domingo, 1 de fevereiro de 2009

Libertação do domínio do pecado - Jessie Penn-Lewis

Extraído do site www.preciosasemente.com.br

Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo , fomos batizados em Sua morte?” (Rm 6:3)

Muitos filhos de Deus perguntam: Como posso obter livramento da escravidão do pecado e do ego? Pode parecer impossível, mas não para Deus. Sua Palavra nos diz: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que se um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5:14-15).Quando viemos a Cristo no início, com a carga e culpa dos nossos pecados, o livramento parecia impossível. Mas crendo em Deus e em Sua Palavra e o Espírito dando testemunho e nos provando que Ele podia realizar o impossível, alcançamos o descanso.

Primeiro estágio da nossa experiência com Deus

1. Fomos convencidos do pecado pelo Espírito Santo

2. Tentamos conseguir a paz em nós mesmo;

3. Na posição de desespero chegamos a ver que o livramento teria que vir de fora de nós mesmos;

4. Finalmente olhamos para Cristo e O vimos sobre a Cruz no Calvário carregando os nossos pecados;

5. Aí cessamos nossos esforços, descansamos em Sua obra de expiação e encontramos paz no sangue da Sua cruz. O Espírito Santo aplicou o poder do sangue e não tivemos mais “consciência dos pecados” (Hb 10:2);

6. O impossível havia sido feito: tínhamos paz com Deus, justificados pela fé (Rm 5:1);

7. Nossa vida nos foi comunicada pelo Espírito Santo, que deu testemunho com nosso espírito que fomos feitos filhos de Deus (Rm 8:16).

Estes passos são claramente repetidos em outro estágio, quando Deus nos leva a conhecer o livramento da escravidão do pecado e do ego:

1. O Espírito de Deus nos convence da escravidão do pecado e da repugnância do egoísmo (I Co 3:1-3);

2. Lutamos para vencer os nossos pecados e nos livrar do nosso ego. O inimigo nos diz: “esta vida não é para você” ou “não existe tal coisa”. Procuramos nos submeter a Deus, mas fracassamos. A repugnância pelo pecado cresce e o seu poder parece ainda maior. As circunstâncias revelam a nossa pior parte, até que chegamos a nos odiar e então clamamos: “Miserável homem que sou!” (Rm 7:24);

3. Nessa altura do desespero e trevas o Espírito de Deus nos mostra que o livramento deve vir de outra fonte e que o ego não pode vencer o pecado e o ego;

4. Novamente o Espírito nos conduz ao Calvário e revela o significado da morte do Senhor Jesus para nossa libertação. Ele nos conduz à Palavra (II Co 5:14-15) e vemos que o Senhor levou não só nossos pecados, mas também o pecador. O velho homem foi crucificado juntamente com Ele. Aí concordamos em nos “considerar” (Rm 6:11) mortos para o pecado e vivos para Deus e a viver a vida crucificada (II Co 4:11);

5. Plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte (Rm 6:5), cessamos nossos esforços e entramos no “descanso” declarando em total dependência do Espírito Santo: “Fui crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20);

6. A vida de Deus então nos é comunicada em medida mais plena e o Espírito Santo revela o Cristo vivo habitando em nós e nos capacitando a viver cada momento só para Ele. Não sinto nada disso! Alguém pode dizer:

eu não sinto nada disso!

Mas esta é a mensagem do Calvário e da ressurreição de Cristo. Precisamos chegar à posição correta à vista de Deus, pela fé em Sua Palavra , antes que possamos provar isso na experiência. Aí precisamos:

1. Voltar nosso olhar para o Calvário e ver nossos pecados e nós mesmos crucificados (Gl 2:20; Rm 6:6);

2. Tomar posse do nosso lugar na Cruz e declarar que por escolha própria nós morremos com Ele (Cl 3:3);

3. Submeter à Cruz, cada dia, qualquer vestígio da velha “vida natural” reconhecendo que ela foi crucificada com Cristo (Rm 8:13);

4. Depender do Cristo que habita em nós, para manifestar Sua vida sempre através de nós. Se assim descansarmos tranqüilamente na Palavra de Deus (“estais mortos”) e clamarmos pelo poder separador da morte de Cristo sobre cada manifestação da velha vida adâmica ou os antigos grilhões do pecado, o Espírito Santo “fará morrer” (Cl 3:5) os “feitos do corpo” (Rm 8:13) e andaremos na liberdade com a qual Cristo nos libertou. Quando Satanás nos tentar, lançando sobre nós os antigos pecados ou obras da velha vida, declaremos “pela palavra do nosso testemunho” (Ap 12:11): 1) Estamos crucificados com Cristo 2) Clamamos pela vitória de Cristo na Cruz 3) Recusamos nos submeter ao seu poder.

Perguntas e Respostas:

1. A morte de Cristo pode se tornar real para mim num momento?

R: Tomar nosso lugar como crucificado com Cristo é num momento, mas, o Espírito deve tratar com a “velha vida” dia a dia;

2. O Eu pode se levantar novamente depois disso?

R: Sim. O Espírito vai nos revelar manifestações do ego que nem imaginamos. Algumas vezes o inimigo pode “imitar” o Eu para nos desanimar.

3. O que fazer quando isso acontecer?

R: Ficar firmes na palavra (“está escrito”). Leve ao Espírito cada indício do Eu para ser tratado por Ele. Creia na libertação de Deus, ainda que a aparência seja contrária. Confie no poder do sangue.

4. Comunhão com a morte de Cristo significa não ter “sentimento”?

Não. Não somos transformados em pedras. Somo livrados do egoísmo, de sermos feridos pelos outros. Haverá lágrimas e sofrimento, mas não retribuiremos nem ficaremos ressentidos.

5. Se “morremos” como podemos ainda ser tentados?

R: Se Cristo foi tentado em todos os pontos, nós também o seremos, O segredo está em Gálatas 2:20; o eu está crucificado Cristo vive em mim.

6. E quanto ao morrer “diariamente”?

R: II Coríntios dá uma descrição da vida crucificada (4:10) quando o Espírito de Deus nos leva diariamente a uma conformidade mais profunda com a morte do Senhor Jesus.

7. O que acontece se caímos em pecado?

R: Esse é o ponto mais critico. Devemos confessar a Deus o pecado (I Jo 1:9) e não dar ouvidos ao Diabo.

8. O que tudo isso tem a ver com nosso crescimento na graça?

R: Só quando entendemos nossa união com Cristo em Sua morte (Rm 6:6) é que pode haver verdadeiro crescimento na graça. A vida divina em nós deve crescer, enquanto que a vida terrena é continuamente reconhecida como crucificada.

Advertência!

- Evite testemunhar “estou morto.” Não chame a atenção. Aceite as criticas boas e más. Não seja dogmático nas verdades espirituais. Deixe Deus testemunhar por você.

- Nunca busque “experiências.” Deixe Deus te guiar como Ele quiser.

- Nunca deixe o descanso em busca de mais benção. Deus não pode operar enquanto estamos ansiosos. - Não busquemos ter “consciência” da nossa morte com Cristo.

- Não coloque sua fé no seu “considerar” (Rm 6:11) e sim na Palavra infalível de Deus.

- Evite tentear “agarrar” a verdade de Deus, pois isso é geralmente esforço mental.

- O Senhor não disse que poderíamos olhar para dentro e comprovar que o Eu se foi. Creia na Palavra, confie em Cristo e outros verão o Senhor manifesto em sua vida.

- Não é preciso esforço para habitar em Cristo. Isso deve acontecer sem você notar.

- Se cremos na Palavra de Deus, evitemos olhar para dentro de nós com a finalidade de comprovar a obra que está sendo feita.

- À medida que descansamos na Palavra de Deus, a obra está sendo feita nas profundezas do nosso ser. Se começamos a perguntar: “morremos ou não?” Ele tem que esperar que nos afastemos de nós mesmos e retornemos ao descanso da Sua Palavra. “Aquele que começou em vós a boa obra, há de aperfeiçoá-la...” (Fl 1:6) Autora:

Legalismo e Leviandade - C.H. Mackintosh

Extraído do site www.verdadespreciosas.com.ar e traduzido pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS
Dado que sentimos, em alguma pequena medida, nossa responsabilidade, para com as almas de nossos leitores e para com a verdade de Deus, nos vemos animados pelo desejo de elevar uma breve, mas cortante voz de advertência contra dois males antagônicos que podemos ver claramente operando entre os cristãos da atualidade. Trata-se do legalismo, por um lado, e da leviandade, por outro.
Quanto ao primeiro destes males já tratamos, em muitos de nossos primeiros escritos, de livrar às preciosas almas de um estado legalista, o qual, à vez que desonra a Deus, subverte por completo a paz e a liberdade das mesmas. Temos procurado apresentar a livre graça de Deus, o valor do sangue de Cristo, a posição do crente diante de Deus em perfeita justiça e aceitação em Cristo. Estas preciosas verdades, quando se aplicam ao coração, pelo poder do Espírito Santo livrá-lo-á de toda influência legal.
Mas então freqüentemente ocorre que os crentes, uma vez que são manifestamente livrados do legalismo, incorrem no mal oposto da leviandade ou frivolidade. Isso pode dever-se ao fato de que as doutrinas da graça têm sido aprendidas tão somente de um modo intelectual, ao invés de haver sido alojadas na alma pelo poder do Espírito de Deus. Pode-se adotar muito levianamente uma grande quantidade de verdades evangélicas quando não ha tido lugar um profundo trabalho de consciência, um verdadeiro quebrantamento do velho homem e uma subjugação da carne na presença de Deus. Neste caso, haverá sem dúvida leviandade de espírito de uma ou outra forma. Se haverá de deixar uma amplíssima margem para o mundanismo em suas diversas formas; uma liberdade dada à velha natureza completamente incompatível com o cristianismo prático.
Além destas coisas, se fará manifesta uma deplorável falta de consciência nos detalhes práticos da vida cotidiana: deveres descuidados, trabalhos mal feitos, compromissos não fielmente cumpridos, obrigações sagradas tratadas com pouca seriedade, dúvidas contraídas, hábitos extravagantes tolerados. Todas estas coisas colocamos sob o título de leviandade, e, por desgraça, são demasiadamente comuns entre os mais altos professantes das que se denominam «verdade evangélica».
Pois bem, deploramos profundamente tudo isto, e quiséramos que nossas próprias almas, assim como as de todos os nossos leitores cristãos, se achassem realmente exercitadas quanto a isso. Assusta-nos o fato de que haja entre nós uma considerável porcentagem de confissão oca, uma grande falta de seriedade, veracidade e realidade em nossos caminhos. Não estamos suficientemente impregnados do espírito do cristianismo autêntico, nem somos governados em todas as coisas pela Palavra de Deus. Não prestamos suficiente atenção ao «cinto da verdade» nem à “couraça da justiça” (Efésios 6:14).
Neste caminho a alma termina em muito mal estado; a consciência não responde; as sensibilidades morais resultam atrofiadas. As atrações da verdade não são devidamente atendidas. Joga-se com males positivos. Tolera-se o relaxamento moral. Longe de existir o constrangedor poder do amor de Cristo —que conduz a atividades de bondade—, nem tão sequer está o restritivo poder do temor de Deus —que impede as atividades de maldade—.
Apelamos solenemente às consciências de nossos leitores no que diz respeito a estas coisas. O tempo presente é tremendamente solene para os cristãos. Há urgente necessidade de uma fervente e vigorosa devoção a Cristo; mas esta dificilmente pode existir paralela a tanto descuido com as correntes da justiça prática. Sempre devemos recordar que a mesma graça que libera eficazmente a alma do legalismo é a única salvaguarda contra toda leviandade. Haveremos feito muito pouco em favor de um homem —por não dizer nada— se o tiramos de um estado legal para terminar levando-o a uma frívola, indolente, descuidada e insensível condição de coração.
Entretanto, freqüentemente temos observado a vida das almas, e advertido este triste fato concernente a elas: que quando foram livradas das trevas e da escravidão, voltaram muito menos atentas e sensíveis. A carne está sempre disposta a converter a graça de Deus em libertinagem (Judas 4), e, por fim, deve ser subjugada. É mister que o poder da cruz se aplique a tudo o que é da carne. Necessitamos mesclar as “ervas amargas” com nossa festa pascoal. Em outras palavras, necessitamos desses profundos exercícios espirituais que resultam de uma positiva entrada no poder dos sofrimentos de Cristo. Necessitamos meditar mais profundamente sobre a morte de Cristo: sua morte como vítima sob a mão de Deus e como mártir sob a mão do homem.
Este é o remédio eficaz contra o legalismo e a leviandade. A cruz, em seu duplo aspecto, libera de ambos os males. Cristo “se deu a si mesmo por nossos pecados para livrar-nos do presente século mal, conforme à vontade de nosso Deus e Pai” (Gálatas 1:4). Pela cruz, o crente é tão completamente livrado do presente século mal como perdoado de seus pecados. Ele não é salvo para desfrutar do mundo, senão para romper definitivamente com ele.
Conhecemos poucas coisas mais perigosas para a alma que a combinação de verdades evangélicas com mundanismo, folga e desenfreio; a adoção de um certo vocabulário de verdades quando a consciência não está na presença de Deus; uma apreensão meramente intelectual da posição em Cristo, sem uma vigorosa ocupação no estado prático; uma clareza na doutrina quanto ao título, sem uma conscienciosa relação com a condição moral.
Confiamos em que nossos leitores suportarão a palavra de exortação. Se refrear-mos de pronunciá-la, teríamos que nos considerar deficientes em fidelidade. É verdade que não é uma tarefa agradável chamar a atenção a respeito de males práticos, urgir o solene dever do juízo próprio e inculcar na consciência as demandas da verdade prática. Seria muito mais grato ao coração expor verdades abstratas, versar sobre a livre graça e o que ela tem feito por nós, afastar-se nas glórias morais do inspirado Livro; em uma palavra, expandir-se nos privilégios que são nossos em Cristo.
Mas há momentos em que a verdadeira e prática condição de coisas entre os cristãos pesa demasiadamente forte sobre o coração e move a alma a fazer um urgente chamado à consciência no que se refere a assuntos de caminhada e de conduta; e nós cremos que o referido momento é precisamente o atual. O diabo está sempre ocupado e em guarda. O Senhor tem trazido muita luz sobre sua Palavra durante os últimos anos. O Evangelho tem sido apresentado com uma clareza e um poder particular. Milhões de almas têm sido livradas de um estado legalista; agora o inimigo procura ofuscar o testemunho conduzindo às almas a uma condição fútil, descuidada e carnal, levando-as a descuidar o saudável e indispensável exercício de juízo próprio. Profundamente conscientes disto, nos sentimos impulsionados a oferecer umas palavras de admoestação acerca do LEGALISMO E LEVIANDADE.
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” (Tito 2:11-14).

C.H.M.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"