2
O pensamento básico comunicado por esse número é exatamente o contrário do número
1: há mais um, um outro. O número 2 fala de diversidade e divisão (ela é o primeiro
número divisível). Por isso, muitas vezes, ele se constitui em um símbolo do mal ou do
maligno.
Quanto ao seu significado positivo, encontramos os seguintes pensamentos embutidos
nele: acréscimo, crescimento, multiplicação, auxílio, confirmação e comunhão
(compare Ec 4:9-11).
1 — O número 2 fala de testemunho: “…o testemunho de dois homens é verdadeiro”
(Jo 8:17). A diferença entre duas testemunhas confirma um assunto ou negócio. Dessa
forma, o Antigo e o Novo Testamento se constituem nas duas grandes testemunhas de
Deus para com os homens. A segunda pessoa da divindade é entitulado de “a
testemunha fiel e verdadeira” (Ap 3:14) e também de “a Palavra de Deus” (Ap 19:13).
2 — O número 2 também fala de salvação e auxílio.
3 — Também vemos nele os pensamentos de comunhão, matrimônio, relações mútuas e
ele faz referência à antiga aliança constituída pela Lei.
4 — Encontramos também os pensamentos de dependência, humilhação e ministério.
São justamente esses significados diversos que achamos em unidos na pessoa de Cristo,
segunda pessoa da divindade, o segundo homem (veja 1 Co 15:47). Pelo fato de Ele,
que era verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, Se humilhar a Si mesmo até à
morte para nos servir, Ele Se tornou em nosso Salvador.
Consideremos agora o significado negativo do número 2.
1 — Nesse sentido ele nos fala de diversidade, separação, contraste, contradição,
oposição, conflito e inimizade, enfim, fala da obra do inimigo.
Os animais na arca estavam em pelo menos dois exemplares de cada espécie. A mãe de
uma menina, após o nascimento, ficava imundo por duas semanas — o dobro do espaço
de tempo que em caso de um menino.
É especialmente na figura da mulher que encontramos exemplificado esse número. Ela
depende do homem, porém, ainda assim, é a sua ajudadora. Ela é a figura da
multiplicação, mas por ela o pecado e a morte se introduziram no mundo. Por outro
lado, por ela também veio a “semente” vitoriosa (Gn 3:15), que estabeleceu a salvação.
2 — A morte traz separação e despedida e assim se torna no último inimigo. Por outro
lado, a morte de Cristo na cruz significa para nós hoje a salvação, embora foi ali que o
conflito entre o bem e o mal chegou ao auge. Não há outra aparente contradição tão
grande como aquela que vemos com respeito à cruz (veja Sl 85:10).
3
O número 3 é o número que serve para medir o espaço; é o número da expansão cúbica,
da plenitude e de uma noção viva. Se você toma apenas duas medidas e as multiplica, o
resultado será apenas uma área plana. Se ajuntar a ela a terceira dimensão, o resultado é
mais do que uma simples área plana; apenas a tereceira dimensão nos permite ter a idéia
do espaço e do volume. Esse número, portanto, nos fala de realidade, essência e
plenitude.
Quando Deus se revelou plenamente, nós podíamos conhecer três pessoas da divindade.
Enquanto essas três pessoas não foram conhecidas, Deus não fora plenamente revelado.
É por isso que o número 3 é o número de revelação, o número de Deus e da Trindade.
Muitas vezes, e número 3 caracteriza a terceira pessoa da divindade, o Espírito Santo,
que nos revela até as profundezas de Deus (veja 1 Co 2:10). Enquanto a Terra era sem
forma e vazia, e enquanto havia trevas sobre a face do abismo, o Espírito de Deus se
movia sobre a face das águas. Quando seres humanos experimentam o novo nascimento
de Deus, então o Evangelho não os alcança apenas pela Palavra, mas também porder e
pelo Espírito Santo (veja 1 Ts 1:5). Seria a santificação — a obra do Espírito — outra
coisa a não ser a realização da salvação da alma? Sem a operação do Espírito não nada
senão uma operação exterior: “O que é nascido de carne é carne, e o que é nascido do
Espírito é espírito” (Jo 3:6). É essa a terceirta dimensão que, visto dessa forma, cada
crente verdadeiro possui.
O santuário, a habitação de Deus, é sempre um cubo: 10 x 10 x 10 côvados media no
tabernáculo e 20 x 20 x 20 côvados media no templo. E também a nova Jerusalém
iluminada pela glória de Deus é igualmente um cubo exato: “… e o seu comprimento,
largura e altura eram iguais” (Ap 21:16).
No santuário o próprio Deus Se revela. Ele é igualmente revelado na ressurreição —
fato que nos mostra todo o poder humano lançado no pó; por isso a ressurreição ocorreu
no terceiro dia. Ligado a isso, encontramos os pensamentos de restauração, revificação e
restabelecimento ou convalescença (veja Os 6:2).
Nesse contexto, o número 3 representa:
— a glória divina e a revelação dEle próprio;
— propriedade, participação e habitação: vemos o céu na sua condição de santuário e
habituação de Deus. Ali no santuário é o lugar onde é trazido adoração e louvor e
ministério;
— o fruto que revela a qualidade da árvore (veja Mt 12:33).
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