um tipo de Cristo; ele foi vendido como escravo por seus próprios irmãos por vinte moedas de prata (Gn 37:28). O Senhor foi vendido por trinta moedas de prata, como está profetizado em Zacarias 11:12-13 e seu cumprimento em Mateus 26:14-15.A prata se relaciona com o fato de que nossa vida está unida ao Senhor. Ele pagou o preço com seu precioso sangue. A prata tem a ver com a vida de Cristo em nós. É necessário que Cristo se forme e cresça em nós (Gl. 2:20); nós em Cristo já fomos à cruz, por isso agora é necessário que Ele viva sua vida em mim. Se não for assim, não estou sobre edificando com prata. Se Cristo vive em mim, já eu não vivo; o viver na carne (comer, dormir, trabalhar, falar), o vivo não em minhas próprias ilusões e interesses. Quanto mais viver Cristo em mim, se vão de meus antigos costumes, porque Ele traz outros costumes a nossas vidas. A edificação em prata, como em Cristo, pode incluir em nós o sofrimento. "Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado,2 para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. " (1 Pe. 4:1-2).
Feno. Se não se edifica com prata, a contraparte negativa é o feno. O feno é uma gramínea que simboliza o homem caído, o homem não redimido, o homem carnal, não regenerado. Quando se trata de um crente, é um bebê espiritual e nunca deixa de ser (1 Co. 3:2,3), de maneira que sua edificação o faz em seus egoísmos, mal caráter, ambições e avareza; pretensões de que pode tudo. Quando a vida de alguém não tem passado do velho homem, está na erva, no feno (1 Pe. 1:24); o homem velho atrai a glória dos homens. Muitas vezes o homem gosta de receber a glória terrena, as palavras de aprovação, as felicitações. Mas o que assim trabalha tudo está fazendo em feno; muitos vivem pendentes dos homens. A glória e o viver humano se seca quando sai o sol (a vinda do Senhor), a flor cai (Tg. 1:9-11) e perece. O verdadeiro tesouro deve ser o Senhor; os demais tesouros causam cegueira e apartam de Deus. Há uma grande diferença entre o viver de Cristo e o viver carnal. Entre a prata e o feno podemos ver a relação entre a erva e o viver de Cristo.
Pedras preciosas. Temos aqui a obra transformadora do Espírito Santo em nós. Os crentes têm passado por um processo. O Pai nos fez do barro da terra para viver neste mundo físico (Gn. 2:7; Ro. 9:20,21); o Filho, ao crescer Nele, nos converteu em pedras vivas a fim de viver em Sua casa e fazer parte dela (Jo. 1:42; Mt. 16:17,18; 1 Pe. 2:5), e o Espírito Santo veio a converter-nos em pedras preciosas para entrar no reino e na Nova Jerusalém, a cidade celestial (Ap. 21:18-20; 2 Co. 3:18; Ro. 12:2). Como barro somos vasos; como pedras vivas construídas somos casa, e como pedras preciosas faremos parte da cidade de Deus. Na natureza as pedras preciosas se formam através de um prolongado processo de altas temperaturas e pressões; algo parecido nos acontece. (Mt. 16:24) Ninguém quer submeter-se à cruz, e à negação de seu ego. Mas só a ação da cruz aplicada pelo Espírito realiza essa transformação. Na Nova Jerusalém não pode entrar nada que não seja precioso. Para ser precioso tem que se pagar o preço.
Palha. É o oposto à pedra preciosa. Palha é o que não tem vida, está seca. A palha é o trabalho e viver proveniente de uma fonte terrena. É o proceder de uma alma sem a devida transformação e vida por parte do Espírito Santo. É quando em nosso ser natural não somos pedras senão barro. Tudo o que se constrói com palha, quando não sai de uma vida transformada pelo Espírito Santo, não está firme, se vai face a qualquer corrente (Salmo 83:13); tudo se queima fácil (Isaías 33:11)." Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,13 manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.14 Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão;15 se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo " (1 Co. 3:12-15).Mas chega o dia do juízo da Igreja. O Senhor virá provar todas nossas obras; virá a ver como utilizamos nossos talentos. O que sucede, pois, com os que sobre edificam em ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha? Que o fogo provará tudo. Esse fogo é o juízo. O fogo do juízo do Senhor à Igreja em Sua vinda; entra a provar se o que temos sobre edificado tem sido em ouro, prata e pedras preciosas. Se for assim, em tudo isso se sai vitorioso, e tem recompensa; uns mais, outros menos, mas tem, e se entra a participar com o Senhor no reino. Se for com ouro, prata e pedras preciosas; haverá recompensa, a qual é o reino milenar. Mas ao chegar aos que tem edificado em madeira, feno e palha, tudo muda. Mas se queimar a obra, sofrerá perda do reino, e entrará em uma disciplina. Haverá, pois, um período de pagar o preço assim como por fogo (Mt. 5:21-26). Ninguém perde a salvação, mas tudo isso se queima, pois nada disso foi conforme a Deus. Então o Senhor diz em sua Palavra:
"Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão;15 se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo " (1 Co. 3:14-15).Mateus 5:27-30. Se algo é para mim de muita atração e com ele peco, devo cortar com ele. Está falando à Igreja. Em Apocalipse 20:11-14 fala da segunda morte, o Geena. O lago de fogo é o Geena. O juiz é o Senhor, os meirinhos são os anjos. Se não te reconcilias com teu irmão agora, vais a passar uma temporada no lago de fogo até que pagues o último centavo.Apocalipse 2:9-11. O que vencer não sofrerá dano da segunda morte. A primeira morte é a morte física, a separação da alma do corpo. A segunda morte é a separação da pessoa de todo contato com Deus e lançado no lago de fogo, a perdição eterna. Deve-se buscar viver uma vida de obediência e submissão ao Senhor para ser um vencedor e não sofrer dano da segunda morte.Com freqüência há diferença entre servir a Deus e trabalhar para Deus. Diz o irmão Watchman Nee: "Muitos vão apressadamente de um lugar a outro para conseguir fama por suas obras. Não cabe dúvida de que tem realizado essas obras, mas em realidade não tem servido a Deus",*(1) pois efetivamente, não têm servido a Deus, senão ao templo e a seus próprios interesses.
*(1) W. Nee. "O Plano de Deus e os Vencedores". Ed. Vida. 1977. pág. 56.
Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Três parábolas de juízo- Arcadio Sierra Diaz
Extraído do Livro "Os Vencedores e o Reino Milenar". Você pode fazer o download deste ebook aqui no Filho Varão.
Todo crente mundano, negligente e carnal, deverá enfrentar a vergonhosa realidade que aparece na Escritura. Analisemos um pouco três parábolas em Mateus, que se relacionam intimamente com a vinda do Senhor e o tribunal de Cristo. A do servo mau (Mat.24:45-51), a das virgens imprudentes (Mt. 25:1-13) e a do servo negligente (Mat. 25:14-30). Estas três parábolas são dirigidas à Igreja; para que a Igreja se “belisque”, sobre tudo em um tempo de tanta expectativa como o que vivemos. A igreja está atravessando por uma época de grandes e transcendentais acontecimentos.
A parábola do servo mau. Esta parábola fala de servos fiéis e infiéis. Aqui os servos representam os crentes no aspecto da fidelidade ao Senhor. A parábola fala de servos que estão à frente da servidão, onde deve ser fiel e prudente. Note que o Senhor aqui não usa a palavra filhos para chamar aos salvos, senão servos; pois como filhos já recebemos Sua vida; em troca, como servos, seremos julgados para receber ou não as recompensas. No começo, nos versos 45-47, a parábola fala de um servo vencedor, o qual receberá como recompensa ser posto sobre todos os bens do Senhor no reino. Essa é a bem-aventurança. Ali diz: " 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens ". Dar alimento a tempo está relacionado com ministrar a Palavra de Deus aos crentes, e tudo o que se refira a Cristo como vida da Igreja. O bom servo tem de dar alimento, não leis, a seus conservos. As leis quem dá é o Senhor. O labor do servo bom é dar, não buscar o seu próprio. O ser achado fiel, o bom servo será promovido a um cargo mais elevado no reino. "47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens".Mas nos versos 48-51 fala do servo mau, que, ainda que seja salvo, não é vencedor, trata mal aos demais crentes, se assenhoreia deles como se Deus o houvesse posto na igreja como um príncipe (1 Pe. 5:3), tem amizade e companheirismo com as pessoas mundana, não ama a vinda do Senhor nem lhe interessa o reino. O servo mau é um escravo de suas paixões e apetites. Ali diz: "48 Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes".O servo mau é levado por uma falsa doutrina. O servo mau pensa que o Senhor tarda em vir ou que talvez nunca virá, e isso lhe dá a oportunidade de viver uma vida descuidada para andar segundo suas próprias concupiscências (2 Pe. 3:3-4). O servo mau quer impor sua autoridade tratando mal a seus conservos. É possível que lhe joguem na cara sua conduta e isso o enfurece mais, ou busca duramente que os demais o reverenciem e se inclinem ante ele. Para uma pessoa, a vinda do Senhor (ou a morte da pessoa, é o mesmo, pois acarreta as mesmas conseqüências) é algo supremamente terrível. A morte, pois, o separará de muitas coisas que hoje ama e lhe entretém, deste mundo que tanto lhe atrai. O que espera a este servo mau quando se encontrar com o Senhor no juízo da igreja? Espera-lhe um castigo temporário. Necessitamos ganhar esta carreira aqui, não só para não sermos castigados temporariamente com os hipócritas, senão para receber o galardão, o prêmio, dos vencedores, como diz Paulo (1 Co. 9:24-27).Note que este servo é salvo, é um filho de Deus; fala de "meu Senhor"; nenhum ímpio chama "meu Senhor" ao Senhor Jesus; mas no dia em que a Igreja comparecer ante o tribunal de Cristo, esse servo será separado do Senhor e de Seu reino, e temporariamente posto no lugar onde irão os hipócritas. Não eternamente, senão que ali porá só "sua parte", conforme a sua falta.
A parábola das dez virgens. Em Mateus 25:1-13, encontramos a parábola das dez virgens, a qual está intimamente relacionada com o reino dos céus. Aqui as virgens representam aos crentes no aspecto da vida com o Senhor. O andar do crente com Cristo em santidade e obediência se relaciona intimamente com sua plenitude do Espírito Santo. Da constante plenitude do Espírito Santo em um crente depende sua perfeição na comunhão com Deus e com os demais irmãos, o conhecer o amor de Cristo e o de ser cheio de toda a plenitude de Deus (Efésios 3:19).O número dez é o número das nações, e significa que a Igreja está constituída por crentes de toda linhagem, de toda tribo, de todas as raças, línguas e nações do globo.*(2) Claro que, além da última geração de crentes, inclusive aos irmãos que já estão mortos na história ("cochilaram e dormiram", diz no verso 5)*(3). Algumas pessoas se confundem pensando que todas as virgens "dormem" espiritualmente; mas isso seria uma contradição. A metade das virgens são prudentes e a metade insensatas. Suas lâmpadas (o espírito de cada crente) representam que a Igreja, nesta era de trevas, leva o testemunho do Senhor, é morada do Espírito Santo de Deus; mas é necessário que cada lâmpada continuamente esteja plena de azeite de Deus (Seu Espírito), para que possa irradiar essa luz de Deus começando do interior; porque todo crente é responsável ante Deus de ser cheio do Espírito Santo. "O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR" (Pr. 20:27a). Lâmpada com azeite insuficiente não pode alumiar senão com uma luz muito tênue. "15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,16 remindo o tempo, porque os dias são maus.17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor " (Ef. 5:15-17). O néscio não aproveita bem o tempo, e como vive para si mesmo, não se interessa de qual seja a vontade do Senhor em determinados acontecimentos.
*(2) Cfr. Apocalipse 5:9. Não é uma casualidade que no capítulo 10 de Gênesis se descreve as gerações dos filhos de Noé, e que diga no versículo 32: " São estas as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram disseminadas as nações na terra, depois do dilúvio". Dos dez chifres (as nações globalizadas do último sistema mundial) da quarta besta surge um chifre que os dominará a todos (Dn. 7:7-8; Ap. 13:1; 17:3). No tabernáculo, as dez cortinas de Êxodo 26 representam à igreja. Relacione com a noiva de Cantares (1:5).
*(3) Quando se refere aos crentes, o sonho representa a morte, como em 1 Tes. 4:13-16; João 11:11-13; 1 Coríntios 11:30.
Todas as virgens saem do mundo ao encontro do Senhor, porque as virgens representam os santos, aos apartados do mundo para Deus; mas " As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas ". A vasilha é a pessoa de cada um, é sua alma (vasos de honra para Deus e habitação de Cristo). Todas as virgens tinham azeite em suas lâmpadas; todas eram salvas; todas tinham o Espírito Santo; mas há uma distinção entre as virgens prudentes e as insensatas: as insensatas não tinham reservas em suas vasilhas; de maneira que suas almas não conheciam a vida do Espírito; eram almas sem renovação e santificação. Eram crentes que se conformavam a este século, pois não haviam sido transformados por meio da renovação de seus entendimentos, de maneira que nesse estado não tinham capacidade para comprovar qual era a vontade de Deus em cada caso, em cada circunstancia (Romanos 12:2). Isto é sério, que Deus nos fale em nosso espírito e nós não possamos entender o que nos diz. "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Ef. 5:18). O enchimento do Espírito no crente deve ser continua e constante. Alguns pensam que isso se refere a um ato, mas se trata de um estado interior permanente para gozar da plenitude de Deus com os demais irmãos, pois somos um corpo. Ou somos néscios e seguimos postergando conhecer essa plenitude, ou somos sábios e buscamos essa provisão constante de azeite para nossas lâmpadas e nossas vasilhas com mais diligencia que ao ouro e a prata.Mas a meia noite, quando a humanidade estiver se debatendo na grande obscuridade da grande tribulação, se escutará a voz do arcanjo e a trombeta de Deus; já vem o Senhor, e ocorre a ressurreição e o arrebatamento da Igreja. O que sucederá então com os crentes que tendo o Espírito Santo não estejam suficientemente saturados Dele? A parábola não responde a todas as nossas interrogações, mas vemos tacitamente que os crentes néscios não pagaram um preço para serem cheios do Espírito Santo. Qual é o preço? Tampouco o declara, mas em outras partes da Escritura Sagrada o vemos. Por exemplo, renunciar ao mundo, carregar nossa própria cruz cada dia em obediência ao Pai, negar o eu; em nossa escala de valores pôr a Cristo em primeiro lugar, por cima de todas as coisas; estimar todas as coisas como perda por amor de Cristo. Todo crente que não pagar o preço agora, nesta vida, para ser cheio do azeite do Espírito, deverá pagar depois da ressurreição, pois todo crente deve ser aperfeiçoado, se não agora, será depois nas trevas exteriores. O Senhor agora está nos dando a oportunidade de que não desperdicemos os passos que Ele está tomando para levar a todos os Seus filhos à maturidade. Mas, por que se chamará preço? Porque se trata de renunciar a toda essa herança que recebemos e que vivemos em outro tempo em nosso velho homem. Isso é doloroso quando nos aferramos a essas coisas, costumes, pertences, vícios, amores, valores ancestrais, cujo centro não é Deus. Agora nosso tesouro é Cristo, e Deus nos tem escondidos nos lugares celestiais em Seu Filho. O demais sobra.Note que as cinco virgens insensatas chegam a tocar a porta depois que se fecha para iniciar as bodas com as prudentes, os crentes vencedores. Diz nos versos 10-13: "10 E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço ". Vemos, pois, que se relaciona com a vinda do Senhor e Seu juízo das obras da Igreja quando Ele estabelecer Seu tribunal. As cinco virgens insensatas, ainda que não perdem sua salvação, não são aprovadas para entrar nas bodas; não têm o vestido apropriado; não tem se ocupado a seu devido tempo em ter suficiente azeite. Quando no tribunal de Cristo, o Senhor dizer a alguém: Não os conheço; isso significa que essa pessoa jamais se interessou por ter comunhão com o Senhor, não se interessou por conhecer ao Senhor; e a salvação se relaciona com o conhecimento do Senhor (João 17:3). Enquanto estamos nesta terra, o Senhor nos dá a oportunidade de conhecer-lhe e obedecer-lhe, mas quando Ele vier e estabelecer Seu tribunal para julgar à Igreja, ali, nesse momento não é o Salvador senão o Juiz (Mateus 5:25) que estará julgando nossa conduta como filhos de Deus. Se as virgens insensatas não foram salvas, não poderiam estar aí tocando as portas do reino dos céus. Irmãos, é um privilégio grande o poder servir ao Senhor agora. É verdade que podemos estar muito ocupados em nossos próprios programas "espirituais", e não estar fazendo a vontade de Deus, e naquele dia receber a reprovação do Senhor (Mateus 7:21-23).Por outro lado, o estar cheio do Espírito Santo de outro irmão, não pode te servir. As virgens insensatas eram salvas pela cruz do Senhor Jesus Cristo, e depois de haver conhecido a grande salvação de Deus por Seu Filho unigênito, não viveram para Ele senão para elas mesmas; todo o tempo de crentes nesta terra foi lastimosamente desperdiçado.Para desfrutar do reino temos que entrar pela porta estreita. Mas nossa tendência natural é entrar pela porta larga, a que nos dá acesso a múltiplos gozos e vantagens terrenas. Os gozos terrenos não fazem muito atrativa a porta estreita. É como um paradoxo: a porta estreita nos leva a um caminho estreito e difícil, mas o caminho que nos levará ao reino e ao gozo do Senhor. Em Lucas 13:24-25 diz o Senhor: " 24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.25 Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois".
A parábola do servo negligente. Em Mateus 25:14-30 encontramos a mui conhecida parábola dos talentos. Consideramos que não há necessidade de transcrevê-la toda. Também começa falando do reino dos céus, porque tem a ver com o reino dos céus, e o que aqui aparece não se relaciona com a salvação eterna. O homem que entrega seus bens a seus servos é Cristo, e o ausentar-se do País é Sua ida aos céus depois de Sua gloriosa ressurreição. Os talentos são repartidos de acordo com a capacidade natural de cada crente, e essa capacidade tem relação com o que somos em nossa vida natural, nossa herança cultural e genética, nossos costumes, nossa vida social e nossa aprendizagem. Da forma em que havemos sido criados por Deus, uma vez temos crido, nessa mesma medida recebemos os dons do Espírito para pô-los a serviço do Senhor.Deus conhece exatamente do que podemos ser capazes de responder, e nessa mesma medida vai nos pedir contas. Aqui os vencedores, trabalham com os talentos (dons espirituais) recebidos do Senhor e para a glória do Senhor, em Sua vinda lhe entregam bons resultados. Estão, pois, representando aos crentes no aspecto do serviço. Estes servos, os vencedores, são aprovados e recebem seus galardões e entram a desfrutar do Senhor no reino milenar, mas sobre tudo o gozo é no aspecto interior. O Senhor não avalia nossa obra e a premia fundamentando-se na quantidade e o bom que possa ser, senão por nossa fidelidade no serviço. O Senhor quer que nos disponhamos a que o talento que temos recebido Dele seja usado ao máximo, com uma entrega absoluta, e de acordo com Sua vontade perfeita.Mas a parábola faz ênfase no servo que recebeu um só talento e o enterrou. O versículo 18 diz: "Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor". Com Freqüência é ressaltado os servos que recebem muitos talentos e se lhes tem em muita estima e até se lhes exalta; e os que recebem um, porque são menos dotados, eles mesmos se descuidam, não o utilizam bem ou definitivamente não o tem em conta, e o enterram; ou seja, que ao invés de trabalhar com seu talento, se envolvem com o mundo. Toda associação com o mundo tem em si o perigo de enterrar o dom que temos recebido do Senhor. Note que enquanto o Senhor não houver regressado, não tira de ninguém o dom (cfr. Ro. 11:29), senão que nós mesmos nos encarregamos de enterrá-lo com nossa associação com o mundo, ou em nosso próprio orgulho e ambições de tipo espiritual, ou ocupados em guardar nossa própria reputação. Resulta fácil encontrar qualquer pretexto mundano ou pessoal para não usar o dom que o Senhor tem depositado em nós, e desperdiçá-lo, escondendo-o. Às vezes queremos viver aqui como reis, e quando isto ocorre, nós mesmos somos os responsáveis de não sermos reis no reino com o Senhor.Diz o versículo 19: "Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles". Logo o Senhor Jesus Cristo regressa e acerta contas com seus servos no tribunal de Cristo, depois de transcorrida toda a idade da Igreja. Milhões de irmãos não têm nem a menor idéia de que o Senhor virá e a primeira coisa que vai fazer é instalar seu tribunal no ar para acertar as contas com seus servos que Ele comprou com Seu próprio sangue*(4). Diz Apocalipse 22:12: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras".
*(4) 1 Coríntios 7:22,23; 2 Co.5:10; Ro. 14:10; 1 Co. 4:5
Dizem os versículos 24-28 da parábola: "24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez". O fato de que este servo compareça ante o tribunal de Cristo, demonstra que foi ressuscitado ou transformado e trasladado com a Igreja, pois é salvo eternamente. Mas este servo falha em sua vida interior, conduta e obras diante do Senhor; conhecia ao Senhor mais objetiva que subjetivamente. Temos que trabalhar na obra do Senhor com o que recebemos do Senhor, partindo do zero; de conformidade com os resultados, estaremos participando do reino; e do servo negligente será tirado os dons espirituais e será desqualificado e lançado nas trevas exteriores, disciplinado, o tempo que for necessário.
Todo crente mundano, negligente e carnal, deverá enfrentar a vergonhosa realidade que aparece na Escritura. Analisemos um pouco três parábolas em Mateus, que se relacionam intimamente com a vinda do Senhor e o tribunal de Cristo. A do servo mau (Mat.24:45-51), a das virgens imprudentes (Mt. 25:1-13) e a do servo negligente (Mat. 25:14-30). Estas três parábolas são dirigidas à Igreja; para que a Igreja se “belisque”, sobre tudo em um tempo de tanta expectativa como o que vivemos. A igreja está atravessando por uma época de grandes e transcendentais acontecimentos.
A parábola do servo mau. Esta parábola fala de servos fiéis e infiéis. Aqui os servos representam os crentes no aspecto da fidelidade ao Senhor. A parábola fala de servos que estão à frente da servidão, onde deve ser fiel e prudente. Note que o Senhor aqui não usa a palavra filhos para chamar aos salvos, senão servos; pois como filhos já recebemos Sua vida; em troca, como servos, seremos julgados para receber ou não as recompensas. No começo, nos versos 45-47, a parábola fala de um servo vencedor, o qual receberá como recompensa ser posto sobre todos os bens do Senhor no reino. Essa é a bem-aventurança. Ali diz: " 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens ". Dar alimento a tempo está relacionado com ministrar a Palavra de Deus aos crentes, e tudo o que se refira a Cristo como vida da Igreja. O bom servo tem de dar alimento, não leis, a seus conservos. As leis quem dá é o Senhor. O labor do servo bom é dar, não buscar o seu próprio. O ser achado fiel, o bom servo será promovido a um cargo mais elevado no reino. "47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens".Mas nos versos 48-51 fala do servo mau, que, ainda que seja salvo, não é vencedor, trata mal aos demais crentes, se assenhoreia deles como se Deus o houvesse posto na igreja como um príncipe (1 Pe. 5:3), tem amizade e companheirismo com as pessoas mundana, não ama a vinda do Senhor nem lhe interessa o reino. O servo mau é um escravo de suas paixões e apetites. Ali diz: "48 Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes".O servo mau é levado por uma falsa doutrina. O servo mau pensa que o Senhor tarda em vir ou que talvez nunca virá, e isso lhe dá a oportunidade de viver uma vida descuidada para andar segundo suas próprias concupiscências (2 Pe. 3:3-4). O servo mau quer impor sua autoridade tratando mal a seus conservos. É possível que lhe joguem na cara sua conduta e isso o enfurece mais, ou busca duramente que os demais o reverenciem e se inclinem ante ele. Para uma pessoa, a vinda do Senhor (ou a morte da pessoa, é o mesmo, pois acarreta as mesmas conseqüências) é algo supremamente terrível. A morte, pois, o separará de muitas coisas que hoje ama e lhe entretém, deste mundo que tanto lhe atrai. O que espera a este servo mau quando se encontrar com o Senhor no juízo da igreja? Espera-lhe um castigo temporário. Necessitamos ganhar esta carreira aqui, não só para não sermos castigados temporariamente com os hipócritas, senão para receber o galardão, o prêmio, dos vencedores, como diz Paulo (1 Co. 9:24-27).Note que este servo é salvo, é um filho de Deus; fala de "meu Senhor"; nenhum ímpio chama "meu Senhor" ao Senhor Jesus; mas no dia em que a Igreja comparecer ante o tribunal de Cristo, esse servo será separado do Senhor e de Seu reino, e temporariamente posto no lugar onde irão os hipócritas. Não eternamente, senão que ali porá só "sua parte", conforme a sua falta.
A parábola das dez virgens. Em Mateus 25:1-13, encontramos a parábola das dez virgens, a qual está intimamente relacionada com o reino dos céus. Aqui as virgens representam aos crentes no aspecto da vida com o Senhor. O andar do crente com Cristo em santidade e obediência se relaciona intimamente com sua plenitude do Espírito Santo. Da constante plenitude do Espírito Santo em um crente depende sua perfeição na comunhão com Deus e com os demais irmãos, o conhecer o amor de Cristo e o de ser cheio de toda a plenitude de Deus (Efésios 3:19).O número dez é o número das nações, e significa que a Igreja está constituída por crentes de toda linhagem, de toda tribo, de todas as raças, línguas e nações do globo.*(2) Claro que, além da última geração de crentes, inclusive aos irmãos que já estão mortos na história ("cochilaram e dormiram", diz no verso 5)*(3). Algumas pessoas se confundem pensando que todas as virgens "dormem" espiritualmente; mas isso seria uma contradição. A metade das virgens são prudentes e a metade insensatas. Suas lâmpadas (o espírito de cada crente) representam que a Igreja, nesta era de trevas, leva o testemunho do Senhor, é morada do Espírito Santo de Deus; mas é necessário que cada lâmpada continuamente esteja plena de azeite de Deus (Seu Espírito), para que possa irradiar essa luz de Deus começando do interior; porque todo crente é responsável ante Deus de ser cheio do Espírito Santo. "O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR" (Pr. 20:27a). Lâmpada com azeite insuficiente não pode alumiar senão com uma luz muito tênue. "15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,16 remindo o tempo, porque os dias são maus.17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor " (Ef. 5:15-17). O néscio não aproveita bem o tempo, e como vive para si mesmo, não se interessa de qual seja a vontade do Senhor em determinados acontecimentos.
*(2) Cfr. Apocalipse 5:9. Não é uma casualidade que no capítulo 10 de Gênesis se descreve as gerações dos filhos de Noé, e que diga no versículo 32: " São estas as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram disseminadas as nações na terra, depois do dilúvio". Dos dez chifres (as nações globalizadas do último sistema mundial) da quarta besta surge um chifre que os dominará a todos (Dn. 7:7-8; Ap. 13:1; 17:3). No tabernáculo, as dez cortinas de Êxodo 26 representam à igreja. Relacione com a noiva de Cantares (1:5).
*(3) Quando se refere aos crentes, o sonho representa a morte, como em 1 Tes. 4:13-16; João 11:11-13; 1 Coríntios 11:30.
Todas as virgens saem do mundo ao encontro do Senhor, porque as virgens representam os santos, aos apartados do mundo para Deus; mas " As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas ". A vasilha é a pessoa de cada um, é sua alma (vasos de honra para Deus e habitação de Cristo). Todas as virgens tinham azeite em suas lâmpadas; todas eram salvas; todas tinham o Espírito Santo; mas há uma distinção entre as virgens prudentes e as insensatas: as insensatas não tinham reservas em suas vasilhas; de maneira que suas almas não conheciam a vida do Espírito; eram almas sem renovação e santificação. Eram crentes que se conformavam a este século, pois não haviam sido transformados por meio da renovação de seus entendimentos, de maneira que nesse estado não tinham capacidade para comprovar qual era a vontade de Deus em cada caso, em cada circunstancia (Romanos 12:2). Isto é sério, que Deus nos fale em nosso espírito e nós não possamos entender o que nos diz. "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Ef. 5:18). O enchimento do Espírito no crente deve ser continua e constante. Alguns pensam que isso se refere a um ato, mas se trata de um estado interior permanente para gozar da plenitude de Deus com os demais irmãos, pois somos um corpo. Ou somos néscios e seguimos postergando conhecer essa plenitude, ou somos sábios e buscamos essa provisão constante de azeite para nossas lâmpadas e nossas vasilhas com mais diligencia que ao ouro e a prata.Mas a meia noite, quando a humanidade estiver se debatendo na grande obscuridade da grande tribulação, se escutará a voz do arcanjo e a trombeta de Deus; já vem o Senhor, e ocorre a ressurreição e o arrebatamento da Igreja. O que sucederá então com os crentes que tendo o Espírito Santo não estejam suficientemente saturados Dele? A parábola não responde a todas as nossas interrogações, mas vemos tacitamente que os crentes néscios não pagaram um preço para serem cheios do Espírito Santo. Qual é o preço? Tampouco o declara, mas em outras partes da Escritura Sagrada o vemos. Por exemplo, renunciar ao mundo, carregar nossa própria cruz cada dia em obediência ao Pai, negar o eu; em nossa escala de valores pôr a Cristo em primeiro lugar, por cima de todas as coisas; estimar todas as coisas como perda por amor de Cristo. Todo crente que não pagar o preço agora, nesta vida, para ser cheio do azeite do Espírito, deverá pagar depois da ressurreição, pois todo crente deve ser aperfeiçoado, se não agora, será depois nas trevas exteriores. O Senhor agora está nos dando a oportunidade de que não desperdicemos os passos que Ele está tomando para levar a todos os Seus filhos à maturidade. Mas, por que se chamará preço? Porque se trata de renunciar a toda essa herança que recebemos e que vivemos em outro tempo em nosso velho homem. Isso é doloroso quando nos aferramos a essas coisas, costumes, pertences, vícios, amores, valores ancestrais, cujo centro não é Deus. Agora nosso tesouro é Cristo, e Deus nos tem escondidos nos lugares celestiais em Seu Filho. O demais sobra.Note que as cinco virgens insensatas chegam a tocar a porta depois que se fecha para iniciar as bodas com as prudentes, os crentes vencedores. Diz nos versos 10-13: "10 E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço ". Vemos, pois, que se relaciona com a vinda do Senhor e Seu juízo das obras da Igreja quando Ele estabelecer Seu tribunal. As cinco virgens insensatas, ainda que não perdem sua salvação, não são aprovadas para entrar nas bodas; não têm o vestido apropriado; não tem se ocupado a seu devido tempo em ter suficiente azeite. Quando no tribunal de Cristo, o Senhor dizer a alguém: Não os conheço; isso significa que essa pessoa jamais se interessou por ter comunhão com o Senhor, não se interessou por conhecer ao Senhor; e a salvação se relaciona com o conhecimento do Senhor (João 17:3). Enquanto estamos nesta terra, o Senhor nos dá a oportunidade de conhecer-lhe e obedecer-lhe, mas quando Ele vier e estabelecer Seu tribunal para julgar à Igreja, ali, nesse momento não é o Salvador senão o Juiz (Mateus 5:25) que estará julgando nossa conduta como filhos de Deus. Se as virgens insensatas não foram salvas, não poderiam estar aí tocando as portas do reino dos céus. Irmãos, é um privilégio grande o poder servir ao Senhor agora. É verdade que podemos estar muito ocupados em nossos próprios programas "espirituais", e não estar fazendo a vontade de Deus, e naquele dia receber a reprovação do Senhor (Mateus 7:21-23).Por outro lado, o estar cheio do Espírito Santo de outro irmão, não pode te servir. As virgens insensatas eram salvas pela cruz do Senhor Jesus Cristo, e depois de haver conhecido a grande salvação de Deus por Seu Filho unigênito, não viveram para Ele senão para elas mesmas; todo o tempo de crentes nesta terra foi lastimosamente desperdiçado.Para desfrutar do reino temos que entrar pela porta estreita. Mas nossa tendência natural é entrar pela porta larga, a que nos dá acesso a múltiplos gozos e vantagens terrenas. Os gozos terrenos não fazem muito atrativa a porta estreita. É como um paradoxo: a porta estreita nos leva a um caminho estreito e difícil, mas o caminho que nos levará ao reino e ao gozo do Senhor. Em Lucas 13:24-25 diz o Senhor: " 24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.25 Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois".
A parábola do servo negligente. Em Mateus 25:14-30 encontramos a mui conhecida parábola dos talentos. Consideramos que não há necessidade de transcrevê-la toda. Também começa falando do reino dos céus, porque tem a ver com o reino dos céus, e o que aqui aparece não se relaciona com a salvação eterna. O homem que entrega seus bens a seus servos é Cristo, e o ausentar-se do País é Sua ida aos céus depois de Sua gloriosa ressurreição. Os talentos são repartidos de acordo com a capacidade natural de cada crente, e essa capacidade tem relação com o que somos em nossa vida natural, nossa herança cultural e genética, nossos costumes, nossa vida social e nossa aprendizagem. Da forma em que havemos sido criados por Deus, uma vez temos crido, nessa mesma medida recebemos os dons do Espírito para pô-los a serviço do Senhor.Deus conhece exatamente do que podemos ser capazes de responder, e nessa mesma medida vai nos pedir contas. Aqui os vencedores, trabalham com os talentos (dons espirituais) recebidos do Senhor e para a glória do Senhor, em Sua vinda lhe entregam bons resultados. Estão, pois, representando aos crentes no aspecto do serviço. Estes servos, os vencedores, são aprovados e recebem seus galardões e entram a desfrutar do Senhor no reino milenar, mas sobre tudo o gozo é no aspecto interior. O Senhor não avalia nossa obra e a premia fundamentando-se na quantidade e o bom que possa ser, senão por nossa fidelidade no serviço. O Senhor quer que nos disponhamos a que o talento que temos recebido Dele seja usado ao máximo, com uma entrega absoluta, e de acordo com Sua vontade perfeita.Mas a parábola faz ênfase no servo que recebeu um só talento e o enterrou. O versículo 18 diz: "Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor". Com Freqüência é ressaltado os servos que recebem muitos talentos e se lhes tem em muita estima e até se lhes exalta; e os que recebem um, porque são menos dotados, eles mesmos se descuidam, não o utilizam bem ou definitivamente não o tem em conta, e o enterram; ou seja, que ao invés de trabalhar com seu talento, se envolvem com o mundo. Toda associação com o mundo tem em si o perigo de enterrar o dom que temos recebido do Senhor. Note que enquanto o Senhor não houver regressado, não tira de ninguém o dom (cfr. Ro. 11:29), senão que nós mesmos nos encarregamos de enterrá-lo com nossa associação com o mundo, ou em nosso próprio orgulho e ambições de tipo espiritual, ou ocupados em guardar nossa própria reputação. Resulta fácil encontrar qualquer pretexto mundano ou pessoal para não usar o dom que o Senhor tem depositado em nós, e desperdiçá-lo, escondendo-o. Às vezes queremos viver aqui como reis, e quando isto ocorre, nós mesmos somos os responsáveis de não sermos reis no reino com o Senhor.Diz o versículo 19: "Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles". Logo o Senhor Jesus Cristo regressa e acerta contas com seus servos no tribunal de Cristo, depois de transcorrida toda a idade da Igreja. Milhões de irmãos não têm nem a menor idéia de que o Senhor virá e a primeira coisa que vai fazer é instalar seu tribunal no ar para acertar as contas com seus servos que Ele comprou com Seu próprio sangue*(4). Diz Apocalipse 22:12: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras".
*(4) 1 Coríntios 7:22,23; 2 Co.5:10; Ro. 14:10; 1 Co. 4:5
Dizem os versículos 24-28 da parábola: "24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez". O fato de que este servo compareça ante o tribunal de Cristo, demonstra que foi ressuscitado ou transformado e trasladado com a Igreja, pois é salvo eternamente. Mas este servo falha em sua vida interior, conduta e obras diante do Senhor; conhecia ao Senhor mais objetiva que subjetivamente. Temos que trabalhar na obra do Senhor com o que recebemos do Senhor, partindo do zero; de conformidade com os resultados, estaremos participando do reino; e do servo negligente será tirado os dons espirituais e será desqualificado e lançado nas trevas exteriores, disciplinado, o tempo que for necessário.
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Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"