sexta-feira, 3 de julho de 2009

Façamos o Homem... Gino Iafrancesco.

“FAÇAMOS O HOMEM A NOSSA IMAGEM,CONFORME A NOSSA SEMELHANÇA”

Por: Gino Iafrancesco.

Traduzido para o Português pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS

Oração
Querido Pai, agradecemos porque nos permitiste chegar até aqui; E como nos ensinaste, Senhor! Tu queres que sigamos tomados por Sua mão, para que possamos caminhar o que resta, em estreita união contigo, em comunhão contigo. Nós, Senhor, entregamos em Suas mãos toda nossa incompetência, e a deixamos aí, confiados a Tua infinita graça. Pedimos-lhe que nos conceda te seguir no espírito; ajudando-nos a todos para que possamos estar atentos a Sua própria pessoa; sim, que possamos estar atentos a Ti, e que Tu nos possa ajudar; Ensina-nos a deixarmos ajudar. Oramos no nome do Senhor Jesus. Amém.


Grão cheio na espiga

Inicialmente estaríamos tomando alguns versos da Palavra, de diferentes lugares, posto que toda a Palavra do Senhor está inter-relacionada. Então começaríamos com uma parábola que aparece exclusivamente no evangelho de Marcos, e que nos ajuda a ter uma visão panorâmica. encontra-se no capitulo quatro do evangelho de Marcos. Só Marcos a menciona; mas logicamente que seu conteúdo espiritual está ao longo de toda a palavra de Deus. Então vamos ler ali do verso 26 do capítulo quatro inicialmente. Marcos; capitulo quatro; vamos lendo do verso 26 até o 29.
"Dizia, além disso…"; tinha que completar o conselho de Deus; por isso Ele diz também: ”além disso,"; sempre precisamos ter em conta os "além disso" do Senhor; são estes "além disso" os que completam o quadro, os que nos dão a plenitude, os que nos dão o equilíbrio.
"Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra;
27 depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como.
." Assim é o reino de Deus: como um homem, e esse homem tem uma semente, e essa semente tem a capacidade de brotar durante a noite, não se sabe como; mas brota e cresce sem que ele saiba como. V28."A terra por si mesma frutifica…". A terra está programada para isto, graças a Deus; " primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga.
29 E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa."
A ceifa chega quando o fruto está amadurecido; esse é o tempo da ceifa. O tempo da ceifa não é um tempo cronológico, mas sim é um tempo “kairòs”. A palavra “cronos” se refere ao tempo externo, refere-se ao tempo dos segundos, dos minutos, das horas, dos dias, das semanas, dos meses, dos anos, dos milênios. Mas “kairòs” se refere ao tempo da maturação. "Maturação" é quando as coisas chegaram a seu ponto; e esse é o tempo que Deus está esperando; esse é o “kairòs” de Deus.
O Senhor comparou o reino dos céus com figuras do mundo vegetal, também com figuras do mundo animal, como os peixes, como as ovelhas, e com figuras do mundo mineral, como as pedras preciosas, como elas se formam. E aqui Ele toma o mundo vegetal; e do mundo vegetal aprendemos uma analogia, uma parábola sobre o reino de Deus espiritual.
Há um “kairòs”; e esse “kairòs” se dará; a semente que foi plantada produzirá o efeito do fruto em seu “kairòs", isso graças a Deus, não faltará; graças a Deus que podemos olhar a aquela palavra que saiu da boca de Deus, a qual tem o poder de realizar, como cantávamos aqui, "o que Ele se propôs quando a enviou". É bom, então, que olhemos um pouco à semente que foi plantada, para ver qual é a colheita que será colhida. Podemos dizer com toda certeza que haverá uma colheita, que Deus recolherá a colheita do que plantou. Essa é uma coisa que Deus disse que faria; é algo que decidiu a Santa Trindade em Seu conselho eterno; e portanto, queira Deus que nós sejamos testemunhas do cumprimento, oxalá muito em breve, disto.
Para ver a semente seria bom, então agora, irmos ao livro da Gênese; vamos entender um pouquinho esta semente; são coisas que os irmãos, eu acredito que a maioria, já entendem; e estamos expondo uma vez mais, na presença do Senhor, a Sua palavra, à luz de Seu espírito, para que Ele mesmo vivifique nosso espírito, nutra-nos e fortaleça-nos, crescendo em nós essa palavra.

Façamos

Em Gêneses, capitulo um, no verso 26, ali está a semente que Deus semeou no princípio e tem que colher no âmbito do reino de Deus; aqui estão ditas as palavras de outra maneira; mas no fundo se trata de algo igual; trata-se da mesma coisa virtualmente. Então, vamos ler aqui: "Então…", já depois de que tinha preparado todo o resto; "Então…"; para esse “então” era que apontava o Senhor; "…disse Deus:", Elohim; diz aqui a palavra "Elohim": Deus, com essa terminação plural hebraica "im" implicando a Trindade; aqui fala Deus em Trindade; e o segue fazendo durante todo o verso: "façamos…"; já temos feito muitas coisas; mas antes de ficar satisfeitos, antes de nos pôr a descansar, façamos algo especial; "façamos…"; o Pai faz Sua parte, o Filho faz Sua parte, o Espírito Santo faz Sua parte; e esse é um propósito de Deus. Deus já sabia que viria a queda; já havia diabo, ou haveria diabo. Claro que aqui, quando disse "façamos", está se referindo a uma decisão eterna. antes de haver diabo, esta decisão já estava no coração de Deus; mas logicamente que Deus começou a fazer ao homem depois de que já havia diabo, depois de que já havia rebelião, depois de que já havia uma tenaz oposição a Deus. E é que a Deus nunca preocupa nenhum tipo de oposição. E disse assim dessa maneira: "façamos…".
De maneira que Deus segue fazendo isto; porque, quando Ele começou, Ele não terminou de fazer tudo o que disse: "façamos…"; quando disse: "façamos…", Ele pensou em um pouco mais completo que o que chegou a começar a acontecer quando Adão e Eva foram criados e colocados no jardim do Éden. Quando Adão e Eva foram colocados no jardim do Éden, Deus começou a fazer, e fez, mas não terminou de fazer, porque antes de que o plano se cumprisse com o homem, com este primeiro casal, e com os filhos deste casal, que encheriam toda a terra, houve uma oposição que Deus já conhecia; mas Deus já havia dito antes: "façamos…"; já o havia dito Deus; portanto, apesar da terrível oposição de Satanás, o Senhor continuou trabalhando. Ele descansou do trabalho da criação; mas como houve uma queda, então houve também um trabalho de redenção; e por isso o Senhor Jesus disse: "meu Pai até agora trabalha e Eu trabalho".
Quanto à criação, já esse trabalho foi terminado, já o Senhor descansou desse primeiro trabalho; descansou no sétimo dia; mas agora, quando apenas estava começando esse sétimo dia, o que o homem tinha chegado a ser, mas sem que o homem ainda alcançasse o que estava em Seu coração, veio esse acidente já previsto Por Deus. E esse acidente não frustrou a Deus; esse acidente era conhecido de antemão Por Deus; Deus o permitiu com um fim, porque Deus, quando toma uma decisão, fá-lo com muita sabedoria, e sempre o faz conforme o Seu caráter, e o faz para um bem. Então, sim, Ele permitiu que se rebelasse Lúcifer; Ele não o fez rebelar-se; Lúcifer se rebelou sozinho; mas Deus já sabia e o permitiu. Deus permitiu a queda da terceira parte dos anjos; permitiu a introdução do mal no céu e na terra; Deus permitiu a queda do homem. Tudo isso o fez Deus com um propósito.
Todo esse acidente, que foi previsto Por Deus, em nada trocaria a decisão de Deus quando disse: "façamos…". Pelo contrário; agora a coisa ficou mais interessante; agora vai se ver quem é Deus. Se não haver oposição, e se essa oposição não é terrível, e se o mal não é tão terrível, então não conheceríamos Deus. Só Deus é capaz de admitir uma oposição tão terrível, e que chegue a haver uma condição tão terrível; porque Ele é Deus. Não há oposição para com Deus. Não existe o dualismo. Nós temos oposição, e o diabo odeia a Deus; mas como não lhe pode fazer nada, propôs-se a danificar a nós. Mas assim como o diabo se proporia nos danificar a nós, o Senhor se propôs antes nos fazer até o final. Ele disse: "façamos…", e começou a fazê-lo, e continuou agora, depois da queda, nos fazendo; e nisto é que Deus nosso Pai, Seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo estão ocupados; nisto é no que eles estão ocupados; esta é a principal ocupação do universo, a ocupação de Deus; as demais são subsidiárias, mas este é o assunto que está acontecendo: "façamos…".

Far-lhe- ei

antes de terminar de ler aqui no capitulo um, verso 26, em "façamos", vamos ver esse mesmo façamos no capitulo dois. No capitulo dois diz o verso 18:"E disse Yahvé Elohim (Jehová Deus): não é bom que o homem esteja sozinho; far-lhe-ei…"; esta é outra vez em que Deus faz; "…far-lhe-ei auxiliadora idônea"; OH!, quando a gente vê uma pobre costela, a gente diz: mas o que pode sair desse pedaço de osso? isso somos nós, um pedaço de osso desprendido, verdade?; mas Deus disse; "far-lhe-ei…"; com isso, com esse pedaço de osso, "far-lhe-ei auxiliadora idônea"; far-lhe-ei; isto foi o que o Pai disse que faria, e isso é o que o Pai esteve fazendo. Porque, claro, nós sabemos que Adão e Eva, quem foi este homem e esta mulher do capítulo dois, são figura de Cristo e a Igreja, como se diz em Romanos 5, que Adão é figura de que tinha que vir; assim temos que ler estas frases com certo cuidado; não estamos somente lendo uma história do passado, embora seja sim algo histórico; Adão é o primeiro homem histórico; se não tivesse havido um primeiro homem histórico, não haveriam outros; mas se estamos aqui, é porque houve um primeiro que foi ele, e houve uma primeira que foi ela. Mas quando diz a Escritura, pelo conselho íntegro de Deus, pelo Espírito Santo, que foi dando esses presentinhos ao apóstolo Paulo de poder ver ali essa figura de Cristo e a Igreja, e por isso ele sempre que fala de Cristo e a Igreja, fala em relação com o homem e a mulher: diz em Efésios 5: “por isso…”; vem falando de Cristo e a Igreja; "por isso o homem deixará a seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne; mas eu digo isto a respeito de Cristo e da Igreja"; ou seja que Paulo estava vendo algo mais que somente um assunto natural; não estava vendo somente ao Adão, mas sim, através de Adão, Deus estava projetando a figura de Cristo; e através de Eva estava projetando a figura da Igreja; portanto, quando Deus disse: "Não é bom que o homem esteja sozinho…", ai!, que ocorrência teve nosso Deus. Nós dizemos, em vista do que nós somos, em que confusão se meteu Deus!, em que confusão se meteu conosco!; especialmente comigo, e com alguns de vocês; mas Ele disse: “façamos…”, e está fazendo; E disse: "far-lhe-ei…", e lhe está fazendo; amém? E o que disse que ia fazer, é uma coisa imensamente gloriosa; "far-lhe-ei auxiliadora idônea". Que ele possa dizer dela: "Esta é como eu"; e isso é o que Ele vai dizer: esta é como eu. Ele vai se apresentar uma Igreja gloriosa, sem mancha e sem ruga, porque Ele disse: “façamos…”, e isso é o que O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão fazendo; isso é o que Yahvè Elohim se comprometeu a fazer, e envolveu todo Seu poder, todo Seu carinho, toda Sua valentia, toda Sua qualidade divina em fazer isto; e em fazê-lo com esse pedaço de osso; fazer com o que não é, para desfazer o que é.

Ao homem

Então, voltemos ali de novo ao capítulo um, à segunda expressão; "façamos ao homem…". Aquela semente, daquela parábola, o Senhor Jesus, o Filho do homem, o protótipo do homem, do novo homem, o corpo de Cristo que seria o homem que cumpriria o objetivo de Deus, quando disse: "façamos ao homem". Não disse: "façamos um homem"; não disse: "façamos ao primeiro dos homens; vamos fazer ao marido da Eva". Claro, isso está incluído, e ela nele; mas Ele disse: "façamos AO homem"; ou seja, não está se referindo só ao primeiro; mas sim está se referindo ao gênero humano; está se referindo ao homem corporativo; "façamos ao homem…"; isso é o que Deus quis fazer, e isso é o que Deus está fazendo; e o homem, esse homem corporativo, é a auxiliadora idônea de Seu Filho amado; e Seu Filho amado é o protótipo do homem; e não só o protótipo como algo externo, senão o protótipo como conteúdo do homem, para fazer ao homem à Sua imagem.

A nossa imagem

Então diz aqui, façamos ao homem; outra vez fala no plural; o Pai, o Filho e o Espírito Santo; "…a nossa…". Embora na divindade o Filho somente é a imagem, o Pai e o Espírito Santo com o Filho dizem: "nossa imagem"; porque o Pai, que não é a imagem, mas sim o Filho é a imagem, o Pai se sente representado perfeitamente nessa imagem a qual é Seu Filho; tudo o que o Filho é, o Pai o é; digamos nós, falando logicamente, não ontologicamente, porque na Trindade não há primeiro, pois o Deus trino no sentido cronológico e ontológico é eterno; mas na subsistência do Filho, este aparece como Unigênito do Pai, e o Pai aparece como Pai do Unigênito; mas o Pai se sente representado no Filho; Ele diz: "Filho, se te vêem a ti, vêem a mim; se conhecerem a ti, conhecerão a mim; se receberem a ti, recebem-me ; se honrarem a ti, honram-me ; porque eu quero que toda minha plenitude more em ti; todo o meu é teu, e todo o teu é meu". portanto, o Pai se sente perfeitamente representado no Filho; e isso é o que significa a palavra imagem.

Caráter

No Novo Testamento aparece a palavra “imagem” várias vezes; e entre essas vezes, algumas delas as usa Paulo, se não atribuímos a carta aos Hebreus a Paulo; eu a atribuo a Lucas; mas as outras vezes, em Segunda aos Coríntios 4:4, em Colossenses 1:15, Paulo aparece usando em grego a palavra “imagem”, que logo utiliza também a epístola aos Hebreus, igualmente como imagem. A palavra “imagem”, no idioma grego, é "caráter"; a imagem é o caráter. Assim como às letras de uma máquina de escrever também são chamadas de “caracteres”, que são a exata reprodução ou representação; isso é o que está incluído na palavra “caráter”; está incluído o sentido de representação fiel. Uma representação que possa ser reconhecida pelo Pai. nós sabemos que o Pai reconheceu a representação do que fez Seu Filho; "Este é meu Filho amado, no qual eu tenho contentamento; a ele ouvis"; e Jesus dizia: "as palavras que eu lhes falo, não as falo por minha própria conta, mas o que me enviou me deu mandamento do que tenho que dizer e do que fazer". Ele vivia em estreita comunhão com o Pai, conhecendo-o em Seu íntimo, para poder representá-lo fielmente, sem exagerar, sem desequilíbrio, sem acréscimos, sem carências, sem uma representação infiel. O Filho é a imagem do Deus invisível. quem viu ao Filho, viu ao Pai; o Pai é conhecido no Filho; o Filho representa, canaliza, colabora, faz tudo junto com o Pai, e não só junto, mas sim como Ele disse também, Igual ao Pai. Ou seja, como se diz na Escritura: “o Filho ama ao Pai”; e como o Pai ama ao Filho, então, porque o ama, mostra-lhe as coisas que Ele faz, para que o Filho as faça com Ele igualmente. Deus, porque ama, mostra. Disse também: acaso vou ocultar a Abraão meu amigo o que vou fazer?; se for meu amigo, como vou ficar calado com meu amigo?, acaso não vou conversar com meu amigo das coisas que estou pensando fazer? Deus faz isso; Ele mostra aos que Ele ama. O Pai ama ao Filho, e lhe mostra as coisas que o Pai faz, para que o Filho as faça igualmente. Igualmente quer dizer: em estreita comunhão com Ele, e em representação de; ou seja, o Pai é o que faz com o Filho, no Filho, pelo Filho e para o Filho também todas as coisas. Então; isso o que quer dizer “igualmente”. O Pai envolve ao Filho em todas as coisas que Ele faz.
Em Provérbios 8, aparece o Filho chamado como o arquiteto do Pai, especialmente em algumas traduções; especialmente em português, quando fala a Sabedoria Divina que é o Verbo divino, ali diz: "era eu seu arquiteto diante Dele,… e comigo tinha suas delícias", desde antes da fundação do mundo; e na fundação do mundo o Filho está diante do Pai, e o Pai o está fazendo tudo com o Filho; e o Pai e o Filho o estão fazendo tudo mediante o Espírito do Pai e do Filho. O Espírito contém e é a comunhão do Pai e do Filho; Ele é o agente que nos comunica o que Deus é, e o que aplica o que Deus faz. O Pai faz tudo pelo Filho, e o Pai e o Filho fazem tudo com o Espírito Santo, que é Espírito do Pai e do Filho, e é o Espírito que ontologicamente, metafisicamente, teologicamente provém do Pai e do Filho. O Pai é o Amante, o Filho é o Amado que também ama, e o Pai, por isso, também é amado; e o Espírito é o Amor eterno compartilhado e pleno do Pai e o Filho; o Espírito contém e é o Amor do Pai e o Filho; por isso o Espírito é chamado: o Espírito do Pai; e é chamado também de : o Espírito do Filho. Em Mateus o Senhor Jesus lhe chamou: "o Espírito de seu Pai"; e em Gálatas Paulo disse que "Deus deu em nossos corações o Espírito de Seu Filho"; Espírito do Pai e Espírito de Seu Filho. O Espírito, que provém do Pai e do Filho, é a Subsistência Divina procedente da comunhão íntima e eterna do Pai e o Filho. Por isso é que é por meio do Espírito que nós somos introduzidos no Filho e no Pai e no corpo de Cristo.

Imagem e semelhança

"Façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança…"; imagem, tem, pois, que ver com representação; e semelhança tem que ver com companheirismo, tem que ver com afinidade, tem que ver tendo um mesmo sentido, um mesmo propósito, um mesmo espírito, um mesmo caráter; tudo isso está comprometido na semelhança; essas duas coisas têm que estar juntas; para que possa haver representação, tem que haver semelhança; se não haver semelhança, como vai haver representação? Então, por isso é que o Filho conhece o Pai, contém ao Pai, conhece-o intimamente, concorda com Ele, é um com Ele, não somente em essência; porque eles têm e são a mesma essência, porque são um mesmo Deus; mas como pessoas também são um moralmente, também são um em propósito, como dizem as testemunhas de Jeová; eles dizem sozinho a parte de que são um em propósito, mas dizem que não em essência; mas é nas duas coisas, tanto em essência como em propósito.
Há uma relação tão estreita entre o Pai e o Filho e que é o Espírito, a qual é o protótipo do que ocorreu a Deus fazer da Igreja, que é o novo homem, ou o homem que Ele se propôs. Quando Ele disse: "façamos ao homem…", Deus sabia que muitos homens não chegariam a ser homens no sentido próprio e pleno das possibilidades da raça; somente a Igreja chegará a ser o homem que Deus tinha planejado quando disse: "façamos ao homem…". Ele já conhecia de antemão, desde antes da fundação do mundo, que a Igreja é o homem que Ele conhecia e no que Ele pensava quando disse: “façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.

Em função do Filho

Então, fixem-se em que pelo fato de ser humano, e muito mais, pelo fato de ser a Igreja, nosso ser está totalmente criado em função da relação íntima com o Senhor Jesus. Nós somos criados a Sua imagem, porque quando Ele disse: “façamos ao homem a nossa imagem…”, a imagem de Deus é o Filho de Deus, como ensina Paulo. Paulo diz em Segunda aos Coríntios 4:4: "…Cristo, o qual é a imagem de Deus". Quando Deus pensou no homem, pensou-o em estreita relação com Cristo; ao não estar em estreita relação com Cristo, o homem já não é o homem normal; é um velho homem, é um sub-homem, é uma degeneração, uma degradação; nunca se realizará o homem em si mesmo. O homem só se pode realizar em estreita e íntima relação com Deus o Pai, no Filho de Deus, e pelo Espírito de Deus; por isso o homem sempre estará insatisfeito, sempre terá essa melancolia do sem-sentido, do absurdo corroendo, enquanto não esteja em comunhão, como uma esposa, lhe ajudando idoneamente ao Filho de Deus; o homem não terá sentido, o homem será um absurdo, se não estiver em comunhão com o Senhor, vivendo-o e representando-o idoneamente; sempre haverá uma falta, sempre haverá um esvazio; não terá significado na vida; e isso é o que atestam os próprios ateus; não somos só os crentes os únicos que falam dessas coisas; os ateus são os que falam de seus vazios, de sua melancolia, de seu absurdo, de seu sem sentido; são eles os que falam disso; são eles os que puseram de moda essas palavras, os ateus. Dizia Schopenhauer: "o melhor teria sido nunca ter existido; mas já que existimos, o melhor que pode haver é morrer". por que ele falava assim? porque ele era ateu; ele não se suportava, não suportava a existência, o vazio, o vazio do abismo; porque o homem foi criado para ser sustentado pelo conteúdo do Filho, e sem esse conteúdo, a gente está no abismo, a gente não pode agüentar a si mesmo; é um desespero terrível, é um inferno.

Imagem

Então disse o Senhor: "façamos ao homem a nossa imagem…". Em Colossenses 1:15, também Paulo vem falando que Deus, à Igreja, transladou-nos das potestades das trevas ao reino de Seu amado Filho; do Filho diz: “o qual é a imagem do Deus invisível"; ou seja que o Filho é a imagem do Deus invisível, é a exata representação, a estampagem, o caráter de Deus, o Filho. E em Hebreus, que eu penso que Lucas o escreveu, mas este não é o tema, mas é um tema periférico, diz aí em Hebreus, capitulo 1:1ss: "Deus, havendo falado muitas vezes, e de muitas maneiras, em outro tempo, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho…" Agora Deus fala pelo Filho. Os profetas tinham algo do Filho; era o Espírito de Cristo o que falava neles; tinham uma antecipação, uma tipologia, um protótipo, porque o Senhor Jesus não somente é da linhagem de Davi, mas também a raiz do Davi; mas agora a plenitude do falar de Deus, é o Verbo, que é a palavra com a qual Deus se auto-revela, se expressa e se dá; o Verbo é o Filho. Então diz: "…nestes último tempos nos falou pelo Filho, a quem (o Filho é um quem, é uma pessoa subsistente desde antes da fundação do mundo com o Pai, porque o que não confessa ao Filho é um mentiroso) a quem constituiu herdeiro de tudo, e por quem (Deus, o Pai, por este quem, por esta pessoa do Filho criou tudo; o Filho é antes da criação e o Filho é na criação; o Filho é o Unigênito de Deus) por quem (por este Filho) constituiu o universo; o qual, sendo… (notem-se nesta expressão aqui do autor inspirado; é uma definição inspirada , uma confissão do Espírito que deve glorificar ao Filho; isso é o que faz o Espírito Santo, abre-nos os olhos quanto ao Filho; os olhos do coração); e diz: o qual… (o Filho, o Filho herdeiro e o Filho criador, o Filho arquiteto, o Filho amigo, o Filho da glória, o Filho glorifica), o qual, sendo o resplendor de sua glória, e a própria imagem…" (aqui diz: o caráter, outra vez) de sua substância.. (diz aqui; diz o grego: sua hipostasis, sua subsistência, o caráter; ou seja que a exata reprodução, a representação fiel da pessoa do Pai, é a pessoa do Filho; o Pai é invisível; o Filho é a imagem, a representação ou caráter; o caráter da subsistência do Pai é o Filho, a exata reprodução; como dizia o Concílio da Nicéia : Deus de Deus, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; e isso o diz baseado nos apóstolos; isso o diz João em primeira João 5:20 : "Sabemos que o Filho de Deus veio para nos dar a conhecer que é verdadeiro, e estamos no verdadeiro,( no único Deus verdadeiro), em Seu Filho Jesus Cristo; este é o verdadeiro Deus e a vida eterna". Quando diz: este é verdadeiro Deus, é o Deus revelado, é o Deus dispensado; por isso é que inclui o Filho, e também ao Espírito Santo; "Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos." Todo o resto são ídolos. "Este é o verdadeiro Deus", o único Deus verdadeiro; a nosso Pai conhecemos pelo Espírito no Filho. O Filho de Deus é a imagem de Deus; Ele é um protótipo, e esta expressão, que utiliza aqui o autor aos Hebreus pelo Espírito Santo, tem origem no Antigo Testamento.
por que estamos vendo isto? porque nisto era que estava pensando Deus, a respeito de nós, quando disse: “façamos”, quando disse: “far-lhe-ei”; e isto é o que Ele está fazendo; a isto é ao que Ele nos está chamando; e Ele sabe como nos levar, Sabe como nos conduzir.

Visão da semelhança da glória de Yahveh

Então lhes convido a que abramos Ezequiel capitulo 1, para que olhemos ali algumas expressões interessantes ao final do capítulo. Ali a sociedade bíblica pôs um titulo neste capítulo: "A visão da glória divina". OH!, que título. Quando Deus disse: façamos ao homem, Deus estava pensando na Nova Jerusalém. Então vemos que a sociedade bíblica não se equivocou com este título: "A visão da glória divina"; aí faz uma descrição primeiro, digamos, periférica, para chegar dos átrios para o lugar Santíssimo. E depois de descrever aqueles querubins, etc., então chegamos ao final do capítulo e lemos do versículo 26. vamos ler estes três últimos versos do capítulo da visão da glória divina. Versos 26 aos 28: "e sobre a expansão que havia sobre suas cabeças (as daqueles querubins; sobre eles havia uma expansão, e não em, a não ser sobre a expansão; que é como um céu aberto) que havia sobre suas cabeças se via a figura de um trono que parecia de pedra de safira; e sobre a figura do trono havia uma semelhança…" (chamo-lhes a atenção a essa expressão, "semelhança como de homem". O Verbo não se encarnou, mas o Verbo, antes da encarnação, que é a imagem do Deus invisível, que é o resplendor da glória de Deus, já era o protótipo para o homem; já era o protótipo; e o Verbo ainda não havia se feito homem, mas já era o protótipo para quando o homem fora feito. O homem foi feito conforme a este protótipo; e por isso o Espírito Santo utiliza esta expressão e diz: "havia uma semelhança que parecia de homem sentado sobre ele". Claro, Ezequiel está falando conosco para que nós entendamos; mas esta semelhança, que parecia como de homem, já existia antes de existir o homem; foi o homem o que foi feito em relação com esta semelhança, e não esta semelhança em relação com o homem. Esta semelhança como de homem é o protótipo conforme ao qual foi criado o homem.
Então estamos entendendo a suprema chamada da Igreja? Aí vamos entender o que quer dizer "…e senhoreie…( domine)"; foi dado ao homem representar a Deus na medida que seja semelhante a Ele, e em Seu nome reinar, em Seu nome exercer a autoridade delegada Por Deus por meio da semelhança e a representação. Então diz aqui no Ezequiel 1, verso 26: "e sobre a figura do trono havia uma semelhança que parecia de homem sentado sobre ele. E vi aparência como de bronze resplandecente, como aparência de fogo dentro dela em redor…". OH, dentro e em redor; isso é o que quer dizer representação; esse primeiro fogo está dentro, e então depois esta em redor; dentro e em redor; e diz: "do aspecto de seus lombos para acima…"; essa palavra "aspecto", é a mesma que usa João em Apocalipse quando viu o trono de Deus; e o que viu era o aspecto de que estava sentado no trono; fala do aspecto, que é a imagem; "façamos ao homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança"; e aqui estamos lendo a respeito desse protótipo, destinado ao qual foi criado o homem. Então diz: "vi que parecia como fogo, e que tinha resplendor… "; a mesma palavra que utiliza lá o autor aos Hebreus com o do Colossenses: "Ele é a imagem do Deus invisível, o resplendor de sua glória"; da glória divina, da glória de Deus. Então diz aqui:"e vi que parecia como fogo e que tinha, e que tinha resplendor ao redor. Como parece o arco íris…" Assim como o viu também João no capítulo 4, "que está nas nuvens o dia que chove; assim era o parecer do resplendor ao redor. Esta foi a visão da semelhança da glória de Yahvè."
Esta frase é muito importante; isso é o que ele estava tratando de escrever; diz: "Esta foi a visão da semelhança da glória do Yahvè. E quando eu a vi, prostre-me sobre meu rosto, e ouvi a voz de um que falava." E aí foi quando entregam um rolo a Ezequiel, escrito por dentro e por fora; e ele come esse rolo e começa a profetizar; e tudo isso que ele comeu, converteu-se no livro de Ezequiel. O livro de Ezequiel é o que o profetizou, que foi o que ele comeu, que foi o que ele recebeu diante da glória de Deus.
Então, se derem conta, irmãos, das expressões de Gêneses, as expressões de Hebreus, as expressões de Ezequiel, e as do Paulo também em Romanos, quando disse: "…aos que antes conheceu, a estes predestinou para ser feitos (façamos, far-lhe-ei) conforme (conforme a nossa imagem, conforme a nossa semelhança) conforme à imagem do Filho de Deus." Ou seja, essas frases de Paulo têm origem nas frases de Gêneses, e nas demais frases que também têm suas raízes aí.

Conforme

"Façamos ao homem conforme…"; ai!, como dói essa palavra, conforme; significa ser conformados para não distorcer, para não acrescentar, para não tirar, para não trocar, a não ser para representar ao Senhor. Deus quis uma criatura na qual se pudesse sentir representado como se sente representado em Seu Filho. Digamos que o Pai está tão contente com o que dá a Seu Filho, que quer dar a Seu Filho o que Seu Filho dá a Ele. Por isso dá uma Igreja ao Filho, para que tudo o do Pai seja também do Filho. O Pai tem contentamento no Filho, o Pai tem a adoração do Filho, porque o Filho chama a Seu Pai: "meu Deus"; "Vou a meu Deus e a seu Deus, a meu Pai e a seu Pai"; o Filho lhe chama Deus ao Pai, como também o Pai lhe chama Deus ao Filho: "Seu trono, OH Deus, pelo século do século". Então, o Pai está tão satisfeito com o Filho, que disse ao Filho: "Far-te-ei uma auxiliadora idônea"; o que Eu recebo de ti, Filho, quero que Você o receba da Igreja; Você é meu Único, meu Unigênito; mas vou te fazer Primogênito entre muitos irmãos. Por meio de Ti mesmo, Filho, vamos fazer os três, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, isto. E isso é o que Deus ficou a fazer, e isso é o que Deus está fazendo; e no kairòs de Deus, quando o grão estiver amadurecido, quando a vida daquele grão se formou na história da Igreja para reproduzir-se ao final exatamente como era ao princípio, então chega a ceifa. A ceifa não chega com o tempo “cronos”; a ceifa chega com o tempo “kairòs”; a ceifa chega quando a Igreja estiver em sua maturação; quando a noiva se preparar para o casamento.

Casamento e delegação

Pense em um casamento; o casamento é fazê-los dois em um; de maneira que ele se sente representado nela, e tudo o que é dele é dela, e tudo o que é dela é dele. Então nisto é no que está ocupado Deus conosco, tanto no pessoal, como no eclesiástico. Toda a história de nossa vida pessoal, e toda a história da Igreja, tem o objetivo, da parte de Deus, de fazer a esta auxiliadora idônea, este homem coletivo, corporativo, que é a Igreja; fazê-lo conforme, conformá-lo à imagem Dele, para que o possa representar, para que o possa canalizar, para que Deus lhe possa delegar cada vez mais. Na medida em que ela se vai parecendo com Ele, mais vai delegando; porque Deus é um Deus que é Amor; Deus é um Deus que quer é delegar. Assim como Ele delegou ao Filho, agora o Filho delega ao Espírito, e o Pai e o Filho, pelo Espírito, delegam à Igreja. Deus sempre está delegando; Deus delega; Deus é um Deus que delega, Deus é um Deus ao que gosta de fazer as coisas conosco, e nos está ensinando a fazer as coisas juntos, como o marido com a esposa, os pais com os Filhos, os governantes com os súditos, os anciões com os Santos; o princípio de delegação é o princípio de participação. É Deus participando Ele mesmo; porque Ele não tão somente nos quer dar coisas; certamente Ele nos dá todas as coisas; a Bíblia diz de "Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, como não nos dará também com Ele todas as coisas”; mas todas as coisas não são a não ser somente a sobremesa; o que Ele nos quer dar a ele Mesmo pelo Filho no Espírito.

Todas as coisas com o Filho

Agora, se nos deu ao Filho, como não vai dar também todas as coisas? Todas as coisas não são nada comparadas com o Filho; se nos deu ao Filho, todas as coisas estão aí além disso; todas as coisas são puro acréscimo; o que na verdade nos quis dar é Ele mesmo no Filho; Ele mesmo pôs ao Filho como protótipo, e a esse protótipo como sustento dinâmico, como vida para meter-se em nós, para nos transformar de dentro para fora, para que nós vamos conhecendo posto que está aqui, cada vez mais intimamente; ouvindo-o, ouvindo Sua voz, compreendendo Seu caráter, como nos ensinava, que o homem não se glorifique em outra coisa a não ser em entendê-lo e conhecê-lo; simpatizar com o Espírito de tal maneira que não queiramos ser algo distinto ao que Ele é, e poder representá-lo; igualmente com Ele fazer o que Ele está fazendo durante toda a história; porque Deus sempre está trabalhando; agora o trabalho de Deus é esse; o da criação já terminou; já descansou da criação; agora tem o trabalho de nos introduzir no descanso Dele; e como não entramos, como parece que muitos não entraram em Seu repouso, então Ele está trabalhando nisso. "Meu Pai até agora trabalha e eu trabalho"; o Pai, o Filho e o Espírito Santo seguem trabalhando nisto; isto é o trabalho que Deus está fazendo. Isso é o que explica todos os passos da história pessoal de cada um, e o que explica todas as vivências da Igreja em sua história. A razão de nossa experiência pessoal, e a razão da experiência da Igreja, é a formação do Filho; é que sejamos feitos à imagem do Filho. Ele disse, façamos isto; nisso é que Deus está. Enquanto não seja o Filho em nós, tudo está mal feito, isso não o fez Deus, isso temos feito nós com o diabo, seguindo acorrentados a ele. Mas o que Deus faz é outra coisa; o que Deus disse: façamos, é o que Ele está fazendo; o resto, como disse o irmão Eliseo Apablaza, é pura palha, pura palha.

Formação do Filho

O que Ele está fazendo é formando ao Filho, que nós recebamos ao Filho, vivamos pelo Filho, nasçamos do Filho, tenhamos comunhão com o Filho, e nessa comunhão simpatizemos com Ele, tendo o mesmo sentir que houve em Cristo Jesus para poder lhe representar. Se o Pai não vê a Seu Filho representado em nós, diz: Ui!, quanto trabalho tenho ainda; parece que há cronos, mas kairòs ainda não! Enquanto Ele não ver isso, Ele não está satisfeito. Mas isto é o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo disseram que fariam: façamos isto; far-lhe-ei isto a meu Filho; e isso é o que Ele está empenhado em fazer; Ele está empenhado fazendo isto, e devemos entender a Deus, e tudo o que nos passa, pois tudo é controlado pela mão de Deus para produzir isto. Se amarmos a Deus, colaboraremos com Deus para produzir isto.

Lhe amar

Ah!, Ele tem que nos ensinar a amá-lo, nos amando Ele primeiro. À medida que vamos sendo convencidos disto, então nós amamos a Ele, porque Ele nos amou primeiro; esse é o varão; tem que amar primeiro; e é pelo amor Dele que agora nós lhe amamos; mas vamos aprendendo, e pedimos a Ele que nos ensine a lhe corresponder; não importa que sejamos nada; isso é o que somos; mas Ele, com um nada, com o que não é, com o vil e o menosprezado, com o que não serve para nada, Ele decidiu envergonhar ao diabo.

O adversário

Ai, ai; esse diabo tem umas risadas zombadoras!; aparece nos olhinhos de alguns; às vezes até dos irmãos, nos desafiando, zombando. E diz: - você que vem falar disto!- Esse diabo vai ficar envergonhado. Que o Senhor nos de disposição de Seu Filho, que Ele nos dê o rosto de Seu Filho como quando ia para Jerusalém; para que essa risada zombadora de Satanás se apague de seus lábios. O Senhor envergonhará uma vez mais a Satanás. Ele se propôs desfazer as obras de Satanás, e com o que não é, envergonhar o que é. Satanás agora ri, ri zombando de nós, menospreza-nos; mas isso não será para sempre; Deus disse: "façamos", e isso é o que Ele está fazendo; farei a meu Filho uma auxiliadora idônea. E a vai fazer nas narinas do diabo; inclusive, usando a ele. O diabo só é um adversário para Deus nos ensinar a boxear; o diabo será envergonhado; é o que mais devemos desejar; temos que clamar como aquela viúva: "Senhor, Julga a minha causa contra o meu adversário"; não quero que se burle por mim; como dizia Paulo a Timóteo: "Timóteo, ninguém despreze a tua juventude". Qualquer risada zombadora de Satanás, qualquer olhadinha dessas sátiras, irônicas, vão desaparecer de seu olhar, e qualquer sorrisinho desses vai desaparecer de sua boca, quando o Senhor apresentar a Seu Filho uma esposa auxiliadora idônea.
Isso é o que Deus está fazendo. E para isso é que Ele nos chamou; para isso é tudo o que vivemos; e para isso foi a história da Igreja como foi. Não há outra coisa que Deus tenha estado tirando com proveito, a não ser o aroma e a imagem de Seu Filho Jesus Cristo. Isto é o que Deus está fazendo. vamos dizer a Deus, Senhor, aqui estamos, não vamos pegar o mal exemplo que Pedro ensinou a não fazer: "ah Senhor minha vida porei por ti"; vamos dizer-lhe, Senhor oxalá consigas o que quer conosco, aqui estamos

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Irmãos em Cristo Jesus.

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