segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A doutrina de Balaão- Arcadio Sierra Diaz

Extraído do Livro " A Igreja de Jesus Cristo, Uma Perspectiva Histórico-Profética" você pode fazer o download do ebook aqui no Filho Varão.


“Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.” (v.14).O que é a doutrina de Balaão? Por que disse o Senhor que alguns a estavam retendo nessa época? Balaão foi um cobiçoso profeta dos gentios, que conhecia o verdadeiro Deus, e que aparece como protagonista no livro de Números, durante os passo do povo hebreu pelas terras de Moabe, em sua peregrinação pelo deserto em busca da terra prometida. O nome Balaão significa desviador do povo, e nesse propósito firmou seu ministério. No princípio Balaão pode ter sido um profeta de Deus, mas por ganância desonesta e por congraçar-se, se converteu em mercenário e desviou o caminho da verdade. Balaque, na ocasião rei de Moabe, ofereceu dinheiro a Balaão para que amaldiçoasse o povo hebreu, pois temia que o eventual cruzamento do povo de Deus por suas terras lhe ocasionara prejuízos, como havia sucedido com o Amorreu. Diz a Palavra de Deus que quando chegaram os emissários do rei com o pagamento para que Balaão fosse realizar seu nefasto trabalho, Deus havia dito com muita clareza a Balaão: "Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado." (Nm. 22:12). Mas Balaão insistiu e o Senhor o permitiu ir, mas com a condição de que fizesse o que Ele lhe dissesse, constituindo este um dos exemplos bíblicos mais exponentes da vontade permissiva de Deus. Balaão sabia muito bem que não era a vontade perfeita de Deus que atendesse a esse chamado. O Senhor não ia permitir que nada amaldiçoasse a seu povo. Instigado pelo rei Balaque e por seus oferecimentos de paga, por mais que fosse tentado, Balaão não podia maldizer o povo de Deus, pois Deus ia frustrando os esforços de Balaque . Então ocorreu o que a Palavra de Deus chama de doutrina de Balaão; o profeta usa uma astuta estratégia para fazer cair em pecado o povo hebreu diante de Deus, pois aconselhou a Balaque que, seguindo essas instruções, corrompeu ao povo de Israel procurando uni-lo com as mulheres gentias pela atração do desenfreio sexual e logo a adoração de imagens. " Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. 2 Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. 3 Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel." (Nm. 25:1-3). Como conseqüência houve uma grande mortandade entre os varões do povo de Israel e matança dos medianitas, incluindo o próprio Balaão, e os israelitas “e mataram todo homem feito. Mataram, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas, Evi, Requém, Zur, Hur e Reba, cinco reis dos midianitas; também Balaão, filho de Beor, mataram à espada. 15 Disse-lhes Moisés: Deixastes viver todas as mulheres?16 Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o SENHOR, no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a congregação do SENHOR” (31:8,15,16).Satanás não podia acabar com a Igreja. Assim como Balaque teve temor deste povo numeroso que havia entrado em seus domínios, Constantino propicia uma fusão, um matrimônio da Igreja com a religião babilônica, incitando ao que a Palavra de Deus chama de "comer coisas sacrificadas aos ídolos", e que finalmente gera confusão entre a sociedade política e religiosa, que, pelos conflitos do perverso coração humano, leva implícito o problema do poder, e não qualquer poder, senão aquele que os imperadores se reservam os "divinos" direitos, e que se destaca a seu devido tempo e se conhece historicamente como o cesaropapismo.Não se chega a compreender a razão pela qual havia existido a opinião de que a incursão e executória de Constantino na vida da Igreja de Jesus, constituiu para ele uma grande vitória, alegando para ele haver decretado por fim às perseguições aos santos e haver-la enchido de rendas eclesiásticas, liberdades e exaltações, e se fala inclusive de que a Igreja tem entrado em crises nos nossos dias devido ao fato que recentemente temos chegado ao fim da era constantiniana. Constantino abriu as portas aos cristãos para ascendê-los aos mais altos cargos da administração imperial, como o de consulado, prefeitura de Roma e prefeitura do Pretório. Assim mesmo concede ao cristianismo um estatuto jurídico especial, por meio dos quais os dirigentes eclesiásticos começam a gozar de privilégios, equiparando-se aos funcionários civis. Constantino foi o principal instrumento inicial de Satanás para introduzir no cristianismo todos os mistérios da religião antiga babilônica, a que se iniciou com Ninrode depois da época do dilúvio e a edificação do zigurate chamado Torre de Babel, que logo se consolidou em Tiatira com a Igreja Católica Romana, dando solidez e continuação ao ministério de iniqüidade com o papado, que com suas sutilezas de raciocínio e sua astúcia chegou a consolidar o culto à antiga rainha do céu babilônica, com todo seu seguimento de abominações. Têm a doutrina de Balaão suas incidências hoje? Objetivamente os luxuosos ensinos religiosos, ensinos terrenos foram apagando a santidade e minguando o testemunho fiel no seio da Igreja, não olhando com bons olhos que os filhos de Deus pratiquem a apropriada fé cristã, separando-se do mundo, não participando de suas empresas sujas nem associando-se a suas organizações; e na "igreja" mundana alguns começaram a ensinar muito desses desvios, até que o povo chegou à executória plena da idolatria. Se não se retém o nome do Senhor, o resultado final é a idolatria e a prostituição. Essa doutrina ensina a distrair os crentes, e como conseqüência caíram na idolatria, apartando-se da pessoa de Cristo, de Sua adoração e pleno gozo. Incitar a comer do sacrificado aos ídolos e a prostituição, se relaciona com o que entre os pagãos era chamado "sagrada prostituição", já que a praticavam em seus próprios templos em honra à seus deuses. Aqui a prostituição tem a conotação de apostasia. Tanto a doutrina dos nicolaítas como a de Balaão ensinam falsidade, sedução, tentação e indução à apostasia. A mistura dos ensinamentos e ritos pagãos com as doutrinas cristãs se chama sincretismo. Comer do sacrificado aos ídolos é também voltar às meras doutrinas, as quais conduzem à prostituição e a idolatria. Nosso alimento verdadeiro é Cristo. Não podemos esquecer que hoje abundam os pregadores por contrato, assalariados, não chamados por Deus. as multidões no cristianismo de hoje correm atrás dessa classe de pregadores, e por isso são desorientados. Isso se consegue mediante a doutrina de Balaão; se desvia os crentes da pessoa de Cristo levando-os a idolatria; qualquer classe de idolatria.

2 comentários:

Mario disse...

segundo os dicionários o nome BALAÃO
Origem:
HEBRAICO
Significado:
SEM POVO, ESTRANGEIRO. E não como aparece traduzido no texto. Devemos tomar cuidado em não interpretar nomes ou textos originais (para encaixá-los em nossas explicações e crenças) de textos biblicos

Paulo Almeida disse...

Olá Mario! Vou te passar o email do autor do livro para que ele esclareça umas coisas pra você. As vezes você esta levando em conta o significado do nome baseado em dicionários de significado de nomes, mas se você analisar o radical da palavra em hebraico ela pode ter outro significado ou multiplos significados. O Autor terá prazer em esclarecer as suas dúvidas. o Email dele é arcamarina@hotmail.com. Em cristo, Paulo Almeida.

Irmãos em Cristo Jesus.

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Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"