segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Relação Histórico- Mitológica.- Gino Iafrancisco

O Deus único e Verdadeiro, Yahveh Elohim, criou o céu e a terra. Este é o registro inspirado das Sagradas Escrituras hebréias; crença corroborada além em certa forma pela história profana apoiada pela arqueologia, a qual mostrou a subjacência de um Deus supremo nos antigos mistérios. É o começo monoteísta da história. Além dos documentos inspirados e mosaicos da Gênese, historiadores e arqueólogos modernos tais como S. Langdom, Mallet, F. Petrie, Sayce, Wilkinson, Albright, demonstram apoiados nos documentos antigos que a religião original e natural foi monoteísta. Também historiadores antigos tais como Higinus, declaram que em um princípio, antes da hermenêutica de Cuxe, filho do CAM, os homens viviam sem cidades, nem leis e falando um mesmo idioma, até a distribuição das nações por divergências lingüísticas; reminiscência de Babel. A antropologia moderna reconhece a crença universal em um Deus supremo das raças primitivas. A representação das emanações do Deus supremo foi personificada e logo apartada em certo modo dele. Deu-se assim lugar, pouco a pouco ao politeísmo animista, ao qual se uniu a deificação mítica dos antepassados e fundadores. foi conformando então assim uma galena de heróis que chegaram a ser titãs, especialmente na Grécia e logo Roma, cujas figuras foram se misturando entre se e atribuindo-se a uns e outros as qualidades dos demais.



A mentira da serpente sobreviveu ao dilúvio e quis apresentar-se como a verdade original. A arte de escrever era já uma realidade nos tempos antediluvianos. Quando Deus pôs sinal em Caim demonstrou que era inerente na natureza humana a capacidade de decifrar. Foram as tradições judias e árabes as que atribuíram a Enoque a paternidade da escritura. Assurbanipal, o famoso bibliófilo assírio antigo, mencionou "escritos anteriores ao dilúvio". Beroso também registra a tradição do enterro dos documentos escritos em tabuletas antes do dilúvio e desenterrados depois. Wolley, Smith e Langdon acharam tabuletas pictográficas e selos que chamaram antediluvianos em Ur, Fara, e Kish, respectivamente. Entretanto, a geologia de modelo catastrofista apresenta evidências diluvianas muitíssimo mais convincentes. O modelo atualista ficou curto para explicar os fenômenos da crosta terrestre e do fundo submarino.



O monoteísmo foi a religião universal primitiva da qual se obteve a idéia de um Deus supremo que com o tempo chegou a ser feito o pai dos deuses, primeiro emanações e personificados logo em mescla com os heróis legendários. Cuxe, o filho do CAM, pai de Nimrode é o personagem histórico que aparece como responsável pela perversão religiosa original a partir do dilúvio. É o quem aparece como intérprete e ensinador da mentira encoberta da serpente, tergiversando assim o entendimento original dos descendentes dos sobreviventes do dilúvio. Hermes, que significa filho de CAM, é o mesmo Bel fundador da Babilônia, o intérprete dos deuses. Depois foi chamado Mercúrio, confundido logo com o titã Hiperião e com o Jano, a quem lhe representava esparramando as nações e com duas caras. Em sua honra nomeou ao primeiro mês do ano como janeiro, posto que ele era o suposto pai dos deuses. Suas façanhas foram mitificadas e ele e seus descendentes foram deificados. A ele lhe atribui, pois, o entroncamento original da corrente hermética ou esotérica que alimentou a tradição ofita, gnóstica, templária e rosa cruz especialmente dos graus elevados e de rito paládio como o luciferiano dos iluminati entre os grandes druidas. Entretanto, não podem atribuir-se em justiça a este Hermes-Cuxe, filho de CAM, os livros do Hermes trismegisto: Poimandres, Asclépio, o livro sagrado da virtude do mundo, e os fragmentos ao Tot e de Isis, Afrodite, e das digressões. Um estudo daqueles revela melhor a mão de um falsário alexandrino da época de Constantino que toma o nome esotérico de Hermes para conjugar seu próprio eclepticismo, mesclando idéias pervertidas de Gêneses e Jó com o platonismo grego de Plotino e a nomenclatura egípcia. Inclusive sua teologia é, em relação ao Verbo, de tendência ariana. Vemos pois em Hermes trismegisto a sutil mentira da serpente que arrasta ao panteísmo que já se vê na Cabala e no Bagavad Ghita, com o qual o politeísmo justificava sua idolatria e se reenfocava ao redor da serpente.

Nimrode ou Ninus, filho do Hermes - Cuxe, estabeleceu Babilônia e a religião pervertida de seu pai. Os caldeus compartilharam a ciência e as matemática com o Egito. Egito o passou à Grécia, pois aquelas eram patrimônio da religião. Testemunho de tal intercâmbio são Herodoto, Plutarco, Diodoro, Porfirio, Jâmblico, Proclos; este último sustentava que Pitágoras tinha recebido a iniciação nos mistérios órficos das mãos de Aglaofamos quem do Egito possuía na Grécia as tradições gastas por Orfeu. Sólon recebe a tradição de Atlântida das mãos de um sacerdote egípcio. O mesmo Platão utiliza ao Tot. Porfirio tinha correspondência com Anebo. Os mistérios órficos, a metempsicose, as matemática, o alfabeto hieroglífico e outras coisas eram transfundo comuns de egípcios, gregos, índios e celtas. A religião da Babilônia Hegel a ser então a mãe dos distintos sistemas de mitologia, a boca de leão. Ela foi entretanto a mulher prostituta que traiu ao marido Deus verdadeiro. Abandonou ao Criador. Semitas e camitas, por motivos relacionados, estiveram inimizados.

Ramos Jafetitas e Camitas emigraram ao longínquo oriente fundindo suas correntes. Os camitas senhorearam no sudeste e sudoeste; os Jafetitas no nordeste e noroeste, e os semitas no meio oriente. A filologia tem descoberto similitude lingüística entre os povos asiáticos e os americanos pré-colombinos. O longínquo oriente e os esquimós são parentes. As tradições antigas destes povos revelam que a mescla Jafetita-camita desceu sobre a América pré-colombina, principalmente do norte emigrando para o sul, e irmanando as civilizações do Egito, a Índia, a China com as astecas, maias e incas. Da América do sul se emigrou através do Oceano Pacífico às ilhas do sul e a Polinésia, na legendária travessia do Kon Tiki. Jafet, pois, preponderou na Europa e CAM na África. Sem na parte central da terra. O Deus verdadeiro, Yahveh Elohim, iria sendo mal entendido pouco a pouco por instigação da serpente e seus filhos, principalmente pela religião ofita que se assentou primeiro no Egito, Etiópia e resto da África.

A primeira dilusão foi para um simples e mero deus supremo, que era Amon no alto Egito, Assur entre os assírios, Brahma entre os hindus, Pijetao entre os zapotecas, Hunab-ku entre os maias, Chuminigagua entre os chibchas, Atacuju Huiracocha entre os incas. Amon chegou a ser logo identificado com a serpente e chegou a ser Nef no Tebas e Etiopia, e a serpente emplumada Quetzalcoatl entre os astecas, o qual era o Kukulcán dos maias. Assim a serpente se fez adorar qual criador de homens e deus da vida, do firmamento e a agricultura. Da mesma maneira tinha sido personificado em Nimrode ou Ninus e também em seu pai, sendo o transfundo do Marduk ou Merodach entre os babilônios, que era a sua vez o mesmo Zeus, Júpiter ou Jove entre gregos e romanos, e Pachacamac entre os incas. Este não era mais que o anterior Bel, Baal de babilônios, caldeus e fenícios. Por isso foi o Huiracocha inca o que castigou aos homens com um dilúvio, segundo sua versão; do qual havia claro está outras semelhantes relacionando o evento entre a generalidade das mitologias. Tudo isso não é outra coisa que rastro da história verídica diluviana, em que aparece o Noé histórico, feito Xixutro na epopéia do Gilgamesh, ou Deucalião e Deseja muito sobreviventes entre os gregos, e parentes de Prometeu, filho do Japeto, nome relacionado ao Jafé noemita, do qual descendeu o histórico Java pai da Grécia, mitificado em Heleno dos helenos e feito titã com Oceano, Palante e Estigia relacionados às águas. Noé foi também o Noh dos hotentotes do Sul da África e o Nu-ou do Hawai, de quem reconhecem descender os primeiros e de quem a família se salvo no dilúvio, segundo os segundos.



A noção do Deus verdadeiro foi pois pervertida a de um mero deus supremo, o pai silente e invisível. Originalmente se acreditou conforme à verdade que tal Deus supremo criou todas as coisas pela palavra; então o tema cosmogônico teria logicamente que tratar também com o conceito de verbo, o que também chegou a perverter-se ao converter as emanações em deuses dos oráculos e a eloqüência, identificados com o sol, primeiro ali representado, mas logo ali adorado fazendo ao mesmo sol um deus de grande importância. Então se aceitou à lua como irmã do sol, adorada logo como deusa, esposa e mãe, rainha do céu . . . Do Deus transcendente acontecer com um deus meramente imanente convertendo ao tudo criado em deus: panteísmo. Este deus panteísta se aceitou então manifesto na criação e adorado nos astros, nos heróis e nos animais. Mas além disso havia uma antiga promessa que era necessário acomodar. Deus tinha prometido verdadeiramente aos homens, segundo a proto-evangélica passagem de Gêneses 3:15, uma semente redentora. A mitologia mesma tinha conservado rasgos do princípio histórico feliz e da queda. Isto o demonstram as tabuletas de barro do Assur, Babilônia, Nínive e Nippur, as quais fazem referência aos fatos históricos. Em meio de mitos deformados se vê vestígios da verdade autêntica. Temos por exemplo expressões tão comuns e básicas tais como: "no princípio", "abismo primitivo", "caos de águas", "expansão de acima e abaixo", "estabeleceram os céus e a terra", "formando as coisas", "ordenaram as estrelas", "fizeram crescer a erva verde", "as bestas do campo, e o gado e todo animal vivente", "formaram ao homem do pó", "foram feitos seres viventes", varão e mulher juntos viveram", "companheiros eram", "no jardim era sua habitação", "roupas não conheciam", "cessar de todo negócio se ordenava", "dia santo", etc. Todo isto mostra o rastro da verdade de uma história necessária, em meio da mitologia tecida a seu redor.



Quando morreu Nimrode, sua esposa Semíramis o deificou. A comunicação animista e espírita era uma prática antiga, inclusive antediluviana. Ela chamou então ao Nimrode "a semente prometida". Com o tempo chegou ela mesma a ser seu esposa-mãe, sendo assim deificada e feita rainha do céu. Foi a origem da famosa dupla do filho-esposo e a esposa-mãe que se acha em tantas mitologias e que se mescla, como dissemos, com práticas animistas já de data antediluviana, quando os homens tinham comércio com os demônios até o ponto da prostituição sagrada, que voltou a estar em apogeu entre os cananeus. Canaã era irmão de Cuxe. A tradição recolhida no livro de Enoque recorda que Semyaza, chefe do Anjos, dirigiu a estes a tomar mulheres. Estes lhes ensinaram os encantamentos, a arte de cortar raízes e a ciência das árvores; quer dizer, o curandeirismo que posteriormente derivou na farmácia. Azrael ensinou aos homens a fabricar armas e também a arte dos metais e de embelezar-se com eles adornando-se, também pintando-se, especialmente ao redor das pálpebras com antimônio; ensinou-lhes deste modo a respeito das pedras preciosas. Armaros ensinou como desfazer os feitiços. Baraquiel e Tamiel ensinaram a astrologia. Kokabiel a interpretação dos presságios. Vemos porque já antes do dilúvio os demônios intervinham na história dos homens com quem tinha trato através da magia. Por isso é que aparecem nos mitos deuses tendo filhos com reis, e famílias reais aparentadas com os deuses. Também nos recorda a história dos Nefilins. Quem exercia a magia, ontem como hoje, tinham o poder do mundo. Reis, rainhas e princesas eram associadas à família dos espíritos. dali que também "Babel" signifique além de confusão "a porta de um deus" (bab-IL). Os demônios aproveitaram também a veneração dos antepassados, mimetizando-se ali no culto dos heróis. Estes foram então também divinizados e postos na galeria da magia. Comercializavam "deuses" e homens e recrudesceu a noite do politeísmo dinamizado por um demonismo que já encontra par em nossa época, similar a dos dias de Noé. Adoraram-se então as criaturas em vez do Criador. A serpente satânica tinha obtido muito de seu propósito, revelado pelo Espírito de profecia através de Isaías e Ezequiel antes e durante a Babilônia de Nabucodonosor. A serpente apartava atrás si à humanidade, afastando-a do Deus verdadeiro.



A promessa da semente redentora foi plagiada também. Temos por exemplo o caso da Trimurti hindu. O deus supremo agora chamado Brahma entre os hindus teve sua primeira emanação Brahman. A segunda pessoa da Trimurti foi Vishnú com seus dez avatares ou encarnações das quais as mais conhecidas são o sétimo ramo, e a oitava, Khrisna. O verbo foi pois convertido em filho dos deuses, deus dos oráculos, representado pelo sol, segundo já mencionávamos, e assim adorado. Quando os homens, como conseqüência da panteização e o espiritismo, elevaram-se à categoria de deuses, apareceram então multidão de temas mitologais relacionando as figuras do sol, o fogo e a fertilidade, com os heróis. Nino foi Marduk ou Merodach na Babilônia, e o Osíris no Egito, fundador do Tebas e civilizador. Não esqueçamos que Nimrode ou Nino foi o primeiro poderoso na terra. Foi pois Mazda ou Ormuz na Pérsia, com seu filho Mitra, chamado também assim o sol

Também chamado Sury, marido de Aurora. O mesmo Ra no Egito, Sha-mash na Assíria, Tamuz na Babilônia, Apolo e Febo entre gregos e romanos respectivamente, Beleno entre galos, Baldier entre nórdicos, Copicha entre zapotecas, Kinichagua entre maias, Bochica entre chibchas, Inti entre os incas. Beleno foi o mesmo Hélio. Este foi pois o mesmo personagem-sol entronizado nascido nos começos de Babel.



O deus sol foi também relacionado ao fogo e chamado Ftah na trindade egípcia. Foi o mesmo Logi nórdico, Nina incaico e Huhxeteotl dos teotihacanos. Igualmente foi relacionado aos oráculos e assim lhe chamou então Apolo, Febo, Hélio, Esus (galo), Bragi (nórdico), Catequil (inca). Relacionou-lhe também ao trovão e a força, e então foi chamado Odin entre os nórdicos com seus descendentes Doar, Thor, tor. Este Odin foi também deus da guerra. O deus trovão incaico foi Illapa e o guarani Tupá.

Associavam-se, pois, as idéias de um deus supremo a de sua emanação, e esta representada como personificação no sol e ali adorada; então como deus oracular, do fogo, o calor, a força e a guerra. Ao desembocar na guerra, brotam multidão de formas relacionadas agora não só com o sol, mas também com seus planetas, especialmente Marte, o qual é Mivorte, relacionado à guerra. É o mesmo Huitzilopochtl dos astecas do sul, Ekahau dos maias, Epunamun dos araucanos e Ancayoc inca.



O Huitzilopochtl dos astecas sulinos, por exemplo, não só se associa à guerra mas também ao céu diurno. Portanto vemos a associação entre a guerra e o próprio sol, o qual veladamente deixa entrever ao que está entre decorações. A guerra e o sol se associam também em Odin e os Ases nórdicos. Este Odin é também Wodín e Wotán. Entre os gregos têm a Ares e então Eris, cortejo de Marte. Quirino é entre os romanos o preparador da guerra e o mesmo Cámulo entre os galos; é Karkikeya, filho da Siva. Não só deuses, mas também deusas teve a guerra; tais como Discórdia entre os gregos.



Os deuses tinham suas esposas e irmãs e essa é a razão pela que também a guerra teve suas deusas. Ali temos pois a Ishtar, esposa de Marduk que é Fraga, esposa de Odin, e Belona, irmã de Marte, entre os romanos. A guerra, obviamente, devido à estratégia e à disciplina chegou a associar-se com as artes e a sabedoria, com o raio e até com o próprio céu. Temos exemplos na Indra dos hindus e na Minerva que é a mesma Palas ou Atenas grego-romana.



Quantos substitutos de Deus foi apresentando Satanás. Sua intenção anticristo já se vê em sua tergiversação da promessa edênica a respeito da semente da mulher. A palavra divina dizia: "A semente da mulher ferirá na cabeça à serpente". Esta, então, tinha que defender-se fazendo-se passar pela mulher. Em muitos casos apareceu metade mulher, metade serpente, como é o caso da Equidna e a Cihuacoatl dos astecas.

A Rainha Semíramis, esposa de Nimrode, chegou então a usurpar o papel da mulher, deificada logo como a rainha do céu. Ela foi a Isis dos assírios e egípcios também como Ishtar. Que é a mesma Astarté dos fenícios e Athor egípcia. Na Grécia é Afrodite e entre os romanos Vênus; entre os nórdicos é Iduna e entre os maias Ixazaluca. É a mesma Bachué entre os chibchas e Quilha entre os Incas.



Como tal chegou a ser identificada como a irmã do sol e como sua esposa, deusa da luz. A Hathor egípcia equivale pois a Anaitis dos persas e armênios, a Amaterasu do Japão, a Belisana entre os galos, ao Coyolzauqui dos astecas e ao Ixchel entre os maias. Sendo identificada com a lua foi pois a deusa Lua que é a mesma feiticeira Hécate, chamada também Febe, Selene, Diana, Artemisa e Chía dos chibchas.



Vemos, pois nas bases de todas estas mitologias um parentesco assombroso que se deve obviamente ao passado histórico comum dos povos que foram emigrando ao longo e largo da terra a partir da Mesopotâmia, berço da civilização. O tema central da dupla filho-marido e esposa-mãe se derivou como perversão daquela profecia divina registrada também na Gêneses bíblica onde Deus promete a Adão uma semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente. A família camita e em especial Cuxe e seu filho Nimrode, com sua esposa Semíramis, os primeiros poderosos da terra, caçadores e guerreiros, são quem aparece como a influência principal na separação da revelação original e monoteísta.



Possivelmente a mãe de Cuxe, esposa de CAM, sobrevivente do dilúvio, influenciou em seu filho pondo-o em contato com a interpretação cainita e ofita antediluviana. Não esqueçamos tampouco a curiosa notícia da sobrevivência e desenterro de tabuletas de que nos falam Assur-Banipal e Beroso. Caim foi o herói ofita e antes que ele seu deus serpente quem pretendeu abrir os olhos dos homens com o conhecimento do bem e do mal para fazê-los deuses.



Não obstante a perversão, o monoteísmo de Sete, Enoque e Noé, pai de Sem, reavivado e conservado desde Abraão, abriu passo de novo em especial através de Israel e principalmente mediante a divina intervenção pelos profetas hebreus. Dali nos chega a boa nova. A eles foram confiadas as sagradas escrituras. A alguém deveria haver sido confiadas e foi a este remanescente. O mesmo grosso de Israel caiu de novo na idolatria pelo qual foi levado cativo a Babilônia onde se definiram os espíritos. Uns, o remanescente de Judá, retornou a Jerusalém obstinado, agora sim de uma vez por todas, à revelação original; outros derivaram na heresia e ecletismo dando lugar à Cabala, espécie de plágio das teogonias do paganismo circundante. A mesma teogonia caldéia tinha reverdecido com os neoplatônicos e quase senta de novo seus reais nos tempos do Juliano o apóstata. A teurgia dos oráculos caldeus foi conservada por Jâmblico. O Sefer Yetseirá, primeira parte da Cabala, influiu a sua vez aos gregos, aos gnósticos e aos sufíes. Está aparentada ao Talmud, como o reconhece o rabino Loeb. A "Grande exposição" de Simão o mago, e o código nazareno, são também influenciados pela Cabala. Esta passou pois ao gnosticismo; também aos joanistas e templários. Dali chega à maçonaria que se esconde atrás do socialismo e é dirigida da loja maçônica do Grande Oriente sob o B'nai B'rith, que reúne as internacionais judaicas à cabeça do qual se acha a dinastia Rothschild do século passado. Até o mesmo nazismo esotérico, mediante a ordem do Thule esteve ligado à Aurora Dourada, que é o covento privado da Dinastia Rothschild, a qual é o tribunal supremo da sociedade luciferiana dos iluminati, segundo testemunho do ex-druída Lance Collins, e cujo propósito é a coroação do Anticristo.



Apesar de tudo, a providência divina proveu para que o cumprimento autêntico de sua promessa se desse em Jesus Cristo, quem com sua ressurreição histórica venceu à morte esmagando o império da serpente. A serpente foi esmagada na cabeça. A Semente da Mulher, o filho da Virgem, Emanuel, recebeu na Cruz sua ferida no calcanhar, com o qual nos redimiu pagando o preço de nossos pecados e sofrendo o castigo por nós e a nosso favor. É a hora quando a autentica Jerusalém de Deus se levanta para deslocar a Babilônia. Esta que se levantava da terra para desafiar ao céu é condenada à ruína e à desolação. Mas aquela que desce do Alto, cujo Arquiteto e Construtor é Deus, prepara seu assento como capital universal sobre o Monte de Sião.



De Jesus Cristo brota um cristianismo puro, dinâmico, evangélico e apostólico que se conserva pelo Espírito, através da história, mediante o remanescente dos mártires. Este desmascara as artimanhas da prostituta babilônica que se disfarça de cristã, mas fornica com o paganismo e a magia e com os poderes do mundo. Prostituta que se senta sobre os estados é essa mesma que pactuou com a serpente. O pacto dos filhos de Ignácio do Loyola e a maçonaria se iniciou em 1.925 com o Gruber, Berteloot e 0. Lang, K. Reichl e E.Lenof. Hoje existe mais de uma centena de altos clérigos romano papistas nas filas da maçonaria.



Rastreadas a teologia liberal e modernista e a filosofia existencialista resultam ser também filhas da mesma serpente. De igual modo acontece com o pseudo-humanismo e o comunismo que Marx recebeu por M. Hesse e Levi Baruch através da judaico-maçonaria sob a direção do A. Pike e com o endosso dos Rothschilds. Também Trosky e Lennin eram altos graus maçônicos. Os prometeus dos últimos tempos têm se exposto como cúmplices do diabo em motivação. O conteúdo antimetafísico de certa filosofia é uma crença de transição que busca uma fachada científica para a rebelião luciferiana. Mas esta transição procura desembocar claramente na adoração ao deus da maçonaria de alto grau, Lúcifer. Zbigniew Brzesinski, eminência cinza e entre os bastidores da elite do mundo, comanda sagazmente o creme, a nata do globo para a consecução do governo mundial de estilo draconiano.



Mas Jerusalém se levantou! Jesus Cristo volta! A herança é dos Santos do Altíssimo! Babilônia está sentenciada a triste ruína e à desolação! Lúcifer, o deus da maçonaria cabalística, a boca do leão da besta apocalíptica, aquele que alimenta o engano do mundo com correntes de implicação ofita para seus interesses hegemônicos, foi esmagado! ;O Sangue de Jesus Cristo nos limpa de todo pecado e Seu Espírito de Ressurreição nos sustenta para levar a cabo o propósito divino de possuir ao homem em comunhão para ser a sua vez pelo conhecido, contido, expresso e representado qual família Jerusalêmica que prepara sua diafaneidade para dar lugar ao resplendor da Glória de Deus! "Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo".

Com que Autoridade faz Isto? -Gino Iafrancesco

Traduzido pelos irmãos Alegretenses.

Esta pergunta: ?Com que autoridade faz isto? e quem te deu esta autoridade?? foi a arma de ataque de maneira que os religiosos, que dominavam o sistema religioso, enfrentaram a Jesus. É uma pergunta que põe de manifesto a presunção com que os guias religiosos se comportavam. Eles pensavam que se não tinha a aprovação deles, ninguém teria autoridade de mover-se dentro da autoridade de Deus. Eles tinham chegado a constituir-se a si mesmos em algo que em realidade não eram; tinham usurpado uma posição que só a Deus compete. trata-se do assunto da delegação de autoridade.

Eles pensavam que somente através deles teria que fazer a obra de Deus; de maneira que se glorificavam de algo que em realidade não estava em suas mãos, mas que eles pretendiam controlar. Essa é uma atitude comum quando os homens erigem seus programas religiosos à margem da vontade, o poder e a glória de Deus; e usurpam o nome de Deus para encobrir seus interesses particulares, erigindo-se atrevidamente em diretores espirituais, quando em realidade Deus se está movendo soberana e livremente com Seu Espírito onde Lhe agrada, e naquilo que a Ele compete, e não necessariamente enquadrando-se às pretensões e programas de fatura humana.

O assunto da delegação de autoridade é de suma importância, porque é algo que corresponde à consciência, e portanto, tem o poder de regular nossa conduta. Existe certamente a autoridade, e só Deus é sua fonte legítima. Todo aquele que reina desconhecendo a autoridade de Deus, está cerceando o fundamento de seu próprio trono, e está alimentando às forças anárquicas da rebelião que lhe derrocarão.

Só Deus possui a autoridade inerente e irrevogável, e só Dele pode provir diretamente a delegação de autoridade. Nem o homem, nem a maioria, nem o estado, têm autoridade inerente e irrevogável; e o poder da força e das armas não é o poder mais excelente, nem seu reino chega até o profundo dos corações. O poder do Espírito de Deus é o único que pode, com verdadeira efetividade, governar, dirigir, reconciliar, estabelecer. dali que devemos atender, no assunto da autoridade, à perfeita vontade de Deus.

Satanás entreteceu um sistema organizado de rebelião à autoridade de Deus, e com ele pretende usurpar o trono que solo a Deus corresponde. Tal sistema embaralhou e confundiu aos homens de tal maneira, que muitos foram arrastados enganosamente a desconhecer a Deus e a rebelar-se contra Ele, ainda enquanto pensam que estão fazendo Sua vontade; e é no âmbito religioso onde principalmente está acostumado a acontecer assim.

A Palavra de Deus, e Seu mandamento, é invalidada por uma série de tradições e mandamentos humanos, induzidos indubitavelmente, da maneira mais sutil e enganosa, pelo diabo e suas hostes de demônios inspiradores e instigadores. Basta que um cantinho do coração humano fique sem render-se com absoluta fidelidade a Deus, para que ali se aninhe um encantozinho que se aproveitará de nossa cumplicidade. Então, a partir desse pequeno bastião, começará-se a trabalhar em pró da potestade das trevas, estendendo-se a esfera injusta do reino de Satanás, e o império da morte, com seus arautos precursores da corrupção e a decadência, a dor e a enfermidade.

A resposta de Jesus àqueles guias religiosos, foi extremamente sábia. Àqueles que se pretendiam com autoridade, se lhes enfrentou à pergunta a respeito da verdadeira fonte da autoridade. De maneira que se pretendiam exigir acato de sua autoridade, deveriam eles primeiro acatar à fonte verdadeira de toda autoridade. E é aquela fonte, o Senhor nosso Deus, o único que põe em ordem todas as coisas. Eram eles sacerdotes? Pois o Senhor lhes enviou sacerdotes que eram além disso profetas, como Jeremías, Ezequiel, João o batista. Deus não precisa pedir conselho a ninguém para pôr ou depor, para constituir ou enviar, substituir ou destituir. Ele não necessita da aprovação de ninguém; mas sim lhe basta Seu próprio beneplácito. E o que Ele faz, quem pode invalidá-lo? De maneira que é simplesmente lógico que todos acatemos Sua autoridade, e Dele averigüemos diretamente Sua vontade perfeita. Ele dará testemunho de Si. Tem feito evidentemente ao longo de toda a história. Não importa o que forje o homem; Deus dá o reino a quem Ele quer, e destrói as maquinações dos adversários.

Na Igreja, que é o corpo de Cristo, Seu reino de sacerdotes, é obviamente Deus, e só Ele, e na Igreja com a maior excelência, que o Senhor, como cabeça, constitui, equipa e envia, em Seu nome, de Sua parte, e com Sua autoridade, a da verdade. Deus unge, e Deus mesmo confirma a Seus ungidos diante daqueles a quem os envia. De modo que, cedo ou tarde, essa rede diabólica, esse engenhoso sistema organizado de alienação e rebelião contra Deus, manifestará sua insensatez, e será relegado à vergonha e à confusão.

Na missão da Igreja, pois é esta o objeto principal do ataque diabólico, pois é ela principalmente o instrumento de Deus para manifestar a autoridade de Deus e a derrota de Satanás, na missão da Igreja, dizia, o Senhor se reservou exclusivamente, como cabeça viva que não nos deixou órfãos, e que está conosco todos os dias, o direito divino de constituir e enviar a Seus servidores, por meio dos quais busca o fruto para Seus propósitos. Não importa quantos sistemas de usurpação e pretensão se erijam atrevida e ousadamente para manipular ao rebanho alheio, que só pertence a Deus; somente Ele respaldará o que tem nascido dEle, e que leva a cabo, nEle, Sua vontade perfeita. A todo o resto lhe espera o fogo. Toda planta que não foi plantada pelo Pai celestial, será desarraigada.

Nesta missão, a Igreja deriva sua autoridade diretamente de que é em Si mesmo autoridade: o Verbo de Deus encarnado: Jesus Cristo. A autoridade da missão da Igreja no mundo, não está sujeita a outra autoridade menor; pois, pelo contrário, toda outra autoridade deve submeter-se à autoridade de Deus que se manifesta na Igreja, da maneira que se manifestou em Cristo. Como o Pai me enviou, assim eu vos envio a vós?. Toda potestade me é dada no céu e na terra; portanto, vão e façam discípulos a todas as nações, lhes batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e lhes ensinando que guardem todas as coisas que eu lhes mandei; e eis aqui eu estou com vós todos os dias até o fim do mundo?. Eis ali a garantia da Igreja: Eu estou com vós...?; quer dizer, o poder inerente da autoridade que pode submeter por si mesmo e a si mesmo todas as coisas.

Pois bem, quem é esta Igreja? Porque muitos sistemas usurparam atrevidamente tal nome; e muitos sistemas organizados de alienação e rebelião satânica, apresentaram-se nesse nome. A Igreja é, pois, o corpo de Cristo, a plenitude daquele que todo o enche em tudo, o canal de Sua própria vida, e isto evidente de por si; ou seja, manifesto diretamente à consciência dos homens, sem engano, sem extorção, pela mera manifestação da verdade e a vida, e pela demonstração do Espírito de poder, amor, domínio próprio, santidade, graça, justiça, verdade e glória. Pelo cumprimento das Sagradas Escrituras.

Nesta Igreja, Ele mesmo dá diretamente apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres; e Ele mesmo os confirma diante dos olhos do povo, por seu fruto de vida e de verdade, a Ele ligados pelo Espirito e a Palavra nas Escrituras. Igualmente, Deus mesmo se encarrega, em razão de Sua honra, de desmascarar à geração de falsos; de maneira que todos temamos com santo temor de Deus, o qual é o princípio da sabedoria e a própria sabedoria. A mão de Deus se faz evidente na aprovação e na reprovação, pelo Espírito da verdade, das Sagradas Escrituras. São Paulo não precisou ir inicialmente a Jerusalém, nem a Roma, para ser constituído apóstolo do Jesus Cristo; pois foi não de homens, nem por homens, mas sim pela vontade de Deus. Suas cartas créditos eram manifestos em seus frutos. Certamente Deus o guiou também a obter a destra de comunhão daqueles enviados anteriormente Por Deus, mas depois de ter servido já como Seu apóstolo. Mas quantos, que se vangloriam e glorificam em seus diplomas e créditos de papel, são feitos vis e baixos aos olhos do povo de Deus, e com justiça, por causa da acritude de seus maus e perversos frutos. Sua pretendida autoridade não é, pois, na realidade tal. A constituição de Deus é diferente à do homem, e se reconhece pelos frutos da graça divina.

Sobre os Fósseis.. Gino Iafrancesco

A PROBLEMÁTICA DOS FÓSSEIS IMPUTADOS À SUPOSTA ASCENDÊNCIA HUMANA
Por: Gino Iafrancesco

Traduzido pelos irmãos da Cidade de Alegrete-RS


Concordante com a declaração e a cronologia fundamental das escrituras sagradas judaico-cristãs. O Verbo de Deus, testemunha e veículo da criação, que se revelou aos homens em carne e ressuscitou historicamente citando assim a Gênese, crê na historicidade de toda a escritura e a confirmou assim. Eu acredito também. E pensar que a geologia tão agitada pelo catastrofismo, a distorção estratigráfica e o vulcanismo, é a incerta e débil base sobre a que descansa o círculo vicioso de interpretação paleontológica, que ao fim e ao cabo é a única suposição diz-que firme do evolucionismo, falso sustento do materialismo dialético.

Posto que o sentido comum e a observação do mundo que nos rodeia nos mostra a vida perfeitamente diferenciada em gêneros, espécies e naturezas, mostra-nos também a ausência de formas intermediárias entre gênero e gênero, ou seja, gêneros em transição, entre a multidão de seres vivos que hoje existem, os homens vão tendo que derrubar a um suposto passado remoto onde se supõe ocorria o que normalmente não vemos que ocorre hoje a nossa vista. Assim surgiu a fé evolucionista supondo que as formas de transição que não vemos hoje e que estão ausentes entre os gêneros a pesar que os gêneros mesmos estão presentes, as formas de transição, dizíamos, que não se acham na realidade presente, se imaginam no passado, ao qual se faz exageradamente remoto para poder cunhar a explicação dos inumeráveis milhões de milagres requeridos para as supostas transições. Começou então a cobiçada caçada de registros fósseis e entre o montão desordenado destes se procedeu à seleção daqueles que pudessem adaptar-se, com a ajuda da imaginação, à hipótese evolucionista; e alguns que não se adaptavam por si só, foram adaptados à força. Assim apartando os restos fósseis de suas circunstâncias reais foram acomodados e preenchidos dentro de uma suposta e meramente imaginária árvore genealógica, ao qual lhe concedem por necessidade e obrigação quantidades de tempo impossíveis segundo os fatos observáveis. Se Atribui a Cronos a criação, mas Cronos não tem credenciais. Como antes mencionávamos, nem as galáxias podem dar o luxo de tão exagerados milhões. As órbitas keplerianas, em que a velocidade decresce do centro até o exterior, tivessem enrolado os braços espirais das galáxias por rotação diferencial; é conhecido que os gases e as estrelas em uma galáxia giram em órbitas keplerianas; mas eis ali os braços espirais sem haver-se principalmente enrolado como tivesse que havê-lo sido se fosse verdadeiro o caso dos tão exagerados milhões de anos do trabalho do Cronos.

E se nos seguimos aproximando mais a nosso próprio sistema solar, ali descobrimos que tampouco o tempo teve tempo suficiente. O efeito Poiting-Robertson demonstra o relativamente novo do sistema solar. Uma partícula de rocha meteórica de 1 cm. de diâmetro e densidade 2,7 à distância da terra ao sol cairia em espiral em 10.000.000 de anos ao sol, segundo o cálculo do Robertson; o qual significa que se tivessem transcorrido 2.000.000.000 de anos, toda massa de rocha de 2 metros de diâmetro tivesse cansado ao sol pelo efeito Poiting-Robertson, limpando o espaço. Até a órbita de netuno estaria limpo o espaço de todo objeto menor de 2mm.1/2 de diâmetro. Até a orbita de Júpiter, de objetos menores de 7,5 cm. de diâmetro. Isto, pelo efeito PoitingRobertson atuando tal quantidade de anos. Mas qual é a realidade? existe grande quantidade ainda de material meteórico em órbita sem completar a queda, o qual pelo reflexo do sol produz o fenômeno da luz zodiacal. De maneira que o sistema solar é mais recente do que se acostumava a pensar. A isto acrescentam-se outras provas mais tiradas de outras observações.

O tempo de acumulação de níquel de pó cósmico indica na escala milhares e não milhões de anos. Onde ficaria a brecha necessária para a suposta evolução entre o Ramapitecus e o Australopitecus imaginada em 10.000.000 de anos?, 14.300.000 toneladas de pó meteórico se depositam anualmente sobre toda a superfície terrestre, segundo as investigações dirigidas pelo geofísico sueco Peterson. Em 5.000.000 de anos, a metade apenas do atribuído à brecha entre o Rmapitecus e o Australopitecus, formou-se uma capa de 18 metros de espessura sobre toda a superfície do planeta, incluindo os oceanos, em ausência de acidentes geológicos. Pela erosão, deveria haver enormes quantidades de níquel meteórico nos oceanos e em seus sedimentos, mas é raro inclusive em rochas terrestres e muito mais raro nos sedimentos oceânicos. Os meteoros contêm bastante níquel; igualmente existe no pó cósmico que continuamente se deposita sobre a terra, e que por sua descida lenta não se queima na atmosfera. Ao medir a quantidade deste níquel existente nos oceanos e em seus sedimentos, e ao medir-se conjuntamente a velocidade em que este é transportado à água desde o material meteórico, resulta o tempo de acumulação; o qual também cai na escala dos milhares e não dos milhões de anos.
Segundo suas investigações, o astrônomo alemão Swimne, e também Lyttleton, estimam na base de seus cálculos em muito recente a idade dos cometas por eles estudados de nosso sistema solar. A idade pois do sistema é curta. Swimne não se permite conceder aos cometas mais de 25.000 anos. Lyttleton estima que nenhum cometa de período curto pode sobreviver mais de 10.000 anos. A maioria dos astrônomos sustentam que os planetas e cometas do sistema solar datam sua formação de um mesmo período. Estes são os fatos observáveis.

O estudo do conteúdo de hélio na atmosfera, de sua velocidade de exsudação da litosfera, junto a outras indicações, permite para a atmosfera um máximo de tempo que cai também na escala dos milhares de anos.

Recordemos que, segundo o Dr. Melvin Cook, se a terra tivesse tal antigüidade como a que se pretende aplicar ao interpretar os fósseis, a pressão do petróleo se dissipou. Mas a atual pressão não indica mais de 10.000 anos. Se se considerarem todos os fatores externos, inclusive os relógios radiativos dão idades curtas, como já foi demonstrado.

Em um esforço internacional de mais de 90 universidades e museus, date-se) por carbono 14 a 15.000 restos fósseis. Nenhum pôde passar a barreira dos 40.000 anos, apesar dos exagerados 300.000.000 que lhe atribuíam. O carvão antes datado entre 200.000.000 e 300.000.000 de anos agora se date) em simplesmente 1.680 anos.

Loren Eisley desenvolveu o método do oxigeno 18 com o que se tenta medir a temperatura dos tempos antigos. Por esse método sustenta demonstrar que a era do gelo é muitíssimo mais recente. Pois bem, é a partir de tal idade que os evolucionistas supõem a origem do homem; e sua fé se cimenta em restos fósseis, de entre os quais não se encontrou ainda um crânio com seu esqueleto completo do suposto homem macaco. De maneira que a base do argumento é de uma fragilidade extremada. Os desenhos artísticos, chamados reconstruções científicas, não são mais que imaginações desejadas. De fato, reconstruíram-se" variadas máscaras baseadas a um mesmo pedaço de fóssil. A realidade costumam a ocultar ao estudante, o qual ingere ingenuamente as altissonantes fábulas evolucionistas.

É em honra a eles que nos detemos um pouco mais para examinar a realidade dos fósseis que acomodatíciamente imputam à imaginada árvore genealógica do homem, a suposta ascendência humana.

Se começa pelo Propliopitecus. Vários dentre os próprios evolucionistas o classificam como um simples bonito gibão. Só tem dele uns fragmentos no Egito, e já não é hora de pretender seguir lhe atribuindo 30.000.000 de anos. Além disso se apresenta como mais "recente" que o Ramapitecus achado no Siwalik, nordeste italiano, semelhante a um chimpanzé pequeno, ágil e engenhoso como os atuais.

Dos fragmentos fósseis do Driopitecus achados na África e Eurasia, dizem-se ser também mais "recentes" que o Ramapitecus, invirtiéndose assim a suposta cadeia evolutiva. Mas além disso, para poder explicar o passo do Propliopitecus ao Driopitecus têm necessidade de imaginar 11.000.000 de anos. Depois do Driopitecus admitem uma Lacuna em branco no registro fóssil de uns supostos 9.000.000 de anos. E quão inseguro é tudo isto, tendo-se em conta o expresso a respeito da curteza do tempo e além os acidentes geológicos ocasionados nos eventos do cataclismo diluviano, já convincentemente comprovado
O Ramapitecus do Siwalik, Itália ao nordeste, é semelhante ao chimpanzé e não é aceito por vários dentre os próprios evolucionistas como pertencente à linha do homem.
O Australopitecus tem somente um terço da capacidade do homem moderno. O primeiro foi descoberto por Ramon A. Dart e seu registro fóssil está excessivamente afastado do Ramapitecus do qual se pretende evoluiu. O evolucionista O Gross Ckark afirma que não há nenhuma evidência de que o Australopitecus possuísse atributos especiais associados ao homem, e portanto usa com reservas a palavra "homo" para o Australopitecus.



As supostas evidências do uso do fogo apresentadas por Ramon A, Dart não suportaram a análise critico. Oakley e Washburn concluíram que os ossos do Australopitecus nas cavernas eram restos de devorados por carnívoros e hienas. Também o evolucionista R.L.Lehrman diz do Australopitecus não ser "homo" a não ser igual a qualquer antropóide. O mesmo diz Ashley Montagh. J. T. Robinson achou em Sterfonten, África do sul, 58 artefatos de pedra perfeitamente atribuíveis ao homem nas mesmas acumulações onde se achou o Australopitecus; de maneira que tampouco neste caso se apresenta lógica e encadeada a cadeia. O homem em estratos do Australopitecus desqualifica a este como seu remoto antecessor.


O Zinjantropus ou suposto homo-habilis, imaginado homem primitivo da África, foi achado por L. 0. Leakey. O Dr, Robinson o classificou como simples Australopitecus. tratava-se de um crânio. Em 1.959 foi submetido a distintos métodos para calcular o tempo, dando diferentes idades. Ossos de mamíferos achados no mesmo sítio onde Leakey acho seu crânio não tinham mais de 10.000 anos segundo o carbono 14. Ossos do vale do Omo, Etiópia, que se diziam mais antigos ao achado pelo Leakey não passaram por carbono 14 a barreira dos 15.000 arianos. Em 1.972 Leakey admitiu que o crânio era o de um macaco. O professor de engenharia nuclear, Dr. Whitelaw, assegurou que o "homo-habilis quebra-nozes" tinha menos de 7.000 anos, Como. então atribuí-lo à suposta ascendência humana?.

Faz então sua ostentosa aparição o homem de Piltdown no elo ascendente da suposta árvore genealógica. Os registros fósseis foram achados em 1.912 por Charles Dawson e Arthur Kaith no Piltdown, Inglaterra. disse-se descobrir um homem-macaco. Arthur Woodward e Teillard do Chardin foram colaborar com o trabalho. Foi "reconstruído" a partir de um crânio, uma queixada e alguns dentes. Esteve Exibido 14 anos no museu britânico enganando aos ilustrados que acreditavam sem examinar; até que em 1.953 John Wimer e Samuel Oakley examinando minuciosamente acharam que o tal crânio era de um homem moderno, e a queixada de um bonito gorila moderno tratada com bicromato de potássio e sal de ferro para lhe dar aspecto fossilizado. Os dentes tinham sido limados para lhe dar semelhança aos de um macaco. E de seguro que esta não é a única vez em que o olho do cientista é enganado.


Em 1.922 se acho e "reconstruiu" o Hesperopitecus conhecido também como o homem da Nebrasca. Sua "reconstrução" resultou partir de um dente de pecarí, espécie de porco.

Do suposto homo-erectus incluem do registro fóssil ao Pithecantropus, ao homem do Java, ao homem de Pequim e ao homem do Calais, Tanganika, a quem a enciclopédia americana considera simples antropóides ou possivelmente um tipo de homem inferior. Os fósseis da Hungria, o homem do Swascombe e o homem da Kanjera, África, são também classificados como supostamente homo-erectus. O homem do Java ou Pitecantropus é um dos mais apreciados pelos evolucionistas, e um dos registros fósseis em que mais confiam e até se glorificam. O cirurgião holandês E. Dubois causou sensação ao anunciar seu descobrimento em Sundra, Indonésia. tratava-se de cinco fragmentos fósseis: Segundo alguns, uma parte superior de crânio de gibão gigante, um osso e um dente. Outro grupo de paleontologistas alemães declararam ser o Pitecantropus um simples homem. Dubois mesmo admitiu que os restos, aos que logo tinha acrescentado um sexto fragmento, parte de queixada inferior achada em outra parte da ilha no mesmo estrato, não eram de um homem-macaco mas sim os tinha achado distantes entre si. Os primeiros fragmentos até a 20 passos de distância, e tinha achado também restos de homens modernos no mesmo Lugar. Do homem de Pequim desapareceram as evidências. Scientific American `66 informa do achado dos restos de população de homens modernos contemporâneos do "homo-erectus" entre os fósseis da Hungria. A.M. Winchester sustenta de restos na Europa do homem do Swascombe ser contemporâneos do homem normal. O mesmo diz do homem da Kanjera, África. De maneira que estes supostos homo-erectus ou pre-Neanderthales eram tempranos exemplos de homo-sapiens normal conforme se deduz também dos fragmentos do Swascombe, Inglaterra, e Steinhein, Alemanha. O forte do Java se acho junto com as caveiras modernas do Wadjak em área vulcânica de não mais de 500 alms, como o demonstrou a expedição de Frau Selenka em 1.907.


O homem de Heidelberg foi simplesmente "reconstruído" a partir de um osso de queixada que se aceitou como humano. Como sustentar-se em tais conjecturas?.

O homem da Rhodesia foi examinado no esforço internacional a que fizemos menção anteriormente, e o exame por carbono 14 não lhe atribui mais de 9.000 anos. Menos foi atribuído aos ossos do Thamesville e Catham, Ontario, Canadá.

Anteriormente os evolucionistas punham ao homem como descendente direto do homem do Java, Pequim, Neanderthal e Rhodesia; os evolucionistas modernos afirmam que não; que o homem não está na linha dos tais. E é que se acharam fósseis de homens de tipo moderno nos mesmos estratos e aim em estratos mais "cedos" que o dos fósseis "pré-históricos" do Java, Rhodesia e Neanderthal. Do homem do Neanderthal, o Dr. A.T.E. Cave sustentou em um congresso internacional de zoologia em 1.958 que ao examinar o esqueleto do Neanderthal achado na França resultou ser o de um ancião artrítico. No esforço internacional mencionado lhe aplicou carbono 14 e não passado a barreira dos 40.000 alms; outros não passaram a barreira dos 32.000 anos. A um molusco vivo lhe aplicou carbono 14 e pôde datar-se sua "morte" por volta de 3.000 anos. Como confiar-se em tais coisas e exageros?. Também a revista Harper's reconhece ao Neanderthal como artrítico, e não dobrados, brutais e mau desenvolvidos como se dizia. O Time magazines de 19 de março de 1.961 deu a capacidade do Neanderthal em 1.625 cm.3, maior que o homem médio normal. A enciclopédia mundial do '66 o descreve como completamente humano, plenamente ereto e muscular, de cérebro igual ao homem comum. o de Pequim e o do Neanderthal, segúnm I. Lissmer e T.D.Stewart, eram de rasgos faciais semelhantes aos nossos. O Neanderthal é contemporâneo do Cro-magnon, homens europeus superiores ao homem moderno em estatura e capacidade cerebral. Também os boscopoides da África do sul, que segundo Eiseley não podem ter mais de 10.000 anos, refletem características, segundo J. Jauncey, superiores ao homem moderno. Como pode então supor-se que o homem evoluiu deles?.
seguimos os elos fundamentais da suposta árvore genealógica da ascendência que imaginadamente é imputada ao homem. Tal árvore genealógica supostamente esta feito migalhas. Lhe dá forma só o desejo e a imaginação. Não houve tempo para sua evolução e os supostos antepassados não são mas que conjecturas forçadas. O homem aparece claramente como uma criação especial.

A Mensagem à Laodicéia- W Kelly

O Caráter da Igreja dos últimos tempos, e o que Cristo pensa dela


Extraído do Site www.verdadespreciosas.com.ar e Traduzido pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS

“Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 3:14-22).


O Contraste com Filadélfia

Um acentuado contraste se adverte entre o estado de Sardes e da prévia ordem das coisas. Em Tiatira reinava uma grosseira corrupção, aberta e má, perseguição, aversão à santidade e à verdade de Deus, falsos profetas, embora havia ali um remanescente fiel. Se Tiatira representa a idade das trevas, quando o Senhor tinha escondido a seus santos fiéis nos rincões e esconderijos do mundo, em Sardes temos uma aparência de coisas corretas: um nome de que vive, e uma morte praticamente universal; não obstante, ainda em Sardes estavam aqueles que não haviam contaminado suas vestiduras. Assim como havia uma marcada distinção entre Sardes e Tiatira, também é certo que havia uma igualmente forte linha de demarcação entre Filadélfia e Laodicéia.

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve” (não «dos laodicenses»)

Vamos a examinar o caráter que Deus confere a esta igreja, e a luz que Ele traz acerca de sua condição. Se existem duas igrejas que se acham em maior contraste, uma com a outra, seguramente são estas duas. A razão é esta: que quando Deus trabalha de uma maneira especial, quando manifesta sua graça de alguma nova forma e com uma nova luz, ele, a partir do desvio do Cristianismo, sempre faz surgir uma sombra particularmente obscura no curso dos acontecimentos.

Vemos em Filadélfia um quadro brilhante. Eles tinham pouca força, mas tinham que depender Dele em paz; pois o Senhor havia aberto a porta, e Ele a havia de manter aberta. Cristo era toda sua confiança, em contraste com os pretendidos religiosos que aparecem ao mesmo tempo reclamando ser o povo de Deus sem nenhuma consideração por Cristo. A Igreja deveria ser, pelo Espírito Santo, um verdadeiro testemunho da nova criação, da qual Cristo é tanto a única fonte como o Modelo admirável. Mas a igreja fracassou por completo, e nunca tanto como nesta última fase. Pois que diferença achamos quando nos pomos a considerar a Laodicéia!

Acaso o Senhor fala aqui de atender às necessidades deles, de ter a chave de Davi, de apresentar-se como o objeto de seus afetos, como o Santo e o Verdadeiro, em sua magnificência moral, que chama o coração a adorar-lhe? Acaso Ele, quando se dirige à Laodicéia, não fala em outro tom? Ouçamos-lhe:

“Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (v. 14).

O fim da profissão era quase arrogante. Cristo era o “Amém”, a única garantia das promessas divinas, e a única “testemunha fiel e verdadeira” Quando todos os demais haviam fracassado. A maneira como Ele se apresenta supõe que aqueles a quem se dirigia mediante a esta mensagem, eram completamente infiéis e haviam revivido as velhas coisas que haviam sido sepultadas no sepulcro de Cristo. Inclusive um santo como Jó não estava na presença de Deus quando pensava tanto acerca de si mesmo (“ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;”, etc. Jó 29:11). Podemos dizer que ele estava na presença de si mesmo e não na presença de Deus. Sempre é um pobre sinal ver um homem detendo-se para contemplar-se a si mesmo, já no que respeita ao bom ou ao mal de si mesmo. Inclusive quando nos convertemos, por que deveríamos deter-nos a considerar as mudanças operadas em nós? Isto não é esquecer-se das coisas que estão atrás – Filipenses 3:13 (as que, diga-se de passagem, não se referem a nossos pecados, senão a nosso progresso): se o Senhor nos têm concedido que demos um passo adiante, o tem feito para que estejamos mais perto Dele, e para que creiamos no conhecimento de Deus. Junto com isto, sempre haverá um aumento no conhecimento de nós mesmos, mas nunca visando a admiração própria. Pertencemos a Cristo, por isso, Ele é o objeto que felizmente nos mantêm humildes. Quando Jó foi levado à íntima presença de Deus realmente, então esteve no pó. Não sabia o que era ser absolutamente nada diante de Deus, até que foi levado ali, e seus olhos lhe viram (Jó 42:5). Antes, Jó visava mais o que Deus produzia Nele, mas agora Ele viu a si mesmo como pó. Depois disto, lhe vemos inclusive orando por seus amigos, e vemos também holocaustos. Tal era também o espírito de intercessão e de adoração. E isso parece a mim que era o espírito ao que havia sido levada a igreja de Filadélfia. Eles entenderam a adoração porque, em sua medida, conheciam Àquele que havia sido desde o princípio. O Senhor deseja que sejamos fortes em Cristo, que cresçamos Nele em todas as coisas.

Em Laodicéia não havia nenhum pensamento semelhante, nada que se pareça entrar em possessão das riquezas do Senhor de graça. Em nenhuma outra coisa deveríamos sentir nossa falta tanto como na adoração, e justamente porque a valorizamos. O sentimento espiritual —ainda que certamente débil— é o que anima nosso pequeno poder de adoração. Seguramente que o espírito de adoração é nosso verdadeiro poder para o serviço. Por isso, diz o Senhor em João 10:9: “Eu sou a porta; o que por mim entrar, será salvo; e entrará, e sairá, e achará pastos.” Já não se trata mais do redil judeu e da escravidão da lei, senão da perfeita liberdade, que entra para a adoração e que sai para o serviço, achando em todo lugar alimento e benção. Que doce é pensar que o tempo vem quando “entraremos”, para nunca mais “sair”!. Será sempre o serviço em imediata relação com o Senhor, o gozo da presença de Deus e do Cordeiro, a adoração eterna. E permita-me perguntar de volta, para quem será esta uma promessa grata e ditosa?: Para aqueles que apreciaram e gozaram da adoração na terra; como o vemos no Salmo 84:4, “Perpetuamente te louvarão”. O lugar onde o Senhor morava estava gravado ainda nos corações daqueles que iam ali: “Em cujo coração estão teus caminhos”. Sentiam que deviam acharem-se onde Deus estava, e ali habitavam.

Em Laodicéia, o Senhor não se revela da mesma forma pessoal, e menos ainda eclesiásticamente; mas se tomam certas qualidades e títulos que pertencem a Ele, cujo alcance vai desde o que Ele havia sido para Deus até o que o vincula com a nova cena na qual estava por ser manifestado como Cabeça sobre todas as coisas. Ele é “o Amém,a testemunha fiel e verdadeira, o principio da criação de Deus” (v. 14). Eles haviam falhado em tudo; haviam sido testemunhas infiéis. Mas é como se lhe dissera: «Vós não haveis encontrado um só pensamento de meu coração. Agora me apresentarei a vós tal como todos deveríeis haver sido. Também era “a testemunha fiel e verdadeira”. O Cristianismo, desde seus primórdios, desde os dias apostólicos por certo, é uma testemunha rejeitada. Cristo se acha em relacionamento com a nova criação.

Mornos

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.” (v. 15). Isto é latitudinarismo. Não é a ignorância da verdade o que produz este mal mortal, senão que aqui se trata do coração que permanece indiferente à verdade, depois que esta última tenha sido trazida plenamente ante ele. Estas pessoas não querem a verdade, porque, para segui-la realmente, eles sentem que devem sacrificar o mundo e separar-se praticamente dele, ao qual não estão dispostos. Nós deveríamos ser tolerantes sempre que haja ignorância involuntária. Mas a indiferença à verdade é uma coisa totalmente diferente, e algo aborrecível aos olhos do Senhor.

Nunca, pois, o latitudinarismo é a condição das almas que são de simples coração, senão daqueles por quem a verdade tenha sido ouvida e que não estão dispostos para a cruz. A verdade de Deus sempre põe a prova os corações dos crentes. A verdade não é algo que eu simplesmente devo aprender, mas que sou provado por ela. Se a ovelha se acha em uma condição saudável, então ouvirá a voz do Pastor, e nem sequer reconhecerá a voz dos estranhos. Mas se a ovelha se desvia após outros, se verá tão confundida que já não será mais capaz de distinguir a bem conhecida voz do Pastor. Isto é o que surgiu em Laodicéia, e parece que a causa deles se deve por haver desprezado o testemunho dado na Igreja primitiva. Em Filadélfia, Ele se manifestou tal como é, e assegurou a cada coração que lhe recebeu, que como seu Nome era tudo para nós na terra, assim também ele nos dará Seu novo nome no tempo de glória. Cada afeto que tenha sido espiritual, tudo o que o Senhor trabalhou em nossos corações, sairá a luz mais brilhantemente no céu. O Senhor diz à Laodicéia: “nem és frio nem quente”. Eles tinham algo que os estimulava, pois o “frio” não era absoluto. Não eram honestos. Laodicéia é o último estado da decadência, a qual o Senhor já não podia permitir que seguisse mais. É um tempo no qual as pessoas terão muitas verdades em certa forma, mas suas almas não serão exercitadas pela verdade. Se o coração houvesse sido, ainda que fosse, em uma medida mínima, sincero —por mais ignorante que fosse— houvesse gozado de tudo o que provinha do Senhor. Aqueles que têm uma unção do Santo, e que sabem todas as coisas, como se diz em 1.ª Jo 2, não são os “pais” (quem naturalmente também haviam sido ungidos da mesma maneira), senão as criancinhas” (lit. “bebês”). Esta capacidade de julgar o que não é de Cristo, depende de que o coração seja leal a Ele. Por isso, o santo mais jovem na fé, com um “olho sensível”, é capaz de discernir com absoluta certeza nos casos em que um teólogo está extraviado em “genealogias intermináveis”.

Todo espírito que não confessa, senão que nega a Cristo (ao Cristo de Deus), é do anticristo. Houve, como há hoje, muitos anticristos, e a esfera de atividade onde podemos descobrir-los é ali onde o nome de Cristo é pronunciado. Se Cristo não houvesse sido conhecido, não poderia haver um anticristo, o qual foi a sombra obscura que seguiu à verdade. Tão seguramente como o Senhor trabalha em seus caminhos de graça, Satanás também está ativo. Ser “morno” era ser falso, com a pretensão da verdade; e o Senhor diz: “Te vomitarei de minha boca.” Não conheço em nenhuma outra parte que o Senhor empregue uma expressão tão depreciativa como esta. Difere notavelmente da maneira em que tratou a Sardes, onde se dá o juízo geral do Protestantismo, à qual o Senhor julga como ao mundo e ameaça a vir sobre ela como ladrão. É esta a maneira em que medimos nossas coisas? Pensamos provavelmente que Jezabel teria sido considerado como o pior; mas, nos surpreendemos porque que ser “morno” era realmente o pior de tudo? Entretanto, era isto o que provocou toda a indignação do Senhor, e Ele somente sabia.

A auto-satisfação

“Porque tu dizes: Eu sou rico, e me tenho enriquecido, e de nenhuma coisa tenho necessidade; e não sabes que tu és um desventurado, miserável, pobre, cego e nu” (v. 17).

Aqui encontramos uma clara prova de que eles haviam ouvido muito acerca da verdade. Criam que eram ricos. Consideravam a erudição e o intelectualismo em matéria religiosa como algo excepcionalmente desejável e de sumo valor. O crescimento nestas coisas —ao menos em extensão, mas não em profundidade— era para eles um motivo de satisfação. A propagação do conhecimento exterior de Deus é o que precipita a crise final, o juízo final e a supressão definitiva de tudo o que leva seu Nome falsamente e para sua própria complacência. Eles haviam buscado muito ao homem e ao mundo, os que prometem muito aos olhos. Mas isto não é justo juízo; pois quando se dá lugar assim à natureza caída na igreja, resulta em grande perca, até a plena exclusão do que é divino e celestial, e frente a todas as verdadeiras riquezas, ele significava o verdadeiro e amargo empobrecimento. Isto é o que o Senhor passa a apresentar ao anjo logo. Segue então uma falta de discernimento.

e não sabes que tu és um desventurado, miserável, pobre, cego e nu” (v. 17).

Isto era assim porque haviam recusado o testemunho de Deus. Seu testemunho sempre produz o sentimento de não ser nada, mas nunca debilita a confiança Nele. Pode haver provas. As Epístolas de João estão cheias delas; mas não existe nunca o pensamento de que o Espírito conduza a um crente a duvidar de que Deus esteja a favor Dele. Ele pode trabalhar —e seguramente trabalhará— em uma alma que se esteja apartando do Senhor para voltar a trair a Ele. Pode fazer-nos sentir nossa debilidade. Mas de nenhuma maneira trabalhará jamais produzindo uma dúvida da verdade. E sempre é um sinal da carne em atividade, “desejando contra o Espírito”, quando damos lugar à desconfiança. Sempre o Espírito Santo, onde quer que se encontre, têm por objetivo fazer que um homem se humilhe completamente a si mesmo, que julgue e que renuncie à insensatez da carne. Há, e deve haver, sempre realidade e confiança na presença de Deus.

Laodicéia diz: “Eu sou rico, e me tenho enriquecido, e de nenhuma coisa tenho necessidade” (v. 17). É o Espírito Santo precisamente quem pronuncia que isto é presunção da carne, um coração que não conhece suas necessidades e que recusa a graça. Havia antes certo calor momentâneo, que é o que a havia feito tão aborrecível para Deus. Mas isto é justamente o que os homens estão fazendo, os que falam da igreja do futuro. Eles chamam ao tempo apostólico «a infância da igreja»; mais tarde a igreja se viu excessivamente crescida e desenvolvida assim como arrogante; e agora eles buscam uma igreja do futuro, quando já não esteja mais sujeita, senão que atuará por si mesma: atuará como um homem adulto. Ai!, onde terminarão estas aspirações? Pois Deus será excluído da assim chamada «igreja», e Sua autoridade não será levada em conta.

A indiferença

Isto está operando hoje de maneira extensiva. E são mornos os filhos de Deus frente a Ele; frente à verdade de Deus que é excluída?
Recordemos o que o Senhor diz aqui: “Te vomitarei de minha boca.” Seria um grave erro supor que não havia bons homens entre eles. Mas não se trata aqui de uma questão de indivíduos, senão da assembléia: O Senhor disse que como tal Ele os vomitaria de sua boca. As pessoas não podem congregar em extensas massas sem terem como resultado o laodiceísmo, por não dizer que este tenha sido também a fonte dele. A popularidade é uma coisa; mas outra muito distinta é o Espírito Santo que reúne as almas para Cristo no presente tempo. O Senhor seja louvado se tão só haja uns poucos congregados em seu Nome (Mateus 18:20)! Que todos os filhos de Deus tenham presente que eles devem render contas ao Senhor Jesus, a respeito de si se falam representados por Laodicéia ou não; se é que estão vivendo para Cristo, ou para o que meramente leva seu Nome como um véu sobre o indiferentismo.

Entretanto, o Senhor não os abandona. Lhes diz: “eu te aconselho que de mim compres ouro refinado no fogo, para que sejas rico, e vestiduras brancas para vestir-te, e que não se descubra a vergonha de tua nudez” (v. 18). O ouro é empregado como símbolo da justiça intrínseca na natureza de Deus, ou justiça divina; e vestiduras brancas, ou linho, representa as justiças dos santos, como o vemos no capítulo 19.

A justiça divina não formava mais parte de seus pensamentos. Nem apreciavam a justiça de Deus —o qual um cristão é feito em Cristo (2.ª Corintios 5:21)—, nem tampouco a justiça prática posta de manifesto ante os homens, à qual o Espírito Santo conduz. De modo que o Senhor lhes aconselha que comprem Dele o verdadeiro ouro, e vestiduras brancas para que possa ter lugar a santidade que lhes convinha diante dos demais. “Unge teus olhos com colírio, para que vejas.” Aqui esta o segredo: a falta de unção do Santo. Eles não viam nada adequadamente; nem sequer sua necessidade da justiça divina.

Chamado ao arrependimento: Cristo está fora e chama

“Eu repreendo e castigo a todos os que amo; se, pois, zeloso, e arrepende-te” (v. 19). Seguramente que esta é a voz do Senhor para o tempo presente. Ah, eis aqui o que os laodicenses necessitavam!. O Senhor está tratando com seu povo; põe continuamente diante deles algo para humilhá-los nos pensamentos que têm de si mesmos: Ele não lhes diz que façam ou que tratem de fazer algo novo, senão que os chama a “arrependerem-se”. Não lhes pede que estendam suas asas para realizar algum vôo maior no futuro, senão que vejam onde estão, e que confessem seu fracasso. Mas isto é tedioso à luz de um coração auto-suficiente e contento de si mesmo. Entretanto, o chamado ao arrependimento aqui, como em Sardes, difere enormemente do que vemos nas mensagens a Éfeso e a Pérgamo, onde se requereu a todos abaixo pena de solene castigo da parte do Senhor, já seja de maneira geral ou particular. Tiatira tinha aqui também um lugar intermédiario: “E tenho dado tempo para que se arrependa, mas não quer arrepender-se de sua fornicação” (Apocalipse 2:21). Por isso seguiu a ameaça do juízo, e sobreveio a vasta mudança em toda sua extensão.

É algo muito mais elevado padecer por Cristo e com Cristo, que ser ativo em obras. Quando o apóstolo perguntou uma vez: “Que farei, Senhor?”, o Senhor lhe disse: “Te mostrarei quanto te é necessário padecer por meu nome” (Atos 9). Isto é o que o Senhor valoriza de maneira muito especial. Não meros sofrimentos como homens, senão sofrimentos por Cristo. “Se sofremos, também reinaremos com Ele” (2.ª Timóteo 2:12).

Em Laodicéia se tratava de pessoas que, por causa de seu orgulho, haviam caído muito baixo, e eram, pois, chamadas a serem zelosas e a arrependerem-se, a humilharem-se diante de Deus por causa de sua condição.

Entretanto, o Senhor profere uma palavra de graça: “Eis aqui, eu estou à porta e bato” (v. 20). Não é algo solene que o Senhor esteja ali, e que tome o lugar de alguém que está fora? Entretanto, ele estava disposto a entrar quando achar uma alma leal a ele. “Se alguém ouve minha voz e abrir a porta, entrarei a ele.” Faz falta dizer que isto não se trata de uma mensagem de salvação para o mundo? No capítulo 10 de João, o Senhor se apresenta em plena graça dizendo: “Eu sou a porta; o que por mim entrar, será salvo” (v. 9). Mas em Apocalipse Ele fala desta maneira à igreja. Que posição solene! Quão baixo havia caído ela agora! O que devia haver sido a gostosa porção de toda a igreja —já seja em sua proximidade à Deus ou em suas manifestações ante aos homens ou na comunhão de Cristo—, era agora oferecida em pura graça àquele que ouvir com atenção e se humilhar ante a graça do Senhor. Ele certamente não tem simpatia com a auto-satisfação de Laodicéia. Por isso está fora, golpeando á porta, por se acaso houver algum coração dentro que não estiver tão ocupado com as coisas e com as pessoas ao redor, e que lhe abra a porta. Ao tal lhe diz: “Entrarei a ele, e cearei com ele, e ele comigo” (v. 20). Mas se trata de um assunto inteiramente individual. Em presença do mais grave abandono da verdade, devemos acaso dizer: «Não há nenhuma esperança»? De nenhuma maneira; pois o Senhor está à porta e chama. Pode ser que não muitos respondam a seu chamado, mas alguns o farão.

Sentados no trono de Cristo

E a promessa é: “Ao que vencer, lhe darei que se sente comigo em meu trono, assim como venci, e me tenho sentado com meu Pai em seu trono” (v. 21). É um erro supor que esta é uma promessa gloriosa: estamos dispostos a pensar assim porque naturalmente valorizamos tudo o que se relaciona com glória celestial. Mas Deus não estima as coisas deste modo. A regra que mede as coisas segundo seu valor, é o santo amor de Deus —o que demonstrou ser divino, grandemente quando Cristo se humilhou ao descer até o homem e morreu por ele—, e não o poder nem a glória. Deus podia haver feito milhares de mundos resultando muito mais fácil que dar a seu Filho para sofrer na cruz. Não questiono a graça dessa expressão, apesar de semelhante mal que imperava; mas nossa participação no reino com Cristo não é o mais bendito que gozaremos. E a promessa que aqui se faz não vai mais longe. O que temos e teremos em Cristo mesmo é muito mais precioso. Entretanto, esta é uma porção com Cristo. Em João 17:23 o Senhor mostra que a dispersão de glória é para a reivindicação de si mesmo ante o mundo. Toda a glória revelada no futuro constituirá a prova para o mundo, para que saibam que o Pai nos ama como amou a seu Filho. Mas nós estamos facultados a saber pelo Espírito Santo agora. Não temos que esperar até então para conhecer o amor que nos têm dado a glória: uma coisa mais profunda que aparecer ante o mundo ou que tronos no reino. O afeto pessoal do Senhor a seu povo é uma porção muito melhor que qualquer coisa dispensada ante os homens ou os anjos.

E aqui o Senhor encerra as igrejas. Ele havia chegado ao último estado. A sabedoria de Deus tem surtido nestes capítulos, nas verdades profundas, senão ao contrário o que requer consciência; e isto, antes que grande capacidade,é o que devemos entender.

W. Kelly, Lectures on the Book of Revelation, pág. 80-88

SINOPSE

Da mensagem à assembléia de Laodicéia


A Igreja em sua responsabilidade sobre a terra ia ser descartada, principalmente ao final, por ser um testemunho infiel. O quadro que descreve o estado de Laodicéia é, naturalmente, muito claro, mas, a meu entender, é o resultado da aversão e o desprezo do testemunho suscitado precedentemente pelo Senhor (Filadélfia). Se se desconhece e despreza a verdade valorizada por aqueles que deveras esperam ao Senhor, um se encontra em perigo de cair na espantosa condição que a Palavra põe aqui ante nossos olhos. Em Laodicéia, Cristo já não é mais o único objetivo pelo qual o coração se sente atraído e com o qual se compraz. Tampouco existe mais aqui o sentimento da benção relacionada com sua vinda e que conduz a esperar; e menos ainda se glorifica um na debilidade, de modo que o poder de Cristo permaneça e se manifeste nesta mesma debilidade. Ao contrário, prevalece o desejo de ser grande, de ser tido em alta estima pelos homens, tal como diz: “Eu sou rico, e me tenho enriquecido, e de nenhuma coisa tenho necessidade” (v. 14). Vemos aqui uma condição, pois, que deixa um amplo lugar para os pensamentos e os caminhos do homem.

Por isso o Senhor se apresenta ante eles como “o Amém”, o fim de toda esperança no homem; e toda segurança não se fala mais que na fidelidade de Cristo de Deus. Cristo somente é “a testemunha fiel e verdadeira”. Isto é precisamente o que a Igreja teria que haver sido e não foi, e, por conseqüência, Ele mesmo deve tomar este lugar. É o mesmo lugar que ele ocupou quando, cheio de graça, esteve aqui em baixo; e agora ele deve repreender à Igreja em poder, em glória e em juízo. E dificilmente um pode conceber tão grande e solene repreensão infligida à condição daqueles cuja obrigação era haver sido testemunhas fiéis e verdadeiras na terra. Além disso, ele é “o princípio da criação de Deus”. Isto põe ao primeiro homem completamente de lado, e com toda a razão por quanto Laodicéia é a glorificação do homem e de seus recursos na Igreja.

“Eu conheço tuas obras, que nem és frio nem quente. Oxalá fosses frio o quente! Mas por quanto és morno, e não frio nem quente, te vomitarei de minha boca” (v. 15). Eles são neutros, ou indiferentes, em princípio e na prática; seu coração somente está “meio” do lado de Cristo. Estou persuadido de que nada é mais propenso a gerar a indiferença que quando se assume uma posição sã da verdade exteriormente, mas sem o exercício do juízo de si mesmo e uma sincera piedade. Quanto mais se esteja firme na frente do campo de batalha, levando a responsabilidade do testemunho de Deus, tanto mais haverá conhecido e professado conhecer a graça e a verdade de Deus, expondo-las literalmente ante os demais. Mas se não há um andar que marche parelho com a luz; se o coração e a consciência não são governados e animados pelo poder do Espírito de Deus, por meio de uma fé viva em Cristo, mais profundamente também, cedo ou tarde, um cairá de novo em um estado de indiferença, se não de ativa inimizade. Um se voltará indiferente a tudo o que é bom, e o único tipo de zelo que predominará, se existir algum zelo, será pelo que pertence ao primeiro homem, isto é, pelo mundano e o mal.

Tal é o estado de Laodicéia ou laodiceísmo. E o Senhor declara que é uma coisa tão repulsiva, que não é de se estranhar que a maioria não esteja disposta a reconhecer que essa seja sua condição, como o é, ou sequer que possa ser. É a última fase antes de que não fique aparência da Igreja na terra. A pessoas sonham em vão com progressos, e se bajulam. “Mas por quanto és morno, e não frio nem quente, te vomitarei de minha boca. Porque tu dizes: Eu sou rico, e me tenho enriquecido, e de nenhuma coisa tenho necessidade; e não sabes que tu és um desventurado, miserável, pobre, cego e nu. Portanto, eu te aconselho que de mim compres ouro refinado no fogo” (v. 16-18). Eles queriam tudo o que é característico do cristianismo —ainda que careciam de tudo o que é precioso: “ouro”, ou seja, a justiça divina em Cristo, “para que sejas rico”, e “roupas brancas”, o que significa a justiça dos santos, “para vestir-te, e que não se descubra a vergonha de tua nudez”. Além disso, tinham necessidade de “colírio” para seus olhos: “e unge teus olhos com colírio, para que vejas” (v. 18). Haviam perdido a percepção do que Deus valoriza. Tudo era obscuro em quanto à verdade, e incerto em quanto ao juízo moral. A santidade da separação e o sabor da vida haviam desaparecido.

“Eu repreendo e castigo a todos os que amo; se, pois, zeloso, e arrepende-te. Eis aqui, eu estou à porta e chamo; se alguém ouve minha voz e abre a porta, entrarei a ele, e cearei com ele, e ele comigo” (v. 19-20). Ainda ali, nesta triste condição, o Senhor se apresenta de fora, cheio de graça para responder às necessidades das almas.

"Ao que vencer, lhe darei que se sente comigo em meu trono, assim como eu venci, e me sento com meu Pai em seu trono. O que tem ouvido, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v. 21-22).

E nas palavras que terminam a epístola, não encontramos nada de especial; o máximo que se promete não vai mais além da promessa de reinar com ele. Agora bem, reinar com Cristo é o que se reserva a cada um dos que terão parte na primeira ressurreição, inclusive aos judeus que padeceram pelos inimigos anteriores, ou mais tarde pelo reino do Anticristo. É, pois, um erro supor que esta promessa constitua uma distinção particular. Pois tudo se resume no fato de que, depois de tudo, o Senhor se mostrará fiel, apesar da infidelidade reinante. Pode haver uma fé individual real no meio das condições mais desfavoráveis e adversas. Mas todos os que são de Deus e de Cristo compartem o reino.

W. K., Revelation Expounded, pág. 71-

A doutrina de Balaão- Arcadio Sierra Diaz

Extraído do Livro " A Igreja de Jesus Cristo, Uma Perspectiva Histórico-Profética" você pode fazer o download do ebook aqui no Filho Varão.


“Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.” (v.14).O que é a doutrina de Balaão? Por que disse o Senhor que alguns a estavam retendo nessa época? Balaão foi um cobiçoso profeta dos gentios, que conhecia o verdadeiro Deus, e que aparece como protagonista no livro de Números, durante os passo do povo hebreu pelas terras de Moabe, em sua peregrinação pelo deserto em busca da terra prometida. O nome Balaão significa desviador do povo, e nesse propósito firmou seu ministério. No princípio Balaão pode ter sido um profeta de Deus, mas por ganância desonesta e por congraçar-se, se converteu em mercenário e desviou o caminho da verdade. Balaque, na ocasião rei de Moabe, ofereceu dinheiro a Balaão para que amaldiçoasse o povo hebreu, pois temia que o eventual cruzamento do povo de Deus por suas terras lhe ocasionara prejuízos, como havia sucedido com o Amorreu. Diz a Palavra de Deus que quando chegaram os emissários do rei com o pagamento para que Balaão fosse realizar seu nefasto trabalho, Deus havia dito com muita clareza a Balaão: "Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado." (Nm. 22:12). Mas Balaão insistiu e o Senhor o permitiu ir, mas com a condição de que fizesse o que Ele lhe dissesse, constituindo este um dos exemplos bíblicos mais exponentes da vontade permissiva de Deus. Balaão sabia muito bem que não era a vontade perfeita de Deus que atendesse a esse chamado. O Senhor não ia permitir que nada amaldiçoasse a seu povo. Instigado pelo rei Balaque e por seus oferecimentos de paga, por mais que fosse tentado, Balaão não podia maldizer o povo de Deus, pois Deus ia frustrando os esforços de Balaque . Então ocorreu o que a Palavra de Deus chama de doutrina de Balaão; o profeta usa uma astuta estratégia para fazer cair em pecado o povo hebreu diante de Deus, pois aconselhou a Balaque que, seguindo essas instruções, corrompeu ao povo de Israel procurando uni-lo com as mulheres gentias pela atração do desenfreio sexual e logo a adoração de imagens. " Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. 2 Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. 3 Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel." (Nm. 25:1-3). Como conseqüência houve uma grande mortandade entre os varões do povo de Israel e matança dos medianitas, incluindo o próprio Balaão, e os israelitas “e mataram todo homem feito. Mataram, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas, Evi, Requém, Zur, Hur e Reba, cinco reis dos midianitas; também Balaão, filho de Beor, mataram à espada. 15 Disse-lhes Moisés: Deixastes viver todas as mulheres?16 Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o SENHOR, no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a congregação do SENHOR” (31:8,15,16).Satanás não podia acabar com a Igreja. Assim como Balaque teve temor deste povo numeroso que havia entrado em seus domínios, Constantino propicia uma fusão, um matrimônio da Igreja com a religião babilônica, incitando ao que a Palavra de Deus chama de "comer coisas sacrificadas aos ídolos", e que finalmente gera confusão entre a sociedade política e religiosa, que, pelos conflitos do perverso coração humano, leva implícito o problema do poder, e não qualquer poder, senão aquele que os imperadores se reservam os "divinos" direitos, e que se destaca a seu devido tempo e se conhece historicamente como o cesaropapismo.Não se chega a compreender a razão pela qual havia existido a opinião de que a incursão e executória de Constantino na vida da Igreja de Jesus, constituiu para ele uma grande vitória, alegando para ele haver decretado por fim às perseguições aos santos e haver-la enchido de rendas eclesiásticas, liberdades e exaltações, e se fala inclusive de que a Igreja tem entrado em crises nos nossos dias devido ao fato que recentemente temos chegado ao fim da era constantiniana. Constantino abriu as portas aos cristãos para ascendê-los aos mais altos cargos da administração imperial, como o de consulado, prefeitura de Roma e prefeitura do Pretório. Assim mesmo concede ao cristianismo um estatuto jurídico especial, por meio dos quais os dirigentes eclesiásticos começam a gozar de privilégios, equiparando-se aos funcionários civis. Constantino foi o principal instrumento inicial de Satanás para introduzir no cristianismo todos os mistérios da religião antiga babilônica, a que se iniciou com Ninrode depois da época do dilúvio e a edificação do zigurate chamado Torre de Babel, que logo se consolidou em Tiatira com a Igreja Católica Romana, dando solidez e continuação ao ministério de iniqüidade com o papado, que com suas sutilezas de raciocínio e sua astúcia chegou a consolidar o culto à antiga rainha do céu babilônica, com todo seu seguimento de abominações. Têm a doutrina de Balaão suas incidências hoje? Objetivamente os luxuosos ensinos religiosos, ensinos terrenos foram apagando a santidade e minguando o testemunho fiel no seio da Igreja, não olhando com bons olhos que os filhos de Deus pratiquem a apropriada fé cristã, separando-se do mundo, não participando de suas empresas sujas nem associando-se a suas organizações; e na "igreja" mundana alguns começaram a ensinar muito desses desvios, até que o povo chegou à executória plena da idolatria. Se não se retém o nome do Senhor, o resultado final é a idolatria e a prostituição. Essa doutrina ensina a distrair os crentes, e como conseqüência caíram na idolatria, apartando-se da pessoa de Cristo, de Sua adoração e pleno gozo. Incitar a comer do sacrificado aos ídolos e a prostituição, se relaciona com o que entre os pagãos era chamado "sagrada prostituição", já que a praticavam em seus próprios templos em honra à seus deuses. Aqui a prostituição tem a conotação de apostasia. Tanto a doutrina dos nicolaítas como a de Balaão ensinam falsidade, sedução, tentação e indução à apostasia. A mistura dos ensinamentos e ritos pagãos com as doutrinas cristãs se chama sincretismo. Comer do sacrificado aos ídolos é também voltar às meras doutrinas, as quais conduzem à prostituição e a idolatria. Nosso alimento verdadeiro é Cristo. Não podemos esquecer que hoje abundam os pregadores por contrato, assalariados, não chamados por Deus. as multidões no cristianismo de hoje correm atrás dessa classe de pregadores, e por isso são desorientados. Isso se consegue mediante a doutrina de Balaão; se desvia os crentes da pessoa de Cristo levando-os a idolatria; qualquer classe de idolatria.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"