sábado, 12 de janeiro de 2008

A Linguagem Simbólica dos Números-4ª Parte


40


O número 40 é composto de 4 x 10 e simboliza a provação completa que corresponde a
toda a responsabilidade do ser humano.

Resumo


Se dermos uma olhada para trás observando a seqüência dos números, então, com
facilidade, podemos reconhecer uma linha de pensamentos entrelaçados ligando os
números entre si e também fazendo claro a integridade de toda a seqüência. Isso serve
de confirmação do significado tanto do todo dos números como também de cada um
individualmente. A ordem dos pensamentos nos mostra uma nova beleza; a sua
plenitude se constitui em uma prova. Fica claro que a soma de toda a verdade está
contida nisso e não podemos ir além.
Nos primeiros 3 números vemos Deus em Sua plenitude — o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Deus há de ter e preeminência em tudo, até mesmo referente aos números, para
que os nossos pensamentos sejam guiados da forma correta. A manifestação do próprio
Deus é aquilo que é cumprido e apresnetado nos números que seguem.
Em seguida, vemos a criatura simbolizado pelo número 4. As Escrituras, por vezes, o
decompoem na soma 3 + 1, sublinhando assim de maneira especial a manifestação de
Deus. A ligação dos primeiros 3 números com o quarto da seqüência nos é apresentada
de forma muito clara.
Depois disso, vemos que 5 corresponde a 4 + 1. Novamente começamos com 4. A
criatura é o meio dessa manifestação. É por isso que os demais números da seqüência
básica são compostas, por meio de adição, por 4 mais um dos primeiros 3 números.
Assim 5 é 4 + 1; 6 é 4 + 2 e 7 é 4 + 3. Assim eles completam essa seqüência. Não há
outros números “divinos” que poderiam entrar em relação com o número da criatura.
Por isso essa sequência¨básica necessariamente termina com 7.
5, portanto, é 4 + 1 — a criatura em sua relação com o Criador, fraqueza em contraste
com o poder todo-poderoso. É este o pensamento principal.
6 é 4 combinado com 2. É o número que fala de luta causada pelo mal e também da
libertação do mal. Por isso, 6 é o número que caracteriza a criatura como caída e mostra
também a vitória final de Deus sobre o mal. É nisso que Deus Se glorificará.
Dessa forma, a obra de Deus é cumprida, tal como tudo fora feito em 6 dias. O número
7 nos fala de cumprimento, perfeição e descanso. Assim a seqüência é completa. Que
prova magnífica e convincente da inspiração Deus embutiu já nos números!
Até aqui citamos o irmão Grant. Se compararmos o significado dos números com os 5
livros de Moisés (o Pentateuco), veremos de imediato a maravilhosa harmonia da
Palavra de Deus.


Os 5 livros de Moises (o Pentateuco)

Gênesis (1° livro de Moisés): Gênesis é livro dos começos. Encontramos a criação, a
queda em pecado, o dilúvio, a repartição da terra depois da construção da torre de
Babel, os inícios do povo de Israel e o agir de Deus com os patriarcas. O irmão Darby
certa vez escreveu que esse livro contém todos os pirncípios elementares, que
encontraram a sua evolução e manifestação na história ou nas relações de Deus com os
seres humanos como descritos nos livros seguintes da Bíblia. Todos esses princípios se
encontram, em sua essência, já no livro de Gênesis. É o livro dos conselhos, cujos
cumprimentos encontramos em toda a Bíblia. Esse livro contém duas das mais gloriosas
figuras do Senhor em todo o Antigo Testamento: No capítulo 22 temos a sacrificação de
Isaque e nos capítulo 38 a 50 vemos José, conservador do mundo. Da mesma forma, em
figura, encontramos também a Trindade divina:
Abraão, nos capítulos 21 a 23, é uma figura de Deus, o Pai. Isaque é uma figura do
Filho de Deus (compare capítulo 22), e Jacó é uma figura da operação do Espírito
Santo em uma pessoa verdadeiramente salva.

Êxodo (2° livro de Moisés): Esse é o livro da salvação. Primeiramente, encontramos o
povo debaixo da escravidão de Satanás e do pecado, cuja figura é o Faraó. Então,
Moisés nasce, o salvador. Deus traz juízo sobre esse mundo (a figura disso é o Egito),
redime o Seu povo através do Mar Vermelho e revela ao povo os Seus pensamentos por
meio de Moisés, principalmente o pensamento de que queria habitar no meio de Seu
povo. É esse o significado pleno de salvação: Deus quer morar em meio de Seu povo
(comprae Ap 21:3-4 com vistas ao estado eterno).

Levítico (3° livro de Moisés): Agora o santuário está estabelecida e Deus não fala mais
do Monte Sinai, mas de dentro da tenda da congregação (Lv 1:1). Ele revela os Seus
pensamentos referente à maneira da santificação correta do povo e à maneira de como o
povo podeia se aproximar dEle.
Em primeiro plano vemos os sacrifícios (Lv 1 a 7). Neles vemos, figuradamente, como
Deus Se revela plenamente por meio da obra do Senhor Jesus na cruz. Vemos também
as diversas maneira de como alguém do povo podia se aproximar de Deus. Caso tivesse
cometido algum pecado, havia ali o sacrifício pelo pecado e pela culpa; caso procurasse
comunhão com Deus, estava a dispor o sacrifício pacífico; caso quisesse adorar a Deus,
então podia oferecer um holocausto e um sacrifício pacífico.
Depois vemos a santificação dos sacerdotes e o tratamento do leproso (Lv 8 a 15). Em
seguida temos o dia da expiação (Lv 16) e, por fim, as festas de Javé (Lv 23). Esse
livros nos dá ordens em ligação com o fato de que Deus tem em meio de Seu povo um
santuário, onde Ele quer habitar. Deus quer ser santificado por meio daqueles que
queiram aproximar-se dEle (Lv 10:3).

Números (4° livro de Moisés): Esse livro nos mostra o caminho do povo de Deus
através do deserto — figura daquilo que o mundo representa para o verdadeiro crente:
prova após prova. O povo poderia ter chegado à terra prometida em apenas 11 dias (Dt
1:2), porém demorava 40 anos. A simples razão para isso é a incredulidade do povo. O
estado do povo era tal que fazia-se necessária a permanência no deserto. O deserto não
faz parte dos conselhos de Deus, mas sim de Seus caminhos com o povo. Deus sabia o
que havia no coração do povo, mas também o povo devia se dar conta disso por meio da
experiência (Dt 8:2-3). Números é livro das provas, mas também das experiências; é o
livro da fidelidade e do fracasso, mas também da fidelidade e da miseriocórdia divinas.
Que ricos meios de ajuda para o caminho pelo deserto Deus tem depois da manifestação
completa da apostasia (a congregação de Corá, Nm 16)! Arão (figura do Senhor Jesus)
se levanta como mediador entre o povo e Deus. Vemos ali a graça do sumo sacerdócio
de Cristo (Nm 17); temos o sacrifício da bezerra ruiva em prol das contaminações do
deserto (Nm 19), e encontramos a serpente de metal (Nm 21 — compare Jo 3).
Deus “não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o SENHOR, seu
Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido de um rei” (Nm 23:21) — e isso
está escrito num livro que manifesta o fracasso do povo a cada passo!

Deuternômio (5° livro de Moisés): Será que o povo, baseado em suas experiências
feitas e descritas em Números, corresponderá à sua responsabilidade quando estiver na
terra? É essa a grande questão desse livro. Israel tem a escolha na sua própria mão:
bênção ou maldição (Dt 11:26-28). Quantas e quão grandes as bênçãos se o povo
corresponder à sua responsabilidade! Que horrível as conseqüências caso contrário!

O livro de Josué

O livro de Deuteronômio finaliza essa seqüência. Nesse sentido, o livro de Josué não
respresenta uma continuação, mas sim um completamente novo começo. Isso já se torna
claro pelo fato de que Josué toma o lugar de Moisés. Ambos os homens são figuras do
Senhor Jesus. Moisés não podia conduzir o povo até que adentrassem nas bênçãos da
terra (uma figura dos lugares celestiais da epístola aos Efésios). Moisés é a figura de
Cristo que viveu e morreu nesta terra. Josué, por outro lado, representa como figura o
Senhor Jesus ressurreto e glorificado como Senhor, que introduz o Seu povo, por meio
do Espírito Santo, da parte do céu, nas gloriosas bênçãos de Sua obra (os frutos da
terra). De fato, o livro de Josué é o início de uma nova seqüência e, conforme o irmão
Grant, novamente de uma seqüência de 5 livros ou seja da história da aliança. Dessa
forma, o irmão Grant divide toda a Bíblia em um pentateuco composto de pentateucos
(veja a última página).
Se pensarmos no significado espiritual dos números 1 a 5, então essa simples
composição e o número seqüencial de um livro dentro de um dos pentateucos já nos
fornece informações importantes com respeito ao caráter desse livro.

O Novo Testamento

Vamos nos ocupar brevemente com a divisão do Novo Testamento (o quinto
pentateuco).
1 — Os evangelhos nos apresentam a pessoa do Senhor Jesus, que revelou
perfeitamente a Deus até mesmo em sua morte sacrificial na cruz. Com isso pôs a base
do cristianismo verdadeiro. Poderia ser diferente do que é? O Novo Testamento poderia
iniciar com outra pessoa senão a pessoa de nosso Senhor apresentando-O em suas
glórias como Messias, Profeta, Servo, Filho do Homem e Filho de Deus? Ele é o
princípio da criação de Deus (Ap 3:14) e, naturalmente, também da nova criação (2 Co
5:17), que Deus revelou no cristianismo verdadeiro.
2 — O livro de Atos nos mostra a gloriosa salvação do povo de Deus. Deus o liberta
da escravidão da Lei (compare At 15:10). Vemos como o evangelho cresce mais e mais
começando em Jerusalém e Judéia, indo à Samaria e finalmente se estende até os
confins da terra e está sendo anunciado às nações (At 1:8).
3 — As epístolas do apóstolo Paulo revelam todo o conselho de Deus com respeito ao
mistério “Cristo e Sua Igreja” (Ef 5:32). Esse mistério profundo lhe fora feito
conhecido por meio de revelação (Ef 3:2-9). Nesses conselhos, Deus revelou a sua
multiforme sabedoria (Ef 3:10). Isso, ao mesmo tempo, significa que Deus não dá
outras revelações novas, porque todas foram reveladas a Paulo. A Palavra de Deus é
competa, terminada, foi levada a sua medida plena (veja Cl 1:25 — “cumprir” ali tem o
significado de “levar ao cabo / completar tudo plenamente o que faltava”).
4 — As epístolas católicas (ou: gerais; a palavra católica não se refere aqui à
denominação conhecida sob esse termo, mas significa “de conteúdo geral ou universal)
tratam do caminhar do crente verdadeiro (veja o livro de Números). Pedro descreve os
caminhos de governo de Deus, Tiago se ocupa com a manifestação prática da fé, João
com a apresentação da vida eterna em nós na nossa condição de filhos de Deus, e Judas
trata da apostasia da cristandade. Todas essas epístolas contêm ensinos sérios,
mostrando como devemos andar o nosso caminho através desse mundo enquanto
crentes.
5 — No livro de Apocalipse, Deus acerta as contas com as pessoas que professam ser
dEle conforma a responsabilidade deles. O primeiro capítulo nos apresenta o Senhor
Jesus, o Filho do Homem, como juiz. Os capítulos 2 e 3 nos fornecem uma história
completa da Igreja, sempre sob o ângulo de vista da responsabilidade. Os capítulos 6 a
11 nos mostram, com certas interrupções, os juízos iniciais sobre a cristandade professa.
No capítulo 13 vemos a meanifestação do mal simbolizada nas duas bestas. Os
versículos 1 a 10 desse capítulo nos mostram o Reino Romano e os versículos 11 a 18 o
anticristo. O capítulo 16 contéma continuação dos juízos sobre o Reino Romano e a
cristandade professa. Os capítulos 17 e 18 nos mostram o juízo sobre a falsa noiva de
Cristo. O capítulo 19, por sua vez, descreve o juízo final sobre as duas bestas — o
cabeça estatal do Reino Romano e o anticristo. No capítuo 20 encontramos o juízo sobre
os mortos.
Apesar de todos os juízos, sempre vemos, nos intervalos, como Deus alcança os alvos
de Sua graça e como introduz seres humanos em Suas bênçãos.
O trono do Criador está rodeado pelo arco-íris, sinal da Sua aliança. Apesar dos juízos,
Deus não reterá a Sua misericórdia da terra (Ap 4; compare Gn 9:14-17). O Cordeiro é
visto em meio do trono (Ap 5). O capítulo 7 nos mostra um remanescente do povo de
Israel e uma grande multidão de vencedores de entre as nações. No capítulo 12, Deus
concede graça ao remanescente e o guarda no deserto durante o tempo dos horríveis
juízos. O remanescente das duas tribos do reino de Judá é visto juntamente com o
Senhor no monte Sião (Ap 14). Os vencedores da besta estão junto do mar de vidro (Ap
15). As bodas do Cordeiro acontecem no capítulo 19. Finalmente, o capítulo 21 nos
concede uma perspectiva gloriosa do estado eterno (Ap 21:1-8) bem como da glória da
Igreja (a nova Jerusalém, a esposa do Cordeiro) durante o tempo do reino milenar (Ap
21:9-22:5). Ela possui a glória de Deus! O livro de Apocalipse termina (Ap 22:6-21)
com alertas seríssimas, mas também com uma tripla promessa (Ap 21: 7, 12 e 20):
“Certamente, cedo venho!”

A Linguagem Simbólica dos Números-3ª Parte


4


O número 4 é o primeiro número que permite uma simples operação de divisão. É o
número 2 que é o seu divisor. Por isso vemos nesse número o símbolo da fraqueza —
da criatura em contraste com o Criador — da matéria submissa a mão formadora de
Deus. Porém, infelizmente, também se sujeita a outrem para ser formada. Nas Escrituras
encontramos o número 4 ou numa composição de 3 + 1 — o número da revelação e
soberanidade do Criador — ou em 2 x 2, representando assim uma divisão real e
apontando para algo mal.
Além disso, o número 4 também é o número dos quatro confins da terra (Is 11:12).
Assim faz referência à perfeição terrena e universalidade, que, porém, sempre
continuam marcadas pela fraqueza, seja o tanto quanto quiser que o homem se
vanglorie.
Esse número também está ligado aos quatro ventos do céu (Jr 49:36; Dn 7:2). Assim
simboliza as diversas e até mesmo contraditórias influências que operam em todo o
âmbito terrestre. Isso nos leva a pensar em provação e experiência. A provação do
homem revela continuamente o seu fracasso. De um modo geral, esse número nos
representa o andar prático, o andar do crente pelo mundo (compare Números).
Também os domínios pagãos que dominam de forma ilimitada toda a terra são
representados pelas figuras de quatro animais. Os quatro seres viventes velam sobre
toda a terra (Ap 4 e 5).
Acrescentamos ainda alguns exemplos da perfeição terrena expressa pelo número 4:
— Havia 4 rios no jardim de Éden (Gn 2:10); saia bênção do jardim de Éden para toda a
terra.
— O altar de bronze tinha 4 chifres (Êx 27:2). Os chifres são um símbolo do poder e da
força da obra expiatória de Cristo suficiente para o mundo inteiro, caso o ser humano a
aceite pela fé.
— Há 4 evangelhos, que nos relatam a totalidade da vida do Senhor Jesus nesta terra.
Em Levítico 1 – 7 vemos 4 sacrifícios, que nos dão um quadro pleno da morte do
Senhor na cruz. Uma excepção constitui a oferta de manjares como uma oferta não
sangrenta.

5


Por ocasião da purificação de um leproso (Lv 14:14) e também por ocasião da
santificação do sacerdote (Lv 8:24), o sangue tinha que ser aplicado a três partes do
corpo humano — à ponta da orelha direita, ao dedo polegar da mão direira e ao dedo
polegar do pé direito. Com o ouvido devia ouvir a Palavra de Deus, com a mão fazer a
tarefa recebida da parte de Deus e com o pé andar os caminhos prescritos por Deus. É
essa toda a esfera de responsabilidade humana.
Cada uma dessas partes do corpo está ligada ao número 5. O ouvido tem a ver com os 5
sentidos, que permitem ao ser humano ter contato com o ambiente em que vive. Os
sentidos são a “porta” para a capacidade de percepção. A mão é a parte do corpo que
serve para formar e moldar o seu ambiente. Ela expressa o poder atuante. É justo o
polegar que é santificado, porque ele é a parte predominante da mão; ele é a contraparte
dos 5 dedos — em si são esses últimos a figura da fraqueza. De uma forma semelhante,
as duas mãas se auxiliam mutuamente. As duas mãos em seu conjunto têm 10 dedos, o
número dos 10 mandamentos distribuídos nas duas tábuas da Lei. Eles nos mostram a
medida da responsabilidade natural. O pé, igualmente repartido em 5 mais 5 dedos, é a
expressão figurativa do andar pessoal. Os pés possuem igualmente 10 dedos. Portanto, o
número 5 é o número do ser humano, provado com vistas a sua responsabilidade
debaixo do governo de Deus.
A divisão comum do número 7 na Bíblia (4 + 3), nos ensina a dividir o número 5 em 4
+ 1 — a criatura (4) debaixo do domínio de Deus (1). Quando o ser humano decaído faz
a tentativa de aproximar-se de Deus, então há de experimentar que, nesse caminho, o
trono de Deus está envolta por núvens e trevas (veja Êx 19:16-19). O número 5 sempre
tem a conotação de responsabilidade, mas também embute o pensamento muito similar
que os caminhos de Deus sempre levam ao alvo por Ele previsto. O livro de
Deuteronômio (o quinto livro de Moisés) é um exemplo único e singular disso.
O pensamento preponderante embutido nesse número é a criatura em relação ao
Criador Todo-poderoso.

6


O número 6 é o segundo número que não seja um número primo. A divisão permite o
produto de 2 x 3. Isso nos leva ao pensamento de vermos nesse número a revelação do
mal ou ainda a obra do inimigo.
Esse mal manifesta, ao mesmo tempo, a fraqueza da criatura. É isso que nos é ensinado
pela divisão. Por isso, o mal deve recuar diante de Deus.
Se contemplarmos o lado positivo, então esse número nos fala da vitória sobre o mal, de
santificação e da glorificação de Deus.
A semana de trabalho do ser humano é composta de 6 dias (Êx 20:9). É esse o tempo
determinado para o seu trabalho e mostra figuradamente o trabalho de sua vida, mostra
os seus “poucos e maus” dias limitados por causa do pecado.
Em seu significado pleno, esse número parece nos falar do estado de evolução
emadurecida do pecado, porém limitado com respeito ao seu poder e vigilado por Deus,
que Se glorifica a Si próprio por ocasião do auge desse estado. As disciplinas que Deus
há de aplicar aos Seus também podem ser contempladas sob esse ângulo de vista.
No número da besta em Apocalipse 13:18 (666) nós encontramos o número 6 em
conexão com potências seqüenciais do sistema decimal. Ali representa o mal em sua
manifestação plena. Ainda assim a impotência e debilidade são manifestas em todo o
tempo, pois esse mal é controlado pela mão de Deus. A única conseqüência para o ser
humano é que a sua responsabilidade e o conseqüente juízo são apenas aumentados. O
número da besta é o “número de seu nome” — um número que caracteriza a besta por
completo. Porém, o número é o “número de um homem” que aspira a ser igual a Deus
se gabando e sem temor de Deus1.
1 Nesse contexto é interessante observamos que o valor numérico do nome de “Jesus”, no grego, é “888”.
O grego não conhece, de modo geral, sinais específicas para os números e atribui a cada letra do alpfabeto
um valor numérico assim permitindo que se calcule o valor numérico das palavras. O mesmo é válido
para o hebraico.
No décimo salmo nós encontramos a descrição desse “maligno” (vv. 2-11). Esse salmo,
em conjunto com o salmo 9, compõe um salmo alfabético (salmos cujos versículos ou
conjuntos de versículos iniciam, de forma seqüencial, com as letras do alfabeto
hebraico). Nessa exata passagem foram omitidas exatamente 6 letras (mem a tzade).
A estatura de Golias era de 6 côvados (1 Sm 17:4); um outro gigante de sua linhagem
tinha 6 dedos nas mãos e nos pés respectivamente (2 Sm 21:20).
A imagem idólatra de Nabucodonosor era de 60 côvados de altura e 6 côvados de
largura (Dn 3:1).
E por fim lembremos ainda da crucificação do Senhor. As trevas se inciaram na hora
sexta e terminaram à hora nona. O número 9 é o produto de 3 x 3. Vemos Deus revelado
em todas as Suas glórias.

7


O número 7 é o número da plenitude ou perfeição. Por vezes é usado com um
significado negativo, mas de forma geral tem conotação positiva. Quando o número 7 é
decomposto, isso geralmente acontece nas Escrituras em forma da soma 4 + 3 —
números estes que obviamente falam da criatura manifestando o Criador. Se isso for
alcançado, então significa perfeição para a criatura e descanso para Deus (veja que o
sábado é o sétimo dia).
Muitas vezes esse número indica para um quadro completo de coisas ou também o
cumprimento de algo. Assim as sete primeiras parábolas de Mateus 13 nos dão uma
apresentação completa do Reino dos Céus. As primeiras 4 parábolas mostram esse
Reino como ele é visto exteriormente da parte do mundo, e as 3 últimas, por sua vez, o
mostram tal como Deus vê o Reino dos Céus. As 7 cartas às 7 igrejas em Apocalipse 2 e
3 apresentam uma história eclesiástica (uma história da Igreja) completa e inspirada. Os
7 selos preservam o livro dos juízos (Ap 5:1). As 7 taças estão cheias da ira de Deus
(Ap 16:1). Os “sete espíritos piores do que ele” que o espírito imundo leva consigo
(veja Mt 12:45) nos dão um exemplo para o significado negativo do número 7 tal como
também as 7 cabeças da besta em Apocalipse 13.
O significado positivo se resume no pensamento de cumprimento divino e perfeito. É
por isso que a seqüência básica dos números termina com 7.

8

O número 8 indica um cumprimento, porém dá ênfase em um novo começo. O oitavo
dia é simplesmente o primeiro dia de uma nova semana. Por isso, o número 8 fala
daquilo que é novo em contraste com aquilo que é velho ou antigo; nos fala da nova
aliança em contraste com a antiga e também da nova criação.
Por causa desse significado, a circuncisão havia de acontecer no oitavo dia (veja Lv
12:3). Colossenses 2:11 se refere a isso quando fala do “despojo do corpo da carne”.
Nós somos uma nova criação, criados em Cristo Jesus para as boas obras (Ef 2:10).
A santificação dos sacerdotes se estendia por 7 dias e no ??????? (aqui falta algo na
cópia)
A transfiguração aconteceu no oitavo dia (veja Lc 9:28) e com ela se inicia
simbolicamente o novo século da “virtude e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”
(2 Pe 1:16-18). O salmo 8 anuncia o domínio do Filho do Homem sobre essa terra
(compare Hb 2:5-9).
Como todos os demais números, também o número 8 pode se referir a coisas malignas.
Já encontramos “os sete outros espíritos” unidos àquele primeiro “espírito imundo”,
somando 8 ao total. Essa composição nos apresenta o “último”, o “último estado” em
que um ser humano pode adentrar.
Em Daniel 7:8 nós vemos um animal com 10 chifres. Nasce-lhe um décimo primeiro
que, por sua vez, arranca 3 e juntamente com os 7 sobrando soma 8. É dessa forma que
surge o último estado desse animal — estado este que também é o estado em que,
finalmente, será julgado.
Em Apocalipse 17, onde encontramos o mesmo assunto sob um outro ângulo de vista, a
oitava cabeça concede à besta a sua figura blasfematória e assim “vai à perdição” (v.
11).

10


O número 10 é caracterizado por um parentesco íntimo com o número 5, pois é
composto de 5 x 2. O significado dos 10 dedos das mãos e dos pés é claro e nos
mostram a capacidade do ser humano para agir e também para andar endireitado. A
essas capacidades corresponde, por outro lado, uma medida de responsabilidade, e a
essa, por sua vez, uma medida de juízo ou de galardão respectivamente. Foi por isso que
10 pragas sobrevieram o Egito.
Os 10 mandamentos se encontram nas duas tábuas do testemunho. Assim exmplificam a
medida de responsabilidade do ser humano, porém visto da parte de Deus.
No reinado das 10 tribos, Efraim foi introduzido na sua própria responsabilidade
separado do domínio da casa de Davi.
Os 10 dedos da estátua no sonho de Nabucodonosor permitem que os pés permaneçam
firmes. Eles correspondem aos 10 chifres da quarta besta de Daniel 7:7.
As 10 vírgens da parábola de Mateus 25 representam a responsabilidade. Há 5 sábias e 5
néscias. Trata-se nessa parábola do testemunho da vinda do Noivo.
Finalmente, encontramos um todo sintetizado ou resumido em 10 partes quando Deus
exige o dízimo. Isso nos mostra a medida de responsabilidade, da qual Deus toma uma
parte como sinal de sua soberanidade.

12


O número 12 gerlamente é decomposto nos fatores 4 x 3, tal como o número 7 na soma
4 + 3. Os números são idênticos. A diferença está no fato de que uma vez se trata de um
produto e no outro caso de uma soma. É apenas a relação dos dois números entre si que
distingue 12 de 7. O pensamento básico nos mostra o número do mundo (4) e o da
revelação divina (3). Porém, os dois números não estão apenas colocados um ao lado do
outro. Deus Se revela a Si mesmo na sua criação, como testemunha o 7, mas agora
também intervém com ações modificando alguma coisa. Por isso, o número 12
simboliza soberanidade manifesta tal como fora exercida, por exemplo, em meio do
povo de Israel pelo Senhor. Assim também essa soberanidade será exercida no século
vindouro.
Os números 1 e 5 também são números do governo, porém o número 1 fala
simplesmente de soberanidade — da vontade soberana e de poder soberano. Enquanto
isso, o número 5 expressa mais o caminhos de Deus em Seu governo. Ambos se referem
tanto à previdência divina como também ao Seu domínio público e manifesto.
Quanto a nova Jerusalém (Ap 21), tudo fala da soberanidade de Deus. Ela mede 12 mil
côvados (outros: estádios) em cada uma das 3 dimensões. A sua bênção consiste no fato
de que Deus tem o domínio ilimitado. Os 12 apóstolos se assentarão, conforme a
promessa do Senhor, em 12 tronos para julgarem as 12 tribos de Israel (mt 19:28).

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"