domingo, 10 de maio de 2009

A fé que opera pelo amor- Halte Fest 1974, pg 185.

“ Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus {...} Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” ( Efésios 2:8-10 )
A Palavra de Deus associa a dádiva da fé com as obras que o crente deve realizar. A vida divina há de ser expressar de alguma forma. O Espírito Santo deseja produzir frutos (Gálatas5:22). Deus efetuou em nós algo que lhe agrada, e o efeito de tal procedimento não se restringe ao nosso coração, invisível ás pessoas que nos cercam. Não, Deus também almeja manifestações exteriores e visíveis da parte de seus filhos, algo que honre a Ele e testifique de Seu poder vitorioso sobre o pecado.
Recordando esse princípio singelo, compreenderemos também Tiago 2:20: “ A fé sem obras é morta”, bem como a afirmação de que a fé é arrematada pelas obras ( v 22). Sefundo os pensamento de Deus, faltará algo essencial à fé, caso ela não se faça acompanhar por obras.
Contudo, cabe aqui a pergunta: como a minha fé deve se manifestar visivelmente? É agradável a Deus que eu me dedique a uma lista de boas obras, procurando executá-las regularmente? Devo empenhar-me por manifestar com clareza a minha piedade diante dos homens mediante formalidades? Devo ter sempre uma expressão séria no rosto? Sou obrigado a desenvolver um modo untoso de falar? Preciso adornar a minha linguagem com citações bíblicas? Tenho de buscar incessantemente a prática de boas obras?
Tais coisas por certo não são desprezíveis. No entanto, temos na Bíblia o exemplo dos fariseus que, segundo as próprias palavras do Senhor Jesus, tinham aparência exterior de piedade, mas por dentro estavam cheios de hipocrisia e de iniquidade ( Mateus 23:28) Os Gálatas eram outros cuja prioridade era impressionar como cristãos que agradavam a Deus. Neste empenho eles estavam ao ponto de retroceder a um cristianismo legalista. Paulo escreveu-lhes uma carta para mostrar quão equivocada era essa atitude, mas também lhes ensinou a maneira correta de agir segundo Deus!
Em outra passagem, ele exclama: “ Ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres {..}, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” ( 1 Coríntios 13:2-3).
A fé deve operar pelo amor ( Gálatas 5:6). Alguns versículos adiante temos a primeira aplicação prática dessa passagem: “ Sede{...} servos uns dos outros, pelo amor” ( Gálatas 5:13). Ah, você deseja regulamentos para se nortear por eles? Você gosta de observar preceitos minuciosos para convencer a si mesmo de que é piedoso? Toda lei se cumpre em uma única frase: ame a seu próximo! (Gálatas 5:14).
Amar, nesse sentido, é o oposto de ser egoísta. O amor não pensa em si mesmo, e sim no próximo. Amar significa não buscar o meu bem estar, mas primeiro o bem estar de quem esta do meu lado. É dedicar-se ao próximo, ocupar-se de seus problemas e preocupações, participar de sua sina, ajudar no que se fizer necessário. “ Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo” ( Gálatas 6:2).
O Senhor Jesus por acaso agiu diferente? O mandamento de amar o próximo é chamado “ a lei régia” ( a lei do rei, tiago 2:8). O Rei dos reis veio a esta terra e viveu diante dos homens anos a fio, dia após dia, e nós fomos chamados por Deus para imitá-lo nisso.
É bom lembrar disso, quando nos perguntamos sobre como viver uma vida de fé, que agrade a Deus.
O Senhor jesus verdadeiramente amava o próximo. Ele servia. Ele levava a carga dos outros. Todo o seu proceder eramarcado pelo amor. O seu amor pelo Pai motivou-o a cumprir a vontade do Pai. Se o nosso coração estiver cheio de amor pelo nosso Salvador e Senhor, então poderemos amar ao próximo. O amor é o primeiro fruto do Espírito ( Gálatas 5:22). O amor põe a fé para operar. O amor também é capaz de enxergar as várias obras que, segundo a vontade de Deus, foram colocadas em nosso caminho para que as realizamos com o fim de honrá-lo. Por meio do amor, a nossa fé encontrará infinitas e variadas possibilidades de se consolidar. A fé ativa e propulsionada pelo amor, contudo, glotifica aquEle que tanto nos amou e derramou o seu amor em nosso coração.
No geral, a preferência de nosso coração é viver segundo certas quantidades de prescrições exteriores. Queremos, por meio delas, assegurar uma aparência piedosa. No entanto, queremos com isso esquivar-nos do constante exercício de uma busca concreta pela vontade de Deus nas diferentes circunstâncias da vida. Não há nada em nossa velha natureza que nos impulsione à abnegação ou a amar o próximo. Pelo contrário: os sentimentos que muitas vezes se manifestam no velho homem são de ordem bem diferente.
No fundo, porém, desejamos, sim, agradar ao Senhor Jesus e glorificar o nosso Pai nos céus. Assim, cuidemos para que a nossa “ fé opere pelo amor”.

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Irmãos em Cristo Jesus.

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