RELAÇÃO
HISTÓRICO-MITOLOGAL
Gino Iafrancesco
Tradução: Paulo Sérgio Almeida de
Oliveira
O Deus único e Verdadeiro, Yahveh
Elohim, criou o céu e a terra. Este é o registro inspirado das Sagradas
Escrituras hebraicas; crença corroborada além em certa forma pela história
profana apoiada pela arqueologia, a qual mostrou a subjacência de um Deus
supremo nos antigos mistérios. É o começo monoteísta da história. Além dos
documentos inspirados e mosaicos da Gênesis, historiadores e arqueólogos
modernos tais como S. Langdom, Mallet, F. Petrie, Sayce, Wilkinson, Albright,
demonstram apoiados nos documentos antigos que a religião original e natural
foi monoteísta. Também historiadores antigos tais como Higinus, declaram que em
um princípio, antes da hermenêutica de Cuxe, filho de Cam, os homens viviam sem
cidades, nem leis e falando um mesmo idioma, até a distribuição das nações por
divergências lingüísticas; reminiscência de Babel. A antropologia moderna
reconhece a crença universal em um Deus supremo das raças primitivas. A
representação das emanações do Deus supremo foi personificada e logo apartada
em certo modo dele. Deu-se assim lugar, pouco a pouco ao politeísmo animista,
ao qual se uniu a deificação mítica dos antepassados e fundadores. foi
conformando então assim uma galena de heróis que chegaram a ser titãs,
especialmente na Grécia e logo Roma, cujas figuras foram se misturando entre si
e atribuindo-se a uns e outros as qualidades dos demais.
A mentira da serpente sobreviveu ao
dilúvio e quis apresentar-se como a verdade original. A arte de escrever já era
uma realidade nos tempos antediluvianos. Quando Deus pôs sinal em Caim
demonstrou que era inerente na natureza humana a capacidade de decifrar. Foram
as tradições judaicas e árabes as que atribuíram a Enoque a paternidade da
escritura. Assurbanipal,
o famoso bibliófilo assírio antigo, mencionou "escritos anteriores ao
dilúvio". Beroso também registra a tradição do enterro dos documentos
escritos em tabuletas antes do dilúvio e desenterrados depois. Wolley, Smith e
Langdon acharam tabuletas pictográficas e selos que chamaram antediluvianos em
Ur, Fara, e Kish, respectivamente. Entretanto, a geologia de modelo
catastrofista apresenta evidências diluvianas muitíssimo mais convincentes. O
modelo atualista ficou curto para explicar os fenômenos da crosta terrestre e
do fundo submarino.
O monoteísmo foi a religião
universal primitiva da qual se obteve a idéia de um Deus supremo que com o
tempo chegou a ser feito o pai dos deuses, primeiro, emanações e logo personificados
em mescla com os heróis legendários. Cuxe, o filho de Cam, pai de Nimrode é o
personagem histórico que aparece como responsável pela perversão religiosa
original a partir do dilúvio. É quem aparece como intérprete e pregador da
mentira encoberta da serpente, tergiversando assim o entendimento original dos
descendentes dos sobreviventes do dilúvio. Hermes, que significa filho de Cam,
é o mesmo Bel, fundador da Babilônia, o intérprete dos deuses. Depois foi
chamado de Mercúrio, confundido logo com o titã Hiperião e com o Jano, a quem se
representava esparramando as nações e com duas caras. Em sua honra nomeou ao
primeiro mês do ano como janeiro, posto que ele era o suposto pai dos deuses.
Suas façanhas foram mitificadas e ele e seus descendentes foram deificados. A
ele se atribui, pois, o entroncamento original da corrente hermética ou
esotérica que alimentou a tradição ofita, gnóstica, templária e rosa cruz
maçonica, especialmente dos graus elevados e de rito paládio como o luciferiano
dos iluminati entre os grandes druidas. Entretanto, não podem atribuir-se em
justiça a este Hermes-Cuxe, filho de Cam, os livros de Hermes trismegisto:
Poimandres, Asclépio, o livro sagrado da virtude do mundo, e os fragmentos ao Tot
e de Isis, Afrodite, e das digressões. Um estudo daqueles revela melhor a mão
de um falsário alexandrino da época de Constantino que toma o nome esotérico de
Hermes para conjugar seu próprio ecletismo, mesclando ideias pervertidas de
Gênesis e Jó com o platonismo grego de Plotino e a nomenclatura egípcia.
Inclusive sua teologia é, em relação ao Verbo, de tendência ariana. Vemos,
pois, em Hermes trismegisto a sutil mentira da serpente que arrasta ao
panteísmo que já se vê na Cabala e no Bagavad Ghita, com o qual o politeísmo
justificava sua idolatria e se reenfocava ao redor da serpente.
Nimrode ou Ninus, filho de Hermes -
Cuxe, estabeleceu Babilônia e a religião pervertida de seu pai. Os caldeus
compartilharam a ciência e a matemática com o Egito. Egito o passou para a Grécia,
pois aquelas eram patrimônio da religião. Testemunho de tal intercâmbio são Heródoto,
Plutarco, Diodoro, Porfirio, Jâmblico, Proclos; este último sustentava que
Pitágoras tinha recebido a iniciação nos mistérios órficos das mãos de
Aglaofamos quem do Egito possuía na Grécia as tradições gastas por Orfeu. Sólon
recebe a tradição de Atlântida das mãos de um sacerdote egípcio. O próprio Platão
utiliza o Tot. Porfirio tinha correspondência com Anebo. Os mistérios órficos,
a metempsicose, as matemáticas, o alfabeto hieroglífico e outras coisas eram transfundo
comuns de egípcios, gregos, índios e celtas. A religião da Babilônia chegou a
ser então a mãe dos distintos sistemas de mitologia, a boca de leão. Ela foi,
entretanto, a mulher prostituta que traiu ao marido, o Deus verdadeiro.
Abandonou ao Criador. Semitas e camitas, por motivos relacionados, estiveram
inimizados.
Ramos Jafetitas e Camitas emigraram
ao longínquo oriente fundindo suas correntes. Os camitas tomaram posse no
sudeste e sudoeste; os Jafetitas no nordeste e noroeste, e os semitas no oriente
médio. A filologia tem descoberto similitude lingüística entre os povos
asiáticos e os americanos pré-colombinos. O longínquo oriente e os esquimós são
parentes. As tradições antigas destes povos revelam que a mescla Jafetita-camita
desceu sobre a América pré-colombina, principalmente do norte emigrando para o
sul, e irmanando as civilizações do Egito, a Índia, a China com as astecas,
maias e incas. Da América do sul se emigrou através do Oceano Pacífico às ilhas
do sul e a Polinésia, na legendária travessia do Kon Tiki. Jafé, pois, preponderou
na Europa e Cam na África. Sem, na parte central da terra. O Deus verdadeiro,
Yahveh Elohim, iria sendo mal entendido pouco a pouco por instigação da
serpente e seus filhos, principalmente pela religião ofita que se assentou
primeiro no Egito, Etiópia e resto da África.
A primeira dilusão foi para um
simples e mero deus supremo, que era Amon no alto Egito, Assur entre os
assírios, Brahma entre os hindus, Pitão entre os zapotecas, Hunab-ku entre os
maias, Chuminigagua entre os chibchas, Atacuju Huiracocha entre os incas. Amon
chegou a ser logo identificado com a serpente e chegou a ser Nef em Tebas e Etiópia,
e a serpente emplumada Quetzalcoatl entre os astecas, o qual era o Kukulcán dos
maias. Assim a serpente se fez adorar se passando por criador de homens e deus
da vida, do firmamento e a agricultura. Da mesma maneira tinha sido
personificado em Nimrode ou Ninus e também em seu pai, sendo o transfundo de
Marduk ou Merodach entre os babilônios, que era a sua vez o mesmo Zeus, Júpiter
ou Jove entre gregos e romanos, e Pachacamac entre os incas. Este não era mais
que o anterior Bel, Baal de babilônios, caldeus e fenícios. Por isso foi o
Huiracocha inca o que castigou aos homens com um dilúvio, segundo sua versão;
do qual havia, está claro, outras semelhantes relacionando o evento entre a
generalidade das mitologias. Tudo isso não é outra coisa senão traços da
história verídica diluviana, na qual aparece o Noé histórico, feito Xixutro na epopéia
de Gilgamesh, ou Deucalião e Pirra sobreviventes entre os gregos, e parentes de
Prometeu, filho do Jápeto, nome relacionado a Jafé noemita, do qual descendeu o
histórico Javan pai da Grécia, mitificado em Heleno dos helenos e feito titã
com o Oceano, Palante e Estigia relacionados às águas. Noé foi também o Noh dos
hotentotes do Sul da África e o Nu-u do Hawai, de quem reconhecem descender os
primeiros e de quem a família se salvou no dilúvio, de acordo com os segundos.
A noção do Deus verdadeiro foi,
pois, pervertida a de um mero deus supremo, o pai silente e invisível.
Originalmente se acreditou conforme à verdade que tal Deus supremo criou todas
as coisas pela palavra; então o tema cosmogônico teria logicamente que tratar
também com o conceito de verbo, o que também chegou a perverter-se ao converter
as emanações em deuses dos oráculos e a eloqüência, identificados com o sol,
primeiro ali representado, mas logo ali adorado fazendo do próprio sol um deus
de grande importância. Então se aceitou à lua como irmã do sol, adorada logo
como deusa, esposa e mãe, rainha do céu . . . Do Deus transcendente se passou a
um deus meramente imanente convertendo tudo criado em deus: panteísmo. Este
deus panteísta se aceitou então manifesto na criação e adorado nos astros, nos
heróis e nos animais. Mas além disso havia uma antiga promessa que era
necessário acomodar. Deus tinha prometido verdadeiramente aos homens, segundo a
proto-evangélica passagem de Gênesis 3:15, uma
semente redentora. A própria mitologia tinha conservado traços do princípio
histórico feliz e da queda. Isto demonstram as tabuletas de barro de Assur,
Babilônia, Nínive e Nippur, as quais fazem referência aos fatos históricos. Em
meio de mitos deformados se vê vestígios da verdade autêntica. Temos por
exemplo expressões tão comuns e básicas tais como: "no princípio",
"abismo primitivo", "caos de águas", "expansão de cima
e baixo", "estabeleceram os céus e a terra", "formando as
coisas", "ordenaram as estrelas", "fizeram crescer a erva
verde", "as bestas do campo, e o gado e todo animal vivente",
"formaram ao homem do pó", "foram feitos seres viventes",
varão e mulher juntos viveram", "companheiros eram", "no jardim
era sua habitação", "roupas não conheciam", "cessar de todo
negócio se ordenava", "dia santo", etc. Todo isto mostra o rastro
da verdade de uma história necessária, em meio da mitologia tecida a seu redor.
Quando Nimrode morreu, sua esposa Semíramis
o deificou. A comunicação animista e espírita era uma prática antiga, inclusive
antediluviana. Ela chamou então a Nimrode "a semente prometida". Com
o tempo chegou ela mesma a ser sua esposa-mãe, sendo assim deificada e feita
rainha do céu. Foi a origem da famosa dupla do filho-esposo e a esposa-mãe que
se acha em tantas mitologias e que se mescla, como dissemos, com práticas animistas
já de data antediluviana, quando os homens tinham comércio com os demônios até
o ponto da prostituição sagrada, que voltou a estar em apogeu entre os cananeus.
Canaã era irmão de Cuxe. A tradição recolhida no livro de Enoque recorda que
Semyaza, chefe do Anjos, dirigiu a estes a tomar mulheres. Estes lhes ensinaram
os encantamentos, a arte de cortar raízes e a ciência das árvores; ou seja, o
curandeirismo que posteriormente derivou na farmácia. Azrael ensinou aos homens
a fabricar armas e também a arte dos metais e de embelezar-se com eles
adornando-se, também pintando-se, especialmente ao redor das pálpebras com
antimônio; ensinou-lhes deste modo a respeito das pedras preciosas. Armaros
ensinou como desfazer os feitiços. Baraquiel e Tamiel ensinaram a astrologia.
Kokabiel a interpretação dos presságios. Vemos porque já antes do dilúvio os
demônios intervinham na história dos homens com quem tinha trato através da
magia. Por isso é que aparecem nos mitos deuses tendo filhos com reis, e
famílias reais aparentadas com os deuses. Também nos recorda a história dos
Nefilins. Quem exercia a magia, ontem como hoje, tinham o poder do mundo. Reis,
rainhas e princesas eram associadas à família dos espíritos. dali que também
"Babel" signifique além de confusão "a porta de um deus"
(bab-IL). Os demônios aproveitaram também a veneração dos antepassados,
mimetizando-se ali no culto dos heróis. Estes foram então também divinizados e
postos na galeria da magia. Comercializavam "deuses" e homens e
recrudesceu a noite do politeísmo dinamizado por um demonismo que já encontra
par em nossa época, similar a dos dias de Noé. Adoraram-se então as criaturas
em vez do Criador. A serpente satânica tinha obtido muito de seu propósito,
revelado pelo Espírito de profecia através de Isaías e Ezequiel antes e durante
a Babilônia de Nabucodonosor. A serpente apartava atrás si à humanidade,
afastando-a do Deus verdadeiro.
A promessa da semente redentora foi
plagiada também. Temos por exemplo o caso da Trimurti hindu. O deus supremo agora
chamado Brahma entre os hindus teve sua primeira emanação Brahman. A segunda
pessoa da Trimurti foi Vishnú com seus dez avatares ou encarnações das quais as
mais conhecidas são o sétimo ramo, e a oitava, Khrisna. O verbo foi, pois,
convertido em filho dos deuses, deus dos oráculos, representado pelo sol,
segundo já mencionávamos, e assim adorado. Quando os homens, como conseqüência
da panteização e o espiritismo, elevaram-se à categoria de deuses, apareceram
então multidão de temas mitologais relacionando as figuras do sol, o fogo e a
fertilidade, com os heróis. Nino foi
Marduk ou Merodach na Babilônia, e o Osíris no Egito, fundador do Tebas
e civilizador. Não esqueçamos que Nimrode ou Nino foi o primeiro poderoso na
terra. Foi pois Mazda ou Ormuz na Pérsia, com seu filho Mitra, chamado também
assim o sol
Também chamado Sury, marido de
Aurora. O mesmo Ra no Egito, Sha-mash na Assíria, Tamuz na Babilônia, Apolo e
Febo entre gregos e romanos respectivamente, Beleno entre galos, Baldier entre
nórdicos, Copicha entre zapotecas, Kinichagua entre maias, Bochica entre
chibchas, Inti entre os incas. Beleno foi o mesmo Hélio. Este foi pois o mesmo
personagem-sol entronizado nascido nos começos de Babel.
O deus sol foi também relacionado
ao fogo e chamado Ftah na trindade egípcia. Foi o mesmo Logi nórdico, Nina
incaico e Huhxeteotl dos teotihacanos. Igualmente foi relacionado aos oráculos
e assim lhe chamou então Apolo, Febo, Hélio, Esus (galo), Bragi (nórdico),
Catequil (inca). Relacionou-lhe também ao trovão e a força, e então foi chamado
Odin entre os nórdicos com seus descendentes Doar, Thor, tor. Este Odin foi
também deus da guerra. O deus trovão incaico foi Illapa e o guarani Tupã.
Associavam-se, pois, as idéias de
um deus supremo a de sua emanação, e esta representada como personificação no sol
e ali adorada; então como deus oracular, do fogo, o calor, a força e a guerra.
Ao desembocar na guerra, brotam multidão de formas relacionadas agora não só
com o sol, mas também com seus planetas, especialmente Marte, o qual é Mivorte,
relacionado à guerra. É o mesmo Huitzilopochtl dos astecas do sul, Ekahau dos
maias, Epunamun dos araucanos e Ancayoc inca.
O Huitzilopochtl dos astecas
sulinos, por exemplo, não só se associa à guerra mas também ao céu diurno. Portanto
vemos a associação entre a guerra e o próprio sol, o qual veladamente deixa
entrever ao que está entre decorações. A guerra e o sol se associam também em
Odin e os Ases nórdicos. Este Odin é também Wodín e Wotán. Entre os gregos têm
a Ares e então Eris, cortejo de Marte. Quirino é entre os romanos o preparador
da guerra e o mesmo Cámulo entre os galos; é Karkikeya, filho da Siva. Não só
deuses, mas também deusas teve a guerra; tais como Discórdia entre os gregos.
Os deuses tinham suas esposas e irmãs
e essa é a razão pela que também a guerra teve suas deusas. Ali temos pois a
Ishtar, esposa de Marduk que é Fraga, esposa de Odin, e Belona, irmã de Marte,
entre os romanos. A guerra, obviamente, devido à estratégia e à disciplina
chegou a associar-se com as artes e a sabedoria, com o raio e até com o próprio
céu. Temos exemplos na Indra dos hindus e na Minerva que é a mesma Palas ou
Atenas grego-romana.
Quantos substitutos de Deus Satanás
foi apresentando. Sua intenção anticristo já se vê em sua tergiversação da
promessa edênica a respeito da semente da mulher. A palavra divina dizia:
"A semente da mulher ferirá na cabeça à serpente". Esta, então, tinha
que defender-se fazendo-se passar pela mulher. Em muitos casos apareceu metade
mulher, metade serpente, como é o caso da Equidna e a Cihuacoatl dos astecas.
A Rainha Semíramis, esposa de
Nimrode, chegou então a usurpar o papel da mulher, deificada logo como a rainha
do céu. Ela foi a Isis dos assírios e egípcios também como Ishtar. Que é a mesma
Astarté dos fenícios e Athor egípcia. Na Grécia é Afrodite e entre os romanos
Vênus; entre os nórdicos é Iduna e entre os maias Ixazaluca. É a mesma Bachué
entre os chibchas e Quilha entre os Incas.
Como tal chegou a ser identificada
como a irmã do sol e como sua esposa, deusa da luz. A Hathor egípcia equivale,
pois, a Anaitis dos persas e armênios, a Amaterasu do Japão, a Belisana entre
os galos, ao Coyolzauqui dos astecas e ao Ixchel entre os maias. Sendo identificada
com a lua foi, pois, a deusa Lua que é a mesma feiticeira Hécate, chamada também
Febe, Selene, Diana, Artemisa e Chía dos chibchas.
Vemos, pois nas bases de todas
estas mitologias um parentesco assombroso que se deve obviamente ao passado
histórico comum dos povos que foram emigrando ao longo e largo da terra a
partir da Mesopotâmia, berço da civilização. O tema central da dupla filho-marido
e esposa-mãe se derivou como perversão daquela profecia divina registrada
também na Gêneses bíblica onde Deus promete a Adão uma semente da mulher que esmagaria
a cabeça da serpente. A família camita e em especial Cuxe e seu filho Nimrode,
com sua esposa Semíramis, os primeiros poderosos da terra, caçadores e
guerreiros, são quem aparece como a influência principal na separação da
revelação original e monoteísta.
Possivelmente a mãe de Cuxe, esposa
de CAM, sobrevivente do dilúvio, influenciou em seu filho pondo-o em contato
com a interpretação cainita e ofita antediluviana. Não esqueçamos tampouco a
curiosa notícia da sobrevivência e desenterro de tabuletas de que nos falam Assur-Banipal
e Beroso. Caim foi o herói ofita e antes que ele seu deus serpente quem
pretendeu abrir os olhos dos homens com o conhecimento do bem e do mal para
fazê-los deuses.
Não obstante a perversão, o
monoteísmo de Sete, Enoque e Noé, pai de Sem, reavivado e conservado desde Abraão,
abriu passo de novo em especial através de Israel e principalmente mediante a
divina intervenção pelos profetas hebreus. Dali nos chega à boa nova. A eles
foram confiadas as sagradas escrituras. A alguém deveria haver sido confiada e
foi a este remanescente. O grosso do povo de Israel caiu de novo na idolatria
pelo qual foi levado cativo a Babilônia onde se definharam os espíritos. Uns, o
remanescente de Judá, retornou a Jerusalém obstinado, agora sim de uma vez por
todas, à revelação original; outros derivaram na heresia e ecletismo dando
lugar à Cabala, espécie de plágio das teogonias do paganismo circundante. A própria
teogonia caldéia tinha reverdecido com os neoplatônicos e quase senta de novo
seus reais nos tempos de Juliano o apóstata. A teurgia dos oráculos caldeus foi
conservada por Jâmblico. O Sefer Yetseirá, primeira parte da Cabala, influiu a
sua vez aos gregos, aos gnósticos e aos sufis. Está aparentada ao Talmud, como reconhece
o rabino Loeb. A "Grande exposição" de Simão o mago, e o código
nazareno, são também influenciados pela Cabala. Esta passou pois ao
gnosticismo; também aos joanistas e templários. Dali chega à maçonaria que se
esconde atrás do socialismo e é dirigida da loja maçônica do Grande Oriente sob
o B'nai B'rith, que reúne as internacionais judaicas à cabeça do qual se acha a
dinastia Rothschild do século passado. Até o próprio nazismo esotérico,
mediante a ordem do Thule esteve ligado à Aurora Dourada, que é o convento privado
da Dinastia Rothschild, a qual é o tribunal supremo da sociedade luciferiana
dos iluminati, segundo testemunho do ex-druída Lance Collins, e cujo propósito
é a coroação do Anticristo.
Apesar de tudo, a providência
divina proveu para que o cumprimento autêntico de sua promessa se desse em Jesus
Cristo, quem com sua ressurreição histórica venceu à morte esmagando o império
da serpente. A serpente foi esmagada na cabeça. A Semente da Mulher, o filho da
Virgem, Emanuel, recebeu na Cruz sua ferida no calcanhar, com o qual nos
redimiu pagando o preço de nossos pecados e sofrendo o castigo por nós e a
nosso favor. É a hora quando a autentica Jerusalém de Deus se levanta para
deslocar a Babilônia. Esta que se levantava da terra para desafiar ao céu é
condenada à ruína e à desolação. Mas aquela que desce do Alto, cujo Arquiteto e
Construtor é Deus, prepara seu assento como capital universal sobre o Monte de
Sião.
De Jesus Cristo brota um
cristianismo puro, dinâmico, evangélico e apostólico que se conserva pelo
Espírito, através da história, mediante o remanescente dos mártires. Este
desmascara as artimanhas da prostituta babilônica que se disfarça de cristã,
mas fornica com o paganismo e a magia e com os poderes do mundo. Prostituta que
se senta sobre os estados é essa mesma que pactuou com a serpente. O pacto dos
filhos de Ignácio de Loyola e a maçonaria se iniciou em 1.925 com o Gruber,
Berteloot e 0. Lang, K. Reichl e E.Lenof. Hoje existe mais de uma centena de
altos clérigos romano papistas nas filas da maçonaria.
Rastreadas a teologia liberal e
modernista e a filosofia existencialista resultam ser também filhas da mesma
serpente. De igual modo acontece com o pseudo-humanismo e o comunismo que Marx
recebeu por M. Hesse e Levi Baruch através da judaico-maçonaria sob a direção
do A. Pike e com o endosso dos Rothschilds. Também Trosky e Lennin eram altos
graus maçônicos. Os prometeus dos últimos tempos têm se exposto como cúmplices
do diabo em motivação. O conteúdo antimetafísico de certa filosofia é uma crença
de transição que busca uma fachada científica para a rebelião luciferiana. Mas
esta transição procura desembocar claramente na adoração ao deus da maçonaria
de alto grau, Lúcifer. Zbigniew Brzesinski, eminência cinza e entre os
bastidores da elite do mundo, comanda sagazmente o creme, a nata do globo para
a consecução do governo mundial de estilo draconiano.
Mas Jerusalém se levantou! Jesus
Cristo volta! A herança é dos Santos do Altíssimo! Babilônia está sentenciada a
triste ruína e à desolação! Lúcifer, o deus da maçonaria cabalística, a boca do
leão da besta apocalíptica, aquele que alimenta o engano do mundo com correntes
de implicação ofita para seus interesses hegemônicos, foi esmagado! ;O Sangue de
Jesus Cristo nos limpa de todo pecado e Seu Espírito de Ressurreição nos
sustenta para levar a cabo o propósito divino de possuir ao homem em comunhão
para ser a sua vez pelo conhecido, contido, expresso e representado qual
família Jerusalêmica que prepara sua diafaneidade para dar lugar ao resplendor
da Glória de Deus! "Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será
salvo".