segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Nesse Tempo do Fim- Almir R. P. Andrade

Nesse tempo do fim, nosso adversário, mais do que nunca, investe contra a unidade
da igreja, pois ele sabe que ela traz o testemunho do Senhor (João 17:21). Não
devemos ignorar os ardis de Satanás. Ele anda ao nosso derredor, bramando como
leão, buscando a quem possa tragar (I Pedro 5:8).
“Derredor” dá a idéia de que ele está por fora, porém perto. Mas, na comunhão, na
unidade, estamos guardados.
Certa vez, ao assistir um documentário sobre animais, vi o comportamento das zebras,
sua estratégia para se proteger dos leões. Vi como, de certa forma, se assemelha à
nossa posição em comunhão. As zebras andam em grandes grupos, caminhando bem
próximas uma das outras. Isso tem um sentido. Ao estarem próximas, suas listras
confundem a visão do leão. Ele vê apenas uma grande massa e não consegue discernir
onde começa ou termina uma zebra. Porém, ele é astuto. Passa, então, a perseguir o
grande bando de zebras. Com isso, a zebra mais debilitada vai ficando para traz, se
distanciando das demais e, sozinha, cai nas garras do leão que a devora.
O escritor aos Hebreus nos adverte a seguir a paz com todos e também quanto ao
perigo de deixar brotar a raiz de amargura, o que nos separará da comunhão e ainda
poderá contaminar a outros. Como é importante e seguro estarmos juntos, em
unidade. Paulo, quando escreveu aos Efésios, disse que devemos nos esforçar
diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz (4:3).
Vê-se que há a necessidade de um “esforçar-se”.
O inimigo, para nos atacar, muitas vezes se vale da nossa natureza humana,
potencializando-a. Por isso não podemos ignorá-la. O homem tende a se separar, a
buscar seus próprios interesses. Esta é sua natureza (Provérbios 18:1). A lei natural é
esta, mas não estamos mais debaixo desta lei, como diz em Romanos 7:4-6: “Assim,
meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que
sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto
para Deus. Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela
lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Mas, agora,
estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que
sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra”.
Devemos crucificar a nossa vontade, o nosso ego, nossos interesses egoístas. Creio
que o “esforçar” que Paulo falou é tomar cada um sua cruz e seguir a Jesus (Mateus
16:24). Só assim poderemos caminhar juntos. Só a vida de Cristo em nós, que é
manifestada quando morremos com Ele, é capaz de nos fazer buscar o interesse de
outrem, e não o nosso (I Coríntios 10: 24 e 33). “Porque a lei do Espírito de vida, em
Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:2).
Quando damos vazão à nossa natureza terrena, passamos a ver defeitos nos irmãos,
ignorando os nossos. Recentemente, minha esposa me fez lembrar de uma ministração
sobre Mateus 7:3-5. Dizia o irmão que, quando estamos com uma trave em nossos
olhos, eles começam a lacrimejar e, conseqüentemente, nossa visão fica turva.
Passamos então a ter uma visão distorcida de nosso irmão. Não vemos mais Cristo
nele e, sim, somente o homem, com todos os seus defeitos. Que o Senhor nos livre

disto. Que tiremos primeiro a trave de nossos olhos, para depois ajudarmos nosso
irmão, tirando o cisco de seu olho.
Quantas bênçãos temos na comunhão! Não nos privemos delas! A Palavra diz que na
comunhão o Senhor ordena as bênçãos (Salmo 133). A comunhão, a unidade dá
testemunho do Senhor. Na unidade somos aperfeiçoados (João 17:23), somos
trabalhados, como pedras vivas que, para comporem um edifício, são trabalhas e
raspadas, a fim de se encaixarem umas às outras. Cada pedra, ou cada membro, é
importante, tem a sua função no corpo, no edifício do Senhor (Efésios 4:16 e I Pedro
2:5).
Irmãos, se julgamos ter esta visão, vivamos piedosamente neste tempo do fim,
servindo uns aos outros, “suportando uns aos outros e perdoando uns aos outros, se
algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo nos perdoou, também perdoemos”
(Colossenses 3:13).
Que busquemos ser como o Senhor Jesus, que não veio ao mundo para ser servido,
mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos (Mateus 20:28).

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Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

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