domingo, 28 de novembro de 2010

A síndrome dos últimos dias

A síndrome dos últimos dias
Extraído do site http://www.osirmaosnacidaderj.com.br/

Mat.12:38-40 “Então alguns escribas e fariseus disseram: Mestre, queremos ver algum milagre feito por ti. Ele, porém, replicou: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas. Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra.”
Esta é a triste realidade dos nossos dias. Muitos estão em busca de sinais e maravilhas; sinais estes que o próprio tempo reserva na manifestação do filho da perdição, pois, se são os sinais que motivam a fé, então seremos testemunhas oculares de um laço que cairá sobre todos os moradores da terra.
Esta necessidade vã em busca de sinais é bem retratada quando o povo de Israel experimentou a tristeza de ter a carne entre os dentes no episódio das cordonizes.
O povo de Israel presenciou sinais e prodígios feitos pelo Senhor inúmeras vezes, mas bastava uma pequena dificuldade, e logo esqueciam completamente do Senhor; e relembravam o conforto do Egito.
Se o Filho do homem não tinha aonde reclinar a Sua cabeça, o que realmente queremos para nós?.
Sempre nessa natureza caída, os homens vão buscar os seus próprios interesses,e seus lugares altos ,e com isso mergulhar numa profunda idolatria do ego, assim como Jó que pôde entender a sua real situação diante do Senhor e confessar sua abominação, palavra intimamente ligada a outra que é “idolatria” .
Se são ídolos, então o povo de Israel é mergulhado em Babilônia com seus milhares de ídolos.
São sinais? O exemplo se repetirá.
Graças ao Senhor por Sua palavra, pois o apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios declara: “Ora estas coisas lhes aconteciam como figuras, e foram escritas para advertência de nós outros, a quem os fins dos séculos têm chegado.” I Co.10:11
Quantos filhos de Deus que somente conseguem dar crédito a pessoa do Senhor através dos sinais e de uma experiência mística? Quanta propaganda feita por homens que colocam os sinais acima do poder da vida ressurreta , e mais ainda de própria palavra!
O evangelho de Mateus apresenta o Senhor Jesus como Rei, e, de certa forma, encontramos passagens que demonstram a operação de feitos miraculosos. Todavia aquela geração colocava as manifestações sobrenaturais acima da autoridade do único e verdadeiro messias .
Até mesmo o próprio João, o Batista, enviou dois dos seus discípulos para argüir se o Senhor era mesmo o Cristo (ungido). Em um momento de dura prova ele fraqueja e, nesse momento de tribulação, ele necessita de uma evidência para dar suporte a sua fé. Naquele mesmo instante o Senhor opera alguns sinais e responde:
“os cegos vêem”, Primeira menção, um contexto fisico em contraste com o espiritual; temos visão física mas, e quanto a nossa visão espiritual?
Segunda: “os coxos andam”. E nós? andamos atrás de que ou de quem?
Terceira: “os leprosos ficam limpos”. E quanto a nossa purificação?
Quarta: “os surdos ouvem”. Fato evidente nas cartas que foram enviadas as 07 igrejas da Ásia. Um fato muito sério e real nos nossos dias: ouvidos tapados, ouvidos incircuncisos e a ausência marcante da unção de Deus, que é o colapso do cristianismo atual.
Quinta: “os mortos são ressuscitados”. Completa ausência de uma vida de ressurreição.
Sexta:“evangelho sendo anunciado aos pobres”. Este outro ponto define a tragédia do evangelho que vem sendo pregado nos nossos dias com a falta evidente do testemunho de Cristo e ainda, uma ênfase nesse evangelho (apóstata) da prosperidade que tanto tem se proliferado com a semelhança daqueles gafanhotos devoradores retratado no livro de Joel, tragando tudo que vêem pela frente, ou seja os crentes buscando bênçãos no mundo e não no Senhor.
Na realidade buscamos realmente o que? Bênçãos? Ou a Cristo?
Por isso o maior milagre de Cristo em nossas vidas primeiramente é receber Dele visão espiritual (cegos) para podermos andar em Sua presença (coxos); e na presença Daquele que é Santo, ficamos purificados (leprosos) e os nossos ouvidos são abertos (surdos) para Sua voz e a vida de ressurreição (mortos) penetra em nosso ser com todo o poder e assim podemos manifestar o verdadeiro testemunho de Cristo. Este é o verdadeiro sinal, uma vida com testemunho.(evangelho pregado aos pobres)
A luz é para ser manifestada para os homens verem as boas obras, para que o Pai seja glorificado nos céus primeiramente, pois na terra Ele tem homens que receberam Dele dádivas, talentos e dons. Por isso somos responsáveis, pois todos haveremos de prestar contas daquilo que recebemos Dele.
Algum filho de Deus pode dizer que não recebeu talento Dele?
Este é o maior sinal de vidas convertidas a Cristo, não conversões psicológicas mas sim vidas ressurretas demonstrando o que tem aprendido na prática e não na teoria. O Senhor é muito mais que palavras Ele é vida manifestada em nosso espírito.
Sim, somente com visão espiritual a igreja estará apta para discernir e ser restituída de todo tempo perdido com seus brinquedos e assim poder, em realidade, andar na presença do Senhor, numa vida prática e procurar ser um sacerdócio santo, limpo e purificado, no exercício da ministração dos sacrifícios que são espirituais. Somente assim o Senhor receberá por meio de Cristo a glória e, desta forma, o exercício sacerdotal segue o seu curso com o sangue tocando o lóbulo da orelha direita.
Só assim podemos ouvir o Senhor e a vida de ressurreição é manifestada ao mundo e a proclamação do evangelho têm o seu fundamento específico: “Cristo!”
Se observarmos as escrituras, um fato marcante é a abundante graça que havia em todos os irmãos nos primeiros passos da igreja, graça esta abundante porque possuíam um só coração e uma só alma e tinham tudo em comum.
A busca por sinais para confirmar a nossa fé afetará a nossa vida cristã.
Não estamos aqui para anular os prodígios, todavia o que qualificava e qualifica um ministério verdadeiro não são poderes miraculosos, conhecimento bíblico, eloquência ou ministrações para saciar ouvidos que precisam ser coçados. Muita palavra com falta de realidade. Hoje temos expositores da palavra que mais parecem matemáticos, profundos nas suas teorias, e nesse emaranhado filosófico de cálculos e mais cálculos burlam o que é verdadeiramente o que é espiritual, construindo os assuntos mais absurdos, distraindo a igreja do verdadeiro foco, fazendo com que ela perca o alvo, fugindo completamente da simplicidade que há em Cristo.
O que a igreja necessita são de “homens cheios do Espírito Santo...”. Estevão era um deles e sabemos muito bem o que o Senhor fazia pelas suas mãos e também não podemos esquecer o preço que ele pagou com a sua própria vida.
Sim, esta é a palavra : “testemunho” que em sua raiz é “martírio”.
Oh! Como gostamos de citar Hebreus 11 “os heróis da fé”; realmente são heróis da fé, mas uma fé que não foi motivada por sinais e sim por testemunho, palavra esta que governa todo o texto.
Foi pela fé que os antigos alcançaram bom testemunho, começa o escritor.
Abel alcançou testemunho diante de Deus e Ele mesmo é o único que pode dar testemunho.
Ah! O Deus que dá testemunho da Sua própria obra em nossas vidas! Não precisamos nos preocupar, basta descansar Nele.
E o que diremos de Enoque, aquele que foi trasladado e não foi achado?.
Alguém procura por ele; assim é o mundo busca o que é verdadeiro quando já é tarde demais. Então Deus tem o Seu agrado em Enoque pois alcançou testemunho diante Dele e por este testemunho foi trasladado.
E termina dizendo que todos eles alcançaram testemunho pela sua fé, todavia não alcançaram a promessa.
Será que alguém gostaria de ser lançado em um lugar cujo significado do nome é “meu destruidor”? Este é o nome de Patmos. Que cenário! Um velhinho jogado em um lugar que é para destruir, mas destruir o que em João?.Ainda falta algo?.
Quando vemos João chorando porque não havia ninguém nem no céu, na terra ou debaixo da terra para abrir o livro e romper os sete selos então podemos entender o quão frágeis ainda nós somos.
João está em Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho.
Naquele momento espetacular onde encontramos a apoteose de Deus, na qual o propósito eterno de Deus é revelado diante da criação.
Diante daquela situação, por um pequeno momento, João esquece que existe alguém que é digno de abrir o livro, pois foi proclamado que nem no céu, na terra ou debaixo da terra ninguém poderia abrir ou até mesmo nem sequer olhar para o livro com os sete selos .
No entanto existe alguém que está acima de tudo e sobre tudo, é Ele que está acima do firmamento, sobre as cabeças de criaturas terríveis em aspecto e tremendas em sua função, criaturas que fogem a nossa imaginação, ou seja , os querubins que carregam o trono de Deus.
Quando os querubins, no livro de Ezequiel, olham sobre as suas cabeças vêem um trono sobre o firmamento e o Filho do homen está assentado nele. Ele está acima dos céus dos céus.
É o Senhor Jesus, como um cordeiro ensanguentado que abre e rompe os sete selos.
João não precisa mais chorar, chegará o dia em que será tirado dos nossos olhos toda lágrima e não haverá mais morte, pranto, choro e dor.
Quanto a isso não sabemos quantos querem pagar o preço do anonimato; assim como as estacas do tabernáculo; são as únicas peças que não aparecem. Todavia sem elas o tabernáculo não poderia ser sustentado; simples estacas, mas são feitas de bronze, o material que representa a justiça de Deus.
Quantos não tentarão usar o argumento dos sinais, todavia sem o testemunho diante do Senhor no Seu tribunal alegando que expulsaram demônios, que curaram e até profetizaram em nome do Senhor e terão que enfrentar a dura realidade da resposta solene do Senhor: “Eu nao vos conheço”, ou seja, no literal “Vocês nunca tiveram intimidade comigo”.
A ausência da profunda intimidade com o Senhor desqualifica completamente aquilo que fazemos; todavia o conteúdo permanece, ainda que seja em uma talha de purificação. O objeto é impróprio para armazenar vinho, não foi feito para isso, era usado para a purificação dos judeus em seus ritos.
Isso é o que somos; uma estrutura de ritos e cerimoniais. Como gostamos do formalismo, como enfatizamos tanto a evidência de sinais e não devemos também esquecer de uma busca desenfreada por sabedoria.
Deveríamos tão somente dar a devida atenção ao Uníco que tem valor em nós, que é a pessoa bendita do Espírito Santo. O que Ele realiza tem a Sua aprovação. Mas quanto ao vaso, está a responsabilidade do relacionamento íntimo.
Em outra passagem bíblica os discípulos estão atravessando o mar da Galiléia de uma banda para outra, a uma distância de menos de 15 kilômetros. Uma tempestade vêm sobre eles e naquele momento de provas e lutas, pois se passaram horas e todavia não tinham chegado nem na metade do caminho. E é evidente que qualquer um naquela situação estaria clamando em oração para cessar a tempestade.
O evangelho de Marcos relata que o Senhor vinha sobre as águas. Um prodígio e tanto para os nossos olhos! É nessa hora de prova que o Senhor permite revelar qual é o nosso ângulo de visão. Se perdemos a visão correta Dele, começamos a ver fantasmas em tudo; surge um desequilíbrio místico, começamos a buscar sinais em tudo.
As provas, muita das vezes, revela o nosso campo de visão, que pode estar turvo e embaçado. Já não distinguimos se são homens ou árvores, se é o Senhor ou um fantasma, pois estamos passando muito tempo crendo apenas em um Cristo de milagres e esquecemos que Ele é Rei, servindo como escravo, e é Deus, sendo Filho do homem.
È o Cristo que cura e também o que não cura, permanecendo Deus todo poderoso e soberano.
E o Senhor vendo a tempestade sobre os discípulos tem o desejo de passar adiante deles.
Oh! Quanto necessitamos aprender a confiar Nele, mesmo sobre uma dura tempestade, mesmo que não haja sinal algum, mesmo que Ele não esteja no barco, ou esteja dentro dele. Ele tem o controle de tudo, e o desejo Dele é que possamos enfrentar as provas sabendo que Ele vai a frente, mesmo que em algumas situações, seja no vale da sombra da morte. O pastor das ovelhas nunca vai atrás como se estivesse empurrando as ovelhas. Ele sempre conduz indo a frente de tudo, com a Sua vara e o cajado para nos proteger das feras deste mundo; não estamos sozinhos, e no Seu profundo amor e paciência, porque Ele tinha o desejo de passar adiante, então pelo temor dos discípulos, Ele retorna, entra no barco e acalma a tempestade.
Quando não reconhecemos o Nosso Senhor nestes momentos de prova, perdemos a oportunidade de avançar em um estágio importante da nossa vida cristã.
Até quando estaremos atrás dos sinais, de profetas, profecias e outras coisas mais que com nossa atitude anulamos o senhorio de Cristo?
Parece que damos mais importância ao milagre da água transformada em vinho na qual já não distinguimos mais se o vinho é bom ou não, pois estamos debaixo de uma embriaguês de conhecimento sem prática, anulando o Único que é dono e superior ao próprio milagre.
Por outro lado encontramos também homens na posição do noivo das bodas de Caná, que tomam para si toda a glória do milagre do vinho, com o seu silêncio diante da pergunta do mestre sala.
O Senhor Jesus enfatiza em Mateus que muitos fariam sinais e maravilhas e que se fosse possível, enganariam até os escolhidos.
A questão é vivemos pelos sinais?
Ou tão somente vivemos em busca de uma realidade espiritual profunda com o Senhor para que, nos momentos de crise, possamos tão somente confiar Nele, pelo que Ele é e não pelo que Ele faz.
Se Ele não faz, não importa. Ele continua sendo o mesmo.
Como aqueles três jovens diante da fornalha “Se o Senhor quer nos livrar do fogo, amém, senão amém”.
Quando o Senhor estava no horto, Pedro retira a sua espada e corta a orelha de Malco, todavia o Senhor fala que bastava pedir uma legião de anjos e que tudo estaria resolvido. Imagine você: apenas um anjo fez um destruição terrível no arraial dos filisteus, quanto mais uma legião!
Não são os sinais que devem governar a nossa vida, e sim Cristo!.
Haverá momentos em nossa vida que deveremos nos calar diante das situações e procurar descansar tão somente Nele.
Imagina se Paulo em Filipos reivindica sua cidadania romana. Por certo ele não seria preso. Mas ele não reivindicou pois era sujeito ao governo do Espírito Santo que sabia muito bem o que tinha em Filipos. No seu silêncio, juntamente com Silas são presos e açoitados, e quando estão louvando ao Senhor um grande tremor de terra abala as estruturas da prisão e acontece algo mais importante do que aquele poderoso sinal: temos a conversão do carcereiro e sua família. Nasce ali a igreja em Filipos. Quão grandemente abençoados somos hoje pelo silêncio de Paulo. Temos a carta aos Filipenses.
Somente em outra ocasião Paulo usa o direito de sua cidadania.
Há momentos que devemos nos calar e outros que devemos falar.
Necessitamos de uma vida governada pelo Espírito Santo.
Apenas um sinal, diz o Senhor referindo-se ao profeta Jonas.
Jonas tem a sua jornada no ventre de um grande peixe, mas o Senhor teve a Sua jornada nas entranhas da terra experimentando a morte.
E Ele, sendo Deus, passa pela morte, aguardando o chamado celeste do Pai para a ressurreição.
Este é o maior sinal.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

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Irmãos em Cristo Jesus.

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Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

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