“FAÇAMOS O HOMEM A NOSSA IMAGEM,CONFORME A NOSSA SEMELHANÇA”
Por: Gino Iafrancesco.
Traduzido para o Português pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS
Oração
Querido Pai, agradecemos porque nos permitiste chegar até aqui; E como nos ensinaste, Senhor! Tu queres que sigamos tomados por Sua mão, para que possamos caminhar o que resta, em estreita união contigo, em comunhão contigo. Nós, Senhor, entregamos em Suas mãos toda nossa incompetência, e a deixamos aí, confiados a Tua infinita graça. Pedimos-lhe que nos conceda te seguir no espírito; ajudando-nos a todos para que possamos estar atentos a Sua própria pessoa; sim, que possamos estar atentos a Ti, e que Tu nos possa ajudar; Ensina-nos a deixarmos ajudar. Oramos no nome do Senhor Jesus. Amém.
Grão cheio na espiga
Inicialmente estaríamos tomando alguns versos da Palavra, de diferentes lugares, posto que toda a Palavra do Senhor está inter-relacionada. Então começaríamos com uma parábola que aparece exclusivamente no evangelho de Marcos, e que nos ajuda a ter uma visão panorâmica. encontra-se no capitulo quatro do evangelho de Marcos. Só Marcos a menciona; mas logicamente que seu conteúdo espiritual está ao longo de toda a palavra de Deus. Então vamos ler ali do verso 26 do capítulo quatro inicialmente. Marcos; capitulo quatro; vamos lendo do verso 26 até o 29.
"Dizia, além disso…"; tinha que completar o conselho de Deus; por isso Ele diz também: ”além disso,"; sempre precisamos ter em conta os "além disso" do Senhor; são estes "além disso" os que completam o quadro, os que nos dão a plenitude, os que nos dão o equilíbrio.
"Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra;
27 depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como.
." Assim é o reino de Deus: como um homem, e esse homem tem uma semente, e essa semente tem a capacidade de brotar durante a noite, não se sabe como; mas brota e cresce sem que ele saiba como. V28."A terra por si mesma frutifica…". A terra está programada para isto, graças a Deus; " primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga.
29 E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa."
A ceifa chega quando o fruto está amadurecido; esse é o tempo da ceifa. O tempo da ceifa não é um tempo cronológico, mas sim é um tempo “kairòs”. A palavra “cronos” se refere ao tempo externo, refere-se ao tempo dos segundos, dos minutos, das horas, dos dias, das semanas, dos meses, dos anos, dos milênios. Mas “kairòs” se refere ao tempo da maturação. "Maturação" é quando as coisas chegaram a seu ponto; e esse é o tempo que Deus está esperando; esse é o “kairòs” de Deus.
O Senhor comparou o reino dos céus com figuras do mundo vegetal, também com figuras do mundo animal, como os peixes, como as ovelhas, e com figuras do mundo mineral, como as pedras preciosas, como elas se formam. E aqui Ele toma o mundo vegetal; e do mundo vegetal aprendemos uma analogia, uma parábola sobre o reino de Deus espiritual.
Há um “kairòs”; e esse “kairòs” se dará; a semente que foi plantada produzirá o efeito do fruto em seu “kairòs", isso graças a Deus, não faltará; graças a Deus que podemos olhar a aquela palavra que saiu da boca de Deus, a qual tem o poder de realizar, como cantávamos aqui, "o que Ele se propôs quando a enviou". É bom, então, que olhemos um pouco à semente que foi plantada, para ver qual é a colheita que será colhida. Podemos dizer com toda certeza que haverá uma colheita, que Deus recolherá a colheita do que plantou. Essa é uma coisa que Deus disse que faria; é algo que decidiu a Santa Trindade em Seu conselho eterno; e portanto, queira Deus que nós sejamos testemunhas do cumprimento, oxalá muito em breve, disto.
Para ver a semente seria bom, então agora, irmos ao livro da Gênese; vamos entender um pouquinho esta semente; são coisas que os irmãos, eu acredito que a maioria, já entendem; e estamos expondo uma vez mais, na presença do Senhor, a Sua palavra, à luz de Seu espírito, para que Ele mesmo vivifique nosso espírito, nutra-nos e fortaleça-nos, crescendo em nós essa palavra.
Façamos
Em Gêneses, capitulo um, no verso 26, ali está a semente que Deus semeou no princípio e tem que colher no âmbito do reino de Deus; aqui estão ditas as palavras de outra maneira; mas no fundo se trata de algo igual; trata-se da mesma coisa virtualmente. Então, vamos ler aqui: "Então…", já depois de que tinha preparado todo o resto; "Então…"; para esse “então” era que apontava o Senhor; "…disse Deus:", Elohim; diz aqui a palavra "Elohim": Deus, com essa terminação plural hebraica "im" implicando a Trindade; aqui fala Deus em Trindade; e o segue fazendo durante todo o verso: "façamos…"; já temos feito muitas coisas; mas antes de ficar satisfeitos, antes de nos pôr a descansar, façamos algo especial; "façamos…"; o Pai faz Sua parte, o Filho faz Sua parte, o Espírito Santo faz Sua parte; e esse é um propósito de Deus. Deus já sabia que viria a queda; já havia diabo, ou haveria diabo. Claro que aqui, quando disse "façamos", está se referindo a uma decisão eterna. antes de haver diabo, esta decisão já estava no coração de Deus; mas logicamente que Deus começou a fazer ao homem depois de que já havia diabo, depois de que já havia rebelião, depois de que já havia uma tenaz oposição a Deus. E é que a Deus nunca preocupa nenhum tipo de oposição. E disse assim dessa maneira: "façamos…".
De maneira que Deus segue fazendo isto; porque, quando Ele começou, Ele não terminou de fazer tudo o que disse: "façamos…"; quando disse: "façamos…", Ele pensou em um pouco mais completo que o que chegou a começar a acontecer quando Adão e Eva foram criados e colocados no jardim do Éden. Quando Adão e Eva foram colocados no jardim do Éden, Deus começou a fazer, e fez, mas não terminou de fazer, porque antes de que o plano se cumprisse com o homem, com este primeiro casal, e com os filhos deste casal, que encheriam toda a terra, houve uma oposição que Deus já conhecia; mas Deus já havia dito antes: "façamos…"; já o havia dito Deus; portanto, apesar da terrível oposição de Satanás, o Senhor continuou trabalhando. Ele descansou do trabalho da criação; mas como houve uma queda, então houve também um trabalho de redenção; e por isso o Senhor Jesus disse: "meu Pai até agora trabalha e Eu trabalho".
Quanto à criação, já esse trabalho foi terminado, já o Senhor descansou desse primeiro trabalho; descansou no sétimo dia; mas agora, quando apenas estava começando esse sétimo dia, o que o homem tinha chegado a ser, mas sem que o homem ainda alcançasse o que estava em Seu coração, veio esse acidente já previsto Por Deus. E esse acidente não frustrou a Deus; esse acidente era conhecido de antemão Por Deus; Deus o permitiu com um fim, porque Deus, quando toma uma decisão, fá-lo com muita sabedoria, e sempre o faz conforme o Seu caráter, e o faz para um bem. Então, sim, Ele permitiu que se rebelasse Lúcifer; Ele não o fez rebelar-se; Lúcifer se rebelou sozinho; mas Deus já sabia e o permitiu. Deus permitiu a queda da terceira parte dos anjos; permitiu a introdução do mal no céu e na terra; Deus permitiu a queda do homem. Tudo isso o fez Deus com um propósito.
Todo esse acidente, que foi previsto Por Deus, em nada trocaria a decisão de Deus quando disse: "façamos…". Pelo contrário; agora a coisa ficou mais interessante; agora vai se ver quem é Deus. Se não haver oposição, e se essa oposição não é terrível, e se o mal não é tão terrível, então não conheceríamos Deus. Só Deus é capaz de admitir uma oposição tão terrível, e que chegue a haver uma condição tão terrível; porque Ele é Deus. Não há oposição para com Deus. Não existe o dualismo. Nós temos oposição, e o diabo odeia a Deus; mas como não lhe pode fazer nada, propôs-se a danificar a nós. Mas assim como o diabo se proporia nos danificar a nós, o Senhor se propôs antes nos fazer até o final. Ele disse: "façamos…", e começou a fazê-lo, e continuou agora, depois da queda, nos fazendo; e nisto é que Deus nosso Pai, Seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo estão ocupados; nisto é no que eles estão ocupados; esta é a principal ocupação do universo, a ocupação de Deus; as demais são subsidiárias, mas este é o assunto que está acontecendo: "façamos…".
Far-lhe- ei
antes de terminar de ler aqui no capitulo um, verso 26, em "façamos", vamos ver esse mesmo façamos no capitulo dois. No capitulo dois diz o verso 18:"E disse Yahvé Elohim (Jehová Deus): não é bom que o homem esteja sozinho; far-lhe-ei…"; esta é outra vez em que Deus faz; "…far-lhe-ei auxiliadora idônea"; OH!, quando a gente vê uma pobre costela, a gente diz: mas o que pode sair desse pedaço de osso? isso somos nós, um pedaço de osso desprendido, verdade?; mas Deus disse; "far-lhe-ei…"; com isso, com esse pedaço de osso, "far-lhe-ei auxiliadora idônea"; far-lhe-ei; isto foi o que o Pai disse que faria, e isso é o que o Pai esteve fazendo. Porque, claro, nós sabemos que Adão e Eva, quem foi este homem e esta mulher do capítulo dois, são figura de Cristo e a Igreja, como se diz em Romanos 5, que Adão é figura de que tinha que vir; assim temos que ler estas frases com certo cuidado; não estamos somente lendo uma história do passado, embora seja sim algo histórico; Adão é o primeiro homem histórico; se não tivesse havido um primeiro homem histórico, não haveriam outros; mas se estamos aqui, é porque houve um primeiro que foi ele, e houve uma primeira que foi ela. Mas quando diz a Escritura, pelo conselho íntegro de Deus, pelo Espírito Santo, que foi dando esses presentinhos ao apóstolo Paulo de poder ver ali essa figura de Cristo e a Igreja, e por isso ele sempre que fala de Cristo e a Igreja, fala em relação com o homem e a mulher: diz em Efésios 5: “por isso…”; vem falando de Cristo e a Igreja; "por isso o homem deixará a seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne; mas eu digo isto a respeito de Cristo e da Igreja"; ou seja que Paulo estava vendo algo mais que somente um assunto natural; não estava vendo somente ao Adão, mas sim, através de Adão, Deus estava projetando a figura de Cristo; e através de Eva estava projetando a figura da Igreja; portanto, quando Deus disse: "Não é bom que o homem esteja sozinho…", ai!, que ocorrência teve nosso Deus. Nós dizemos, em vista do que nós somos, em que confusão se meteu Deus!, em que confusão se meteu conosco!; especialmente comigo, e com alguns de vocês; mas Ele disse: “façamos…”, e está fazendo; E disse: "far-lhe-ei…", e lhe está fazendo; amém? E o que disse que ia fazer, é uma coisa imensamente gloriosa; "far-lhe-ei auxiliadora idônea". Que ele possa dizer dela: "Esta é como eu"; e isso é o que Ele vai dizer: esta é como eu. Ele vai se apresentar uma Igreja gloriosa, sem mancha e sem ruga, porque Ele disse: “façamos…”, e isso é o que O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão fazendo; isso é o que Yahvè Elohim se comprometeu a fazer, e envolveu todo Seu poder, todo Seu carinho, toda Sua valentia, toda Sua qualidade divina em fazer isto; e em fazê-lo com esse pedaço de osso; fazer com o que não é, para desfazer o que é.
Ao homem
Então, voltemos ali de novo ao capítulo um, à segunda expressão; "façamos ao homem…". Aquela semente, daquela parábola, o Senhor Jesus, o Filho do homem, o protótipo do homem, do novo homem, o corpo de Cristo que seria o homem que cumpriria o objetivo de Deus, quando disse: "façamos ao homem". Não disse: "façamos um homem"; não disse: "façamos ao primeiro dos homens; vamos fazer ao marido da Eva". Claro, isso está incluído, e ela nele; mas Ele disse: "façamos AO homem"; ou seja, não está se referindo só ao primeiro; mas sim está se referindo ao gênero humano; está se referindo ao homem corporativo; "façamos ao homem…"; isso é o que Deus quis fazer, e isso é o que Deus está fazendo; e o homem, esse homem corporativo, é a auxiliadora idônea de Seu Filho amado; e Seu Filho amado é o protótipo do homem; e não só o protótipo como algo externo, senão o protótipo como conteúdo do homem, para fazer ao homem à Sua imagem.
A nossa imagem
Então diz aqui, façamos ao homem; outra vez fala no plural; o Pai, o Filho e o Espírito Santo; "…a nossa…". Embora na divindade o Filho somente é a imagem, o Pai e o Espírito Santo com o Filho dizem: "nossa imagem"; porque o Pai, que não é a imagem, mas sim o Filho é a imagem, o Pai se sente representado perfeitamente nessa imagem a qual é Seu Filho; tudo o que o Filho é, o Pai o é; digamos nós, falando logicamente, não ontologicamente, porque na Trindade não há primeiro, pois o Deus trino no sentido cronológico e ontológico é eterno; mas na subsistência do Filho, este aparece como Unigênito do Pai, e o Pai aparece como Pai do Unigênito; mas o Pai se sente representado no Filho; Ele diz: "Filho, se te vêem a ti, vêem a mim; se conhecerem a ti, conhecerão a mim; se receberem a ti, recebem-me ; se honrarem a ti, honram-me ; porque eu quero que toda minha plenitude more em ti; todo o meu é teu, e todo o teu é meu". portanto, o Pai se sente perfeitamente representado no Filho; e isso é o que significa a palavra imagem.
Caráter
No Novo Testamento aparece a palavra “imagem” várias vezes; e entre essas vezes, algumas delas as usa Paulo, se não atribuímos a carta aos Hebreus a Paulo; eu a atribuo a Lucas; mas as outras vezes, em Segunda aos Coríntios 4:4, em Colossenses 1:15, Paulo aparece usando em grego a palavra “imagem”, que logo utiliza também a epístola aos Hebreus, igualmente como imagem. A palavra “imagem”, no idioma grego, é "caráter"; a imagem é o caráter. Assim como às letras de uma máquina de escrever também são chamadas de “caracteres”, que são a exata reprodução ou representação; isso é o que está incluído na palavra “caráter”; está incluído o sentido de representação fiel. Uma representação que possa ser reconhecida pelo Pai. nós sabemos que o Pai reconheceu a representação do que fez Seu Filho; "Este é meu Filho amado, no qual eu tenho contentamento; a ele ouvis"; e Jesus dizia: "as palavras que eu lhes falo, não as falo por minha própria conta, mas o que me enviou me deu mandamento do que tenho que dizer e do que fazer". Ele vivia em estreita comunhão com o Pai, conhecendo-o em Seu íntimo, para poder representá-lo fielmente, sem exagerar, sem desequilíbrio, sem acréscimos, sem carências, sem uma representação infiel. O Filho é a imagem do Deus invisível. quem viu ao Filho, viu ao Pai; o Pai é conhecido no Filho; o Filho representa, canaliza, colabora, faz tudo junto com o Pai, e não só junto, mas sim como Ele disse também, Igual ao Pai. Ou seja, como se diz na Escritura: “o Filho ama ao Pai”; e como o Pai ama ao Filho, então, porque o ama, mostra-lhe as coisas que Ele faz, para que o Filho as faça com Ele igualmente. Deus, porque ama, mostra. Disse também: acaso vou ocultar a Abraão meu amigo o que vou fazer?; se for meu amigo, como vou ficar calado com meu amigo?, acaso não vou conversar com meu amigo das coisas que estou pensando fazer? Deus faz isso; Ele mostra aos que Ele ama. O Pai ama ao Filho, e lhe mostra as coisas que o Pai faz, para que o Filho as faça igualmente. Igualmente quer dizer: em estreita comunhão com Ele, e em representação de; ou seja, o Pai é o que faz com o Filho, no Filho, pelo Filho e para o Filho também todas as coisas. Então; isso o que quer dizer “igualmente”. O Pai envolve ao Filho em todas as coisas que Ele faz.
Em Provérbios 8, aparece o Filho chamado como o arquiteto do Pai, especialmente em algumas traduções; especialmente em português, quando fala a Sabedoria Divina que é o Verbo divino, ali diz: "era eu seu arquiteto diante Dele,… e comigo tinha suas delícias", desde antes da fundação do mundo; e na fundação do mundo o Filho está diante do Pai, e o Pai o está fazendo tudo com o Filho; e o Pai e o Filho o estão fazendo tudo mediante o Espírito do Pai e do Filho. O Espírito contém e é a comunhão do Pai e do Filho; Ele é o agente que nos comunica o que Deus é, e o que aplica o que Deus faz. O Pai faz tudo pelo Filho, e o Pai e o Filho fazem tudo com o Espírito Santo, que é Espírito do Pai e do Filho, e é o Espírito que ontologicamente, metafisicamente, teologicamente provém do Pai e do Filho. O Pai é o Amante, o Filho é o Amado que também ama, e o Pai, por isso, também é amado; e o Espírito é o Amor eterno compartilhado e pleno do Pai e o Filho; o Espírito contém e é o Amor do Pai e o Filho; por isso o Espírito é chamado: o Espírito do Pai; e é chamado também de : o Espírito do Filho. Em Mateus o Senhor Jesus lhe chamou: "o Espírito de seu Pai"; e em Gálatas Paulo disse que "Deus deu em nossos corações o Espírito de Seu Filho"; Espírito do Pai e Espírito de Seu Filho. O Espírito, que provém do Pai e do Filho, é a Subsistência Divina procedente da comunhão íntima e eterna do Pai e o Filho. Por isso é que é por meio do Espírito que nós somos introduzidos no Filho e no Pai e no corpo de Cristo.
Imagem e semelhança
"Façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança…"; imagem, tem, pois, que ver com representação; e semelhança tem que ver com companheirismo, tem que ver com afinidade, tem que ver tendo um mesmo sentido, um mesmo propósito, um mesmo espírito, um mesmo caráter; tudo isso está comprometido na semelhança; essas duas coisas têm que estar juntas; para que possa haver representação, tem que haver semelhança; se não haver semelhança, como vai haver representação? Então, por isso é que o Filho conhece o Pai, contém ao Pai, conhece-o intimamente, concorda com Ele, é um com Ele, não somente em essência; porque eles têm e são a mesma essência, porque são um mesmo Deus; mas como pessoas também são um moralmente, também são um em propósito, como dizem as testemunhas de Jeová; eles dizem sozinho a parte de que são um em propósito, mas dizem que não em essência; mas é nas duas coisas, tanto em essência como em propósito.
Há uma relação tão estreita entre o Pai e o Filho e que é o Espírito, a qual é o protótipo do que ocorreu a Deus fazer da Igreja, que é o novo homem, ou o homem que Ele se propôs. Quando Ele disse: "façamos ao homem…", Deus sabia que muitos homens não chegariam a ser homens no sentido próprio e pleno das possibilidades da raça; somente a Igreja chegará a ser o homem que Deus tinha planejado quando disse: "façamos ao homem…". Ele já conhecia de antemão, desde antes da fundação do mundo, que a Igreja é o homem que Ele conhecia e no que Ele pensava quando disse: “façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.
Em função do Filho
Então, fixem-se em que pelo fato de ser humano, e muito mais, pelo fato de ser a Igreja, nosso ser está totalmente criado em função da relação íntima com o Senhor Jesus. Nós somos criados a Sua imagem, porque quando Ele disse: “façamos ao homem a nossa imagem…”, a imagem de Deus é o Filho de Deus, como ensina Paulo. Paulo diz em Segunda aos Coríntios 4:4: "…Cristo, o qual é a imagem de Deus". Quando Deus pensou no homem, pensou-o em estreita relação com Cristo; ao não estar em estreita relação com Cristo, o homem já não é o homem normal; é um velho homem, é um sub-homem, é uma degeneração, uma degradação; nunca se realizará o homem em si mesmo. O homem só se pode realizar em estreita e íntima relação com Deus o Pai, no Filho de Deus, e pelo Espírito de Deus; por isso o homem sempre estará insatisfeito, sempre terá essa melancolia do sem-sentido, do absurdo corroendo, enquanto não esteja em comunhão, como uma esposa, lhe ajudando idoneamente ao Filho de Deus; o homem não terá sentido, o homem será um absurdo, se não estiver em comunhão com o Senhor, vivendo-o e representando-o idoneamente; sempre haverá uma falta, sempre haverá um esvazio; não terá significado na vida; e isso é o que atestam os próprios ateus; não somos só os crentes os únicos que falam dessas coisas; os ateus são os que falam de seus vazios, de sua melancolia, de seu absurdo, de seu sem sentido; são eles os que falam disso; são eles os que puseram de moda essas palavras, os ateus. Dizia Schopenhauer: "o melhor teria sido nunca ter existido; mas já que existimos, o melhor que pode haver é morrer". por que ele falava assim? porque ele era ateu; ele não se suportava, não suportava a existência, o vazio, o vazio do abismo; porque o homem foi criado para ser sustentado pelo conteúdo do Filho, e sem esse conteúdo, a gente está no abismo, a gente não pode agüentar a si mesmo; é um desespero terrível, é um inferno.
Imagem
Então disse o Senhor: "façamos ao homem a nossa imagem…". Em Colossenses 1:15, também Paulo vem falando que Deus, à Igreja, transladou-nos das potestades das trevas ao reino de Seu amado Filho; do Filho diz: “o qual é a imagem do Deus invisível"; ou seja que o Filho é a imagem do Deus invisível, é a exata representação, a estampagem, o caráter de Deus, o Filho. E em Hebreus, que eu penso que Lucas o escreveu, mas este não é o tema, mas é um tema periférico, diz aí em Hebreus, capitulo 1:1ss: "Deus, havendo falado muitas vezes, e de muitas maneiras, em outro tempo, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho…" Agora Deus fala pelo Filho. Os profetas tinham algo do Filho; era o Espírito de Cristo o que falava neles; tinham uma antecipação, uma tipologia, um protótipo, porque o Senhor Jesus não somente é da linhagem de Davi, mas também a raiz do Davi; mas agora a plenitude do falar de Deus, é o Verbo, que é a palavra com a qual Deus se auto-revela, se expressa e se dá; o Verbo é o Filho. Então diz: "…nestes último tempos nos falou pelo Filho, a quem (o Filho é um quem, é uma pessoa subsistente desde antes da fundação do mundo com o Pai, porque o que não confessa ao Filho é um mentiroso) a quem constituiu herdeiro de tudo, e por quem (Deus, o Pai, por este quem, por esta pessoa do Filho criou tudo; o Filho é antes da criação e o Filho é na criação; o Filho é o Unigênito de Deus) por quem (por este Filho) constituiu o universo; o qual, sendo… (notem-se nesta expressão aqui do autor inspirado; é uma definição inspirada , uma confissão do Espírito que deve glorificar ao Filho; isso é o que faz o Espírito Santo, abre-nos os olhos quanto ao Filho; os olhos do coração); e diz: o qual… (o Filho, o Filho herdeiro e o Filho criador, o Filho arquiteto, o Filho amigo, o Filho da glória, o Filho glorifica), o qual, sendo o resplendor de sua glória, e a própria imagem…" (aqui diz: o caráter, outra vez) de sua substância.. (diz aqui; diz o grego: sua hipostasis, sua subsistência, o caráter; ou seja que a exata reprodução, a representação fiel da pessoa do Pai, é a pessoa do Filho; o Pai é invisível; o Filho é a imagem, a representação ou caráter; o caráter da subsistência do Pai é o Filho, a exata reprodução; como dizia o Concílio da Nicéia : Deus de Deus, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; e isso o diz baseado nos apóstolos; isso o diz João em primeira João 5:20 : "Sabemos que o Filho de Deus veio para nos dar a conhecer que é verdadeiro, e estamos no verdadeiro,( no único Deus verdadeiro), em Seu Filho Jesus Cristo; este é o verdadeiro Deus e a vida eterna". Quando diz: este é verdadeiro Deus, é o Deus revelado, é o Deus dispensado; por isso é que inclui o Filho, e também ao Espírito Santo; "Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos." Todo o resto são ídolos. "Este é o verdadeiro Deus", o único Deus verdadeiro; a nosso Pai conhecemos pelo Espírito no Filho. O Filho de Deus é a imagem de Deus; Ele é um protótipo, e esta expressão, que utiliza aqui o autor aos Hebreus pelo Espírito Santo, tem origem no Antigo Testamento.
por que estamos vendo isto? porque nisto era que estava pensando Deus, a respeito de nós, quando disse: “façamos”, quando disse: “far-lhe-ei”; e isto é o que Ele está fazendo; a isto é ao que Ele nos está chamando; e Ele sabe como nos levar, Sabe como nos conduzir.
Visão da semelhança da glória de Yahveh
Então lhes convido a que abramos Ezequiel capitulo 1, para que olhemos ali algumas expressões interessantes ao final do capítulo. Ali a sociedade bíblica pôs um titulo neste capítulo: "A visão da glória divina". OH!, que título. Quando Deus disse: façamos ao homem, Deus estava pensando na Nova Jerusalém. Então vemos que a sociedade bíblica não se equivocou com este título: "A visão da glória divina"; aí faz uma descrição primeiro, digamos, periférica, para chegar dos átrios para o lugar Santíssimo. E depois de descrever aqueles querubins, etc., então chegamos ao final do capítulo e lemos do versículo 26. vamos ler estes três últimos versos do capítulo da visão da glória divina. Versos 26 aos 28: "e sobre a expansão que havia sobre suas cabeças (as daqueles querubins; sobre eles havia uma expansão, e não em, a não ser sobre a expansão; que é como um céu aberto) que havia sobre suas cabeças se via a figura de um trono que parecia de pedra de safira; e sobre a figura do trono havia uma semelhança…" (chamo-lhes a atenção a essa expressão, "semelhança como de homem". O Verbo não se encarnou, mas o Verbo, antes da encarnação, que é a imagem do Deus invisível, que é o resplendor da glória de Deus, já era o protótipo para o homem; já era o protótipo; e o Verbo ainda não havia se feito homem, mas já era o protótipo para quando o homem fora feito. O homem foi feito conforme a este protótipo; e por isso o Espírito Santo utiliza esta expressão e diz: "havia uma semelhança que parecia de homem sentado sobre ele". Claro, Ezequiel está falando conosco para que nós entendamos; mas esta semelhança, que parecia como de homem, já existia antes de existir o homem; foi o homem o que foi feito em relação com esta semelhança, e não esta semelhança em relação com o homem. Esta semelhança como de homem é o protótipo conforme ao qual foi criado o homem.
Então estamos entendendo a suprema chamada da Igreja? Aí vamos entender o que quer dizer "…e senhoreie…( domine)"; foi dado ao homem representar a Deus na medida que seja semelhante a Ele, e em Seu nome reinar, em Seu nome exercer a autoridade delegada Por Deus por meio da semelhança e a representação. Então diz aqui no Ezequiel 1, verso 26: "e sobre a figura do trono havia uma semelhança que parecia de homem sentado sobre ele. E vi aparência como de bronze resplandecente, como aparência de fogo dentro dela em redor…". OH, dentro e em redor; isso é o que quer dizer representação; esse primeiro fogo está dentro, e então depois esta em redor; dentro e em redor; e diz: "do aspecto de seus lombos para acima…"; essa palavra "aspecto", é a mesma que usa João em Apocalipse quando viu o trono de Deus; e o que viu era o aspecto de que estava sentado no trono; fala do aspecto, que é a imagem; "façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança"; e aqui estamos lendo a respeito desse protótipo, destinado ao qual foi criado o homem. Então diz: "vi que parecia como fogo, e que tinha resplendor… "; a mesma palavra que utiliza lá o autor aos Hebreus com o do Colossenses: "Ele é a imagem do Deus invisível, o resplendor de sua glória"; da glória divina, da glória de Deus. Então diz aqui:"e vi que parecia como fogo e que tinha, e que tinha resplendor ao redor. Como parece o arco íris…" Assim como o viu também João no capítulo 4, "que está nas nuvens o dia que chove; assim era o parecer do resplendor ao redor. Esta foi a visão da semelhança da glória de Yahvè."
Esta frase é muito importante; isso é o que ele estava tratando de escrever; diz: "Esta foi a visão da semelhança da glória do Yahvè. E quando eu a vi, prostre-me sobre meu rosto, e ouvi a voz de um que falava." E aí foi quando entregam um rolo a Ezequiel, escrito por dentro e por fora; e ele come esse rolo e começa a profetizar; e tudo isso que ele comeu, converteu-se no livro de Ezequiel. O livro de Ezequiel é o que o profetizou, que foi o que ele comeu, que foi o que ele recebeu diante da glória de Deus.
Então, se derem conta, irmãos, das expressões de Gêneses, as expressões de Hebreus, as expressões de Ezequiel, e as do Paulo também em Romanos, quando disse: "…aos que antes conheceu, a estes predestinou para ser feitos (façamos, far-lhe-ei) conforme (conforme a nossa imagem, conforme a nossa semelhança) conforme à imagem do Filho de Deus." Ou seja, essas frases de Paulo têm origem nas frases de Gêneses, e nas demais frases que também têm suas raízes aí.
Conforme
"Façamos ao homem conforme…"; ai!, como dói essa palavra, conforme; significa ser conformados para não distorcer, para não acrescentar, para não tirar, para não trocar, a não ser para representar ao Senhor. Deus quis uma criatura na qual se pudesse sentir representado como se sente representado em Seu Filho. Digamos que o Pai está tão contente com o que dá a Seu Filho, que quer dar a Seu Filho o que Seu Filho dá a Ele. Por isso dá uma Igreja ao Filho, para que tudo o do Pai seja também do Filho. O Pai tem contentamento no Filho, o Pai tem a adoração do Filho, porque o Filho chama a Seu Pai: "meu Deus"; "Vou a meu Deus e a seu Deus, a meu Pai e a seu Pai"; o Filho lhe chama Deus ao Pai, como também o Pai lhe chama Deus ao Filho: "Seu trono, OH Deus, pelo século do século". Então, o Pai está tão satisfeito com o Filho, que disse ao Filho: "Far-te-ei uma auxiliadora idônea"; o que Eu recebo de ti, Filho, quero que Você o receba da Igreja; Você é meu Único, meu Unigênito; mas vou te fazer Primogênito entre muitos irmãos. Por meio de Ti mesmo, Filho, vamos fazer os três, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, isto. E isso é o que Deus ficou a fazer, e isso é o que Deus está fazendo; e no kairòs de Deus, quando o grão estiver amadurecido, quando a vida daquele grão se formou na história da Igreja para reproduzir-se ao final exatamente como era ao princípio, então chega a ceifa. A ceifa não chega com o tempo “cronos”; a ceifa chega com o tempo “kairòs”; a ceifa chega quando a Igreja estiver em sua maturação; quando a noiva se preparar para o casamento.
Casamento e delegação
Pense em um casamento; o casamento é fazê-los dois em um; de maneira que ele se sente representado nela, e tudo o que é dele é dela, e tudo o que é dela é dele. Então nisto é no que está ocupado Deus conosco, tanto no pessoal, como no eclesiástico. Toda a história de nossa vida pessoal, e toda a história da Igreja, tem o objetivo, da parte de Deus, de fazer a esta auxiliadora idônea, este homem coletivo, corporativo, que é a Igreja; fazê-lo conforme, conformá-lo à imagem Dele, para que o possa representar, para que o possa canalizar, para que Deus lhe possa delegar cada vez mais. Na medida em que ela se vai parecendo com Ele, mais vai delegando; porque Deus é um Deus que é Amor; Deus é um Deus que quer é delegar. Assim como Ele delegou ao Filho, agora o Filho delega ao Espírito, e o Pai e o Filho, pelo Espírito, delegam à Igreja. Deus sempre está delegando; Deus delega; Deus é um Deus que delega, Deus é um Deus ao que gosta de fazer as coisas conosco, e nos está ensinando a fazer as coisas juntos, como o marido com a esposa, os pais com os Filhos, os governantes com os súditos, os anciões com os Santos; o princípio de delegação é o princípio de participação. É Deus participando Ele mesmo; porque Ele não tão somente nos quer dar coisas; certamente Ele nos dá todas as coisas; a Bíblia diz de "Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, como não nos dará também com Ele todas as coisas”; mas todas as coisas não são a não ser somente a sobremesa; o que Ele nos quer dar a ele Mesmo pelo Filho no Espírito.
Todas as coisas com o Filho
Agora, se nos deu ao Filho, como não vai dar também todas as coisas? Todas as coisas não são nada comparadas com o Filho; se nos deu ao Filho, todas as coisas estão aí além disso; todas as coisas são puro acréscimo; o que na verdade nos quis dar é Ele mesmo no Filho; Ele mesmo pôs ao Filho como protótipo, e a esse protótipo como sustento dinâmico, como vida para meter-se em nós, para nos transformar de dentro para fora, para que nós vamos conhecendo posto que está aqui, cada vez mais intimamente; ouvindo-o, ouvindo Sua voz, compreendendo Seu caráter, como nos ensinava, que o homem não se glorifique em outra coisa a não ser em entendê-lo e conhecê-lo; simpatizar com o Espírito de tal maneira que não queiramos ser algo distinto ao que Ele é, e poder representá-lo; igualmente com Ele fazer o que Ele está fazendo durante toda a história; porque Deus sempre está trabalhando; agora o trabalho de Deus é esse; o da criação já terminou; já descansou da criação; agora tem o trabalho de nos introduzir no descanso Dele; e como não entramos, como parece que muitos não entraram em Seu repouso, então Ele está trabalhando nisso. "Meu Pai até agora trabalha e eu trabalho"; o Pai, o Filho e o Espírito Santo seguem trabalhando nisto; isto é o trabalho que Deus está fazendo. Isso é o que explica todos os passos da história pessoal de cada um, e o que explica todas as vivências da Igreja em sua história. A razão de nossa experiência pessoal, e a razão da experiência da Igreja, é a formação do Filho; é que sejamos feitos à imagem do Filho. Ele disse, façamos isto; nisso é que Deus está. Enquanto não seja o Filho em nós, tudo está mal feito, isso não o fez Deus, isso temos feito nós com o diabo, seguindo acorrentados a ele. Mas o que Deus faz é outra coisa; o que Deus disse: façamos, é o que Ele está fazendo; o resto, como disse o irmão Eliseo Apablaza, é pura palha, pura palha.
Formação do Filho
O que Ele está fazendo é formando ao Filho, que nós recebamos ao Filho, vivamos pelo Filho, nasçamos do Filho, tenhamos comunhão com o Filho, e nessa comunhão simpatizemos com Ele, tendo o mesmo sentir que houve em Cristo Jesus para poder lhe representar. Se o Pai não vê a Seu Filho representado em nós, diz: Ui!, quanto trabalho tenho ainda; parece que há cronos, mas kairòs ainda não! Enquanto Ele não ver isso, Ele não está satisfeito. Mas isto é o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo disseram que fariam: façamos isto; far-lhe-ei isto a meu Filho; e isso é o que Ele está empenhado em fazer; Ele está empenhado fazendo isto, e devemos entender a Deus, e tudo o que nos passa, pois tudo é controlado pela mão de Deus para produzir isto. Se amarmos a Deus, colaboraremos com Deus para produzir isto.
Lhe amar
Ah!, Ele tem que nos ensinar a amá-lo, nos amando Ele primeiro. À medida que vamos sendo convencidos disto, então nós amamos a Ele, porque Ele nos amou primeiro; esse é o varão; tem que amar primeiro; e é pelo amor Dele que agora nós lhe amamos; mas vamos aprendendo, e pedimos a Ele que nos ensine a lhe corresponder; não importa que sejamos nada; isso é o que somos; mas Ele, com um nada, com o que não é, com o vil e o menosprezado, com o que não serve para nada, Ele decidiu envergonhar ao diabo.
O adversário
Ai, ai; esse diabo tem umas risadas zombadoras!; aparece nos olhinhos de alguns; às vezes até dos irmãos, nos desafiando, zombando. E diz: - você que vem falar disto!- Esse diabo vai ficar envergonhado. Que o Senhor nos de disposição de Seu Filho, que Ele nos dê o rosto de Seu Filho como quando ia para Jerusalém; para que essa risada zombadora de Satanás se apague de seus lábios. O Senhor envergonhará uma vez mais a Satanás. Ele se propôs desfazer as obras de Satanás, e com o que não é, envergonhar o que é. Satanás agora ri, ri zombando de nós, menospreza-nos; mas isso não será para sempre; Deus disse: "façamos", e isso é o que Ele está fazendo; farei a meu Filho uma auxiliadora idônea. E a vai fazer nas narinas do diabo; inclusive, usando a ele. O diabo só é um adversário para Deus nos ensinar a boxear; o diabo será envergonhado; é o que mais devemos desejar; temos que clamar como aquela viúva: "Senhor, Julga a minha causa contra o meu adversário"; não quero que se burle por mim; como dizia Paulo a Timóteo: "Timóteo, ninguém despreze a tua juventude". Qualquer risada zombadora de Satanás, qualquer olhadinha dessas sátiras, irônicas, vão desaparecer de seu olhar, e qualquer sorrisinho desses vai desaparecer de sua boca, quando o Senhor apresentar a Seu Filho uma esposa auxiliadora idônea.
Isso é o que Deus está fazendo. E para isso é que Ele nos chamou; para isso é tudo o que vivemos; e para isso foi a história da Igreja como foi. Não há outra coisa que Deus tenha estado tirando com proveito, a não ser o aroma e a imagem de Seu Filho Jesus Cristo. Isto é o que Deus está fazendo. vamos dizer a Deus, Senhor, aqui estamos, não vamos pegar o mal exemplo que Pedro ensinou a não fazer: "ah Senhor minha vida porei por ti"; vamos dizer-lhe, Senhor oxalá consigas o que quer conosco, aqui estamos
Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
A União Ecumênica vs " A Unidade do Espírito"- J.N. Darby
Extraído do site verdades vivas e Traduzido para o Português pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS
“Solícitos em guardar a unidade do Espírito” (Efésios 4:3)
O falso princípio de uma união sobre a base de concessões mútuas goza de grande reputação e de uma bela aparência; mas é profundamente perverso e presunçoso. Supõe que a verdade está a nossa disposição. Filipenses 3 ensina um princípio totalmente diferente: não existe nenhuma idéia de concessão nem de nenhum arranjo para expressar a verdade para acomodar diferentes pontos de vista. Diz a Palavra: “Assim, todos os que somos perfeitos, isto mesmo sintamos” (V. 15). Não diz: «Façamos descer a verdade até a medida de quem não chegou a sua altura». Tampouco se refere a duas pessoas que ignoram qual das duas tem a verdade, ou que estão satisfeitas de supor a possibilidade de engano quando renunciam mais ou menos ao que sustentam a fim de expressar seu acordo. Tudo isto constitui uma violação contra a autoridade da verdade sobre nós.
Segue dizendo o versículo: “e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá”. Aqui não se trata de uma questão de concessões, mas sim de caminhar juntos nas coisas que possuímos; e ao as reconhecer como a verdade de Deus, não podemos renunciar a nenhuma delas, mas sim, pelo contrário, todos sujeitamos a elas. Neste caso, não há lugar para nenhuma concessão, nem de um nem de outro lado; pois todos possuem a mesma verdade, havendo-a já alcançado em alguma medida, e todos caminham juntos, pensando a mesma coisa (compare-se 1.ª Coríntios 1:10). O remédio para as diferenças de pensamentos que possam ficar, não é fazer concessões (como se poderia tratar assim com a verdade?), a não ser a revelação de Deus a favor daquele que é ignorante, como todos nós o somos sobre uma grande variedade de pontos.
Mas me objetará: «Sobre essa base, a gente nunca chegará a um acordo.» Mas onde encontramos na Palavra algo assim como «chegar a um acordo»? Chegar a um acordo, não é a unidade da Igreja de Deus. A verdade não pode ser alterada, e não nos chama a impor pela força nossos imperfeitos pontos de vista sobre outros. Eu devo ter fé e, para andar juntos, todos devemos ter a mesma fé; mas nas coisas que recebemos como a verdade de Deus pela fé, não posso fazer concessões. Posso tolerar a ignorância, mas não posso acomodar a verdade para agradar a outros. Me perguntará: «Como podemos andar juntos em tal caso?» Mas por que estabelecer bases de unidade que requeiram ou unidade de opiniões, ou uma coisa tão perversa como a concessão desta ou aquela verdade? Quanto às coisas em que possuímos a verdade, e com respeito às quais temos fé, temos a mesma mente, andamos nelas juntos (Filipenses 3:16). Se chegasse a adquirir um maior conhecimento sobre alguma coisa, terei paciência com a ignorância de meu irmão até que Deus revele o assunto a ele. Nossa unidade jaz no próprio Cristo. Se a unidade depender de concessões, trata-se só de uma seita fundada sobre opiniões humanas, porque o princípio da absoluta autoridade da verdade se perdeu.
Me dirão que os verdadeiros cristãos nunca comprometerão os pontos fundamentais do cristianismo. direi : «entendo»; mas não é assim. Há muitos que estão de acordo apesar dos enganos que afetam os fundamentos. Sei que outros não estariam; mas isto não altera o fato de que o princípio de concessões não está de maneira nenhuma autorizado na Palavra, nega a autoridade da verdade sobre nós, e pretende poder dispor da verdade em honra à paz[1]. A Palavra supõe que suportemos a ignorância, mas nunca admite as concessões, por quanto não supõe que os homens possam elaborar regras diferentes dela mesma para chegar a um acordo.
Eu recebo a um homem “débil na fé” (Romanos 14); mas não lhe concedo nada como se fosse a verdade, nem sequer em um ponto tal como o "dos legumes"; talvez chegasse a negar verdades essenciais fazendo tal coisa. Tal caso pode acontecer, quando o fato de observar dias poderia pôr em dúvida a autenticidade cristã daquele que obra desta maneira (Gálatas 4:9-11). Pode haver outro caso do que só poderia dizer: «A respeito deste ponto, “cada um esteja plenamente convencido em sua própria mente” (Romanos 14:5, 6, etc.)». Às vezes o cristianismo inteiro depende de algo com o qual se pode ter paciência a respeito de outros pontos de vista (Gálatas 2:14).
Reitero, não há traço algum na Palavra de um sistema que suprima uma parte da verdade com o fim de ter uma confissão comum, a não ser justamente ao contrário. Nos tempos dos apóstolos estava a perfeita verdade, e Deus revelou tudo o que faltava, quando as circunstâncias eram contrárias. Todos eles eram de “um mesmo sentir”, de uma mesma mente, e caminhavam juntos, e não havia nenhuma necessidade de concessões. Ninguém pretendeu recorrer a uma coisa como esta. A Bíblia não contempla pretensões deste tipo. Seria mutilar a verdade para adaptá-la às idéias de muitos.
A Palavra, portanto, especialmente em Filipenses 3, condena este acerto de verdades mutiladas, feitas com o propósito de que outros as adotem, pois isso desonra a Deus e a sua verdade. Estes são os meios que se empregam para formar uma seita, a que se compõe daqueles que estão de acordo sobre os pontos que se estabelecem como fundamentos da união. Mas esta não é nunca a unidade da Igreja de Deus. Poderá ser uma seita ortodoxa, e inclusive abranger grande parte de uma nação, porque é um corpo formado sobre a base de um acordo ao qual os homens chegaram sobre certas verdades; mas isso não é a unidade da igreja de Deus. Nas «confissões ou declarações de fé» que se elaboram, não se trata de ter paciência com indivíduos que ignoram certos pontos, nem de reconhecer juntos que a algum falta o conhecimento disso, nem de iluminar a indivíduos que se encontram nesta situação: eles só declaram a verdade que possuem, a fim de que outros ?por um acordo com essa declaração? unam-se a quem a tem adotado como fundamento da união. Para que todos a adotem, a profissão da verdade tem que ser reduzida à medida da ignorância de todos aqueles que ingressam, se forem sinceros nessa profissão; mas isto não é suportar, ter paciência, com outros, mas sim —como o tenho dito— se trata de pessoas que dispõem da verdade de Deus por um compromisso humano. É essa “a unidade do Espírito” (Efésios 4:3)?
De novo, prestem atenção a isto. Se eu conhecer a verdade, e faço uma concessão a fim de me unir a outros em uma confissão comum, minha concessão não é outra coisa que simplesmente conceder a verdade a alguém que não a quer ter. Agora, se junto com outros, faço concessões porque só temos opiniões e ignoramos a verdade, ou não temos certeza quanto a ela, que monstruosa pretensão, nesse estado de ignorância, é estabelecer uma regra para ser imposta a outros como fundamento da unidade da igreja, sob pena de não poder ser membro dela! Me pode dizer: «Mas em lugar disto, você impõe suas próprias opiniões, ao estar seguro da verdade». De maneira nenhuma; porque eu acredito em uma unidade que já existe: a unidade do corpo de Cristo, do qual todo cristão é membro (Efésios 4); enquanto que você estabelece uma união sobre pontos de vista a respeito dos quais se chegou mediante um acordo. você me dirá então que eu sou indiferente quanto à verdade. Não é assim; mas sim você empregou meios inadequados para guardá-la, impondo a outros a profissão de uma parte da verdade como base da unidade.
J. N. Darby
NOTAS
[1] N. do E.— Para expressá-lo de outra maneira, há algo que é mais obrigatório entre nós que a verdade, e é seu valor e o que ela reclama de nós. Estamos mais perto de encontrar os mesmos dogmas nas Escrituras, que de lhes atribuir a mesma autoridade sobre nós; e permita-me afirmar que as questões sobre as quais os cristãos se acham divididos resolveriam rapidamente se tão somente se aproximassem da Bíblia com a intenção de tomar seriamente todas as verdades que ela proclama. Infelizmente, enquanto a lemos, o diabo murmura em nossos ouvidos: «Toda a Escritura não é igualmente imperativa, nem tudo tem o mesmo valor e nem tudo é igualmente obrigatório; nos manda a tolerar aos fracos. Paulo mesmo se fez a todos de tudo (1.ª Coríntios 9:22), até consentindo oferecer sacrifícios e circuncidar a Timóteo; além disso, a edificação vai antes que a doutrina; as doutrinas principais mesmas vão antes em importância que as doutrinas secundárias, etc.» Assim uma pessoa abre seus ouvidos a uma linguagem que parece plausível e prudente, e que parece não atacar uma só verdade, mas que conduz tanto mais a voltar todas as verdades impotentes. De longe, alguém se inclina ante cada verdade; mas se estas nos tocam de perto, se requererem que atuemos, que sacrifiquemos algo, em seguida a verdade presente é classificada entre as verdades que estão fora de maturação.
“Solícitos em guardar a unidade do Espírito” (Efésios 4:3)
O falso princípio de uma união sobre a base de concessões mútuas goza de grande reputação e de uma bela aparência; mas é profundamente perverso e presunçoso. Supõe que a verdade está a nossa disposição. Filipenses 3 ensina um princípio totalmente diferente: não existe nenhuma idéia de concessão nem de nenhum arranjo para expressar a verdade para acomodar diferentes pontos de vista. Diz a Palavra: “Assim, todos os que somos perfeitos, isto mesmo sintamos” (V. 15). Não diz: «Façamos descer a verdade até a medida de quem não chegou a sua altura». Tampouco se refere a duas pessoas que ignoram qual das duas tem a verdade, ou que estão satisfeitas de supor a possibilidade de engano quando renunciam mais ou menos ao que sustentam a fim de expressar seu acordo. Tudo isto constitui uma violação contra a autoridade da verdade sobre nós.
Segue dizendo o versículo: “e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá”. Aqui não se trata de uma questão de concessões, mas sim de caminhar juntos nas coisas que possuímos; e ao as reconhecer como a verdade de Deus, não podemos renunciar a nenhuma delas, mas sim, pelo contrário, todos sujeitamos a elas. Neste caso, não há lugar para nenhuma concessão, nem de um nem de outro lado; pois todos possuem a mesma verdade, havendo-a já alcançado em alguma medida, e todos caminham juntos, pensando a mesma coisa (compare-se 1.ª Coríntios 1:10). O remédio para as diferenças de pensamentos que possam ficar, não é fazer concessões (como se poderia tratar assim com a verdade?), a não ser a revelação de Deus a favor daquele que é ignorante, como todos nós o somos sobre uma grande variedade de pontos.
Mas me objetará: «Sobre essa base, a gente nunca chegará a um acordo.» Mas onde encontramos na Palavra algo assim como «chegar a um acordo»? Chegar a um acordo, não é a unidade da Igreja de Deus. A verdade não pode ser alterada, e não nos chama a impor pela força nossos imperfeitos pontos de vista sobre outros. Eu devo ter fé e, para andar juntos, todos devemos ter a mesma fé; mas nas coisas que recebemos como a verdade de Deus pela fé, não posso fazer concessões. Posso tolerar a ignorância, mas não posso acomodar a verdade para agradar a outros. Me perguntará: «Como podemos andar juntos em tal caso?» Mas por que estabelecer bases de unidade que requeiram ou unidade de opiniões, ou uma coisa tão perversa como a concessão desta ou aquela verdade? Quanto às coisas em que possuímos a verdade, e com respeito às quais temos fé, temos a mesma mente, andamos nelas juntos (Filipenses 3:16). Se chegasse a adquirir um maior conhecimento sobre alguma coisa, terei paciência com a ignorância de meu irmão até que Deus revele o assunto a ele. Nossa unidade jaz no próprio Cristo. Se a unidade depender de concessões, trata-se só de uma seita fundada sobre opiniões humanas, porque o princípio da absoluta autoridade da verdade se perdeu.
Me dirão que os verdadeiros cristãos nunca comprometerão os pontos fundamentais do cristianismo. direi : «entendo»; mas não é assim. Há muitos que estão de acordo apesar dos enganos que afetam os fundamentos. Sei que outros não estariam; mas isto não altera o fato de que o princípio de concessões não está de maneira nenhuma autorizado na Palavra, nega a autoridade da verdade sobre nós, e pretende poder dispor da verdade em honra à paz[1]. A Palavra supõe que suportemos a ignorância, mas nunca admite as concessões, por quanto não supõe que os homens possam elaborar regras diferentes dela mesma para chegar a um acordo.
Eu recebo a um homem “débil na fé” (Romanos 14); mas não lhe concedo nada como se fosse a verdade, nem sequer em um ponto tal como o "dos legumes"; talvez chegasse a negar verdades essenciais fazendo tal coisa. Tal caso pode acontecer, quando o fato de observar dias poderia pôr em dúvida a autenticidade cristã daquele que obra desta maneira (Gálatas 4:9-11). Pode haver outro caso do que só poderia dizer: «A respeito deste ponto, “cada um esteja plenamente convencido em sua própria mente” (Romanos 14:5, 6, etc.)». Às vezes o cristianismo inteiro depende de algo com o qual se pode ter paciência a respeito de outros pontos de vista (Gálatas 2:14).
Reitero, não há traço algum na Palavra de um sistema que suprima uma parte da verdade com o fim de ter uma confissão comum, a não ser justamente ao contrário. Nos tempos dos apóstolos estava a perfeita verdade, e Deus revelou tudo o que faltava, quando as circunstâncias eram contrárias. Todos eles eram de “um mesmo sentir”, de uma mesma mente, e caminhavam juntos, e não havia nenhuma necessidade de concessões. Ninguém pretendeu recorrer a uma coisa como esta. A Bíblia não contempla pretensões deste tipo. Seria mutilar a verdade para adaptá-la às idéias de muitos.
A Palavra, portanto, especialmente em Filipenses 3, condena este acerto de verdades mutiladas, feitas com o propósito de que outros as adotem, pois isso desonra a Deus e a sua verdade. Estes são os meios que se empregam para formar uma seita, a que se compõe daqueles que estão de acordo sobre os pontos que se estabelecem como fundamentos da união. Mas esta não é nunca a unidade da Igreja de Deus. Poderá ser uma seita ortodoxa, e inclusive abranger grande parte de uma nação, porque é um corpo formado sobre a base de um acordo ao qual os homens chegaram sobre certas verdades; mas isso não é a unidade da igreja de Deus. Nas «confissões ou declarações de fé» que se elaboram, não se trata de ter paciência com indivíduos que ignoram certos pontos, nem de reconhecer juntos que a algum falta o conhecimento disso, nem de iluminar a indivíduos que se encontram nesta situação: eles só declaram a verdade que possuem, a fim de que outros ?por um acordo com essa declaração? unam-se a quem a tem adotado como fundamento da união. Para que todos a adotem, a profissão da verdade tem que ser reduzida à medida da ignorância de todos aqueles que ingressam, se forem sinceros nessa profissão; mas isto não é suportar, ter paciência, com outros, mas sim —como o tenho dito— se trata de pessoas que dispõem da verdade de Deus por um compromisso humano. É essa “a unidade do Espírito” (Efésios 4:3)?
De novo, prestem atenção a isto. Se eu conhecer a verdade, e faço uma concessão a fim de me unir a outros em uma confissão comum, minha concessão não é outra coisa que simplesmente conceder a verdade a alguém que não a quer ter. Agora, se junto com outros, faço concessões porque só temos opiniões e ignoramos a verdade, ou não temos certeza quanto a ela, que monstruosa pretensão, nesse estado de ignorância, é estabelecer uma regra para ser imposta a outros como fundamento da unidade da igreja, sob pena de não poder ser membro dela! Me pode dizer: «Mas em lugar disto, você impõe suas próprias opiniões, ao estar seguro da verdade». De maneira nenhuma; porque eu acredito em uma unidade que já existe: a unidade do corpo de Cristo, do qual todo cristão é membro (Efésios 4); enquanto que você estabelece uma união sobre pontos de vista a respeito dos quais se chegou mediante um acordo. você me dirá então que eu sou indiferente quanto à verdade. Não é assim; mas sim você empregou meios inadequados para guardá-la, impondo a outros a profissão de uma parte da verdade como base da unidade.
J. N. Darby
NOTAS
[1] N. do E.— Para expressá-lo de outra maneira, há algo que é mais obrigatório entre nós que a verdade, e é seu valor e o que ela reclama de nós. Estamos mais perto de encontrar os mesmos dogmas nas Escrituras, que de lhes atribuir a mesma autoridade sobre nós; e permita-me afirmar que as questões sobre as quais os cristãos se acham divididos resolveriam rapidamente se tão somente se aproximassem da Bíblia com a intenção de tomar seriamente todas as verdades que ela proclama. Infelizmente, enquanto a lemos, o diabo murmura em nossos ouvidos: «Toda a Escritura não é igualmente imperativa, nem tudo tem o mesmo valor e nem tudo é igualmente obrigatório; nos manda a tolerar aos fracos. Paulo mesmo se fez a todos de tudo (1.ª Coríntios 9:22), até consentindo oferecer sacrifícios e circuncidar a Timóteo; além disso, a edificação vai antes que a doutrina; as doutrinas principais mesmas vão antes em importância que as doutrinas secundárias, etc.» Assim uma pessoa abre seus ouvidos a uma linguagem que parece plausível e prudente, e que parece não atacar uma só verdade, mas que conduz tanto mais a voltar todas as verdades impotentes. De longe, alguém se inclina ante cada verdade; mas se estas nos tocam de perto, se requererem que atuemos, que sacrifiquemos algo, em seguida a verdade presente é classificada entre as verdades que estão fora de maturação.
Assinar:
Postagens (Atom)
Irmãos em Cristo Jesus.

Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"