quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Templo de Deus- Gino Iafrancesco

Traduzido do Livro "El templo de Dios" de autoria de Gino Iafrancesco, pelos irmãos da cidade de Jaguarão-RS. A medida que for sendo traduzido será postado aqui no Filho Varão.

CAPÍTULO I

O MOMENTO DA EDIFICAÇÃO DA CASA DE DEUS

UM PLANO PROGRESSIVO DE REVELAÇÃO

Começamos este ano uma nova série às sextas-feiras. Os irmãos sabem que no NT há muitas classes de reuniões. Há reuniões para compartilhar, há reuniões de oração, reuniões de estudo e de outras coisas e há também reuniões de ensino e reuniões da obra. Diz a escritura que os apóstolos, todos os dias, dentro e fora das casas, não cessavam de ensinar, de pregar a Jesus Cristo. Essas são reuniões de ministério da palavra. Separamos, com a ajuda do Senhor, e entregando-a a Ele, a reunião das sextas, para que seja uma reunião de ensino da palavra. Os irmãos que vem as sextas, por favor, não levem uma impressão parcial de que é o único tipo de reunião que existe. Há muitas outras reuniões outros dias na localidade e com toda a liberdade. Mas separamos essas reuniões das sextas feiras colocando-a sempre nas mãos do senhor para que se Ele assim quer e aprova com seu espírito, então estejamos esquadrinhando a palavra do senhor.
O senhor quer que a comunhão da igreja, a palavra de Cristo abundem e que o compartilhar da igreja seja na palavra de Cristo. Os irmãos sabem que ainda que o Senhor seja imutável, sua revelação e seu dispensar é progressivo. Ele se propôs encher toda a terra com o conhecimento de sua glória. Ele não será mais glorioso do que quando começou. O Deus não se pode agregar nada à sua essência, entretanto, sua revelação para suas criaturas é progressiva. Ele foi revelando-se progressivamente e quando se completou o cânon das escrituras, com a revelação completa, também depois que a fé foi uma vez dada para sempre aos santos, ainda assim o Espírito Santo nessa única fé a igreja, aprofundando nela à medida que passam os séculos e a igreja de Deus, pelo espírito, sendo guiada a toda verdade, vai entendendo cada vez mais e cooperando com Deus em seu plano, em seu programa.
Há coisas que na palavra do senhor começaram a revelar-se através de pequenos indícios que logo foram desenvolvidos pelo senhor para com seu povo. Também na história da igreja o Espírito Santo começou a mostrar algumas outras coisas e depois foi mostrando mais. E se nós damos lugar a ele, o espírito do senhor irá nos mostrar cada vez mais, não coisas novas no sentido de uma revelação fora da fé que uma só vez foi dada aos santos, mas uma compreensão cada vez mais ajustada, mais profunda e mais rica do que Ele quis dar ao seu povo. De fato, essa rota é imutável da parte dele e já está estabelecido que seria assim. Ele já tipificou o reino dos céus como o crescimento de uma plantinha. Essa semente que é a fé uma vez dada aos santos, a palavra completamente centrada na primeira geração apostólica, devia produzir primeiramente a erva, depois a espiga, depois os grãos verdes nas espigas, depois grãos maduros para colheita. Então, isso quer dizer que o espírito santo estaria cada vez mais nos conduzindo toda a sua igreja à maturidade em Cristo, até o plano de Deus. O espírito Santo sempre dirige até o cumprimento do plano de deus.

A REVELAÇÃO DA CASA SE DEU EM BETEL

Sabemos pelas escrituras como na ocasião na qual deus começou a revelar sobre os patriarcas, falou a Jacó em hebreu e deu-lhe os primeiros indícios de seu plano de edificar para si mesmo uma casa. Entretanto o conceito de casa parecia muito simples naquela primeira revelação, quando Jacó pos-lhe o nome de Betel. Já aqui com os irmãos e em outros lugares estudamos o assunto da edificação do tabernáculo. Ali o conceito de Betel foi um pouco mais desenvolvido. Avançamos um pouco porque já era hora de que deus passasse do simples para algo mais complexo.
E deus não parou sua edificação, a edificação continua e a edificação é a edificação da igreja. Assim como a tipologia passou do simples ao medianamente complexo e ao mais complexo, assim ao final e através da tipologia o senhor está revelando aspectos diferentes da edificação que Ele quer realizar. Também é necessário que continuemos na mesma linha do Espírito de Deus, que é uma linha de edificação conforme o programa de Deus. Logo, como numa época vimos o assunto de Betel e logo mais vimos o assunto do tabernáculo, agora necessitamos passar uma pouco mais adiante, ao assunto do templo, até que eventualmente cheguemos ao assunto da Nova Jerusalém, que é a consumação final. Porém, não se pode ir de golpe, mas por partes, progressivamente. Então, vamos iniciar a série, com a ajuda do senhor, acerca do templo de Deus. Betel e o tabernáculo foram a base, mas, no que se refere ao templo, temos algo mais complexo. Mas não podemos começar pelo templo, tínhamos que começar por Betel e logo a seguir com o tabernáculo, e ainda assim o Espírito Santo não parou, mas continuou.

A SOMBRA DOS BENS VINDOUROS

Então, aos irmãos que desejem acompanhar-me com suas bíblias, peço que abram no livro que fala precisamente dessa época, que é 1 Reis, considerando que aqui nessa versão como 1 Reis, pois em outras é considerado como terceiro livro de Reis, pois originalmente os livros de Samuel forma chamados primeiro e segundo Reis. Abrimos o capítulo 6 de 1 Reis. Com a ajuda do senhor, vamos fazer um seguimento, que esperamos seja minucioso, para que possamos aproveitar os detalhes. Certamente que a interpretação tipológica é obrigada nesses casos, já que no NT o autor da epístola aos Hebreus, possivelmente Lucas, disse que as coisas que estavam na lei ou na tora, ou seja, no AT, principalmente no Pentateuco, mas também na Torá, abarca o AT em geral, que todas essas coisas eram sombra dos bens vindouros. Ainda a história dos patriarcas, a história de Israel foram alegorias e exemplos. Isso ensina o NT. Logo, quando estamos lendo os livros históricos, em primeiro lugar estamos lendo história, mas o NT nos deu a chave para interpretar essa história com um sentido alegórico, pois era uma história na qual Deus estava alegorizando, com a qual Deus está exemplificando e tipificando seu filho. Então, vemos no NT que nos autoriza e creio até mesmo que nos obrigue a ler com chave tipológica as passagens do AT, especialmente onde Deus é tão minucioso em muitos detalhes, que se não tivessem um sentido espiritual, não haveria necessidade de tanta minúcia. Entretanto, se houve minúcias por parte do Espírito, é porque Deus tem algo a dizer. É como está escrito em Romanos 16: 25-28, que o mistério que estava oculto em Deus deve ser dado a conhecer com as escrituras do AT, segundo o mandamento do Deus eterno, como diz ali.

OS PRINCIPAIS TRAÇOS DA CASA DE DEUS

Então vamos ler com a chave do NT, do novo pacto, estes capítulos históricos. Vamos ler a história e por detrás da história ler o sentido espiritual, que o NT ensina que tem a história do AT. Iniciaremos fazendo uma leitura dos primeiros catorze versos. Fazemos uma leitura inicial para ter uma visão panorâmica dos principais traços da casa de Deus. Depois de fazermos a leitura panorâmica, então voltaremos verso por verso, para entrarmos no sentido. Inicialmente lemos 1 Reis 6: 1-14:
‘’ E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zif (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR. E a casa que o rei Salomão edificou ao SENHOR era de sessenta côvados de comprimento, e de vinte côvados de largura, e de trinta côvados de altura. E o pórtico diante do templo da casa era de vinte côvados de comprimento, segundo a largura da casa, e de dez côvados de largura diante da casa. E fez para a casa janelas de gelósias fixas. E edificou câmaras junto ao muro da casa, contra as paredes da casa, em redor, tanto do templo como do oráculo; e assim lhe fez câmaras laterais em redor. A câmara de baixo era de cinco côvados de largura, e a do meio de seis côvados de largura, e a terceira de sete côvados de largura; porque pela parte de fora da casa, em redor, fizera encostos, para que as vigas não se apoiassem nas paredes da casa. E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava; de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam. A porta da câmara do meio estava ao lado direito da casa, e por caracóis se subia à do meio, e da do meio à terceira. ¶ Então veio a palavra do SENHOR a Salomão, dizendo: Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai, e abitarei no meio dos filhos de Israel e não desampararei o meu povo de Israel. Assim edificou Salomão aquela casa e a acabou.












CELEBRAÇÃO ESPIRITUAL DAS FESTAS

Há muitas coisas nessa primeira parte. Voltemos ao primeiro verso. Meus irmãos recordam de 1 Coríntios 5:7, onde o Apóstolo Paulo diz: ‘’porque a nossa páscoa, que é cristo, já foi sacrificada por vós. Então celebremos, não com velha levedura, nem com levedura de malícia e maldade, mas sim com pães sem levedura, de sinceridade e de verdade’’. Então aí nos damos conta de como Paulo está usando a linguagem da festa da páscoa, que ia junto aos ázimos e das primícias, mas está aplicando isso a uma celebração espiritual própria do NT. Portanto, no NT, a festa da páscoa está tipificando um aspecto fundamental de Cristo, o qual é muito rico e que deve ser tipificado com outras festas e outras coisas. O ciclo das festas começa com a festa da páscoa. Ali diz Deus em Êxodo 12: ‘’para vós este, o mês de Abib, será o primeiro mês do ano. Então, havia um sentido espiritual, que todo o ciclo de festas representa diferentes aspectos de Cristo e do trabalho e da gestão da economia de Cristo com seu povo, que está tipificado nas festas. Havia datas e ordens e associações de umas com outras e distâncias de umas e outras , que representam realidades espirituais.
Quando estamos vendo o assunto das datas, não entender somente o sentido cronológico, mas sim que além do sentido histórico gramatical, há o espiritual. Não passemos por alto, então, os detalhes das datas, porque o interessante não é somente entender o significado, mas captar o princípio espiritual que revela esse significado, com que o senhor quer governar a edificação de sua casa.

UM SENTIDO ESPIRITUAL EM CRONOLOGIA

Há um princípio espiritual que é revelado no significado e esse sentido espiritual é uma delicadeza de Cristo em nosso interior que está simbolizada, representada com alguns detalhes às vezes, uma pequena frase utilizada pelo Espírito Santo para fazer consciente em teu espírito uma delicadeza do caráter de Cristo. Então ponhamos atenção nesses detalhes. Em primeiro lugar diz: E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR.
Sei que não sou o primeiro e não serei o último que me pus a fazer uma cronologia da história bíblica e quando me pus a fazer essa cronologia e os irmãos sabem que na biblioteca de casa há muitos livros, aproximação a Crônicas, de onde se tira uma cronologia com os dados inspirados que aparecem na mesma bíblia desde gênesis, com os anos dos respectivos nascimentos patriarcas antediluvianos e sua morte, até o dilúvio, porque a bíblia traz muitos dados históricos e tu podes fazer o seguimento. Quando fiz o quadro cronológico com os dados da bíblia, e não dados fora dela, encontrei que não coincidia.Com Salomão fiz essa revisão várias vezes somando os períodos de uns anos com outros, com os anos de tal juiz, com os anos que estiveram fora. Isso me dava mais de 480. Passava alguns séculos. Pensei que fazia mal os cálculos, porque era mais coerente que eu me equivocasse do que a bíblia.
Entretanto, resulta que os filhos de deus e historiadores que também se interessaram neste aspecto cronológico encontraram o mesmo problema que encontrei. Não encontrava uma solução e ao irmão Watchman Nee, da China, sucedeu a mesma coisa. Ele fala sobre isso num livro chamado ‘’ Examinando as Escrituras’’.No entanto, o Espírito do Senhor deu a ele a solução do enigma. Isso eu não recebi diretamente, então reconheço que aprendi com o irmão Watchman Nee. Ele contabilizou o tempo e resultava nas mesmas datas que eu havia achado, então ele passou a contar somente o tempo que Deus reinava sobre Israel e não quando reinava os filisteus, os midianitas ou outros de fora. Portanto, somando o tempo que deus realmente reinava sobre Israel, por alguns dos juízes, aí sim, ao somar-se os períodos, aí sim somavam 480. Mas se tu somas quando os opressores de Israel, seja filisteus ou medianitas ou Edom, todos esses que aparecem em juízes e outros lugares,então a conta não fecha. Logo me dei conta que a cifra tinha um sentido espiritual e não s, somente um sentido histórico cronológico. Por quê? Porque para Deus não conta o tempo durante o qual ele não reina. Tempo perdido. Era como se não houvesse passado esse tempo. Para Deus, o tempo que realmente contava era o que Ele era rei sobre Israel e Israel lhe obedecia.

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A CASA DE DEUS

Quando eles se rebelavam e Deus os colocava sob a opressão de outros como castigo, esse tempo em que Deus não estava sendo aceito por seu povo, em seu povo andava em outros caminhos, esse tempo não contava para Deus, não tinha significado. Logo, o que tinha significado era o tempo que ele realmente estava reinando. Então quando se completaram 480 anos no templo de deus, chegou o momento de edificar a casa. Esse 480 é muito signficativo, em primeiro lugar porque está formado por três números que são significativos na bíblia, que são 6,10 e 8, que vamos ver aparecer várias vezes nos detalhes das medidas da casa. Observem que o número 6 é o número do homem e o número 10 é o número das nações, que conforma o número 60, mas se fosse 6 x 10, que são 60, juntando as nações da humanidade, ainda não seria casa de Deus, se não estivesse mesclado com o número 8, que o número da ressurreição, que é o número de Cristo. Assim como o número do Anticristo é 666, o número de Cristo é 888 e o número 8 é o número da ressurreição. Repetidas vezes o 8 e números combinados com o 8 fazem referência à ressurreição. O 6 refere-se à humanidade e 10 refere-se às nações e 480 é a combinação do número do homem, com o número das nações e o número de Cristo, da ressurreição de Cristo.
Não há casa de deus entre os homens sem a ressurreição de cristo. Ou seja,a casa de Deus só pode ser edificada a partir da ressurreição de cristo com todos os homens. Enquanto não se completasse esse processo, esses 480 anos , seria como se dissesse: enquanto Cristo não ressuscite e restaure em si a humanidade e um novo homem, não há casa de Deus. Então, o número não é somente cronológico, é um número com sentido espiritual, porque se fores seguir a história cronológica não vais encontrar 480 anos, número esse que só encontras se levar em conta os detalhes espirituais. Aí sim, dá.

PRIMEIRO O FUNDAMENTO, DEPOIS A EDIFICAÇÃO

A bíblia é um livro primeiramente espiritual, ainda que relate coisas históricas. Não fala de todas as coisas históricas que interessam aos historiadores, mas as interessam a Deus. Se alguém quer estudar história, pode consultar um livro de Arqueologia e outras coisas, mas se quer estudar Deus na história, então já é outro assunto. Diz: ‘’E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel’’ . E outra vez o quatro, porque o terceiro é outra vez o número da ressurreição. O Senhor resuscitou ao terceiro dia, ou seja, a casa de Deus não começou a ser edificada no primeiro ano, nem no segundo, nem no terceiro. Tinha que passar pelos três primeiros, assim como Israel tinha que esperar 3 dias antes de cruzar, como o senhor tinha de esperar 3 dias para a ressurreição. Assim, tinham que passar tinham que passar esses 3 dias para ressurreição de Cristo, então depois foram 4, o número da criação. A criação foi envolvida na ressurreição de Cristo. Então, ali começa dizendo: ‘’ ao quarto ano do princípio do reino de Salomão sobre Israel’’, começou ele a edificar a casa de Jeová’’. Porque não começa a edificação no primeiro mês, mas no sehundo. Isto é muito interessante, porque não se pode sem base, porque não se pode edificar sem fundamento.
O primeiro é o mês de Abib. O senhor disse ao seu povo: ‘’ Este mês será o princípio dos meses, para vós será o primeiro dos meses do ano. (Êxodo 12:2). ‘’ Vós saístes hoje do Mês de Abib (Êxodo 13:4). O que chamam aqui de semana santa. Ou seja, realmente, a chamada semana santa é o ano novo aos olhos de Deus na Bíblia. Que diz Deus a seu povo? Para vós este será o primeiro mês ano e o mês em que se celebrava a páscoa com os pães ázimos e as primícias. Esse era o mês de Abib, o primeiro mês. O segundo mês, que era o mês de Zif, era o mês de começo de edificação da casa. Porque quando aparece a casa começando a ser edificada no segundo mês, significa que não pode edificar sem fundamento, que é Cristo e a obra de Cristo e isto é um princípio muito importante que devemos ter em conta. Não podemos edificar a casa de Deus, sem estarmos em uma medida com cristo. Às vezes queremos edificar uma casa ecumênica, descuidando as delicadezas de Cristo. Então não vai resultar na casa de Deus, mas na guarida babilônica do mundo.

PRIMEIRO A DOUTRINA DE CRISTO

Observem que o apóstolo Paulo, ainda que é chamado, com justiça, de apóstolo do amor, diz frases tão sérias como esta referindo-se à doutrina de Cristo ‘’Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.( 2 Jo 10-11)’’.
Vemos que o apóstolo do amor não é um apóstolo ingênuo. Ele sabia que assuntos tratar primeiro,mas com relação a pessoa de Cristo, para depois tratar do relativo a igreja, porque se começamos a misturar na igreja qualquer espírito de anticristo com erro, relativo ao Pai, ao Filho e à obra do filho e o Espírito Santo, não se vai edificar a casa de Deus, mas sim do enganador.
Quando na tipologia, como no livro de números, por exemplo, o povo do senhor tinha que marchar, tinha que passar de uma instância a outra, de uma situação espiritual a outra. Deus havia estabelecido uns cuidados com relação ao avanço do povo de Deus e nesses cuidados havia dito: primeiramente se deve tratar daquilo que é relativo à arca e trasladar a arca com os devidos cuidados, então depois se tem de tratar dos paães e da mesa dos pães. Depois disso se trata do candeeiro e do altar de ouro e o incensário.
Observem que não começa com orar juntos,não. Pois aqui todos temos a unidade de deus, então vamos orar com budistas, rosacruzes e cristãos dizem alguns. Isso é ecumenismo. Aqui em Bogotá, a cada dia 19 há reunião ecumênica com gente de todas as religiões. Disso resulta que se muda a ordem de Deus e se pões primeiro a andar o incensário, antes da arca. É uma babilônia, uma mescla de espíritos, então o senhor não quer que nos misturemos com isso. Antes de oferecer incenso, tem que estar em seu lugar o candeeiro, a mesa e a arca. Vemos então que deus estabeleceu uma ordem nas coisas espirituais e a proeminência cabe à arca. A arca representa Cristo, logo tudo que representa a Cristo deve ser tratado em primeiro lugar, antes de qualquer outra coisa.

CONSULTAR A PALAVRA DE DEUS

Podem aparecer muitos grupos e todos podem dizer que somos cristãos e perguntarem por que não estamos todos juntos. Isso é o que quer Satanás. Ele quer nos meter na mesma panela, para que quando estivermos todos ali, com toda a ingenuidade e boa vontade da nossa parte, começa a introduzir doutrinas erradas, para roubar o que é de Deus para um falso profeta ou para o anticristo. Então, por isso, o senhor não permite que se façam as coisas de qualquer maneira, mas como Ele ordenou. Vocês recordam,que Davi tinha uma boa intenção, ele queria um avivamento no meio do povo. Nos narra também em Crônicas, nos narra Samuel e nos diz que ele consultou o povo se eles queriam ter a arcano meio deles e, claro, todo mundo queria ter a arca. Então, organizaram uma festa, não faltaram emoções religiosas. O povo estava de acordo, estavam de acordo as emoções,a arca foi posta no carro de bois e estavam todos em festa. Quem iria imaginar que no meio dessa festa e emoções de adoração e de danças diante de deus estavam provocando a ira do senhor? Quem iria imaginar? Somente se poderia saber pela palavra. Naquela ocasião não foram suficientes as emoções, não foi suficiente o acordo do povo. Era a palavra que mostrava onde estava o erro, não o acordo. As emoções estiveram presentes, mas quando Uza meteu a mão, caiu morto e Davi se perguntou: então como vou trazer a arca? Mas se houvesse consultado antes, evitaria muitos problemas, mas se a gente não faz a pergunta de como se deve trazer a arca, se embarca em coisas que são da multidão, às vezes movidos por emoção, boa vontade, bons desejos. Mas a palavra de deus dizia diferente e isso era justamente o que não se levou em conta, ou seja, substituiu-se a direção de deus pelo voto da maioria e pelo bem estar geral, sentimento agradável e religioso da maioria.




O SUTIL ENGANO DO CULTO BABILÔNICO

Por isso não tem credenciais para substituir a clara palavra de Deus. Então o Senhor estabeleceu uma ordem de prioridades nos assuntos e nessa ordem de prioridades, o primeiro é a arca. Primeiro temos que tratar o relativo a Cristo. Como vamos edificar a igreja com pessoas com pessoas que não estão em Cristo ou estão em outro espírito? O apóstolo Paulo fala claramente em 2 Co 11:3-4:
‘’Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.’’ O problema é que a outro evangelho e a outro espírito, bem o recebeis, bem o tolerais e não dicernes que há outro Jesus, outro espírito, outro evangelho disfarçado no meio da parafernália do show religioso, porque há culto babilônico. Aí aparecem cânticos e danças e o que menos imaginamos é que se está pregando outro Cristo. Logo, tínhamos que ter cuidado com o relacionado a Cristo, antes de entrar e composições com grupos que se dizem cristãos. Nós devemos ver se estão ou não em cristo e tomara que possamos discernir.

A REDENÇÃO ANTES DA IGREJA

Por essa razão a casa não podia ser edificada no primeiro mês, o mês de Abib, porque essa prioridade corresponde a Cristo e sua obra . Apenas no segundo mês, o mês de Zif, aí começa a edificação da casa, significa que não se pode começar a edificação com as coisas relativas à casa, antes de começar a edificar com o relativo a Cristo. Primeiro é a arca, o relativo ao filho de Deus, enquanto filho de Deus com o Pai, enquanto divino, enquanto humano. Logo então vem o relativo à sua obra e participação nossa com sua obra. A expiação e depois o relativo à expiação e então agora sim a pessoa está em Cristo e está no evangelho, então sim está na Igreja. Agora sim podemos passar do primeiro mês para o segundo e começar a edificar a casa. Entretanto, não se pode edificar a casa sem primeiro constatar que o fundamento foi evidentemente colocado, o qual é Jesus Cristo.

A PRIORIDADE É A ARCA

Aos irmãos que são acostumados a ir visitar e ter comunhão com outros irmãos sugiro que antes de falar da igreja, falemos de Cristo. Então sim, a conseqüência natural é pertencer a mesma igreja. Mas se não, vamos pegar os tesouros da casa de Deus, os vasos próprios do ministério e vamos entregá-los à Babilônia e a Babilônia vai se enriquecer e vai enriquecer o sistema fora de Cristo, com as coisas da casa de Deus e vão colar-se às coisas da Babilônia, como aconteceu a Ezequias que abriu seus tesouros aos emissários da Babilônia e então vieram aqueles da Babilônia e disseram: ‘’queremos isso,mas não aqui e sim lá na Babilônia, para enriquecer nossas orgias, não queremos os aqui, queremos os vasos lá e por isso Deus admoestou por Isaías a Ezequias e lhe disse: Mostraste todos os tesouros aos emissários da Babilônia? E ele disse: sim, os mostrei todos, não deixei de mostrar nada. Então agora eles vão vir e vão levar estes tesouros para a Babilônia (3). Por isso diz a Escritura: ‘’ Aquele que abre demasiado a porta busca sua ruína’’ (Prov 17:19). Por isso mais adiante vamos ver que a casa de deus tem certos pórticos, muros e janelas e não se pode entrar na casa de Deus por qualquer lugar, mas sim pela porta e a porta tem medidas especiais e somente entrando por essa porta se pode estar dentro da casa. Não se pode tratar o relativo à Igreja, a inclusividade da igreja, quem está dentro, quem está fora, quem está entrando, quem está meio fora,sem primeiro entender o relativo a Cristo e à salvação.
A arca e a mesa dos pães primeiro, depois o assunto do candeeiro. Não se pode começar a tratar da Igreja e misturar as coisas, porque todo mundo vai dizer: ‘’ sim, a igreja, nós somos a igreja. Mas, qual é seu conteúdo? São o tabernáculo, mas o que tem no santíssimo? A arca. Não, não, lá temos uma cabeça de burro,como diziam alguns cristãos. Deve-se ter a arca primeiro. Eu creio que essa delicadeza é necessário que tenhamos e não sejamos ingênuos, porque existem portas, pórticos na casa de Deus e existem guardas nas portas e não é porque entendemos que o corpo de Cristo é um, que vamos confundir a unidade do corpo com o ecumenismo da Babilônia, que não é o mesmo.

O ESPÍRITO DA VERDADE

Primeiro precisamos aprofundar em Cristo e entronizar a arca devidamente. Uma vez que a arca, todo o relativo a Cristo está claramente definido e formado em nós, então temos com que discernir o Cristo pregado e o espírito e o evangelho pregado por outros é ou não é o espírito de Deus e o dos apóstolos. O apóstolo João disse: ‘’ Nisso distinguimos o espírito da verdade e o espírito do erro. O espírito da verdade nos ouve, ouve os apóstolos do NT (2)’’ 1 Jo 4:6. O Cristo apostólico é o cristo da Bíblia. Há muitas pessoas falando Jesus Cristo. Os espíritas falam do grande mestre Jesus, os rosacruzes falam de Jesus, os Testemunhas de Jeová, que negam sua divindade, falam de Jesus. Os unitários, que negam a permanência pessoal como filho com o Pai, falam dele também, mas realmente o negam ao dizer que não há senão a pessoa do Pai, não a do Filho com o Pai. Então, confessando-o por fora, o negam por dentro. As testemunhas de Jeová, confessando-o por fora, negam sua divindade por dentro. Os gnósticos se chamam cristãos e se apresentam como Igreja Cristã Gnóstica e põem primeiro ‘’cristã’’ e depois o sobrenome gnóstica. Porém, a igreja gnóstica cristianóide ou pseudocristã não é cristã. Se é cristã, não pode ser gnóstica e se é gnóstica não pode ser cristã. É pseudocristã.
Neste assunto da casa de Deus, temos que ter esta prioridade, a prioridade de Cristo. Temos que estar nisso primeiro com muita claridade.O primeiro que a igreja deve fazer é conhecer a Cristo. Conhecê-lo em tudo o que Ele revelouo que Deus revelou, o que o Espírito revelou, o que a palavra revelou, o que os apóstolos confessaram a acerca de Cristo em todos os seus aspectos: sua eternidade, sua divindade, sua humanidade, sua obra na cruz,a sua expiação,a justificação a ressurreição e a vinda. Essas coisas são essenciais. Não é bom nos abrirmos ao ecumenismo descuidando-nos disso. Há uma ordem de prioridades que devemos aprender dessas datas, dessa data que diz que no Mês de Zif, que é o mês segundo, começou a edificar a casa de Jeová, ou seja, não antes de desfrutar a festa da Páscoa, dos ácimos, das primícias, somente depois se podia edificar.
Uma pessoa que não nasceu de novo, não pode nem sequer entrar ou ver o Reino de Deus (Jo 3: 3-5). Organizações haverá muitas com personalidade jurídica, títulos, edifícios, mas não haverá discernimento espiritual do governo de Deus se não se nasce de novo. As coisas espirituais são discernidas no espírito, pelo novo nas cimento. Se a pessoa não recebe a Jesus como filho de Deus,conforme a confissão apostólica, porque pode ser um cristianismo nominal, não se é ainda um membro da casa, não se entrou pela porta e as janelas são muitas. Por dentro são largas, não por fora. Por fora são estreitas. Vamos nos deter um pouco nas janelas. Estamos vendo agora as datas, o significado espiritual das datas da edificação da casa de Deus. Não se pode edificar a casa de Deus sem o fundamento suficiente. Então por hoje, vamos nos deter neste primeiro aspecto.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Os Vencedores e a Justiça- Arcadio Sierra Diaz

O pecado e os pecados

Para ter clareza sobre o real significado do que poderíamos chamar “nossa justiça própria frente à verdadeira justiça de Deus”, é supremamente necessário poder distinguir entre o que é o pecado e os pecados. O pecado é uma lei ou poder ou principio que está dentro de nós, em nossa carne, que controla nossos membros e que nos impulsiona a cometer toda sorte de atos pecaminosos (cfr. Romanos 7:23), ou seja, os pecados. O pecado se relaciona com nossa vida natural herdada de Adão (cfr. Ro 5:19), tanto que os pecados estão relacionados com nossa conduta, nossas obras, nossos atos. Os pecados são uma conseqüência do pecado que mora em nós. O pecado gera os pecados. É verdade que a lei do Espírito de vida em Cristo nos livra da escravidão dessa lei do pecado; não obstante, um crente pode seguir servindo a Deus em sua mente, em seu desejo, mas com a carne seguir servindo à lei do pecado (cfr. Ro 7:25); de maneira que um crente pode continuar com a tendência de continuar pecando, e de fato todo crente peca.
O que acontece com esses pecados dos crentes depois de serem salvos? Se o crente os confessa e se aparta, lhe são perdoados por Deus pela justiça do Senhor Jesus (1 Jo 1:9); do contrário, esses pecados serão tratados por Deus nesta era da Igreja ou durante o reino milenar, como estamos expondo no presente trabalho. Há de se ter presente que ainda que sejamos santos em Cristo, e temos recebido uma salvação completa pela graça mediante a fé no Senhor Jesus, entretanto, seguimos sendo pecadores. Deus é justo. Uma vez somos salvos pela graça, entramos a ser Seus filhos e colaboradores, e todo o resultado de nosso trabalho será recompensado, mas assim mesmo disciplinados se o resultado é negativo.
Não só basta tratar com os pecados em si, como a lascívia, auto-estima, desafeto, infidelidade e muitos outros, tem que se tratar com o pecado maior, o verdadeiro produtor de pecados; de faltas em nossa conduta diária, e que seu tratamento só pode levar a cabo com a cruz e uma íntima comunhão com o Senhor Jesus, e relação de inteira confiança, até que sejamos liberados do pecado, esse principio natural herdado que nos faze pecar.
Entre os aspectos do perdão, o primeiro é o perdão para salvação. Ao salvar-nos, Deus nos perdoa eternamente; mas já como filhos de Deus, voltamos a pecar, e isso não significa que perdemos nossa salvação, mas se perdemos nossa comunhão com Deus, de maneira que necessitamos um novo perdão para restaurar a comunhão com Deus. Nossos pecados passados já têm sido perdoados; nossos pecados presentes também podem ser perdoados se os confessarmos, se nos arrependermos, apartando-nos da situação que nos tem envolvido no pecado, fazemos a devida restauração, reparando o dano causado, em fim, arrumando devidamente nossos assuntos, e assim restauramos nossa comunhão com Deus; mas tenhamos em conta que somos filhos de Deus e que, como tais, temos nossas responsabilidades. De maneira que há perdão para salvação e perdão para restaurar a comunhão.
Quando os hebreus foram liberados da escravidão do Egito pelo sangue do cordeiro pascal, essa liberação foi irreversível, jamais voltaram à escravidão egípcia, mas depois, já como povo de Deus, deviam estar oferecendo sacrifícios expiatórios por seus pecados. Não somos responsáveis pela salvação que já temos recebido por graça, porque é um presente de Deus; nem tampouco Deus nos pede que preservemos agora essa nossa salvação eterna com base em nossos próprios méritos e nossas boas obras. A salvação é um presente, não um crédito que tenha que pagá-lo depois; a salvação não é como um eletrodoméstico comprado a crédito, que se não pagas às parcelas, eles podem tirá-la de ti. Tudo é gratuito. Em Apocalipse 22:17b, diz: " Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida". Nossas responsabilidades agora não se referem a nossa salvação eterna, senão à salvação de nossa alma com relação ao reino milenar, às coroas, aos prêmios e recompensas, ou a... A disciplina dispensacional.

A justiça de Deus

Levamos em conta que Deus não nos salva sem tratar com os pecados conforme a lei, já que está por meio da Sua justiça; ou seja, Deus nos salva legalmente. Na cruz recaiu em Cristo todo o peso da lei de Deus, e o Senhor Jesus veio ser nossa justiça. Se Deus passasse por alto a obra de Cristo na cruz para salvar-nos, violaria sua Justiça. Deus quer que nossa salvação seja totalmente ajustada à lei. Qualquer que creia em Seu Filho é justificado por Deus; uma salvação sem sombra de dúvida, legal, aprovada, vicária. Muitos se esforçam por buscar uma salvação errada, fraudulenta, comprada com dinheiro ou com obras de justiça própria. O faz assim Deus? Não. Deus nos salvou "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo " (Tt. 3:5). Deus nos salva legalmente, mas nos salva também aparte da lei. A lei de Deus nos condena, mas Deus nos salva por Sua graça em Sua Justiça. Desde antes da fundação do mundo, Deus se comprometeu a nos salvar por meio de Seu próprio Filho. Diz Watchman Nee:
"O que é a justiça de Deus? A justiça de Deus é a maneira em que Ele faze as coisas. O amor é a natureza de Deus, a santidade é a disposição de Deus e a glória é Deus mesmo. Entretanto, a justiça é o procedimento de Deus, Sua maneira e Seu método. Posto que Deus é justo, Ele não pode amar ao homem só com seu amor. Ele não pode conceder graça ao homem só porque quer. Ele não pode salvar ao homem por que Seu coração lhe disse. É verdade que Deus salva ao homem porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo conforme a Sua justiça, Seu procedimento, Seu nível moral, Sua maneira, Seu método, Sua dignidade e Sua majestade". (Watchman Nee. O Evangelho de Deus. Tomo I. LSM. 1994. pág.90).
Vemos, pois, que Deus, para nos salvar, pelo fato de que nos ama, não toma uma atitude tolerante frente ao pecado. Para salvar-nos, o amor de Deus não trabalha sem justiça. Os pecados dos homens devem ser julgados. Enviando a Seu Filho, ao Senhor Jesus, a que encarnasse e morresse por nós na cruz e carregasse os nossos pecados, Deus satisfaz Seu amor e Sua justiça. Para nos salvar, deve haver um equilíbrio entre o amor e a justiça de Deus. De maneira que enquanto a nossa posição de salvos e filhos de Deus, já nós fomos julgados na cruz com Cristo. Nós recebemos a salvação como um presente, mas Deus pagou um altíssimo preço por esse presente.
No Antigo Testamento, o sumo sacerdote entrava uma vez ao ano no Lugar Santíssimo do tabernáculo; ali estava a arca do pacto, em cuja coberta, o propiciatório, vertia o sangue dos animais sacrificados, para achar graça de Deus por seus próprios pecados e os do povo. Agora Jesus se tem convertido em propiciatório e Sumo Sacerdote à vez, oferecendo Seu próprio sangue para que nós venhamos pela fé a Deus. Isto o fez Deus à parte da lei; porque se Deus manifesta Sua justiça com base na lei, todos teriam que pagar com a morte eterna. Quão desgraçados seríamos! Não agradamos a Deus mediante nossa própria justiça. O legalismo e o judaísmo levam às pessoas a estabelecerem sua própria justiça, mas a Palavra de Deus não aprova este procedimento. Por exemplo, lemos em Romanos 10:3-4: "3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê". Há pessoas que se esforçam por praticar o bem a fim de apresentarem-se justos diante de Deus; mas Deus tem estabelecido Sua própria justiça na obra que Deus cumpriu em Seu próprio Filho, o Senhor Jesus, e a essa justiça devemos nos sujeitar a fim de sermos salvos.
Nossa própria justiça não é suficiente; pelo contrário, nossa própria justiça nega a eficácia da obra do Senhor na cruz. Com base na obra de Cristo na cruz, Deus nos dá total confiança e segurança de que somos salvos eternamente. Na obra de Cristo na cruz se manifesta a justiça de Deus a favor de nós. Ele tem se comprometido nele firmemente por meio de um pacto eterno. Deus jamais invalida Seus pactos.

Nossa justiça objetiva

Nossa justiça objetiva é Cristo, e por Ele somos justificados diante de Deus quando cremos. Ele morreu na cruz para que todo o que creia Nele seja salvo, e todas as transgressões cometidas no passado são perdoadas, e renascemos em nosso espírito, recebendo a vida de Deus em nós. Lemos em 1 Coríntios 1:30: " Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção". Também em Romanos 3:26 diz a Escritura:

" tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus". No Calvário o Senhor nos justificou; agora vivendo em nós, Ele nos faz justos. Cristo é nossa justiça diante de Deus por meio da fé. Lemos em Romanos 3:20-26: " 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção,23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus".
Alguns buscam ser justificados diante de Deus observando a lei e cumprindo mandamentos, mas vemos no verso 20 que isto é impossível. Então, como nos justificamos diante de Deus? Por meio da fé em Jesus Cristo, e o objetivo da fé é o próprio Cristo. A fé é como uma semente semeada no homem, que o Espírito Santo faz desenvolver para que o homem creia no Senhor Jesus, e seja justificado pela obra de Cristo na cruz. Cristo é a justiça de Deus. Não há outra. Não crer em Cristo nos separa de Deus eternamente. A justificação que temos em Cristo se baseia na graça de Deus, e não tem nada que ver com nossas próprias obras. O sangue de Jesus Cristo nos tem justificado. Nunca temos tido nada a oferecer a Deus que saia de nós, porque nada bom tem havido em nós diante de Deus; de maneira que a Deus só podemos oferecer o sangue de Seu próprio Filho, a qual é o único que nos pode justificar quando somos salvos. A base para lutar e ser vencedor, é o sangue do Senhor Jesus, em seu justo valor, não nossa própria justiça nem méritos, nem progressos espirituais. A justiça objetiva se relaciona com a salvação do crente, em tanto que a justiça subjetiva se relaciona com a vida vitoriosa do crente. A primeira tem a ver com a obra de Cristo na cruz, e a segunda com a vida de Cristo em nós. A primeira precede e determina a segunda.

Nossa justiça subjetiva

Somos chamados a ser a imagem de Cristo. Como se consegue isso? Deus tem um nível de vida que quer que nós vivamos, mas acontece que nós não podemos viver. Não temos essa capacidade; não podemos viver o nível de vida exigido por Deus. Só Cristo pode viver. Cristo vive esse nível de santidade, de obediência, de fidelidade, de sofrimento. Cristo é tido às vezes como um modelo para nós, mas nós não temos capacidade para imitá-lo; ninguém pode imitar a Cristo. Cristo é o nível de vida para o cristão normal, o vencedor. Então, quem pode satisfazer esse nível de vida de Deus? O único que pode satisfazer essa demanda de Deus é Cristo; de maneira que se não é Cristo vivendo Sua própria vida em ti, tu nunca o lograrás. Diz Paulo em Gálatas 2:20: " logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim ".
Isso de que há crentes que não pecam, não tem respaldo bíblico nem se cumpre na vida real. Todos somos pecadores, de modo que por nós mesmos não podemos satisfazer a expectativa de Deus. O que fazer? Nosso eu deve morrer; é necessário que seja Cristo vivendo em nós. Não se trata que eu viva como Cristo, que o imite, e sim que Cristo esteja vivendo Sua vida em mim. "Porquanto, para mim, o viver é Cristo" (Fp.1:21), dizia Paulo; não minha própria vontade, nem a lei, nem os ritos, nem as obrigações religiosas, nem meu mérito depende de que seja membro de determinada religião; meu viver é Cristo, porque Ele e eu somos uma só pessoa; "não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Fp 3:9); ou seja, se meu viver é Cristo, não agrado a Deus por guardar alguma lei, nem por meus esforços pessoais, senão por uma união orgânica com Cristo por meio de nossa fé Nele.
Em Apocalipse 19:8 fala dos atos de justiça dos santos. Ali diz: "pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos ". Estes atos de justiça dos santos vencedores são subjetivos; isto só se logra pela vida de Cristo no crente. Diz em Mateus 6:33: "buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". A vida eterna se recebe pela fé, pela graça de Deus em Cristo, mas o reino se obtém cumprindo uns requisitos exigidos pela justiça do Pai. O reino de Deus tem seus próprios princípios, muito mais estritos que os da antiga lei mosaica, a praticada pelos escribas e fariseus. Diz em Mateus 5:20: "Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus". Esta é nossa justiça subjetiva, relacionada com nossa íntima comunhão com Cristo em nós. Quem quer participar no reino dos céus, isso depende de sua própria vontade, que esteja disposto a permitir ao Espírito Santo que trabalhe para que, uma vez perdida a nossa alma aqui, possamos começar a viver a realidade do reino desde agora. Para participar no reino futuro, é necessário estar participando desde agora em obedecer seus princípios.
A vida religiosa dos fariseus aparece nas Escrituras revestida de aparência de piedade. Trata-se de meras vestiduras religiosas. A hipocrisia se costuma revestir de aparência de piedade. A Escritura fala da manifestação nos últimos tempos de homens amadores de si mesmos; e por certo serão religiosos, porque 2 Timoteo 3:5 diz que "tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.". O que acontecerá com os crentes com aparência de piedade? Isso o contesta Mateus 7:21-23: "21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade".
Note que para entrar no reino dos céus temos que fazer a vontade do Pai celestial; não uma mera aparência. Se não obedecemos, ou simplesmente nos deleitamos em fazer nossa própria vontade, não seremos aprovados no dia do Senhor. Há um afã desmedido por crescer em muitas coisas, mas o verdadeiro crescimento espiritual experimentamos na medida em que minguamos.
Por que Deus nos tem escolhido? Diz a Escritura: "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2 Ts. 2:13).

"4 assim como nos escolheu nele (Cristo) antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade " (Ef 1:4-5). Deus Elege as pessoas porque encontra nelas algo especial? Não; em nossa eleição o que entra em jogo é a vontade e a graça soberanas de Deus. Deus é amor, e esse amor se põe em ação por sua misericórdia, vendo o homem perdido, e manifesta sua graça em Cristo produzindo nossa salvação. Deus tem misericórdia de quem quer ter misericórdia; Ele é soberano. Primeiro elege a Isaque ao invés de Ismael; logo a Jacó ao invés de Esaú; e o Senhor escolhe a Jacó com conhecimento de que ia ser uma pessoa supremamente egoísta; entretanto, lhe dá as promessas, o aperfeiçoa (Fp 1:6) e faz dele um instrumento espiritual (Jo 6:39).
A nós nos conheceu em forma especial desde o princípio, e nos predestinou; chegado o momento nos chamou, nos justificou por Seu Filho e por último nos glorificou. Agora vive em nós e quer engrandecer-se em cada um de nós. Quando Cristo se engrandece em ti, é porque tua vida é iluminada por Deus, e começas a ver as coisas como Deus as vê.

A quinta promessa

"O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos" (Ap. 3:5). O versículo anterior faz parte da carta à igreja local de Sardes. Como profecia que é; Sardes representa o protestantismo, ou seja, um cristianismo de sistemas mortos (Apocalipse 3:1b), onde tem que vencer uma morte que não conclui, onde abunda a vida artificial, e isso é devido a que no protestantismo os membros do Corpo de Cristo têm suas funções anuladas porque não há vida. Os membros que são olhos, não vêem; os que são pés, não caminham, estão atrofiados. Tu podes observar uma congregação denominacional, e por grande e numerosa que seja a membresia, a grande massa se contenta com assistir à reunião dominical, como quem assiste a missa; só são ativos o pastor e uns poucos achegados. Ao haver se oficializado o nicolaísmo em Tiatira, posteriormente Sardes herdou que só o pastor e seus convidados especiais podem falar nas reuniões; os demais estão restringidos porque são laicos; e todo membro do corpo que não se usa, se vai atrofiando e suas funções vão se aniquilando, e se experimenta uma morte que jamais termina. É necessário vencer a morte espiritual.
Dentro dos sistemas religiosos do protestantismo prevalece um estado latente de morte organizacional. As organizações são sectárias, pois rompem a expressão da unidade do Corpo de Cristo, então, de fato nascem mortas, sem a vida de Deus, mas individualmente os cristãos que agora fazem parte das mesmas, podem vencer essa situação e andar de acordo com a vontade de Deus. Ao ser vencedor, ao ter a disposição permanente de obedecer e ser fiel ao Senhor, o crente será objeto de um prêmio no reino vindouro. De acordo com o andar nesta era da graça, com a obediência ao Pai, com o sofrimento por causa de Cristo, com o renunciar o mundo e seus deleites, com a fidelidade ao nome do Senhor Jesus Cristo e não a outro nome, assim será a retribuição na era do reino. Aqui aparecem três recompensas para os vencedores de Sardes, os do período que representa o sistema denominacional: (1) Vestiduras brancas, (2) não serão apagados seus nomes do livro da vida e (3) serão confessados seus nomes diante do Pai celestial e Seus anjos.

Vestiduras brancas

Algumas pessoas em Sardes não têm contaminado suas vestiduras; isso significa que seu andar e seu viver o têm feito na apropriada aprovação do Senhor; não há contaminação de morte em suas vestiduras. Se tu vives agora na vida de Cristo, e não contaminado com a morte das organizações protestantes, tens parte com Ele em Seu reino. Pode que neste momento faças parte de una organização religiosa com nome, mas teu espírito esta em uma disposição de comunhão do Corpo de Cristo, em vigilância, de fidelidade e obediência em teu andar com o Senhor. As do cristão são duas vestiduras diferentes. A vestidura do verso 4, representa ao Cristo que nos salvou, Cristo como nossa justiça, que nos reveste de Sua justiça, que recebemos e que vem a nós dando-nos a vida de Deus, sendo feito para nós justificação, redenção e salvação em forma objetiva; de maneira que é uma vestidura objetiva " Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1 Co. 1:30). Ao sermos justificados recebemos uma vestidura de justiça objetiva: "O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés" (Lucas 15:22), a qual é diferente de nossas ações justas determinadas pela vida de Cristo em nós.
A vestidura de Apocalipse 3:5 representa o Cristo que mora em nós, que vivemos em nosso andar, nossa justiça subjetiva, pela qual possamos dizer como Paulo: "21 Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Fp. 1:21; 3:9). Levemos em conta que em nós não há justiça própria, pois fora de Cristo, nenhuma pessoa humana é justa por si mesma. Cristo "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Ti. 3:5). As vestiduras de linho fino de Apocalipse 19:8, são as atos de justiça dos santos, subjetivos, o que reflete a vida de Cristo em nós; mas isso não se deve confundir com a justiça que recebemos quando fomos salvos, que é Cristo (1 Co. 1:30), e que é uma justiça objetiva.
Diz Mateus 22:11-14: " 11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos". Na parábola das bodas encontramos a alguém que assistiu às bodas, em sua qualidade de salvo que era, mas não estava vestido com o vestido de linho fino, bordado, limpo e resplandecente próprio dos vencedores; de maneira que foi atado e lançado temporariamente às trevas exteriores. Como salvo que era, já tinha o vestido da justiça objetiva de Cristo; tanto é assim que logrou entrar às bodas, mas não permaneceu nela gozando e desfrutando do reino dos céus, porque não estava vestido com sua vestidura de justiça subjetiva, o bordado mencionado no Salmo 45:14, o de seu andar em vida com Cristo. Lemos em Romanos 8:30 que aos que Deus predestinou para ser salvos, a estes chamou, ou seja que todo salvo é chamado; mas não todos os chamados são escolhidos para receber a recompensa no reino.

Não serão apagados os nomes dos vencedores

Muitos mestres da Bíblia ensinam que ser apagado o nome de alguém do livro da vida significa que essa pessoa era salva e perde a salvação. Já temos lido nas Escrituras que o que crer no Senhor Jesus Cristo tem vida eterna, sem que tenha que fazer nada para ganhá-la ou perdê-la, pois é um presente (Jo 3:16; Ro 6:23; Ef 2:8,9), e seu nome foi incluído no registro divino de todos os predestinados para serem salvos desde antes da fundação do mundo (Ef 1:3,4). O nome do vencedor não será apagado do livro da vida. E o dos demais salvos? Para entender isto é necessário saber que existe um livro nos céus onde tem sido escritos os nomes de todos os santos escolhidos por Deus e predestinados para participar das bênçãos que Deus tem preparado para eles; as quais são dadas na era da Igreja, logo durante o milênio depois que o Senhor regressar, e por último na eternidade, no novo céu e a nova terra. Então, o que acontecerá?

Seus nomes serão confessados diante do Pai celestial e diante de Seus anjos. No protestantismo há diversidade de nomes de organizações, missões, ministérios e doutrinas; e muitos têm preferido rotular seu cristianismo com tais nomes, ainda por cima do nome do Senhor. Muitos preferem chamar-se católicos, anglicanos, adventistas, batistas, presbiterianos, metodistas, wesleyanos, pentecostais, carismáticos, quadrangulares. A esse respeito disse Watchman Nee:
" No começo do reino, frente ao tribunal, os anjos de Deus levarão os cristãos diante de Deus. O livro da vida estará ali. No livro da vida estão escritos todos os nomes dos cristãos. Haverá muitos anjos e muitos cristãos. O Senhor Jesus também estará ali. Um ou mais anjos lerão os nomes do livro da vida, e o Senhor Jesus confessará alguns dos nomes. Aqueles nomes que Ele confessar, entrará no reino. Quando os nomes de outros forem lidos, o Senhor não dirá nada; em outras palavras, Ele não confessará seus nomes. Então os anjos marcarão estes nomes; portanto, os nomes dos vencedores estarão limpos no livro da vida. Um grupo não tem seus nomes inscritos no livro; outro grupo tem seus nomes escritos, mas seus nomes estão marcados; e o terceiro grupo, na era do reino, tem seus nomes preservados na mesma forma em que foram escritos a primeira vez". (Watchman Ne. O Evangelho de Deus. LSM. 1994, pág. 476).
"alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus" (Lc. 10:20b). Não é necessário que nossos nomes estejam registrados nos livros das organizações eclesiásticas. Devemos estar seguros de nossa salvação em Cristo Jesus. Estás tu seguro de tua salvação? No caso de que não estejas seguro de tua salvação, a que se deve isso? O Senhor nos dá a segurança de nossa salvação. " 27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão " (Jo. 10:27,28). Se teu nome está escrito no livro da vida, agora és objeto de muitas benção, tais como a redenção, o perdão dos pecados, a vida eterna, a regeneração, a natureza de Deus, a santificação, a renovação, a justificação e outras. Se durante o tempo da graça, enquanto vives nesta terra, tu cresces em tua vida espiritual, amadureces, cada dia é fortalecido teu homem interior, e o Espírito te dá testemunho de que és um vencedor, se teu andar é com Cristo e teu eu experimenta cada dia a ação da cruz, e vai minguando, então o Senhor não apagará teu nome durante o juízo da Igreja, senão que como prêmio o Senhor te permitirá participar com Ele no reino milenar, incluindo as bênçãos de Seu gozo e repouso, e serás vestido de vestiduras brancas de acordo a como houveres andado nesta era. "Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor " (Mt. 25:21).
O Senhor tem vindo a viver dentro de nós, em nosso espírito, para Ele poder viver Sua vida e realizar Sua obra. Nós somos seus colaboradores; mas nesta era da Igreja, em meio deste chamativo mundo, alguém, como humano, necessita de certos incentivos para poder cooperar com a graça de Deus e fazer a correta e verdadeira obra do Senhor na construção da Igreja; e o único que nos pode incentivar é o Senhor. Por isso é necessário ver isto com toda a seriedade.
Diz a Escritura: "desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;
13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:12b-13). Se refere à salvação diária, não à eterna; é Cristo vivendo em nós, operando em nós por Seu Espírito, e isto inclui obediência; porque o Senhor põe dentro de ti o querer, e fora de ti o fazer; é algo de dentro para fora; de teu espírito para a tua alma, onde está tua mente, tua vontade, tuas emoções, e logo de tua alma a teu corpo, para que todo teu ser entre em ação; mas se tu não avanças com Ele, se te contentas de pronto com ser um crente a mais na multidão, um menino na vida espiritual; se não te interessa vencer sobre o que ocorre em teu entorno religioso, se negas o nome do Senhor por exaltar o nome de alguma organização religiosa ou de algum proeminente líder religioso, ou a ênfase de uma doutrina em especial tem te deixado sectário, então teu nome é apagado do livro da vida durante a dispensação do reino e não terás participação com o Senhor nele mesmo, nem receberás as bênçãos para esse tempo. Significa isso que perdem a salvação? De maneira nenhuma; senão que durante esse tempo, os que não houverem vencido, serão disciplinados como o servo mal que foi lançado às trevas exteriores, e desse castigo não sairá até que tenha alcançado a maturidade necessária para participar das bênção que Deus tem prometido para a eternidade na Nova Jerusalém, quando seus nomes serão escritos novamente no livro da vida. Quais são essas bênçãos eternas? O reinado eterno com Deus na Nova Jerusalém, o sacerdócio eterno, a árvore da vida, a água da vida.
" 3 Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,4 contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele.5 Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos. 14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. 17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Ap. 22:3-5,14,17).
Nem todos serão vencedores. Parece ser que os vencedores são uma minoria. Há pessoas que dizem que andam na luz, mas a realidade demonstra que andam em trevas (1 Jo 2:8,9). Surpresas se darão! Os nomes dos vencedores também serão confessados pelo Senhor diante do Pai e de Seus anjos na era do reino milenar na terra. A experiência nos diz que é agradável para muitas pessoas que seus nomes sejam confessados diante de altas personalidades e figuras de certo prestígio. Isso tem algo a ver com o estado em que se encontra a cristandade? Desde suas raízes a história do protestantismo se tem visto relacionada com a vinculação de altos personagens, imperadores, reis, príncipes, eleitores, prelados, dignitários políticos e religiosos, que vão abrindo passo e escalando certas posições as vezes por meios não bíblicos, como o da política e as contendas belicosas. Mas a casa construída pelos homens, e usando métodos humanos, será deixada deserta (cfr. Mateus 23:38). A chave é Deus em nós em Cristo e por Seu Espírito. Um crente não tem nenhum motivo para gloriar-se; não importa que seja muito sábio ou muito ignorante; não importa a posição que ocupe no mundo religioso; se tudo tem feito o Senhor, se em algo devemos gloriar-nos é no Senhor.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"