quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Dízimo- Silvio Maria

Dízimo
Gl3:13: “Cristo nos resgatou da maldição da lei fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar.”
Eu quero fazer deste programa um grande tribunal. Eu quero fazer deste programa um tribunal para o povo alegretense e um tribunal para o povo da fronteira oeste. E eu peço que nesta manhã o amado ouvinte seja o juiz enquanto que eu serei o promotor. O trabalho de vocês ouvintes será o de tomar decisões, vocês poderão aprovar ou desaprovar as minhas afirmações, eu no entanto na função de promotor vou procurar apresentar todas as evidências todos os fatos e todas as provas que eu possa reunir. Nesta manhã vou como promotor colocar diante de vocês que serão os juizes todas as minhas provas e evidências do assunto que vamos tratar. O meu serviço é o de trazer-lhes evidências, fatos, mostrar testemunhas e tenho certeza que vocês chegarão a uma conclusão por si mesmo.
O assunto que os senhores julgarão neste tribunal nesta manhã é a questão do Dízimo. Como promotor, quero primeiramente me utilizar de pressuposto básico de que a bíblia é a palavra de Deus. Quero dizer que a bíblia é a única regra de fé e ordem no meio do cristianismo, e é com base na bíblia que quero apresentar-lhes os meus argumentos:
Senhores ouvintes segundo a palavra de Deus, desde a criação do mundo até os nosso dias, houve três diferentes tempos vividos pelo homem; as chamadas dispensações. Em 1º lugar lendo Rm5:14 a palavra de Deus nos diz: “…A morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram a semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.”
Aqui se revela a entrada do pecado no mundo, de Adão até Moisés. É a dispensação adâmica.
Em 2º lugar lendo Lc16:16 a palavra de Deus nos diz: “A lei e os profetas vigoraram até João…”
Do tempo de Moisés até João vigorou o tempo da lei ou a dispensação da lei. Em 3º lugar lendo Rm6:14 a palavra de Deus nos diz: “Porque o pecado não mais terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim debaixo da graça.”
Do tempo de João até os nossos dias é chamado do tempo da graça de Deus ou dispensação da graça. Apresentei três fatos dentro do plano de Deus:
O 1º que foi a entrada do pecado no mundo;
O 2º que foi o tempo da lei;
O 3º que foi o tempo da graça.
Senhores juizes, amados ouvintes quero lhes apresentar provas que o dízimo é um mandamento ordenado pela lei, para o tempo da lei. O livro de Levitico contêm as ordenações sobre o dízimo aos filhos de Israel, mandamentos que o Senhor Jeová ordenou a Moisés, para os filhos de Israel no monte Sinai no cap. 27 de Levitico.
Mas qual foi o motivo que levou o Senhor Deus Jeová a instruir o pagamento do dízimo aos filhos de Israel. Foi devido após peregrinarem 40 anos no deserto ao chegarem na terra de Canaã, a terra prometida por Deus, somente a tribo de Levi, não foi lhe permitido possessão na terra de Canaã. Devido os levitas não terem possessão de terras, foram separados por Deus para servirem na tenda da congregação. Em Nm 18;26 nos diz que os levitas receberiam os dízimos da parte dos filhos de Israel. Juntamente com a lei do dízimo, o Senhor instituiu por intermédio de Moisés outras leis como a lei dos animais limpos e dos animais imundos, a lei do holocausto pelo pecado, a lei da oferta de manjares, a lei da oferta pelo pecado, a lei da guarda do Sábado e a lei da circuncisão que foram as mais importantes.
E foi dito ao povo de Israel que todos estariam obrigados a cumprir todos mandamentos instituídos pela lei de Moisés. Apresento agora a situação de Abraão, que não só deu o dízimo dos despojos de guerra a Melquisedeque uma única vez como também praticou a circuncisão. Quero dizer-lhes que Abraão foi centena de anos antes de Moisés antes da lei e que Abraão tendo vindo antes da lei, vindo antes de Moisés não deu ordens, não deu mandamento de recolher dízimo, e Abraão deu o dízimo a Melquisedeque uma única vez, o que prova de que foi mais um ato de justiça praticado por Abraão, em virtude da sua fé.
Outro fato inquestionável na palavra de Deus é o pedido dos apóstolos aos gentios, por carta em Atos dos apóstolos no cap.15:22-30, concernente as coisas que se devem guardar no tempo da graça, indo contra hipótese dos crentes fariseus que queriam que os gentios cumprissem a circuncisão. Em At15:5 alguns crentes fariseus se insurgiram, dizendo que era necessário a circuncisão dos gentios que creram no Senhor Jesus. o apóstolo Tiago, tomando a palavra julgou o que ,que os gentios convertidos deveriam guardar: eles deviam
→ guardar-se de ídolos;
→ guardar-se das relações sexuais ilícitas;
→ guardar-se da carne de animais sufocados;
→ guardar-se do sangue.
Observem que neste julgamento dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém não foi mencionado o dízimo e nem a circuncisão.
Fica evidente que a afirmação dos crentes fariseus de que era necessário circuncidar os gentios foi baseado não em Moisés, mas sim em Abraão que circuncidou seu filho Isaac no oitavo dia como Deus lhe havia ordenado. Os crentes fariseus suporão que haveria necessidade de circuncidar mesmo no tempo da graça. Hipótese essa que foi rejeitada pelos apóstolos e pelos presbíteros em Jerusalém. Infelizmente assim como no passado por aqueles crentes fariseus que achavam que era necessário circuncidar os gentios, hoje afirmam que tem de haver o pagamento do dízimo, e acham que no tempo da graça é necessário pagar o dízimo.
Quero dizer que estes que exigem, estes que cobram o pagamento do dízimo estão pervertendo a graça de Deus. Em IIPd2:2-3 nos diz: “E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles será infamado o caminho da verdade, e também movidos por avareza, farão comércio de vós, com juízo lavrado há longo tempo não tarda e sua destruição não dorme.”
Em Gl5:1 nos diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais ao jugo de escravidão.”
Em Gl3:10 nos diz: “Todos que se apegam a prática da lei estão sob maldição, pois esta escrito: maldito quem não cumprir tudo o que esta escrito no livro da lei.”
Quero expor mais um fato: o fato da grande diferença entre as duas alianças. A 1ª aliança, a lei com seus mandamentos da letra, escrita em tábuas de pedra.
A 2ª aliança, a graça com a lei da fé, escrita em tábuas de carne, isto é nos corações.
A 1ª aliança, é o ministério da morte. A 2ª aliança é o ministério da vida.(IICo3:3-8)
Ouçam bem agora estas testemunhas: o Senhor Jesus fez veemente censura aos fariseus dizimistas, porque eles negligenciaram a justiça a misericórdia e a fé. Atualmente há nas várias denominações evangélicas aqueles que fazem da cobrança do dízimo a principal das suas doutrinas, tendo em vista que obrigam os membros ao seu pagamento, alegando que o Senhor Jesus exigiu dos fariseus. Quero dizer que aqueles que alegam que o Senhor Jesus exigiu o dízimo, além de estarem voltando aos rudimentos fracos da lei, a qual não estamos mais sujeitos, pois o Senhor Jesus cumpriu-a por nós, não dizem a verdade. O que o Senhor Jesus disse aos fariseus foi que devido estarem vivendo no tempo da lei e dessa forma ele não poderia contrariar o que estava escrito na lei de Moisés, pois ele não veio para revogar a lei mas para anular a lei mas para mostrar o verdadeiro sentido da lei. Em Gl3:13 o apóstolo Paulo nos diz: “Cristo, nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar.”
Os fariseus estavam vivendo no tempo da lei e dessa forma deveriam Ter misericórdia, praticar a justiça a fé e dar o dízimo. Assim como aquele homem que foi curado o Senhor mandou que ele se apresentasse ao sacerdote para o cumprimento da lei. O Senhor Jesus não exige que a pessoa pague e depois receba. Por intermédio do profeta Malaquias os dizimistas foram severamente censurados, pois vivendo debaixo do domínio da lei, transgrediam-na e roubavam a Deus, porque não cumpriam o que a lei mandava. Também pelo mesmo profeta, os dizimistas eram abençoados se cumprissem o que havia sido prescrito na lei de Moisés, e o Senhor abriria as janelas do céu, e derramaria bênçãos sem medida. Entretanto o profeta Malaquias disse que se não cumprissem o que estava prescrito na lei de Moisés, com maldição seriam amaldiçoados.
Quando estas profecias foram pronunciadas o profeta Malaquias estava vivendo no tempo da lei, e nesse tempo prometia-se maldição aos que não cumprissem a lei, da mesma forma prometia-se bênçãos para os que cumprissem a lei. Nessa época o Senhor Jesus Cristo ainda não havia nascido.
Jo9:39- ele veio ao mundo para juízo.
Jo5:24- ele veio para cumprir a lei e os profetas.
Mt3:15- ele veio par cumprir toda justiça.
O Senhor Jesus na nova aliança no tempo da graça não exige 1º que a pessoa pague e depois receba. As palavras do Senhor Jesus para aqueles que nele crê segundo a dispensação da graça é:
- pedi e recebeste, batei e abrir-se-vos-a buscai e achareis. Mc6:7 não envolve o dízimo.
- Ora se vós sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o pai celestial dará boas cousas aos que lhe pedirem. Mt7:11 não envolve o dízimo.
Para que as janelas do céu se abram e as bênçãos sejam derramadas sem medidas, não é necessário a prática da lei morta, e de sacrifícios inúteis, é necessário crer diante do nosso Deus. Em Mt21:22 o Senhor Jesus nos diz: “E tudo quanto pedires em oração crendo recebereis.”
Aqui ele nos fala de pedir e não de dar o dízimo para receber. Em Mt6:8 o Senhor Jesus nos diz: “Porque, o vosso pai, sabe o que tendes necessidade , antes que lho peçais.”
Vou encerrar minha argumentação, apresentando para o vosso julgamento a minha conclusão: em Gl3:13 nos diz que vendo Deus que o homem não conseguia cumprir os mandamentos, estatutos, preceitos e ordenações, mandou seu filho para se fazer maldição em nosso lugar, e morreu por nós, e por conseguinte, destruiu a maldição e a morte. Agora se o dízimo não salva, se o dízimo não faz justiça, porque é que muitos se submetem a cobrança desse preceito da lei. A minha opinião é simplesmente para serem vistos pelos homens, para se ostentarem e para agradar a homens. A verdade é que muitos amam os primeiros lugares na igreja. Hoje em dia alguns pseudo teólogos enfatizam a doutrina do dízimo porque não conhecem as dispensações bíblicas. Não conhecem a economia de Deus. Em Ef2:15 nos diz que: “Jesus Cristo filho de Deus aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças.”
Em Cl2:14 nos diz: “Jesus Cristo, cancelou o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças da lei…cravando-as na cruz.”
Muitos erram por não conhecer as escrituras. Interpretam mal quando o Senhor Jesus disse para dar a Deus o que é de Deus e dar a César o que é de César. Dar a César se relaciona com os impostos e tributos, e dar a Deus é dar-lhe honra louvor e glória. Procurei apresentar de maneira resumida e creio que já é o suficiente para o vosso julgamento.
Como foi possível observar, o dízimo foi uma ordenança vigente para o tempo da lei, e os submeter a um só jugo da lei estão obrigados a cumprir toda lei. Foi mostrado também que Abraão não só deu o dízimo do despojo a Melquisedeque uma única vez como também praticou a circuncisão antes da lei. Foi mostrado também a grande diferença entre as duas alianças, uma da letra a lei, a outra do espirito a graça. Mostrei também o porque da criação do dízimo, que foi devido a tribo de Levi não Ter herança e assumiu o sacerdócio do povo de Israel, e hoje cada crente ao receber ao Senhor Jesus se transforma num sacerdote e ministro duma nova aliança, não havendo mais diferença de clérigos e leigos. Conf.IICo3:3-8
Hoje o cristianismo esta cheio de boas intenções e muitos querem estender a obra, consequentemente precisam se utilizar de artifícios humanos mesmo que tenham que torcer a palavra de Deus. Consequentemente cobram o pagamento do dízimo, são profissionais assalariados. Através das escrituras procurei trazer os fatos de que no tempo dos apóstolos não se cobrava o dízimo é só observarmos o relato bíblico de At2:42-47:”E perseveraram na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e todas as coisas tinham em comum. Vendiam as propriedades e os bens e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. Todos os dias se reuniam unanimes no templo. Partiam o pão nas casa e comiam com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e caindo na simpatia de todo povo e a cada dia o Senhor acrescentava outros que haviam de salvar.”
Agora responda, qual é o teu julgamento, qual é a tua decisão, devem os princípios bíblicos serem sacrificados por causa da conveniência humana. Devem os princípios bíblicos serem sacrificados por causa da fome de aumentar recursos financeiros. Deve ser sacrificado o crescimento espiritual. Em IICo8:5 nos diz que na dispensação da graça: “O que muito colheu não teve demais, e o que colheu pouco não teve falta.”
O pai sabe como agir em questões financeiras.
A igreja é a representante de Deus neste mundo e aqui estamos para provar a sua fidelidade, portanto em questões financeiras devemos ser totalmente independentes dos homens, e totalmente dependentes de Deus, segundo a nova aliança, segundo ao dispensar de sua graça segundo Cristo Jesus o nosso Senhor. Agora é com vocês: meu serviço foi trazer-lhes os fatos e mostrar-lhes as testemunhas e sei que vocês já chegaram a uma conclusão. Que Deus os abençoe em Cristo Jesus.
( Extraído do Programa "Para Onde Vamos como Igreja em Alegrete")

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