Minha história começou quando meus pais chegaram como missionários em Medellín, na Colômbia, em 1946, depois de terem completado seus estudos no Seminário Teológico de Asbury, nos EUA. Nasci logo depois da época conhecida na Colômbia como La Violencia, período de guerra civil não-declarada, na qual umas trezentas mil pessoas foram mortas, grande parte delas a golpes de facão. Lembro-me de ver alunos voltando de viagens do ministério com rachaduras nas cabeças, feitas com facões.
O livro de Atos não era história passada. Era o que estávamos vivendo na Colômbia, e Deus não desperdiça nenhuma de nossas experiências.
Meus pais nunca nos isolaram da igreja sofredora; pelo contrário, entrávamos junto com eles nessas regiões. Como crianças, cada um de nós tinha sua vez de acompanhar nosso pai ou mãe às regiões rurais que estavam no auge da violência. Eu dou graças a Deus por isso. Agradeço a Deus pelo que tem me confiado hoje, como resultado dessas experiências.
Lembro-me de quando eu tinha dez anos de idade, estava em pé diante da nossa grande janela, com a vista da cidade de Medellín, e perguntava à minha mãe: “Por que os adultos nunca ficam com raiva?” Eu via que realmente meus pais eram diferentes. Seu único comentário foi: “É o Espírito Santo, filha, é o Espírito Santo”. Num certo sentido, comecei ali minha jornada. Eu queria saber como eu também poderia ter a plenitude, a vida que Jesus tinha para mim.
No ano seguinte, Deus me chamou para ser missionária. Respondi: “sim”, mas logo depois chorei e pensei: “Não tenho coragem suficiente para ser missionária. Senhor, tenho medo até de testemunhar de ti!” O clamor do meu coração era: “Deus, como posso te servir? Como conseguirei?”
Com doze anos de idade, ajoelhei-me ao lado da minha cama e disse novamente: “Senhor, não tenho coragem de falar de ti para ninguém. Tenho um temperamento explosivo e sei que o Senhor deseja ter controle total da minha vida. Eu não sei o que me custará, ó Deus, mas não quero ser uma cristã de ‘lua’, ora firme, ora vacilando”.
No dia seguinte, quando me levantei, a primeira coisa que tive desejo de fazer foi ler a Palavra. Tornou-se um padrão durante todos os demais anos escolares. A coisa mais importante era meu tempo sozinha com Jesus. Pela primeira vez, notei que tinha um poder que não vinha de mim mesma, um poder que o Espírito Santo me dava. Isso me capacitou a testemunhar e a falar de Jesus aos outros. Eu nunca escrevia uma carta ou procurava alguém sem falar com ele ou com ela sobre Jesus.
Quando saí de casa para estudar como interna numa escola, Deus quebrantou meu coração e mostrou-me como eu podia me envolver em missões através da oração. Ele também me iniciou num treinamento de obediência, ensinando-me a fazer qualquer coisa que Jesus me pedisse. A oração tornou-se central na minha vida. Comecei a orar de hora em hora. Comecei a orar pelo mundo.
Depois fui estudar na Faculdade Teológica de Asbury, no mesmo lugar onde meus pais estudaram. O Senhor continuou a me desafiar a orar por avivamento. A oração era fundamental. Deus não se teria movido em nosso meio se não tivéssemos orado.
Em 1970, tivemos sete dias ininterruptos de avivamento em Asbury. Você nunca mais volta a viver do mesmo modo depois de se envolver num grande mover de Deus. Depois de ver Deus agindo de forma tão assombrosa, você sabe que nada é impossível para ele.
Condições na Colômbia
Há alguns anos, um dos diretores da Missão Portas Abertas, Terry Madison, descreveu a Colômbia no seu diário, depois de uma visita àquele país. Suas palavras poderiam ter sido escritas hoje:
Estive numa viagem para o inferno. O lugar parecia um paraíso. Contudo, há mais de cem anos este país com sua beleza enganosa está em guerra consigo mesmo. As palavras que teria de usar para descrever o que vi tendem para o lado sombrio: violento, implacável, torturante, perverso, letal e mal consumado. Por trás de toda essa carnificina, está o mal insaciável do tráfico de drogas, que não só continua a destruir vidas e corromper todos os níveis da sociedade colombiana, mas também vomita sua maldade sobre o mundo todo, a partir das nossas próprias comunidades. No meio deste violento e tenebroso caos, ergue-se a igreja, por meio de suas expressões locais, aparecendo como reluzente farol na noite mais densa e escura que se possa imaginar. É a igreja perseguida, a igreja triunfante. É preciso ser chamado e ter coragem para estar nas linhas de frente da obra de Deus na Colômbia. Mais de trezentas igrejas foram incendiadas ou explodidas nos últimos dois anos; mais de cinqüenta pastores, brutalmente assassinados. Nos últimos dez anos, mais de cem pastores e líderes evangélicos foram assassinados. Como disse um obreiro cristão: “A Colômbia está sangrando, e grande parte desse sangue é de pastores e crentes das áreas rurais que levaram a sério as palavras do nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 16.25: ‘Porquanto, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á’.”
Quando voltei à Colômbia, em 1986, para ensinar hebraico no Seminário Bíblico, o país estava entrando numa grande guerra de drogas, entre o cartel de Cali e o cartel de Medellín. O país inteiro passou a se engajar em combates brutais.
Comecei a perguntar para Deus: “O que queres que eu faça?” Eu estava ali ensinando, mas meu desejo não era permanecer numa torre de marfim. Eu não podia ser indiferente ao que estava acontecendo neste meu país de nascimento. Fui criada na “cidade da eterna primavera”, na capital mundial das orquídeas. Mas agora, depois que voltara para lá, a cultura das drogas, a cultura da morte estava reinando. Matar era um estilo de vida.
Apesar de tudo, no meio dessas condições horrendas, Deus estava trabalhando. Sem que eu soubesse, uma prisão que contabilizava de trinta a sessenta mortes por mês estava agora completando um ano sem morte alguma. Descobri este fato nas manchetes de El Colombiano, um dos principais jornais seculares da cidade.
Para nós, evangélicos, parecia inacreditável estar havendo tamanha cobertura na imprensa. Publicaram um poderoso testemunho de jovens criminosos que estavam experimentando um encontro com Jesus Cristo como Salvador. Fui atrás de uma cópia dessa reportagem porque era simplesmente incrível.
Entrando no Presídio
O marido de uma das minhas alunas trabalhava naquela prisão. Esse moço, Oscar, não tinha formação escolar alguma, no entanto Deus o estava usando. No dia seguinte, ele veio com o artigo do jornal e convidou-me para fazer uma visita à prisão.
Eu estava em período de recesso escolar, entre os dois semestres letivos, e não tinha nenhuma desculpa razoável para recusar o convite. Senti que o Senhor estava me dizendo: “Vá!” Eu não tinha nenhuma idéia preconcebida. Eu nem imaginava em que eu estava me metendo, mas enquanto estávamos a caminho, Oscar me perguntou: “Jeannine, você poderia fazer a pregação?” Ele estava entrando em crise, explicou-me, à beira de um colapso...
“Claro, eu dou a mensagem”, respondi. “Para quem vou falar?”
Ele me contou que a maioria dos detentos foram presos por homicídio. Eram matadores de aluguel.
Deus não nos deu um espírito de temor ou covardia, mas de amor (2 Tm 1.7). Lá estava eu, uma mulher, entrando numa instituição penal masculina. Jesus disse: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12.32). Aquele dia, peguei a primeira passagem que me veio à mente. Estava em 2 Samuel 9, a história sobre Davi e Mefibosete, o neto de Saul, o inimigo mortal de Davi.
Descrevi Davi como o todo-poderoso soberano de Israel e falei sobre a tendência normal para um homem nessa posição exterminar todos os seus inimigos. Eu estava me dirigindo a homens que faziam exatamente isso. E continuei: “Mas Davi não fez isso. Ele recebeu Mefibosete e o restaurou ao seu devido lugar à mesa do rei”.
Quando terminei de explicar essa passagem, o líder fez um apelo. Vi vinte moços se colocarem de pé, com lágrimas correndo pelas faces. Disseram: “Sim, queremos Jesus”.
Um dos moços veio falar comigo. Eu havia lido a seu respeito no jornal. Antes, ele tinha um escritório que cuidava de contratar matadores de aluguel. Ele me disse: “Jeannine, você pode me ensinar? Quero entender como se pode viver pelo poder do Espírito Santo. Quero ter uma vida mais eficaz de oração”. Era aquele sujeito que antes podia pagar a alguém até vinte mil dólares, dependendo do caso, para matar alguém. Agora, porém, estava transformado pelo poder de Jesus; Deus havia virado totalmente a sua direção.
Deus colocou no meu coração iniciar uma escola de treinamento bíblico dentro do presídio de Bellavista. Eu disse: “Senhor, o corpo docente do seminário vai achar que estou louca. Vão rir de mim quando eu lhes falar do meu desejo”. E, de fato, foi o que aconteceu. Disseram para mim: “Jeannine, esse é o presídio mais perigoso de toda a América Latina. Aqueles sujeitos são matadores, são os chefes do crime”.
“Sim”, eu respondi, “e eles podem se tornar crentes, líderes na igreja de Jesus Cristo”.
Nessa época, Deus já estava trabalhando naquele presídio. Mais de trezentos homens haviam se encontrado com Cristo. Um avivamento estava em andamento, mas, como é comum nesses momentos, as pessoas querem ficar com um pouco da glória.
Não era uma situação fácil em que eu estava entrando. Mas, através da oração, da oração constante, eu disse: “Deus, terá que ser o Senhor”.
Eu não sabia nada sobre ministério em presídios. Comecei a me relacionar com a Prison Fellowship (ministério para presidiários fundado por Charles Colson, político de alto escalão do governo Nixon nos EUA. Colson se convertera durante o processo de julgamento e prisão por causa do escândalo Watergate) em Bogotá. Hoje faço parte deste ministério em Medellín e em outras partes do país também.
Deus está trabalhando de maneira simplesmente incrível nessa noite tão negra. As pessoas não sabem o que fazer com a Colômbia. Temem a Colômbia. No entanto, Deus está revelando sua glória ali.
No Canadá, depois de compartilhar essa história, um homem veio falar comigo e me perguntou: “Você vai voltar para a Colômbia amanhã?”
“Sim”, eu respondi.
“Você pode morrer!”, ele alertou.
“È verdade”, concordei. “O fato, porém, é que morri para mim mesma quando eu tinha onze anos de idade. Morri para meus desejos, para meus alvos, para minhas vontades. Meu desejo é Jesus. Onde quer que Deus me coloque, é ali que quero estar, pois sei que não existe uma situação em que Deus me coloque sobre a qual ele não tenha o controle”.
Já tentaram me seqüestrar. Tenho vivido sob ameaça de morte há dois anos e meio. Fui condenada à morte pelos guerrilheiros. Segurança não é a ausência de perigo. É a presença de Jesus. Deus usa cada experiência que temos e, especialmente na Colômbia, tenho visto como ele usa essas experiências para seus propósitos de redenção.
O Testemunho de Alex
Alex era um jovem cristão, líder dos jovens na sua igreja. Os guerrilheiros assassinaram seu pai, e sua família perdeu tudo que tinha. Então Alex perguntou para Deus o que queria que ele fizesse. Logo, surgiu um trabalho para ele numa plantação de bananas. Era na região norte da Colômbia, de onde se exportam bananas para o mundo inteiro. O ambiente na plantação em que trabalhava era muito hostil, no entanto Alex tinha um compromisso com Jesus e falava de sua fé livremente com todos os outros trabalhadores.
Um dia, Alex estava saindo para trabalhar às cinco horas da manhã. Sua motocicleta não estava funcionando, por isso fez uma caminhada de vinte minutos para pegar o ônibus. Ele geralmente passava alguns momentos com o Senhor, lendo as Escrituras, mas nesse dia, enquanto andava, começou a interceder.
Ele disse: “Espírito Santo, tu podes me usar da forma que quiseres”. Subiu no ônibus e viajou por cerca de um quilômetro e meio. De repente, o ônibus foi obrigado a parar. Homens uniformizados o cercaram. Não era o exército. Eram soldados das FARC, um dos grupos guerrilheiros mais fortes da Colômbia. Seis guerrilheiros subiram ao ônibus e o obrigaram a seguir por uma estrada de terra vicinal. Depois forçaram os passageiros a descer e os amarraram um ao outro com cordas de nylon. Alex começou a cantar. Ele cantou sobre a proteção de Deus, mas isso não lhe deu tanto conforto como a música que dizia: Grande é, ó Deus, a tua fidelidade; ninguém há como o Senhor; tu és incomparável; grande é a tua fidelidade.
Os homens o derrubaram no meio do capim que ainda estava molhado com o orvalho da manhã. Os disparos da metralhadora começaram e Alex sentiu sangue espirrando sobre seu corpo. Era o sangue ainda quente das duas mulheres que estavam à sua direita e à sua esquerda. Ele ficou a perguntar quando chegaria a sua vez. Quando levantou sua cabeça, uma bala entrou pela base inferior do olho esquerdo. Ricocheteou e rasgou o lado direito do seu rosto. Uma dor quente, muito intensa tomou conta da sua consciência. Enquanto ficou deitado ali, Alex ouviu os guerrilheiros dizendo: “Vamos matá-lo com o facão”.
Ele não podia mais enxergar. Estava cego. Estava afogando no seu próprio sangue. Porém, levantou sua voz e disse: “Jesus ama vocês. Jesus deu sua vida por vocês para que pudessem ter o perdão dos pecados. Jesus os perdoa. Eu também”.
Mas não permitiram que terminasse. Uma bota desceu com força sobre sua mandíbula, estilhaçando-a. Deram golpes de facão nele. Alex sentiu o conforto da presença de Jesus. Não sentiu medo. “O perfeito amor lança fora o medo” (1 Jo 4.18). Ele sentiu que o Espírito Santo estava dizendo: “Alex, você não vai morrer. Você vai viver para o louvor da minha glória”. Então fez de conta que estava morto. Logo ficou envolvido em silêncio mortal. Entre 27 pessoas, ele foi o único sobrevivente.
Dois anos depois, Alex veio para minha classe no seminário sobre a “Teologia do Sofrimento”, um curso sobre como Deus usa sofrimento nas nossas vidas de forma redentora. Ele ficou diante de nós e relatou a história do seu livramento; depois afirmou: “Deus é bom. Deus é o dono das nossas vidas. Reconheço Deus como um Deus santo, e ele pode fazer o que desejar da minha vida. Seus propósitos são santos. Quando contemplo a santidade de Deus, vejo o quanto ainda preciso morrer para mim mesmo para me tornar totalmente dele. Jesus deseja que eu seja dele e dele somente. Se Deus deseja comunicar a mensagem da cruz através da minha vida, quem sou eu para negar o meio que ele pretende usar para esse fim? Deus é santo. Não devo buscar meu próprio bem-estar ou vantagem. Jesus é o único que devo buscar. Ele é o supremo desejo da minha vida. A coisa mais importante é que as pessoas sejam salvas para a eternidade.”
Alex é um moço comum com um compromisso extremamente incomum. Mas não foi isto que Jesus nos deu, a comissão de transmitir a mensagem da reconciliação? Não podemos fazer isso através ou a partir de nós mesmos. Em João 20, Jesus apareceu quando os discípulos estavam arrasados a ponto de se sentirem totalmente incapazes; mesmo assim, disse-lhes: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Jesus deu tudo que tinha. É isso que pede de nós. Ele quer que lhe entreguemos tudo. Alex queria dar tudo. A despeito da sua condição de cegueira e de suas limitações, eu o desafiei a ingressar no seminário.
E ele aceitou. Todo aluno no seminário precisa se envolver num trabalho prático. Você pode imaginar onde Alex escolheu fazer seu trabalho prático? No presídio.
No primeiro dia, ele ficou diante dos prisioneiros, sem imaginar que havia ali alguns dos guerrilheiros que praticaram o massacre de todas aquelas pessoas.
“No Calvário”, disse Alex, “Jesus me perdoou. Eu também perdôo.”
Sem saber que alguns daqueles guerrilheiros lhe estavam ouvindo, ele disse: “As pessoas que fizeram isso comigo eram ignorantes. Não conheciam nem haviam sido tocadas pela vida de Jesus”.
A Obra de Deus no Presídio
Deus usa essas experiências para seus propósitos de redenção muito mais do que eu poderia imaginar. Na Colômbia, onde reina a morte, posso ver que a morte já foi anulada pela vitória. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.55-57).
Nestes últimos quinze anos, só houve treze assassinatos em um dos presídios mais superlotados da Colômbia. O presídio foi construído para comportar 1.500 presos, no entanto hoje tem 6.000. Os presidiários dormem nos banheiros. Os corredores estão abarrotados. Não há espaço livre, é corpo ao lado de corpo. Como pode haver paz lá dentro?
Um dos agentes penitenciários me disse que eu deveria presenciar o que acontece logo pela manhã. Quando eles se levantam, a primeira coisa que se ouve são os louvores e os cânticos dos presos que ressoam pelos corredores. A alegria do Senhor é poderosa. Eles se levantam cedo. Tiram um tempo de comunhão e meditação individual com o Senhor. Em outro momento, reúnem-se todos juntos. Duas vezes por dia, há um período de discipulado individual e prestação de contas nas diferentes alas.
Os prisioneiros conhecem o poder da oração, da oração perseverante. Vigílias que duram a noite inteira são comuns. Fazem muito jejum: não dá nem para pensar em se envolver neste tipo de ministério sem jejum. É essencial.
Hoje, aproximadamente quinhentos dos presidiários de Bellavista fazem parte da igreja. Muitos detentos daqui foram transferidos para locais espalhados por todo o país, para mais de vinte penitenciárias. Você pode ir a qualquer presídio e encontrar de duzentos a quatrocentos crentes. Esses convertidos sabem como ajudar as pessoas a dar os passos necessários até encontrarem a salvação. Estão sempre testemunhando para alguém. Estão sempre treinando alguém para substituí-los no caso de serem transferidos ou postos em liberdade.
Cinco detentos que estávamos acompanhando foram transferidos, mas não tinham Bíblia. Um deles estava sentindo desânimo e pena de si mesmo, mas depois começou a compartilhar sua fé. Começou a falar do que Jesus havia feito por ele. Dentro daquela primeira semana, dez colegas presidiários já haviam se decidido por Jesus. Quando finalmente conseguimos permissão para entrar naquele presídio, já havia duzentos convertidos! Estavam discipulando os presos nas doutrinas básicas, sem qualquer Bíblia!
Hoje, mais de quatrocentos e cinqüenta detentos já completaram a escola de treinamento bíblico. Temos provavelmente mais de quarenta homens que são evangelistas ou pastores de tempo integral. Seis já foram ordenados ao ministério e estão trabalhando e servindo ao Senhor em tempo integral.
É isso que Deus está fazendo. Ele alcança as pessoas que são os piores elementos da sociedade. Um dos presidiários já disse: “Jesus, o Rei Jesus, acha ouro no lixo da sociedade”. Eles sabem que não tinham valor algum, mas que Jesus Cristo foi quem lhes deu valor. É espantoso!
Dou graças a Deus por ter me colocado na Colômbia e pelo que já aconteceu e ainda está acontecendo enquanto Deus faz sua obra de redenção, construindo o seu Reino. Eu amo o ministério que Deus me confiou. Não existe outra explicação além do próprio Deus. Deus ama fazer o impossível, o totalmente improvável, para que nenhum homem possa se gloriar. Creio que Deus irá revolucionar este país através daqueles que são os menores e os mais desprezíveis, de acordo com a visão humana, para o louvor da sua glória.
Jeannine Brabon é filha de missionários e está engajada em ministério a presidiários na Colômbia desde 1989. Este artigo foi adaptado de um testemunho dado na conferência “Heart-Cry for Revival” (Clamor do Coração por Avivamento) em abril de 2006, na Carolina do Norte, EUA.
Para a Edificação do Corpo de Cristo!! Mateus 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos maduros de Deus.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
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