domingo, 20 de maio de 2012

Restaurarás o Reino Agora?- Arcadio Sierra Diaz

Então, irmãos, quem escreve isto que aparece em Apocalipse? João, um dos doze apóstolos do Senhor Jesus Cristo. Quem escreveu o que temos lido anteriormente? Pedro, outro dos doze. Mas o curioso é que eles mesmos, João, Pedro, Mateus, Felipe, André, Tiago e demais discípulos, já chegada a hora da ascensão do Senhor, se aproximavam do Senhor para fazer uma pergunta. O Senhor os havia convocado a que se reunissem no monte das Oliveiras, mas eles, antes que o Senhor ascendesse ao céu, lhe fizeram uma pergunta. É possível que todos esses dias houvessem estado à expectativa de cada palavra, de cada movimento do Senhor depois de haver ressuscitado. Que glória, que dias aqueles! O que virá agora, João? O Que poderá suceder nestes dias, Pedro? e perguntaram diretamente a Ele. Se não for agora, poderemos ter outra oportunidade? "6 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que
restaures o reino a Israel?" (At. 1:6). Eles, seus íntimos amigos e discípulos, tinham essa preocupação; eles sabiam acerca das promessas de Deus sobre o reino. E também criam que Jesus era o verdadeiro Rei messiânico; logo foram testemunhas de como o Senhor se entregou para que o matassem; que voluntariamente se entregou para que o julgassem e o levassem à cruz, pois também, Ele poderia esquivar e fugir com seus discípulos; ir longe. Pedro mesmo havia insinuado (cfr. Mateus 16:22). Tudo isso puderam estar eles pensando dias antes. Mas se deixou matar. Bom, ressuscitou. Aleluia! Mas, o que segue agora? Agora vemos que ele vai. Isto o que é? Há algumas coisas agora que não entendemos. Por isso perguntam ao Senhor ressuscitado e nas portas da ascensão, se ele ia restaurar o reino a Israel nesse tempo.A pergunta dos discípulos do Senhor Jesus, quanto à restauração do reino, é legítima e correta, tendo em conta que eles conheciam muito bem as profecias do reino messiânico prometido a Israel, reino para o qual seria restaurado o trono de Davi, e ocupado por um descendente direto dessa linhagem real. Mas o que ignoravam os discípulos do Senhor era que o Senhor Jesus haveria de chegar à glória do reino através da cruz e mediante a prévia edificação da Igreja, pois, como era (e segue sendo) a pauta em geral dos judeus, eles não viam na profecia bíblica senão uma só parousia do Messias. Os israelitas não tem vislumbrado ainda que na primeira vinda o Messias teria que submeter-se ao sofrimento e à morte, logo de sua ressurreição viria a glorificação, e mediante a vinda do Espírito Santo, conformar um corpo elite que estaria reinando com Ele, e por fim regressar em glória e poder a estabelecer o reino, conforme as Escrituras.Mas, irmãos, meditemos nisto. A eles, aos judeus, levaram cativos a Babilônia, e mesmo que um remanescente regressou em tempos dos medos-persas, seguiram sob o domínio estrangeiro; logo vem um terceiro império mundial governado pelos gregos, e seguem sob o domínio estrangeiro. Inclusive o historiador Flavio Josefo narra em um de seus livros, como receberam apoteoticamente a Alexandre O Grande em Jerusalém, mas ele não disse aos judeus: Venho a dar-lhes a liberdade, não; vocês seguirão sob meu jugo.*(2) Então nos tempos da Babilônia os judeus estavam abaixo do domínio estrangeiro; nos tempos dos medos-persas, também; abaixo do governo grego, também; abaixo dos romanos, também, e nada que Deus restaura o reino. Estava Deus fazendo algo para restaurar o reino? Claro que sim, mas a seu devido tempo. Já havia se manifestado o Rei, mas faltava algo. Seus discípulos não entendiam os movimentos de Deus, e por isso lhe perguntam: Senhor, restaurarás o reino a Israel neste tempo? Como quem diz: Vimos-te ressuscitar, vimos teu poder, como ressuscitastes, como transpassas as paredes, como te fazes invisível, como logo restauras tua visibilidade, como comes a vontade, como caminhas ou voas se quiseres; logo tu tens poder para restaurar o reino a Israel neste tempo. Cremos que tu és o Rei. O restaurarás? Já te vais. O que é que está impedindo? Eles não entendiam nada, irmãos, devido a que eles viam tudo isso através de uma lente muito humana, como pensando: Bom, o Senhor pode agora chamar para acertar contas a todos aqueles que o crucificaram; pode chamá-los ao jugo e subjugar a Pilatos e a todo o império romano, incluindo o césar romano. Aqui estamos nós para governar contigo. O que impede agora?
*(2) Flavio Josefo. Antigüidades dos Judeus. Tomo II. Cap. VIII, 5, p. 256.
Mas eles não sabiam que o reino de Deus é diferente. Ao reino de Deus tem que se ver e compreender profundamente; e a carne não pode ver nem muito menos entrar nesse reino. A mente carnal não pode compreender o reino de Deus.*(3) Quando o espírito de Adão morreu sem haver comido da árvore da vida, senão que em troca havia comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, o espírito se apagou e, em contrapartida, começou a erguer-se e a crescer a alma; e quando a alma se engrandece, seu centro neurálgico é o ego, o eu. Esse constitui o centro da alma. Tu que opinas? Eu não quero Isso; eu prefiro este outro. Eu sou o que mando. Eu sou Hitler, e vou dominar o mundo. Essa é a alma humana. Por isso diz o Senhor: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mt. 16:24). Decide-se não fazê-lo, não pode seguir a Cristo; não o entende. O eu e Cristo não podem caminhar juntos a menos que haja uma renovação da alma. Diz Paulo que as coisas de Deus a carne não pode entender; ou seja, o homem natural ou o crente carnal;*(4) e a alma é a parte da carne quando não tem sido renovada. Falando do reino de Deus, disse o Senhor a Nicodemos que ninguém pode ver o reino, nem muito menos entrar nele a menos que nasça de novo para esse reino; deve experimentar um novo nascimento, de cima, para que possa a vida de Deus entrar em seu espírito e dar a vida incriada; e assim poderá ver coisas que nunca antes havia podido ver.*(5)
*(3) Cfr. 1 Coríntios 2:14
*(4) Cfr. 1 Coríntios 3:1-4
*(5) Cfr. João 3:1-7

Nós, pela misericórdia do Senhor, temos chegado a ter a vida de Deus, então podemos ver o reino de Deus; devemos, pois, ver o momento crucial que estamos vivendo, e não seguir navegando no barco de nossa alma. Embarquemo-nos com o Senhor; entremos no reino de Deus. Eles quiseram ver estabelecido o reino de Deus nesse tempo. Mas nesse momento quem poderia compreender? Quem conhecia a Cristo? Quem? Nem sequer eles mesmos o conheciam bem. Para eles conhecer a Cristo tiveram que receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes; e quando eles receberam o Espírito no dia de Pentecostes, neles houve uma verdadeira revolução, e se lhes tirou dos olhos um grosso véu, e puderam ver a realidade de quem realmente eram eles, de quem era Deus e Seu Cristo, de quais são os propósitos de Deus.As vezes nós nem sequer nos assomamos a meditar nessa realidade e pensar no poder que temos. Diz Mateus 12:28: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós". Isso só pode realizar uma pessoa que tenha o Espírito de Deus, e esteja dentro dos parâmetros do reino de Deus. Porque o outro reino, o das trevas, já está julgado e vencido; seus dias estão contados. O decreto já foi expedido contra Satanás e as hostes espirituais de impiedade. "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso" (Jo. 12:31). Diz o irmão Pember: "Esta sentença ainda não tem sido aplicada; mas acontecerá, aparentemente, quando Satanás for amarrado e lançado por mil anos ao abismo (aquela profundidade ardente no centro da terra), que, segundo a Escritura, é o cárcere dos que morrem perdidos. Assim, ele sofre a primeira morte durante o Milênio e, depois, a segunda, ao ser lançado no lago de fogo e enxofre (veja Is. 24:21,22; Ap. 20:1,2; 20:14)".6 Vemos que a sentença foi pronunciada, mas Satanás não tem sido destituído de seu cargo governamental nem despojado de seu título de príncipe deste mundo, até que seja acorrentado e lançado ao abismo; entretanto os vencedores na Igreja estão no reino de Deus, e representam o poder e a autoridade de Deus, sobre todas as trevas.
*(6) George Hawkins Pember. "As eras mais primitivas da terra". Cap. 2, pág. 59
Voltamos a Atos 1:6. Aí há algo que o Senhor nos quer dizer. "Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Ali não se reuniram quaisquer pessoas; se reuniram o Senhor e Seus discípulos mais íntimos. Perguntaram-lhe: "será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Como se dissessem, seguiremos nós sob o jugo romano? Isso era o que eles pensavam. Não temos por que especular, mas às vezes fico pensando coisas e me coloco na cena dos quadros bíblicos. Depois de três anos e meio de estarem escutando do Senhor tantas parábolas onde lhes dizia que era necessário que Ele se fosse e enviasse Seu Espírito e mais tarde voltasse para estabelecer Seu Reino, etc., e agora saem com essa pergunta. Bom, mas o Senhor, com paciência e muito amor, responde aparentemente com uma evasiva, dizendo: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade". Não compete a vós saber os cronos ou os kairós, os tempos ou as épocas que o Pai pôs em sua exclusiva autoridade. O Pai tem tudo bem planejado; mas para que ocorra tudo o que vocês me estão perguntando, para que se estabeleça o reino, é necessário que o dia que regresse Cristo, todos o vejam e saibam todos quem é o que vem, e, por ele mesmo, muitos correrão a esconder-se debaixo das pedras e nas covas dos montes. E saberão perfeitamente quem vem. Naquele dia da pergunta, ninguém sabia quem era Jesus de Nazaré, só uns pouquinhos. Para isso era necessário que primeiramente ocorresse a extensão desse conhecimento entre os homens, e por isso lhes seguiu dizendo: " 8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra".A restauração do Reino e exaltação do Rei messiânico só tem desenvolvimento e final cumprimento segundo o plano eterno e a sabedoria de Deus. Ali o Senhor fala de tempos e épocas (cronos e kairós). Deus sabe exatamente quando deve ocorrer tudo; Ele e só Ele sabe o tempo. Cada coisa deve estar pronta, disposta, tanto na história secular como na Igreja, e ainda nos âmbitos espirituais da maldade. Deus vai se revelando e dispensando-se ao homem no curso da história, a fim de que o homem objeto de sua revelação e de sua luz, esteja atento às manifestações celestiais, e Deus tem um tempo apropriado para o cumprimento de Seus propósitos. A colheita não se pode recolher senão até que esteja madura, e Ele sabe quando estará madura. O reino não pode se manifestar antes que os acontecimentos, a Igreja, a sociedade, o aspecto político e econômico do mundo, a globalização, a apostasia, o estado moral humano estejam em seu ponto. Antes da segunda vinda de Cristo, Ele tem que haver terminado de formar um povo que há de reinar. Para isso é necessário que o Senhor qualificasse os Seus discípulos, começando pelos doze, com a vinda do Espírito Santo, e lhes foram abertos seus olhos, e receberam poder para testificar, por todas as nações e através do tempo, que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Senhor que ressuscitou da tumba, e que há de vir a reinar. Quando eles formularam a pergunta sobre a restauração do reino, nesse momento o Senhor quis dizer com sua resposta: Agora, todavia não é o tempo; há tantas coisas que vocês devem saber; nada tem amadurecido, nem vocês mesmos; vocês mesmos devem abrir seus olhos, pois devem seguir semeando, " 8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra".A Bíblia diz que chegou esse poder a eles com a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, e houve um tempo quando Pedro ia caminhando, e traziam os enfermos, mas havia tanto o que fazer, e seguramente não havia tempo para atender um por um, então somente com a sombra de Pedro, os enfermos eram curados pelo poder de Deus (cfr. Atos 5:12-16). Quando veio o Espírito Santo, Seus discípulos começaram a dar testemunho verdadeiro do que realmente é Jesus Cristo. Enquanto regresso, vós dareis testemunho realmente do que é o reino; dareis testemunho realmente de qual é o poder de Deus. Dareis testemunho primeiramente em Jerusalém (a localidade onde estavam residindo), dareis testemunho na Judéia (a província onde viviam), em Samaria (a província vizinha) e até os confins da terra, chegando a mensagem a todos os continentes da terra, e chegou até a Colômbia, a Bogotá, e a Sogamoso, a Cúcuta, a Santa Marta e a Barranquilla. Chegou a nós este testemunho do Senhor Jesus; e agora o Senhor tem estabelecido em nós Seu reino. Agora em nós há uma realidade do reino; logicamente que quando Ele vier vai haver uma manifestação, mas hoje nós já vivemos no reino. Se nós queremos participar das bodas do Cordeiro e do reino milenar, devemos reinar desde agora com Cristo; que Ele reine sobre nós, e assim nós estamos reinando, sendo vencedores. E todos os entes das trevas tremam ante o nome glorioso do Senhor Jesus Cristo." 9 Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.10 E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles11 e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir ". Ao ser glorificado, o Senhor Jesus começou a reinar, sentado à destra de Deus, até que todos seus inimigos sejam postos por estrado de Seus pés (cfr. Mt. 19:28; He. 1:3; 10:12; Ap. 3:21). A seu devido tempo regressará a esta terra cheio de glória, poder e majestade. Que o Senhor Jesus abra nossos olhos para que possamos vê-lo e vivê-lo, e levá-lo profundamente conosco a uma realidade.

El Buen Depósito- Gino Iafrancesco


  • EL BUEN DEPÓSITO 

    En el libro de Zacarías, profeta de la restauración, al igual que Hageo, leemos: “…he mirado, y he aquí un candelabro todo de oro, con un depósito encima, y sus lámparas encima del candelabro, y siete tubos para las lámparas que están encima de él; y junto a él dos olivos, el uno a la derecha del depósito, y el otro a su izquierda” (Zacarías 4:2,3). 

    Desde el Génesis hasta el Apocalipsis, el Libro de Dios nos habla del propósito y del plan divinos, su desarrollo y consumación, todo centrado en el Misterio de Cristo. Las semillas fundamentales que son sembradas en Génesis y el resto del Pentateuco, son cosechadas en el Apocalipsis. Todos los pasajes que encontramos en la Biblia, por el mismo Espíritu que los inspiró, están ligados al hilo central del propósito y del programa divinos. Dios busca reunirlo todo en Cristo para que Dios sea contenido y expresado en gloria a través del Hombre Corporativo, Su esposa, que se consuma en la gloriosa Nueva Jerusalem, morada mútua de Dios y los Suyos. 

    Es así que vemos la revelación del candelabro en Éxodo 25:31-40 y otros pasajes del Pentateuco, relacionada a la cita antedicha de Zacarías, ambientada en Hebreos 9:2 y Mateo 5:15, y consumada en los candeleros del Apocalipsis. Se nos representa a Cristo manifiesto en el Pueblo de Dios, que en el Antiguo Pacto de figuras y sombras era Israel, y que hoy es la Iglesia universal, el cuerpo de Cristo, expresado en la iglesia de cada localidad o ciudad, según el Nuevo Testamento de realidades espirituales. 

    La Luz de Dios, cuyo esplendor es Cristo, brilla por el aceite del Espíritu, desde el depósito de la revelación divina, con plenitud séptuple, a través del organismo único que es Su cuerpo, el cual se asienta en cada localidad como la iglesia del lugar, para alumbrar también desde Dios a este mundo en tinieblas. 

    El oro del candelero representa la naturaleza divina, que ha de formarse en Su pueblo labrada a martillo; es decir, bajo la Palabra viva de Dios y el golpeteo de las circunstancias moldeadoras. El candelero es de una sola pieza, porque la iglesia es una y debe manifestar las características y la unidad de la naturaleza divina en la comunión práctica y visible del Espíritu de Jesucristo que alumbra por Su iglesia en cada localidad, a los ojos del mundo, para que éste conozca y crea (Jn.17:20-23). 

    He allí la responsabilidad nuestra para colaborar con Dios conforme a Su palabra, y para no escandalizar al mundo con otros nombres y caracteres que el de Cristo, estorbando el propósito del Altísimo. 

    En Zacarías leíamos del depósito que alimenta al candelabro. El suministro proviene del depósito. La Iglesia ha recibido de Dios, por Jesucristo, mediante el Espíritu de la Palabra, un depósito que debe conservar. “Guarda el buen depósito por el Espíritu Santo que mora en nosotros”, escribía el apóstol Pablo a Timoteo antes de morir (2Tim.1:14); “Lo que has oído de mi ante muchos testigos, esto encarga…” (2Tim.2:2ª). Ya en su carta anterior le había escrito: “…guarda lo que se te ha encomendado” (1Tim.6:20). 

    El ministerio y la Iglesia en general no están, pues, colocados para distraerse en ocurrencias múltiples y disímiles, sino para recibir, contener, penetrar, disfrutar y también guardar, suministrar y expresar el buen depósito de Dios, según el suministro del Espíritu de la santa Palabra. Esto debe hacerlo la Iglesia y el ministerio en unidad y con luz plena, séptuple; no en división, ni en parcialidades incompletas que perjudican el testimonio de Jesucristo. 

    Según Efesios 1:22,23, la Iglesia es el cuerpo de Cristo, la plenitud de Aquel que todo lo llena en todo. De manera que el contenido primero y fundamental del depósito que hace brillar a la Iglesia, es Dios mismo; lo que Dios es, y lo que ha planeado y hecho. Éste Dios se nos ha revelado por el Hijo que es Jesucristo. El Espíritu nos suministra, pues, lo que es del Padre y Cristo (Jn.16:13-15; y 14:23). 

    En Cristo vemos, no solo a la naturaleza divina, sino también a la naturaleza humana perfecta. Vemos en Cristo Su kenósis o anodadamiento y despojamiento; vemos Su encarnación desde la concepción virginal en el vientre de la virgen María. Vemos Su nacimiento, Su crecer humano en estatura, gracia y sabiduría, vemos Sus pruebas y Su vivir humano perfecto, Sus muy significativas y abarcantes crucifixión, sepultura, resurrección, ascención, mediación, gobierno y regreso. Cada uno de estos ítems es riquísimo y se relaciona al depósito de la Iglesia. Lo es también la realidad, el suministro y la obra completa del Espíritu. 

    En esta breve panorámica a vuelo de pájaro del buen depósito que ha recibido la Iglesia, captamos que sus primeros y fundamentales contenidos son la verdad de Dios y el mismo Dios de la verdad; la verdad de Cristo y el mismo Cristo que es la verdad; la verdad del Espíritu y el mismo Espíritu de la verdad; la verdad de la salvación y la misma experiencia y realidad de la verdadera salvación y liberación. Vemos también que la plena salvación es la recuperación total de hombre para el propósito eterno de la Deidad. Ese propósito, y todo el programa de la economía, o dispensación, o administración del Misterio antes oculto en Dios, es también ahora contenido del depósito, pues la Luz Divina de la Sagrada Revelación nos muestra quien es Dios, qué quiere, y hacia dónde va; también nos muestra cómo va hacia el pleno desarrollo y cumplimiento en nosotros de Su meta. Aquí se incluye también todo el ingrediente profético. 

    La meta de Dios para con nosotros, la cual debe llegar a ser nuestra meta, es ítem fundamental del depósito y de la economía del Nuevo Testamento. El Evangelio y el Misterio de la Economía Divina están intimamente relacionados al hombre, como también a todas las cosas. Por lo tanto, la verdad acerca del hombre, el para qué y el cómo de su creación, su constitución tripartita, es decir, en espíritu, alma y cuerpo, su caída y condición, su recuperación completa en Cristo, su configuración individual y corporativa a Cristo en la Iglesia, su destino final, etc., todo esto cabe dentro de los ítems importantes del depósito. 

    Al lado del hombre, considéranse también todas las cosas; la verdad de la vieja y de la nueva creación, su estado y propósito; la realidad angélica, la obra y la caída de Lucero, sus ángeles y el mundo, junto con su juicio, por sus etapas. 

    Entonces, la mima Iglesia, como parte fundamental del programa divino, y como la edificación de Cristo, victoriosa en Él sobre las puertas del Hades, en su doble aspecto: universal y local, su naturaleza, función, practicalidad, etc., es ítem básico del depósito, pues éste depósito es el suministro especial para la luz de ella, y está relacionado a la función de la Iglesia inseparablemente. Entonces, todo lo relacionado al reino y a la consumación, con todas sus minucias mayores y menores, se relacionan al depósito. 

    Todas las doctrinas y minucias menores, que tienen su lugar secundario en la Palabra, en relación a lo más fundamental, de parte de Dios, no deben dejar de relacionarse por nosotros a lo primero y central, en su debido lugar y ubicación. Muchas veces, son estas minucias tratadas desubicadamente, las que distraen y perjudican la misión principal y fundamental de la Iglesia, según el propósito y la Palabra divinos. Descubramos, pues, el buen depósito, y ahondémosnos en él, guardándolo, porque sólo él es el suministro que hace brillar la Luz de Cristo en la Iglesia. 

    Ante el depósito de Dios no podemos pretender ser originales, ni individualistas. Debemos, más bien, recibir, conservar, penetrar y trasmitir corporativamente el río pleno del Espíritu de verdad de la Palabra, el buen depósito que nos ha confiado Dios, y el cual, conteniéndole a Él y a Su obra, es patrimonio de la Iglesia universal en pleno. La verdad es una, y nos necesitamos todos, unos a otros, en Cristo, para contenerla y expresarla completa y apropiadamente, cual casa espiritual de la plenitud de Dios (Ef.3:18,19). Nuestro individualismo, o nuestro provincialismo congregacional, ajenos a la realidad y plenitud del depósito, y a la edificación conjunta del cuerpo, perjudican y mutilan el testimonio de Jesucristo. Aunque la administración de cada iglesia particular de localidad es local, un candelero por ciudad, sin embargo, el oro y la luz de todos ellos son lo mismo universalmente, puesto que se refieren a la naturaleza y gloria divinas. 

    Todo esto es apenas una consideración panorámica e incompleta, que obviamente debe completarse y complementarse en y por el cuerpo de Cristo, mediante el Espíritu. 

    Gino Iafrancesco V., 1985, Bogotá, Colombia.

A Mensagem à Igreja em Laodicéia- Gino Iafrancesco

A MENSAGEM À IGREJA EM LAODICÉIA 

“E escreve ao anjo da igreja em Laodicéia: Tenho aqui o amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus, diz isto”. Apocalipse 3:14. 

Laodicéia é o escorregamento de Filadélfia 

Vamos durante este tempo, estudar um pouco a palavra do Senhor. Hoje estamos chegando à sétima igreja, das sete desta profecia de Apocalipse 2 e 3. Hoje estamos chegando à consideração da igreja em Laodicéia. Apocalipse capítulo 3 desde o versículo 14. Se esta é a última das sete igrejas pelas quais o Senhor profetiza, quer dizer que esta igreja representa à igreja dos últimos tempos e é uma mensagem bastante séria. Eu não sei qual seja mais sério, se a de Tiatira ou a de Laodicéia; de qualquer jeito, a de Tiatira, que é tão grave, não foi lhe dito que poderia ser vomitada de Sua boca, mas a Laodicéia sim, se não se arrepender; ou seja, que esta última mensagem dada às igrejas, representando à igreja contemporânea, é uma mensagem séria; não há outra igreja depois desta; esta representa a última, a igreja dos tempos finais. A igreja de Éfeso representa aquele período apostólico imediatamente depois do apostolado original; a igreja em Esmirna representa o período das perseguições; a igreja de Pérgamo representa aquele período depois das perseguições, a partir de Constantino, quando a igreja e o Estado começaram a juntar-se e o cristianismo adotou parte do paganismo e o paganismo se cristianizou por fora, mas sem uma verdadeira conversão; depois a igreja em Tiatira representa aquela da idade média, aquelas épocas escuras da chamada “Pornocracia”, que não vamos falar dela; depois a igreja de Sardes representa à igreja da Reforma que saiu daquele período de escuridão, mas que não completou as coisas que deviam ser restauradas. 

Por fim, a igreja em Filadélfia representa aquela visão no corpo de Cristo que supera as divisões denominacionais; uma igreja missionária, uma igreja cristocêntrica, uma igreja bíblica, uma igreja à qual o Senhor abre a porta. Mas encontramos que o Senhor nesta passagem que vamos ler, dizer à igreja em Filadélfia (3:11): “Eis que cedo venho; retém o que tens, para que ninguém tome tua coroa”; isto é, que era necessário que, o que o Senhor revelou a Filadélfia para superar a condição de Sardes, deve ser retido. Os vencedores o retêm, mas os que não o retêm caem numa situação que depois é expressada em Laodicéia. Laodicéia representa o escorregamento de Filadélfia porque Laodicéia já não é outra vez o protestantismo clássico que está representado ali em Sardes. Aqui, Laodicéia vem depois das revelações claras da centralidade de Cristo, da palavra de Deus, da unidade do corpo de Cristo, guardar a palavra da paciência, levar a cruz do Senhor; isto foi já revelado no período de Filadélfia e os vencedores chegarão até o fim: “Eis que cedo venho, retém o que tens”; isto é, os vencedores na posição de Filadélfia serão assim achados na vinda do Senhor; terão na vinda do Senhor pessoas que estarão na posição de Filadélfia espiritualmente falando, bem como terão pessoas que estarão na posição de Tiatira; a Tiatira é menciona a segunda vinda do Senhor, portanto, terão pessoas que serão achadas na situação católico-romana que é expressada por Tiatira, outros achados na situação de Sardes, do protestantismo; outros achados na situação de Filadélfia. Mas alguns deslizaram, não reteram o que o Espírito já deu à igreja e entraram numa questão que está aqui descrita como vamos ler em toda esta mensagem do Senhor a Laodicéia, que retrata de maneira profética estes tempos. Eu creio que, o que o Senhor diz aqui à igreja em Laodicéia é bastante sério. Então vamos fazer o seguimento desta mensagem a Laodicéia. Primeiro lhes digo que quanto à crítica textual não existem variações nos manuscritos; todos os manuscritos dizem bem como aparece nesta tradução, de maneira que não é necessário fazer aclarações a respeito. 

Profundidade histórica de Laodicéia 

Façamos a primeira aclaração quanto à cidade de Laodicéia. A cidade de Laodicéia foi fundada no século III antes de Cristo, por volta do ano 250 a.C., por um rei chamado Antíoco II, Seleuco Antíoco II, da dinastia dos antíocos; no caso dele, dos seléucidas de Antíocos, antes que se dividissem. Ele teve uma esposa que ele amou muito, que se chamou Laodicé; então ele fundou a cidade de Laodicéia em honra de sua esposa Laodicé. Há seis cidades chamadas Laodicéia, fundadas em honra a Laodicé, mas que são distintas uma das outras, porque esta é Laodicéia de Lico; há um rio chamado Lico e esta cidade fica ao sul do rio Lico, na Ásia Menor; esta de apocalipse, portanto, é conhecida como Laodicéia de Lico; ou seja que as outras Laodicéias não têm nada a ver com esta; esta é a cidade que foi fundada por Antíoco II no século III antes de Cristo. Esta cidade chegou a ser uma cidade muito forte durante o império romano, que foi o império que surgiu depois da era dos Antíocos. Digamos que os Romanos, como diz Daniel 11, tiraram a hegemonia dos Antíocos e estabeleceram a hegemonia romana. A cidade de Laodicéia fica num cruzamento de importantes vias, de maneira que chegou a ser uma capital muito grande; Laodicéia chegou a ser uma cidade rica, uma cidade comercial, uma cidade bancária, uma cidade onde tinha muitas indústrias, uma cidade onde se produzia muita roupa; era uma cidade rica, era uma cidade próspera; todas as principais estradas passavam por Laodicéia, tanto as que vinham do norte, como as do oriente, como as de ocidente, juntavam-se ali e todo o comércio se centralizava, de tal maneira que Laodicéia com o tempo chegou a ser como uma espécie de metrópoles que tinha 20 aldeias dependendo dela e se lhe chama nos documentos antigos: “Metrópoles de Laodicéia”. Exteriormente Laodicéia era uma cidade próspera, uma cidade rica, uma cidade de banca, de muitos estabelecimentos bancários, comerciais, industriais, e as pessoas seguramente estavam muito felizes; ali tinha trabalho, tinha dinheiro, tinha uma vida fácil na parte econômica. 

Um grande terremoto 

O curioso é que esta cidade foi várias vezes sacudida por contínuos terremotos até que foi destruída completamente; hoje em dia não existe a cidade de Laodicéia; Laodicéia foi varrida por um terremoto, a única coisa que ficou, foi umas ruínas, que ficam na Turquia, e os muçulmanos lhe puseram um nome muçulmano, que quer dizer “Castelo antigo”, na palavra muçulmana traduzida; ou seja, os restos de um grande castelo que tinha existido; isso é a única coisa que sobrou, isto é, foi totalmente destruída por sucessivos terremotos até que teve um que a derrubou de tal maneira, que nunca mais a voltaram a reedificar. É curioso porque a Bíblia, que fala do juízo do Senhor sobre Babilônia no tempo final, também diz que o Senhor se lembrou de Babilônia, e se elevou a ira no cálice e derramou o cálice, a sétima taça sobre Babilônia; diz que veio um terremoto a nível mundial, que arrasou com a grande cidade que era Roma, Babilônia, e com as outras cidades; inclusive mudou a geografia; muitas ilhas desapareceram, muitos morros mudaram de lugar. Isso é o que está profetizado ao final sobre Babilônia, sobre o que é a Laodicéia final, o que chegará a ser o ecumenismo final, com uma mistura de cristianismo com ocultismo e com outras coisas. Laodicéia antiga foi destruída por um terremoto, e a igreja final, o cristianismo infiel do tempo do fim, será destruído também por um terremoto mundial. Então, vejamos como a história qualifica a profecia. 

Os direitos do povo 

Agora sim, vamos ler a mensagem. Como não tem comentários textuais ou variantes textuais, vamos seguir lendo e comentando; primeiro o leremos e depois seguiremos comentando. Apocalipse 3:14 a 22. Faremos a leitura primeiro, de uma só vez, para que o Espírito fale a cada um de nós, e depois voltaremos e comentaremos, com a ajuda do Senhor: “E”; se dão conta, que não tinha dito até aqui “E”? Sempre era vírgula: Escreve ao anjo da igreja em Éfeso; escreve a Esmirna; escreve a Pérgamo, mas agora diz: “E”, como quem diz, depois de tantas vírgulas, esta é a última conjunção, então é a final: “E”. Esta palavra “E” é a palavra grega kai, que pode ser traduzida por: também ou finalmente ou por fim. “14E escreve ao anjo da igreja em Laodicéia”; quer dizer que existe um espírito tipicamente laodizaico dentro da cristandade, que está representado logicamente nas lideranças; mas o Senhor se dirige precisamente a esse espírito que caracteriza o que se pode chamar a época de Laodicéia. “14E escreve ao anjo da igreja em Laodicéia”. O que significa a palavra Laodicéia? A palavra Laodicéia vem de duas palavras gregas que são: laos e dikesis, que significam: Laos, o povo, os laicos; a palavra laicos vem de laos que é a palavra que significa o povo, e dikesis, que é a palavra que significa justiça ou direito. Se você escuta a palavra “teodicéia”, quer dizer: o direito divino; mas a palavra Laodicéia, são os direitos humanos, os direitos do povo; quer dizer que a palavra Laodicéia está representando a época final; e é curioso que o nome da palavra nomeia o espírito da época e é o espírito dos chamados “direitos humanos”. Quando foi que se tivemos notícia de que se tenha insistido tanto nos assuntos dos direitos humanos como nos últimos tempos? Digamos, desde a revolução francesa e da revolução americana pra cá, digamos assim, que começou a ser introduzido o espírito dos direitos humanos. Não é que tenha um pouco de mau nos direitos humanos, só que as vezes os direitos humanos pretendem ir além do direito divino, como se tivesse direito de negar a Deus, como se tivesse direito de negar a autoridade de Deus, como se tivesse direito de negar a palavra de Deus. Chegou a época em que as pessoas pretendem ter mais direitos legítimos. 

A última palavra às igrejas 

Quando dizemos que o espírito de Laodicéia é um espírito que o Senhor repreende, não queremos dizer que o Senhor não quer os direitos humanos. O que Ele não quer é que exista uma anarquia onde não seja reconhecida a autoridade da palavra do Senhor, Amém? Mas fixem-se em que só na palavra “Laodicéia”, se nos está mostrando o espírito tumultuoso, o espírito anárquico, o espírito competitivo do tempo do fim. Não foi assim em Tiatira. Tiatira foi terrível, mas Tiatira foi ditatorial; teve uma ditadura césaro-papista na Idade Média; também compare-o com essa época e você se dará conta de que Laodicéia e Tiatira são completamente diferentes, Amém? Como fala o Senhor então a Laodicéia? Ele está dando aqui a última palavra às igrejas; é a última palavra do Senhor às igrejas; depois vai falar dos selos, das trombetas, das taças da ira, mas aqui Ele está falando às igrejas, e é a última palavra do Senhor às igrejas, e por isso a nenhuma outra igreja Ele se apresenta como o Amém; mas aqui Ele está terminando; então olhem como se apresenta à igreja: “Isto diz o Amém...”; ou seja, a última palavra, assim é, assim seja, o Senhor é o Amém. Nos profetas, Deus é chamado de o Deus do Amém; é como dizer, o Ômega. Bem, como o Alfa é o princípio, a Ômega é o fim; o Senhor é o princípio e o fim; então sempre ao final se diz amém. Mas o Senhor diz que Ele é o Amém; ou seja, que Ele tem a última palavra; e esta é a última palavra à igreja em sua história universal. 

O princípio da criação de Deus 

Então diz o Senhor: “Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus, diz isto.” Esta expressão do Senhor também como o princípio tem criado dificuldades de entendimento a alguns; porque tinha dito o Amém e agora diz: o Princípio; em outras partes tinha dito o Primeiro e o Último, o Alfa e a Omega, o Princípio e o Fim; agora, como está ao final, diz primeiro o Amém, mas depois diz: o Princípio; porque Ele não é somente uma coisa, senão a outra, o que é o final é o que é o princípio. “O princípio da criação de Deus.” Esta expressão deu lugar a alguns maus entendidos, porque se interpretou de maneira isolada do resto da revelação. Que o Senhor Jesus Cristo se apresenta como o princípio da criação de Deus, não quer dizer que Ele seja a primeira criatura de Deus, porque Ele é Deus mesmo. No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. A expressão “o princípio da criação de Deus” quer dizer que por meio dele todas as coisas foram criadas, que nada tem origem sem Ele. “Todas as coisas por ele foram feitas, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo. 1:3). Isso quer dizer que o Senhor, que é o Amém, é também o princípio da criação de Deus. Se tomamos a criação de Deus no sentido antigo, desde o nada até a existência, à nova criação, nos dois sentidos Ele é princípio da criação de Deus; tanto da velha como da nova; as duas são a criação de Deus; Ele é a origem de todas as coisas; sem Ele nada tem existência; agora este é o que fala; ou seja, este é o diagnóstico do Senhor à cristandade dos últimos tempos, a última palavra de Deus à Igreja. 

Vomitar-te-ei da minha boca 

“15Eu conheço tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem deras fosses frio ou quente! 16Mas porquanto és morno, e não frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”. Palavra seríssima do Senhor; nunca o Senhor tinha falado palavras tão fortes. Que coisa mais desagradável é o vômito! Mas ser considerados como algo que lhe produz ao Senhor vômito, quer dizer que é algo que o Senhor considera asqueroso. 

O que é o que o Senhor considera tão asqueroso? A indiferença, que não é nem água e nem limonada, nem fu nem fa; o Senhor quer que seja bem definido; Ele prefere que seja frio a que seja morno. Agora, que quer dizer frio? Frio quer dizer que não tem força, que não tem ânimo; Ele prefere que uma pessoa lhe diga: Senhor, não tenho forças, não sei nada; se tu não me ajudas, não posso nada; ou que esteja fervente, quente, em espírito, servindo-lhe, em verdadeiro espírito e verdade. Ele prefere que estejamos servindo do todo coração ou que estejamos reconhecendo nossa total impossibilidade, nossa total frieza e que estejamos a seus pés reconhecendo que não somos nada; mas o pretender ser e não ser; pretender que sejamos quentes, quando não somos tão quentes, somos mornos, isso ao Senhor lhe resulta em algo difícil. Sempre as coisas mornas são usadas para provocar vômitos; sempre se associou o água morna para produzir vômito. “16Mas porquanto és morno, e não és frio nem quente, te vomitarei de minha boca”; isto é, não posso engolir-te, não posso suportar-te nesta situação; como quem diz: se não vences isto..., graças a Deus que há vencedores da situação de Laodicéia, mas se não vences, que galardão vais ter? O galardão é para os que vencem; se não venceres, vomitar-te-ei de minha boca, não posso engolir-te, não posso aceitar-te nessa situação de indiferença. Que o Senhor nos ajude. A nenhuma outra igreja se chamou de morna, mas só a Laodicéia; quer dizer que o cristianismo dos últimos tempos não é um cristianismo consagrado; as pessoas se dizem cristãs sem serem verdadeiramente cristãs. Fixem-se no que o Senhor explica o que é a indiferença: “Porque (essa palavra “porque” aí está explicando a indiferença) tu dizes...” Ai, ai, ai! Aqui o Senhor está profetizando qual seria a confissão positiva da cristandade dos últimos tempos. Fixem-se: “tu dizes”; essa é uma confissão positiva; não está dizendo: sou magro, sou débil, preciso tua ajuda, não; sem ser verdadeiramente forte, está confessando coisas que não são. Quando em outra época se tinha ouvido falar tanto dos direitos humanos, da confissão positiva e da teologia da prosperidade como nesta época? Nenhuma outra época teve esta ênfase, mas por todas as partes que você for, você liga um televisor em programas de evangélicos e escuta uma quantidade de pregações de todas partes e esse é sua ênfase: confissão positiva, riqueza, propriedades, prosperidade, esse é a ênfase atual; e o Senhor já o tinha dito: “tu dizes”; essa é tua confissão; parece confissão positiva, mas o Senhor não ensina essa confissão; Ele diz que essa não é a realidade: “17Porque tu dizes: Eu sou rico, e me enriqueci”. Que outra época teve tanta riqueza, facilidades, geladeiras, aparelhos, tecnologia? “Tu dizes: Eu sou rico, e me enriqueci, e de nenhuma coisa tenho necessidade”. Se fosses frio, reconhecerias tua necessidade, mas não reconheces tua necessidade; está enganado, está enganando-se com sua própria auto-imagem que não é aprovada por Deus. “Dizes: Eu sou rico, e me enriqueci, e de nenhuma coisa tenho necessidade.” Que terrível é esta frase! O sentir-se satisfeito sem Deus, o sentir-se satisfeito com a riqueza material e não com Deus, isso é terrível. Dizes que não tens necessidade de nada, sentes-te satisfeito, estás feliz. Quantos parques há hoje em dia? Quando é que teve tantos parques como agora: como Disneylândia, Disneyworld, etc., televisão, novelas, distração? Ninguém tem que ter necessidade de Deus; “e não sabes”; isso quer dizer ignorância da realidade espiritual, uma época caracterizada pela ignorância espiritual. Pode ter cultura secular, cultura exterior, pode ser intelectual, mas não espiritual. 

Riqueza material, pobreza espiritual 

“Não sabes que tu és um desventurado”; um desventurado que diz ser rico, é melhor ser frio e dizer-lhe: Senhor, sou um desventurado; e saber que é um desventurado; então podes pedir-lhe ajuda, mas como diz que não é, sendo; sendo desventurado diz que é rico; Ele diz: “não sabes que tu és”; o Senhor diz: tu és um desventurado; ou seja, tua riqueza não é a verdadeira bem-aventurança; tua satisfação, tua comodidade, não é a verdadeira bem-aventurança. 
“Não sabes que tu és um desventurado, miserável, pobre”. À igreja em Esmirna que passava perseguições, o Senhor diz: conheço tua pobreza; mas entre parêntese lhe diz: mas tu és rico; ainda que tinha pobreza material, era rico espiritualmente; do contrário, este era rico materialmente mas pobre espiritualmente. Dizes que és rico, mas não sabes que és pobre; ou seja, estás enganado; o que tu consideras de valor, o que tu estimas, é um engano. Paulo dizia: o que eu estimava como ganho, agora o considero uma perda com o objetivo de ganhar a Cristo. Paulo viu, mas Laodicéia não viu. 

Que coisa séria é não ver! “Pobre, cego e nu”. Não vê; qualquer um vê sua vergonha, sua vergonha é pública. “18Por tanto, (aleluia! As últimas palavras do Senhor às igrejas) eu te aconselho que de mim (porque as riquezas que tens não são de mim, meu conselho é que de mim; tu dizes que és rico, mas essa não é verdadeira riqueza; verdadeiramente espiritualmente tu és pobre) compres ouro refinado em fogo”. Aqui o Senhor usa a palavra “compres”; quer dizer: paga o preço para ter a verdadeira riqueza espiritual. 

Comprar é pagar o preço 

Muita gente quer direitos humanos, quer riquezas, quer prosperidade; as palavras que sempre dizemos: saúde, dinheiro, amor, casa, carroça, bolsa, tudo fácil na terra, mas não quer a cruz, não quer o caminho estreito, não quer pagar o preço, e o Senhor a esta igreja lhe diz: “compres”; quer dizer: paga o preço, compra ouro; o ouro representa o metal mais valioso, que representa a natureza divina, o que é legítimo de Deus, o que é verdadeira riqueza espiritual. “Compres ouro refinado em fogo”; ou seja, o de Deus, que é capaz de passar a prova; o fogo é a prova; essa é a verdadeira riqueza, o que não se queima quando passa pelo fogo, essa é riqueza; mas o que se desfaz no fogo, o que quando vem a prova não permanece, é pura palha; mas o que passando a prova sobrevive, essa é verdadeira riqueza e essa se obtém com o pagar o preço; para obter do Senhor o que é o Senhor em nós e não nós somente. 

“De mim”, isto é, eu sou o que tenho este ouro, que passa a prova do fogo. Eu passei pela prova, passei pela morte, mas veja que Eu vivo; compra, paga o preço para ter o meu e não te enganes com o teu; compra de meu ouro refinado em fogo, para que sejas rico. 

Não é que o Senhor esteja no meio de uma teologia da prosperidade promovendo uma teologia da miséria, não; a alternativa da prosperidade não é a teologia da miséria, é a teologia da riqueza espiritual, essa é a alternativa, a riqueza da cruz; essa é a alternativa à teologia da prosperidade. 

“Para que sejas rico”. O Senhor quer que sejas rico, mas verdadeiramente rico, como Ele disse: “19Não tenhais tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde ladrões minam e furtam; 20senão ajuntai tesouros no céu, onde nem traça e nem a ferrugem corroem, e onde ladrões não minam nem furtam” (Mt.6:19-20). Essa é a verdadeira riqueza, Amém? Compra, paga o preço, para que não estejas satisfeito com o teu nem com o do mundo, senão com o que Eu te dê; o Meu é tua verdadeira riqueza; aí sim, serás verdadeiramente rico. 

“E vestimentas brancas para vestir-te”. Veja que roupa o Senhor queira dar: vestimentas brancas! O que Ele está dizendo à igreja? Parece que nem sequer se lembra de estar justificada, parece que no meio de sua prosperidade, no meio de sua alegria do mundo, no meio de seu desfrute dos benefícios da terra, esquece-se de cuidar ou estar em paz com Deus; porque se o Senhor está dizendo que precisa comprar-lhe vestimentas brancas para que não vejam sua vergonha, quer dizer que seus pecados estão sendo vistos pelos anjos de Deus, pelos demônios, não só por Deus, e até pelos homens também, que ainda que somos cegos, mas as vezes vemos. 

O preço das vestimentas 

Então quando o Senhor diz: compres vestimentas brancas, é porque uma parte da cristandade está em pecado, está vivendo em pecado, não confessou seus pecados, não acertou suas contas com Deus, acostumou-se a viver com contas acumuladas em sua consciência, adormecido, narcotizado pela prosperidade do mundo. Ai, Senhor Jesus, que terrível! “Compres ouro refinado em fogo, para que sejas rico, e vestimentas brancas para vestires”. Há que pagar o preço para andar em vestimentas brancas; é por graça. Por isso o irmão Dietrich Bonhoeffer, que foi um mártir do Senhor na Alemanha, (foi morto durante o tempo de Hitler; o mataram por ser fiel a sua consciência cristã. Ele disse uma frase que foi colocada como título de um livro que ele escreveu, muito bom livro: “O preço da graça”. Alguém pensa que a graça é grátis, mas ele falava do preço da graça, o que custou ao Senhor para dar-nos a graça e o que custa a nós viver na graça e não no ego, nem no natural, o preço da graça; por isso lhe diz: compra ouro refinado em fogo, e vestimentas brancas para vestir-te. Não estou dizendo que o sacrifício de Cristo não nos perdoa gratuitamente, mas para viver na graça, há que negar a si mesmo; podemos viver em Cristo por graça. O que quiser, venha e beba gratuitamente da água da vida, mas as vezes preferimos viver no humano, no natural, na carne e não no Espírito. Então para receber essa graça temos que negar a nós mesmo, primeiro crer, mas estar disposto a viver na fé, no novo homem. 

Então diz: “e que não se descubra a vergonha de tua nudez”. Esta palavra me parece tão misericordiosa, porque as vezes nós, quando somos um pouco legalistas, queremos que o Senhor envergonhe em público aos outros: Esse tem um pecado, como muito me agradaria que o Senhor lhe descobrisse a falta diante de todos. As vezes essa é nossa atitude e nos alegramos muito mais quando alguém é descoberto e envergonhado do que quando é guardado; alegro-me que o pilharam; mas o Senhor não é assim: O Senhor diz: “que não se descubra a vergonha de tua nudez”. 

Deve ocorrer somente quando é já necessário envergonhar às pessoas, como aconteceu com Davi que fez as coisas escondidinhas e não queria se arrepender; o Senhor teve que trazer a Natan, para lhe dizer: Tu o fizeste em segredo, agora em público tuas mulheres vão ser violadas; por que? Porque o tinha feito em segredo; mas a intenção do Senhor é cobrir-nos; compra de mim vestimentas brancas para vestir-te, e estarás justificado e limpo; confessa teus pecados e arrepende-te, ponto, para que não se descubra a vergonha de tua nudez, não deixes tuas coisas escondidas, confessa-as ao Senhor; se falhaste com alguém, pede perdão e arruma e pronto, acabou-se; o sangue me limpou; nunca mais o Senhor se lembrará, nem quer que você se lembre também; esquece. Mas enquanto estivermos guardado, a palavra é: estás nu, estás com umas vergonhas visíveis, paga o preço para que andes com vestimentas brancas e não se descubra; essa é a misericórdia de Deus que não quer envergonhar-nos, quer cobrir-nos: “que não se descubra a vergonha de tua nudez, e unge teus olhos com colírio, para que vejas”. Quer dizer que com nossos olhos naturais não vemos a realidade; pensamos que vemos e o Senhor diz: não sabes que és cego. Uma pessoa que não sabe que é cega, é uma pessoa que pensa que vê, mas não está vendo a realidade, está vendo alucinações, está obcecado com alguma coisa, mas não conhece a realidade, por isso não sabe que é cega. Uma pessoa que sabe que é cega, diz: Sou cego, não entendo Senhor, não entendo. Mas porque dizes que sabes... Ai Senhor! É melhor dizer como Jó: não entendo, eu falava o que não entendia; então Deus poderá abrir os olhos a alguém; mas se alguém pensa que já entendeu tudo, não sabe que está cego. 

O colírio de Deus 

Tenha o Senhor misericórdia de nós, de mim e de todos nós. “Unge teus olhos com colírio”; isto é, aplica a teus olhos algo que te faça ver. Você pensa que está vendo, mas o que está vendo não é a realidade, está enganado com tuas imaginações; o colírio é algo diferente do natural, o colírio é algo que opera na vista, que não está na pessoa. Nós precisamos que o Senhor abra nossos olhos, unja nossos olhos; mas o Senhor diz que nós devemos ungir nossos olhos; ou seja, que temos que ir ao Senhor para que o Senhor nos abra os olhos. Quando alguém pensa que está vendo, irmãos, é tão terrível, porque esse alguém nunca tem a oportunidade de reconhecer seus erros. Eu recordo quando estava sob a influência do branhamismo, durante os anos 73 ao 75; eu pensava que estava correto; eu lia, parecia-me correto o que lia, parecia-me bíblico; e enquanto eu pensei isso, nunca me dei conta do erro. Um dia se me ocorreu uma dúvida que foi do Espírito Santo; fui e me apartei a um lugar para orar, e lhe disse: Senhor, a mim, isto parece correto, mas quem sabe eu possa estar equivocado e não me dei conta; tu és o que sabes; eu quero seguir-te, ensina-me a verdade. Se isto que me parece a verdade, é a verdade, confirma-me; mas se estou equivocado e eu não consigo me dar conta, mostra-me. Quando fiz essa oração com sinceridade ao Senhor, aí, pouco a pouco, o Senhor começou a mostrar-me os erros que eu estava metido, e pouco a pouco fui tendo luz, porque era terrível suportar tantos erros inesperadamente. Eu ia no ônibus e me vinha à mente: mas este versículo diz tal coisa e o irmão aqui, que eu tenho respeito, diz outra coisa; e começou esse conflito; mas se ele é um profeta de Deus e eu quem sou, mas a Bíblia segue dizendo isto; tinha que escolher entre o que diz a palavra de Deus e o que diz outra pessoa. E quando aceitei isso e tive que ser dissidente por honrar ao Senhor e à verdade, aí se me mostrou um outro pouquinho; se és fiel no pouco, se te dará mais. Outra coisa, aqui há outro erro, aqui neste assunto de casal, divórcio e poligamia, aqui há um erro; aqui neste assunto que nega a Trindade, aqui há outro erro; aqui neste assunto da segunda vinda de Cristo há outro erro; e me começou a mostrar erro depois de erro, um depois de outro; se fores fiel num pouquinho e dependeres dele, e só confiares Nele e não em sua própria prudência, Ele te poderá ungir os olhos com colírio. É o que diz Provérbios: “5Confia no Senhor de todo teu coração, e não te apóies em tua própria prudência. 6Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará tuas veredas” (Prov. 3:5-6). Mas se alguém confia em sua própria prudência, que tudo está bem, sinto-me satisfeito; não tenho necessidade de nada, aqui estou contente, não vai ter mais. Que nunca fiquemos contentes com menos do que a plenitude de Cristo; que sempre procuremos mais de Cristo; que sempre tentemos ir mais adiante; ame mais ao Senhor que ao próprio ambiente, inclusive mais do que à Igreja; ame ao Senhor, avance em direção ao Senhor, siga ao Senhor, procure o Senhor. Senhor, preciso da tua luz; então Ele irá confirmar o que é Dele. Não há problema. Que perigo há? Nenhum; o que é Dele, Ele vai confirmar, mas o que não é dele, Ele vai mostrar e vai livrar-te. Temos que pô-lo em primeiro lugar em tudo; não temas ser dissidente se é por amor ao Senhor e sua Palavra, porque você não é nosso antes de ser do Senhor; você é do Senhor, amém? Primeiro o Senhor. Então quando eu digo ao Senhor: “faça o que o Senhor quiser”. Eu penso que está correto, mas pode ser que esteja equivocado e não me dou conta; aí Ele me mostra aos poucos; se for fiel a esse pouquinho, Ele me mostra outro pouquinho, depois outro pouquinho e outro pouquinho, e assim vai me mostrando e me corrigindo. Somos passiveis de erros e a pessoa fanática é a que pensam que vê e nunca duvida de que poderia estar equivocada; por isso é que temos que colocar o Senhor antes da nossa auto-complacência. Senhor, se estou enganado, desengana-me Senhor. Amém? Unge meus olhos com colírio para que veja, não aconteça que pense que estou vendo e sou cego, espiritualmente cego. Recomendo-lhes muito esse livro do irmão Austin Spark, “Ver - Visão espiritual, homens cujos olhos viram o rei”. Tremendo livro! 

Deus castiga aos que ama 

Agora, depois dessa palavra de que és cego, miserável, nu, morno, vomitar-te-ei, alguém pensaria, mas será que o Senhor está chateado comigo? Olhem o que diz: “19Eu repreendo e castigo a todos os que amo”. Quando uma pessoa é amada pelo Senhor passa por provas difíceis, não porque Deus não o ame, senão precisamente porque Ele o ama: “Eu repreendo”, e não só repreendo, “castigo”. Alguns dizem que Deus não castiga, mas aqui diz o Senhor que Ele castiga aos que ama: “repreendo e castigo a todos os que amo”. Há graus diferentes nas duas palavras. Repreender é admoestar, chamar a atenção, mas ainda não te acontece nada; mas se te chamou a atenção e não queres seguir ao Senhor, então tem que passar da repreensão ao castigo e o castigo pode ser uma coisa difícil que nos acontece, mas por que? Porque Ele nos ama, quer-nos livrar dos enganos; isto é, aos que amo, Eu os repreendo e os castigo. E diz mais: “Sê pois, zeloso”. Aqui zeloso é o contrário de morno. Morno é o que está satisfeito, não zeloso; o Senhor é zeloso e quer que nós sejamos zelosos. Uma pessoa zelosa é uma pessoa que quer as coisas puras e não misturadas nem mornas; o contrário de morno aqui é zeloso: “Sê pois zeloso, e arrepende-te”. O Senhor dá tempo à igreja em Laodicéia, à cristandade dos últimos tempos para arrepender-se e ser zelosa; isto é, ser uma pessoa que ama ao Senhor com cuidado: “20Eis que estou à porta e chamo”. Esta é uma das frases mais tremendas. 

O Senhor do lado de fora da Igreja 

O Senhor não diz que está dentro, senão fora; está querendo entrar mas nós estamos aqui com nossa festa, dizendo coisas, estando embriagados em nossas cobiças e o Senhor está batendo à porta. Ele não diz: estou dentro, não, estou à porta e chamo. 

Que coisa terrível! As vezes ter programas, estruturas, ter de tudo e não ao Senhor mesmo; mas isso o diz o Senhor à igreja em Laodicéia; Ele quer entrar. Agora, neste apelo, Ele chama à igreja, mas como Ele sabe que não toda a igreja vai ser vencedora, então fala aos indivíduos. Diz assim: “Eu estou à porta e chamo; se algum ouve minha voz”. Se alguém distingue o que é o que verdadeiramente o Senhor diz e o que Ele quer, estará disposto a abrir-lhe a porta ao Senhor em vez de estar enganado pensando que vê e não vê. “Se alguém ouve minha voz”; porque é que alguns não ouvem; se tem ouvido, ouve, mas se alguém ouve, abrirá a porta ao Senhor. Ele fala a toda a igreja: “Escreve ao anjo da igreja em Laodicéia”, fala ao espírito da igreja do tempo final. Se no meio desse espírito, alguém ouve minha voz, minha voz, porque as vezes ouvimos muitas vozes e especialmente nos tempos finais está profetizado que se ouviriam muitas vozes, muitos falsos profetas e até milagres e sinais, mas não é a voz do Senhor; mas se no meio dessa batalha do engano final, alguém, um ou outro por aí, ouvir minha voz e depois de ouvir abrir a porta e não deixar ao Senhor de fora, senão que chamar ao Senhor para dentro, então o Senhor diz: “entrarei em sua casa”. 

A cristandade de nome, sem o Senhor dentro, mas se me abrir a porta “entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo”. Sempre o comer juntos era uma forma de como o Senhor representava a comunhão; a comunhão é comer juntos. “cearei com ele, e ele comigo”, cear juntos: “21Ao que vencer”. Isto sim é tremendo, terá vencedores nas condições de Laodicéia; e se você compara os galardões, a nenhuma igreja se lhe oferece um galardão tão grande como à igreja em Laodicéia; compare todos os galardões. A Éfeso, lhe darei a comer da árvore da vida. A Esmirna, não sofrerá dano da segunda morte. A Pérgamo, uma pedrinha branca. A Tiatira, lhe darei autoridade sobre as nações. A Filadélfia, o farei coluna no templo de meu Deus e nunca mais sairá de ali, mas aos vencedores do fim se lhes promete o maior galardão; olhem o que diz: “Ao que vencer, lhe darei que se sente comigo em Meu trono, (que coisa tremenda!) bem como eu venci, (ao que vencer como eu venci) e me sentei com meu Pai em Seu trono”. O Pai quer delegar ao Filho tudo, e o Filho quer delegar aos vencedores finais, tudo. “Ao que vencer, lhe darei que se sente comigo em Meu trono, bem como eu venci, e me sentei com Meu Pai em seu trono”. Esta sim é a verdadeira riqueza, esta se é a verdadeira glória. “22O que tem ouvido (para ouvir Sua voz) ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Que o Senhor nos encontre despertos, conceda-nos arrepender da indiferença e nos conceda pagar o preço para ter ouro verdadeiramente espiritual, vestir-nos verdadeiramente com vestimentas brancas e ter os olhos ungidos para ver verdadeiramente. Que Deus nos ajude. A paz do Senhor Jesus seja com os irmãos.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"