domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Tribunal de Cristo - C. H. Mackintosh

Extraído do site SITE: www.biblecentre.org e traduzido pelos irmãos da cidade de Alegrete-RS
Nós temos sabido de vários amigos que desejam ter maior clareza sobre este tema tão importante e solene, como é o Tribunal de Cristo; Muitos, sem dúvida, houveram se exercitado neste tema. Para eles nossos escritos: "Eu estou turbado pelo pensamento, que no Tribunal de Cristo todos os segredos, todos os motivos de nosso coração serão revelados diante de todos". Em outro escrito continua: "Na presença das verdades benditas e eternamente importantes" de João 5:24; 1 João 1:7-9; 1 João 2:12; Hebreus 10:1-17. Eu desejo saber a maneira em que vós compreendeis isto que declaramos nas passagens seguintes:"... Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo". (2 Coríntios 5:10 ); "De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Romanos 14:12.); "Mas o que faz injustiça, receberá a injustiça que fizer, porque não há acepção de pessoas" (Colossenses 3:24-25). Isto está sobre a interpretação e a aplicação destes textos, nos que desejo que vos fixeis e demando de vós a opinião sobre este tema.
As passagens em nossas correspondentes citações são em si simples, precisas e definidas sobre a pergunta. Tal é que nós não o temos tomado realmente como é e por ele permitir o peso de toda sua importância sobre nosso coração e nossa consciência.
" Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo." — cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.—"... pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita."
Tais são as verdades que Ele tem estabelecido claramente. Teria algum desejo em diminuir a força, em debilitar os ângulos e de mudar o fim? Deus lhe preserve disso! Busca ao contrário fazer pressão sobre nossa natureza, com suas vaidades, com suas incontinências e todo seu caráter. Deus entende que nós servimos deste modo, que não estamos em um espírito legalista, para não debilitar nossa confiança em Cristo e em sua salvação. Nós não seremos jamais julgados por nossos pecados: isto é um direito adquirido; João 5:24; Romanos 8:1; 1João 4:17 estes versículos são conclusivos sobre este ponto. Mas logo: nosso serviço deve passar sob às vistas do Mestre. O trabalho de todo homem, do tipo que for, deve ser aprovado. O dia manifestará todas as coisas. Isso é muito solene e deve produzir em nós uma grande vigilância; Ele produz em nós as obras, de nossos pensamentos, de nossas palavras, de nossos motivos e de nossos desejos. O sentimento profundo da graça e a clara concepção de nossa justificação como pecadores não deve jamais debilitar a solenidade do Tribunal de Cristo, nem de nosso desejo de caminhar de uma maneira aceitável para Ele. Ele é garantia do estável. O apóstolo trabalha a fim de ser aceitável; ele tem seu corpo no temor de ser desaprovado. Todo crente deveria fazer o mesmo. Nós somos desde agora aceitos em Cristo e assim como tal trabalhamos para ser aceitáveis a Ele. Devemos procurar dar a cada verdade seu próprio lugar e o meio de realizar isto é estando permanentemente na presença de Deus e de considerar uma comunhão imediata com Cristo. Sempre esta o perigo de desprezar uma verdade para substituir por alguma outra. Cremos que Ele fará uma plena manifestação de cada um e de todas as coisas diante do Tribunal de Cristo. Tudo será posto na luz. Aquilo que parecia e parece brilhante e admirável, aquilo que é aclamado neste mundo, em meio dos homens. Será consumido como a madeira, como o feno e a palha. As coisas que se fazem para rodear o homem de uma auréola (Piedade) humana, serão provadas pelo fogo e reduzidas a cinzas. Os conselhos de todos os corações serão manifestados. Todo motivo, todo propósito, todos os desejos serão pesados na balança do santuário. A luz provará toda obra do homem; nada subsistirá senão aquele que será o fruto da divina graça em nossos corações. Todos os motivos impuros serão julgados, condenados e consumidos. Todo prejuízo, todo juízo errôneo, toda má suposição na casa dos outros, tudo aquilo será descoberto e lançado ao fogo; nós veremos então as coisas como Cristo as vê, as julgaremos como Ele as julga. Não haverá uma pessoa mais feliz que eu mesmo, de ver todos os meus restolhos consumidos. Desde agora, crescendo na luz espiritual, estaremos reconciliados ao Senhor, a sua suficiente semelhança, condenaremos aquelas coisas que houvéramos considerados como justas. Quanto mais será a sua luz brilhante no Tribunal de Cristo!
Agora qual deve ser o efeito prático de tudo isto sobre o crente?, Nos fará duvidar de sua salvação?, Nos porá na incerteza se somos aceitos ou não?, Fará que se perguntem de sua relação com Cristo?, Seguramente não. Então o que?
Ao conduzir-nos a caminhar dia após dia, em uma santa vigilância, sob os olhos de nosso Senhor e Mestre, para que Ele produza em nós a sobriedade, o juízo próprio, a diligencia, a integridade em tudo, em nosso serviço e nossos caminhos:
Temos um simples exemplo:
Um pai deixa sua casa por um certo tempo; antes de partir dá a seus filhos instruções sobre o trabalho que haverão de efetuar e sobre a conduta que deverão observar, durante sua ausência. Renegará o pai a estes últimos?, Romperá sua relação com eles? De nenhuma maneira! Eles são filhos seus tanto como os primeiros apesar de haver tido que censurá-los fielmente (para seu próprio bem). Se se morderam e devoraram uns aos outros ao invés de fazer a vontade de seu pai; se um julgou o trabalho do outro, ao invés de se ocupar do seu; se houve entre eles inveja e ciúmes, ao invés de um desejo sincero de obediência às intenções (recomendações) do pai; tudo isso merece a reprovação do Pai (este não pode aprovar os atos mencionados). Não pode ser de outra maneira.
Pode ser que alguém já seja incrédulo ou um cristão de convicção distinta, se estremeça de horror à idéia que os segredos de seu coração sejam revelados ante todos diante desse tribunal. Certamente, o Espírito Santo declara que o Senhor " trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações " e então "cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. " (1Corintios 4:5). Não está dito a quem seremos manifestos. O juízo de um condiscípulo nos impressionaria mais que o do Mestre? Com tal que eu seja agradável a Cristo, não tenho porque inquietar-me do que dirão os homens. Se me sinto mais turbado à idéia que todos os meus motivos serão expostos à vista dos homens que à vista de Cristo, ele prova que estou mais ocupado em mim e que não sou reto. O quanto antes nos julguemos, melhor será. Depois de tudo, que diferença haverá se todos os nossos pecados, todas as nossas faltas, sejam manifestadas ante todos? É que Pedro e Davi podem se sentir um pouco menos felizes porque milhões de almas tem lido o relato de suas vergonhosas quedas? Por certo que não! Eles sabem que o registro de seus pecados não fazem senão magnificar a graça de Deus, e ilustrar o valor do sangue de Cristo e eles se regozijam. É assim em todos os casos. Se estivermos mais despreocupados de nós mesmos e ocupados de Cristo, teríamos pensamentos mais simples e mais corretos sobre o tribunal de Cristo, assim como sobre toda outra questão similar.
Que o Senhor nos guarde na fidelidade durante sua ausência, afim que em sua aparição não tenhamos vergonha diante Dele! Que nossas obras sejam sempre começadas, continuadas e terminadas Nele, afim que nossos corações não sejam turbados pela estimação de ditas obras na presença de sua glória. Que sejamos constrangidos pelo amor de Cristo, não pelo pensamento do tribunal, senão pelo de viver por aquele que morreu por nós e que ressuscitou! Podemos por todas as coisas entre suas mãos, com segurança e com gozo, sabendo que Ele levou nossos pecados em seu corpo, sobre o madeiro. Não temos nenhuma razão de temer, pois sabemos que quando Ele aparecer, seremos semelhantes e Ele. Transformados à sua imagem, seremos elevados na glória, e consideraremos o passado e nossa passagem pela terra desta posição tão elevada e feliz! Veremos as coisas sob uma luz diferente. É provável que nos estranhemos de ver que as coisas às que dávamos grande importância, eram na realidade defeituosa; Por outra parte veremos que muitas ações sem importância, feitas com abnegação e amor ao Senhor Jesus, serão cuidadosamente registradas e abundantemente recompensadas. Aí seremos capazes de ver somente a luz plena do Mestre, pelo qual, muitos dos erros e faltas, de nossa adequada visão do campo. Qual será o efeito de tudo isto? Precisamente de trazer a nossos corações uma carga de louvores a Ele, apesar das grandes penas, os perigos, apesar de nossas faltas e de nossas ações, nos tem designado um lugar em seu reino eterno para brilhar em sua glória, à sua imagem para sempre.
AUTOR: C. H. Mackintosh

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