sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quem sou eu em Cristo? " Autor Desconhecido"

Pergunta: "Quem sou eu em Cristo?"

Resposta:
De acordo com 2 Coríntios 5:17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” Há duas palavras gregas que são traduzidas “nova” na Bíblia. A primeira, neos, refere-se a algo que acabou de ser feito, mas há muitos outros em existência exatamente iguais. A palavra traduzida nova nesse versículo é a palavra kainos, a qual significa algo que acabou de ser criado e que não existe nada igual. Em Cristo, somos uma criatura completamente nova, assim como Deus criou os céus e a terra originalmente – Ele os criou do nada, e assim o faz conosco. Ele não simplesmente purifica o nosso velho ser; Ele cria um ser completamente novo, o qual passa a fazer parte de Cristo. Quando estamos em Cristo, somos “co-participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Deus, na pessoa do Seu Espírito Santo, passa a habitar em nossos corações. Estamos em Cristo e Ele em nós.

Quando estamos em Cristo e Ele em nós, somos regenerados, renovados e nascidos de novo, e essa nova criação se focaliza no espiritual, enquanto que a velha natureza se focaliza no carnal. A nova natureza está em comunhão com Deus, obediente à Sua vontade e dedicada ao Seu serviço. Essas são coisas que a velha natureza é incapaz de fazer ou de desejar fazer. A velha natureza é morta às coisas do Espírito e não pode se renovar. Na velha natureza, somos “mortos nos delitos e pecados” (Efésios 2:1), e ela só pode se tornar viva através de uma ressuscitação supernatural que acontece quando vimos a Cristo e somos habitados por Ele. Ele nos dá uma natureza nova e santa e uma vida incorruptível. Nossa velha vida, anteriormente morta para Deus por causa do pecado, está enterrada, e somos ressuscitados para que “andemos nós em novidade de vida” com Ele (Romanos 6:4).

Em Cristo, somos unidos a Ele e não mais escravos ao pecado (Romanos 6:5-6); somos vivos em Cristo (Efésios 2:5); conformados à Sua imagem (Romanos 8:29); livres da condenação e andamos não segundo a carne, mas segundo o Espírito (Romanos 8:1), somos também parte do corpo de Cristo com outros crentes (Romanos 12:5). O crente agora possui um novo coração (Ezequiel 11:19) e tem sido abençoado “com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”(Efésios 1:3).

Podemos nos perguntar por que tão frequentemente não andamos da maneira que acabamos de descrever, apesar de termos entregado nossas vidas a Cristo e de termos certeza da salvação. Isso é porque nossas novas naturezas estão habitando nos velhos corpos carnais e eles estão em guerra um com o outro. A velha natureza está morta, mas a nova natureza ainda tem que batalhar com a velha “tenda” onde habita. O mal e o pecado ainda estão presentes, mas o crente agora os enxerga de uma nova perspectiva, e eles não mais o controla como antes. Em Cristo, podemos agora resistir o pecado, enquanto que a velha natureza não podia fazer isso. Agora temos a escolha de alimentar a nova natureza através da Palavra, oração e obediência, ou de alimentar a carne quando negligenciamos essas coisas e praticamos o pecado.

Quando estamos em Cristo, “somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37) e podemos nos regozijar em nosso Salvador, o qual torna todas as coisas possíveis! Em Cristo somos amados, perdoados e temos a promessa de salvação. Em Cristo somos adotados, justificados, redimidos, reconciliados e escolhidos. Em Cristo somos vitoriosos, somos cheios de alegria e paz, e temos o verdadeiro sentido para a vida. Que maravilhoso Salvador é Cristo!


Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/quem-em-Cristo.html#ixzz2WBM3UtZ0

Quem sou eu em Cristo? " Autor Desconhecido"

Pergunta: "Quem sou eu em Cristo?"

Resposta:
De acordo com 2 Coríntios 5:17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” Há duas palavras gregas que são traduzidas “nova” na Bíblia. A primeira, neos, refere-se a algo que acabou de ser feito, mas há muitos outros em existência exatamente iguais. A palavra traduzida nova nesse versículo é a palavra kainos, a qual significa algo que acabou de ser criado e que não existe nada igual. Em Cristo, somos uma criatura completamente nova, assim como Deus criou os céus e a terra originalmente – Ele os criou do nada, e assim o faz conosco. Ele não simplesmente purifica o nosso velho ser; Ele cria um ser completamente novo, o qual passa a fazer parte de Cristo. Quando estamos em Cristo, somos “co-participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Deus, na pessoa do Seu Espírito Santo, passa a habitar em nossos corações. Estamos em Cristo e Ele em nós.

Quando estamos em Cristo e Ele em nós, somos regenerados, renovados e nascidos de novo, e essa nova criação se focaliza no espiritual, enquanto que a velha natureza se focaliza no carnal. A nova natureza está em comunhão com Deus, obediente à Sua vontade e dedicada ao Seu serviço. Essas são coisas que a velha natureza é incapaz de fazer ou de desejar fazer. A velha natureza é morta às coisas do Espírito e não pode se renovar. Na velha natureza, somos “mortos nos delitos e pecados” (Efésios 2:1), e ela só pode se tornar viva através de uma ressuscitação supernatural que acontece quando vimos a Cristo e somos habitados por Ele. Ele nos dá uma natureza nova e santa e uma vida incorruptível. Nossa velha vida, anteriormente morta para Deus por causa do pecado, está enterrada, e somos ressuscitados para que “andemos nós em novidade de vida” com Ele (Romanos 6:4).

Em Cristo, somos unidos a Ele e não mais escravos ao pecado (Romanos 6:5-6); somos vivos em Cristo (Efésios 2:5); conformados à Sua imagem (Romanos 8:29); livres da condenação e andamos não segundo a carne, mas segundo o Espírito (Romanos 8:1), somos também parte do corpo de Cristo com outros crentes (Romanos 12:5). O crente agora possui um novo coração (Ezequiel 11:19) e tem sido abençoado “com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”(Efésios 1:3).

Podemos nos perguntar por que tão frequentemente não andamos da maneira que acabamos de descrever, apesar de termos entregado nossas vidas a Cristo e de termos certeza da salvação. Isso é porque nossas novas naturezas estão habitando nos velhos corpos carnais e eles estão em guerra um com o outro. A velha natureza está morta, mas a nova natureza ainda tem que batalhar com a velha “tenda” onde habita. O mal e o pecado ainda estão presentes, mas o crente agora os enxerga de uma nova perspectiva, e eles não mais o controla como antes. Em Cristo, podemos agora resistir o pecado, enquanto que a velha natureza não podia fazer isso. Agora temos a escolha de alimentar a nova natureza através da Palavra, oração e obediência, ou de alimentar a carne quando negligenciamos essas coisas e praticamos o pecado.

Quando estamos em Cristo, “somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37) e podemos nos regozijar em nosso Salvador, o qual torna todas as coisas possíveis! Em Cristo somos amados, perdoados e temos a promessa de salvação. Em Cristo somos adotados, justificados, redimidos, reconciliados e escolhidos. Em Cristo somos vitoriosos, somos cheios de alegria e paz, e temos o verdadeiro sentido para a vida. Que maravilhoso Salvador é Cristo!


Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/quem-em-Cristo.html#ixzz2WBM3UtZ0

domingo, 3 de fevereiro de 2013


Reimaginando o papel da mulher na igreja
Carta aberta
Frank Viola
Trad. Gabriella Mendes Haber


Este capítulo foi removido do livro Reimaging Church [traduzido pela Editora
Palavra como Reimaginando a igreja] em decorrência de limitações relativas ao
espaço, mas há uma nota no livro indicando este texto. Veja também God’s
View of a Woman.

A subjugação da mulher, de fato, é um sintoma da natureza caída do
homem. Se a obra de Cristo envolve quebrar a herança [consequências
inerentes] da queda, a implicação de sua obra para a libertação de mulheres é
evidente.

Suposições injustificadas por vezes são decorrentes do fato de que os
doze apóstolos originais eram homens. Mas de fato os discípulos do Senhor
desempenharam um triste papel em comparação às discípulas de modo
especial nas suas últimas horas; e foi às mulheres que ele confiou o privilégio
de levar à notícia de sua ressurreição. Ele tratou as mulheres de um modo
completamente natural, como pessoas reais. Ele transmitiu seu ensino para os
ouvidos ansiosos de Maria de Betânia, enquanto à mulher samaritana (dentre
todas as pessoas) ele revelou a natureza da verdadeira adoração. Os
discípulos ficaram surpresos ao encontrá-lo conversando com uma mulher:
para um professor religioso fazer isto era na melhor das hipóteses uma perda
de tempo e, na pior, um perigo espiritual.
F.F. Bruce.

Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos.
Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos
terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu
Espírito naqueles dias, e eles profetizarão ( Pedro citando o profeta Joel em
Atos 2:17-18, NVI).



Querida irmã,
Obrigado pela sua carta graciosa. Você fez um excelente
questionamento. Qual é a minha visão a respeito do papel da
mulher na igreja e como eu entendo as “passagens limitadoras” que parecem
restringir o seu ministério?
Para ser sincero, eu estou imensamente desinteressado em acrescentar
mais barulho à malfadada e furiosa guerra dos sexos de alguns círculos
cristãos. É por esta razão que eu tenho relutado para escrever sobre este
assunto. Contudo, eu ainda encontro mulheres que têm sido espiritualmente
colocadas em uma camisa de força pelo que eu considero uma interpretação
rígida de certos textos bíblicos. As histórias delas têm me provocado a andar
neste perigoso campo minado. E por causa delas, bem como por causa de
todas as minhas amadas irmãs em Cristo, eu lamento não ter feito isto antes.
Tendo dito isto, agora estou pronto para ter minhas orelhas
chamuscadas com a inquietação, pronto para o roer de unhas e ranger de
dentes que podem ser gerados pela minha resposta.
Então deixemos que esta carta acalme toda a controvérsia. Aqui,
querida irmã, está a resposta à sua questão. Aqui está a palavra final no
assunto:
Paulo se colocou claramente quando disser que sob nenhuma condição
e circunstância a mulher pode falar em um encontro da igreja. Ela não deve
nunca, jamais, sob nenhuma situação, dizer uma palavra na igreja. Ela deve
sem nenhuma exceção manter absoluto, total e completo silêncio.
A menos que...
Ela tenha a cabeça coberta!
Está claro agora? Eu acho que você está rindo, pois fui faceiro. Ainda
assim, eu estava tentando mostrar uma perspectiva. O fato é que Paulo parece
Q
3
se contradizer em relação a este assunto. As chamadas “passagens
limitadoras” são incrivelmente difíceis de interpretar. Considerando a sua
obscuridade, ninguém pode ser dogmático em relação ao que Paulo realmente
quis dizer quando as escreveu. Tendo isto em consideração, cada
interpretação destes textos tem deficiências. E eu irei admitir, sem
constrangimentos, que isto se aplica ao meu entendimento.
Para o bem daqueles que lerem esta carta “por cima do ombro”, as
“passagens limitadoras” são aqueles textos que parecem colocar alguma
restrição ao ministério das mulheres na igreja. Curiosamente, existem apenas
duas passagens desta natureza em todo o Novo Testamento. Aqui estão elas:
“As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas
estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa,
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres
falem na igreja”. (I Coríntios 14:34-35, Almeida Revista e Corrigida*).
“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a
mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.
Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a
mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (I Timóteo 2:11-14, Almeida Revista e
Corrigida).
Antes de discutirmos estas duas passagens, deixe-me explicar como eu
cheguei às minhas conclusões.
-----
*N.daT. Quando não houver outra indicação, a tradução da Bíblia será a Almeida Revista e
Corrigida. No original, o autor utilizou a NASB – New American Standard Bible, que não tem
versão correspondente em Português.
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A verdade completa da Nova Aliança
Há muito tempo eu aprendi uma lição de grande valor: o Novo
Testamento nunca deve ser manuseado como um conjunto de doutrinas
flutuantes ou ensinos isolados. O Novo Testamento é um todo. É
essencialmente uma história. O que está na carta de Paulo e nas dos outros é
parte desta história.
A história do Novo Testamento contém uma mensagem consistente. É a
mensagem da Nova Aliança. Não inclui um novo conjunto de regras para
substituir as antigas.
A antiga aliança continha um conjunto de regras por meio dos quais
homens e mulheres deveriam pautar as suas vidas. Também delineava
distinções entre as pessoas – garantindo privilégios especiais para alguns.
Alguns eram respeitados como povo de Deus (judeus). Outros não eram povo
de Deus (gentios). Dentre aqueles do povo de Deus, alguns recebiam a honra
de estarem mais próximos a Deus (os sacerdotes). Os demais não recebiam
esta honra (o povo). Alguns recebiam funções ministeriais especiais (os filhos
de Arão). Outros recebiam funções menos importantes (os levitas). Outros
ainda não recebiam qualquer função (a congregação).
Quando Jesus Cristo entrou em cena, tudo isto mudou radicalmente.
Nosso Senhor inaugurou uma Nova Aliança que fez a antiga obsoleta. A Nova
Aliança acabou com as regras. Acabou com as distinções terrenas. E aboliu
classes especiais de pessoas que possuíam privilégios especiais.
Sob a Nova Aliança, a Lei de Deus é escrita no coração humano pelo
Espírito Santo. O Espírito veio habitar todo que clama pelo Salvador – incluindo
homens e mulheres. Incluindo judeus e gentios. Incluindo escravos e não
escravos.
Todas as distinções terrestres foram abolidas pela Nova Aliança. Todas
as classes ministeriais foram eliminadas. Possuir o Espírito significa ter acesso
a Deus – ninguém é excluído.
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Além disto, possuir o Espírito significa ter garantido o privilégio de
ministrar na Casa de Deus. O profeta Joel citado por Pedro fala, “Nos últimos
dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus
filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão
sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito
naqueles dias, e eles profetizarão” (Joel 2:28-29; Atos 2:17-18).
Gálatas 3:28 resume satisfatoriamente a Nova Aliança: “Nisto não há
judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque
todos vós sois um em Cristo Jesus”. Esta passagem sumariza o entendimento
de Paulo a respeito do efeito do evangelho em assuntos culturais como
racismo, escravidão e opressão de gênero. Gálatas 3:28 não se restringe à
“salvação”. Pelo contrário, há implicações sociais para todos.
Resumindo, a Nova Aliança apaga todas as distinções sociais e de
classe. E tem proporcionado a todos que recebem o Espírito que sejam
sacerdotes na casa de Deus. Isto inclui as mulheres.
Tendo dito isto, o que quer que signifiquem as “passagens limitadoras”,
não podem de modo algum derrubar a Nova Aliança. Nem podem contradizer a
verdade completa do Novo Testamento. Consequentemente, a ideia de que as
mulheres devem ser excluídas de falar na casa de Deus é uma brecha
catastrófica na Nova Aliança. Uma aliança que eliminou distinções terrestres e
trata a homens e mulheres como co-sacerdotes no reino de Deus.
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O SACRIFÍCIO DE ABEL-Willian Kelly


O SACRIFÍCIO DE ABEL

Gêneses 4; Hebreus 11:4


Extraído do site www.verdadespreciosas.com.ar e traduzido para o Português pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS


Se tomarmos a história do jardim de Éden em seu conjunto, veremos nela um todo no mais pleno sentido, e um sucinto, mas completo quadro dos caminhos de Deus. O homem posto sob responsabilidade, e inclusive sob a lei, foi pecaminoso, e mostrou ser um verdadeiro pecador; e foi jogado fora do lugar de residência, onde Deus o visitava para ter comunhão com Ele. Mas Deus não o enviou fora para começar um novo mundo longe Dele mesmo sem dar o mais pleno testemunho à soberana graça que fez frente ao mal. A nudez do homem era a expressão da inocência que se perdeu. A vergonha e a culpa, e um temor culpável da presença de Deus, constituíam agora o estado do homem: Deus em sua soberana graça resolveu isto. Vestiu ao Adão com aquilo que proveio da morte, e Seus olhos tinham Sua própria obra ante Ele. Isto não dizia que o homem estivesse nu em si mesmo, mas sim que o próprio Deus, havendo tomando conhecimento disso em graça, havia coberto sua nudez. O presente estado foi perfeita e plenamente provido, e o poder do mal julgado no futuro. daqui em diante o poder da semente da serpente seria destruído.

Mas o homem, jogado fora assim de diante de Deus, com a inocência perdida, começou um novo mundo, e então surgiu necessariamente a pergunta: «Pode ter o homem algo que dizer a Deus?; e como?» Agora bem, é claro que se Deus obrou no homem, Ele não podia nem por um momento ser indiferente ao que tinha acontecido; e mais claro ainda é o fato de que Deus não podia ser indiferente ao estado do mal que tinha levado ao homem onde se encontrava agora, e que foi expresso pelo que ele era em pecado e longe de Deus. Aquilo que era o triste resultado para o homem, Deus o viu como o mal estado nele.

A expulsão do paraíso pôs ao homem em uma via judicial fora daquele lugar, embora não de maneira irrecuperável. Ele estava ali moralmente, e surgiu a pergunta: «Podia aproximar-se de Deus?» Em realidade, agora não podia, enquanto for insensível ao estado no qual tinha entrado; em este permaneceria ainda tão afastado de Deus como sempre, e Deus, em Seu governo e testemunho públicos, não podia dar testemunho de receber ao homem nesse estado. E esta é a nova plataforma sobre a que se acham Caim e Abel: a de uma aproximação a Deus achando-se em um estado que foi o resultado da expulsão de Sua presença. Aproximamo-nos de Deus como se nada tivesse passado, em relação com as circunstâncias e os deveres cotidianos do lugar no qual entramos, ou, em troca, conscientes da pecaminosidade deste estado, conscientes de nossa queda, e elevando nossos olhares a Deus em nossas consciências como aqueles que as adquirimos pelo pecado? Todo cristão sabe. E note-se bem aqui, que não se trata de pecado cometido, mas sim da consciência de nossa verdadeira condição diante de Deus.

Caim vai a Deus com o fruto de seu esforçado trabalho (o homem tinha sido enviado para cultivar a terra). Tal é o verdadeiro estado prático do homem jogado fora. No Abel, em troca, a fé tinha suas percepções. O pecado tinha entrado, e, pelo pecado, a morte; e a fé o reconhecia. “Agora, na consumação dos séculos, apresentou-se uma vez para sempre pelo sacrifício de si mesmo para tirar do meio o pecado” (Hebreus 9:26). Isto não era a purificação dos pecados atuais cometidos pelo indivíduo. Destes se fala imediatamente depois como um tema à parte e distinto, que adiciona o julgamento, mas um julgamento já pronunciado para aqueles que olham a Ele como Aquele que levou nossos pecados, Aquele que veio a ser Ele mesmo o Juiz (Hebreus 9:26-28).

Temos quatro mundos, por assim dizê-lo, neste aspecto:

1. O Jardim de Éden

2. Um mundo já não mais inocente, a não ser um homem afastado de Deus e jogado fora para um lugar onde o pecado e Satanás reinam.

3. Um mundo no qual Cristo reina em justiça, e

4. Os novos céus e a nova terra, onde mora a justiça.

Temos um mundo inocente (que agora já passou) onde o homem foi provado sem o mal nele pela simples obediência. O mundo final, baseado na justiça, que nunca muda em sua natureza, e que não pode muda em sua estabilidade moral

Mas logo que o pecado tinha entrado e caracterizado o mundo e o estado do homem, os termos sobre os quais o homem podia estar com Deus deviam ser mudados, por quanto Deus não podia mudar. O fato de que um Deus santo e uma criação pecaminosa tivessem que estar nos mesmos termos, como se esta fosse inocente, simplesmente não podia ser. A livre e feliz comunhão seria impossível. Podia haver um clamor por graça de parte do homem (uma provocação pelo terreno sobre o qual o homem se achava), mas não uma livre relação. Que Deus seja amor, não altera este fato. Seu amor é um amor santo, pois Ele é luz; mas “os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más” (João 3:19).

Admito e acredito que o livre e soberano amor de Deus originado por si mesmo, constitui a fonte de todo nosso gozo, esperanças e bênçãos, eternas e infinitas como o são. Mas Deus exerce esse amor mediante a introdução de um Mediador na morte: não aqui mediante o derramamento de sangue para pagar a culpa, mas sim na perfeita entrega de Si mesmo a Deus no que era a morte, como tal, e o fruto do pecado. ofereceu-se a gordura (Gênese 4:4) assim como o sangue, mas não oferecida como tal para perdão, mas sim para aceitação em Outro, o qual se deu a si mesmo completamente a Deus na morte, a qual tinha entrado. E advirta-se que as almas podiam aproximar-se de Deus: cada qual vinha com sua oferenda.

Caim veio como se nada tivesse passado, e tanto assim trouxe para Deus como oferenda o que era sinal do estado arruinado no qual tinha entrado, mas que ele não reconhecia como de ruína. Não havia fé nisso. Em Abel sim a havia. Ele ofereceu pela fé ?a qual reconhecia que a morte tinha entrado pelo pecado?, mas que Outro se deu a Si mesmo por ele, uma oferenda feita por fogo de aroma grato. Porque há duas coisas: “Ao que nos amou, e nos lavou de nossos pecados” (Apocalipse 1:5) e “Cristo nos amou, e se entregou a si mesmo por nós, oferenda e sacrifício a Deus em aroma suave” (Efésios 5:2). A primeira tinha que purificar os pecados precedentes; a outra assinalava o valor e a preciosidade daquele em quem somos aceitos, “aceitos no Amado” (Efésios 1:6). Agora bem, tratava-se de uma questão de aceitação ao vir diante de Deus; e Deus não aceitou ao Caim. Ele aceitou ao Abel; mas o testemunho foi dado de seus dons. Abel foi aceito, mas o testemunho de Deus era em relação ao que ele trouxe: a vida de outro em todas suas energias e perfeição entregue a Deus na morte.

Outra coisa devemos observar aqui: não se tratava de Deus que apresentava algo ao pecador. Isso era uma “propiciação (??????????) por meio da fé em seu sangue” (Romanos 3:25). Aqui se trata do Abel que se apresenta a si mesmo a Deus, mas vindo mediante a aceitação e perfeição de Outro que se deu a si mesmo por ele. E isto é propiciação. Agora, dizer que Deus podia receber a um pecador tal como se recebesse a uma pessoa inocente, equivale a dizer que Deus é indiferente ao bem e ao mal. E advirta-se aqui que não se fez uma diferença conforme a uma mudança interior que os olhos de Deus tenham visto (embora sim havia tal mudança, pois a fé estava operando no  coração de Abel), mas sim uma estimativa judicial de parte de Deus, dos dons que Abel trouxe, de Cristo em figura, de Cristo devotado em sacrifício; e para isto temos a expressa autoridade da Epístola aos Hebreus. tratava-se de um sacrifício propiciatório como fundamento da aceitação diante de Deus; do contrário, faltaria toda a base da posição de um mundo caído, toda a base moral da preferência de Abel ao Caim.

admite-se que o amor, o amor que elege, pode ter estado ali; mas o fundamento da aceitação, tal como a Escritura o declara (veja-se Hebreus 11) faltaria se o sacrifício propiciatório não fosse aceito. Para ganhar a justiça segura diante de Deus, e para a aceitação do crente, conforme ao valor que é em Cristo, Ele se ofereceu a si mesmo absolutamente sem mancha para glória de Deus. “Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele. Se Deus é glorificado nele, Deus também lhe glorificará em si mesmo, e em seguida lhe glorificará” (João 13:31-32). A fé acreditou nisto então, e achou-se fruto. Abel foi aceito, e foi distintivamente sobre a base do que trouxe, de sua oferta. Caim não trouxe nenhuma dessas oferendas; ele tinha que ser aceito em si mesmo somente, e não foi. A fé olhe a este sacrifício, e encontra aceitação e bênção conforme ao valor de Cristo aos olhos de Deus.

Só queria adicionar agora que Deus deu a Cristo para este fim. Ele “enviou a seu Filho em propiciação por nossos pecados” (1.ª João 4:10). Nisso está a obra do amor que se gera a si mesmo, mas a obra efetiva do sofrimento consiste em levar a cabo em justiça esse amor. Deus não permita que debilitemos a confiança no amor do Pai. “que permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele.” “E nós temos conhecido e cremos no amor que Deus tem para conosco” (1.ª João 4:16).

É, pois, certo que Abel ?estando o homem caído? procurou o rosto de Deus e sua aceitação diante Dele mediante um sacrifício, de cujo valor Deus deu testemunho, “pelo qual alcançou testemunho de que era justo” (Hebreus 11:4). Foi um sacrifício que reconheceu que a morte tinha entrado, mas que, como foi apresentado, levava o caráter daquele que se ofereceu a si mesmo para glória de Deus. Não estavam em tela de juízo os pecados atuais, a não ser o estado do homem e sua aceitação diante de Deus sobre a base da morte mediatória, na qual a própria glória de Deus somente foi procurada por parte do homem em obediência, e na qual o dom mais elevado da graça resplandeceu por parte de Deus em amor.

Mas aqui, em direta relação com nosso tema, há outro ponto, menos abstrato, possivelmente mais estreito quanto a seus resultados, mas que trata mais diretamente com a consciência, e daí sua necessidade atual. Se um homem crê de coração (ou seja, convencido de sua culpa) no Senhor Jesus Cristo, não virá a julgamento; sabe que é perdoado e justificado, que tem paz com Deus, e se regozija na esperança de Sua glória, e confia em Deus para todo seu caminho até o fim. “Bem-aventurado o homem a quem Jehová não culpa de iniqüidade” (Salmo 32:2): não que não tenha cometido nenhuma, mas sim que foi levada por Outro. Outro foi substituído em seu lugar por graça, O qual tomou o cargo da culpa sobre si mesmo, “quem levou ele mesmo nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro” (1.ª Pedro 2:24). Não se trata aqui da base sobre a qual se acha o gênero humano diante de Deus, como no caso do Abel, e que, como princípio geral, reconhece toda a verdade; mas sim de pecados atuais cometidos, com os quais tratou e os quais tirou da presença de Deus Aquele que foi “moído por nossos pecados; o castigo de nossa paz foi sobre ele, e por sua chaga fomos nós curados” (Isaías 53:5).

Pois bem, isto, chame-o pela palavra que lhe agrade, era Uma pessoa posta no lugar de outra, e que logo depois dessa maneira toma os pecados e suas conseqüências sobre Si mesmo para que estes não recaiam no mínimo sobre a pessoa, que era ela a culpada, em juízo ou em conseqüências penais. Mas eles sim recaem sobre todos aqueles que não se acham sob este beneficio de substituição, e com os tais Deus entra em juízo a respeito deles. Pois do povo de Deus será dito: “Como agora”, não o que os homens têm feito, mas sim “O que tem feito Deus!” (Números 23:21-23).

A substituição, pois, é uma verdade que a Escritura ensina com máxima certeza; quer dizer, uma pessoa assumindo o lugar de outra, Cristo levando os pecados do indivíduo em Seu próprio corpo sobre o madeiro, sendo moído por eles em lugar do culpado, o qual é curado pelas chagas que Cristo recebeu. Pois “todos nos desencaminhamos como ovelhas, cada qual se apartou por seu caminho; mas Jehová carregou nele o pecado de todos nós” (Isaías 53:6).

William Kelly

A Taxa Camarae- Papa Leão X


TAXA CAMERÆ

(A Taxa Camaræ promulgada por Leão X, o papa romano a quem Lutero enfrentou  ).

A Taxa Camaræ é uma tarifa promulgada no ano 1517 pelo papa Leão X (1513-1521) com o fim de vender indulgências, isto é perdoar as culpas, a todos quantos pudessem pagar umas boas libras ao pontífice. Como veremos na transcrição que seguirá, não havia delito, por horrível que fosse, que não pudesse ser perdoado em troca de dinheiro. Leão X declarou aberto o céu para quem, clérigos ou laicos, houvessem violado a crianças e adultos, assassinado a um ou a vários, caloteado a seus credores, abortado... mas tivessem o bem de serem generosos com os tesouros papais. Este documento mostra um dos pontos culminantes da corrupção humana*(1)
*(1) Pepe Rodriguez. Mentiras fundamentais da Igreja Católica. Edições Grupo Z. 1997. Pág. 397.

1. O eclesiástico que incorrer em pecado carnal, seja com freiras, primas,
sobrinhas, afilhadas ou, enfim, com outra mulher qualquer, será absolvido
mediante o pagamento de 67 libras e 12 soldos.

2. Se o eclesiástico, além do pecado de fornicação, pedir para ser absolvido
do pecado contra a natureza ou de bestialidade, deverá pagar 219 libras e
15 soldos. Mas se tiver cometido pecado contra a natureza com crianças
ou animais, e não com uma mulher, pagará apenas 131 libras e 15 soldos.

3. O sacerdote que deflorar uma virgem pagará 2 libras e 8 soldos.

4. A religiosa que quiser ser abadessa após ter se entregado a um ou mais
homens simultânea ou sucessivamente, dentro ou fora do convento, pagará
131 libras e 15 soldos.

5. Os sacerdotes que quiserem viver em concubinato com seus parentes pagaram
76 libras e 1 soldo.

6. Para cada pecado de luxúria cometido por um leigo, a absolvição custará
27 libras e 1 soldo.

7. A mulher adúltera que pedir a absolvição para se ver livre de qualquer
processo e ser dispensada para continuar com a relação ilícita pagará ao
papa 87 libras e 3 soldos. Em um caso análogo, o marido pagará o mesmo
montante; se tiverem cometido incesto com o próprio filho, acrescentar-se-
ão 6 libras pela consciência.

8. A absolvição e a certeza de não ser perseguido por crime de roubo, furto
ou incêndio custarão ao culpado 131 libras e 7 soldos.

9. A absolvição de homicídios simples cometido contra a pessoa de um leigo
custará 15 libras, 4 soldos e 3 denários.

10. Se o assassino tiver matado dois ou mais homens em um único dia, pagará
como se tivesse assassinado um só.

11. O marido que infligir maus-tratos à mulher pagará às caixas da chancelaria
3 libras e 4 soldos; se a mulher for morta, pagará 17 libras e 15 soldos;
e se a tiver matado para se casar com outra, pagará mais 32 libras e 9
soldos. Quem tiver ajudado o marido a perpetrar o crime será absolvido
mediante o pagamento de 2 libras por cabeça.
12. O que afogar a um seu filho pagará 17 libras e 15 xelins (ou seja, duas libras a mais do que por matar a um desconhecido) e se o matarem o pai e a mãe com consentimento mútuo pagarão 27 libras e um xelim, pela absolvição.
13. A mulher que destruir seu próprio filho levando-o em suas entranhas e o pai que tiver colaborado na perpetração do crime, pagarão 17 libras e 15 xelins cada um. O que facilitar o aborto de uma criatura que não for seu filho pagará uma libra a menos.
14. O assassinato de um irmão, uma irmã, uma mãe ou um pai, serão pagos por 17 libras e 15 xelins.
15. Quem matar um bispo ou prelado de hierarquia superior, pagará 131 libras, 14 xelins e seis centavos.
16. Se o matador tiver dado morte a muitos sacerdotes em várias ocasiões, pagará 137 libras e seis xelins, pelo primeiro assassinato, e a metade pelos seguintes".
 17. O bispo ou abade que cometesse homicídio por emboscada, por acidente ou por estado de necessidade, pagará, para conseguir a absolvição, 179 libras, 14 soldos.

18. Aquele que quiser comprar antecipadamente a absolvição por qualquer homicídio acidental que vier a cometer no futuro, pagará 168 libras, 15 soldos.

19. O herege que se converter, pagará por sua absolvição 269 libras. O filho de herege que tiver sido queimado, enforcado ou executado de outra forma qualquer, poderá ser readmitido apenas mediante pagamento 218 libras, 16 soldos, 9 denários.

20. O eclesiástico que, não podendo pagar seus próprios débitos, quiser se livrar de ser processado por seus credores, entregará ao Pontífice 17 libras, 8 soldos, 6 denários, e sua dívida será perdoada.

21. Será concedida a licença instalação de posto de venda de vários gêneros sob os pórticos das igrejas mediante o pagamento de 45 libras, 19 soldos, 3 denários.

22. O delito de contrabando e fraude dos direitos do príncipe custará 87 libras, 3 denários.

23. A cidade que quiser que seus habitantes ou sacerdotes, freis ou monjas, obtenham licença para comer carne e lacticínios nas épocas em que está proibido, pagará 781 libras, 10 soldos.

24. O mosteiro que quiser variar a regra e viver com menor abstinência do que a prescrita, pagará 146 libras, 5 soldos.

25. O frade que por conveniência ou gosto quiser passar a vida em um eremitério com uma mulher, entregará ao tesouro pontifício 45 libras, 19 soldos.

26. O apóstata vagabundo que quiser viver sem obstáculo, pagará igual quantia pela absolvição.

27. Igual montante pagarão os religiosos, sejam eles seculares ou regulares, que queiram viajar em trajes de leigo.

28. O filho bastardo de um sacerdote que queira preferência para preceder o pai na cúria pagará 27 libras, 1 soldo.

29. O bastardo que queira receber ordens sagradas e gozar de seus benefícios, pagará 15 libras, 18 soldos, 6 denários.

30. O filho de pais desconhecidos que queira entrar nas ordens, pagará ao tesouro pontifício 27 libras, 1 soldo.

31. Os leigos feios ou deformados que queiram receber ordenamentos sagrados e ter benefícios, pagarão à chancelaria apostólica 58 libras, 2 soldos.

32. Igual quantia pagará o vesgo de olho direito; enquanto o vesgo de olho esquerdo pagará ao Papa 10 libras, 7 soldos. Os estrábicos bilaterais pagarão 45 libras, 3 soldos.

33. Os eunucos que queiram entrar para as ordens, pagarão a quantia de 310 libras, 15 soldos.

34. Aquele que, por simonia, queira comprar um ou muitos benefícios, se dirigirá aos tesoureiros do Papa, que lhe venderão os direitos a preços módicos.

35.Aquele que,tendo descumprido um juramento, queira evitar qualquer persegui
ção e se livrar de qualquer tipo de infâmia pagará ao papa 131 libras e
15 soldos. Além disso, dará 3 libras para cada um que ouviu o juramento.

Irmãos em Cristo Jesus.

Irmãos em Cristo Jesus.
Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"