quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Os nomes dos apóstolos na porta da Nova Jerusalém- Robert Govett

 E estavam sobre estes o nome dos doze apóstolos do Cordeiro. Apocalipse 21 14a

Deus afirma que a lei e o evangelho procederam dele. Na lei, ele mostrou-se como o Deus da justiça que exige rígida retidão dos homens. A história das dozes tribos é a história das interações de Deus em justiça com os filhos de Israel. Através dessas interações, o Altíssimo ensina o caminho de acesso a ele como justo. Mas por meio de apóstolos de Cristo, que é o cordeiro que foi morto e o sacerdote ressurreto, ele nos faz conhecer que a graça é o fundamento da justiça. Só a graça de Deus produz justiça no homem caído. A graça e a justiça são perfeições eternas no Altíssimo. O evangelho não põe de lado a realidade da justiça divina. No evangelho, ele revelou as riquezas da sua graça. A lei, como Paulo testifica, não pode produzir a necessária santidade.

As portas da cidade são 12; os fundamentos são 12, na vestes de Aarão, os nomes das doze tribos aparecem duas vezes: uma vez nas pedras de ônix que eram colocadas sobre seus ombros e outra vez nas pedras preciosas que eram postas no seu peito. Aqui, os dois grupos de doze são nomes de israelitas, mas o segundo grupo são nomes dos apóstolos do cordeiro. Não diz " apóstolos de Cristo", mas apóstolos do cordeiro, demonstrando que por meio de um sacrifício o Senhor fez um novo homem dentre os judeus e os gentios, que anteriormente estavam em inimizade. havia doze apóstolos, como Barnabé e Paulo, que foram levantados depois da ascensão do salvador ao céu. Mas, os nomeados pelo filho de Deus quando estava na terra, são os únicos honrados com o nome inscrito nos fundamentos da cidade.

Corresponde à dupla de séries de nomes, a cidade é a morada eterna dos salvos durante o período da lei e dos salvos pelo evangelho. Se investigarmos mais elevadamente, verificaremos que nessa cidade, que era esperada por Abraão, habitarão juntos alguns da semente da sua carne e alguns da semente da sua fé.

Observemos também que as perfeições duais de Jeová, simbolizadas pelas duas árvores do jardim do Édem, aqui encontram-se e reconciliam-se para sempre. havia (1) a árvore do conhecimento do bem e do mal. A desobediência do homem ao comer do seu fruto ocasionou o pecado e a maldição. Havia também (2) a árvore da vida já antes do começo do mundo, Deus prometeu a vida eterna ( Tt 1.2; 2Tn 1.1). Aqui, a magnífica dádiva de Deus em graça se manifestará. Tendo o pecado sido tirado, a graça e a justiça permanecerão em harmonia para sempre. Porém, o mal da criatura pecadora, que rejeita a graça e ama a iniquidade, também se manifestará nos perdidos, deixados fora da santa cidade para sempre.

Extraído do livro: A nova Jerusalém nosso lar eterno- Robert Govett

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sábado, 20 de junho de 2020

RELAÇÃO HISTÓRICO-MITOLOGAL- Gino Iafrancesco

RELAÇÃO HISTÓRICO-MITOLOGAL

 

Gino Iafrancesco

 

Tradução: Paulo Sérgio Almeida de Oliveira

 

O Deus único e Verdadeiro, Yahveh Elohim, criou o céu e a terra. Este é o registro inspirado das Sagradas Escrituras hebraicas; crença corroborada além em certa forma pela história profana apoiada pela arqueologia, a qual mostrou a subjacência de um Deus supremo nos antigos mistérios. É o começo monoteísta da história. Além dos documentos inspirados e mosaicos da Gênesis, historiadores e arqueólogos modernos tais como S. Langdom, Mallet, F. Petrie, Sayce, Wilkinson, Albright, demonstram apoiados nos documentos antigos que a religião original e natural foi monoteísta. Também historiadores antigos tais como Higinus, declaram que em um princípio, antes da hermenêutica de Cuxe, filho de Cam, os homens viviam sem cidades, nem leis e falando um mesmo idioma, até a distribuição das nações por divergências lingüísticas; reminiscência de Babel. A antropologia moderna reconhece a crença universal em um Deus supremo das raças primitivas. A representação das emanações do Deus supremo foi personificada e logo apartada em certo modo dele. Deu-se assim lugar, pouco a pouco ao politeísmo animista, ao qual se uniu a deificação mítica dos antepassados e fundadores. foi conformando então assim uma galena de heróis que chegaram a ser titãs, especialmente na Grécia e logo Roma, cujas figuras foram se misturando entre si e atribuindo-se a uns e outros as qualidades dos demais. 

A mentira da serpente sobreviveu ao dilúvio e quis apresentar-se como a verdade original. A arte de escrever já era uma realidade nos tempos antediluvianos. Quando Deus pôs sinal em Caim demonstrou que era inerente na natureza humana a capacidade de decifrar. Foram as tradições judaicas e árabes as que atribuíram a Enoque a paternidade da escritura. Assurbanipal, o famoso bibliófilo assírio antigo, mencionou "escritos anteriores ao dilúvio". Beroso também registra a tradição do enterro dos documentos escritos em tabuletas antes do dilúvio e desenterrados depois. Wolley, Smith e Langdon acharam tabuletas pictográficas e selos que chamaram antediluvianos em Ur, Fara, e Kish, respectivamente. Entretanto, a geologia de modelo catastrofista apresenta evidências diluvianas muitíssimo mais convincentes. O modelo atualista ficou curto para explicar os fenômenos da crosta terrestre e do fundo submarino.

 

O monoteísmo foi a religião universal primitiva da qual se obteve a idéia de um Deus supremo que com o tempo chegou a ser feito o pai dos deuses, primeiro, emanações e logo personificados em mescla com os heróis legendários. Cuxe, o filho de Cam, pai de Nimrode é o personagem histórico que aparece como responsável pela perversão religiosa original a partir do dilúvio. É quem aparece como intérprete e pregador da mentira encoberta da serpente, tergiversando assim o entendimento original dos descendentes dos sobreviventes do dilúvio. Hermes, que significa filho de Cam, é o mesmo Bel, fundador da Babilônia, o intérprete dos deuses. Depois foi chamado de Mercúrio, confundido logo com o titã Hiperião e com o Jano, a quem se representava esparramando as nações e com duas caras. Em sua honra nomeou ao primeiro mês do ano como janeiro, posto que ele era o suposto pai dos deuses. Suas façanhas foram mitificadas e ele e seus descendentes foram deificados. A ele se atribui, pois, o entroncamento original da corrente hermética ou esotérica que alimentou a tradição ofita, gnóstica, templária e rosa cruz maçonica, especialmente dos graus elevados e de rito paládio como o luciferiano dos iluminati entre os grandes druidas. Entretanto, não podem atribuir-se em justiça a este Hermes-Cuxe, filho de Cam, os livros de Hermes trismegisto: Poimandres, Asclépio, o livro sagrado da virtude do mundo, e os fragmentos ao Tot e de Isis, Afrodite, e das digressões. Um estudo daqueles revela melhor a mão de um falsário alexandrino da época de Constantino que toma o nome esotérico de Hermes para conjugar seu próprio ecletismo, mesclando ideias pervertidas de Gênesis e Jó com o platonismo grego de Plotino e a nomenclatura egípcia. Inclusive sua teologia é, em relação ao Verbo, de tendência ariana. Vemos, pois, em Hermes trismegisto a sutil mentira da serpente que arrasta ao panteísmo que já se vê na Cabala e no Bagavad Ghita, com o qual o politeísmo justificava sua idolatria e se reenfocava ao redor da serpente. 

Nimrode ou Ninus, filho de Hermes - Cuxe, estabeleceu Babilônia e a religião pervertida de seu pai. Os caldeus compartilharam a ciência e a matemática com o Egito. Egito o passou para a Grécia, pois aquelas eram patrimônio da religião. Testemunho de tal intercâmbio são Heródoto, Plutarco, Diodoro, Porfirio, Jâmblico, Proclos; este último sustentava que Pitágoras tinha recebido a iniciação nos mistérios órficos das mãos de Aglaofamos quem do Egito possuía na Grécia as tradições gastas por Orfeu. Sólon recebe a tradição de Atlântida das mãos de um sacerdote egípcio. O próprio Platão utiliza o Tot. Porfirio tinha correspondência com Anebo. Os mistérios órficos, a metempsicose, as matemáticas, o alfabeto hieroglífico e outras coisas eram transfundo comuns de egípcios, gregos, índios e celtas. A religião da Babilônia chegou a ser então a mãe dos distintos sistemas de mitologia, a boca de leão. Ela foi, entretanto, a mulher prostituta que traiu ao marido, o Deus verdadeiro. Abandonou ao Criador. Semitas e camitas, por motivos relacionados, estiveram inimizados.

 

Ramos Jafetitas e Camitas emigraram ao longínquo oriente fundindo suas correntes. Os camitas tomaram posse no sudeste e sudoeste; os Jafetitas no nordeste e noroeste, e os semitas no oriente médio. A filologia tem descoberto similitude lingüística entre os povos asiáticos e os americanos pré-colombinos. O longínquo oriente e os esquimós são parentes. As tradições antigas destes povos revelam que a mescla Jafetita-camita desceu sobre a América pré-colombina, principalmente do norte emigrando para o sul, e irmanando as civilizações do Egito, a Índia, a China com as astecas, maias e incas. Da América do sul se emigrou através do Oceano Pacífico às ilhas do sul e a Polinésia, na legendária travessia do Kon Tiki. Jafé, pois, preponderou na Europa e Cam na África. Sem, na parte central da terra. O Deus verdadeiro, Yahveh Elohim, iria sendo mal entendido pouco a pouco por instigação da serpente e seus filhos, principalmente pela religião ofita que se assentou primeiro no Egito, Etiópia e resto da África.

 A primeira dilusão foi para um simples e mero deus supremo, que era Amon no alto Egito, Assur entre os assírios, Brahma entre os hindus, Pitão entre os zapotecas, Hunab-ku entre os maias, Chuminigagua entre os chibchas, Atacuju Huiracocha entre os incas. Amon chegou a ser logo identificado com a serpente e chegou a ser Nef em Tebas e Etiópia, e a serpente emplumada Quetzalcoatl entre os astecas, o qual era o Kukulcán dos maias. Assim a serpente se fez adorar se passando por criador de homens e deus da vida, do firmamento e a agricultura. Da mesma maneira tinha sido personificado em Nimrode ou Ninus e também em seu pai, sendo o transfundo de Marduk ou Merodach entre os babilônios, que era a sua vez o mesmo Zeus, Júpiter ou Jove entre gregos e romanos, e Pachacamac entre os incas. Este não era mais que o anterior Bel, Baal de babilônios, caldeus e fenícios. Por isso foi o Huiracocha inca o que castigou aos homens com um dilúvio, segundo sua versão; do qual havia, está claro, outras semelhantes relacionando o evento entre a generalidade das mitologias. Tudo isso não é outra coisa senão traços da história verídica diluviana, na qual aparece o Noé histórico, feito Xixutro na epopéia de Gilgamesh, ou Deucalião e Pirra sobreviventes entre os gregos, e parentes de Prometeu, filho do Jápeto, nome relacionado a Jafé noemita, do qual descendeu o histórico Javan pai da Grécia, mitificado em Heleno dos helenos e feito titã com o Oceano, Palante e Estigia relacionados às águas. Noé foi também o Noh dos hotentotes do Sul da África e o Nu-u do Hawai, de quem reconhecem descender os primeiros e de quem a família se salvou no dilúvio, de acordo com os segundos. 

A noção do Deus verdadeiro foi, pois, pervertida a de um mero deus supremo, o pai silente e invisível. Originalmente se acreditou conforme à verdade que tal Deus supremo criou todas as coisas pela palavra; então o tema cosmogônico teria logicamente que tratar também com o conceito de verbo, o que também chegou a perverter-se ao converter as emanações em deuses dos oráculos e a eloqüência, identificados com o sol, primeiro ali representado, mas logo ali adorado fazendo do próprio sol um deus de grande importância. Então se aceitou à lua como irmã do sol, adorada logo como deusa, esposa e mãe, rainha do céu . . . Do Deus transcendente se passou a um deus meramente imanente convertendo tudo criado em deus: panteísmo. Este deus panteísta se aceitou então manifesto na criação e adorado nos astros, nos heróis e nos animais. Mas além disso havia uma antiga promessa que era necessário acomodar. Deus tinha prometido verdadeiramente aos homens, segundo a proto-evangélica passagem de Gênesis 3:15, uma semente redentora. A própria mitologia tinha conservado traços do princípio histórico feliz e da queda. Isto demonstram as tabuletas de barro de Assur, Babilônia, Nínive e Nippur, as quais fazem referência aos fatos históricos. Em meio de mitos deformados se vê vestígios da verdade autêntica. Temos por exemplo expressões tão comuns e básicas tais como: "no princípio", "abismo primitivo", "caos de águas", "expansão de cima e baixo", "estabeleceram os céus e a terra", "formando as coisas", "ordenaram as estrelas", "fizeram crescer a erva verde", "as bestas do campo, e o gado e todo animal vivente", "formaram ao homem do pó", "foram feitos seres viventes", varão e mulher juntos viveram", "companheiros eram", "no jardim era sua habitação", "roupas não conheciam", "cessar de todo negócio se ordenava", "dia santo", etc. Todo isto mostra o rastro da verdade de uma história necessária, em meio da mitologia tecida a seu redor. 

Quando Nimrode morreu, sua esposa Semíramis o deificou. A comunicação animista e espírita era uma prática antiga, inclusive antediluviana. Ela chamou então a Nimrode "a semente prometida". Com o tempo chegou ela mesma a ser sua esposa-mãe, sendo assim deificada e feita rainha do céu. Foi a origem da famosa dupla do filho-esposo e a esposa-mãe que se acha em tantas mitologias e que se mescla, como dissemos, com práticas animistas já de data antediluviana, quando os homens tinham comércio com os demônios até o ponto da prostituição sagrada, que voltou a estar em apogeu entre os cananeus. Canaã era irmão de Cuxe. A tradição recolhida no livro de Enoque recorda que Semyaza, chefe do Anjos, dirigiu a estes a tomar mulheres. Estes lhes ensinaram os encantamentos, a arte de cortar raízes e a ciência das árvores; ou seja, o curandeirismo que posteriormente derivou na farmácia. Azrael ensinou aos homens a fabricar armas e também a arte dos metais e de embelezar-se com eles adornando-se, também pintando-se, especialmente ao redor das pálpebras com antimônio; ensinou-lhes deste modo a respeito das pedras preciosas. Armaros ensinou como desfazer os feitiços. Baraquiel e Tamiel ensinaram a astrologia. Kokabiel a interpretação dos presságios. Vemos porque já antes do dilúvio os demônios intervinham na história dos homens com quem tinha trato através da magia. Por isso é que aparecem nos mitos deuses tendo filhos com reis, e famílias reais aparentadas com os deuses. Também nos recorda a história dos Nefilins. Quem exercia a magia, ontem como hoje, tinham o poder do mundo. Reis, rainhas e princesas eram associadas à família dos espíritos. dali que também "Babel" signifique além de confusão "a porta de um deus" (bab-IL). Os demônios aproveitaram também a veneração dos antepassados, mimetizando-se ali no culto dos heróis. Estes foram então também divinizados e postos na galeria da magia. Comercializavam "deuses" e homens e recrudesceu a noite do politeísmo dinamizado por um demonismo que já encontra par em nossa época, similar a dos dias de Noé. Adoraram-se então as criaturas em vez do Criador. A serpente satânica tinha obtido muito de seu propósito, revelado pelo Espírito de profecia através de Isaías e Ezequiel antes e durante a Babilônia de Nabucodonosor. A serpente apartava atrás si à humanidade, afastando-a do Deus verdadeiro. 

A promessa da semente redentora foi plagiada também. Temos por exemplo o caso da Trimurti hindu. O deus supremo agora chamado Brahma entre os hindus teve sua primeira emanação Brahman. A segunda pessoa da Trimurti foi Vishnú com seus dez avatares ou encarnações das quais as mais conhecidas são o sétimo ramo, e a oitava, Khrisna. O verbo foi, pois, convertido em filho dos deuses, deus dos oráculos, representado pelo sol, segundo já mencionávamos, e assim adorado. Quando os homens, como conseqüência da panteização e o espiritismo, elevaram-se à categoria de deuses, apareceram então multidão de temas mitologais relacionando as figuras do sol, o fogo e a fertilidade, com os heróis. Nino foi  Marduk ou Merodach na Babilônia, e o Osíris no Egito, fundador do Tebas e civilizador. Não esqueçamos que Nimrode ou Nino foi o primeiro poderoso na terra. Foi pois Mazda ou Ormuz na Pérsia, com seu filho Mitra, chamado também assim o sol

 

Também chamado Sury, marido de Aurora. O mesmo Ra no Egito, Sha-mash na Assíria, Tamuz na Babilônia, Apolo e Febo entre gregos e romanos respectivamente, Beleno entre galos, Baldier entre nórdicos, Copicha entre zapotecas, Kinichagua entre maias, Bochica entre chibchas, Inti entre os incas. Beleno foi o mesmo Hélio. Este foi pois o mesmo personagem-sol entronizado nascido nos começos de Babel.

 

O deus sol foi também relacionado ao fogo e chamado Ftah na trindade egípcia. Foi o mesmo Logi nórdico, Nina incaico e Huhxeteotl dos teotihacanos. Igualmente foi relacionado aos oráculos e assim lhe chamou então Apolo, Febo, Hélio, Esus (galo), Bragi (nórdico), Catequil (inca). Relacionou-lhe também ao trovão e a força, e então foi chamado Odin entre os nórdicos com seus descendentes Doar, Thor, tor. Este Odin foi também deus da guerra. O deus trovão incaico foi Illapa e o guarani Tupã.

 

Associavam-se, pois, as idéias de um deus supremo a de sua emanação, e esta representada como personificação no sol e ali adorada; então como deus oracular, do fogo, o calor, a força e a guerra. Ao desembocar na guerra, brotam multidão de formas relacionadas agora não só com o sol, mas também com seus planetas, especialmente Marte, o qual é Mivorte, relacionado à guerra. É o mesmo Huitzilopochtl dos astecas do sul, Ekahau dos maias, Epunamun dos araucanos e Ancayoc inca. 

O Huitzilopochtl dos astecas sulinos, por exemplo, não só se associa à guerra mas também ao céu diurno. Portanto vemos a associação entre a guerra e o próprio sol, o qual veladamente deixa entrever ao que está entre decorações. A guerra e o sol se associam também em Odin e os Ases nórdicos. Este Odin é também Wodín e Wotán. Entre os gregos têm a Ares e então Eris, cortejo de Marte. Quirino é entre os romanos o preparador da guerra e o mesmo Cámulo entre os galos; é Karkikeya, filho da Siva. Não só deuses, mas também deusas teve a guerra; tais como Discórdia entre os gregos. 

Os deuses tinham suas esposas e irmãs e essa é a razão pela que também a guerra teve suas deusas. Ali temos pois a Ishtar, esposa de Marduk que é Fraga, esposa de Odin, e Belona, irmã de Marte, entre os romanos. A guerra, obviamente, devido à estratégia e à disciplina chegou a associar-se com as artes e a sabedoria, com o raio e até com o próprio céu. Temos exemplos na Indra dos hindus e na Minerva que é a mesma Palas ou Atenas grego-romana. 

Quantos substitutos de Deus Satanás foi apresentando. Sua intenção anticristo já se vê em sua tergiversação da promessa edênica a respeito da semente da mulher. A palavra divina dizia: "A semente da mulher ferirá na cabeça à serpente". Esta, então, tinha que defender-se fazendo-se passar pela mulher. Em muitos casos apareceu metade mulher, metade serpente, como é o caso da Equidna e a Cihuacoatl dos astecas. 

A Rainha Semíramis, esposa de Nimrode, chegou então a usurpar o papel da mulher, deificada logo como a rainha do céu. Ela foi a Isis dos assírios e egípcios também como Ishtar. Que é a mesma Astarté dos fenícios e Athor egípcia. Na Grécia é Afrodite e entre os romanos Vênus; entre os nórdicos é Iduna e entre os maias Ixazaluca. É a mesma Bachué entre os chibchas e Quilha entre os Incas. 

Como tal chegou a ser identificada como a irmã do sol e como sua esposa, deusa da luz. A Hathor egípcia equivale, pois, a Anaitis dos persas e armênios, a Amaterasu do Japão, a Belisana entre os galos, ao Coyolzauqui dos astecas e ao Ixchel entre os maias. Sendo identificada com a lua foi, pois, a deusa Lua que é a mesma feiticeira Hécate, chamada também Febe, Selene, Diana, Artemisa e Chía dos chibchas. 

Vemos, pois nas bases de todas estas mitologias um parentesco assombroso que se deve obviamente ao passado histórico comum dos povos que foram emigrando ao longo e largo da terra a partir da Mesopotâmia, berço da civilização. O tema central da dupla filho-marido e esposa-mãe se derivou como perversão daquela profecia divina registrada também na Gêneses bíblica onde Deus promete a Adão uma semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente. A família camita e em especial Cuxe e seu filho Nimrode, com sua esposa Semíramis, os primeiros poderosos da terra, caçadores e guerreiros, são quem aparece como a influência principal na separação da revelação original e monoteísta. 

Possivelmente a mãe de Cuxe, esposa de CAM, sobrevivente do dilúvio, influenciou em seu filho pondo-o em contato com a interpretação cainita e ofita antediluviana. Não esqueçamos tampouco a curiosa notícia da sobrevivência e desenterro de tabuletas de que nos falam Assur-Banipal e Beroso. Caim foi o herói ofita e antes que ele seu deus serpente quem pretendeu abrir os olhos dos homens com o conhecimento do bem e do mal para fazê-los deuses. 

Não obstante a perversão, o monoteísmo de Sete, Enoque e Noé, pai de Sem, reavivado e conservado desde Abraão, abriu passo de novo em especial através de Israel e principalmente mediante a divina intervenção pelos profetas hebreus. Dali nos chega à boa nova. A eles foram confiadas as sagradas escrituras. A alguém deveria haver sido confiada e foi a este remanescente. O grosso do povo de Israel caiu de novo na idolatria pelo qual foi levado cativo a Babilônia onde se definharam os espíritos. Uns, o remanescente de Judá, retornou a Jerusalém obstinado, agora sim de uma vez por todas, à revelação original; outros derivaram na heresia e ecletismo dando lugar à Cabala, espécie de plágio das teogonias do paganismo circundante. A própria teogonia caldéia tinha reverdecido com os neoplatônicos e quase senta de novo seus reais nos tempos de Juliano o apóstata. A teurgia dos oráculos caldeus foi conservada por Jâmblico. O Sefer Yetseirá, primeira parte da Cabala, influiu a sua vez aos gregos, aos gnósticos e aos sufis. Está aparentada ao Talmud, como reconhece o rabino Loeb. A "Grande exposição" de Simão o mago, e o código nazareno, são também influenciados pela Cabala. Esta passou pois ao gnosticismo; também aos joanistas e templários. Dali chega à maçonaria que se esconde atrás do socialismo e é dirigida da loja maçônica do Grande Oriente sob o B'nai B'rith, que reúne as internacionais judaicas à cabeça do qual se acha a dinastia Rothschild do século passado. Até o próprio nazismo esotérico, mediante a ordem do Thule esteve ligado à Aurora Dourada, que é o convento privado da Dinastia Rothschild, a qual é o tribunal supremo da sociedade luciferiana dos iluminati, segundo testemunho do ex-druída Lance Collins, e cujo propósito é a coroação do Anticristo. 

Apesar de tudo, a providência divina proveu para que o cumprimento autêntico de sua promessa se desse em Jesus Cristo, quem com sua ressurreição histórica venceu à morte esmagando o império da serpente. A serpente foi esmagada na cabeça. A Semente da Mulher, o filho da Virgem, Emanuel, recebeu na Cruz sua ferida no calcanhar, com o qual nos redimiu pagando o preço de nossos pecados e sofrendo o castigo por nós e a nosso favor. É a hora quando a autentica Jerusalém de Deus se levanta para deslocar a Babilônia. Esta que se levantava da terra para desafiar ao céu é condenada à ruína e à desolação. Mas aquela que desce do Alto, cujo Arquiteto e Construtor é Deus, prepara seu assento como capital universal sobre o Monte de Sião.

 

De Jesus Cristo brota um cristianismo puro, dinâmico, evangélico e apostólico que se conserva pelo Espírito, através da história, mediante o remanescente dos mártires. Este desmascara as artimanhas da prostituta babilônica que se disfarça de cristã, mas fornica com o paganismo e a magia e com os poderes do mundo. Prostituta que se senta sobre os estados é essa mesma que pactuou com a serpente. O pacto dos filhos de Ignácio de Loyola e a maçonaria se iniciou em 1.925 com o Gruber, Berteloot e 0. Lang, K. Reichl e E.Lenof. Hoje existe mais de uma centena de altos clérigos romano papistas nas filas da maçonaria. 

 

Rastreadas a teologia liberal e modernista e a filosofia existencialista resultam ser também filhas da mesma serpente. De igual modo acontece com o pseudo-humanismo e o comunismo que Marx recebeu por M. Hesse e Levi Baruch através da judaico-maçonaria sob a direção do A. Pike e com o endosso dos Rothschilds. Também Trosky e Lennin eram altos graus maçônicos. Os prometeus dos últimos tempos têm se exposto como cúmplices do diabo em motivação. O conteúdo antimetafísico de certa filosofia é uma crença de transição que busca uma fachada científica para a rebelião luciferiana. Mas esta transição procura desembocar claramente na adoração ao deus da maçonaria de alto grau, Lúcifer. Zbigniew Brzesinski, eminência cinza e entre os bastidores da elite do mundo, comanda sagazmente o creme, a nata do globo para a consecução do governo mundial de estilo draconiano. 

Mas Jerusalém se levantou! Jesus Cristo volta! A herança é dos Santos do Altíssimo! Babilônia está sentenciada a triste ruína e à desolação! Lúcifer, o deus da maçonaria cabalística, a boca do leão da besta apocalíptica, aquele que alimenta o engano do mundo com correntes de implicação ofita para seus interesses hegemônicos, foi esmagado! ;O Sangue de Jesus Cristo nos limpa de todo pecado e Seu Espírito de Ressurreição nos sustenta para levar a cabo o propósito divino de possuir ao homem em comunhão para ser a sua vez pelo conhecido, contido, expresso e representado qual família Jerusalêmica que prepara sua diafaneidade para dar lugar ao resplendor da Glória de Deus! "Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo".

 

 


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

O Tridente de Satanás- Gino Iafrancesco




O Tridente de Satanás


O Tridente de Satanás

 

"E vi sair da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, três espíritos imundos a maneira de rãs". Apocalipse 16:13. 

A trindade satânica

 A Bíblia nos fala de um propósito eterno que Deus tem e que tem sua culminação no livro de Apocalipse, e como Deus em Seu conhecimento antecipado tinha previsto a rebelião de um inimigo que também tem seus desejos. O Senhor Jesus falou dos desejos do diabo, do propósito do diabo, que está claramente revelado na Palavra do Senhor, de se colocar no lugar de Deus e arrastar o resto das criaturas em sua rebelião e em sua loucura; porque realmente é uma loucura; essa rebelião é o começo da loucura, da enfermidade do diabo de se fazer semelhante a Deus. Isto é realmente a loucura e a enfermidade; porque a prudência e a sanidade é reconhecer a Deus, Sua grandeza e autoridade, e o adorar e servir. 

Isso é a prudência. Para entender um pouco melhor o aspecto apocalíptico, vamos usar uma espécie de parábola esquemática, porque vamos falar do tridente. Sempre desenharam o diabo com um tridente, e isso no fundo tem sua simbologia; ao passo que desenham o Senhor segurando Seu cetro. Satanás pretendeu converter seu cetro em um tridente. A Palavra do Senhor nos diz que da boca do dragão, da besta e do falso profeta saíram três espíritos imundos. Vejamos em Apocalipse 16:13: 

"E vi sair da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, três espíritos imundos a maneira de rãs".

 Assim como existe a Trindade Divina, formada pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo, três Pessoas em um só Deus, assim também se fala de uma trindade satânica, integrada pelo dragão, a besta e o falso profeta; e como o diabo quis controlar com esse propósito e centrar a criação ao redor de si mesmo, utilizou principalmente três áreas básicas, e as está utilizando no dia de hoje. Primeiro vamos ver de forma geral em sua relação de uma com a outra, e se Deus nos permitir, temos que alertar o que Satanás está fazendo em cada uma dessas três áreas básicas; porque são três áreas que abrangem possivelmente outras, subjacentes em todo o resto; para isso estaremos consultando parte de alguma documentação que nos relata a respeito. É necessário que primeiro vejamos a Bíblia, e ver como a Bíblia tem cumprimento, porque é a Palavra do Senhor.

 O hexagrama de Salomão

 Também elaboramos um diagrama que serve para recordar algumas coisas:  primeiro um triângulo equilátero com uma ponta para acima, o qual inclusive pode elaborar-se em três cores, assim:  a ponta de acima com a cor azul, para significar a religião; no seguinte ângulo a cor amarela, para significar a economia, que é outra área na qual também Satanás trabalha, e no terceiro ângulo a cor vermelha, para representar a política. Ao Senhor, que é a luz, que é quem harmoniza todas as cores, corresponde a luz branca, porque a luz branca se forma da combinação das diferentes cores. 

Quando a luz se decompõe é quando aparecem as cores, e dentre todos, há três cores básicas que são o amarelo, o azul e o vermelho. Já dissemos que usamos este gráfico como uma espécie de parábola para recordar um pouco este tridente de Satanás.

 A intenção de Satanás é investir contra o governo de Deus, e por isso pusemos outro triângulo para baixo; de maneira que no gráfico aparece um triângulo equilátero para cima e outro sobreposto mas para baixo, formando desta maneira o que se deu em chamar ultimamente a estrela de Davi; nome que deram aproximadamente dos últimos trinta anos. Realmente este símbolo da antiguidade, e inclusive desde antes de Cristo, era conhecido como o famoso hexagrama de Salomão, o qual se utilizou e se utiliza até o dia de hoje na magia negra, e nos truques da maçonaria cabalística. Este hexagrama foi sempre um dos símbolos mais malignos da bruxaria.


 

Quando os bruxos vão praticar magia negra, fazem dois círculos; em um círculo colocam uma estrela de cinco pontas, que chamam o pentáculo ou pentagrama, e desse modo eles se sentem protegidos ao se colocarem dentro desse pentagrama; no outro círculo, onde aparece o hexagrama de Salomão, é onde aparecem os principados com os quais eles fazem pacto e logo enviam os demônios; de maneira que este símbolo, além da consideração de que aparece a estrela na bandeira de Israel, não estamos mencionando no sentido atual da estrela de Davi, mas no sentido tradicional da magia negra. A Bíblia diz no primeiro livro de Reis que Salomão apostatou; e dentro da tradição ocultista e hermética não somente atribuíram a Salomão os livros canônicos da Bíblia, mas também outros como “A Chave Maior de Salomão”, “A Chave Menor de Salomão”, que são livros apócrifos, como também um chamado Testamento de Salomão, no que supostamente Salomão controla os demônios; e esses livros ou documentos apócrifos circulam dentro do ocultismo, e os ocultistas sempre atribuíram a Salomão uma grande autoridade dentro da magia a partir da apostasia de Salomão, da qual nos fala claramente a Bíblia no primeiro livro de Reis. Já no livro de Crônicas, quando volta a contar a história de Salomão, não é necessário repetir de novo acerca da apostasia, mas está registrada pelo Espírito Santo no primeiro livro de Reis.

 

Essa figura forma seis pontas principais. As básicas são: a religião em uma ponta, a economia em outra ponta, e a política na outra. Entre a religião e a política surge algo assim como uma aliança, como uma cor intermédia ao mesclar o azul e o vermelho, produzindo a cor púrpura, um matrimônio entre a religião e a política, soberanos investidos de chefes religiosos e vice-versa, e que também se identifica com o cultural, que é outra área que Satanás trata de controlar. Entre o azul e o amarelo, que representam a religião e a economia, sempre que a religião está interessada na economia, usou o braço secular, quando há interesses de domínio e de posição. A religião utiliza o braço secular, entre o azul e o amarelo, aparecendo nessa ponta intermediária a cor verde oliva, do militar, que também é usado pelo inimigo. Embora o estado seja constituído Por Deus, as pessoas a quem foram dadas o governo das nações, não foram fiéis a Deus, mas eles vão entregando as nações que lhes foram confiadas, às sutilezas que o diabo está tramando para ficar com o governo do mundo, e estabelecer um governo mundial. Entre o ângulo vermelho e o amarelo está o ângulo alaranjado, e isso simboliza que entre a economia e a política está o aspecto social, que também é utilizado por Satanás.

 

Então neste hexagrama de Salomão, símbolo da magia, não no sentido da estrela de Davi, existem essas seis principais áreas onde Satanás quer governar: a religião, o militar, a economia, o social, a política e o cultural. Inicialmente falamos que tridente de Satanás, posto que o diabo utiliza seu poder principalmente nessas três áreas:  a religião, a economia e a política, que são representados pelas cores básicas, mas além disso estão superpostas três áreas: o cultural, o militar e o social. Até o momento falamos que este diagrama simbólico no sentido de que nos sirva como uma técnica de memorização, mas é necessário ir diretamente aos versículos da Bíblia, pois o fundamental encontramos nas Sagradas Escrituras. A queda foi um fato, mas a tentação que precedeu a queda aparece na Palavra decomposta ou recortada em três áreas principais. Eva foi tentada em três áreas diferentes quando o diabo se apresentou no Éden. Para isso leiamos em Gênese 3:6: 

"E viu a mulher que a árvore era boa para comer (primeira), e que era agradável aos olhos (segunda), e árvore cobiçável para alcançar a sabedoria (terceira); e tirou de seu fruto, e comeu; e deu também a seu marido, o qual comeu assim como ela". O mundo está sob o príncipe da potestade do ar, segundo as Escrituras. O mundo que jaz no maligno, segundo as escrituras, começou quando Adão e Eva começaram a viver e a multiplicarem-se depois da queda. Originalmente o homem tinha que depender de Deus, viver Por Deus, alimentar-se fisicamente das árvores do jardim e espiritualmente da vida divina que estava representada na Árvore da Vida. A vida divina era o verdadeiro alimento para o homem em seu espírito, porque o homem não é somente material, e, portanto, necessita também alimento espiritual. 

O alimento espiritual do homem é a vida divina, a vida de Deus, que estava representada na Árvore de Vida. Mas o homem podia decidir viver independentemente de Deus; tomar o ser que havia recebido e apoiar-se em si mesmo, sem contar com a vida de Deus, e atuar à sua própria maneira, independentemente, e no fim das contas foi o que o homem decidiu.

 O tridente nas coisas do mundo 

Mas em Gênese 3:6 encontramos que essa tentação começa a perfilar-se nesse tridente de que estamos falando. Os desejos da carne. A árvore era boa para comer. foi Deus que inventou que o homem comesse, que o homem se alimentasse. Não tem nada de mau o comer. O que está mal é que os desejos da carne cheguem a governar o homem e que o homem se conduza governado pelos desejos da carne. Mas justamente o mundo, esta chamada civilização, desenvolveu-se porque os homens se preocupam somente em satisfazer sua carne, por uma lado. Por isso é que depois se desenvolveu a economia. 

O homem tratando de satisfazer os desejos de sua carne através de muitos meios, entre esses a chamada oferta e a demanda, depende da classe de sistema econômico que seja. A economia se desenvolveu dos intentos dos homens de satisfazer os desejos da carne. Primeiro as necessidades; mas os homens não querem só cobrir suas necessidades mínimas básicas, mas também querem ir mais à frente, inclusive chegar aos extremos; querem ter muito mais do que necessitam; até às custas dos que padecem; até as custas daqueles de quem tira. Leiamos em 1ª João 2:15-16:

 "15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo".

Nesta passagem o apóstolo João estabelece também isto que chamamos de tridente de Satanás. O mundo é o tridente, mas em seu aspecto solitário. Quando fala das coisas que estão no mundo, começa a perfilar os três dentes do tridente; os mesmos que aparecem na tentação são os que aparecem aqui como as três coisas que constituem o mundo. Claro está que o mundo se compõe de muitas coisas, mas basicamente o apóstolo João destaca três principais, nas quais se agrupam as demais. João subdivide o que há no mundo em três grupos principais, os quais coincidem exatamente com esses três aspectos da tentação que temos lido em Gênesis.

 

JOÃO

GÊNESIS

1.   1.    Os desejos da carne

1. A árvore era boa para comer

2.   Os desejos dos olhos

2. A árvore era agradável à vista.

3.    Soberba da vida

3. A árvore era cobiçável para alcançar sabedoria, para conhecer o bem e o mau e ser como Deus.

 

   

As coisas do mundo nessas três linhas básicas:  os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida, não procedem do Pai, mas sim do mundo. Atrás do mundo, atrás do sistema que governa o príncipe deste mundo, o príncipe da potestade do ar, aparecem essas três linhas básicas de tentação, para manter o homem submetido. Os desejos da carne levam a desembocar principalmente na área econômica. 

Jesus é tentado por Satanás 

O Senhor Jesus também foi submetido por Satanás a esta tripla tentação; o diabo também chegou com este tridente; e para estudar a tentação do Senhor Jesus escolhemos o texto de Lucas 4:1-13. por que escolhemos necessariamente Lucas?  Marcos em 1:12,13 também fala da tentação, mas faz de uma maneira muito rápida; simplesmente diz que o Senhor foi tentado, sem contar muitos detalhes. Mateus em 4:1-11 conta mais detalhes, e Lucas levou em conta o que Mateus tinha escrito, aspecto que se estuda no que se chamou de questão sinóptica, que trata das relações entre os evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas:  que coisas são próprias, que coisas têm em comum dois deles, que coisas têm em comum os três, e em que coisas diferem. Lucas registra as três tentações que aparecem em Mateus, com a diferença de que mudou um pouquinho a ordem, e isso se deve a que um dos propósitos que Lucas tem é “pôr em ordem as coisas”; isso ele já havia dito no prólogo.

 Outros já tinham tratado de pôr em ordem as coisas, a história que tinha sido muito certo entre eles lá, então Lucas movido pelo Espírito Santo diz que também lhe pareceu importante pôr em ordem as coisas que tinham acontecido. Então, é importante meditar que se Lucas conhecia o texto de Mateus e não obstante trocou a ordem da tentação, é uma razão poderosa para preferir ler Lucas, posto que não era o propósito de Mateus dizê-lo nessa ordem, mas era o propósito de Lucas. portanto penso que a ordem de Lucas é um pouco mais coerente, inclusive para entender melhor a explicação que conduzimos. Leiamos:

 "1  Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto,durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão.Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem.

E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo.Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto.Então, o levou a Jerusalém, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse: Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo;10 porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem;

11 e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.12 Respondeu-lhe Jesus: Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus.13 Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno".

 Do começo deste texto nos damos conta de que era necessário que o Senhor Jesus fosse submetido à mesma tentação a qual foi submetido o ser humano, e foi o próprio Espírito de Deus quem permitiu e colocou o Senhor Jesus na situação de ser tentado como a humanidade tinha sido e seguirá sendo tentada. O primeiro homem caiu, mas o segundo homem, o Senhor Jesus, prevaleceu quando ainda era o último Adão. Por isso foi chamado de o último Adão, para terminar na cruz com todo o velho homem, e começar o novo. Em um sentido Ele é o último Adão para terminar e no segundo homem para começar de novo.

 O Senhor Jesus, depois de quarenta dias de jejum teve fome; ou seja, vemos ali o Senhor submetido às pressões normais, não pecaminosas. Normais no sentido das necessidades da natureza, e o diabo se escondeu detrás dessas necessidades naturais e legítimas do organismo, porque assim trabalha, com astúcia, e quis que o Senhor Jesus atuasse por si mesmo independentemente de Deus, do momento de Deus, da provisão de Deus e por si mesmo atuasse para satisfazer, embora fosse por meio de um milagre, suas necessidades naturais. 

O Senhor Jesus foi submetido à tentação dos desejos da carne exatamente como Eva no Éden quando viu que a árvore era boa para comer, mas com a diferença de que o Senhor Jesus até tendo legítimas necessidades, entretanto não colocou essas necessidades em prioridade sobre vontade de Deus, mas confiou plenamente em Deus, confiou que Deus sabia como satisfazer suas necessidades, Jesus não as iria satisfazer em desobediência a Deus. Ele iria satisfazer suas necessidades naturais em comunhão com Deus, segundo o guiar de Deus, porque a economia do Senhor Jesus para as necessidades do homem é dirigida Por Deus, conforme às predições de Deus, e conforme à Palavra de Deus. 

Repetimos os versos 3-4:

"3 Então o diabo lhe disse: Se for filho de Deus, mande a esta pedra que se transforme em pão. 4 Jesus, lhe respondendo, o disse:  Escrito está: Não só de pão viverá o homem, mas também de toda palavra de Deus". 

Vemos que o Senhor se manteve na Palavra de Deus e deste modo se manteve na dependência do Pai e não no pão; o Senhor comeria pão quando o Pai o prover, e no caso de que não houvesse pão, Ele confiava no Pai, e de que poderia viver sem pão pela Palavra do Pai. Que diferente no caso com a Eva, com os seres humanos em geral e com o próprio sistema econômico do mundo! 

Sabem por que os homens vão ser controlados pelo anticristo?  Pelo econômico, por seus estômagos, porque não dependem de Deus, mas ansiedade, cobertos com as necessidades naturais, vão se submeter a esse pacote que o diabo lhes preparou, porque não vão poder comprar nem vender se não tiverem a marca da besta.

 Entretanto a Palavra diz que os que são do Senhor confiam no Senhor; aqui está a fé e a paciência dos Santos. Os Santos vivem pela fé no Senhor e esperam com paciência no Senhor, como o fez o Senhor Jesus quando venceu a tentação. Essa mesma tentação que apareceu no Éden é a que continua na história do mundo, e é a mesma que apareceu intensificada nos tempos finais, e é a mesma que o diabo utilizará para reunir à humanidade ao redor de si e contra Deus. Devemos entender bem isto, pois se trata da economia, um dos dentes do tridente: os desejos da carne, o qual é utilizado por Satanás, mas Jesus disse:  "Não só de pão viverá o homem, mas também de toda palavra de Deus". 

Continuamos recortando o versículo 5:  "E o levou o diabo a um alto monte, e lhe mostrou em um momento todos os reinos da terra". Ao avançar a tentação se apresenta agora em outra área. Agora Satanás não prova ao Senhor na área da economia, mas no da política. Mostrou-lhe os reinos do mundo, lhe propôs o exercício do poder.

 O Senhor ia exercer esse poder, mas aqui o diabo lhe propõe exercê-lo por si mesmo; somente tinha que ceder ao diabo, e ao fazê-lo poderia exercer o domínio do mundo. Precisamente isto que o Senhor recusou na cruz, o que ainda hoje nos bastidores do mundo, estas diferentes áreas que vimos como a política internacional, como a economia mundial multinacional, como o ecumenismo religioso não só entre o cristianismo religioso mas também a nível do ocultismo, estão dirigidas nos bastidores por pessoas que cederam à tentação do diabo; pessoas que ocupam os lugares mais altos do mundo, que pertencem à sociedade luciferiana, os Iluminati (Iluminados), que é como uma espécie de sociedade secreta dentro das sociedades secretas, uma infiltração super-secreta das sociedades secretas, integrada por satanistas. Os que estão nos mais altos cargos são os que estão nos bastidores, como marionetistas, a economia mundial, a diplomacia internacional, a ONU, e estão nos mais altos graus da maçonaria e dos chamados Iluminados; o que o Senhor recusou, eles aceitaram. Dizem os versos 6-7:

 "6 E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.".

 Eles hoje em dia são satanistas, e hoje em dia têm o poder do mundo e o dinheiro do mundo e os planos de seu pai o diabo; porque o Senhor Jesus disse:  "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai" (João 8:44). A proposta anterior de Satanás, no verso 8 o Senhor o responde:  " E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás ". Como o diabo não pôde fazer com que o Senhor o colocasse na centralidade em troca do caramelos dos reino do mundo, então o diabo foi mais sutil, propôs que Jesus fosse o centro em si mesmo; ou seja, que fizesse a mesma coisa que o diabo fez no princípio, que o imitasse.

 Isso é o que diz o diabo. Se não for deixar para eu ser o principal, então seja você o principal. Aqui é onde vamos entender o aspecto sutil e religioso dos desejos dos olhos, da vista, da experimentação, da curiosidade, o por que as pessoas se metem no ocultismo e muitas outras coisas, atuando por si mesmos. Leremos de novo os versos 9-11: 

"9 Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;10 Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem,11 E que te sustenham nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra".

Nesta nova fase da tentação usa outra tática, como quem diz:  Bom, você já sabe que o mundo é meu, todos os reinos do mundo são meus; mas Deus reservou Jerusalém para Ele, então vamos a Jerusalém. Olhe, não estou te mostrando as coisas de hoje; não estou te mostrando as casas de prostituição, as orgias, as bebedeiras; nada disso. Vamos a Jerusalém, vamos ao templo, a esse que o próprio Pai deixou Davi encarregado de edificar, e deu-lhe os planos, e Davi preparou tudo à Salomão, e logo Salomão o construiu; e quando o templo foi destruído, voltaram-no a reconstruir, e mais tarde veio Herodes e o reconstruiu maior, o aumentou e embelezou porque queria congraçar-se com os judeus e ser tão famoso ou mais que o próprio Salomão. Então Satanás mostrou ao Senhor o mais sagrado, a capital da religião judaica, que era a verdadeira. Levou-lhe a Jerusalém e lhe pôs sobre o pináculo do templo; como que dizendo:  Agora quem está sobre o pináculo é você, já não sou eu; agora você está no alto; jogue-se do alto , como quem diz, se rebele contra o Pai, atua por ti mesmo. Aí está a sutileza, o atuar por si mesmo, o te arriscar a caminhar sem tomar da mão de Deus; pra ver o que acontece.

 "Não morrereis", disse-lhe o diabo, porque queria matá-lo. O diabo queria matar ao Senhor, insinuando que se atirasse do pináculo do templo; que provasse, que atuasse por si mesmo, que se Ele era o Filho de Deus, então que atuasse como o que Ele era, nada menos que em Jerusalém. Que em vez de esperar a hora do Pai e passar pela cruz, por que não aparecia como o grande Messias com uma espetacular e tremenda descida do pináculo do templo, em toda a praça maior? Perverso e ardiloso Satanás. Essas tentações, quando alguém as vê pela primeira vez, parecem coisas simples, mas são muito profundas.

São as mesmas áreas em que Satanás engana, as mesmas em que o mundo segue pensando, as mesmas pelas quais já tem submetido o mundo; são as mesmas que satanás propôs ao Senhor Jesus. Esta tentação é tão sutil, que hoje em dia devemos discernir, e logo devemos examinar cada área com mais detalhe:  a religiosa, a econômica e a política; e então, por exemplo, encontramos a sutileza na área religiosa, quando Satanás vem utilizando as promessas da Bíblia, a teologia da prosperidade e do êxito; mas o curioso é que essas promessas o diabo não as conectou com as demandas, nem com toda a Palavra, nem com a intenção de Deus; assim o diabo nos faz tomar alguns versículos da Palavra. Como havia dito ao Senhor no deserto "Escrito está", e na segunda vez voltou para dizer:  "Escrito está"; então veio com alguns pedacinhos de "escrito está"; note a sutileza; mas não com todos, mas com alguns. Quando Satanás insinua ao Senhor que se jogue do pináculo do templo, está insinuando sutilmente que comprove, que atue por si mesmo. Se for Filho de Deus, faz algo, comprova algo por ti mesmo. Esse é um princípio sutil. Por que parece na primeira vista que não tem nada que ver com os desejos dos olhos?  O que impulsiona os desejos dos olhos?  A curiosidade, o lançar-se em aventuras soltando a mão de Deus para ver o que acontece. Exatamente o Senhor Jesus foi submetido a essa tentação. Muitas pessoas se metem na parapsicologia e começam a invocar espíritos e coisas, para ver o que acontece, como querendo satisfazer uma curiosidade insalubre, na qual o homem se mete soltando-se da mão de Deus, sem caminhar com Deus, sem esperar em Deus.

 Não estamos contra a ciência; estamos contra é de não segurar na mão de Deus e aprender a ciência com Deus. A Bíblia diz que Deus é quem ensina ao homem a ciência, e que boa é a ciência com herança (Eclesiastes 7:11a). Entretanto, se deve aprender da mão de Deus. Onde está o perigo é na curiosidade do homem às costas de Deus. E o mundo, a chamada civilização, desenvolveu-se por estes três impulsos básicos, que não provêm do Pai. Satisfazer por si mesmo, sem necessidade de Deus, e para a glória de si mesmo, para o poder de si mesmo; investigar por si mesmo o que vai acontecer, satisfazer sua curiosidade e avançar sozinho e solto, não recebendo da mão de Deus. Disso se rege o mundo; essas três violações são as que constituíram a este mundo; e apareceram os grandes impérios, e a Bíblia diz que essas cabeças do dragão coincidem com as cabeças da besta. Os princípios satânicos com os que o pai da mentira se rebelou, os enviou à humanidade; e agora a humanidade desenvolveu sua histórica civilização, os distintos impérios, as distintas (sete) cabeças da besta, que são as mesmas sete do dragão, com o desenvolvimento da serpente. 

A que aparece como uma simples serpente em Gênesis, essa mesma aparece em Apocalipse como um grande dragão com sete cabeças, e o dragão tem sete diademas, e a besta tem sete cabeças e dez diademas. O mundo espiritual, os governadores das trevas deste mundo (Efésios 6:12), fez expressão no mundo material; as chamadas grandes civilizações da terra nada mais são que o rastro da serpente. O curso da história se delineou com apoio nesses princípios e independência de Deus; o homem colocando-se no lugar de Deus; satisfazer suas necessidades da sua maneira, para a glória de si mesmo, e continuar investigando pra ver aonde chega por si só, sem necessidade de Deus. Esse foi o impulso do mundo, a tentação de Satanás, o tridente do diabo. 

O diabo disse ao Senhor que se lançasse porque escrito está, a seus anjos mandará, que lhe guardem. Aí estão as promessas. Citou o salmo 91, tão querido por todos nós. Que atue por si só, que comprove que é capaz de ser Ele, sem Deus. Nessas três tentações está desenhada a humanidade; nesses três terríveis dentes do tridente de Satanás, está traspassado o mundo inteiro. A Igreja não é do mundo; é regida por princípios diferentes, segundo o Espírito e a história de Jesus Cristo, e está acima da carne, do mundo e do próprio diabo. No verso 12 disse:  "Respondendo Jesus, o disse:  Dito está:  Não tentarás ao Senhor teu Deus". Mateus diz com mais clareza assim:  "Também está escrito". Lucas omitiu o também, pois possivelmente não lhe pareceu tão importante. Mas graças a Deus, o Espírito Santo disse também através de Mateus; Marcos não diz nada a respeito. Quando Mateus diz que também está escrito, está conectando isto com o resto da Palavra. Não se pode tomar um versículo para desobedecer a Deus; temos que levar em consideração toda a Palavra, a soma da Palavra, a cosmovisão segundo Deus, e é conectado com o propósito de Deus. O diabo tirou a Palavra de seu contexto e do propósito de Deus ao dá-la. O Senhor voltou a conectá-la com o resto da Palavra e com o plano de Deus. E então agora o Senhor sim usou bem a Palavra, pois o diabo a quis usar mal.  Tenha-se em conta que esta é uma tentação, mas de tipo religioso, com versículos e tudo, procurando que o homem atuasse religiosamente, de forma independente de Deus. Essa é precisamente a diferença entre o cristianismo e a religião do mundo. O cristianismo é uma revelação de Deus; é Deus vindo ao homem. 

A passo que as religiões do mundo são os homens experimentando essa área misteriosa do mundo invisível, de ultra tumba, do pós morte, pra ver onde chega, pra ver o que se comprova, para ver o que se consegue. É o homem bisbilhotando no mundo religioso. Por isso é que pusemos os desejos dos olhos, a árvore agradável à vista; uma vez que hajamos revelado realmente o que é que está por trás dessa tentação, lançar o homem a uma grande aventura sem a mão de Deus; e a religião é então o esforço do homem por chegar a algum lugar. Mas o cristianismo é a vinda do Filho do Homem, a vinda de Deus ao homem, não a aventura do homem para o absoluto, desconhecido e misterioso, não. É a revelação de Deus ao homem. Por último diz no verso 13 que "quando o diabo terminou toda tentação, afastou-se dele por um tempo".

 Unificação ao redor de Satanás 

Essa mesma tentação, esse mesmo tridente, também aparece nos últimos tempos, porque se trata do mesmo diabo, dos mesmos desejos, só que agora a estava moderando com humilde aparência. Em Apocalipse 16:13-14 diz:

 "13 E vi sair da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, três espíritos imundos a maneira de rãs; 14 pois são espíritos de demônios, que fazem sinais, e vão aos reis da terra em todo mundo, para reuni-los à batalha daquele grande dia do Deus Todo-poderoso". 

No Antigo Testamento, as rãs não eram dos animais limpos, mas dos imundos, e é por isso que representam os espíritos imundos. São três, não um sozinho; embora seja o mesmo dragão, entretanto saem de sua boca três espíritos imundos. O que estes espíritos imundos fazem?  No tempo do fim, no mundo se movem três espíritos de demônios. Os demônios são os autores das doutrinas de engano. Paulo diz a Timóteo que "nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, escutando a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1ª Timóteo 4:1). Isso significa que o diabo está inspirando o mundo em três áreas principais através de seus líderes, com a intenção de reuni-los contra Cristo. O Senhor ia aos humildes, mas o diabo se interessa pelos reis, e o diabo sempre quis reunir. Devemos distinguir qual é a unidade legítima do Espírito Santo, qual é a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus de que fala a Bíblia, qual é a unidade verdadeira e legítima do Corpo de Cristo, segundo a Palavra de Deus, qual é a unidade própria do povo de Deus, e distinguir sobre essa pretendida unidade, porque Babilônia também resultou de uma aparente unidade. Não disseram eles, "e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra"? (Gênesis 11:4). O povo era um e trabalhou para construir Babel; isso foi uma unidade. Mas essa unidade não era conforme o propósito de Deus, porque o propósito de Deus é reunir todas as coisas ao redor de Cristo; entretanto, Satanás também diz: "13 Subirei ao céu; no alto, junto às estrelas de Deus, levantarei meu trono, e no monte do testemunho me sentarei, aos lados do norte; 14 sobre as alturas das nuvens subirei, e serei semelhante ao Altíssimo" (Isaías14:13-14).

 O diabo também está inspirando a nível mundial em três áreas principais, precisamente as mesmas da tentação: da economia, da política e da religião; o diabo está inspirando a concórdia do mundo para a "paz e segurança", mas entre aspas, claro está, com ironia. reuni-los, para que?  Para a batalha, para o grande dia do Deus Todo-poderoso. Devemos discernir o que está acontecendo no mundo a respeito de globalização econômica, a interdependência das nações do ponto de vista econômico; programas de abertura econômica para criar a interdependência, e forçar, depois de uma realidade econômica, uma nova situação política. E logo quando essa situação política forçada pelos meios da economia, cede o político, então se utiliza o braço secular para obrigar a criação de uma religião mundial; e o interesse disso se deve a que o diabo quer ser adorado, mas para isto necessita o braço secular, porque ele não vai ser adorado de bom grado inicialmente; o diabo sempre procura usar os métodos da inquisição. Para que a religião do diabo funcione, é necessário montar a política, e para que esta política se estabeleça, usa a economia. Aí está de novo o tridente. O Senhor começa pelo religioso, logo o representa no político e resulta uma economia cristã. Por que?  Porque tudo resulta da revelação de Deus, e a revelação de Deus não somente nos fala o necessário para o homem, para sua vida religiosa, mas também para sua vida normal, comum. Deus estabelece os princípios de conduta, de senhorio sobre a terra, e aí surge o que seria uma legítima política, ou uma verdadeira ciência de administração do que Deus pôs de Sua criação em nossas mãos para governar sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre as bestas e sobre tudo isto. O homem inspirado Por Deus toma decisões e estabelece um tipo de inter-relações econômicas justas, porque tiveram sua origem em Deus, segundo o propósito de Deus. Em troca o diabo trabalha ao reverso. 

O diabo utiliza a economia para forçar a situação através de uma montagem criada de propósito, por inspiração desses demônios, criando uma interdependência econômica e um vazio político, uma necessidade imperativa, uma nova situação política internacional. Enquanto a Colômbia continuar sendo a Colômbia, Venezuela continuar sendo a Venezuela e Peru continuar sendo o Peru, faz falta um personagem que coordene a Colômbia, Venezuela e Peru. Enquanto a França continuar sendo a França, Itália continuar sendo a Itália, Inglaterra continuar sendo a Inglaterra e Alemanha continuar sendo a Alemanha, faz falta um coordenador executivo. 

Mas quando através da economia se integra a Alemanha com a França, com a Itália, com a Inglaterra e com outras nações e forma um Mercado Comum Europeu, então os respectivos presidentes e representantes das nações, em consequência, estabelecem um conselho europeu; e quando cada nação tiver perdido sua soberania, chega o momento em que esse terreno comum que todos cederam se constitui em uma base para uma lei maior, de maior envergadura que simplesmente nacional, ou base para uma lei internacional; então esse Conselho de Estado que representa às nações através de seus presidentes, chama-se Comissão Europeia, a qual já não se encarrega de governar sobre as nações, mas sim de governar sobre a Europa; sobre todo o bloco. Pra essa comissão tem haver um presidente. Com isto nos estamos dando conta de como uma interdependência econômica, uma abertura econômica, através dos interesses não dos pobres, porque os pobres preferem que as batatas fiquem aqui e não que as levem pra vender caro na Venezuela, mas trata-se dos interesses das grandes multinacionais, eles não querem que haja alfândegas, porque querem os intercâmbios livres e fáceis, e preferem derrubar as fronteiras, as tarifas, pois o que as grandes multinacionais não querem pagar em tarifas, agora o povo paga com o IVA, com o imposto às vendas; e com isso querem suprir o montante das tarifas que pagavam os ricos das multinacionais. Para os ricos baixaram as tarifas, mas como o orçamento da nação tem que funcionar, então terá que se tirar de outro bolso. Se for tomar um cafezinho, então um pouquinho de café vai servir para cobrir o que antes tinham que cobrir as tarifas, e isso significa que agora os pobres têm que subsidiar aos ricos. 

Através destas medidas globais e estas "uniões", fomentam-se estas inter-relações para facilitar aos marioneteiros seus negócios, seus votos, e em consequência se cria uma nova realidade, uma "Terceira Onda", como diz Alvin Toffler, sobre o futuro da civilização; fala do choque do futuro, a terceira onda e outras coisas. Agora subsiste uma nova, a era Tecnotrônica, pois já se superou essa etapa agrária e inclusive a industrial; estamos na etapa atômica e nuclear, tecnológica e tecnotrônica. Agora não somos antiquados nacionalistas, agora somos cosmopolitas; agora tomamos o café da manhã em Londres, almoçamos em Paris e jantamos em Berlim; agora o “nacional” é um assunto obsoleto; agora é imperativo criar em vista da nova realidade econômica nas mãos da gerência das multinacionais, dos bancos e da indústria. Agora, dizem eles, terá que se criar uma nova situação política; então os países somente darão um voto na Organização das Nações Unidas; um voto fácil de comprar e fácil de controlar. Cria-se uma nova situação política que transcende os compartimentos nacionais. O que Deus queria? Quando Deus desfez a torre de Babel, estabeleceu as nações; mas agora se diz:  Voltemos para a torre de Babel; outra vez voltemos a reunir o disperso, mas não ao redor de Cristo. Vamos reunir as religiões, vamos reunir as economias; agora o desejado é a globalização da economia, da nova diplomacia internacional; através do econômico se criou a situação para sentar uma política, e uma vez as nações votam a favor desses convênios internacionais, entregam sua economia a essas instituições globalistas, e logo, essas instituições globalistas, com o poder e uma lavagem especial com os representantes das nações e fazendo eles as coisas pelas costas do povo que não sabe o que está acontecendo, com o aparelho militar ao seu dispor, fazem cumprir as disposições globais. 

Quando já se tem o militar a serviço do político global, chega-se a onda do religioso, e é quando se chega ao que trata Apocalipse nos capítulos 13 e 17; esses três poderes, esses três dentes do tridente:  A economia, a política e a religião, as quais tem seus intermédios:  o cultural, o social e o militar, trabalhando para entregar o poder ao dragão e ao anticristo. Vamos dar uma olhada no capítulo 13 de Apocalipse; diz nos versículos 11-12:

 "11 Despois vi outra besta que subia da terra; e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como um dragão. 12 E exerce toda a autoridade da primeira besta na presença dela, e faz que a terra e os moradores dela adorem à primeira besta, cuja ferida mortal foi sanada". 

No versículo 1 aparece uma besta política, com corpo de leopardo, pés como de urso e boca de leão, a qual surge à maneira de uma síntese das civilizações anteriores, pois isso era o que representavam as bestas da visão de Daniel que aparece no capítulo 7 do livro deste profeta. O leopardo representava o império grego, ou seja, toda a herança ocidental aparecerá, mas mimetizada com toda a religião babilônica e seus princípios representados pelo leão, e com todo o poderio militar dos medos e os persas, representado pelo urso persa; tudo isso aparecerá sintetizado nessa besta final.

 Mas de acordo ao verso 11, haverá outra besta, e nisso devemos ter muito cuidado, nós os cristãos, porque esse outro poder que vai enganar ao mundo para servir ao poder político, é o religioso, e o curioso é que tem aparência cristã e se sustenta de poder cristão, porque diz a Palavra que essa besta tem chifres de cordeiro, e fazia que os moradores da terra fizessem imagem à primeira besta, e a adorassem; ou seja, que a segunda besta vai pôr a religião à serviço do globalismo do anticristo e o diabo; e isso indica que é um poder pseudocristão. Por que?  Porque seus chifres são de cordeiro, mas fala como dragão.

 Então isso nos diz que no cristianismo geral ou nominal, está acontecendo um fenômeno, e se trata de um fenômeno de secularização.

 Esse fenômeno estamos vendo aos quatro ventos, a religião a serviço da política internacional, o que envolve o movimento do ecumenismo religioso e levará a grande apostasia que anuncia a Bíblia em 2ª Tessalonicenses 2. Mas, repetimos, o elemento de conversão é a economia unificada, a qual desemboca na política globalizada e termina na religião ecumênica. Esse é o tridente de Satanás.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"