sábado, 12 de janeiro de 2008

A Linguagem Simbólica dos Números-4ª Parte


40


O número 40 é composto de 4 x 10 e simboliza a provação completa que corresponde a
toda a responsabilidade do ser humano.

Resumo


Se dermos uma olhada para trás observando a seqüência dos números, então, com
facilidade, podemos reconhecer uma linha de pensamentos entrelaçados ligando os
números entre si e também fazendo claro a integridade de toda a seqüência. Isso serve
de confirmação do significado tanto do todo dos números como também de cada um
individualmente. A ordem dos pensamentos nos mostra uma nova beleza; a sua
plenitude se constitui em uma prova. Fica claro que a soma de toda a verdade está
contida nisso e não podemos ir além.
Nos primeiros 3 números vemos Deus em Sua plenitude — o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Deus há de ter e preeminência em tudo, até mesmo referente aos números, para
que os nossos pensamentos sejam guiados da forma correta. A manifestação do próprio
Deus é aquilo que é cumprido e apresnetado nos números que seguem.
Em seguida, vemos a criatura simbolizado pelo número 4. As Escrituras, por vezes, o
decompoem na soma 3 + 1, sublinhando assim de maneira especial a manifestação de
Deus. A ligação dos primeiros 3 números com o quarto da seqüência nos é apresentada
de forma muito clara.
Depois disso, vemos que 5 corresponde a 4 + 1. Novamente começamos com 4. A
criatura é o meio dessa manifestação. É por isso que os demais números da seqüência
básica são compostas, por meio de adição, por 4 mais um dos primeiros 3 números.
Assim 5 é 4 + 1; 6 é 4 + 2 e 7 é 4 + 3. Assim eles completam essa seqüência. Não há
outros números “divinos” que poderiam entrar em relação com o número da criatura.
Por isso essa sequência¨básica necessariamente termina com 7.
5, portanto, é 4 + 1 — a criatura em sua relação com o Criador, fraqueza em contraste
com o poder todo-poderoso. É este o pensamento principal.
6 é 4 combinado com 2. É o número que fala de luta causada pelo mal e também da
libertação do mal. Por isso, 6 é o número que caracteriza a criatura como caída e mostra
também a vitória final de Deus sobre o mal. É nisso que Deus Se glorificará.
Dessa forma, a obra de Deus é cumprida, tal como tudo fora feito em 6 dias. O número
7 nos fala de cumprimento, perfeição e descanso. Assim a seqüência é completa. Que
prova magnífica e convincente da inspiração Deus embutiu já nos números!
Até aqui citamos o irmão Grant. Se compararmos o significado dos números com os 5
livros de Moisés (o Pentateuco), veremos de imediato a maravilhosa harmonia da
Palavra de Deus.


Os 5 livros de Moises (o Pentateuco)

Gênesis (1° livro de Moisés): Gênesis é livro dos começos. Encontramos a criação, a
queda em pecado, o dilúvio, a repartição da terra depois da construção da torre de
Babel, os inícios do povo de Israel e o agir de Deus com os patriarcas. O irmão Darby
certa vez escreveu que esse livro contém todos os pirncípios elementares, que
encontraram a sua evolução e manifestação na história ou nas relações de Deus com os
seres humanos como descritos nos livros seguintes da Bíblia. Todos esses princípios se
encontram, em sua essência, já no livro de Gênesis. É o livro dos conselhos, cujos
cumprimentos encontramos em toda a Bíblia. Esse livro contém duas das mais gloriosas
figuras do Senhor em todo o Antigo Testamento: No capítulo 22 temos a sacrificação de
Isaque e nos capítulo 38 a 50 vemos José, conservador do mundo. Da mesma forma, em
figura, encontramos também a Trindade divina:
Abraão, nos capítulos 21 a 23, é uma figura de Deus, o Pai. Isaque é uma figura do
Filho de Deus (compare capítulo 22), e Jacó é uma figura da operação do Espírito
Santo em uma pessoa verdadeiramente salva.

Êxodo (2° livro de Moisés): Esse é o livro da salvação. Primeiramente, encontramos o
povo debaixo da escravidão de Satanás e do pecado, cuja figura é o Faraó. Então,
Moisés nasce, o salvador. Deus traz juízo sobre esse mundo (a figura disso é o Egito),
redime o Seu povo através do Mar Vermelho e revela ao povo os Seus pensamentos por
meio de Moisés, principalmente o pensamento de que queria habitar no meio de Seu
povo. É esse o significado pleno de salvação: Deus quer morar em meio de Seu povo
(comprae Ap 21:3-4 com vistas ao estado eterno).

Levítico (3° livro de Moisés): Agora o santuário está estabelecida e Deus não fala mais
do Monte Sinai, mas de dentro da tenda da congregação (Lv 1:1). Ele revela os Seus
pensamentos referente à maneira da santificação correta do povo e à maneira de como o
povo podeia se aproximar dEle.
Em primeiro plano vemos os sacrifícios (Lv 1 a 7). Neles vemos, figuradamente, como
Deus Se revela plenamente por meio da obra do Senhor Jesus na cruz. Vemos também
as diversas maneira de como alguém do povo podia se aproximar de Deus. Caso tivesse
cometido algum pecado, havia ali o sacrifício pelo pecado e pela culpa; caso procurasse
comunhão com Deus, estava a dispor o sacrifício pacífico; caso quisesse adorar a Deus,
então podia oferecer um holocausto e um sacrifício pacífico.
Depois vemos a santificação dos sacerdotes e o tratamento do leproso (Lv 8 a 15). Em
seguida temos o dia da expiação (Lv 16) e, por fim, as festas de Javé (Lv 23). Esse
livros nos dá ordens em ligação com o fato de que Deus tem em meio de Seu povo um
santuário, onde Ele quer habitar. Deus quer ser santificado por meio daqueles que
queiram aproximar-se dEle (Lv 10:3).

Números (4° livro de Moisés): Esse livro nos mostra o caminho do povo de Deus
através do deserto — figura daquilo que o mundo representa para o verdadeiro crente:
prova após prova. O povo poderia ter chegado à terra prometida em apenas 11 dias (Dt
1:2), porém demorava 40 anos. A simples razão para isso é a incredulidade do povo. O
estado do povo era tal que fazia-se necessária a permanência no deserto. O deserto não
faz parte dos conselhos de Deus, mas sim de Seus caminhos com o povo. Deus sabia o
que havia no coração do povo, mas também o povo devia se dar conta disso por meio da
experiência (Dt 8:2-3). Números é livro das provas, mas também das experiências; é o
livro da fidelidade e do fracasso, mas também da fidelidade e da miseriocórdia divinas.
Que ricos meios de ajuda para o caminho pelo deserto Deus tem depois da manifestação
completa da apostasia (a congregação de Corá, Nm 16)! Arão (figura do Senhor Jesus)
se levanta como mediador entre o povo e Deus. Vemos ali a graça do sumo sacerdócio
de Cristo (Nm 17); temos o sacrifício da bezerra ruiva em prol das contaminações do
deserto (Nm 19), e encontramos a serpente de metal (Nm 21 — compare Jo 3).
Deus “não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o SENHOR, seu
Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido de um rei” (Nm 23:21) — e isso
está escrito num livro que manifesta o fracasso do povo a cada passo!

Deuternômio (5° livro de Moisés): Será que o povo, baseado em suas experiências
feitas e descritas em Números, corresponderá à sua responsabilidade quando estiver na
terra? É essa a grande questão desse livro. Israel tem a escolha na sua própria mão:
bênção ou maldição (Dt 11:26-28). Quantas e quão grandes as bênçãos se o povo
corresponder à sua responsabilidade! Que horrível as conseqüências caso contrário!

O livro de Josué

O livro de Deuteronômio finaliza essa seqüência. Nesse sentido, o livro de Josué não
respresenta uma continuação, mas sim um completamente novo começo. Isso já se torna
claro pelo fato de que Josué toma o lugar de Moisés. Ambos os homens são figuras do
Senhor Jesus. Moisés não podia conduzir o povo até que adentrassem nas bênçãos da
terra (uma figura dos lugares celestiais da epístola aos Efésios). Moisés é a figura de
Cristo que viveu e morreu nesta terra. Josué, por outro lado, representa como figura o
Senhor Jesus ressurreto e glorificado como Senhor, que introduz o Seu povo, por meio
do Espírito Santo, da parte do céu, nas gloriosas bênçãos de Sua obra (os frutos da
terra). De fato, o livro de Josué é o início de uma nova seqüência e, conforme o irmão
Grant, novamente de uma seqüência de 5 livros ou seja da história da aliança. Dessa
forma, o irmão Grant divide toda a Bíblia em um pentateuco composto de pentateucos
(veja a última página).
Se pensarmos no significado espiritual dos números 1 a 5, então essa simples
composição e o número seqüencial de um livro dentro de um dos pentateucos já nos
fornece informações importantes com respeito ao caráter desse livro.

O Novo Testamento

Vamos nos ocupar brevemente com a divisão do Novo Testamento (o quinto
pentateuco).
1 — Os evangelhos nos apresentam a pessoa do Senhor Jesus, que revelou
perfeitamente a Deus até mesmo em sua morte sacrificial na cruz. Com isso pôs a base
do cristianismo verdadeiro. Poderia ser diferente do que é? O Novo Testamento poderia
iniciar com outra pessoa senão a pessoa de nosso Senhor apresentando-O em suas
glórias como Messias, Profeta, Servo, Filho do Homem e Filho de Deus? Ele é o
princípio da criação de Deus (Ap 3:14) e, naturalmente, também da nova criação (2 Co
5:17), que Deus revelou no cristianismo verdadeiro.
2 — O livro de Atos nos mostra a gloriosa salvação do povo de Deus. Deus o liberta
da escravidão da Lei (compare At 15:10). Vemos como o evangelho cresce mais e mais
começando em Jerusalém e Judéia, indo à Samaria e finalmente se estende até os
confins da terra e está sendo anunciado às nações (At 1:8).
3 — As epístolas do apóstolo Paulo revelam todo o conselho de Deus com respeito ao
mistério “Cristo e Sua Igreja” (Ef 5:32). Esse mistério profundo lhe fora feito
conhecido por meio de revelação (Ef 3:2-9). Nesses conselhos, Deus revelou a sua
multiforme sabedoria (Ef 3:10). Isso, ao mesmo tempo, significa que Deus não dá
outras revelações novas, porque todas foram reveladas a Paulo. A Palavra de Deus é
competa, terminada, foi levada a sua medida plena (veja Cl 1:25 — “cumprir” ali tem o
significado de “levar ao cabo / completar tudo plenamente o que faltava”).
4 — As epístolas católicas (ou: gerais; a palavra católica não se refere aqui à
denominação conhecida sob esse termo, mas significa “de conteúdo geral ou universal)
tratam do caminhar do crente verdadeiro (veja o livro de Números). Pedro descreve os
caminhos de governo de Deus, Tiago se ocupa com a manifestação prática da fé, João
com a apresentação da vida eterna em nós na nossa condição de filhos de Deus, e Judas
trata da apostasia da cristandade. Todas essas epístolas contêm ensinos sérios,
mostrando como devemos andar o nosso caminho através desse mundo enquanto
crentes.
5 — No livro de Apocalipse, Deus acerta as contas com as pessoas que professam ser
dEle conforma a responsabilidade deles. O primeiro capítulo nos apresenta o Senhor
Jesus, o Filho do Homem, como juiz. Os capítulos 2 e 3 nos fornecem uma história
completa da Igreja, sempre sob o ângulo de vista da responsabilidade. Os capítulos 6 a
11 nos mostram, com certas interrupções, os juízos iniciais sobre a cristandade professa.
No capítulo 13 vemos a meanifestação do mal simbolizada nas duas bestas. Os
versículos 1 a 10 desse capítulo nos mostram o Reino Romano e os versículos 11 a 18 o
anticristo. O capítulo 16 contéma continuação dos juízos sobre o Reino Romano e a
cristandade professa. Os capítulos 17 e 18 nos mostram o juízo sobre a falsa noiva de
Cristo. O capítulo 19, por sua vez, descreve o juízo final sobre as duas bestas — o
cabeça estatal do Reino Romano e o anticristo. No capítuo 20 encontramos o juízo sobre
os mortos.
Apesar de todos os juízos, sempre vemos, nos intervalos, como Deus alcança os alvos
de Sua graça e como introduz seres humanos em Suas bênçãos.
O trono do Criador está rodeado pelo arco-íris, sinal da Sua aliança. Apesar dos juízos,
Deus não reterá a Sua misericórdia da terra (Ap 4; compare Gn 9:14-17). O Cordeiro é
visto em meio do trono (Ap 5). O capítulo 7 nos mostra um remanescente do povo de
Israel e uma grande multidão de vencedores de entre as nações. No capítulo 12, Deus
concede graça ao remanescente e o guarda no deserto durante o tempo dos horríveis
juízos. O remanescente das duas tribos do reino de Judá é visto juntamente com o
Senhor no monte Sião (Ap 14). Os vencedores da besta estão junto do mar de vidro (Ap
15). As bodas do Cordeiro acontecem no capítulo 19. Finalmente, o capítulo 21 nos
concede uma perspectiva gloriosa do estado eterno (Ap 21:1-8) bem como da glória da
Igreja (a nova Jerusalém, a esposa do Cordeiro) durante o tempo do reino milenar (Ap
21:9-22:5). Ela possui a glória de Deus! O livro de Apocalipse termina (Ap 22:6-21)
com alertas seríssimas, mas também com uma tripla promessa (Ap 21: 7, 12 e 20):
“Certamente, cedo venho!”

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