quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PARTE 3- Romanos- George Howes


PARTE 3
— ROMANOS 3:21 – 5:11 —


Romanos 3:21 – 26
No capítulo 1, versículos 15 e 16, afirma-se que o evangelho é o poder de
Deus para salvação de todo aquele que crê, porque nele se manifesta a justiça de
Deus. Em seguida, o apóstolo demonstra a necessidade que havia para a
manifestação dessa justiça da parte de Deus, a nosso favor, e agora no trecho que
estamos considerando volta a falar dela.
Em tempos passados, Deus pela Lei exigia a justiça da parte do ser
humano, porém, agora ela está no evangelho. Deus nos fornece o que Ele nunca
poderia achar em nós. Manifestou-se a justiça, provida por Deus e oferecida a
todos, porém somente alcançada por aqueles que nEle crêem.
Mas será que esta justiça é oferecida a todos com a única e simples
condição de terem fé em Jesus Cristo? Sim, é oferecida a todos sob esta única e
simples condição, porque enquanto ao fato de sermos culpados, não há diferença
(Rm 3:22); a culpa de todos está provada, todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus, e portanto Deus justifica, ou tem por justos, todos os que crêem.
Sim, sem merecimento algum da nossa parte, Deus justifica gratuitamente
todo o crente “pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24).
É importante notarmos que Deus nunca Se podia negar a Si próprio nem
sequer em um único dos Seus atributos. Portanto, se Deus nos justifica,
perdoando-nos os pecados, cabe-nos perguntar qual é a base de um tal ato. Como
é que a própria justiça de Deus fica de pé, ao mesmo tempo que Ele justifica o
ímpio?
A resposta às nossas perguntas encontra-se na morte de nosso Senhor
Jesus Cristo, ao Qual Deus propôs para propiciatório, ou lugar de encontro, onde
Ele, o justo Deus, pode vir ao encontro de nós, pecadores, sem nos julgar. É ali
onde nós nos podemos aproximar dEle pela fé no sangue de Seu Filho.
Na morte de Jesus Cristo, da qual o Seu sangue derramado foi testemunha,
recebeu Deus plena satisfação com respeito à questão do pecado, e de tal
maneira foi Ele glorificado por aquela morte, que agora, neste terreno, nos convida
a ir ter com Ele, a fim de experimentarmos a Sua soberana graça em nos justificar.
Ao mesmo tempo, fica patenteado que Ele é justo em assim agir, visto que tudo
está baseado na redenção que há em Cristo Jesus.
Que grande revelação esta que se nos apresenta! Deus revelado como o
Deus da Salvação! O Deus justo ocupa-Se, não em julgar, mas sim em justificar
os condenados que têm fé em Jesus! Que descanso é para nós o apreciarmos a
presente atitude de Deus para com os homens, isto é, a atitude de um Justificador,
de um Salvador, de um Doador.
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Romanos 3:27
Visto que tudo recebemos somente pela graça de Deus, sem merecimento
algum da nossa parte, onde está o motivo de nos gloriarmos? Sem dúvida, tal
motivo não existe, visto que não alcançamos a bênção mediante as nossas obras
ou merecimento — o que teria sido conforme à lei das obras —, mas alcançamo-la
pela fé, isto é, segundo a lei ou princípio ou fundamento da fé, e portanto por essa
mesma lei está excluído qualquer motivo para nos vangloriarmos.
Romanos 3:28
Neste versículo 28 temos a conclusão do apóstolo a respeito da questão da
justificação do homem perante Deus, isto é, “que o homem é justificado pela fé,
sem as obras da lei”. Que gloriosa conclusão esta! A linguagem da Lei é “faze tu”,
porém a linguagem da fé é “está feito”. Deus apresenta-nos Jesus como objeto de
fé, e o Seu sangue derramado, a Sua morte consumada, como a base de toda a
nossa bênção.
Romanos 3:29 e 30
A Lei foi dada por Deus exclusivamente aos judeus, e por isso, se a
justificação fosse alcançada pela Lei, seria esta bênção também limitada a eles.
Mas Deus não é exclusivamente Deus dos judeus, e por conseqüência não
se pode limitar a eles a bênção que provém dEle por fé em Jesus — ela é
oferecida a todos.
Romanos 3:31
O apóstolo, em vista da conclusão de que somos justificados diante de
Deus pela fé (Rm 3:28), pergunta se assim anulamos a Lei pela fé? A resposta é
clara: “De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei”.
Se porventura um réu fosse justificado na conformidade da lei, seria isso
anular a lei? De certo que não; antes seria respeitar a lei. Se porém o réu, tendo
sofrido a pena de morte, ressuscitasse, a lei já nada teria com ele, porque a sua
sentença já tinha sido cumprida, e ele estaria fora de seu alcance.
Pois, bem, Cristo, tendo-Se identificado sobre a cruz com o pecado,
morreu, satisfazendo as exigências da Lei, até ao último ponto. Em seguida Ele
ressuscitou de entre os mortos e assim ficou fora do alcance da Lei. A maldição da
Lei, que foi suportada por Cristo no Calvário por amor de nós, não pode mais cair
sobre Ele, pois agora está na esfera da ressurreição, fora do seu alcance. O
crente, porém, pode dizer: Sou eu um dos pecadores por quem Cristo morreu, por
quem Ele suportou a maldição, e por isso nada pode a maldição ou a Lei contra
mim; em Cristo estou ressuscitado e Deus já recebeu toda a satisfação que podia
exigir a meu respeito. Assim, ao mesmo tempo que o homem é justificado pela fé,
fica a Lei estabelecida e respeitada.
Romanos 4:1 – 8
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Como vemos no fim do capítulo 3, está já consumada a obra sobre a qual
se baseia a justificação do crente, e fica preparado o terreno onde o nosso Deus
nos pode encontrar para nos justificar e abençoar. Mas muitos há que não têm
ocupado este lugar pela fé nem têm até hoje achado a bênção, sendo todo o seu
desejo saber como podem encontrar esta bênção e como podem possuí-la. É a
tais desejos que o capítulo 4 responde.
Nos versículos 1 a 8 o apóstolo chama a nossa atenção para dois homens,
dos mais salientes no Antigo Testamento, para exemplificar por meio deles o
assunto da nossa justificação diante de Deus — são esses Abraão e Davi. Abraão
viveu antes de Deus ter dado a Sua Lei a Moisés. Davi, por sua vez, nasceu
depois disso. Todavia, Deus a ambos justificou.
Pensemos um pouco no caso de Abraão, que foi um homem tão notável
pela sua obediência e piedade e que evidentemente achou e possuiu a bênção.
Perguntamos: Foi Abraão justificado pelas suas obras? Tem ele de que se
gloriar?
O que respondem as Escrituras? Quanto à primeira pergunta lemos no
versículo 3: “Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. Quanto
a segunda pergunta temos uma resposta clara no versículo 2: “não diante de
Deus”.
Nem poderia ser de outra maneira, porque se a justificação fosse resultado
das suas obras, então ela seria um galardão recebido como prêmio merecido e
não “gratuitamente pela graça de Deus”, conforme está escrito (compare Rm 3:24).
Louvado seja Deus, Ele está manifestado no caráter dAquele que justifica o ímpio,
e confiando nEle como tal, Ele, por causa disso, nos considera justos. Assim Davi
exclamou: “Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos
pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o
pecado”.
Continuemos a indagar como se consegue este bem.
Romanos 4:9 – 16
Sabemos pelas Escrituras do Antigo Testamento como Deus escolheu um
povo especial, santificando-o, isto é, separando-o para Si, dando-lhe certos
privilégios e sinais exteriores que mostraram essa separação das outras nações:
Porventura alcançou Abraão a bênção por pertencer a esses, ou ainda por ter
recebido no seu corpo o sinal da circuncisão?
De certo que não! Muito pelo contrário as Escrituras dizem que ele creu na
palavra de Deus, e a sua fé foi-lhe imputada como justiça, e depois é que recebeu
o sinal da circuncisão — sendo esse um rito que Deus ordenou aos judeus —
como selo da justiça da fé. Deve-se notar que o selo segue e não precede a
recepção da justiça. Se seguirmos o caminho da fé de Abraão, não podemos
deixar de alcançar a mesma bênção que ele alcançou.
Vejamos agora 3 pontos de muito interesse mencionados neste trecho de
que estamos tratando:
1 — a justiça da fé.
2 — o selo — circuncisão — sinal da separação para Deus.
3 — a herança.
Nós crentes também podemos apreciar esses prontos, porque:
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1 — somos justificados pela fé.
2 — somos selados com o Espírito Santo, o poder da verdadeira separação para
Deus
3 — temos uma herança (veja também Cl 1:12).
Mas haverá quem diga: “Eu ainda não vejo como posso dizer que tenho estas
bênçãos; porventura não haverá assim alguma coisa no caso de Abraão que me possa ajudar
nesse ponto?
Sim, de certo há o que, como a bênção de Deus, nos pode conduzir à perfeita luz.
Romanos 4:17 – 25
Examinemos um pouco o versículo 17. O que devemos especialmente notar
aqui é o caráter em que Deus se manifesta. Lemos: “Deus, o qual vivifica os
mortos e chama as coisas que não são como se já fossem”.
Abraão não creu somente em Deus como Criador, mas também nEle
revelado no caráter do Deus da ressurreição.
Abraão bem podia apreciar quanta, e quão grande, era a fraqueza do ser
humano, e como pelo pecado entraram neste mundo a fraqueza, a tristeza e a
morte, demonstrando esta última, mais do que qualquer outra coisa, essa fraqueza
absoluta do ser humano.
Mas Abraão percebeu que nem mesmo a morte podia impedir os propósitos
de Deus; que Ele podia entrar no lugar da maior fraqueza do ser humano, e
demonstrar o Seu poder vivificando os mortos.
E assim, apreciando a grandeza e glória do Deus da ressurreição, ele bem
sabia que nada havia que pudesse impedir a realização e o triunfo dos propósitos
de Deus. Abraão, pondo-se, por assim dizer, ao lado de Deus, podia contar com as
coisas que não são como se já fossem. Está escrito que, crendo na palavra de
Deus, essa crença lhe foi imputada como justiça. E não só para ele isso foi escrito,
mas também para nós a quem será imputada a justiça se crermos “naquele que
dos mortos ressuscitou a Jesus, nosso Senhor” (Rm 4:24).
Sim, também para nós — para nós que cremos. E o Deus em Quem
cremos, é o Deus que ressuscitou a Jesus, Aquele que Se manifestou em amor e
em poder como um Deus Salvador.
Jesus foi crucificado pelos nossos pecados, pelas nossas ofensas; tinha,
como Redentor, entrado no lugar do julgamento e da morte, e toda a força da ira
de Deus contra o pecado caiu sobre Ele; suportou de um modo glorioso e perfeito
todas as exigências da justiça e da santidade divina, liquidando de uma vez para
sempre a questão do pecado, perante Deus; e tendo consumado tudo, e estando
já morto — como testificou o Seu sangue derramado — foi sepultado.
Porém Deus O ressuscitou! Gloriosa prova esta, da Sua absoluta satisfação
na obra consumada, e também do Seu perfeito agrado na Pessoa que a fez.
Assim pelo Seu grande poder Deus ressuscitou a Jesus, e O ressuscitou
para a nossa justificação.
Benditas novas! Poderá o leitor ainda ter algumas dúvidas?
Nesse caso procuremos aprender mais um pouco pelo procedimento de
Abraão.
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Romanos 4:18 – 20
Como vimos no capítulo 1, e muitas vezes o vemos na prática, o homem
pretende ocupar o lugar que pertence única e verdadeiramente a Deus. Essa
disposição é tão forte em nossos corações, que muitas vezes nos custa desviar os
olhos de nós mesmos para os fitarmos no nosso Deus e Salvador.
O pecado, a ruína, a fraqueza e a morte, acompanham o ser humano,
enquanto que a justiça,a perfeição, o poder e a vida derivam de Deus.
Convém, então, que sigamos os passos de Abraão a esse respeito. Ele não
atentou para si, e não duvidou de Deus.
Portanto, querido leitor, deixemos de nos ocupar de nós mesmos, a não ser
para confessarmos os nossos pecados e a nossa ruína, e voltemos os olhos para
Deus e para Aquele que por Ele foi elevado para a Sua glória, e está assentado
nela. E, então, enquanto a luz da glória do Cristo brilha em nossas almas,
entraremos naquele descanso divino que nunca terá fim, sabendo que somos
justificados não somente perante Deus, mas também por Deus.
Romanos 5:1
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo.” Sim, temos a paz; uma paz plena, perfeita e divina. Os nossos
corações que outrora tremiam com medo “da ira de Deus”, estão agora tranqüilos,
vendo Jesus, que para nos remir passou debaixo das águas do temporal da ira e
da morte, atualmente colocado por Deus acima de tudo na Sua glória e no Seu
favor, e sabendo que aos Seus olhos, nós, os que em Jesus cremos, estamos tão
livres de todo o julgamento, como o nosso Substituto é glorioso.
O perfeito caráter da nossa justificação está patente na pessoa de Jesus
ressuscitado e glorificado.
Romanos 5:2
Agora, visto que, na pessoa de Jesus, os nossos pecados têm sido
julgados, e que a paz reina em ossos corações, podemos livremente e com gozo
contemplar e experimentar a graça ilimitada do nosso Deus e Salvador. Na
verdade é belo e enorme o quinhão que desfrutamos por meio de Jesus Cristo.
Não somente estamos libertos de culpa, mas também temos aceitação
positiva da parte de Deus. Ele nos coloca perante Si na Sua graça ou favor, no
qual estamos firmes. Sim estamos firmes neste favor; está é a nossa posição
perante Deus, que nada e ninguém pode alterar, porque é ela a posição que a
Deus aprouve conceder-nos.
O favor de que Jesus goza é o mesmo que nós temos também o privilégio
de gozar, e é por Ele que temos entrada neste favor.
Deus permita que não somente saibamos que esta é a nossa posição e
privilégio, mas que também pela fé vamos entrando no gozo desse favor,
aprendendo cada vez mais a respeito do lugar que o Salvador ressuscitado ocupa
atualmente, porque é pela apreciação da Sua posição que nós crentes
aprendemos os pensamentos de Deus a nosso respeito.
Se experimentarmos já tanto gozo, quando estamos apenas principiando a
desfrutar a graça divina, o que será quando todos os propósitos do amor de Deus
a nosso respeito se acharem realizados?
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Se lançarmos um olhar para trás, nada há que nos perturba, e exclamamos:
“Paz!” O momento atual é caracterizado pelo gozo do “favor divino”, e o futuro para
nós não tem senão “glória”.
Paz! Favor! A glória de Deus! Que quinhão para o presente — que
perspectiva para o futuro!
Mas naquele gloriosos futuro, qual será a fonte principal da nossa alegria?
Não será o conhecimento e gozo perfeito do amor de Deus? Sim, sem dúvida
assim será, porém, esta não é uma fonte cujas delícias estão reservadas para os
tempos futuros, mas assim uma da qual podemos beber desde já.
Se tivermos apreciado as verdades já expostas com referência à morte a à
ressurreição de Jesus como base justa para o cumprimento e edificação dos
propósitos de Deus, e se tivermos visto, em Jesus ressuscitado e assentado como
Homem na glória e favor de Deus, a realização destes propósitos, os nossos
corações ficarão sem dúvida muito impressionados com a justiça e o amor de
Deus, e assim será sólida a nossa paz e grande a satisfação dos nossos corações,
porque o próprio Espírito de Deus derrama neles o amor divino.
Romanos 5:3 – 5
Uma vez que a questão do pecado já está resolvida conforme as exigências
da justiça divina, o santo amor de Deus está livre para se manifestar na bênção
dos Seus escolhidos. E assim acontece, que, tendo conhecido a Deus como o
Deus de todo poder, e estando agora certos também do Seu amor, caminhamos
no mundo como conhecidos e amados de Deus.
O gozo do Seu amor transforma para nós o caráter de tudo, de maneira
que, se Ele nos deixar passar por tribulações, não havemos de desesperar,
porque, ainda que a Sua mão nos pareça pesada, conhecemos o amor que faz
mover a mão, e assim confiados neste amor gloriamos-nos nas tribulações, e por
meio delas possuímos a paciência.
No exercício da paciência achamo-nos conduzidos pelo caminho da
experiência — experiência dAquele, Cujo amor conhecemos, experiência de Deus.
Por sua vez esta experiência produz a esperança — esperança em Deus —
, que não pode acabar em confusão, porque em tudo nos firmamos no amor de
Deus.
Que descanso para o coração! Perfeito poder e perfeito amor! Quantas
vezes se vê entre os homens o desejo de fazer um favor a outro, mas faltar o
poder, ou vice-versa: haver o poder, mas faltar o desejo. Em Deus, porém, existem
ambas as coisas.
Romanos 5:5 – 9
Nestes versículos vemos claramente que nada de bom havia em nós para
que Deus nos amasse. Porém, Deus é amor, e na Sua infinita sabedoria, por meio
da morte nos recomendou o Seu amor, sendo nós ainda “fracos” e “ímpios” (veja
Rm 5:6), “pecadores” (Rm 5:8) e “inimigos” (Rm 5:10).
Na morte de Cristo vemos satisfeitas inteiramente as exigências do trono
de Deus e ao mesmo tempo manifestada toda a grandeza do amor do coração
de Deus.
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Romanos 5:10 e 11
Bem podemos dar graças a Deus pela morte do Seu Filho, porque é pelo
amor nela manifestado que Ele desfez de uma vez para sempre a nossa inimizade,
e nos introduziu no lugar de favor que pela fé ocupamos. Porém, se pela Sua
morte temos alcançado tanta bênção, qual não será a bênção que nos fará
experimentar a Sua vida atual?
Agora nós que somos amados por Deus, e que O amamos a Ele, temos um
Salvador vivo, Jesus Cristo, o Filho de Deus, para nos conduzir e guiar até ao
momento de entrarmos naquela glória que com tanto gozo esperamos. E não
somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo.
Feliz o coração que se gloria em Deus, gloriando-se, não nas bênçãos, por
mais ricas que sejam, mas sim gloriando-se no Abençoador, gloriando-se em
Deus manifestado em Cristo, manifestado em sabedoria, justiça, poder e amor.
A alma do crente espera tudo de Deus, e tudo acha em Deus: Deus é tudo
para ela. E ainda mais, estamos aptos para nos gloriarmos nEle, sabendo que
estamos perante Ele segundo o Seu agrado, aceitos em Seu Filho, por Quem
temos alcançado a reconciliação. Lemos a esse respeito: “…agora, contudo, vos
reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para, perante ele, vos apresentar
santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis” (Cl 1:21-22). Já se vê, seria impossível
gloriarmo-nos em Deus sem apreciarmos, até certo ponto, o que é termos
alcançado a reconciliação por nosso Senhor Jesus Cristo, ou por outra, sem
apreciarmos que por Cristo, e em Cristo, estamos perante Deus conforme o Seu
agrado.
Deus terá, por fim, o Seu povo perante Si em conformidade com tudo o que
Ele é, para o Seu prazer e agrado; já vemos um exemplo disso em Cristo
glorificado como Homem na Sua presença.
Que nós, no gozo desta reconciliação em Cristo, nos gloriemos em Deus
por Jesus Cristo, nosso Senhor!

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