sábado, 1 de agosto de 2009

Cristo é o Alvo das Escrituras- Levi Candido

“Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José.” (Jo 1:45)

O propósito de Deus ao dar-nos a Sua Palavra – as Escrituras Sagradas - , foi para que nela encontrássemos o Seu Cristo; a nossa salvação. Alguém já disse que “a Bíblia é um livro de uma só visão: Cristo”. Ele é o centro das verdades divinas. Como disse o apóstolo Paulo: “...o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” (Cl 2:2b-3) Admirável Cristo! Meus irmãos “em Cristo”, peçam ao Bendito Espírito Santo: “Oh, Admirável Consolador! Revela-nos Cristo, e desta forma mostra-nos o Pai!”. Cristo é a plenitude de Deus. Os homens naturais buscam sabedoria como os gregos e pedem sinais como os judeus, mas, oh! Quando Cristo lhes é revelado eles cantam: “Todas as minhas fontes são em Ti”. (Sl 87:7b) Que riqueza da graça o Pai concedeu aos Seus filhos! O Pai nos deu Cristo, e com Ele todas as coisas.(ver Rm 8:32) C.H.Spurgeon disse certa vez: “Tenho grande necessidade de Cristo; tenho um grande Cristo para as minhas necessidades”. Ò amados do Senhor! Contemplem Cristo, e busquem a Ele somente, e então sereis unidos à Fonte de todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. O testemunho de Filipe a Natanael é muito significativo. Disse ele: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus...” Aqui está um grande exemplo aos missionários. Penso e prego que esta deve ser a única ênfase dos missionários: apresentar Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador. “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4:12) A salvação não encontra-se em nenhuma denominação, em nenhuma religião, em nenhuma organização, mas somente em Cristo. “Cristianismo é Cristo, e Cristo é a revelação final e absoluta de Deus”, disse Syanley Jones.. A esta altura, deixo uma admoestação aos pregadores da Palavra de Deus: Irmãos, se conseguirmos pregar a Cristo, e somente Cristo ao nosso povo, teremos pregado tudo a eles. Para muitos de nós talvez, o que observamos ao recorrer às Escrituras não passa de um conjunto de regras, preceitos, profecias, histórias, símbolos,etc,...Todavia, o objetivo divino é revelar-nos o Cristo que é o tema central de toda a Escritura. D.L.Moody dizia: “As Escrituras não foram dadas para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida”, e somente Cristo pode realizar isto eficientemente. “Cristo é o centro das atenções no céu”, dizia Archibald Alexander e também o é para os filhos de Deus que ainda peregrinam na terra. “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. (Sl 73:25). Se ao lermos as Escrituras, não encontrarmos nelas a pessoa de Jesus Cristo, a nossa leitura é vã. “Examinais as Escrituras”, disse Cristo, e acrescentou: “porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” (Jo 5:39) As Escrituras aqui mencionadas por Cristo, faz alusão ao Pentateuco, Salmos e os livros proféticos. O novo Testamento apresenta-nos a realidade estabelecida que os santos do Antigo Testamento apontaram. “A seguir Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras.” (Lc 24:44-45) “Quando você está lendo um livro em um quarto escuro e acha isto difícil, leva-o para perto de uma janela para receber mais luz. Da mesma forma, leve sua Bíblia a Cristo”, dizia Robert Murray M’Cheyne. Sem a revelação do Cristo de Deus, a Bíblia torna-se uma biblioteca sem vida. O irmão Romeu Borneli dentro deste contexto foi muito preciso quando disse: “Cristo é a chave para a compreensão das Escrituras Sagradas”. De fato, Cristo é o ponto de convergência dos cristãos autênticos. Assim como os girassóis estão continuamente voltados para o sol e se movem em sua direção, os olhares e afetos de todos os santos estão voltados para Cristo. Certa vez ouvi o irmão Délcio Meireles rogando numa oração: “Senhor, leve os “Moisés” e os “Elias” e nos deixa ver Jesus somente...”. No livro do Evangelho segundo São Mateus, no capítulo 17, vemos um fato singular. Jesus foi a um alto monte levando consigo a Pedro, Tiago e João. Sendo transfigurado diante deles, apareceram Moisés e Elias e falavam com Ele. Talvez na estimativa de Pedro, agora eles estavam completos. A propósito, estavam ali Moisés representando a Lei de Israel, Elias representando os profetas, e....Cristo. A impulsividade de Pedro chegou-se ao extremo quando da decisão de fixarem ali três tabernáculos: um para o Senhor, outro para Moisés e ainda outro para Elias. Esta decisão de Pedro mostra que ele desconsiderava a necessidade que Jesus Cristo expôs de seguir para Jerusalém, sofrer, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.(cf. Mt 16:21) A resposta divina surgiu-se imediatamente, estando Pedro ainda a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu. Então da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi.” (Mt 17:5) O temor os apanhou de tal modo que os discípulos caíram sobre os seus rostos. Jesus então, aproximando-se deles, tocou-lhes e disse-lhes para levantarem- se. Então a narrativa divina prossegue-se apresentando o alvo e propósito divino neste episódio: “Então eles, levantando os olhos, a ninguém viram senão só a Jesus”. (Mt 17:8) “..a ninguém viram senão só a Jesus.” Que expressão! Qual tem sido o alvo de nossa visão ao lermos e meditarmos nas Escrituras? Um santo já disse: “Tenho ouvido a voz de Jesus, para mim, só Ele é perfeito; Tenho visto a face de Jesus, minha alma ficou satisfeita”. Cristo é o cumprimento da Lei, dos Profetas e dos Salmos. “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constitui herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” (Hb 1:1-2) Onde nossos olhos repousam? Em Leis, em Profetas, em ritos e ordenanças, em alguma coisa mais? Aos olhos que já foram abertos e ungidos pelo Espírito Santo, Cristo é seu Objeto supremo. A canção que flui do coração regenerado é: “Cristo é admirável, Cristo é muito admirável, Cristo é o mais admirável, Cristo é sempre admirável, Cristo é totalmente admirável! Eis o cântico da noiva celestial: “Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso, Deus te abençoou para sempre. O meu amado é alvo e rosado, o mais distinguido entre dez mil.” (Sl 45:2, Ct 5:10) Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR e Salvador Jesus Cristo, Autor e Consumador da nossa fé. No coração do amoroso Pai o Seu Filho ocupa a primazia. “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi.” A Lei e os Profetas vigoraram até João. Cristo Jesus é a revelação suprema e completa de Deus. Ele é o “Eu Sou” manifestado a nós. Diz um trecho de uma confissão a respeito do Senhor Jesus Cristo: “...o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim”. Com respeito a isto João Calvino acertadamente disse: “O Filho de Deus tornou-se Filho do homem, para que os filhos dos homens se tornassem filhos de Deus”. Crente, qual é o objeto supremo de sua visão? Ao abrirmos a Palavra de Deus devemos rogar ao divino Espírito para que nos revele Cristo. Aleluia! Cristo é o alvo das Escrituras.

A Igreja de Jesus Cristo- Levi Candido

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16:18)

Convido meus amados irmãos e irmãs para ponderarmos sobre três tópicos fundamentais que podemos extrair do texto supracitado, os quais o Senhor nos têm revelado para juntos compartilharmos.
São eles: “O FUNDAMENTO DA IGREJA”, “A EDIFICAÇÃO DA IGREJA” e “O TRIUNFO DA IGREJA”.

1º “O FUNDAMENTO DA IGREJA” “...tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...”Neste tópico há um equívoco interpretativo contrastante com a verdade com relação ao termo “pedra”. “Tu és Pedro” (“petros”, palavra grega designativa de pequenos blocos rochosos, fragmentos de rocha, pedras pequenas, pedras de arremesso). Lamentavelmente, alguns interpretaram indevidamente este verso como se Pedro fosse a principal pedra sobre a qual a Igreja seria edificada. Provavelmente, desta errônea interpretação surgiu-se a heresia católica, a qual estabeleceram Pedro como o primeiro Papa da igreja. Contudo, esta interpretação não tem respaldo ou nexo algum com a clara e consistente revelação das Escrituras, pelo contrário, opõe-se a elas frontalmente como veremos a seguir. Embora numa leitura rápida do verso em referência têm-se a suposição de que esta pedra alude-se a Pedro, numa consideração mais atenciosa percebe-se que isto não é a verdade. Apesar do jogo de palavras contido no texto, não é a pessoa de Pedro que é a pedra fundamental da Igreja. É Cristo mesmo. “Sobre esta pedra (do termo grego “petra”; rocha grande e firme) edificarei a minha igreja...”. Logo, a Igreja seria firmada sobre a Rocha. Jesus é a “petra”, a Rocha sobre a qual Sua Igreja está sendo edificada (seguem-se algumas referências para consideração: Daniel 2.34; Efésios 2.20; Atos 4.11; Romanos 9.33; 1 Coríntios 10.4; 1 Pedro 2.4). “Se a Igreja é o corpo de Cristo, Pedro não poderia ser o cabeça da Igreja. A cabeça desse corpo é o Senhor Jesus”. (Efésios 1.22-23; Colossenses 1.18) Certamente o termo “pedra” aqui mencionado por Cristo na qual a Igreja seria edificada, tem a sua aplicabilidade indiscutível a Cristo, e não a Pedro conforme podemos certificar-nos pelo contexto geral das Escrituras Sagradas. A Bíblia sendo espiritual só pode ser interpretada pela própria Bíblia. As coisas espirituais se discernem espiritualmente. (cf. I Co 2:14) O que Cristo disse é que a Sua Igreja seria edificada a partir da confissão de Pedro a Seu respeito: “..Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mt 16:16b,18b) Leiamos outros versos que comprovam a veracidade desta afirmação. “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos.” (Sl 118:22-23) “No Novo Testamento este trecho é aplicado a Cristo como o centro do novo Templo de Deus, a Igreja real”¹. O próprio Cristo fez referência deste texto aplicando-o a si mesmo, mostrando a sorte dos ímpios que rejeitarem o Seu senhorio e a sua salvação; a estes Ele será pedra de tropeço e rocha de ofensa. “Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” (Mt 21:42) Jesus é a pedra fundamental para os que confessam o Seu nome, e tem as suas vidas edificadas nEle, passando então a fazer parte do edifício de Cristo; as pedras vivas da Igreja. Para quem se recusa crer em Cristo, Ele deixa de ser esta pedra que alicerça esta vida, e então torna-se-lhe pedra de tropeço e condenação no julgamento por vir. O próprio Pedro deu testemunho desta pedra perante o Sinédrio enfatizando-O como o único fundamento estabelecido por Deus para a salvação dos que nEle crêem. “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4:11-12) O mesmo apóstolo escrevendo em sua primeira epístola, no capítulo 2 versos 4-8, refere-se a Cristo como a pedra viva posta por Deus e os crentes como pedras vivas sendo edificados sobre esta pedra principal. “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.” Foi Thomas Watson quem disse: “As pessoas que não tem Cristo como Rei para reinar sobre elas jamais terão Seu sangue para salvá-las”. Cristo é o único fundamento inamovível, o alicerce da Igreja e de cada crente, que já foi estabelecido segundo a graça de Deus (cf. I Co 3:10-11), tendo sido lançado pelo Senhor através dos Seus apóstolos e profetas cristãos. A Palavra de Deus é categórica: “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” (Ef 2:20-22) Irmãos e irmãs, lamentavelmente após a era apostólica surgiram diversos nomes para a Igreja os quais tem sido a causa de divisões e facções não procedente obviamente, da vontade do Senhor, “porque Deus não é de confusão; e, sim, de paz.” (ICo14:33ª) Foi com muita lógica e percepção que um irmão refletiu: “Quando Paulo foi a Corinto pregar o evangelho e fazer a obra do SENHOR, será que ele estabeleceu uma Igreja "Paulina" com CRISTO como seu fundamento? E Apolo, que também ministrou em Corinto, estabeleceu uma Igreja sobre a base de Apolo tendo CRISTO como seu fundamento? Ou ainda Pedro, que possivelmente também tenha ido a Corinto, formou ele uma Igreja "Petrina" com CRISTO como fundamento? É óbvio que nenhum deles fez isso. Em Corinto não havia uma Igreja "Paulina", nem "Apolônica", nem "Petrina". Sendo assim, que fizeram eles? Quando Paulo foi a Corinto e conduziu as pessoas ao SENHOR, ele estabeleceu a Igreja em Corinto. Sobre que base? Sobre a base de Corinto. Ele estabeleceu a Igreja em Corinto com CRISTO como seu fundamento e sobre a base única da cidade. Quando Apolo foi a Corinto, ele não estabeleceu uma outra Igreja, mas edificou os santos sobre o mesmo único fundamento e sobre a mesma única base, a base de Corinto. Paulo plantou-os naquela base e Apolo regou-os sobre a mesma base. Em 1 Coríntios 1:2 diz-se: "À igreja [no singular] de DEUS que está em Corinto". Paulo, Apolo e Pedro trouxeram seus diversos ministérios a Corinto, mas eles todos edificaram uma Igreja com um fundamento, sobre a única base da unidade...” Oxalá meus irmãos e irmãs isto possa ser igualmente a realidade aqui em Barueri: “À igreja de DEUS que está em Barueri”. Amados irmãos, se a igreja deve ter nome próprio, não pode ser outro a não ser o nome de Cristo. Foi assim que um cristão anônimo registrou: “A igreja é o corpo de Cristo; o corpo de um homem leva o mesmo nome de sua cabeça”. Percebam amados o que Paulo disse em Coríntios1:10-13: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” Imaginem só, irmãos e irmãs, alguém dizendo: “Eu sou da Batista”, e outro: “E eu da Presbiteriana”, e ainda outro: “Eu sou da Assembléia de Deus”, etc,.. Perguntaríamos então: Acaso, Cristo está dividido? Foi “a Batista” crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome da Presbiteriana? Ah, meus amados! Que possamos estar no mesmo Espírito que testifica: “Em Cristo, a Rocha sólida, estou firme; Todo outro fundamento é areia movediça!” Os nomes denominacionais atribuídos à Igreja pelos homens não são ordenados por Deus e não subsistirão no juízo vindouro. O único nome prevalecente será aquele instituído pelo próprio Deus: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2:9-11) Concordo com o irmão Silvio Maria que disse:”Nos separamos do Sistema denominacional, simplesmente porque Cristo Jesus, o Filho de Deus é o único digno!...Ele é digno do sacrifício de se deixar todos os outros nomes e divisões e nos reunir somente em seu nome eternamente Bendito”. Após considerarmos os pontos acima, creio ser oportuno levantarmos as seguintes perguntas: Qual é a nossa identidade como Igreja? Qual a base e sobre qual fundamento temos sido edificados? A propósito, a palavra Igreja provém do grego “ekklesia” (assembléia), e significa necessariamente “aqueles que foram chamados para fora”(de todas as nações, tribos, línguas e povos) para serem reunidos em torno do nosso Senhor Jesus Cristo, sob a Sua autoridade e para glorificar o Seu nome. Assim somos identificados como membros da Igreja de Cristo. Usar outros nomes para identificar a Igreja a qual é o seu corpo, penso que está mais para desonra do que para a honra ao Senhor. Que o Senhor nos livre de tudo aquilo que possa desonrá-Lo! “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3:11)

2º “A EDIFICAÇÃO DA IGREJA” “..e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,..”
Irmãos e irmãs, aqui está algo que é bem evidente, porém se faz necessário a sua ênfase: A igreja é edificada pessoalmente por Cristo e sobre Ele mesmo. Quão inutilmente vemos muitos líderes tentando edificar “igrejas” sobre outras bases e fundamentos estranhos! O máximo que eles possam fazer com seus esforços dissipa-se sem a orientação divina. “Se o SENHOR não edificar a casa (em nosso contexto; a Igreja), em vão trabalham os que a edificam;...” (Sl 127:1ª) “...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,..” O verbo “edificar” sugere-nos explicitamente o fato de que a Igreja está sob os cuidados e competência do próprio Senhor Jesus Cristo no que tange à sua edificação. Para isto “..ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,” (Ef 4:11-13) Observem irmãos e irmãs, Ele mesmo é quem concedeu os Seus santos para o bem e aperfeiçoamento do Seu Corpo. Existem muitos falsos apóstolos, falsos profetas, falsos evangelistas, falsos pastores e mestres que não foram enviados pelo Senhor, mas são lobos vorazes. O apóstolo Paulo já advertia a Igreja primitiva sobre a penetração sorrateira destes inimigos no seio da Igreja. “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.” (Fp 3:17-19) Notem qual é a inclinação e ênfase destes inimigos da cruz de Cristo: As coisas terrenas. Normalmente, a ênfase desses falsos ministros está voltada a um fim antropocêntrico; isto é, tudo centralizado em conveniência do próprio homem. O irmão Tomaz Germanovix, num estudo bíblico deixou-nos algo muito precioso referente ao ensinamento sobre Cristo e a Sua Igreja. Disse ele: “A Igreja não é uma criação humana, uma organização ou um sistema terreno, ela teve a sua origem no próprio Senhor Jesus. Nenhuma sabedoria deste mundo pode discernir a Igreja, pois se trata de uma realidade espiritual. Assim como o novo nascimento, a Igreja jamais poderá ser compreendida a partir do raciocínio carnal. Somente o Espírito Santo pode nos dar a visão correta da Igreja que Jesus está edificando. No livro de I Coríntios 12:12-13 está escrito: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” Nesta passagem, observamos que a Igreja é a expressão do corpo de Cristo. Dizendo de outro modo, a Igreja nada mais é do que a expressão do Cristo coletivo. Todos aqueles que foram aceitos pelo Senhor, fazem parte da Igreja de Cristo. O livro de Colossenses 1:18ª, aponta que Cristo é a cabeça da Igreja: “Ele é a cabeça do corpo, da Igreja.” A Igreja é o resultado da união vital entre Cristo e todos aqueles que foram salvos. Isto significa que a Igreja é o corpo de Cristo, e ela tem como único propósito manifestar a vida de Cristo. A Igreja estará em profundas trevas quando não expressar a vida de Cristo. Uma “igreja”que não expressa a vida de Cristo pode ser tudo, organização religiosa, missão, denominação, entidade social, mas, jamais, poderá ser considerada como Igreja que Jesus está edificando. O “único material” que pode ser usado para a edificação da Igreja é o próprio Cristo, pois a vida da Igreja é a vida de Cristo”. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15:1,5) Foi William Gurnall quem disse: “A igreja não é nada mais do que Cristo manifestado”. Há um comentário bíblico que considero bastante oportuno neste instante, expressa-se assim: “Quando Cristo é tudo em todos: As divisões desaparecem, as mais apreciadas qualidades aparecem, a compreensão e o perdão tem êxito, o amor une a todos, a paz e a gratidão dominam o coração, a vida se torna exemplar aos outros e Deus é plenamente glorificado”. O apóstolo Paulo disse em Colossenses 3:11 o seguinte: “onde não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo e em todos.” “A igreja está em Cristo como Eva estava em Adão”, disse Richard Hooker. Observem meus irmãos e irmãs, Cristo disse: “..e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,..” John MacArthur Jr. expressou-se precisamente quando disse: “A Igreja é de Cristo. Ela é de fato, na terra, uma extensão visível da vida de Cristo. O único modo pelo qual você pode ser membro da igreja verdadeira é nascer com a própria vida de Cristo. A única vida que a verdadeira igreja tem é a vida de Cristo. Ao mesmo tempo que somos uma extensão da vida de Cristo, somos certamente uma extensão do ministério de Cristo. Mas é triste dizer que a maioria das igrejas está infinitamente longe deste fato. Muitas são igrejas, apenas em virtude do fato de terem um prédio que se chama igreja”.

3º “O TRIUNFO DA IGREJA” “...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” A Igreja subsiste por Cristo e para Ele. Ela permanecerá eternamente para a glória do Senhor. Porém, enquanto a Igreja ainda estiver sendo edificada ela sofrerá perseguições e terríveis ataques por parte dos inimigos infernais. Foi Matthew Henry quem disse: “Os seguidores de Cristo não podem esperar melhor tratamento do mundo do que o que o Mestre recebeu”. Mas como dizia Benjamin E. Fernando. “A perseguição é um dos sinais mais seguros da autenticidade do nosso cristianismo”. O mesmo autor também declarou: “Esmagar a igreja é como bombardear um átomo: energia de alta qualidade é liberada em quantidades enormes e com efeitos miraculosos”. Para a Igreja, as batalhas são muitas e constantes, mas a vitória é certa e garantida: “..as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Isto significa que a Igreja é e sempre será vitoriosa por causa dAquele que a sustenta e dela cuida. Em Efésios 5:29-30 podemos certificar-nos desta verdade: “Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja; porque somos membros do seu corpo.” Assim como o pastor permanece com seu rebanho e suas ovelhas dependem totalmente dele quanto ao alimento, água e proteção contra os animais ferozes, assim também Cristo permanece com Seu rebanho, suprindo-o de toda a provisão e jamais o abandonará. Disse-nos o Senhor Jesus Cristo: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas...E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Jo 10:11; Mt 28:20b) “O mesmo Deus que controla o sol cuida do pardal”, quanto mais dos Seus filhos! Irmãos e irmãs, não devemos esperar tratamento vip num mundo que jaz no malígno. “Quem é mais inocente do que Cristo? E quem é mais perseguido? O mundo continua sendo o mesmo”, dizia John Flavel. Mas graças a Deus, a Igreja pertence ao Cordeiro – “O Senhor pelejará por nós” . “..edificarei a minha igreja,..”, disse Cristo. Se olharmos retrospectivamente, veremos muitas pelejas travadas, muitas perseguições contra o povo de Deus, muitos cristãos foram mortos (ver exemplos de fé em Hb11: considerem os versos 32-40), mas em toda a existência da Igreja o Senhor outorgou-lhes plena vitória. E, se olharmos prospectivamente (ver Ap 21), veremos que o Senhor Jesus Cristo cuidará até ao fim da Sua igreja e apresentá-la-á “a si mesmo como igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Ef 5:27) Não obstante as diversas perseguições e ataques do malévolo contra a Igreja, “se você pensa que está vendo a arca de Deus a cair, pode estar certo de que está tendo vertigens”, pois, “a causa de Deus nunca corre perigo; o que Ele começou na alma ou no mundo levará até ao fim”. O que concerne à Igreja de Cristo o Senhor levará a bom termo. “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (I Ts 5:23-24; Rm 8:31-32,37-39) Graças a Deus, o Senhor está edificando a Sua “Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Amém!

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"