sábado, 27 de setembro de 2008

O Ensino de Cristo Jesus sobre o Divórcio - Silvio Maria

Leitura Bíblica:Malaquias 2.16“Porque o Senhor, Deus de Israel diz: odeio o Divórcio.”

O assunto que vou tratar neste dia é um assunto que muitas vezes queremos evitar.

Infelizmente, em nossos dias, procuramos evitar os ensinos de Cristo Jesus sobre o divórcio.Em nossos dias é muito difícil se ouvir uma mensagem calcada sobre o texto de Mateus 5, falando sobre a questão do Divórcio e do Recasamento.
Agora, não convém a nós, servos de Deus, meditarmos em alguns temas da palavra de Deus e ignorarmos outros.
E não convém também retrocedermos diante das dificuldades de interpretação.E é por isso, que neste dia, o meu serviço é enfrentar juntamente com meus amados irmãos, com toda honestidade, o que é determinado pela palavra de Deus no que diz respeito ao Divórcio e ao Recasamento. Que o Senhor abra os nossos olhos para vermos a sua vontade.No evangelho de Mateus 5.31,32 o Senhor Jesus nos diz assim :“Também foi dito: aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de Divórcio.Eu porém vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de imoralidade sexual a expõe a tornar-se adultera, e aquele que casar com a repudiada comete adultério.”Essa afirmação do Senhor Jesus no Monte das Oliveiras é uma daquelas declarações feitas pelo Senhor, aonde Ele introduz seu assunto através das palavras: “ouvistes o que foi dito.” E logo após dizendo “eu porém vos digo.”Cristo Jesus começou afirmando que não viera para destruir, e sim para cumprir cabalmente a Lei.É por isso que em Mt 5.17-20 o Senhor diz que não veio revogar a lei ou os profetas; mas sim para cumprir a lei.Nos versos de 18 a 20 O Senhor diz:
“ em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem nem um I ou Til jamais passará da lei, até que se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens,será considerado o mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus jamais entrarão no reino dos céus.”

Se compararmos os ensinos do Senhor Jesus, conforme:
Mt 5.21, o Senhor está ensinando sobre não matar.
Mt 5.27, o Senhor está ensinando sobre não adulterar.
Mt 5.31, o Senhor está ensinando sobre repudiar sua mulher.
Mt 5.33, o Senhor está ensinando sobre não jurar em falso.
Mt 5.38, o Senhor está ensinando sobre olho por olho e dente por dente.
Mt 5.43, o Senhor está ensinando sobre amar ao próximo e odiar ao seu inimigo.

Todos estes ensinamentos do Senhor demonstram claramente a relação entre o seu Reino e os ensinos da lei de Deus dados por intermédio de Moisés ao povo de Israel.

Cristo Jesus não veio como muitos pensam para corrigir a lei de Moisés, porque a lei de Moisés foi dada por Deus e foi entregue a Moisés pelo próprio Deus.A VERDADE É QUE O PROPÓSITO DO SENHOR FOI O DE CORRIGIR A PERVERSÃO, FOI CORRIGIR A INTERPRETAÇÃO FALSA E CORROMPIDA DOS ESCRIBAS E FARISEUS DAQUELA ÉPOCA.

O Senhor Jesus honrava a lei de Moisés, exibindo-a em sua notável plenitude, significado e grandeza.E é realmente isso o que O Senhor fez também com relação ao problema do Divórcio.Cristo Jesus estava particularmente interessado em desmascarar o falso ensino dos Fariseus e Escribas no que diz respeito a esta importante questão.

Por isso amados irmãos, temos que meditar neste assunto em três(3) partes distintas:
>em 1º lugar temos que ver o que Moisés ensinava.
>em 2º lugar temos que ver o que os Escribas e Fariseus ensinavam.
>em 3º lugar temos que ver o que O Senhor Jesus ensinava.

Amados irmãos, quando olhamos para os cinco(5) primeiros livros da Bíblia.Quando examinamos os ensinos ali contidos, quando verificamos a exposição dos mandamentos, o que nos deixa impactados é vermos a terrível depravação do coração humano.Ao lermos o Pentateuco, especialmente o livro de Deuteronômio temos uma visão clara do que o homem é capaz de fazer, se for abandonado a si mesmo.E podemos nos perguntar: por que tantos ensinamentos? Enfim, qual a razão de terem sido escritos?

Todos, todos os ensinamentos do Antigo Testamento são inspirados por Deus e o Espírito Santo os ditou a Moisés e aos profetas.Ao lermos o Antigo Testamento vemos os ensinamentos inspirados por Deus, e o modo especial que fomos formados.Fomos formados com matéria moral e fomos informados dos terríveis abismos morais em que somos capazes de cair.E é por isso que quando Deus nos manda não cometer este ou aquele pecado particular, é porque somos realmente bem capazes de cometê-los.Deus o nosso Deus colocou proibições morais, demonstrando que há em nós, em mim e em você, a tendência para praticarmos o mal e isto é algo incontestável.Ou será que o que foi escrito, será que o que foi falado, pela boca do Senhor foi falado sem utilidade? Não e mil vezes não!Tudo, tudo tem uma utilidade, Deus O nosso Deus não fala coisa vazias sem utilidade, tudo tem a sua utilidade.

O profeta Jeremias inspirado pelo Espírito Santo registrou em Jr. 17:9“Enganoso é o coração mais do que todas as coisas e Perverso.”
Esta é a condição do coração.Mas, de que coração esta falando o profeta Jeremias?

>ele esta falando do coração de algum criminoso?
>ele esta falando do coração de algum selvagem?
>ele esta falando do coração de algum seqüelado?

Não, não, de modo nenhum. O coração de que o profeta está falando é do coração humano, do coração deste que vos fala e do coração deste que está ouvindo, ou lendo estas palavras.É deste coração, do meu coração e do teu coração.Sabe o que o Senhor Jesus ensinou na Nova Aliança no Novo Testamento sobre o coração humano?No evangelho de Mateus 15.19, O Senhor ensinou assim:
“... porque do CORAÇÃO procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”
Agora de que coração O Senhor Jesus está falando aqui ?
>será que é do coração de um terrível depravado?
>será que é do coração de um abominável?
>será que é do coração de um incorrigível ser, que não consegue viver de modo decente no meio da sociedade?
Novamente digo, NÃO e mil vezes não!

O Senhor Jesus está falando é do coração deste que vos fala, e do coração deste que ouve ou lê estas palavras.É do meu e do teu coração.Se lermos com atenção, especialmente o livro de Deuteronômio, veremos de forma maravilhosa o cuidado do nosso Deus para com o seu povo.Nada escapa a Sua graciosa atenção.Nada ali é trivial, tudo está debaixo do seu maravilhoso cuidado.O Senhor nosso Deus, todo poderoso, criador e governador moral do Universo, era super minucioso nos pormenores relacionados com a vida diária do seu povo, assim como uma mãe cuida dos seus filhinhos.
De dia e de noite, acordados ou dormindo, em casa ou fora de casa, o Senhor cuidava deles.

Ele cuidava do seu vestuário.
Ele cuidava do seu alimento.
Ele cuidava da conduta de uns para com os outros.
Ele cuidava da maneira como deveriam edificar as suas casas.
Ele cuidava do modo como deveriam lavrar as suas terras.
Ele cuidava como deveriam se conduzir na sua vida íntima e pessoal.
Ele cuidava de tudo isso e atendia e provia ao seu povo de tal maneira que nos enche de admiração, amor e louvor ao Senhor nosso Deus.

Realmente vemos o cuidado amoroso do Senhor pelo seu povo. Aleluia!

Deus estava, através de seus ensinos, mostrando ao seu povo os cuidados de um Pai, um Pai amoroso e um Pai sustentador de todas as coisas,Temos que reconhecer que se não fosse a graça do Senhor em nos preservar, há muito tempo já teríamos nos tornado num completo fracasso físico, fracasso mental e fracasso espiritual em todas as circunstâncias.É por isso que todo povo deveria andar em humildade e vigilância, apoiando-se no único braço que poderia lhes sustentar e em fé e obediência se sujeitar aos seus ensinamentos.
Em Deuteronômio 23.14, temos porque do povo dever seguir os Seus ensinamentos que corrigiam os seus corações.
Em Dt 23.14, há um fato que devia reger todos os hábitos, atitudes e caminhos de Israel.
Dt 23.14, diz assim:“Porquanto o Senhor, teu Deus, anda no meio do teu arraial, para te livrar e entregar os teus inimigos diante de ti, pelo que o teu arraial será santo, para que Ele não veja coisa feia em ti e se torne atrás de ti.”

É porque O Senhor está no meio de nós é que Ele exige santidade de vida.Agora, vejamos o que realmente ensinava a lei de Moisés acerca do problema do divórcio, que já existia no meio do povo por contaminar-se com praticas egípcias pagãs.
Em Dt 24.1-4, vemos a legislação Mosaica no tocante ao divórcio. O objetivo dessa legislação Mosaica era corrigir e controlar os divórcios.A situação havia se tornado caótica.Os homens nesta época tinham as mulheres em baixíssima consideração, chegando ao extremo de considerarem que tinham o direito de se divorciarem de suas esposas por qualquer razão indigna ou qualquer razão frívola.Se um homem, por qualquer motivo que fosse, quisesse se livrar de sua mulher ele agia da seguinte maneira:Apresentava qualquer desculpa esfarrapada e com base nela se divorciava de sua esposa.A verdade é que a causa verdadeira das separações nada mais nada menos era do que as concupiscências, as paixões carnais e egocêntricas dos homens.E é neste momento que a legislação Mosaica foi dada para regularizar e controlar uma situação que não somente se tornará confusa, mas que também era grosseiramente injusta com as mulheres, e que, em adição a tudo isso, conduzia a mais sofrimentos intermináveis a muitas crianças.É por isso que a legislação Mosaica corrigiu esta situação vergonhosa no meio do povo de Deus.A partir daí nenhum homem poderia mais apresentar as desculpas esfarrapadas de anteriormente, todas desculpas se tornaram inválidas.Agora para o homem obter o divórcio, este homem tinha que provar que havia um motivo especial descrito sob o titulo de “IMPUREZA” ou de “IMUNDÍCIA”.
E agora não somente o homem tinha que provar o fato, mas provar diante de duas testemunhas.A legislação Mosaica eliminou todas as razões frívolas, superficiais e injustas, restringindo a uma única questão.Antes da legislação Mosaica um homem poderia simplesmente dizer que não mais queria sua esposa e podia despedi-la de sua casa, e esta mulher ficava à mercê do mundo inteiro.Uma mulher repudiada pelo marido poderia até ser apedrejada até a morte, pois podia ser acusada de adultério.A legislação Mosaica veio para regular esta situação.Enfim o divórcio passou a ser um ato formal, passou a ser um ato solene, e não algo ao sabor das paixões dos homens, quando que muitos de repente sentiam aversão por suas esposas e se livravam delas.Não, não foi mais assim.A lei Mosaica veio para enfatizar a seriedade matrimonial.A lei Mosaica veio para dizer que o casamento não era uma simples aventurazinha de que poderiam entrar e sair a qualquer hora, a qualquer momento ao sabor dos sentimentos.Agora vamos ver o que os Escribas e fariseus ensinavam:Os Escribas e Fariseus diziam que a lei de Moisés ordenava e até mesmo recomendava que um homem se divorciasse de sua esposa, sob várias e diversas condições.Mas se examinarmos o texto com atenção veremos que Moisés jamais dissera tal coisa recomendando o divórcio.Moisés nunca recomendou o divórcio, nunca ordenou que o homem se divorciasse de sua esposa.Tudo o que a lei dizia era o seguinte:“se você quiser se divorciar de sua esposa, só poderá fazê-lo segundo tais condições”, conforme Deuteronômio 24:1-4.É isso o que a lei dizia.Entretanto os Fariseus ensinavam que Moisés ordenara o divórcio.No evangelho de Mateus no capitulo 19 está claro que os Fariseus ensinavam que Moisés ordenara o divórcio.E, como nada mais lógico, por causa de seus corações endurecidos, se divorciavam de suas esposas por qualquer causa, por motivos tolos e insignificantes.Tomaram a legislação Mosaica para dizer que Impureza ou Imundícia significava qualquer coisa até mesmo deixar de gostar de sua esposa.A verdade é que o resultado desta falsa interpretação da lei, novamente nos tempos de Cristo Jesus, foram terríveis injustiças cometidas contra as mulheres, que poderiam receber cartas de divórcio de seus maridos pelos motivos mais frívolos e absurdos.

Agora vamos ver o que ensina Cristo Jesus, o nosso Senhor:Cristo Jesus lhes disse:Em Mt 5.32“Eu porém vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de imoralidade sexual, a expõe a tornar-se adultera; e aquele que casa com a repudiada, comete adultério.”Os fariseus e Escribas fizeram uma pergunta ao Senhor a fim de apanhá-lo numa armadilha.Eles perguntaram:“É licito ao marido repudiar sua esposa por qualquer motivo? “E então o Senhor lhes respondeu.E na resposta de Cristo Jesus podemos perceber que o Senhor retrocedeu até a um tempo anterior à Lei Mosaica. O Senhor foi até à lei dada no tempo da criação do homem.O Senhor lhes respondeu e disse:Lá na criação no livro de Gênesis Deus criou a mulher, para ser ajudadora do homem, e disse que os dois se tornaram uma só carne, e que, portanto, o que Deus uniu não o separe o homem. (Mateus 19:4-6)Essa é a vontade de Deus na criação, no princípio de tudo.Casamento é quando marido e mulher se tornam uma só carne, e aqui há algo INDISSOLÚVEL.

Cristo Jesus mostrou que a lei ordenada por Deus na criação é que o varão deixe o seu pai e a sua mãe, a fim de unir-se à sua esposa, para que os dois se tornem uma só carne.Algo novo, algo distinto passa a existir então, antigos laços são rompidos e um novo laço é formado: Isto é ser uma só carne.Um dos temas do irmão Paulo em primeira Coríntios no capitulo 6 é onde Paulo ensina sobre a horrenda coisa que é as relações sexuais ilícitas, mostrando que o homem se torna uma só carne com a prostituta, ensino esse dos mais graves e solenes do Novo Testamento.É por isso que o Senhor Jesus ao responder aos Escribas e Fariseus retrocedeu ao tempo da criação, ao ponto de vista original de Deus a respeito do matrimônio.O Senhor uma vez mais respondeu aos Escribas e fariseus dizendo:Por causa da dureza dos corações humanos.O casamento, o matrimonio é indissolúvel, a idéia ensinada na palavra de Deus abrange um conceito que envolve a lei do amor e a lei do perdão.Por isso não é mais possível ao coração do homem continuar sendo endurecido.Infelizmente ainda hoje no século XXI, ainda se vêem e se ouvem barbaridades de homens sem freio que dizem que suas esposas estragaram as suas vidas e que por esse motivo querem se divorciar delas.Segundo Cristo Jesus, só há um motivo para o divórcio, e esse motivo é a imoralidade sexual, ou seja, relações sexuais ilícitas.Em I Co 7, esta questão é novamente abordada, e o que O Senhor está dizendo é que não há motivo qualquer para o divórcio, mas que só há um motivo, só há uma causa justa e legitima.Poderíamos ainda ver outros ensinos a cerca do Divórcio e Recasamento como dos:PATRÍSTICOS, que são considerados os pais da Igreja dos primeiros cinco séculos, que viam o casamento como indissolúvel.

Os ERASMIANOS, que seguiam Erasmo de Roterdam, um tipo liberal dos Fariseus de nossos dias.O ponto de vista PRETERATIVO, de Agostinho mostrando as duas escolas de interpretação de Hillel e de Shammai, que dividia os Rabinos, uma escola era a favor do divórcio só em caso de adultério a outra escola era a favor do divórcio por qualquer motivo.Há o ponto de vista ESPONSAL, que expressam a questão da “pornéia”, ou seja, só haverá divórcio se o cônjuge não for virgem.E há também o ponto de vista da COSANGÜINIDADE, que tratam dos casos consangüíneos, os casos do sangue.Mas, creio que é suficiente ficarmos nos ensinos da legislação Mosaica, nos ensinos dos escribas e Fariseus e nos ensinos do Senhor Jesus.Encerrando este compartilhar, quero dar a minha posição segundo creio serem os ensinamentos de Cristo Jesus o nosso Senhor.Que O Senhor dê graça para a boca que fala, para os ouvidos que ouvem e para os olhos que lêem.Vou dizer de novo, para não ser mal interpretado, que vou dar a minha posição segundo creio ser os ensinamentos do Senhor Jesus.
Hoje em dia o divórcio tem sido um mal que tem assolado a humanidade, e vejo que satanás o diabo tem como objetivo banalizar e desvalorizar o casamento e com isso enfraquecer a Aliança eterna que o casamento representa.Como se não bastasse o número de divórcios, há outro mal maior invadindo todos os níveis da sociedade humana que é o recasamento.O que quero dizer com isto é que quando ocorre o divórcio em uma família, toda estrutura planejada por Deus para o bem estar do homem fica abalada, mas quando ocorre o recasamento toda estrutura se torna irremediavelmente sem solução.E infelizmente no meio cristão os divórcios e recasamentos têm se tornado uma prática comum.Infelizmente em nossos dias há muito aconselhamento no papo, mas aconselhamento não pode ser no papo, aconselhamento tem que ser bíblico.Agora, o que pensar de um “cristão” que aconselha outros a se separarem e casarem novamente? O que pensar de tais cristãos? O que pensar deles?Que o Senhor abra os olhos do nosso coração para aceitarmos a Sua vontade custe o que tiver que custar.A porcentagem de casamentos que acaba em divórcio tem aumentado assustadoramente na última geração.Até parece que os casamentos de hoje estão mais para terminarem em divórcio do que para durarem uma vida inteira.E infelizmente o resultado disso tudo é devido à imaturidade dentro do cristianismo.É um assunto difícil, sim é um assunto difícil, mas quando é que foi fácil a senda da fé, a senda da vida espiritual?É por isso que no livro do profeta Malaquias, em Ml 2.16, a palavra de Deus nos diz assim: “Eu odeio o Divórcio, diz o Senhor Deus de Israel.”Eu pergunto, é aceitável fazer o que Deus odeia?Deus odeia o divórcio,Deus odeia o divórcio,e Deus odeia o divórcio!Deus já disse que o que Ele uniu não o separe o homem.Deus já disse que o divórcio é indesejável aos seus olhos.Agora, retornando aos ensinamentos do Senhor Jesus, em Mateus no capitulo 19, vamos considerar a resposta dos seus discípulos ao ouvirem o ensinamento do Senhor Jesus.

Os discípulos disseram:“Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.”O que O Senhor Jesus quis dizer com “imoralidade sexual” chocou os discípulos devido a quanto aquilo era restritivo.Naquele tempo os Rabis estavam divididos por causa da questão do divórcio.Os intérpretes de Shammai diziam que o divórcio só era aceitável em caso de adultério.Os intérpretes de Hillel diziam que o divórcio era justificado por qualquer motivo, por qualquer razão.Agora vejamos bem.Se O Senhor estivesse concordando com um dos dois partidos rabínicos da época não teria chocado os discípulos com seu ensino.Mas o ensino do Senhor realmente chocou os discípulos.Eles viram que o ensino de Cristo Jesus era mais restritivo do que o ensino que os Rabinos estavam dando.Se os irmãos possuírem o Novo testamento em Grego, poderão observar que o Senhor Jesus não usou a palavra “Mouchéia” que quer dizer adultério, mas utilizou a palavra “Pornéia” que quer dizer imoralidade sexual.Amados irmãos, declararmos que o ensinamento do Senhor era mais restritivo do que os intérpretes da escola de Shammai, e ainda pensarmos que o divórcio seria aceitável para vários tipos de imoralidade sexual menos sérios do que o Adultério é realmente algo ilógico é realmente algo contraditório.Vou enfatizar esse ponto acima devido à sua importância.Até o ensinamento do Senhor Jesus, os discípulos achavam que tinha o direito de se divorciarem de suas esposas por causa do adultério.Mas quando ouviram o ensino do Senhor de que eles não podiam se divorciar de uma esposa adultera, qual foi a resposta deles?:“Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.”Outro fato importante é que esta clausula de exceção só ocorre no evangelho de Mateus.Mateus é o evangelho escrito para os Judeus.Os leitores Judeus recordaram imediatamente os ensinos da lei Mosaica de Levítico 18, Levítico 20, de Dt 22 e de Dt 24.Agora, no evangelho de Lucas que foi escrito para os gentios, não há a cláusula da exceção, porque os gentios não conheciam o Antigo Testamento.Embora o adultério fosse um pecado, O Senhor estava dizendo que o divórcio e o recasamento só eram permitidos em caso de pornéia, prostituição, ou seja, imoralidade sexual.

A verdade é que o casamento é uma figura de Cristo e a sua Igreja.Na carta de Paulo aos Efésios no capitulo 5.31,32 nos diz:“ Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne.”“Grande é este mistério: digo-o, porém, a respeito de Cristo e da Igreja.”Então como é que o divórcio irá afetar a figura de Cristo e da Igreja.Se uma mulher se divorciar do seu marido, isto é a figura da Igreja abandonando Cristo.Muito pior ainda, se um homem se divorcia de sua esposa, é a figura de Cristo abandonando a Igreja.Esta é a razão porque o nosso Deus tão enfaticamente declara que odeia ao divórcio.Em nossos dias há um número muito grande de situações que simplesmente posso explicar como sendo a dureza do coração humano.Hoje em dia há muitos casos, com os quais iremos nos deparar.Há casos onde pessoas se divorciaram por futilidades antes de serem salvas!Há casos de pessoas divorciadas que vivem juntas, foram salvas e agora querem se casar!Há casos de pessoas divorciadas que se casaram novamente e agora são salvas!
Há casos de cristãos já salvos que se divorciaram, recasaram e estão querendo ser recebidos na comunhão dos santos.
Eu creio que o ensinamento do Senhor Jesus com relação a questão do divórcio e recasamento, é um ensino que serve para tratar com todas as situações que se levantarem.
Cristo Jesus é onisciente, Ele conhece todas as situações em que nos encontramos.É por isso que creio que este ensinamento se aplica para tratar toda e qualquer situação.Vamos imaginar o caso onde uma pessoa se divorciou antes de ser salva! Houve a separação antes de ela ser salva!Essa pessoa ao ser salva o sangue de Cristo Jesus lavou todos os seus pecados? Sim. O sangue de Cristo Jesus lavou todos os seus pecados.Mais uma pergunta. Esse irmão pode ser bem vindo na comunhão? Sim. Pode ser bem vindo na comunhão.Mais uma pergunta. Esse irmão tem permissão para recasar? Ele pode ser recebido na comunhão, mas ter permissão para recasar não tem tal permissão nas escrituras.De fato se observarmos as escrituras, casar de novo significa ADULTÉRIO.

Outra pergunta. O perdão dos pecados implica também na libertação das conseqüências dos nossos atos passados?Vamos imaginar que um jovem venha até nós e diga “fui salvo no mês passado e estou muito feliz pela minha salvação, mas vou lhe fazer uma pergunta. Há três meses atrás matei um pai de família e até agora não fui pego, será que eu deveria me entregar e resolver esta situação?”Ou talvez um jovem também recém salvo que roubou de um parceiro de negócios, o que deveria ele fazer?Amados irmãos, se o sangue de Cristo cobre todos os nossos pecados, deveria ele devolver o dinheiro roubado do seu parceiro de negócios?Creio que a maioria dos cristãos aconselharia o novo crente a se entregar ou devolver o dinheiro roubado.Temos que entender, e deixar bem firme que não há defeito algum na salvação que O Senhor Jesus providenciou para nós, mas esse perdão eterno, não nos absolve de vivermos com as conseqüências do que fizemos. Isto tem que ficar bem claro.Por isso amados irmãos, casar-se novamente depois do divórcio é cometer adultério.Como podemos concordar que pessoas divorciadas vivam juntas. Como?Se é adultério casar novamente como vamos concordar com recasamento, se as escritura chamam de adultério?A solução real para quem está nesta situação é o casal se separar.Sei que não é agradável esta situação, mas se a alternativa é cometer adultério então é preferível ficar solteiro, é preferível ficar só, ou reconciliar-se.As nossas interpretações teológicas não devem ser influenciadas pelo que gostaríamos que fosse, pelo que gostaríamos de obter ou pelo nosso sentimentalismo.Se um crente, se um cristão, se um filho de Deus peca propositalmente, como irá participar do Reino dos céus, como irá participar do arrebatamento, como irá reinar com Cristo Jesus, julgando o mundo e os anjos, como?Sei e também acompanho casos de muitas mulheres que sofrem nas mãos de maridos abusivos, maridos de baixo caráter moral e que algumas sentem receio pela integridade de seus filhos e mesmo assim elas não estão autorizadas ou livres para se casar novamente.Realmente há casamentos que é muito difícil, mas muito difícil mesmo, quantas esposas e filhos não têm nem o que comer em casa, quantas tem falta de apoio afetivo, falta de apoio financeiro e mesmo assim não há autorização para se casarem novamente.Alguns podem pensar que eu não me importo que uma pessoa seja privada da bênçãos da vida conjugal, que eu não me importo que as crianças não possam ter um modelo apropriado de vida familiar, ou que as pessoas sejam condenada a uma vida solitária ?A minha resposta é Sim. Eu me importo.Agora, entendo que fazer a vontade de Deus é o que realmente importa, e que a vida de solteiro não deve ser uma vida estéril de solidão e dor.Não a vida de solteiro pode ser cheia de serviço cristão, cheia de desfrute da alegria da salvação, e aguardando a consumação do eterno propósito do nosso Deus, pois Cristo Jesus voltará, Cristo Jesus voltará!!!

Tenho encontrado um bom número de irmãos nas situações que descrevi.E o meu sentimento tem sido simplesmente de compaixão cristã.Contudo quando vemos muitos dos nossos irmãos, pó quem Cristo Jesus morreu, pecando, posso somente apontar-lhes para as escrituras e dizer-lhes assim diz O Senhor.Ao concluir o seu ensino O Senhor ainda disse:“Nem todos podem aceitar esta palavra, mas apenas aqueles a quem é dado“.Nem todos serão capazes de abster-se do casamento, mas somente aqueles capacitados por Deus, eles irão se abster do casamento por causa do reino dos céus.O Senhor aqui nos mostra que a vida conjugal esta relacionada ao reino dos céus, a vida vitoriosa, a vida que vence.Amados irmãos, a única maneira pela qual conhecemos a vontade de Deus é pelas escrituras.Não conhecemos sua vontade pelos nossos sentimentos.Não conhecemos sua vontade pelas nossas idéias.Não conhecemos sua vontade pelas nossas impressões, porque elas não são o padrão para conhecermos a sua vontade.É por isso que temos que ter fé para aceitar o que as escrituras nos ensinam sobre divórcio e novo casamento, mesmo que nos pareça razoável.Alguns assuntos na palavra de Deus realmente testam nossa vontade de buscar a verdade.Devemos ser como os Bereanos, como os de Béreia que, eles mesmo foram investigar por conta própria se de fato era assim mesmo o que Paulo lhes ensinava, e qual foi o resultado?Eles foram chamados de mais nobres, demonstraram virtudes mais elevadas, mais nobres que os de Tessalônica, porque foram examinar as escrituras.Eles queriam agradar a Deus e obedecê-lo, e a fé produzida neles os fez confiar inteiramente nas escrituras e assim a examinaram.Esse é o lado positivo. Eles examinaram e obedeceram a palavra de Deus.Mas e quando nos deparamos nas escrituras como a passagem do moço rico no evangelho de Marcos no capitulo 10.Ele ouviu a palavra com alegria.Ele creu no que o Senhor Jesus disse.Ele queria obedecer.Mas retirou-se entristecido porque não queria pagar o preço.
Esse é o nosso erro irmãos!
Essa é a nossa tragédia!
Essa é a nossa ruína!
Deus o nosso Deus nunca disse que seria fácil fazer a sua vontade.Cristo Jesus O nosso senhor sempre encorajou a examinarmos o custo, a examinarmos o preço a ser pago.No evangelho de Lucas no capitulo 14, O Senhor alertou sobre as suas exigências dadas aos seus discípulos.O Senhor lhes disse:“se alguém vem a mim e não aborrecer a seu pai e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.E concluiu dizendo:“todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo “É isto o que O Senhor nos diz:Para segui-lo nós temos que estar dispostos a abandonar tudo:
Abandonar propriedades.
Abandonar a família.
Abandonar a todos os nossos desejos.
Agora responda para você mesmo!

Você teria sacrificado Isaque, se você tivesse sido Abraão?
Você teria vendido tudo se você fosse o jovem rico?
Você teria se divorciado de sua esposa e filhos se tivesse sido um dos Judeus dos dias de Esdras?

Deus o nosso Deus nunca disse que seria fácil fazer a sua vontade.Enfim o que adianta ou que proveito teria se o homem ganhasse o mundo inteiro e viesse perder a sua alma?
Ou o que dará o homem em troca de sua alma?Quero encerrar este importante assunto para as igrejas do Brasil e de todo mundo, resumindo a questão do Divórcio e Recasamento em cinco afirmações:Em primeiro lugar:O casamento é permanente, e a intenção do nosso Deus é que um esposo e uma esposa permaneçam casados até que a morte os separe, é só lermos Romanos 7 e I Coríntios 7.

“Meus irmãos, vocês todos podem compreender muito bem o que vou dizer. Vocês conhecem as leis e sabem que elas só têm poder sobre uma pessoa enquanto essa pessoa está viva. Por exemplo, a mulher casada está ligada pela lei ao marido enquanto ele estiver vivo; mas, se ele morrer, ela estará livre da lei que a liga ao marido. De modo que, se ela viver com outro homem enquanto o marido estiver vivo, ela será chamada de adúltera. Mas, se o marido morrer, ela estará legalmente livre e não cometerá adultério se casar com outro homem.”
“Para os que já estão casados tenho um mandamento, que não é meu, mas do Senhor: que a mulher não se separe do seu marido. Porém, se ela se separar, que não case de novo ou então que faça as pazes com o marido. E que o homem não se divorcie da sua esposa. Para os que já estão casados tenho um mandamento, que não é meu, mas do Senhor: que a mulher não se separe do seu marido. Porém, se ela se separar, que não case de novo ou então que faça as pazes com o marido. E que o homem não se divorcie da sua esposa.”
Em segundo lugar:Que o divórcio é pecaminoso, porque o homem fez uma aliança, em acordo, um pacto de ficarem juntos até que a morte os separe. É só vermos nos evangelhos em Mc 10, Mt 15 e Mt 18. Então Jesus disse:– Moisés escreveu esse mandamento para vocês por causa da dureza do coração de vocês. Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: “Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.”
Assim, já não são duas pessoas, mas uma só.
Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.Quando já estavam em casa, os discípulos tornaram a fazer perguntas sobre esse assunto. E Jesus respondeu:– O homem que mandar a sua esposa embora e casar com outra mulher estará cometendo adultério contra a sua esposa. E, se a mulher mandar o seu marido embora e casar com outro homem, ela também estará cometendo adultério.– Foi dito também: “Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio.” Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério. – Foi dito também: “Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio.” Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de imoralidade sexual, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério"."– Quanto a estes pequeninos que crêem em mim, se alguém for culpado de um deles me abandonar, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no lugar mais fundo do mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço. Ai do mundo por causa das coisas que fazem com que as pessoas me abandonem! Essas coisas têm de acontecer, mas ai do culpado!""– Se uma das suas mãos ou um dos seus pés faz com que você peque, corte-o e jogue fora! Pois é melhor você entrar na vida eterna sem uma das mãos ou sem um dos pés do que ter as duas mãos e os dois pés e ser jogado no fogo eterno. Se um dos seus olhos faz com que você peque, arranque-o e jogue fora! Pois é melhor você entrar na vida eterna com um olho só do que ter os dois e ser jogado no fogo do inferno. "Em terceiro lugar:Que o casamento de pessoa divorciada é chamado de adultério. O divorciado não tem opção para casar novamente.Paulo de u duas escolhas aos divorciados; Permanecerem descasados ou então se reconciliarem com seu par.Novo casamento de divorciado é adultério.Em quarto lugar:O que se arrepende do divórcio, mas que já está recasado ou casado novamente, deverá deixar a pratica pecaminosa do adultério.

O evangelho sempre exige a separação do pecado.>o bêbado deve deixar a bebida;>o idolatra deve deixar os ídolos;
>o homossexual deve deixar o seu amante;
>e o adultero deve deixar seu par ilegal

É isso que deve ser feito, deixar o pecado.Em quinto lugar:A única exceção na Bíblia para o divórcio é por imoralidade sexual, chamada de pornéia no original.O Senhor estava estabelecendo que divórcio e recasamento era permitido ao parceiro inocente se o parceiro culpado tivesse cometido fornicação ou seja, tivesse sexo antes do casamento, no caso de não ser mais virgem.Este é o motivo pelo qual os discípulos ficaram chocados.O Senhor lhes mostrou que eles não poderiam se divorciar de uma mulherAdultera e a única condição era de separar-se de uma mulher que não era mais virgem no ato do casamento.Esta era a única exceção e somente esta.Ainda quero compartilhar que aos olhos de Deus, quando homem e mulher se casam, tornam-se uma só carne.Logo, só a idéia de trocar de cônjuge ou não mais querer viver com ele é tão repugnante quanto trocar ou abandonar os filhos.O irmão Paulo também disse aos Efésios em Ef 5.28-30O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo.
O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo. Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja, pois nós somos membros do corpo de Cristo.Em outras palavras, não há possibilidade de se trocar um braço por um braço mais novo, ou trocarmos uma perna por uma perna mais nova.Se pudéssemos ver o casamento como Deus vê, jamais diríamos que alguém não tem mais jeito.Agora quando nosso corpo fica doente, acaso pedimos para trocá-lo ou abandona-lo? Ou será que agimos de maneira contrária, cuidando melhor dele ainda? Não é isso que fazemos.Ao invés de buscarmos o divórcio, ao invés de buscarmos separação, deveríamos apresentar o nosso caso ao Senhor, em oração, a fim de que Ele possa trabalhar em nós e manifestar através do espírito Santo o seu poder transformador porque para O Senhor nada é impossível.Ele pode transformar o nosso casamento.O casamento não é uma instituição humana, o casamento não foi inventado por alguma civilização.O casamento antecede a toda e qualquer cultura, tradição povo e nação.O casamento é instituição humana.Deus não estabeleceu algo tão importante como o casamento sobre bases tão instáveis como os nossos sentimentos humanos.Infelizmente, até no meio cristão, o que se chama de Amor é nada mais do que o egoísmo disfarçado.Amor erótico, amor romântico, satisfação própria que o outro pode dar, tudo isso embalado pelo erotismo na literatura, nos cinemas, na televisão e na internet.É por isso que depois de algum tempo de casados muitos dizem: “não nos amamos mais, devemos nos separar”.Casamento não é sentimentalismo, casamento é um pacto é uma aliança, porque quando os sentimentos balançarem, nos manteremos firmes pela fidelidade ao pacto matrimonial, enfim comprometemos a nossa vontade para vivermos unidos até que a morte nos separe.É Deus quem nos responsabiliza pela nossa decisão. Em Eclesiastes 5.4 nos diz: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes.”Em Malaquias 2.14 O Senhor diz:E perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança.Em Mateus 5.37 O Senhor diz:Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.Quero ainda para a glória do Senhor, desmistificar um conceito totalmente errado em nossos dias.Distorção esta do inimigo satanás infiltrada na psicologia moderna.Sabem o que é que muitos dizem, eles dizem, “é, acabou o amor, acabou o casamento”.Quero dizer-lhes que é o casamento que sustenta o amor, e não o amor que sustenta o casamento.Mas porque digo isto?É porque Deus diz que o casal deve se amar, porque eles estão unidos em casamento.O casal deve se amar, e é mandamento, por que:
Os casados querem o bem um do outro!
Os casados querem ver o outro feliz!
Os casados negam-se a si mesmos!
Os casados se perdoam e se amam!

Por isso é que é o casamento que sustenta o amor.Quantos hoje vão para o casamento sem entendimento do que é o casamento, é por isso que não nos surpreendamos pelo número de divórcios de nossos dias.Nenhum homem ou lei humana pode dissolver o vinculo do casamento, e quem assim o fizer está em rebelião direta contra Deus. O fato hoje em dia, da lei do nosso País permitir o divórcio e novo casamento, não modifica em nada a situação do casamento diante de Deus.Todos que estão debaixo do governo de Deus devem saber que segundo casamento é completamente impossível de ocorrer.Amados irmãos, um casamento feliz e harmonioso não surge do nada, como nos filmes de romance.Para se ter um casamento feliz é necessário dedicação e sabedoria que se adquirem com experiência e dependência de Deus fundamentadas na Sua palavra.Muitos cristãos têm falhado em seus casamentos porque desejaram exclusivamente a satisfação pessoal e não a satisfação de Deus.Em cada casamento Cristo Jesus deveria ser o centro do casamento. O homem deveria girar em torno do único eixo que é Cristo, vivendo para servi-lo, e o papel da esposa é auxiliar o homem nesta tarefa de servir a Cristo Jesus, o nosso Senhor. Sendo assim o casamento passará a ter sentido e o casal terá nele plena satisfação.Tem se falado tanto de avivamento em nossos dias, de que o Brasil necessita de avivamento, de que o mundo necessita de avivamento, mas Igreja avivada sem famílias avivadas é pura hipocrisia é uma mentira é um engano.Família é o lugar mais difícil, mas é o lugar onde o avivamento necessariamente deve começar.Procurei lhes apresentar a verdade Bíblica sobre divórcio e recasamento. Que os amados irmãos não aceitem simplesmente estas palavras, mas que compreendam para edificação das igrejas e para glória do nome do Senhor Jesus, autor e consumador da nossa fé!

Extraído do Blog http://alimentosolido.blogspot.com

O SANTO MICROCHIP - David .W. Dyer

Muitos irmãos têm falado comigo sobre a possibilidade de um microchip ser implantado debaixo da pele. Eles acham que isso será a "marca" da besta. Eles imaginam que quando eles forem efetuar qualquer transação financeira, esse chip será escaneado e, então, a informação será transferida para um computador em poder da Besta, ou que esse próprio computador possa ser denominado "a besta". Assim, eles supõem que o Anticristo será capaz de monitorar todas as suas transações. Muito da escatologia moderna esta baseada em mera imaginação. Por exemplo, há lugares no mundo hoje onde apenas poucas pessoas numa cidade têm telefones. São telefones celulares. Outras pessoas vêm de longas distâncias ao redor e pagam para usar esses poucos telefones. Há cidades inteiras, com milhares de pessoas no mundo hoje, com apenas um banco telefônico para servir-lhes. Muitos lugares do mundo ainda não têm até energia elétrica. A única coisa que lhe interessará(ao anticristo) é se você se submeterá à adoração a ele e aceitará a sua nova religião. Se você a aceitar, você terá uma marca para provar isso.
Eu sei que muitas, muitas pessoas vão argumentar comigo sobre esse microchip. Isso tem sido tão difundido, que tem se tornado santo. Negar a idéia do microchip quase tornou-se igual a negar a Cristo. Entretanto, não há sequer um verso que possa torná-lo real.
Graças ao Senhor Ele não nos deixa em confusão como estamos vendo hoje, há duas palavras na língua grega para "marca".
Uma delas é STIGMA. Essa palavra significa, de acordo com o Dicionário de Palavras Expositivas do Novo Testamento, de Vine: "uma marca tatuada ou uma marca feita com fogo, um sinal". Isso refere-se a algum tipo de marca física que pode ser colocada na pele da pessoa. A outra palavra traduzida como "marca" é CHARAGMA. Essa palavra significa, de acordo com Vine: "um selo" ou "impressão". Essa palavra se refere à forma que é deixada na cera quente depois que um selo ou carimbo foi comprimido sobre ela. É dessa palavra grega que nós obtemos a palavra para "caráter". A palavra encontrada em Apocalipse 13:16,17 para a marca da Besta, no grego, é CHARAGMA, não STIGMA.
Portanto, podemos concluir disso que a marca da Besta não é simplesmente uma tatuagem ou sinal. É algo que está diretamente relacionado à maneira como pensamos, à formação do nosso pensamento ou caráter. Aceitar essa marca significará que nós escolhemos adaptar o nosso modo de pensar ao do Anticristo. Nós teremos, devido à pressão exercida sobre nós, modificado o nosso caráter para ajustá-lo à impressão da Besta. Nós escolheremos mudar a nossa maneira de pensar para conformá-la à sua imagem. Aceitar a marca da Besta será aceitar a sua religião! Nós não sabemos de fato qual será a "marca" da Besta. Mas nós podemos aprender, a partir dessa discussão, que aceitar a marca está intimamente ligado ao nosso caráter e modo de pensar. No livro de Apocalipse, o verso que fala sobre a marca da Besta é encontrado um pouco antes de outro verso sobre santos que têm "...escrito [nas frontes] o seu nome [o nome de Cristo] e o nome de seu Pai." Não é possível que essas pessoas tenham "Paizinho", ou algo similar, literalmente escrito nas suas testas. Esse verso fala, sem dúvida, sobre a forma de pensar dessas pessoas. Aqui estão algumas pessoas cujas mentes foram renovadas (Rm 12:2). Os processos do pensamento delas foram transformados para que estejam em harmonia com as idéias e atitudes de Cristo. Os seus pensamentos, opiniões e arrazoados são controlados pelo Espírito Santo. Elas têm submetido suas mentes ao controle de Jesus Cristo, e Ele está reinando sobre elas. Portanto, a decisão de receber ou não receber a marca da Besta será uma intensa batalha. Será uma luta sobre quem irá dominar e controlar as mentes dos homens. A marca física, se houver uma, será apenas a evidência de que alguém decidiu permitir que a imagem do Anticristo – seus programas e propósitos religiosos – seja impressa em sua mente maleável. Qualquer crente que não se submeteu e não subjugou sua mente ao completo controle de Jesus Cristo, vai encontrar-se numa luta intensa. Ele terá que decidir se permitirá os seus impulsos naturais e necessidades físicas dominarem as suas decisões, ou se permitirá o Senhor governar os seus pensamentos e decisões. Como você vê, se a sua mente estiver agora conformada a este mundo, se você estiver amando e procurando todas as coisas e prazeres terrenos, de repente alguém se colocará entre você e aquilo que você pensa que precisa e deseja. O Anticristo, ganhando o controle do sistema financeiro, irá também ganhar o controle do acesso aos seus desejos. Para continuar com a sua vida, você terá de passar por ele. Para continuar a comprar e vender, você terá que se conformar à sua religião. A sua mente e o seu caráter terão que receber a imagem da Besta. Você terá que se converter à religião dele. Esta será uma hora de intensa batalha espiritual, com muita coisa importante a ser decidida. Como você percebe, para sobreviver, muitos serão pressionados até à morte para que recebam a marca. Se eles viverem uma vida de egoísmo e satisfação dos seus apetites naturais, então, essa decisão será extremamente difícil. Aqueles que amam este mundo e suas coisas e prazeres estarão em apuros. Mas aqueles que já aprenderam a negarem a si mesmos e a se submeterem a Jesus serão vitoriosos.

Texto extraido do Blog http://alimentosolido.blogspot.com

Antes de ocorrer o dilúvio em Gênesis 6.5 nos diz que os pensamentos e as obras do coração dos homens era continuamente má.
Os pensamentos estão relacionados com a cabeça, e as obras estão relacionadas com as suas mãos.
Senhor, abre os olhos do nosso coração em nome do Senhor Jesus!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os Três Aspectos do Pecado - W Nee

A Bíblia mostra-nos que existem três aspectos do pecado. Em outras palavras, o pecado está em três lugares. Primeiro, o pecado está diante de Deus; segundo, o pecado está na nossa consciência; terceiro, o pecado está na nossa carne. A Bíblia sempre nos mostra o pecado de acordo com essas três linhas. É como um rio alimentado por três afluentes. Se quisermos conhecer o pecado de forma completa, devemos ter clareza sobre essas três linhas. Precisamos saber que nosso pecado está diante de Deus, na nossa consciência e na nossa carne. Se não tivermos clareza dessas três linhas e não formos capazes de fazer distinção entre elas, não teremos clareza acerca do problema do pecado. Se confundirmos essas três linhas, não perceberemos o ponto de vista de Deus concernente ao pecado e não compreenderemos como Deus é perfeito ao lidar com o pecado. Somente quando entendemos a necessidade é que reconhecemos o tratamento. Se não conhecermos a necessidade, presumiremos que o tratamento é desnecessário. Portanto, precisamos conhecer primeiramente o pecado para depois conhecer como a salvação de Deus é completa.
Deus é um Deus justo. Na administração do universo Ele é a mais elevada autoridade. Ele é o Governante do universo, e tem leis e ordenanças definitivas sobre os pecados. Ele recompensa o homem de acordo com o que o homem faz, e segundo a maneira como age. Deus lida com o mundo na Sua posição de Governante soberano. No tempo de Adão, embora ainda não houvesse este termo, havia a lei adâmica. Depois de Noé, embora não houvesse este termo, houve a lei de Noé. No tempo de Moisés, o termo lei começou a ser utilizado especificamente. Foi a partir daí que a lei foi especificamente colocada diante do homem. Quer estejamos falando da lei explícita depois de Moisés quer da lei implícita antes do tempo de Moisés, o veredito de Deus é que quem peca deve morrer. Ele exige que os que transgridem a lei sejam punidos com a morte eterna. Enquanto o homem está vivo, embora sua carne esteja vivendo, seu espírito está morrendo. No final, sua carne também morrerá. E na eternidade, seu espírito, alma e corpo perecerão. Se o homem não pecar, Deus não executará a punição. Contudo, se o homem pecar, Deus certamente executará a punição. Deus decretou ordenanças e leis acerca dos pecados do homem.
Quando ocorrem pecados em nossa vida, primeiro há o registro deles diante de Deus. Deixe-me ilustrar com um exemplo. Recentemente as pessoas foram proibidas de estacionar seus carros onde bem quisessem. Há dois meses, você podia estacionar seu carro em qualquer lugar. Você podia até mesmo estacionar no lado contrário da rua e era livre para estacionar em qualquer sentido. Mas há dois meses o departamento de trânsito proibiu essa prática. Agora, enquanto dirige, você vê todos os carros estacionados no mesmo sentido. Há uma nova lei que diz que todos os carros devem ser estacionados no mesmo sentido do fluxo do trânsito. Se você não fizer isso, estará violando a lei. Se hoje, um irmão vier à reunião de carro e estacionar no sentido contrário, um oficial do departamento de polícia pode ver isso e registrar a infração no departamento de polícia. A infração é registrada não na rua onde ele estacionou, mas no departamento de polícia, mesmo que o irmão não esteja ciente do fato. A infração pode ter ocorrido na Rua Ha-Tung, mas o local onde a infração será registrada é o departamento de polícia do distrito de Tsin-An-Tsu.
Os incidentes de pecado ocorrem no homem, mas assim que o homem peca, há o registro do pecado diante de Deus. Deus é o soberano Governante do mundo. Ele tem o controle de tudo. Se no decorrer de nossa vida transgredimos a lei, há um registro do nosso pecado diante de Deus. É por essa razão que no Antigo Testamento freqüentemente se fala de pecar contra Jeová. A razão de um ato de pecado ser maligno e terrificante é que uma vez que um pecado é cometido, ele é registrado diante de Deus. Desde que Deus tenha dito que quem pecar deve morrer, Ele tem de executar Seu julgamento sobre os pecados. Não existe maneira de escapar, pois o registro do pecado já está lá.
Em segundo lugar, o conhecimento do pecado está em nossa consciência. Embora haja um registro do pecado diante de Deus, enquanto você não tomar conhecimento dele, ainda será capaz de sorrir e regozijar-se em sua cadeira e agir como se nada houvesse ocorrido. Mas uma vez que tome conhecimento daquele pecado, o pecado que está diante de Deus entra na sua consciência. Inicialmente, esse pecado estava somente diante de Deus; agora ele é identificado na sua consciência. Que é a consciência? É uma “janela”. A luz de Deus resplandece em seu interior através da janela da sua consciência. Toda vez que a luz de Deus brilha em você, você se sente pouco à vontade e sabe que fez algo errado.
Pode ser que haja alguém aqui que estacionou o carro no sentido contrário. Pode ser que não estivesse cônscio do seu erro e estivesse totalmente despreocupado. Mas uma vez que eu o mencionei, ele se sentirá inquieto interiormente. Minhas palavras moveram o registro de seu pecado do departamento de polícia para ele. Portanto, a consciência é alterada pelo conhecimento. Sem conhecimento, você ignora seus pecados; e desde que a consciência dentro de si não o moleste, você se sentirá em paz. Mas assim que tiver o conhecimento e começar a perceber o ponto de vista de Deus e da lei sobre você, sua consciência não cessará de incomodá-lo.
É verdade que todos têm uma consciência? Certamente todos têm uma consciência. Contudo, algumas consciências estão obstruídas e a luz de Deus não pode entrar. Algumas consciências são como uma janela de cozinha que tem uma espessa camada de sujeira sobre ela. Por ela você pode ver a sombra de um homem movendo-se, mas não pode ver o homem claramente. Se a sua consciência não puder receber a luz de Deus, você estará despreocupado e alegre. Mas no momento em que ouvir o evangelho e vir seus próprios pecados, sua posição diante de Deus e o registro de seus pecados diante Dele, sua consciência terá um problema. Ela ficará incomodada; não estará em paz, mas irá condená-lo. Você perguntará o que deve fazer para ser capaz de permanecer diante do Deus justo, e como ser justificado diante deste Deus tão justo.
O que é surpreendente quanto à consciência é que, na pior das hipóteses, ela pode adormecer, mas ela nunca morrerá. Nunca pensemos que nossa consciência morreu. Ela nunca morrerá, mas adormecerá. Entretanto, quando a consciência de muitos desperta, eles acham que é tarde demais, que não têm mais a oportunidade de crer ou de ser salvos. Não pense que nossa consciência nos deixará em paz. Um dia ela nos acusará. Um dia ela falará. Muitos que pensavam assim, que faziam muitas coisas más, achavam que escapariam. Mas, quando a consciência deles finalmente acordou, eles foram capturados por ela.
Que fazem as pessoas quando sua consciência desperta e elas percebem que pecaram? Tão logo a consciência as capture, elas tentam fazer o bem praticando boas obras. Qual é o propósito do homem ao tentar fazer boas obras? O seu propósito é subornar a consciência. A consciência mostra ao homem que ele pecou. Então, agora ele faz mais atos de caridade e faz mais boas obras para dizer à sua consciência que, apesar de ter feito tanta coisa errada, ele também faz todas essas coisas boas. Que significa fazer boas obras? Significa subornar a consciência quando esta começa a acusar, de modo a abrandar sua condenação. Essa é a forma de salvação inventada pelo homem.
Mas lembre-se de que essa é a maneira errada. Onde reside esse erro básico? O erro encontra-se na nossa suposição de que o pecado existe apenas em nossa consciência. Esquecemo-nos de que o pecado também existe diante de Deus. Se o pecado existisse somente em nossa consciência, então necessitaríamos realizar, quando muito, dez boas obras para compensar cada erro nosso. Entretanto, o problema agora não é somente com a nossa consciência. O problema agora é o que está diante de Deus. Eu não posso ser absolvido do julgamento por uma infração de estacionamento proibido, apenas porque estaciono o carro corretamente uma centena de vezes. Pecado é algo diante de Deus. Não é somente algo em nossa consciência. Não somente precisamos lidar com o pecado em nossa consciência; também temos de lidar com o nosso pecado diante de Deus. Somente quando tivermos lidado com o registro do pecado diante de Deus, é que o pecado em nossa consciência poderá ser tratado. Não podemos lidar com o problema na consciência primeiro, pois esta poderá ser apaziguada pelo auto-engano. Mas lembre-se de que a consciência nunca morrerá.
Talvez você ainda não tenha visto a consciência em funcionamento. Freqüentemente vejo pessoas atormentadas pela consciência. Quando a luz de Deus vem, a consciência fica incomodada. Se houvesse um buraco no chão, uma pessoa em tal condição se arrastaria para dentro dele. Ela faria qualquer coisa para apaziguar sua consciência. Ela até daria sua vida para redimir-se do pecado. Por que Judas se enforcou? Porque sua consciência não o deixava em paz. Ele havia traído Jesus e sua consciência não o deixava em paz.
Por que Deus não precisa enviar muitos anjos para jogar os homens no lago de fogo como se jogassem pedras? Por que não há necessidade de Deus ter muitos anjos guardando o lago de fogo? Deus não teme uma revolta no inferno? É bem possível que para um homem que pecou, o inferno seja mais uma bênção do que uma maldição. Quando a consciência se levanta para condenar um homem, ela exige que o homem seja punido. A punição não é apenas uma exigência de Deus, mas também do homem. Antes de ver o que é o pecado, você tem medo da punição. Mas após ver o que é o pecado, você encara a punição como uma bênção. Você já viu criminosos ou assassinos no momento da execução? Antes de ver seu pecado, um homem pode alegrar-se em matar. Mas depois de ver seu pecado, ele se alegrará com sua própria execução. Portanto, o inferno não é somente um lugar de punição. É também um lugar de fuga. É o derradeiro lugar de refúgio. O pecado na consciência causa dor hoje e clama por punição na era vindoura. Portanto, para Deus nos salvar, Ele precisa lidar com nossos pecados diante Dele, e também precisa lidar com nossos pecados em nossa consciência.
Existe um terceiro aspecto do pecado. O pecado não está somente diante de Deus e na consciência do homem; ele está também na carne do homem. Isso é o que nos diz Romanos 7 e 8. Que é o pecado na carne? Vimos que por um lado há o registro dos pecados diante de Deus, e que, por outro, existe a condenação dos pecados na consciência do homem. Agora vemos o terceiro aspecto: o poder do pecado e as atividades do pecado na carne do homem. O pecado tem seu ofício. O pecado está chefiando. O pecado está na carne do homem como chefe. Lembre-se de que o pecado é o chefe chefiando na carne.
Que quero dizer com isso? Os pecados diante de Deus e na própria consciência do homem são objetivos. Para mim, o registro dos pecados diante de Deus e a condenação dos pecados em minha consciência são questões do meu sentimento com relação ao pecado. Mas o pecado na carne é subjetivo. Isso significa que o pecado que está habitando em mim tem o poder de forçar-me a pecar; ele tem o poder de incitar-me e levantar-me para pecar. Isso é o que a Bíblia chama de pecado na carne.
Por exemplo, pode haver um irmão que ganha cem dólares por mês, mas gasta cento e cinqüenta. Ele gosta de pedir dinheiro emprestado. É a sua disposição. Se ele não pede emprestado, suas mãos começam a coçar, e até sua cabeça e corpo coçarão. Depois de gastar todo seu salário, ele precisa pedir algum dinheiro emprestado e gastá-lo para sentir-se bem. Nele podemos ver os três aspectos: primeiro, ele tem muitos credores, que têm os registros de seus débitos; segundo, a menos que ele não tenha conhecimento das conseqüências de se pedir emprestado (neste caso ele ainda continuará tranqüilamente pedindo emprestado) ele perceberá que está em perigo e assim ficará preocupado não somente com o registro da dívida perante seus credores, como também com a sensação desagradável que sente em sua consciência; além disso, há o pecado em sua carne. Ele sabe que é errado pedir emprestado, contudo sente-se inquieto a menos que continue a fazê-lo. Algo o está induzindo e incitando, dizendo-lhe que há meses não pede dinheiro emprestado e que deveria fazê-lo uma vez mais. Que é isso? Isso é o pecado na sua carne. Por um lado, o pecado é um fato para ele; esse pecado resulta em um registro do pecado diante de Deus e na sua consciência. Por outro lado, o pecado é um poder na sua carne; ele o incita e compele, até força e empurra-o para pecar.
Se nunca resistiu ao pecado, você ainda não sentiu o poder dele. Mas se tentar resistir ao pecado, sentirá o poder dele. Você não sente a força da correnteza de um rio quando se deixa levar por ela. Mas se tentar ir contra a correnteza, sentirá a força dela. A maioria dos rios na China correm do ocidente para o oriente; assim, se você tentar viajar do oriente para o ocidente, sentirá quão poderosos são os rios da China. Os que mais conhecem o poder do pecado são também os mais santos, pois são os que tentam se opor e permanecer contra o pecado. Se você se une ao pecado e segue seu curso, certamente não conhecerá sua força. O pecado na sua carne está o tempo todo incitando e compelindo-o a pecar, mas somente quando você desperta para lidar com o pecado é que perceberá que é um pecador perdido e destinado a perecer. Só então você saberá que está sem recursos e que não tem solução para o problema do pecado em sua carne, sem mencionar a presença dos pecados na sua consciência e o registro dos pecados diante de Deus.
Portanto, precisamos ver que quando Deus nos salvou, Ele tratou com todos os três aspectos. O pecado interior é tratado pela cruz e pela crucificação do velho homem. Já mencionamos isso muitas vezes, por isso não iremos repeti-lo agora. Nosso estudo da Bíblia desta vez abrange a maneira de Deus lidar com nossos pecados diante Dele e a condenação dos pecados em nossa consciência. De início, mencionei o problema do pecado e dos pecados. Os pecados referem-se aos atos pecaminosos diante de Deus e em nossa consciência. Toda vez que a Bíblia menciona pecados, ela se refere aos atos pecaminosos diante de Deus e em nossa consciência. Mas toda vez que a Bíblia menciona o pecado na carne, ela usa a palavra pecado, e não pecados. Se você lembrar-se disso não terá problemas mais tarde.
Agradecemos a Deus porque a Sua salvação é completa. Ele tratou com nossos pecados diante Dele. Ele também julgou nossos pecados na pessoa do Senhor Jesus. Além disso, o Espírito Santo aplicou a obra de Cristo a nós, para que pudéssemos receber o Senhor Jesus e ter paz em nossa consciência. Uma vez que a consciência é purificada, não há mais percepção dos pecados. Muitas vezes ouvi cristãos dizerem que o sangue do Senhor Jesus purifica-nos de nossos pecados. Quando pergunto se sentem paz e alegria, eles dizem que às vezes ainda sentem a presença de seus pecados. Isso é inconcebível. Estou alegre porque quando a consciência é purificada, não mais precisamos estar conscientes dos pecados. Se nossa consciência ainda está consciente dos pecados é porque ainda há registro de pecados diante de Deus. Mas se os pecados se foram de diante de Deus, como ainda podemos estar conscientes deles? Uma vez que os pecados diante de Deus foram tratados, os pecados em nossa consciência também devem ter sido tratados. Assim sendo, não precisamos mais estar conscientes de nossos pecados.

Extraído do livro " O Evangelho de Deus"

O Jardim do Éden, figura de uma igreja local- W. J. Watterson

O jardim do Éden, onde Adão e Eva habitavam antes do seu pecado, era o paraíso de Deus aqui na Terra. Um local perfeito, onde o homem podia viver em comunhão, também perfeita, com seu Deus. Infelizmente esse estado tão maravilhoso parece ter durado pouco, pois o homem, como conseqüência do seu pecado, foi destituído desta posição privilegiada e expulso do jardim.
Podemos aprender muito, porém, ao examinar os poucos versículos que falam daquele jardim. Neste artigo é minha intenção destacar algumas das características do jardim do Éden que correspondem a características de uma igreja local que segue o padrão do Novo Testamento. Sabemos que tal igreja é sagrada aos olhos de Deus, e que, hoje, é ali que Ele deseja ter comunhão perfeita com Seus servos (veja I Co 3:16-17; I Tm 3:14-15; Mt 18:20; etc.). Seria natural, portanto, encontrar várias semelhanças entre estes dois “paraísos”, entre o local onde Deus teve, pela primeira vez, comunhão com o homem, e o local onde, hoje, Ele procura tal comunhão.
Quero destacar, então, algumas destas semelhanças, lembrando-nos, porém, de algo simples mas de suma importância: quando falar em “igreja”, neste artigo, estarei sempre me referindo a um grupo de pessoas reunidas unicamente ao nome do Senhor Jesus Cristo, sem qualquer vínculo denominacional. Jamais estarei indicando um prédio religioso, ou uma organização humana, ou algo parecido.
1. Plantado por Deus (Gn 2:8)
O jardim do Éden não foi plantado por mãos humanas; a Bíblia afirma claramente que “plantou o Senhor Deus um jardim”. Deus fez tudo conforme Ele queria, de acordo com a Sua vontade e o Seu propósito.
E o mesmo acontece em relação a uma verdadeira igreja de Deus hoje em dia; ela será plantada por Deus. Isto quer dizer que não é um decreto humano que determina o nascimento de uma igreja, nem é necessário ter a autorização de uma instituição ou autoridade humana para que ela passe a existir. O ensino claro do Novo Testamento é que onde um grupo de cristãos, mesmo que pequeno (“Porque onde estiverem dois ou três …”) estiver se reunindo regularmente (“… reunidos …”; o verbo, no grego, é um particípio perfeito na forma passiva, indicando um ato que continua no presente, e feito por uma força externa), atraídos unicamente ao nome do Senhor Jesus Cristo (“… em Meu nome”; não somente com a autoridade dEle, mas atraídos ao Senhor Jesus), ali existe um “santuário de Deus”, uma igreja local (“ali estou no meio deles”). A operação do Espírito Santo atrai um grupo de cristãos ao nome singular do Senhor Jesus Cristo, e devido à ação desta Pessoa divina, sem qualquer influência ou autoridade humana, Deus planta uma igreja local!
Isto é confirmado pelo Seu aviso à igreja em Éfeso (Ap 2:1-7). Deus mesmo diz que, se necessário, iria remover aquele candeeiro; só Ele poderia fazer isto, pois Ele é quem havia plantado aquela igreja, no começo.
É claro que Ele usa vasos humanos para executar esta obra (I Co 3:6-9), mas estes serão apenas “cooperadores de Deus” (I Co 3:9); o poder e a autoridade sempre serão dEle.
Que possamos sempre lembrar deste fato tão solene! A igreja não é uma instituição humana, plantada por homens, que pode ser manipulada ou “cortada” por homens. Deus é quem planta; só Ele é quem tem autoridade para plantar, para preservar, e até, em casos extremos, para cortar.
2. Um lugar agradável (Gn 2:8).
O lugar escolhido por Deus para plantar este jardim chamava-se Éden, uma palavra hebraica que significa “agradável”, ou “prazer”. Deus criou um jardim perfeito, onde Ele poderia passar momentos agradáveis juntamente com o homem que criara. O profeta Isaías indica que naquele jardim havia “regozijo e alegria, … ações de graça e som de música” (Is 51:3).
Da mesma forma, o Senhor deseja que o Seu povo possa experimentar, hoje, o prazer maravilhoso da Sua presença. E esta comunhão, tão agradável, deve ser encontrada no seio da igreja local. É verdade que cada um deve ter comunhão, individualmente, com seu Salvador, mas é um fato bíblico que, nesta dispensação da graça, Deus fortalece e anima seus filhos através da comunhão da igreja. Ele quer que, na igreja, haja um só sentimento, um só amor (Fl 2:2), onde os membros mais fracos possam ser ajudados pelos mais espirituais (Gl 6:1), todos “lutando juntos pela fé evangélica” (Fl 1:27). Ele quer que a comunhão sincera e verdadeira do Seu povo, uns com os outros e com Ele, possa animar e consolar a cada um, trazendo verdadeiro prazer espiritual! Aqui na Terra poucas coisas se comparam à esta comunhão divina; é realmente sublime o prazer que um verdadeiro servo de Deus sente em lembrar do seu Senhor junto com um grupo dos seus irmãos, por menor ou mais humilde que este grupo seja. Como disse o Espírito, através de Davi: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133:1).
Isto nos faz lembrar, porém, de algo muito importante. Irmãos, será que sentimos prazer nas reuniões da nossa igreja? Ela é um lugar agradável a nós? Se a resposta for “não”, será que estamos nos esforçando, positivamente, para que esta situação mude? Não de uma maneira hipócrita, querendo que todos concordem conosco, mas “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fl 2:3).
Ou ainda, será que a comunhão da nossa igreja local é tão verdadeira e espiritual que os novos convertidos sentem prazer nesta comunhão? Será que estamos obedecendo à exortação do Espírito: “restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado” (Hb 12:12-13)? Estamos animando, ou ajudando a desanimar?
E a pergunta mais solene: será que o “Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível” (Ne 1:5), considera a minha igreja local como um lugar agradável? Será que a igreja onde você se reúne é um lugar onde Ele pode gozar de comunhão verdadeira com Seu povo, como Ele fazia, no começo, lá no Éden? É triste quando a nossa falta de fidelidade aos princípios tão simples do Novo Testamento, a nossa arrogante insistência em introduzir idéias humanas no meio da igreja de Deus, a nossa falta de paciência e tolerância uns com os outros, ou o nosso materialismo, acabam por desagradar, envergonhar e irritar o nosso Deus. Senhor, poupe-nos desta tristeza tão amarga!
3. Um lugar acessível (Gn 2:8)
O jardim de Deus foi plantado no Éden, mas o Espírito nos dá ainda mais detalhes; foi “da banda do Oriente”, isto é, virado para o Oriente. Porque mencionar este fato, aparentemente irrelevante? A Palavra preciosa e perfeita de Deus não omite qualquer coisa necessária, e nem tão pouco menciona qualquer coisa desnecessária. O que podemos aprender, então, desta expressão: “da banda do Oriente”?
A palavra hebraica aqui traduzida “Oriente”, junto com suas cognatas, aparece muitas vezes no Velho Testamento (um total de 171 vezes). Sem tomarmos o espaço necessário para entrar em detalhes, podemos afirmar que, analisando com cuidado todas estas ocorrências, fica claro que, na Bíblia, o Oriente é o lugar do homem afastado de Deus. Quando a Bíblia fala de alguém indo para o Oriente, está enfatizando que ele se afasta de Deus, e aquele que vem do Oriente geralmente é alguém que esteve bem longe de Deus. Isto é apenas figurativo; hoje, ir para o Oriente não é sinônimo de afastamento de Deus, e nem os habitantes do Ocidente são, de qualquer forma, superiores aos do Oriente. Mas o Espírito nos ensina, também, através de figuras, e a figura apresentada pelo Oriente, na Bíblia, é a de um lugar longe de Deus. Eis as razões para tal afirmação:
Das 171 ocorrências de “oriente”, “oriental”, etc, no Velho Testamento, 37 vezes a palavra tem outro significado (sendo traduzida por “antigamente”, “tempos eternos”, etc.), e 68 vezes temos uma referência geral, onde o oriente é usado simplesmente como um ponto de referência, e não figurativamente (“para o oriente e para o ocidente”, e expressões semelhantes). Das 66 ocorrências que restam, onde a menção da palavra “oriente” parece ter sido usada com um propósito figurativo, apenas 20 parecem, a primeira vista, indicar que o oriente é figura de algo bom. Mas estes versículos são tão bem interpretados (e, na maioria dos casos, até melhor) se olharmos com mais cuidado, aplicando a figura do oriente como representando o lugar do homem, longe de Deus.
Contrastando com estas 20 ocorrências, temos 46 onde o Espírito Santo liga, claramente, o oriente com aquilo que não vem de Deus. A expressão “vento oriental” ocorre 19 vezes, sendo que, em 16 destas, ela é sinônimo absolutamente claro de destruição ou pecado (veja, por exemplo, Gn 41:6; Is 27:8; Jr 18:17; Ez 27:26). Veja, também, as pessoas que foram para o oriente: Adão e Eva, depois da queda (Gn 3:24); Caim (Gn 4:16); Ló (Gn 13:11); os outros filhos de Abraão (Gn 25:6), etc. Em Ez 8:16, lemos de “cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; adoravam o sol virados para o oriente”.
Em vista disto, parece ser justificável afirmar que o Oriente, na Bíblia, indica o lugar do homem, longe de Deus, um lugar pecador e inútil.
Como podemos entender, então, o motivo que levou o Espírito a destacar que o jardim ficava na banda do oriente do Éden? É o mesmo que temos no Tabernáculo e no Templo visto por Ezequiel (Ez caps. 43, 46, e 47), cujas portas olhavam para o Oriente. É uma figura da graça de Deus, que tornou a salvação acessível ao ser humano. Quando o pecador, perdido em seu pecado, quisesse, pela operação do Espírito, buscar a Deus, ele iria virar as costas ao Oriente, e a primeira coisa que ele iria ver seria a porta da casa de Deus! Não seria necessário rodear a casa, procurando a entrada; Deus a colocou bem na sua frente. Louvamos a Deus porque Ele não tornou a salvação desnecessariamente complicada. O pecador que deseja ter o perdão dos pecados não tem que sair procurando um caminho escondido; a Porta, aberta pela graça de Deus, está ao alcance do mais fraco ser humano!
A igreja local deve ser um lugar acessível. Não um lugar onde qualquer um entra, sem questionamento, mas onde qualquer um que queira se submeter à Palavra de Deus encontrará livre acesso. Não estamos tratando de recepção à Ceia do Senhor; o Novo Testamento fala de recepção à comunhão da igreja, e isto inclui muito mais que simplesmente o partir do pão. Só poderá ser aceito à comunhão da igreja local (e, portanto, participar da Ceia) aquele que, confessando o Senhor Jesus como Salvador publicamente pelo batismo, estiver disposto a obedecer plenamente os princípios neo-testamentários que governam a igreja local, e manter-se separado do mundo e do pecado. Jamais devemos abrir mão desta exigência. Mas não devemos acrescentar qualquer outro obstáculo; não podemos exigir um certo tipo de roupa (além da vestimenta decente, é claro), ou determinado nível social, ou grau de instrução, etc. Qualquer discriminação humana é totalmente condenada (veja Tg 2:1-13).
Aquilo que Deus exige, para a entrada na Sua casa (que hoje é a igreja local, I Tm 3:15) não pode ser esquecido; qualquer ser humano só pode entrar pela Porta. Mas irmãos, não podemos dificultar desnecessariamente este processo; a porta da igreja local tem que estar olhando para o Oriente, para os pecadores e para os indoutos. Adotar táticas humanas, diluir a mensagem, e animar mais as reuniões, são sugestões da carne; mas mostrar um amor verdadeiro e sincero aos pecadores, apresentar o Evangelho de maneira tão clara que até uma criança possa entender, fazer com que os visitantes se sintam realmente bem-vindos em nosso meio, sair ao encontro deles de casa em casa se eles não querem vir ao salão onde nos reunimos, isto é tornar a igreja acessível. O padrão elevado que Deus exige tem que ser mantido; o que nós não temos o direito de fazer é acrescentar, às exigências de Deus, as nossas próprias.
4. Um jardim atraente (Gn 2:9)
O jardim do Éden deve ter sido, sem sombra de dúvida, um lugar extremamente belo. Não simplesmente um lugar agradável, onde o espírito encontrava prazer (como vimos acima), mas também um lugar onde os olhos se enchiam com as belezas físicas ali expostas. Deus, o sábio Criador, plantou árvores, e eram árvores agradáveis à vista. Aquele jardim manifestava o poder e a perfeição do Seu Criador.
Da mesma forma, uma igreja local deve manifestar, perante os homens e os anjos, a beleza da santidade de Deus. Além de ser um lugar onde o verdadeiro cristão encontrará prazer espiritual junto com seu Senhor, deve ser também um lugar onde os indoutos ou incrédulos poderão ver a ordem e perfeição que são características do nosso Deus.
I Coríntios cap. 14 deixa isto bem claro. Ao mostrar a necessidade de haver ordem nas reuniões da igreja, o Espírito nos revela, primeiro, o lado negativo (v. 23). Se a reunião for desordenada, os incrédulos ou indoutos irão dizer que somos loucos. Mas os vs. 24 e 25 apresentam o lado positivo: quando tudo é feito “com decência e ordem” (v. 40), o resultado é que o nome de Deus será glorificado (v. 25).
Em relação à “decência”, estamos precisando, hoje em dia, reaprender o significado da palavra “reverência”. Lamentavelmente, muitas das igrejas de Deus estão se portando com tanta leviandade, bagunça e falta de reverência, que o nome de Deus acaba sendo blasfemado (compare Rm 2:24). Que o Senhor nos dê a coragem para desprezar as táticas sensacionais e barulhentas, que só agradam à nossa alma; que Ele nos dê a intrepidez necessária para valorizarmos as reuniões simples, reverentes e espirituais que agradam ao nosso espírito e, principalmente, a Deus.
Quanto à “ordem”, é importante lembrarmos que a igreja não é um lugar sem autoridade, onde cada um faz o que bem entende; não é uma ditadura, onde um homem domina sobre os outros; nem é uma democracia, onde a vontade da maioria é feita; a igreja é uma Teocracia, onde Deus reina. Homens fieis e santos, levantados por Ele, presidem sobre o povo de Deus, submetendo-se, porém, ao Senhor dos senhores (Hb 13:17, etc).
Amados, a igreja de Deus é o lugar onde a beleza da Sua santidade deve ser vista. Que possamos fazer tudo com decência e ordem (I Co 14:40), resplandecendo como luzeiros no mundo (Fl 2:15), para que o mundo seja atraído pelas belezas do nosso Deus, reveladas no Senhor Jesus Cristo, e não seja confundido pelas nossas artimanhas.
5. Um lugar onde havia alimento (Gn 2:9)
O jardim do Éden não satisfazia apenas aos olhos; também fornecia alimento abundante e variado, com toda sorte de árvore boa para alimento.
Uma igreja que não esteja fornecendo alimento para o rebanho está em grande falta, e dificilmente poderá crescer. Para haver crescimento, é necessário alimento, e este deve ser encontrado, principalmente, na igreja, pois o Novo Testamento mostra claramente que é em comunhão com a igreja que o cristão cresce (veja Ef 4:11-16, por exemplo).
Deus fez provisão para esta necessidade, pois “Ele mesmo concedeu uns para … pastores e mestres”. Ele próprio deu, para cada igreja, irmãos capacitados para alimentar o povo de Deus através do ensino da Palavra. E não são somente os pastores e ensinadores que tem esta responsabilidade; os anciãos também devem ser aptos para ensinar (I Tm 3:2). Nem sempre esta aptidão será para o ensino público. Muito pode ser feito em conversas ou visitas particulares, em circunstâncias onde o ensino público não pode, ou não consegue, surtir o efeito desejado. Mas, seja por meio do ensino público ou individual, a verdade é que, em cada igreja local, o alvo deve ser que cada um dos membros esteja encontrando alimento para as suas necessidade.
Como está a sua igreja neste aspecto? Há alimento suficiente? Há variedade de alimento (“toda sorte de árvore”)? Se não, você está preocupado com isto? “Mas eu não tenho o dom de ensinar”, você diz; ou então: “Mas eu sou uma irmã; a Bíblia me proíbe de ensinar publicamente na igreja”. Mas, se não temos o dom de ensinar, estamos exortando em particular, com palavras e com nosso exemplo? Se não podemos ensinar publicamente, estamos ensinando em particular? Nós louvamos a Deus pelos servos eruditos que Ele capacitou para nos ensinar; mas não podemos esquecer que não é necessário saber definir Hermenêutica ou Homilética para poder alimentar o povo de Deus. O Servo perfeito, que soube “dizer uma palavra em tempo oportuno ao cansado”, era Aquele que despertava “todas as manhãs” para ouvir a voz de Deus (Is 50:4). Precisamos dos eruditos; principalmente, porém, necessitamos de homens e mulheres que, não se preocupando com o reconhecimento por parte dos homens, procuram estar em comunhão com Deus, ouvindo a Sua voz, para poderem nos falar palavras oportunas.
Senhor, dê-nos servos e servas que são despertados, toda manhã, pela Tua voz; servos que possam dizer: “O Senhor Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde” (Isa. 50:5); servos que nos transmitam aquilo que homem ou livro nenhum os ensinou, mas aquilo que aprenderam do Senhor.
6. No meio, a árvore da vida (Gn 2:9)
Quando Eva tentou descrever o jardim do Éden, ela disse que a árvore que estava no meio do jardim era a árvore do conhecimento do bem e do mal (3:2-3). Parece que tanto esta, quanto a árvore da vida, estavam na região central do jardim. Mas repare que para Eva a árvore central, a mais importante, era a árvore proibida; para Deus, porém, a árvore que estava no centro do jardim era a árvore da vida (2:9), uma figura muito clara daquele que nos dá a vida eterna, o Senhor Jesus.
O centro de toda verdadeira igreja de Deus será ocupado unicamente pelo Senhor Jesus Cristo. É ao nome dEle que reunimos (Mt 18:20), atraídos por Ele e submissos a Ele. Ele é o Cabeça da Igreja que é o Seu corpo, e será também de toda igreja local que Lhe pertença (Cl 2:19; Ef 4:15, etc.). Não temos o direito de colocar qualquer outra coisa, ou pessoa, no centro da igreja. Se não somos atraídos unicamente ao nome de Cristo, se não permanecemos unidos simplesmente por amá-Lo, se não nos submetemos incondicionalmente à Sua palavra, então renunciamos ao direito de ter a Sua presença conosco. Poderemos ser uma “igreja”, mas não seremos uma igreja de Deus.
Irmãos e irmãs, que possamos recusar toda teoria, invenção, preceito ou tradição que vem dos homens, submetendo-nos somente à autoridade de Cristo. Que saibamos respeitar aqueles homens dedicados que Ele próprio levantou para guiar o rebanho, mas jamais permitir que qualquer mortal usurpe o lugar central na igreja local; este lugar pertence somente a Cristo! Que possamos nos esforçar para ver Cristo entronizado, respeitado, obedecido e exaltado em nosso meio!
7. Um lugar elevado (Gn 2:10)
Percebemos que este jardim era mais alto do que as terras ao seu redor, pelo fato de que o rio saia do jardim e fluía para as terras ao redor. É um fato comprovado que a água, em seu estado líquido, quando não impelida por uma força externa, corre sempre do lugar mais alto para o mais baixo. Como este rio nascia no Éden, e dali saia para outras terras, fica bem claro que o jardim estava num local elevado.
Esta deve ser, também, uma característica das igrejas de Deus hoje. Elas estão no mundo, mas não são do mundo. O mundo é inimigo de Deus (Tg 4:4) — uma igreja local é casa de Deus (I Tm 3:15), é um “santuário de Deus, … sagrado” (I Co 3:17). Espiritualmente, deve haver uma distância enorme entre uma igreja de Deus e o mundo. A organização da igreja não irá copiar a política humana, com sua democracia desordeira; as atividades da igreja não poderão ser confundidas com atividades de instituições mundanas; a adoração duma igreja verdadeira será sempre muito superior à religiosidade fria e formal do mundo religioso.
A igreja não deve procurar atrair os pecadores com aquilo que o mundo oferece. O mundo tem diversão, filmes, festas; a igreja deve apresentar algo muito diferente, e muito superior. Há algo de errado com nosso proceder se os incrédulos se sentem bem em nossas reuniões. Numa reunião onde o Espírito tem liberdade de agir, o resultado será exatamente o contrário: o incrédulo ou indouto é “por todos convencido, e por todos julgado” (I Co 14:24). Ele irá se sentir incomodado, percebendo que não somos iguais a ele (espiritualmente); ele irá perceber que é um pecador, e que necessita da salvação. Devemos ser cordiais e amáveis, fazendo com que ele se sinta muito bem-vindo; mas não podemos esquecer que nossa intenção, ao trazê-lo, não é simplesmente que ele volte outra vez; é que ele perceba o seu pecado, e aceite a Cristo.
Em suma: as igrejas de Deus devem ser lugares espiritualmente elevados. Que nos chamem de radicais, fanáticos, etc.; nós não podemos, em qualquer circunstância, abaixar os padrões elevados de santidade e pureza que Deus exige de nós, Seu povo. O desejo de Deus para o Seu povo é que sejam um alvo, um exemplo para o mundo perverso (Fl 2:15). Que responsabilidade! Estamos buscando algo mais elevado do que aquilo que o mundo apresenta? Ou estamos manchando nosso testemunho com a lama da irreverência e leviandade, sob o pretexto de atrair as multidões? “O santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (I Co 3:17). É melhor uma igreja pequena, mas “elevada”, do que uma igreja numerosa vivendo no vale, junto com o mundo.
8. Regado por um rio (Gn 2:10)
O jardim do Éden não era árido ou estéril, como já temos visto; era um lugar onde cresciam toda sorte de árvores; um jardim cheio de vida, exuberante e atraente. Mas, de onde vinha a vida deste jardim? Em parte, da neblina que regava toda a terra (2:6), mas principalmente do rio que saia do Éden.
Um rio, na Bíblia, é uma figura muito apropriada do Espírito Santo, conforme a Palavra de Deus nos explica em Jo 7:38-39. Este rio, portanto, é uma figura da atuação do Espírito Santo no meio do povo de Deus, dando-lhe a vida e poder necessários para servir ao Senhor. É o Espírito quem nos torna capazes de servir a Deus, pela Sua presença conosco (Jo 14:16) e pelos dons que Ele nos dá (I Co 12:8). Ele também habita na igreja local (em I C. 6:19 o cristão, individualmente, é visto como um templo do Espírito; em 3:16, porém, é da igreja local que o contexto está tratando), e é Ele quem irá operar no meio da igreja, levando-nos a obedecer ao Cabeça. A autoridade é de Cristo; o poder é do Espírito.
Irmãos, é fundamental que nossas igrejas tenham um rio para regá-las. A vida, o poder de nossas igrejas não pode vir de outra fonte, a não ser o Espírito Santo. Se, na igreja onde você se reúne, o trabalho é feito no poder do homem, conforme a programação dos homens, onde está o Espírito de Deus? Se a vida da igreja da qual você faz parte é mantida pelas pregações eloqüentes, pelos corais bem afinados, ou pelo prédio luxuoso, onde está o rio que deveria regar esta igreja? É nosso dever tirar da igreja todas aquelas coisas que só agradam a carne, coisas que o Espírito de Deus jamais nos autorizou a introduzir. Podem ser inofensivas; podem até ser bonitas, mas vão limitar a liberdade que o Espírito tanto deseja ter. As religiões humanas, para atrair e manter seus membros, precisam da ajuda de muitas coisas humanas; uma igreja de Deus, porém, para atrair cristãos ao nome de Cristo, só precisa do poder do Espírito que, como um rio, irá espalhar a Sua influência por todo o jardim.
9. Influenciava a outros (Gn 2:10)
Aquele rio não permanecia só no jardim do Éden; ele se dividia e atingia outras terras também (Havilá, Cuxe, Assíria), permitindo que elas fossem beneficiadas pela vida que havia nele. Um rio, pela sua própria natureza, não consegue ficar parado, mas avança sempre. Você se lembra daquela profecia impressionante, registrada em Ezequiel 47? Um rio que, quanto mais se afastava do santuário, e quanto mais se aproximava do mar Morto, mais profundo ficava; e o homem que guiava Ezequiel lhe disse: “tudo viverá por onde quer que passe este rio” (v. 9).
O mesmo deve acontecer com uma igreja local. O poder do Espírito Santo, operando nela como um rio, não poderá ser escondido do mundo, nem trancado dentro de quatro paredes. Quando a igreja manifesta, pela direção do Espírito, o Senhorio de Cristo, ela irá resplandecer como um luzeiro no mundo (Fl 2:15), e outros serão atraídos pelo seu testemunho. A ordem do Senhor aos Seus discípulos foi para que avançassem até aos confins da terra (At 1:8), e o Espírito de Deus deseja estimular-nos a cumprir esta ordem. Veja o exemplo da igreja em Tessalônica. “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e Acaia, mas por toda a parte se divulgou a vossa fé para com Deus” (I Ts 1:8). Todo cristão sincero deverá estimular esta visão em seus irmãos, desejando expandir, alcançar outras terras que estão secas.
Esta não é uma necessidade distante; muitas vezes, a terra mais seca não está do outro lado do planeta, mas no nosso quintal. Na sua cidade, quantos bairros estão desertos espiritualmente? Perto da sua igreja, quantas cidades sem nenhum testemunho conforme as Escrituras? Como seria bom se o Senhor reavivasse em nossos corações o desejo de multiplicar pela divisão. Não divisão contenciosa — isto é sempre obra da carne — mas divisão unida e pacífica. Parece uma contradição; multiplicar pela divisão, dividir com união; mas é a melhor maneira de expandir. Uma igreja, por exemplo, com 60 membros, pode muito bem se tornar em duas igrejas, cada uma com aproximadamente 30 membros, reunindo em dois bairros diferentes da cidade. Permaneceriam plenamente unidas, cooperando uma com a outra, mas seriam agora duas igrejas locais distintas. Um novo bairro daquela cidade teria a bênção de possuir um testemunho ao nome de Deus (os incrédulos daquele bairro não iriam apreciar isto, mas haveria uma luz brilhando ali). Outras pessoas teriam a oportunidade, não apenas de ouvir o evangelho pelas pregações, mas de ver o evangelho pela vida da igreja. E, com o tempo, estas duas igrejas teriam crescido o suficiente para se dividirem novamente, produzindo, pela divisão pacífica e dirigida pelo Espírito Santo, uma verdadeira multiplicação.
Se estamos gozando das bênção do Espírito Santo na nossa igreja, vamos olhar para os lados. Há muitas terras aí fora, mesmo em nossas próprias cidades e regiões, aonde Deus quer acender um candeeiro, espalhando as bênçãos que só o Espírito Santo distribui, trazendo vida a mares mortos, trazendo luz a noites escuras. Que o rio que sai do nosso jardim, da nossa igreja, possa se dividir em quatro, oito, vinte braços, para que, por todos os cantos deste imenso país, possa resplandecer e brilhar a glória de Deus, através do testemunho do Seu povo.
Conclusão
Deus plantou o jardim do Éden para nele ter comunhão com o homem. Adão e Eva abusaram deste privilégio, e foram expulsos dali. Depois desta tentativa de comunhão, fracassada por culpa do homem, Deus habitava no meio no Seu povo nas habitações construídas conforme as Suas instruções (no Tabernáculo e nos Templos). Hoje, “entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas” (At 7:48), pois nesta dispensação, Ele habita no cristão, individualmente (I Co 6:19), e na igreja, coletivamente (I Co 3:16-17). Quantas vezes, porém, sentimos que estamos transformando a casa de Deus em nossa própria casa, onde as nossas leis são obedecidas, as nossas pregações são anunciadas, as nossas músicas são apresentadas, e a nossa honra é buscada. “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.
Que o Senhor mostre cada vez mais aos nossos corações a santidade e preciosidade duma igreja local. É um paraíso de Deus aqui na Terra. Que o Espírito de Deus nos dirija de volta à Bíblia, de onde temos desviado, levando-nos a desenvolver, em nosso meio, estas nove características que eram evidentes naquele primeiro paraíso, junto com as outras que o Novo Testamento nos apresenta. Sendo assim, da maneira que Deus quer, estaremos mostrando ao mundo a glória do Rei dos reis e Senhor dos senhores; estaremos desfrutando de comunhão com Deus, experimentando um pouquinho do Céu na Terra; principalmente, irmãos, estaremos agradando aquele que tanto fez por nós, apresentando as condições necessárias para que Ele tenha comunhão conosco. Que possamos estudar a Palavra de Deus, para saber “como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (I Tim. 3:15).

Enganando as Nações- Peter Leithart

Apocalipse 20:1-3 afirma que Satanás é lançado no abismo, que é “encerrado” e “selado” por 1.000 anos, e os versículos 7-10 adicionam que no final dos 1.000 anos, Satanás será solto para reunir as nações contra a cidade amada de Deus, até que eles sejam destruídos. Que tipo de restrição está sendo posta sobre Satanás? Ele é totalmente impotente? E, qual é o sentido da soltura no final do milênio?

Beale oferece vários argumentos convincentes para sugerir que a restrição de Satanás é uma limitação específica, e não geral da atividade de Satanás. Gramaticamente, a cláusula de propósito no versículo 3b especifica a razão para o aprisionamento e selo dos versículos 1-3a; Satanás está preso, jogado, trancado e selado “para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem”. Esse é o propósito específico do aprisionamento; essa é a limitação específica do poder de Satanás que é observada no texto. Além disso, Beale explora o uso da linguagem de “aprisionar Satanás” no evangelho, e argumenta que esse aprisionamento (em Marcos 3:27, por exemplo) não restringe Satanás em todo aspecto. E mais, a noção que Satanás está “selado” no abismo não o limita totalmente: “Selar pode conotar um encarceramento absoluto, mas pode significar também a idéia geral de ‘autoridade terminada’, que é o seu significado primário também em Daniel 6:17 e Mateus 27:66… o selo de Deus sobre os cristãos não os protege em cada sentido, mas somente duma maneira espiritual e salvífica, visto que eles sofrem perseguição de várias formas físicas [citando Ap. 7:3; 9:4]. Igualmente, o selo de Deus sobre Satanás o impede de prejudicar a segurança salvífica da verdadeira igreja, embora ele possa causar males físicos a ela”. (Não estou perfeitamente contente com a forma como Beale diz isso, mas o ponto é correto). Finalmente, Ap. 20:7-10 descreve as
atividades de Satanás no final do milênio, quando ele “será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra” (v. 7-8a).
Satanás faz após o milênio o que ele tinha sido impedido de fazer durante todo o milênio – enganar as nações. No contexto de Ap. 20, esse engano tem o propósito específico de unir as nações contra os santos. Assim, Satanás está preso e restritoenquanto está sob a autoridade de Cristo (o Deus-HOMEM) e enquanto é incapaz de enganar as nações para uni-las contra “o arraial dos santos” (v. 9). Essa conclusão pode ser enriquecida explorando-se o papel de Satanás no restante de Apocalipse. Satanás é mencionado primeiro em conexão com a “sinagoga de Satanás”, os falsos judeus que eram culpados de blasfêmia e mentiras (2:9; 3:9). Eu tomo as outras referências a Satanás nas sete cartas (“trono de Satanás”, 2:13; “as profundezas de Satanás”, 2:24) em relação à sinagoga de Satanás. Isto é, Apocalipse fala primeiro sobre Satanás (o “acusador”) como o poder por detrás dos oponentes judeus e judaizantes da igreja cristã (cf. João 8). Isso faz sentido com a dupla narrativa do evangelho e do apocalipse de João: os líderes judeus tomaram o papel de acusadores satânicos em relação a Jesus, e fizeram o mesmo com os Seus seguidores. Quando Satanás aparece na visão de Apocalipse 12, ele é descrito como o “acusador de nossos irmãos” que “diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (v. 10).

Apocalipse 12 é a primeira vez no livro que Satanás é descrito como um “enganador” (12:9), e ele é chamado assim quando é lançado do céu. Parece haver uma seqüência aqui: enquanto ele tinha acesso à corte celestial, ele podia agir como
um acusador; este é o papel que ele tinha desempenhado desde a queda de Adão (Jó 1-2; Zc. 3). Mas uma vez que Jesus subiu ao céu, Satanás é destituído dessa posição, e não mais pode acusar os santos. Por causa da morte e ressurreição de Jesus, Deus
nos justificou; quem pode nos condenar? Mas isso não termina a campanha de Satanás. Em vez disso, ele muda de tática. Em vez de acusar, ele começa a enganar, retornando à estratégia original que empregou no jardim do Éden. Por todo o restante de Apocalipse, Satanás e as bestas que sobem do mar embarcam numa campanha de propaganda para enganar “toda a terra” [12:9; grego, GE]; “os que habitam na terra” [13:14; grego, GE]. Com James Jordan, tomo GE aqui como se
referindo especificamente à terra de Israel (isso é muito evidente no contraste da besta da terra e do mar no capítulo 13). O ponto específico desse engano é atiçar o
povo da terra a fazer uma imagem da besta do mar (Roma) e prestar homenagem a ela (vv. 14-15), e perseguir qualquer um que recuse adorar a besta (v. 15). Aqueles que recusam aceitar a marca da besta, que recusam adorar Roma, não poderão “comprar e vender”, as permutas litúrgicas do templo judeu. Por causa dos enganos de Satanás por meio do falso profeta, aqueles que recusam jurar fidelidade a César são expulsos da sinagoga (cf. João 9). Resumindo, ao invés de tentar colocar Deus contra o Seu povo acusando-os na corte celestial, Satanás engana os judeus para cooperarem com Roma na destruição da igreja. Há um tipo de quiasmo à carreira de Satanás:

A. Enganador no Éden

B. Acusador

A’. Enganador no novo Éden da igreja

O engano de Satanás não é, contudo, restrito ao “povo da terra [de Israel]”. O clímax da denúncia profética do comércio da Babilônia em Apocalipse 18 é o julgamento que Babilônia/Jerusalém “enganou” as nações (grego, ETHNE) “pelas tuas feitiçarias” (18:23). Isso é imediatamente seguido pela acusação que “nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra” (18:24). Assim, o povo enganado da terra de Israel se torna enganadores para o mundo todo. Soa familiar? Liberais da igreja enganam as nações numa ideologia de tolerância e pluralismo. Quando a cidade cai, Jesus faz guerra contra os reis da terra, que foram seduzidos pela besta do mar e pelo falso profeta (=besta da terra) e lança-os no lago de fogo (19:19-20). Aqueles promotores particulares do engano satânico são destruídos. E o próprio Satanás é impedido de realizar um esquema similar durante os 1.000 anos do milênio. Embora os líderes religiosos enganados continuarão a enganar os líderes políticos para perseguir a igreja, Satanás não será capaz de unir todas as nações para batalhar com os santos até o milênio ser finalizado. Esse é o limite específico sobre seu poder durante o período presente. Como um mafioso aprisionado, Satanás ainda é capaz de mexer os pauzinhos, fomentar confusão e perturbar a igreja. Mas ele não tem o poder para unir as nações contra o Senhor e contra o Seu Ungido.

Por que ele receberia esse poder e permissão no final do milênio? Deixe-me sugerir, tentativamente, que isso é parte da igreja viver a vida de Jesus. Jesus expulsou demônios e afirmou ter preso Satanás para saquear a sua casa. Mas no final do seu ministério, Satanás agiu por meio dos judeus e romanos para levar Jesus à cruz. Em sua ressurreição e ascensão, contudo, Ele expulsou Satanás. Esse foi o fim do poder de Satanás acusar no céu. Toda essa história é executada numa escala mais ampla na história da igreja. A história da igreja começa com a restrição do poder de Satanás para enganar. Mas no final da história da igreja, Satanás unirá novamente nas nações contra o Senhor e contra o Seu ungido, até que fogo caia do céu, e Satanás seja lançado, com a besta e o falso profeta, no lago de fogo.

Extraído do site www.monergismo.com
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

A Revelação do Plano de Deus:A História do Plano da Redenção- Bob Waldron

"Temos apenas uma chance em toda a nossa vida; portanto, agarre-se a ela com todo o entusiasmo que você tiver."

É isto tudo o que há? Como cristão, estou perdendo alguma coisa valiosa? Há alguns prazeres neste mundo que eu não possuo. Se isto for tudo o que espero, então, como disse Paulo, sou o mais infeliz de todos os homens (1 Coríntios 15:19).
Mas, há uma outra forma de olharmos a vida sob o sol. Esta nem é a "vida" verdadeira. Este é apenas um breve período de experiência, para comprovar se eu posso ter o privilégio de viver no céu, com o próprio Deus, por toda a eternidade. Jesus antecipou-se em preparar mansões para os que passarem na prova (João 14:1-3). Ainda que eu viva noventa anos ou mais, aqui, este é apenas um prazo curto, comparado com a totalidade das coisas. "Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa" (Tiago 4:13-15).
Abraão teve esta visão da vida na terra. Eis porque pôde deixar seu lar e sua parentela e ir para uma terra que Deus lhe indicaria. Estava buscando uma cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hebreus 11:8-10). Eis porque Moisés pôde abandonar a honra de ser chamado o filho da filha do Faraó. Ele pôde ver que as riquezas que Deus oferece aos justos, como recompensa, são muito maiores do que quaisquer breves prazeres que o pecado pode oferecer aqui neste mundo (Hebreus 11:24-26).
Eis porque Paulo pôde rejubilar-se em uma prisão romana, enfrentando a morte por sua fé em Cristo. Ele era humano. Não queria a dor do sofrimento, mas viu uma coroa guardada para ele, fazendo com que qualquer sofrimento atual parecesse ser apenas momentâneo (2 Timóteo 4:6-8).
Mesmo uma pessoa feliz e despreocupada tem problemas: dor, doença, tristeza, receio, etc. Eu, como cristão, posso compartilhar a maior parte das alegrias deste mundo. Sempre há uma saída legítima para todo desejo físico que eu tiver. Eu, também, tenho problemas, porque sou um ser humano. Mas, ao invés de ser o mais infeliz dos homens, o cristão é aquele que deve ser invejado.
O cristão pode olhar para a verdadeira "vida", onde nenhum problema existirá. De fato, temos uma âncora para nossa alma (Hebreus 6:19). O que o cristão tem para se preocupar com condições aqui? O que importa se as coisas são obscuras, se eu tenho a esperança que faz com que valha a pena resistir a qualquer coisa, nestes breves anos, para viver na eternidade com Deus ?
Mas, como pode alguém ter esta esperança? Como ela surgiu? A Bíblia nos diz. Ela não é uma série de histórias desconexas, do tipo "era uma vez . . . ." É a revelação do belo e eterno plano que Deus fez para a redenção da humanidade.
Deus fez o homem. O homem é um ser que raciocina, feito à imagem de Deus. Tem ele a capacidade de escolher o que será. Como Criador do homem, Deus entende e atendeu a todas as necessidades do homem. Concebeu o homem para ser o mais feliz como um companheiro de Deus.
Deus ofereceu ao homem a oportunidade de tal companhia na terra, no Jardim do Éden, onde ele andava com o homem no frescor da noite. Entretanto, o homem abandonou este privilégio por sua própria e livre vontade, ao optar por ouvir o conselho do diabo.
Deus tinha se preparado para a escolha do homem. Ele já tinha um plano para a redenção do homem (Efésios 3:11). O homem não mais poderia compartilhar a companhia de Deus aqui, porque o pecado separa o homem de Deus. Então, Deus ofereceu ao homem uma bênção muito maior, a oportunidade de viver para sempre com ele, no céu.Todavia, há determinadas condições, que o homem deve cumprir. Nenhum homem é forçado a servir a Deus. Mas, a oportunidade maravilhosa é oferecida a todos, desde que aceitem as condições de Deus.
Que condições Deus poderia impor? Como Deus poderia determinar quem poderia ter esta vida? Ele poderia, com justiça, condenar toda a humanidade, porque todos os homens pecaram (Romanos 3:23) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Entretanto, Deus ama o homem e preferiria que ninguém perecesse (2 Pedro 3:9). Talvez ele pudesse salvar toda a humanidade, não importando o quanto corrompida, mas isto não se daria, porque Deus não pode tolerar a iniqüidade (Isaías 59:1-2). Talvez ele pudesse salvar arbitrariamente alguns e condenar a outros, mas Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).
Portanto, Deus mesmo determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo preço pago pelo pecado.
O homem, por si próprio, não poderia pagar o preço. Cada pessoa que tenha vivido bastante para ser responsável perante Deus tem pecado. Adão pecou no Éden. Noé foi salvo na arca, porque era justo, mas plantou mais tarde uma vinha e embriagou-se com vinho. Abraão é chamado o pai da fé, mas mentiu em pelo menos duas ocasiões. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas cometeu adultério e assassinato. Cada homem teria que morrer pelos seus próprios pecados, encerrando assim a continuidade da companhia de Deus.
Mas, como poderia Deus pagar o preço pelo pecado do homem? A morte é o preço que Deus estabeleceu (Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Mas a Divindade, como Divindade, não pode morrer. Portanto, o plano de Deus foi enviar a Divindade, a Palavra eterna, à terra, em forma humana, como seu Filho. Seu Filho mostraria ao homem como deve ser o ser humano perfeito. Então, aquele Filho, como Divindade em forma humana, morreria para pagar o preço dos pecados dos homens.
O homem não percebeu a necessidade de tal preço, quando foi expulso do Paraíso. Toda a Bíblia mostra ao homem quão fracos eram seus próprios esforços para sua própria salvação. O homem é deixado com uma só conclusão: não há esperança alguma, sem Deus!Não podemos responder a pergunta sobre por que Deus chegou a criar o homem. Não podemos saber, igualmente, porque ele amou o homem o bastante para oferecer-lhe a chance de viver no Paraíso. Todavia, podemos ver o maravilhoso plano, que ele revela na Bíblia para nós. Que direito tenho eu, como um homem insignificante, de contestar suas condições, quando ele me oferece tal recompensa?

A História da Redenção

"No princípio. . . ." Volte comigo a este tempo. Não havia mundo, não havia universo, não havia vida física, não havia substância física, e não havia tempo. A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia? Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto significa?
Havia três seres em existência, que eram perenes como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em divindade. Eles compõem tudo o que é Divino.
Em algum tempo,não temos idéia de quando, ou por quê, seres celestiais menores foram criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Apocalipse 5:11), de serafins (Isaías 6:2) e querubins (Gênesis 3:24) e outras criaturas celestiais, ao redor do trono de Deus (Apocalipse 4). Em algum tempo, alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pedro 2:4). Uma vez mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas encobertas, que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mateus 25:41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo" (2 Pedro 2:4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem, mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador.

"No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gênesis 1:26). O homem não é como Deus, em aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma alma em seu interior, que jamais deixará de existir.
Deus colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8).

Entretanto, Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Havia alimento em abundância, por isso a fome não os encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu.

Agora conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.
Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições.

Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria para completar o seu plano.
Deus jamais se esqueceu por um só momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.

Adão viveu 930 anos e teve muitos filhos e filhas. A Bíblia nos conta uma história sobre Caim e Abel, dois de seus filhos. Você se lembra como Caim tornou-se irado e matou seu irmão, porque o sacrifício de Abel foi aceitável a Deus e o de Caim não foi. A morte de Abel apagou o seu nome e ele não teve mais participação na revelação do plano de Deus. Deus reservou o espaço na última parte de Gênesis 4 para dizer, com brevidade, o que ocorreu a Caim, e então a sua família é esquecida.
Adão teve outro filho, Sete. Nada nos foi dito sobre ele, exceto que foi através de sua família que a história se desenvolveu. Aproximadamente o mesmo número de anos se transcorrem durante os primeiros cinco capítulos de Gênesis como em todo o restante da Bíblia. Deus não nos diz praticamente nada sobre este período, porque não é importante para seu propósito. As pessoas viviam tipicamente 900 ou mais anos. Dez gerações se passaram. Um homem nesta linha foi chamado Enoque. Era justo e Deus o abençoou abundantemente, ao tomá-lo para o céu sem que ele morresse.

O capítulo 6 inicia-se com uma cena de iniqüidade em toda parte da terra. O homem não mais poderia designar planos justos. Deus decidiu destruir o homem, exceto o justo Noé e sua família. Noé aceitou a graça de Deus e assumiu a oferta de escapar. Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas, e dois de cada forma de vida animal sobreviveram na arca.
Estamos agora de volta a uma família. Mas agora, há três filhos e nenhum historiador humano poderia ter sabido, neste ponto, qual filho seguir. Mas, Deus guiou o autor para tratar com brevidade os descendentes de Cam e Jafé antes de retornar à linha através de Sem. Tratou com brevidade das nações que vieram através de Cam e Jafé, mas somente quando se relacionam com os descendentes de Sem.

Muitas, muitas pessoas vieram através de Sem, mas a narrativa divina estreita ainda mais a história.Anos se passaram. Os homens não mais viveram por tanto tempo. Em breve, duzentos ou menos anos constituía uma vida longa.
Cerca de nove gerações se passaram desde Noé e chegamos a um homem denominado Terá, que vivia em Ur, na Caldéia. Havia três filhos em sua família, também: Naor, Abrão, e Harã. Harã morreu enquanto ainda estavam em Ur e a história acompanha seu filho Ló com brevidade porque ele viajou com Abrão, a personagem mais importante.
Deus chamou Abrão (ou Abraão, como seu nome veio a tornar-se) e mandou que ele deixasse sua parentela e fosse para uma terra que lhe seria indicada. Abraão obedeceu e foi dirigido à pequena terra de Canaã. Uma tripla promessa foi feita a ele. Foi dito que seus descendentes seriam uma grande nação, que esta nação herdaria a terra de Canaã, e, através de sua semente, todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-7). O resto da Bíblia é a história do cumprimento destas três promessas.
Até esta parte da história, Deus havia revelado somente uma pequena parte de seu plano para a redenção do homem. Sabemos que alguém virá que triunfará sobre Satanás (Gênesis 3:15). Sabemos agora que este alguém virá da nação composta pelos descendentes de Abraão e que todas as nações serão abençoadas pela sua vinda (Gênesis 12:2-3).
A esposa de Abraão era estéril e por isso eles tentaram ajudar Deus a cumprir sua promessa, tendo um filho através de Hagar, a serva. Ismael nasceu. Abraão teve posteriormente seis outros filhos com Quetura, uma outra serva. Estes foram abençoados porque eram filhos de Abraão, mas não eram a semente prometida. Finalmente, através de um milagre, Isaque nasceu quando seu pai já tinha 100 anos.
Quando Isaque se tornou o chefe da família, Deus repetiu a tripla promessa: a Terra, a Nação e a Promessa Espiritual. Através de sua semente todas as nações seriam abençoadas (Gênesis 26:2-4).Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. Mesmo antes de seu nascimento, Deus disse que Jacó seria o maior. Os descendentes de Esaú tornaram-se a nação de Edomitas. Mas foi para Jacó que a tripla promessa foi repetida. Ele receberia a terra. Seus descendentes formariam uma grande nação. Através de seus descendentes todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 28:13-14).O espaço não nos permite mencionar os detalhes da vida de Jacó. Basta dizer que Jacó teve 12 filhos. Jacó amou a José, seu penúltimo filho, o melhor, e mostrou sua preferência. Os outros irmãos ficaram enciumados e venderam-no, como escravo, no Egito. Lá José serviu como escravo de Potifar. Levantou-se uma calúnia contra ele e por isso foi lançado na prisão. O tempo passou e ele interpretou os sonhos do Faraó, e tornou-se poderoso em todo o Egito, abaixo apenas do Faraó. Conforme ele próprio disse, ele estava no Egito para ajudar a salvar a vida durante um período de fome de sete anos (Gênesis 45:4-8). Você se lembra como os irmãos vieram, foram testados e finalmente souberam da identidade de José. José providenciou para que trouxessem toda sua família para o Egito. Havia 75 pessoas na família, nesta ocasião, muito longe ainda de uma nação.

Quando Jacó se deitou em seu leito de morte, chamou seus filhos e deu a cada um uma bênção. Esses filhos formariam as tribos que comporiam a nação de Israel (o nome Israel foi dado a Jacó quando ele lutou com um anjo). Foi para Judá, seu quarto filho, que ele fez uma profecia especial. O cetro (o sinal da soberania) não sairia da família de Judá, até que Siló, aquela pessoa especial, viesse (Gênesis 49:10).
Deus agora revelou esta parte de seu plano: Alguém virá para triunfar sobre Satanás. Ele abençoará todas as famílias da terra. Virá através da semente de Abraão, através de Isaque, através de Jacó e através de Judá. Reinará. Sabemos mais do que quando Adão pecou mas entendemos ainda muito pouco sobre o total próposito de Deus (ver Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:2-4; 28:13-14; 49:10).O livro de Gênesis encerra-se com a expressão confiante de José, aos seus irmãos, de que chegaria o dia em que Deus levaria o povo de volta a Canaã.
Muitos anos se passam antes da cortina levantar-se novamente. Tem Deus se esquecido?
A cena parece obscura, à medida que o Êxodo se inicia. Agora são talvez três milhões de pessoas denominadas israelitas ou hebreus (posteriormente chamados judeus). Um Faraó havia se levantado que não conheceu José. Ele temia este vasto grupo de pessoas estrangeiras em seu país, e os afligiu, tornando-os escravos. Eles multiplicaram-se mais rapidamente. Tentou destruir os possíveis soldados, ao ordenar a matança de todos os meninos.
Nesta ocasião nasceu um menino. Sua mãe o escondeu durante três meses e então o colocou entre as canas nas margens do Rio Nilo. Ele foi achado pela filha do Faraó, que lhe deu o nome de Moisés.. Por quarenta anos ele foi instruído como se fosse filho da filha do Faraó. Sua própria mãe foi contratada para cuidar dele de forma que ele se desenvolveu desde a infância conhecendo a angústia de seu povo.

Com quarenta anos Moisés decidiu salvar seu povo; mas Deus tinha outro plano. Moisés matou um egípcio e teve que fugir para salvar sua vida. Nos próximos quarenta anos trabalhou como pastor em Midiã. Então, um dia, Deus apareceu a Moisés em uma sarça ardente e deu-lhe o encargo de voltar ao Egito para salvar os Israelitas.
Uma vez mais o espaço proíbe quaisquer detalhes. Como você se lembra, o Faraó recusou soltar o povo. Deus mostrou seu poder sobre a mais poderosa das nações da época, ao enviar dez terríveis pragas, até que os egípcios realmente rogaram aos Israelitas para saírem.
Ao invés de dirigir as pessoas diretamente à terra de Canaã, Deus orientou-os para o sudeste, para o Monte Sinai. Lá ele fez uma aliança com eles. Prometeu-lhes ser o seu Deus e deixar que fossem o seu povo, se obedecessem a ele e cumprissem os seus mandamentos. O povo desejava as bênçãos de Deus e rapidamente concordou com a aliança. Deus lhes deu uma lei que especificava exatamente como deviam viver como o povo que ele tinha escolhido.
Até esta data, Deus havia falado diretamente aos pais de famílias fiéis. Este sistema (denominado sistema patriarcal) continuou com todos os povos exceto com este grupo especial congregado no Monte Sinai. Deus estava preparando um povo especial para estar pronto para a conclusão de seu plano.

Deus demonstrou seu poder e proteção ao seu povo de todas as formas concebíveis. Alimentou-os quando estavam famintos. Deu-lhes água tirada das pedras. Afugentou seus inimigos. Protegeu-os como um pai protege seu filho (Oséias 11:1).Mas, o povo não cumpriu sua parte da aliança. Dentro de seis semanas desde o acordo de obedecer a Deus e cumprir os seus mandamentos, construíram um bezerro de ouro para adoração. Murmuraram quando estavam com sede. Queixaram-se com relação ao maná que Deus havia dado para seu alimento. Mesmo quando haviam atingido a fronteira de Canaã, foram covardes para prosseguir conforme Deus havia ordenado. Enviaram doze espiões para o país. Dez voltaram e declararam que a tarefa seria por demais difícil. Somente Josué e Calebe confiaram no poder de Deus. O povo foi forçado a retroceder para vagar por 40 anos no deserto, até que cada soldado acima de vinte anos de idade morresse exceto Josué e Calebe.
Os livros de Êxodo, Levítico, e Números dão a lei de Moisés com detalhes e dizem dos eventos importantes durante esses quarenta anos. Até mesmo Moisés desobedeceu a Deus, em uma ocasião, de forma que não teve permissão para entrar na terra. Deus permitiu-lhe ver a terra do topo do monte Nebo. Lá ele faleceu e foi enterrado pelas mãos de Deus.
O livro de Deuteronômio é uma série de discursos que Moisés fez na planície de Moabe, antes de sua morte. Ele encorajou quão o povo ser fiel quando entrasse na terra, para que pudesse prosperar e permanecer na terra, através de toda a geração vindoura. Através de Moisés, Deus prometeu grandes bênçãos ao povo se permanecesse fiel a ele. Por outro lado, alertou sobre as punições, caso se desviasse dele.
Ambos os lados da questão, bênçãos e maldições, são absolutamente necessários ao plano de Deus. Deus sempre ofereceu ao homem grandes bênçãos por manter a sua lei e estabeleceu penalidades para a desobediência. Ele então deixou ao homem escolher o que ele quisesse.
Josué tornou-se líder em lugar de Moisés. Conduziu o povo através do Rio Jordão para conquistar a terra. Marcharam em volta de Jericó, e por sua fé Deus fez com que os poderosos muros caíssem. Josué e seu exército encontraram a vitória por toda parte. Dentro de poucos anos toda a terra havia sido conquistada e dividida entre as tribos.
Duas das promessas feitas a Abraão haviam sido cumpridas, neste ponto da história. Os descendentes de Abraão, de fato, tornaram-se uma nação. Deus os conduziu à vitória para ganharem a terra (Josué 21:43-45). Somente a promessa espiritual estava ainda faltando. Deus estava ainda revelando, gradativamente, o seu plano para a humanidade aprender. Não havia chegado ainda a "plenitude dos tempos".

Os Israelitas eram fiéis a Deus sob a liderança de Josué e assim permaneceram durante o tempo em que os mais velhos, que haviam servido com ele, viveram. Mas o homem é fraco. Tão logo as primeiras vitórias foram conseguidas e cada tribo recebeu sua porção de terra, os soldados tornaram-se relapsos. Não expulsaram o restante dos cananeus, como Deus havia dito que fizessem. Quando não o fizeram, Deus permitiu que os cananeus provassem a Israel para ver se a nação lhe seria fiel (Juízes 2:3). Israel fracassou na prova. Pouquíssimo tempo se passou antes que os encontrássemos desviando-se de Deus para adorarem os ídolos de seus vizinhos.
O próximo período da história israelita é composto por ciclos. Não houve um único líder durante estes 400 anos, aproximadamente, como tinham sido Moisés e Josué. O povo se voltaria para os ídolos. Deus permitiria que um inimigo os oprimisse. Eles se arrependeriam e clamariam pela ajuda de Deus. Deus então chamaria um juiz ou libertador. Houve quinze desses juízes. Houve Eúde que matou Eglom, rei de Moabe, e levou o povo a sacudir a opressão dos moabitas. Houve Débora que foi com Baraque, o general, para a luta contra Sísera e os cananeus. Houve Gideão que derrotou o inumerável exército de midianitas, com seu pequeno exército de 300 homens. Houve Jefté, que jurou sacrificar a primeira coisa que viesse de sua casa, se fosse bem sucedido na batalha. Houve Sansão, a quem Deus deu uma força sobre humana quando serviu como o exército de um homem só, contra os filisteus.
Nosso primeiro exame do período indicaria que houve um tempo de guerras constantes. Isto, todavia, não é comprovado por versículos como Juízes 3:11 e 30 que dizem que a Terra "ficou em paz durante quarenta anos" ou a terra "ficou em paz oitenta anos".
A pequena história de Rute ocorre durante o período dos juízes. O livro de Rute é uma história encantadora, de uma moça Moabita que deixou seu lar para acompanhar sua sogra para a terra de Israel. Lá, casou-se com Boaz, um parente próximo de seu falecido marido. É, entretanto, uma história meramente de interesse humano? Havia outras jovens virtuosas em Israel. Havia outros lares felizes. Rute e Boaz tiveram um filho chamado Obede. Este teve um filho chamado Jessé, que teve um filho chamado Davi, que teve um descendente chamado Jesus. Rute foi um elo no plano eterno de Deus!

Eli foi sacerdote e juiz no dia em que uma mulher chamada Ana orou intensamente por um filho. Deus concedeu-lhe seu desejo e Samuel nasceu. Ana dedicou seu filho a Deus tão logo ele teve idade suficiente para ajudar Eli no tabernáculo. Samuel é verdadeiramente um dos nomes a serem acrescentados à lista de grandes figuras da Bíblia. Julgou Israel durante uma longa vida.
Quando Samuel já era velho, o povo implorava por um rei. Samuel estava muito aflito, mas Deus lhe disse que desse a eles o seu rei. Eles haviam recusado Deus como seu rei ao invés de Samuel, como seu juiz. Sob orientação de Deus, o jovem Saul da tribo de Benjamim foi ungido. Saul era inicialmente muito humilde, mas o orgulho tornou-se a atitude maior de sua vida. Deixou de obedecer a Deus até que, finalmente, Deus recusou sua família como a família dominante.
Deus enviou Samuel a Belém para ungir um filho de Jessé como rei. Sete dos filhos de Jessé passaram diante de Samuel e Deus recusou cada um deles. Finalmente o jovem Davi foi chamado do campo e ungido. Davi foi um homem que seguia o coração de Deus (Atos 13:22). Existem cerca de 130 capítulos na Bíblia, cada um dos quais contando a história de Davi ou registrando os Salmos que ele escreveu. Ele era humano e cometia erros tal como outros grandes homens haviam feito. Talvez fiquemos mais impressionados com a sua justiça, à medida que lemos os Salmos de penitência que ele escreveu após o seu pecado com Bate-Seba (veja Salmo 51).
Davi queria construir um templo a Deus. Deus enviou Natã, o profeta, para dizer a Davi que ele não poderia fazê-lo, porque era um homem de guerra. Ao invés, Deus prometeu deixar seu filho construir a casa. Deus então prometeu estabelecer o trono de Davi para sempre. Se os seus descendentes pecassem, Deus os puniria "com varas" mas jamais removeria sua misericórdia da linhagem de Davi, como havia feito com Saul (2 Samuel 7:12-16; 1 Crônicas 17:11-14).
Até este ponto Deus havia revelado tudo isto de seu plano: Alguém triunfará sobre Satanás. Abençoará todas as famílias da Terra. Ele virá através de Abraão, através de Isaque, através de Jacó, através de Judá, e através de Davi. Reinará no trono de Davi para sempre (Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:3-4; 28:13-14; 49:10; 2 Samuel 7:12-16).

Antes de Davi falecer, ele proclamou seu filho Salomão, rei. Deus apareceu ao jovem rei Salomão e disse-lhe que pedisse o que desejasse. Salomão pediu sabedoria. Deus ficou satisfeito e concedeu-lhe sabedoria muito acima do demais, e, além disso, riquezas, honra, paz e longa vida, se vivesse fielmente. Salomão ergueu o templo conforme Deus havia prometido. A fama de sua sabedoria e riqueza espalharam-se. Escreveu os Provérbios, Eclesiastes, e os Cantares de Salomão. A nação de Israel atingiu o seu maior tamanho durante seu reinado. Infelizmente ele se desviou de Deus, por suas muitas esposas.O reino estava em aflição, quando Salomão faleceu. Ele havia sobrecarregado o povo com impostos e o povo queria liberdade. Quando Roboão, seu filho, tornou-se rei, as dez tribos do norte rebelaram-se, porque Roboão não ouvia os seus pedidos de alívio. Jeroboão tornou-se rei na parte norte da terra, desde então denominada Israel. Roboão ficou só com as duas tribos mais ao sul, e ele chamou de Judá seu pequeno reino.A história da nação Israelita havia encerrado outra fase. Israel deixou o Egito como uma vasta multidão de escravos destreinados. Deus moldou, ensinou e reformulou a nação durante os quarenta anos em que vagaram no deserto sob o comando de Moisés. Josué encaminhou uma nação animada e conquistadora para Canaã, a terra prometida. Seguiu-se o período de juízes quando cada homem "fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). O povo desejava um rei e trabalhou unido, sob a liderança de Saul, Davi, e Salomão So período denominado o Reino Unido. Agora o reino havia se dividido em dois reinos pequenos, por vezes em guerra. Desde este ponto até o restante do Velho Testamento, o povo distanciou-se cada vez mais de Deus.

Jeroboão, o Reino do Norte, não queria que os seus sujeitos retornassem ao templo em Jerusalém. Estabeleceu seu próprio sistema de culto: novos deuses, novos sacerdotes, novos dias festivos, novas leis. Nunca houve um rei justo em Israel. A dinastia mudou nove vezes antes do reinado cair. Acabe, com sua esposa cruel Jezabel, destacou-se como um dos reis mais ímpios do período. Elias, Eliseu, Amós, Oséias, e outros profetas foram enviados por Deus para alertar Israel sobre o juízo vindouro. Uma vez mais o espaço não nos permite entrar em detalhes. Finalmente Deus não mais toleraria sua iniqüidade. Em 721 a.C., Deus permitiu que o exército Assírio conquistasse Samaria, a capital de Israel. O povo foi levado cativo. Os estrangeiros foram trazidos para ocuparem a terra. Os estrangeiros casaram-se com a baixa classe de israelitas deixados na terra e tornaram-se a raça mista, odiada, posteriormente denominados Samaritanos.Depois disso, o reino sul de Judá prosseguiu. Seu povo também distanciou-se de Deus. Sua decadência, entretanto, não foi tão rápida como a de Israel porque tiveram alguns reis bons, como Asa, Josafá, Uzias, Ezequias, e Josias. Não há um período mais obscuro na história Israelita do que o reino dividido. Finalmente, esgotou-se a paciência de Deus também por Judá (2 Crônicas 36:15-16). Em 606 a.C., Nabucodonosor da Babilônia levou os primeiros cativos de Jerusalém. Retornou para buscar mais cativos em 597 a.C., e finalmente destruiu a cidade de Jerusalém em 586 a.C. Somente os mais pobres da terra foram deixados, e mesmo eles fugiram para o Egito dentro de poucos meses.

Deus se esqueceu de seu plano? Tudo se acabou? Nem por um momento! O povo escolhido de Deus tem que ser punido, mas ele não permitiu que a fraqueza do homem destruísse seu propósito eterno.Você se lembra da promessa a Davi, de que a linhagem real permaneceria em sua família (2 Samuel 7:12-16)? A família dominante foi mudada nove vezes em Israel mas nenhuma só vez em Judá. A providência de Deus forneceu uma descendência direta em cada geração. Em uma ocasião, Atalia, filha de Acabe, tentou destruir toda a semente real e usurpar o trono (2 Reis 11:1-4). O bebê Joás foi escondido por Joiada, o sacerdote, por seis anos, antes de ser levado ao trono. Em outra ocasião, um inimigo destruiu toda a linhagem real, exceto um filho (2 Crônicas 21:16-17). Não foi por acidente que um foi deixado, a cada vez, para ocupar o seu lugar no trono de Davi. Estes reis eram importantes elos de ligação no plano de Deus.A mesma passagem que prometeu que a linhagem real permaneceria na família de Davi, alertou também que seus descendentes seriam punidos, se caíssem em iniqüidade. A punição que veio a casa de Judá foi tanto uma parte do plano de Deus quanto as bênçãos que eles poderiam ter recebido se permanecessem justos.O período que normalmente chamamos de cativeiro permaneceu por setenta anos. É contado desde o momento em que o primeiro grupo de cativos foi retirado do reino de Judá até o primeiro grupo teve permissão de retornar à casa.Os escritos dos profetas Daniel e Ezequiel contam sobre este período. Daniel foi treinado para servir na corte dos reis. Deteve cargos de alta autoridade sob Nabucodonosor e então sob Dario, dos medos e dos persas. Ezequiel viveu no meio do povo comum e nos dá uma visão de suas vidas nesse período.
Jeremias, o profeta, havia predito que o cativeiro duraria por setenta anos (Jeremias 25:11). E de fato os primeiros cativos haviam sido levados em 606 a.C.. Em 539 a.C., a Babilônia caiu diante dos Medos e dos Persas. O rei Ciro decretou que todos os povos cativos poderiam retornar a suas casas de origem. Desta forma, em 536 a.C., exatamente setenta anos depois dos primeiros cativos terem sido retirados de Judá, um grupo de judeus começou sua viagem para a terra natal. Zorobabel liderou este primeiro grupo. Seu objetivo principal era reconstruir o templo em Jerusalém.Conforme usual em qualquer tarefa de peso, o povo imediatamente defrontou-se com a oposição. Os vizinhos samaritanos interferiram e finalmente conseguiram parar a construção do templo. Por dezesseis anos nada foi feito. Os profetas Ageu e Zacarias encorajaram o povo a começar seu trabalho. O templo foi finalmente concluído, mas o povo não permaneceu fiel a Deus.

Esdras trouxe outro grupo de volta a Jerusalém. Determinou-se a restaurar a adoração do povo (458 a.C.). Não muito depois, Neemias soube que a cidade ainda estava em angústia. Recebeu permissão do rei da Pérsia para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele e o povo trabalharam duro e concluíram a enorme tarefa em apenas 52 dias.Neemias e Esdras parecem ter trabalhado em conjunto para persuadir o povo a livrar-se de suas esposas estrangeiras e retornarem à fidelidade em Deus.A porcentagem de judeus que retornaram a sua terra nativa era efetivamente pequena. Por esta ocasião havia judeus espalhados por todo o mundo que naquela época era conhecido. Deus não se esqueceu de seu povo, onde quer que vivessem. O livro de Ester mostra como Deus podia exercer a sua providência mesmo na corte de um rei persa, de modo a salvar o seu povo.Os Israelitas eram fiéis a Deus sob a liderança de Josué e assim permaneceram durante o tempo em que os mais velhos, que haviam servido com ele, viveram. Mas o homem é fraco. Tão logo as primeiras vitórias foram conseguidas e cada tribo recebeu sua porção de terra, os soldados tornaram-se relapsos. Não expulsaram o restante dos cananeus, como Deus havia dito que fizessem. Quando não o fizeram, Deus permitiu que os cananeus provassem a Israel para ver se a nação lhe seria fiel (Juízes 2:3). Israel fracassou na prova. Pouquíssimo tempo se passou antes que os encontrássemos desviando-se de Deus para adorarem os ídolos de seus vizinhos.
O próximo período da história israelita é composto por ciclos. Não houve um único líder durante estes 400 anos, aproximadamente, como tinham sido Moisés e Josué. O povo se voltaria para os ídolos. Deus permitiria que um inimigo os oprimisse. Eles se arrependeriam e clamariam pela ajuda de Deus. Deus então chamaria um juiz ou libertador. Houve quinze desses juízes. Houve Eúde que matou Eglom, rei de Moabe, e levou o povo a sacudir a opressão dos moabitas. Houve Débora que foi com Baraque, o general, para a luta contra Sísera e os cananeus. Houve Gideão que derrotou o inumerável exército de midianitas, com seu pequeno exército de 300 homens. Houve Jefté, que jurou sacrifícar a primeira coisa que viesse de sua casa, se fosse bem sucedido na batalha. Houve Sansão, a quem Deus deu uma força sobre-humana quando serviu como o exército de um homem só, contra os filisteus.

Nosso primeiro exame do período indicaria que houve um tempo de guerras constantes. Isto, todavia, não é comprovado por versículos como Juízes 3:11 e 30 que dizem que a Terra "ficou em paz durante quarenta anos" ou a terra "ficou em paz oitenta anos".A pequena história de Rute ocorre durante o período dos juízes. O livro de Rute é uma história encantadora, de uma moça Moabita que deixou seu lar para acompanhar sua sogra para a terra de Israel. Lá, casou-se com Boaz, um parente próximo de seu falecido marido. É, entretanto, uma história meramente de interesse humano? Havia outras jovens virtuosas em Israel. Havia outros lares felizes. Rute e Boaz tiveram um filho chamado Obede. Este teve um filho chamado Jessé, que teve um filho chamado Davi, que teve um descendente chamado Jesus. Rute foi um elo no plano eterno de Deus!
Eli foi sacerdote e juiz no dia em que uma mulher chamada Ana orou intensamente por um filho. Deus concedeu-lhe seu desejo e Samuel nasceu. Ana dedicou seu filho a Deus tão logo ele teve idade suficiente para ajudar Eli no tabernáculo. Samuel é verdadeiramente um dos nomes a serem acrescentados à lista de grandes figuras da Bíblia. Julgou Israel durante uma longa vida.Quando Samuel já era velho, o povo implorava por um rei. Samuel estava muito aflito, mas Deus lhe disse que desse a eles o seu rei. Eles haviam recusado Deus como seu rei ao invés de Samuel, como seu juiz. Sob orientação de Deus, o jovem Saul da tribo de Benjamim foi ungido. Saul era inicialmente muito humilde, mas o orgulho tornou-se a atitude maior de sua vida. Deixou de obedecer a Deus até que, finalmente, Deus recusou sua família como a família dominante.Deus enviou Samuel a Belém para ungir um filho de Jessé como rei. Sete dos filhos de Jessé passaram diante de Samuel e Deus recusou cada um deles. Finalmente o jovem Davi foi chamado do campo e ungido. Davi foi um homem que seguia o coração de Deus (Atos 13:22). Existem cerca de 130 capítulos na Bíblia, cada um dos quais contando a história de Davi ou registrando os Salmos que ele escreveu. Ele era humano e cometia erros tal como outros grandes homens haviam feito. Talvez fiquemos mais impressionados com a sua justiça, à medida que lemos os Salmos de penitência que ele escreveu após o seu pecado com Bate-Seba (veja Salmo 51). Davi queria construir um templo a Deus. Deus enviou Natã, o profeta, para dizer a Davi que ele não poderia fazê-lo, porque era um homem de guerra. Ao invés, Deus prometeu deixar seu filho construir a casa. Deus então prometeu estabelecer o trono de Davi para sempre. Se os seus descendentes pecassem, Deus os puniria "com varas" mas jamais removeria sua misericórdia da linhagem de Davi, como havia feito com Saul (2 Samuel 7:12-16; 1 Crônicas 17:11-14).
Até este ponto Deus havia revelado tudo isto de seu plano: Alguém triunfará sobre Satanás. Abençoará todas as famílias da Terra. Ele virá através de Abraão, através de Isaque, através de Jacó, através de Judá, e através de Davi. Reinará no trono de Davi para sempre (Gênesis 3:15; 12:1-3; 26:3-4; 28:13-14; 49:10; 2 Samuel 7:12-16).

Antes de Davi falecer, ele proclamou seu filho Salomão, rei. Deus apareceu ao jovem rei Salomão e disse-lhe que pedisse o que desejasse. Salomão pediu sabedoria. Deus ficou satisfeito e concedeu-lhe sabedoria muito acima do demais, e, além disso, riquezas, honra, paz e longa vida, se vivesse fielmente. Salomão ergueu o templo conforme Deus havia prometido. A fama de sua sabedoria e riqueza espalharam-se. Escreveu os Provérbios, Eclesiastes, e os Cantares de Salomão. A nação de Israel atingiu o seu maior tamanho durante seu reinado. Infelizmente ele se desviou de Deus, por suas muitas esposas. O reino estava em aflição, quando Salomão faleceu. Ele havia sobrecarregado o povo com impostos e o povo queria liberdade. Quando Roboão, seu filho, tornou-se rei, as dez tribos do norte rebelaram-se, porque Roboão não ouvia os seus pedidos de alívio. Jeroboão tornou-se rei na parte norte da terra, desde então denominada Israel. Roboão ficou só com as duas tribos mais ao sul, e ele chamou de Judá seu pequeno reino.A história da nação Israelita havia encerrado outra fase. Israel deixou o Egito como uma vasta multidão de escravos destreinados. Deus moldou, ensinou e reformulou a nação durante os quarenta anos em que vagaram no deserto sob o comando de Moisés. Josué encaminhou uma nação animada e conquistadora para Canaã, a terra prometida. Seguiu-se o período de juízes quando cada homem "fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). O povo desejava um rei e trabalhou unido, sob a liderança de Saul, Davi, e Salomão So período denominado o Reino Unido. Agora o reino havia se dividido em dois reinos pequenos, por vezes em guerra. Desde este ponto até o restante do Velho Testamento, o povo distanciou-se cada vez mais de Deus.
Jeroboão, o Reino do Norte, não queria que os seus sujeitos retornassem ao templo em Jerusalém. Estabeleceu seu próprio sistema de culto: novos deuses, novos sacerdotes, novos dias festivos, novas leis. Nunca houve um rei justo em Israel. A dinastia mudou nove vezes antes do reinado cair. Acabe, com sua esposa cruel Jezabel, destacou-se como um dos reis mais ímpios do período. Elias, Eliseu, Amós, Oséias, e outros profetas foram enviados por Deus para alertar Israel sobre o juízo vindouro. Uma vez mais o espaço não nos permite entrar em detalhes. Finalmente Deus não mais toleraria sua iniqüidade. Em 721 a.C., Deus permitiu que o exército Assírio conquistasse Samaria, a capital de Israel. O povo foi levado cativo. Os estrangeiros foram trazidos para ocuparem a terra. Os estrangeiros casaram-se com a baixa classe de israelitas deixados na terra e tornaram-se a raça mista, odiada, posteriormente denominados Samaritanos.Depois disso, o reino sul de Judá prosseguiu. Seu povo também distanciou-se de Deus. Sua decadência, entretanto, não foi tão rápida como a de Israel porque tiveram alguns reis bons, como Asa, Josafá, Uzias, Ezequias, e Josias. Não há um período mais obscuro na história Israelita do que o reino dividido. Finalmente, esgotou-se a paciência de Deus também por Judá (2 Crônicas 36:15-16). Em 606 a.C., Nabucodonosor da Babilônia levou os primeiros cativos de Jerusalém. Retornou para buscar mais cativos em 597 a.C., e finalmente destruiu a cidade de Jerusalém em 586 a.C. Somente os mais pobres da terra foram deixados, e mesmo eles fugiram para o Egito dentro de poucos meses.

Deus se esqueceu de seu plano? Tudo se acabou? Nem por um momento! O povo escolhido de Deus tem que ser punido, mas ele não permitiu que a fraqueza do homem destruísse seu propósito eterno.Você se lembra da promessa a Davi, de que a linhagem real permaneceria em sua família (2 Samuel 7:12-16)? A família dominante foi mudada nove vezes em Israel mas nenhuma só vez em Judá. A providência de Deus forneceu uma descendência direta em cada geração. Em uma ocasião, Atalia, filha de Acabe, tentou destruir toda a semente real e usurpar o trono (2 Reis 11:1-4). O bebê Joás foi escondido por Joiada, o sacerdote, por seis anos, antes de ser levado ao trono. Em outra ocasião, um inimigo destruiu toda a linhagem real, exceto um filho (2 Crônicas 21:16-17). Não foi por acidente que um foi deixado, a cada vez, para ocupar o seu lugar no trono de Davi. Estes reis eram importantes elos de ligação no plano de Deus.
A mesma passagem que prometeu que a linhagem real permaneceria na família de Davi, alertou também que seus descendentes seriam punidos, se caíssem em iniqüidade. A punição que veio a casa de Judá foi tanto uma parte do plano de Deus quanto as bênçãos que eles poderiam ter recebido se permanecessem justos.O período que normalmente chamamos de cativeiro permaneceu por setenta anos. É contado desde o momento em que o primeiro grupo de cativos foi retirado do reino de Judá até o primeiro grupo teve permissão de retornar à casa.
Os escritos dos profetas Daniel e Ezequiel contam sobre este período. Daniel foi treinado para servir na corte dos reis. Deteve cargos de alta autoridade sob Nabucodonosor e então sob Dario, dos medos e dos persas. Ezequiel viveu no meio do povo comum e nos dá uma visão de suas vidas nesse período.Jeremias, o profeta, havia predito que o cativeiro duraria por setenta anos (Jeremias 25:11). E de fato os primeiros cativos haviam sido levados em 606 a.C.. Em 539 a.C., a Babilônia caiu diante dos Medos e dos Persas. O rei Ciro decretou que todos os povos cativos poderiam retornar a suas casas de origem. Desta forma, em 536 a.C., exatamente setenta anos depois dos primeiros cativos terem sido retirados de Judá, um grupo de judeus começou sua viagem para a terra natal. Zorobabel liderou este primeiro grupo. Seu objetivo principal era reconstruir o templo em Jerusalém.

Conforme usual em qualquer tarefa de peso, o povo imediatamente defrontou-se com a oposição. Os vizinhos samaritanos interferiram e finalmente conseguiram parar a construção do templo. Por dezesseis anos nada foi feito. Os profetas Ageu e Zacarias encorajaram o povo a começar seu trabalho. O templo foi finalmente concluído, mas o povo não permaneceu fiel a Deus.
Esdras trouxe outro grupo de volta a Jerusalém. Determinou-se a restaurar a adoração do povo (458 a.C.). Não muito depois, Neemias soube que a cidade ainda estava em angústia. Recebeu permissão do rei da Pérsia para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele e o povo trabalharam duro e concluíram a enorme tarefa em apenas 52 dias.Neemias e Esdras parecem ter trabalhado em conjunto para persuadir o povo a livrar-se de suas esposas estrangeiras e retornarem à fidelidade em Deus.
A porcentagem de judeus que retornaram a sua terra nativa era efetivamente pequena. Por esta ocasião havia judeus espalhados por todo o mundo que naquela época era conhecido. Deus não se esqueceu de seu povo, onde quer que vivessem. O livro de Ester mostra como Deus podia exercer a sua providência mesmo na corte de um rei persa, de modo a salvar o seu povo.O profeta Amós havia predito que viria um dia de fome, não de pão nem de água, mas sim, uma fome de ouvir as palavras do Senhor (Amós 8:11). Este tempo chegou com Malaquias, que profetizou aproximadamente na mesma ocasião que Neemias e Esdras.
Talvez tenhamos nosso quadro mais claro da condição espiritual do povo durante este período a partir dos escritos de Malaquias. Passaram então por uma forma de adoração mas seus corações não estavam nela. Malaquias encerra o seu livro declarando que viria alguém na forma de Elias para preparar o caminho "antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR" (Malaquias 4:5). Os profetas predisseram informações adicionais sobre aquele que estava por vir, mas ele não era ainda mais do que uma personagem obscura, então.Agora, completo silêncio. A cortina caiu sobre o palco divino e quatrocentos anos se passaram sem nenhuma comunicação registrada de Deus. Havia ele mudado seu pensamento? Havia sido esquecido seu propósito?
A Babilônia caiu antes de encerrar-se o Antigo Testamento. O império Medo-Persa havia caído cerca de cem anos após o livro de Malaquias ter sido escrito. Alexandre, o Grande, liderou os gregos para a conquista do mundo. Anos se passaram e Roma, o quarto império mundial desde os dias de Daniel subiu ao poder. A profecia de Deus havia sido de que, nos dias deste império, ele estabeleceria o seu reino, que jamais seria destruído (Daniel 2:44). "A plenitude dos tempos" havia chegado (Gálatas 4:4).A cortina sobe novamente para encontrarmos um velho sacerdote de nome Zacarias servindo no templo. Subitamente, o anjo Gabriel estava diante dele, a primeira comunicação de Deus desde Malaquias. Zacarias recebeu as novas de que ele seria o pai de João, o precursor que foi predito por Malaquias.

Cerca de seis meses depois, o mesmo anjo apareceu a uma jovem virgem chamada Maria. Disse-lhe que ela teria um filho concebido do Espírito Santo. Este seria Jesus, o Salvador; Emanuel, Deus conosco; Cristo, o Ungido; o Verbo, feito carne para habitar entre os homens.É este, o divino Filho de Deus, que veio para resumir todo este plano glorioso de Deus. Ele é aquele que cumpre as promessas e profecias. Ele é aquele que ofereceu o sacrifício da morte pelo pecado para que o homem pudesse viver, apesar de sua fraqueza. Ele é aquele que deu a lei perfeita da liberdade, para que o homem pudesse viver uma nova vida, plena de esperança. Ele é aquele que é a plenitude de toda Bíblia. Não haveria Bíblia, nenhum plano, nenhuma esperança para o homem sem este Jesus.Mateus, Marcos, Lucas e João foram escritos para que pudéssemos entender e crer que este Jesus cumpre toda qualificação jamais estabelecida por Deus. Ele era de fato o "Cristo, o filho do Deus vivo". Viveu uma vida perfeita para mostrar ao homem o que Deus pretendia. Morreu para pagar o preço do pecado. Foi ressuscitado para ser as primícias dos que dormiam. Foi coroado no próprio céu para reinar no trono de Davi, à direita de Deus.
Um pouco antes de Jesus retornar ao paraíso, ele disse aos seus díscipulos "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). A palavra "evangelho" diz literalmente "boas novas". Em outras palavras, Jesus estava dizendo aos seus discípulos que espalhassem as boas novas. Vão dizer ao mundo que o prometido chegou. Vão dizer a todas as pessoas que há esperança de perdão, há esperança de um lar no céu. Vão dizer ao mundo que o homem pode reconciliar-se com Deus. Vão dizer ao mundo que o plano de Deus para redenção foi revelado.Os apóstolos receberam o Espírito Santo para orientá-los à medida que iam por todo o mundo, para falar às pessoas sobre este plano glorioso de Deus. O livro de Atos nos dá uma visão do tipo de trabalho que foi feito.

Ao final do primeiro século, a nova lei, a lei de Cristo, havia sido inteiramente revelada e escrita para a humanidade ler, entender e aceitar (Efésios 3:1-12). As leis e normas foram dadas para nos orientar em moldar nossas vidas para sermos como Cristo e para participarmos da natureza divina (2 Pedro 1:4).Os profetas do Velho Testamento queriam ver o final do quadro (1 Pedro 1:10-12). Temo-lo todo revelado agora em Cristo. As pessoas desta era são herdeiros das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó (Atos 3:24_25). Não há outra bênção espiritual que possamos pedir.O plano glorioso e eterno de Deus está pronto para que o aceitemos. É nossa opção. Podemos aceitar seus termos e herdarmos as bênçãos ou podemos recusar seus termos e estaremos perdidos e sem esperança no mundo. A vida na terra é um breve período de provação, para se ver quais homens podem viver no paraíso com Deus, na eternidade.O Novo Testamento encerra-se com um livro de vitória. O Apocalipse prediz a vitória final de Cristo sobre Satanás, no dia do julgamento.Toda a Bíblia é a história de Cristo, a plenitude do plano da redenção!Temos olhado este plano majestoso que Deus revelou ao homem. Temos olhado nossa esperança. Temos olhado o homem, uma alma viva feita à imagem de Deus, feita para a glória de Deus (Isaías 43:7), capaz de escolher pela justiça, mais feliz quando em companhia de Deus, e não obstante pequeno em sua força para resistir à tentação; incapaz de pagar o preço do pecado por si próprio.
Surge agora outra questão: Por que o longo período entre a criação e a realização do plano de Deus? Deus já tinha pronto um plano para resgatar o homem caso este pecasse (1 Coríntios 2:7; Efésios 3:10-11). Então por que esperar? Por que não revelar a Adão, no dia em que ele pecou?O homem jamais teria entendido o valor da salvação. Havia lições demais, que o homem somente poderia aprender pela experiência.A humanidade tinha que aprender a necessidade das bênçãos de Deus. O que significa "perdido"? A serpente convenceu Eva de que as vantagens, ao comer o fruto, superariam quaisquer desvantagens que pudessem ocorrer. Para seu pavor, ela e Adão aprenderam que isto significava o medo e a vergonha, imediatamente. Significava deixar o seu paraíso terrestre. Significava a dor, a tristeza, a morte, a separação de Deus, além de todos os demais males que poderiam ser citados. Toda a história Israelita prova repetidamente que a perda do favor de Deus significava a fome, a aflição de inimigos e a punição de várias formas.Os homens tinham que aprender quão inútil a vida é sem Deus. O livro de Eclesiastes fala de uma experiência pelo sábio Salomão. Começou a determinar qual é o propósito da vida sob o sol. Teve a riqueza para que pudesse tentar qualquer coisa que escolhesse além da sabedoria para ver a conclusão de cada coisa que tentasse. Tentou o riso e o prazer. Concedeu a si próprio todo o desejo de seu coração. Mas foi inútil como meta. Tentou achar o valor em viver pelo trabalho diligente. Fez obras poderosas. Mas que valor teve? Poderia ele comer mais do que um pobre? Se construísse um vasto império, morreria como um escravo e deixaria este reino para que um filho insensato o herdasse. Viu que não havia valor no trabalho exceto o puro prazer de fazê-lo. Tentou acumular conhecimento. Este era de mais valor que o riso; mas onde terminou? Após reunir todo o conhecimento e sabedoria ele morreria exatamente da forma como morre o ignorante. Chegou à única conclusão possível: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Eclesiastes 12:13). Isto é tudo que dá à vida sob o sol qualquer significado.
O homem tinha que aprender o quão desamparado ele é ao tentar ganhar as bênçãos de Deus por si próprio. A humanidade não manteria nem mesmo o mais simples código patriarcal, quando Deus falasse diretamente aos fiéis pais das famílias. As leis eram muito poucas e muito simples. Mas, sob este sistema, a humanidade tornou-se tão iníqua que Deus destruiu o mundo com um dilúvio.Talvez o homem precisasse de mais leis para que soubesse exatamente qual caminho seguir. Talvez o homem pudesse manter leis suficientes para merecer o galardão como pagamento. Assim Deus deu aos Israelitas no Monte Sinai a lei de Moisés, que tinha muitas, muitas leis e tinha muitos sacrifícios e cerimônias para os homens cumprirem.Ao invés de tornar o homem mais virtuoso, o pecado abundava, porque haviam mais leis a violar (Romanos 5:20). A lei tornou-se uma maldição, ao invés de uma bênção, por causa da fraqueza do homem em mantê-la (Gálatas 3:10-12). De fato, a lei ensinou ao homem o que era pecado (Romanos 7:7-8).Ao mesmo tempo que os judeus estavam fracassando no cumprimento de sua difícil lei, os gentios estavam ainda sob a simples lei Patriarcal. Afastaram-se tanto de Deus que ele finalmente lhes deu uma mente indesculpável (Romanos 1:20 e seguintes).
Romanos 1, 2 e 3 descrevem como os gentios desistiram de conhecer a Deus, como os judeus foram tão iníquos quanto os gentios e então vem a conclusão final. Ninguém pode ser salvo por seu próprio mérito.
Agora, após reconhecer este fato, o que poderia o homem fazer, depois de pecar? Que oferenda poderia eu, como uma minúscula parte da criação, oferecer a Deus, o Criador? Jesus disse que, depois de havermos feito tudo, seriamos ainda servos inúteis (Lucas 17:10). Moisés percebeu sua pequenez perante Deus, em uma ocasião em que pedia em nome de Israel: "Ora, o povo cometeu grande pecado.... Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste" (Êxodo 32:31-32). O que poderia Moisés oferecer a Deus, pelo seu perdão?
Há um verdadeiro rio de sangue de sacrifícios, que corre por todo o Antigo Testamento. Examine 1 Reis 8 para ver os sacrifícios oferecidos em apenas um dia. Mas isto não era suficiente. O sangue de touros e bodes jamais poderia ter valor suficiente para pagar a fraqueza da humanidade (Hebreus 10:4).
A lei ofereceu a justiça perante Deus, apenas pela perfeição em obedecer seus mandamentos. A lei não ofereceu nenhuma outra forma de se obter o perdão, até mesmo por um erro (Romanos 3:20). Cometeu ele um erro em dar tal lei? Jamais! O homem tinha que ser convencido de que não tinha esperança neste mundo, sem o auxílio de Deus.
Por isso, o homem necessita das bênçãos de Deus. O homem está perdido em pecado. Não há nada que o homem possa fazer para salvar-se. Deus oferece uma saída. Mas, cumprirá ele suas promessas? Se ele me promete uma grande recompensa e eu passo minha vida tentando viver justamente, deixará ele de manter sua palavra em dar-me tal recompensa? Ou, se ele ameaçar severa punição no Inferno, se eu deixar de obedecer, tenho eu qualquer base de esperança de que ele se esquecerá e me deixará entrar impune?
Toda a revelação do plano de Deus mostra-me, por todos os aspectos, que, de fato, "não retarda o Senhor a sua promessa..." (2 Pedro 3:9-10). Deus deseja que todos os homens sejam salvos; mas, chegará um dia em que todos estarão em julgamento perante ele. O justo herdará a vida eterna, mas os injustos serão enviados para punição eterna.
Vimos, pela história da Bíblia, que Deus manteve todas as suas promessas a Abraão. Manteve sua promessa a Davi. Manteve também sua promessa quanto ao pecado. Talvez um caso particular provaria este ponto. Os Amalequitas vieram contra os Israelitas quando estes acabaram de sair do Egito. Deus fez sua batalha naquele dia.
Prometeu ele então que chegaria o dia em que o nome de Amaleque seria inteiramente destruído (Êxodo 17:8-14). Centenas de anos se passaram. Finalmente, chegou o dia em que Deus enviou por Samuel ordem para Saul destruir inteiramente os Amalequitas (I Samuel 15). Deus manteve sua promessa!
Deus é paciente, mas há um momento em que a paciência se torna um sinal de indiferença. A paciência de Deus pode se esgotar. Você se lembra da história do dilúvio, quando Deus não mais tolerou o homem. A nação de Israel tornou-se tão iníqua, que a paciência de Deus esgotou-se e eles foram punidos. Deus esperou até que não houvesse remédio algum para a nação de Judá, e então o seu julgamento ocorreu (2 Crônicas 36:14 e seguintes).Deus não faz acepção de pessoas (Romanos 2:11). Como posso examinar a história dos tratos de Deus com a humanidade e esperar que ele trate de forma diferente comigo? Uma mentira de Deus iria contradizer o próprio conceito de Divindade (Hebreus 6:18). Deus ofereceu-me um galardão mais glorioso do que posso compreender, se eu aceitar as suas condições. Se não aceitá-las, ele prometeu uma punição mais terrível do que posso compreender. Ambos os lados da questão são verdadeiros,quer na minha insignificância eu aceite ou não, e não posso esperar ser tratado de qualquer outra forma.O homem teve que aprender a própria linguagem da redenção. Teve que aprender o significado de perdido para que pudesse aprender o significado de salvo. O homem teve que aprender o significado do perdão.Teve que aprender como Deus lhe ofereceu reconciliação em Cristo. Deus está no mesmo lugar em que estava no dia em que criou Adão. Mas Adão caiu daquele lugar. Cada homem nascido desde Adão pecou e, portanto, decaiu do favor de Deus. Agora, através de Cristo, o homem pode reconciliar-se ou recobrar o favor de Deus.
O homem teve que aprender o que era um sacrifício, para que pudesse ver o valor do sacrifício de Cristo. O único sacrifício de Cristo em lugar do homem faz o que o rio de sangue dos sacrifícios de animais jamais poderia fazer. Cristo veio como nosso Sumo Sacerdote, nosso Mediador, para interceder por nós perante o próprio Deus!Cristo encontrou todas as necessidades que o Antigo Testamento ensinou ao homem. Veio e viveu sob a difícil lei de Moisés, e viveu perfeitamente. Ele provou, desta forma, que era fraqueza do homem e não fraqueza do plano. Expiou ele, então, pelas fraquezas do homem, ao dar uma lei efetiva. É dele a "lei perfeita da liberdade" (Tiago 1:25). Há detalhes e mandamentos nesta lei que eu simplesmente tenho que cumprir. Mas, quando eu tento de tudo, e falho pela minha fraqueza, eu tenho um "Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 João 2:1). Ele é a propiciação pelos meus pecados.
Sim, eu tenho que aceitar as condições de Deus. Tenho que acreditar em sua palavra. Tenho que arrepender-me de meus pecados, confessar seu nome diante dos homens e ser batizado para tornar-me filho de Deus. Então, tenho que viver o resto de minha vida imitando a natureza de Cristo, da melhor forma que puder. Mas, não seria mais apropriado dizer que tenho a permissão de cumprir as condições de Deus?

Extraído do site www.estudosdabiblia.net

Irmãos em Cristo Jesus.

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Mt 5:14 "Vós sois a luz do mundo"

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