quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PARTE 2-Romanos- George Howes


PARTE 2
— ROMANOS 1:18 – 3:20 —

Desde o capítulo 1, versículo 18 até capítulo 3, versículo 20, o apóstolo
ocupa-se em mostrar o triste estado pessoal em que se encontra o homem — um
estado pecaminoso, que deu ocasião, ou antes diremos, que tornou necessária a
manifestação da ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos seres
humanos. E esta manifestação, por sua vez, fez necessária para a nossa salvação
a manifestação da justiça de Deus, i.e., justiça que vem de Deus para o bem do
ser humano.
Romanos 1:18
Nesse versículo vemos que a atitude de Deus para com o pecado está
plenamente declarada. A ira de Deus é manifestada contra tudo o que se opõe a
Deus, e duas coisas são mencionadas de maneira especial, — primeiro, a
impiedade; segundo, a injustiça praticada por alguns, embora professem
aparentemente a verdade. Deus não pode tolerar o pecado.
Romanos 1:19 – 32
Nesses versículos podemos ver a culpa dos gentios, dos ímpios, e como se
manifesta a sua impiedade.
Três pontos principais nos mostram a completa ruína moral dos seres
humanos:
1 — Deus tem dado aos homens, na obra da criação dos céus e da terra,
um testemunho perpétuo de Si, manifestando-lhes assim o Seu eterno poder e a
Sua divindade. Alguns, porém, não quiseram reconhecê-Lo, e outros, tendo
conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem deram graças, mas
substituíram a glória do Deus incorruptível pela imagem do homem corruptível etc.,
pelo que Deus os entregou às concupiscências dos seus corações, à imundícia,
para desonrarem o seu corpo entre si.
2 — Mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais
a criatura — i.e. a si próprios — do que o Criador. O resultado de assim darem à
criatura a honra e o serviço que se devia prestar somente a Deus foi a ruína das
suas afeições.
3 — Como não lhes pareceu bem guardarem em si o conhecimento de
Deus, por isso Deus os abandonou a um sentimento perverso e depravado, e
deste modo vemos arruinado pelo pecado o entendimento do homem.
Reunindo esses pontos, temos o ser humano arruinado no que diz respeito
… ao seu corpo (v. 24),
… às suas afeições (v.26) e
… ao seu entendimento (v. 28).
Assim nos últimos versículos desse primeiro capítulo, achamos o ser
humano sem o conhecimento de Deus, capaz de praticar qualquer mal, e
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completamente subjugado pelo pecado, até ao ponto de não só o praticar como
também de se regozijar com o dos outros.
Tendo abandonado a Deus, o homem ficou dominado pelo pecado, porém o
nosso Deus manifestou o Seu desejo de nos salvar e de Se tornar conhecido por
nós, em toda a Sua justiça e amor, e assim atrair para Si os nossos corações:
benditas novas estas, bendito evangelho!
Romanos 2:1 – 16
Aqui o apóstolo trata dos que se imaginam capazes de julgar os atos dos
outros, esquecendo-se eles de que é Deus que há de julgar os segredos de todos.
Deus, todavia, não Se apraz em julgar os seres humanos, mas antes procura pela
Sua bondade levá-los ao arrependimento. Vemos que tanto estes homens, como
também aqueles mencionados no capítulo 1, são, na verdade, indesculpáveis,
porquanto tendo luz, pelo menos a luz da sua própria consciência, ocupam-se em
julgar os seus semelhantes, recusando tomar o lugar que lhes compete, isto é, o
lugar dos condenados, e dos arrependidos perante Deus.
Deus, porém, não isenta nenhuma pessoa de Seu juízo e o Seu julgamento
é segundo a verdade. Vemos aqui os justos princípios do juízo de Deus. Notemos
porém, que o apóstolo não está aqui propondo os termos pelos quais se pode
ganhar a vida eterna, mas está mostrando os justos princípios conforme os quais
Deus há de julgar o mundo.
Romanos 2:17 – 3:8
Temos agora perante nós o caso do judeu, o homem mais privilegiado de
todos, porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus. Mas então será
ele melhor do que os outros? De modo algum, porque, sabendo a vontade de
Deus, gloriando-se nos seus privilégios, e tendo a tarefa de instruidor dos outros,
ele mesmo desonrou a Deus pela transgressão da Sua Lei, e até por causa dele o
nome de Deus foi blasfemado entre os gentios. O judeu teve até grandes
vantagens, havendo na aparência muita diferença entre ele e o gentio, porém na
questão de justificação perante Deus, não é o que se vê aparentemente, mas sim
o que existe no coração que faz a diferença. Neste caso o judeu foi tão culpado
como os outros, sendo condenado pela mesma Lei de que se gloriou.
Romanos 3:9 – 20
Chegamos agora à conclusão de todo este testemunho, e lemos que “todos
estão debaixo do pecado”.
Esta conclusão, diz o apóstolo, é confirmada pelas Escrituras Sagradas do
Antigo Testamento, porquanto nelas está escrito: “Não há um justo, nem um
sequer”.
Os versículos 10 a 18 apresentam-nos o homem, de uma maneira triste,
mas verdadeira, debaixo do poder do pecado e longe de Deus, afastado dEle,
tanto no seu entendimento como nas suas afeições e na sua vontade; não existe o
temor de Deus no seu coração. Sim, a solene conclusão é que toda boca fica
fechada e todo o mundo fica condenável e sujeito ao julgamento de Deus.
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Sendo assim, é evidente que nenhum homem será justificado perante
Deus, pelas suas próprias obras — pelas obras da Lei — porquanto a Lei só serve
para mostrar a sua culpabilidade, e condená-lo.

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