2 Pedro 1:20-21
Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.
Em 27 de Junho de 1819, Adoniram Judson batizou seu primeiro convertido em Burma. Sua esposa, Ann Hasseltine, descreveu como Moung Nau respondeu à Escritura: “Poucos dias antes eu estava lendo com ele as palavras de Cristo no Sermão do Monte. Ele estava profundamente impressionado e dotado de uma solenidade incomum. ‘Estas palavras,’ disse ele, ‘tomaram-me as entranhas; fizeram-me tremer.’” Deus falara através do profeta Isaías, 2.700 anos atrás e disse, “… mas, para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra…Ouvi a palavra do SENHOR, vós, os que a temeis” (Isaías 66:2, 5).
O Impacto da Bíblia na História
Por dois mil anos, a Bíblia tem se entranhado em diversos homens e os feito tremer—primeiro, de medo, porque revela nossos pecados, então com fé, porque revela a Graça de Deus. Um único versículo, Romanos 13:13, convenceu e converteu o imoral Agostinho. Para Martinho Lutero, um monge miserável, a luz irrompeu através de Romanos 1:17. Diz ele,
Noite e dia ponderei até ver a conexão entre a justiça de Deus e a declaração de que “o justo viverá da fé”. Então eu tomei para mim que a justiça de Deus é essa retidão pela qual, através da graça e pura misericórdia, Deus justifica-nos pela fé. Daí em diante senti que havia renascido e partido por portas abertas para o paraíso. (Here I Stand, p. 49)
Para Jonathan Edwards, foi 1 Timóteo 1:17. Ele disse,
O primeiro exemplo, do qual me recordo, deste tipo de doce deleite interior em Deus e nas coisas divinas, que desde então muito vivenciei, foi na leitura dessas palavras, 1 Tim. 1:17: “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” Ao ler essas palavras, veio à minha alma … uma impressão da glória do Ser Divino; uma nova sensação diferente de qualquer coisa que eu, antes, experimentara. Nunca quaisquer palavras da Escritura me pareceram como essas. (Works, vol. 1, p. xii)
De século a século, do Egito à Alemanha, da Alemanha à Nova Inglaterra, a Bíblia vem trazendo pessoas a Cristo, renovando-as.
A Bíblia como a Palavra do Homem e a Palavra de Deus
Por quê? Por que a Bíblia tem esta relevância e poder contínuos? Acredito achar a resposta em nosso texto - 2 Pedro 1:20–21: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” Esta passagem ensina que, quando você lê a Escritura, o que você está lendo não vem somente de um homem, mas também de Deus. A Bíblia é uma obra de muitos homens diferentes. Mas também é muito mais que isto. Sim, homens falaram. Eles falaram com sua própria linguagem e estilo. Contudo, Pedro menciona duas outras dimensões do seu falar.
Falar da parte de Deus, Movido pelo Espírito Santo
Primeiro, eles falaram da parte de Deus. O que tinham a dizer não era meramente vindo de suas limitadas perspectivas. Eles não são a origem da verdade que falam; eles são o canal. A verdade é a verdade de Deus. Seu significado é o significado de Deus.
Segundo, não é apenas o que eles falaram da parte de Deus, mas como eles falaram isto, controlados pelo Espírito Santo. “Homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. Deus não revelou simplesmente a verdade aos autores da Escritura e então partiu, esperando que eles a comunicassem corretamente. Pedro diz que, ao comunicarem-na, eles foram conduzidos pelo Espírito Santo. A confecção da Bíblia não foi deixada às habilidades de comunicação meramente humanas; o próprio Espírito Santo levou o processo à sua completude.
Um livro recente de três ex-professores meus (LaSor, Hubbard, and Bush, Old Testament Survey, p. 15) expressa-o da seguinte maneira,
Para assegurar precisão verbal, Deus, na comunicação de sua revelação, tem de ser verbalmente preciso e a inspiração tem de se estender às próprias palavras. Isto não significa que Deus ditou todas as palavras. Em vez disso, seu Espírito penetrou tanto a mente do escritor, que ele escolheu de seu próprio vocabulário e experiência precisamente aquelas palavras, pensamentos e expressões que exprimiam a mensagem de Deus com precisão. Neste sentido, as palavras dos autores humanos da Escritura podem ser vistas como a Palavra de Deus.
Não apenas Profecias, mas Toda a Escritura
Alguém poderia dizer que 2 Pedro 1:20–21 só tem a ver com profecia, e não com toda a Escritura do Antigo Testamento. Mas observe atentamente como ele argumenta. No verso 19, Pedro diz que uma palavra profética cresceu em sua certeza por sua experiência com Jesus no monte da transfiguração. Então, nos versículos 20–21, ele dá suporte à autoridade dessa palavra profética dizendo que ela é parte da Escritura. Versículo 20: “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” Pedro não está dizendo que só as partes proféticas da Escritura são inspiradas por Deus. Ele está dizendo, nós sabemos, que a palavra profética é inspirada precisamente porque é “profecia da Escritura”. A afirmação de Pedro é que tudo quanto está na Escritura é de Deus, escrito por homens que foram conduzidos pelo Espírito Santo.
Ele ensina o mesmo que Paulo em 2 Timóteo 3:16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Nenhuma das Escrituras do Antigo Testamento veio de um impulso humano. Toda ela é verdade vinda de Deus, pois homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus.
E quanto aos escritos do Novo Testamento?
Mas e quanto ao Novo Testamento? Experimentaram os apóstolos e seus associados próximos (Marcos, Lucas, Tiago, Judas, e o escritor de Hebreus) inspiração divina ao escreverem? Foram eles “conduzidos” pelo Espírito Santo para falarem da parte de Deus? A Igreja cristã sempre disse que sim. Jesus disse aos seus apóstolos em João 16:12–13: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”. Então o apóstolo Paulo confirma isso quando diz, do seu próprio ensino apostólico, em 1 Coríntios 2:12–13: “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais”. Em 2 Coríntios 13:3 disse que Cristo falava através dele. E em Gálatas 1:12 ele disse : “Porque eu não o recebi [o evangelho], nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo.” Se tomarmos Paulo para nosso modelo sobre o que significa ser apóstolo de Cristo, então seria justo dizer que o Novo Testamento, como o Antigo, não veio meramente de homens mas também de Deus. Os escritores do Antigo e Testamento falaram ao serem movidos pelo Espírito Santo.
O Espírito Santo é o Autor Divino da Escritura
A doutrina que emerge é esta: O Espírito Santo é o autor divino de toda a Escritura. Se esta doutrina é verdadeira, então as implicações são tão profundas e de tão longo alcance que cada parte de nossas vidas deveria ser afetada. Eu quero falar sobre essas implicações nesta manhã. Contudo, para nosso próprio fortalecimento e para aqueles ainda hesitantes às voltas de comprometerem-se com a doutrina, deixe-me primeiro esboçar a base de nossa persuasão.
Chegando a uma Fé Racional nas Escrituras
A maioria das pessoas chega a uma confiança racional na Bíblia como Palavra de Deus de uma maneira semelhante a essa. Isso acontece em três estágios.
1. Nós Somos Culpados Diante de Deus
Primeiro, o testemunho de nossa consciência, a realidade de Deus sob a natureza e a mensagem da Escritura vêm juntas ao nosso coração para nos dar a inescapável convicção de que somos culpados diante de nosso Criador. Essa é uma convicção racional porque a persuasão de que há um Criador sobre este mundo, e a persuasão de que somos culpados por não honrá-lo e agradecê-lo como devemos, não são saltos irracionais no escuro; elas são forçadas sobre nós pela nossa experiência e pensamento sincero sobre o mundo.
2. Jesus Ganha Nossa Confiança
O segundo passo em direção de uma convicção racional de que a Bíblia é a Palavra de Deus, é que Jesus Cristo é mostrado a nós. Alguém lê, ou nos conta a história desse homem incomparável que falou e agiu de modo tão maior que o de um homem. Vemos a autoridade que ele reivindicou para perdoar pecados, e comandar demônios, e controlar a natureza, vemos a pureza de seu ensino moral, sua rendição completa à vontade de Deus, sua calma brilhante sob interrogatório, sua fúria justa contra hipócritas, sua ternura com as crianças pequenas, sua paciência com os humildes que o buscavam, sua submissão inocente à tortura, e ouvimos dos seus lábios as palavras mais doces, mais imprescindíveis, jamais pronunciadas: “Eu dou a minha vida em resgate por muitos.” E então pela força auto-autenticada de seu caráter e poder incomparáveis, Jesus ganha nossa confiança e segurança, e nós o tomamos como Salvador de nosso pecado e Senhor de nossa vida. E isso não é uma convicção irracional. É a maneira como todos vocês tomam decisões racionais sobre a quem vocês vão confiar sua vida. É naquela babá que vocês vão confiar para cuidar de suas crianças, ou naquele advogado para dar bons conselhos, ou naquele amigo para guardar seu segredo? Você olha, escuta, e finalmente é persuadido (ou não) de que aquela pessoa é um terreno firme para sua confiança.
3. Seguimos o Ensino e o Espírito de Jesus
Uma vez que o caráter e o poder de Jesus capturaram nossa confiança, então ele se torna o guia e a autoridade para todas nossas futuras decisões e convicções. Então, o terceiro passo no caminho de uma convicção racional de que a Bíblia é a Palavra de Deus, é deixar o ensino e o espírito de Jesus controlar como nós avaliamos a Bíblia. Isso acontece de pelo menos duas maneiras. Uma é que aceitamos o que Jesus ensina sobre o Antigo e o Novo Testamento. Quando ele diz que a Escritura não pode falhar (João 10:35) e que nem uma letra, ou um ponto, passará da lei até que tudo seja cumprido (Mateus 5:18), concordamos com ele e baseamos nossa confiança no pelo Testamento sobre sua confiabilidade. E quando ele escolheu doze apóstolos para fundar sua igreja, dando-lhes sua autoridade para ensinar, e prometeu enviar seu Espírito para guiá-los na verdade, concordamos com ele e creditamos os escritos desses homens com a autoridade de Cristo.
A outra maneira que o ensino e o espírito de Jesus controlam nossa avaliação da Bíblia, é que reconhecemos, nos ensinamentos da Bíblia, os multi-coloridos raios de luz, refratados através do prisma de Cristo, em quem chegamos a confiar. E assim como Cristo nos capacitou a extrair sentido da nossa relação com Deus e trazer harmonia a esta, também os muitos raios da sua verdade, em toda parte da Bíblia, nos capacitam a extrair sentido de centenas de nossas experiências de vida, e ver o caminho para a harmonia. Nossa confiança na Escritura cresce à medida que compreendemos que Jesus afirmou isto e à medida que compreendemos que os ensinos ali contidos são tão incomparáveis quanto Jesus mesmo. Progressivamente, eles nos ajudam a decifrar os quebra-cabeças da vida: casamentos em falência, crianças rebeldes, vício em drogas, nações em guerra, o retorno das folhas na primavera, as insaciáveis petições do nosso coração, o medo da morte, o nascimento de crianças, a universalidade do louvor e da culpa, o predomínio do orgulho, e a admiração da auto-negação. A Bíblia confirma sua origem divina repetidamente ao nos fazer compreender nossa experiência no mundo real e ao apontar o caminho para a harmonia.
Espero, daqui por diante, que uma das doutrinas que nós nutramos em na Igreja Batista Bethlehem, com força suficiente para morrer por ela (e viver por ela!) é a de que o Espírito Santo é o autor divino de toda a Escritura. A Bíblia é a Palavra de Deus, não meramente a palavra de homens.
Implicações para Tudo na Vida
Ah, se tivéssemos o dia todo para falar sobre as implicações maravilhosas dessa doutrina! O Espírito Santo é o autor da Escritura. Portanto, ela é verdadeira (Salmo 119:142) e totalmente confiável (Hebreus 6:18). É poderosa, operando seu propósito em nossos corações (1 Tessalonicenses 2:13) e não retornando vazia para Aquele que a enviou (Isaías 55:10–11). É pura, como prata refinada na fornalha sete vezes (Salmo 12:6). É santificadora (João 17:17). Dá vida (Salmo 119:37, 50, 93, 107; João 6:63; Mateus 4:4). Torna sábio (Salmo 19:7; 119:99–100). Dá prazer (Salmo 19:8; 119:16, 92, 111, 143, 174) e promete grande recompensa (Salmo 19:11). Dá força aos fracos (Salmo 119:28) e conforto aos perturbados (Salmo 119:76), guia aos perplexos (Salmo 119:105) e dá salvação aos perdidos (Salmo 119:155; 2 Timóteo 3:15). A sabedoria de Deus nas Escrituras é inexaurível.
Quão preciosos para mim são teus pensamentos, ó Deus! Quão vasta é a soma deles! Se eu fosse contá-los, seriam mais que os grãos de areia.
Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
domingo, 10 de maio de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
A salvação em Hebreus - Arcadio Sierra Diaz
Extraído do Livro "Os Vencedores e o Reino Milenar "( Recomendadíssimo). você pode Baixar o livro clicando no Link.
A carta aos Hebreus constitui uma das primeiras amostras de defesa (apologética) da fé cristã e sua superioridade frente ao judaísmo; e é por isso que ao largo de seu contexto contrapõe a aparência e a sombra do provisório e terreno da lei mosaica, frente à verdade celestial e eterna de Cristo e a Igreja. Esta carta tem que ser analisada em seu verdadeiro contexto. Leiamos Hebreus 5:11-14:
"11 A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir.12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.13 Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal".
Estes últimos quatro versículos do capítulo cinco de Hebreus falam de crentes imaturos, crianças espirituais, aos quais não se pode alimentar senão com leite, com os rudimentos da doutrina da salvação e não com alimento sólido, porque são crianças. Há crentes que passam toda a vida, digamos, no primário, quando deveriam ser já mestres de outros, e não avançam, não saem dessas primeiras etapas dos seis rudimentos da graça que estão enumerados nos dois primeiros versículos do capítulo 6, que são o fundamento da vida cristã, a saber: (1) o arrependimento de obras mortas, (2) a fé em Deus, (3) a doutrina de batismos (ablução, lavagem), (4) a imposição de mãos, (5) a ressurreição, e (6) o juízo eterno. Não podemos ficar nessa etapa da graça; devemos crescer na palavra de justiça, no conhecimento e a vida do Senhor; devemos colaborar com o Senhor na edificação da casa de Deus; devemos trabalhar com o Senhor na preparação do reino dos céus. O Senhor é o que trabalha em nós em nosso crescimento espiritual, em nossa maturidade, mas não faz se nós não cooperamos com Ele. Note que o capítulo 6 conecta com um "por isso". Leiamos o contexto de Hebreus 6:1-8:
" Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus,
2 o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.3 Isso faremos, se Deus permitir.
4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro,6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.7 Porque a terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus;8 mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada ".
Aqui confirmamos que o autor fala a cristãos em processo de maturidade, que devem estar deixando os rudimentos e que devem avançar e adentrar-se nas coisas profundas da vida no Espírito; isto encerra o participar com o Senhor em suas realizações, e alimentar-nos Dele para um normal crescimento. Vemos, pois, que aí o tema não é a salvação; do que trata aí é de progredir na maturidade espiritual e não o retrocesso.Se alguém que uma vez tenha sido iluminado e gozado do dom celestial (Cristo), participante do Espírito Santo e dos poderes do mundo vindouro (poderes do reino milenar, que são os dons e poderes do Espírito Santo), se recair e voltar atrás, não tem necessidade de voltar a por o fundamento, crendo outra vez no Senhor Jesus, nem de arrepender-se de novo de obras mortas, pois não pode ser outra vez renovado para arrependimento; já tudo isso se fez uma vez e para sempre.Quando cremos em Cristo, Deus nos perdoou, nos justificou, nos deu vida eterna, nos deu sua paz, nos deu segurança de nossa salvação. Então, o que acontece com essa pessoa? Pois sensivelmente que, em vez de dar fruto ao ser alimentada e cultivada por Deus, deu espinhos e abrolhos; então essa pessoa é reprovada, eliminada do reino, pois os espinhos e abrolhos que produziu devem ser queimados. Essa pessoa não perece para sempre, mas sofrerá o dano da segunda morte. Alguém pode alegar contradição usando o texto de Hebreus 10:26-29, que diz:" 26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? ".
Aqui mostra o caminho de um apóstata judeu. Levemos em conta todo o contexto da carta aos Hebreus que, como seu nome indica, é dirigida aos cristãos que antigamente professavam a religião judaica, com seus sacrifícios de animais, tudo isso figura e sombra da verdade em Cristo; eles vinham assistindo a suas reuniões nas sinagogas. Onde se reuniam depois que se convertiam? Nas reuniões da igreja, pelas casas com os irmãos. A carta aos Hebreus foi escrita precisamente por causa dos judeus que haviam se convertido ao cristianismo, os quais muitas vezes não tinham estabilidade; estavam cheios de temores pela continua intimidação, ameaças e acusação a que eram submetidos pelos líderes das sinagogas, e inclusive pelos parentes e achegados; de maneira que alguns temiam que os vissem nas reuniões da igreja, e muitos estavam ao ponto de regressar ao judaísmo.
Ao analisar cuidadosamente toda a carta aos Hebreus, e em particular os capítulos 9 e 10, vemos que o Senhor Jesus com Seu sacrifício na cruz aboliu os sacrifícios do antigo pacto, e nos abriu um caminho novo e vivo para entrar no Lugar Santíssimo, que agora não se trata do templo de Jerusalém, figura do verdadeiro, senão o Lugar Santíssimo dos céus, onde está o Senhor sentado; porque Seu único sacrifício é válido para sempre, em contraste com os sacerdotes, que estão de pé dia após dia, oferecendo sacrifícios continuamente, que nunca podem tirar os pecados. Quando o versículo 25 diz que "não deixando de congregar-se, como alguns tem por costume", significa que o irmão hebreu que chegasse a deixar de congregar-se nas reuniões cristãs, equivalia voltar voluntariamente às reuniões do judaísmo, ao antigo pacto, à sinagoga; e isso é o que significa "pecar voluntariamente" do versículo 26, desprezando assim a verdade do novo pacto e voltando aos sacrifícios de touros e cordeiros machos que, na economia de Deus, já não podem tirar os pecados.Vemos, pois, que o contexto fala da verdade, que é todo o revelado na carta; fala do novo pacto, em comparação com o antigo, que era a sombra; fala do sangue do Senhor, em comparação com o sangue dos animais; de maneira que se um irmão hebreu voltasse ao judaísmo, já não restaria mais sacrifício por seus pecados, pois os antigos sacrifícios já ficaram sem valor; guardar certos dias e preceitos ficou sem valor; preferir certos alimentos ficou sem valor; reunir-se na sinagoga ficou sem valor; preferir certos edifícios chamados templos e certos lugares específicos, ficou sem valor. O válido está em Cristo, dentro da Igreja redimida, o Corpo de Cristo.Levemos em conta que todos os sacrifícios do antigo pacto foram substituídos pelo único sacrifício de Cristo; de modo que o sacrifício pelos pecados cessou para sempre; já não há mais sacrifício. Alguém que voltasse ao judaísmo, já não teria mais sacrifício por seus pecados, e o que lhe esperaria seria um terrível castigo dispensacional. No caso de que sua conversão tenha sido autêntica, essa pessoa não perde a salvação, porquanto segue fazendo parte da Igreja, conforme o versículo 30. O que um judeu, depois de haver crido em Jesus, voltasse ao judaísmo e voltasse a confiar nos sacrifícios dos animais, significava pisotear ao Filho de Deus, e haveria tido como comum o sangue de Cristo. Consideramos que se alguém, sendo crente, se volte a sua antiga religião e a seus ídolos, terá algum forte castigo dispensacional.
A carta aos Hebreus constitui uma das primeiras amostras de defesa (apologética) da fé cristã e sua superioridade frente ao judaísmo; e é por isso que ao largo de seu contexto contrapõe a aparência e a sombra do provisório e terreno da lei mosaica, frente à verdade celestial e eterna de Cristo e a Igreja. Esta carta tem que ser analisada em seu verdadeiro contexto. Leiamos Hebreus 5:11-14:
"11 A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir.12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.13 Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal".
Estes últimos quatro versículos do capítulo cinco de Hebreus falam de crentes imaturos, crianças espirituais, aos quais não se pode alimentar senão com leite, com os rudimentos da doutrina da salvação e não com alimento sólido, porque são crianças. Há crentes que passam toda a vida, digamos, no primário, quando deveriam ser já mestres de outros, e não avançam, não saem dessas primeiras etapas dos seis rudimentos da graça que estão enumerados nos dois primeiros versículos do capítulo 6, que são o fundamento da vida cristã, a saber: (1) o arrependimento de obras mortas, (2) a fé em Deus, (3) a doutrina de batismos (ablução, lavagem), (4) a imposição de mãos, (5) a ressurreição, e (6) o juízo eterno. Não podemos ficar nessa etapa da graça; devemos crescer na palavra de justiça, no conhecimento e a vida do Senhor; devemos colaborar com o Senhor na edificação da casa de Deus; devemos trabalhar com o Senhor na preparação do reino dos céus. O Senhor é o que trabalha em nós em nosso crescimento espiritual, em nossa maturidade, mas não faz se nós não cooperamos com Ele. Note que o capítulo 6 conecta com um "por isso". Leiamos o contexto de Hebreus 6:1-8:
" Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus,
2 o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.3 Isso faremos, se Deus permitir.
4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro,6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.7 Porque a terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus;8 mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada ".
Aqui confirmamos que o autor fala a cristãos em processo de maturidade, que devem estar deixando os rudimentos e que devem avançar e adentrar-se nas coisas profundas da vida no Espírito; isto encerra o participar com o Senhor em suas realizações, e alimentar-nos Dele para um normal crescimento. Vemos, pois, que aí o tema não é a salvação; do que trata aí é de progredir na maturidade espiritual e não o retrocesso.Se alguém que uma vez tenha sido iluminado e gozado do dom celestial (Cristo), participante do Espírito Santo e dos poderes do mundo vindouro (poderes do reino milenar, que são os dons e poderes do Espírito Santo), se recair e voltar atrás, não tem necessidade de voltar a por o fundamento, crendo outra vez no Senhor Jesus, nem de arrepender-se de novo de obras mortas, pois não pode ser outra vez renovado para arrependimento; já tudo isso se fez uma vez e para sempre.Quando cremos em Cristo, Deus nos perdoou, nos justificou, nos deu vida eterna, nos deu sua paz, nos deu segurança de nossa salvação. Então, o que acontece com essa pessoa? Pois sensivelmente que, em vez de dar fruto ao ser alimentada e cultivada por Deus, deu espinhos e abrolhos; então essa pessoa é reprovada, eliminada do reino, pois os espinhos e abrolhos que produziu devem ser queimados. Essa pessoa não perece para sempre, mas sofrerá o dano da segunda morte. Alguém pode alegar contradição usando o texto de Hebreus 10:26-29, que diz:" 26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? ".
Aqui mostra o caminho de um apóstata judeu. Levemos em conta todo o contexto da carta aos Hebreus que, como seu nome indica, é dirigida aos cristãos que antigamente professavam a religião judaica, com seus sacrifícios de animais, tudo isso figura e sombra da verdade em Cristo; eles vinham assistindo a suas reuniões nas sinagogas. Onde se reuniam depois que se convertiam? Nas reuniões da igreja, pelas casas com os irmãos. A carta aos Hebreus foi escrita precisamente por causa dos judeus que haviam se convertido ao cristianismo, os quais muitas vezes não tinham estabilidade; estavam cheios de temores pela continua intimidação, ameaças e acusação a que eram submetidos pelos líderes das sinagogas, e inclusive pelos parentes e achegados; de maneira que alguns temiam que os vissem nas reuniões da igreja, e muitos estavam ao ponto de regressar ao judaísmo.
Ao analisar cuidadosamente toda a carta aos Hebreus, e em particular os capítulos 9 e 10, vemos que o Senhor Jesus com Seu sacrifício na cruz aboliu os sacrifícios do antigo pacto, e nos abriu um caminho novo e vivo para entrar no Lugar Santíssimo, que agora não se trata do templo de Jerusalém, figura do verdadeiro, senão o Lugar Santíssimo dos céus, onde está o Senhor sentado; porque Seu único sacrifício é válido para sempre, em contraste com os sacerdotes, que estão de pé dia após dia, oferecendo sacrifícios continuamente, que nunca podem tirar os pecados. Quando o versículo 25 diz que "não deixando de congregar-se, como alguns tem por costume", significa que o irmão hebreu que chegasse a deixar de congregar-se nas reuniões cristãs, equivalia voltar voluntariamente às reuniões do judaísmo, ao antigo pacto, à sinagoga; e isso é o que significa "pecar voluntariamente" do versículo 26, desprezando assim a verdade do novo pacto e voltando aos sacrifícios de touros e cordeiros machos que, na economia de Deus, já não podem tirar os pecados.Vemos, pois, que o contexto fala da verdade, que é todo o revelado na carta; fala do novo pacto, em comparação com o antigo, que era a sombra; fala do sangue do Senhor, em comparação com o sangue dos animais; de maneira que se um irmão hebreu voltasse ao judaísmo, já não restaria mais sacrifício por seus pecados, pois os antigos sacrifícios já ficaram sem valor; guardar certos dias e preceitos ficou sem valor; preferir certos alimentos ficou sem valor; reunir-se na sinagoga ficou sem valor; preferir certos edifícios chamados templos e certos lugares específicos, ficou sem valor. O válido está em Cristo, dentro da Igreja redimida, o Corpo de Cristo.Levemos em conta que todos os sacrifícios do antigo pacto foram substituídos pelo único sacrifício de Cristo; de modo que o sacrifício pelos pecados cessou para sempre; já não há mais sacrifício. Alguém que voltasse ao judaísmo, já não teria mais sacrifício por seus pecados, e o que lhe esperaria seria um terrível castigo dispensacional. No caso de que sua conversão tenha sido autêntica, essa pessoa não perde a salvação, porquanto segue fazendo parte da Igreja, conforme o versículo 30. O que um judeu, depois de haver crido em Jesus, voltasse ao judaísmo e voltasse a confiar nos sacrifícios dos animais, significava pisotear ao Filho de Deus, e haveria tido como comum o sangue de Cristo. Consideramos que se alguém, sendo crente, se volte a sua antiga religião e a seus ídolos, terá algum forte castigo dispensacional.
Assinar:
Postagens (Atom)
Irmãos em Cristo Jesus.

Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"