Artigo enviado pelos irmãos de Barueri-SP
“porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.” (Gl 3:27)
Alguém já fez a seguinte observação com respeito ao batismo: “A palavra batizar, propriamente falando, é um termo grego (baptizo), adaptado para o idioma português por uma alteração em sua terminação. É o termo sempre empregado por Cristo e seus apóstolos para expressar e definir a ordenança.” O fato é que esta expressão nos sugere a idéia de “imersão”, “união”, “identificação”, “inclusão”. O desconhecimento ou menosprezo desta significação tem sido a causa de muitas distorções sobre o batismo. Muitos têm sustentado diferentes opiniões sobre este tópico, cada qual estribando-se em seu ponto de vista naquilo que mais faz jus à sua interpretação. Todavia, preterindo-se os pontos interpretativos diversos acerca deste tema, ficamos com a simplicidade e objetividade revelada nas Sagradas Escrituras. Leiamos Romanos 6:3-5 “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” Atentemo-nos ao seguinte fato: É Deus o autor da realidade espiritual; o batismo em Cristo. Isto é muito significativo. Disse Frank Viola: “Propriamente concebido e praticado, o batismo na água é a confissão de fé inicial do crente diante dos homens, demônios, anjos e Deus. O batismo é um sinal visível que revela nossa separação do mundo, nossa morte com Cristo, o enterro do velho homem, a morte da velha criatura, e a purificação pela Palavra de Deus. O batismo... É a idéia de Deus.”. Considerando este enfoque, é sumamente importante observarmos o emprego verbal – a voz e o tempo - em que o texto acima (Rm 6:3-5) se encontra. Se atentarmos cuidadosamente, veremos que o mesmo encontra-se na voz passiva, num fato passado, ou seja; não fomos nós que nos incluímos ou fomos batizados por nós mesmos em Cristo; fomos batizados por Alguém, isto é; Deus quem nos batizou em Cristo. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”, disse Cristo. (Jo 6:44) O batismo nas águas é um símbolo que apontam para esta realidade espiritual: Nossa morte, sepultamento e ressurreição em Cristo Jesus. As Escrituras é categórica neste sentido; quando Cristo morreu, nós morremos também, pois está escrito: “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.” (II Co 5:14) “O batismo simboliza os atos redentores de Cristo; imersão-morte; submersão-sepultamento; emersão-ressurreição”. Esta é a boa nova do evangelho; saber que a morte e ressurreição de Jesus Cristo estão associadas à nossa experiência cristã. Porém todos estes atos precisam ser atualizados na vida moral e espiritual do cristão diariamente. “levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal.” (II Co 4;10-11) O batismo é o selo de nossa participação na morte, sepultamento e ressurreição em Cristo; um selo que só tem validade quando recebido e confirmado pela fé. O texto de Colossenses 2:12 atesta-nos com precisão esta verdade: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.” O mero ato em águas batismais não tem nenhuma eficácia de mudança interna. O batismo nas águas é um símbolo externo da lavagem interna; um ato e uma expressão de fé. É um sinal que baseia-se no evangelho; a convicção no fato consumado em Cristo Jesus e que têm conseqüências eternas. “A fé que não vai mais longe do que a cabeça nunca pode trazer paz ao coração...Onde a razão fracassa, a fé pode descansar”, disse J. Blanchard. O batismo nas águas não pode salvar ninguém; ele deve ser o resultado de fé do batismo em Cristo; um fato providenciado por Deus antes mesmo de nascermos e pelo qual nascemos de novo. Spurgeon contou sobre um pobre pedreiro que caiu do andaime e estava moribundo. Quando chamaram o ministro, este lhe disse: “Meu amigo, acho que você está às portas da morte. É melhor que trate de fazer as pazes com Deus. O enfermo respondeu: Minha paz com Deus, senhor, foi feita há dezenove séculos, na cruz do Calvário. Tenho certeza disso”. “A autoridade da fé é a revelação de Deus”, disse G. B. Foster. A regeneração ocorre somente com a entrada do Espírito quando cremos nesta verdade; na nossa morte e ressurreição juntamente com Cristo; e não por uma espécie de magia no rito do batismo. “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tt 3:5-6) Uma coisa é o batismo em Cristo (disse o irmão Glênio), outra é o batismo nas águas. A imersão no corpo de Cristo crucificado é a realidade espiritual de nossa identificação com ele, revelada pela Palavra de Deus. A imersão nas águas é o testemunho obediente de uma experiência de fé fundamentada na obra da cruz. Aqueles que crêem em sua morte com Cristo confirmam essa certeza, submetendo-se ao batismo nas águas. Todavia, a verdade bíblica nos garante que os filhos de Deus já foram batizados em Cristo, bem antes de serem batizados nas águas”. “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.” (Gl 3:26-27) É atribuído ao pregador Charles Haddon Spurgeon (19/06/1834 — 31/01/1892), o seguinte ensinamento concernente a este assunto: “O Batismo é uma ordenança do Novo Testamento, instituída por Jesus Cristo, para ser, para a pessoa batizada, um sinal de sua comunhão com Cristo, na sua morte e ressurreição; de sua união com Ele; da remissão dos pecados; da consagração da pessoa a Deus, através de Jesus Cristo, para viver e andar em novidade de Vida”. Sendo assim, o batismo marca em símbolo a nossa união com Cristo e Seu Corpo; a Igreja dos renascidos em Cristo Jesus. “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” (I Co 12:12-13) É o Espírito Santo quem sela estas verdades em nossos corações pela fé, possibilitando-nos todas as bênçãos espirituais decorrentes desta união, promovendo necessariamente a justificação, a santificação e a glorificação, “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8:29) Portanto, todos os que foram incluídos em Cristo, foram revestidos de Cristo. Amém !
Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
domingo, 10 de maio de 2009
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